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Teoria Behaviorista

O behaviorismo que nasceu como ciência do comportamento teve início por John
Watson, que foi considerado o pai do behaviorismo. Foi uma das primeiras teorias
descobertas e até hoje é muito controversa.
John Watson dizia que era possível estudar o comportamento sem levar em
consideração a introspecção, analisar somente o comportamento observável.
Conforme Watson os comportamentos podem ser medidos, treinados e mudados.
Para ele o mundo seria objetivo e real, sendo separado da subjetividade. Ele parte
da ideia de que os comportamentos são determinados pela hereditariedade e pelo
meio ambiente, considera também o realismo, que são os eventos naturais, coisas
concretas que podem ser vistas ou percebidas pelos cinco sentidos (visão, audição,
tato, olfato e paladar). Essa corrente de entendimento do estudo do comportamento
foi chamada de Behaviorismo Clássico ou Metodológico.
Ao mesmo tempo, na Rússia, Ivan Pavlov estudava uma série de reflexos e estava
fazendo experimentos com cães. A pesquisa mais conhecida de Pavlov deu origem
ao Condicionamento clássico ou respondente, na qual ele descobriu que um
estímulo e um sinal neutro resultavam numa resposta do organismo.
O experimento foi basicamente assim: Ele tocava o sino e o cão não respondia.
Depois ele tocava o sino e oferecia um pedaço de carne ao cão e ele salivava. Por
último ele tocava o sino e o cão já salivava mesmo sem o pedaço de carne. Então, o
sino tocado sozinho foi considerado como estímulo neutro, pois não provocou
nenhuma resposta do cão. Como Pavlov já sabia que um alimento provocaria a
salivação no cão, o pedaço de carne foi considerado como estímulo incondicionado.
Ao tocar o sino e oferecer a carne juntamente foi o que Pavlov considerou como
emparelhamento de estímulos. O som do sino que antes era um estímulo neutro,
agora que passou a provocar a salivação do cão, foi considerado como estímulo
condicionado.
Após Watson, o behaviorista mais conhecido é o Burrhus Frederic Skinner, que
chamou sua própria posição de behaviorismo radical, já que se opunha a alguns
métodos do behaviorismo metodológico.
O behaviorismo radical é pragmático, rejeita o mentalismo. Os behavioristas radicais
não negam os processos mentais, mas negam que os processos mentais são as
causas dos comportamentos. Para os behavioristas a motivação é sempre externa.
Skinner criou a Caixa de Skinner, na qual ele fez experimentos com ratos utilizando
reforçadores para estimular que eles tivessem determinados comportamentos. Com
base nos seus experimentos, Skinner descobriu o Condicionamento Operante ou
Aprendizagem Operante. Diferente do condicionamento respondente que ocorre
como o resultado da relação entre dois estímulos, o condicionamento operante
ocorre como resultado de uma relação entre um estímulo e uma atividade, um
comportamento gera uma consequência. Para Skinner essa consequência como
resultado é um estímulo, que é o que vai determinar o quanto um comportamento vai
se repetir. Esses estímulos foram chamados de reforçadores e punidores.
Os reforços e punições podem ser positivos ou negativos. Enquanto o reforço
aumenta a probabilidade de que o comportamento ocorra novamente, a punição
diminui a probabilidade de que o comportamento ocorra novamente.
Nos reforços e punições positivas estímulos são adicionados, como por exemplo um
vendedor ultrapassa sua meta de vendas e seu gerente lhe dá um bônus. Esse
estímulo é um reforço positivo que irá incentivá-lo a continuar se dedicando para
alcançar suas metas. Como exemplo de punição positiva, que servirá para diminuir o
comportamento, o caso de um aluno que não desliga o celular em sala de aula e a
professora o repreende. Essa punição positiva adiciona um estímulo aversivo.
Nos reforços e punições negativas estímulos são retirados, como por exemplo um
reforço negativo é colocar protetor solar diariamente para que não fique com a pele
queimada do sol. Esse comportamento tende a se repetir já que usando o protetor a
pele não ficará queimada. Já um exemplo de punição negativa é um menino que
briga na escola e a mãe o coloca de castigo, ou seja, tira algo desejável. A ideia
desse tipo de punição é para que o comportamento não volte a acontecer.
O behaviorismo desafia a noção de livre-arbítrio, que seria a capacidade de escolha.
O livre-arbítrio supõe que além da herança genética e dos impactos ambientais, o
indivíduo tem dentro dele outro elemento que o dá capacidade de escolher como se
comportar. O oposto disso seria o determinismo, que é o que os behavioristas
defendem, na qual o comportamento seria ordenado e explicado, podendo então ser
previsto desde que se tenham os dados necessários e podendo também ser
controlado desde que se tenham os meios necessários. A noção de que o
comportamento é determinado unicamente pela hereditariedade e pelo ambiente é
como pode ser definido o determinismo.
Os behavioristas concordam que existe uma ciência do comportamento, que veio a
ser chamada de análise comportamental, porém a ideia de que o comportamento
pode ser tratado cientificamente continua controversa, porque desafia a noção de
que ele provém da livre escolha do indivíduo.
Pode-se relacionar o behaviorismo ao nosso cotidiano no que diz respeito aos
nossos comportamentos na sociedade, no trabalho, fazemos o que somos
condicionados a fazer, como por exemplo, agimos de forma cerimoniosa quando
estamos na presença de nosso chefe porque a relação entre chefe e empregado em
determinada empresa exige tal comportamento. Ou quando passamos em frente a
um restaurante e sentimos um cheiro delicioso de pizza, acreditamos que estamos
com fome e precisamos comer.
Já quanto ao determinismo e o livre-arbítrio, acreditamos que temos a escolha por
nossas atitudes e quem sabe até destino, mas se analisarmos bem talvez possamos
ver que nossos comportamentos e realizações futuras já estão definidas pela nossa
herança genética e ambiente em que vivemos.

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