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No final so séc XIX, os Estados Unidos eram a potência industrial mais relevante
A Grã-Bretanha foi a primeira potência industrial e comercial do mundo, devido à sua grande
rede marítima que permitia as trocas comerciais pelo mundo. Manteve a sua hegemonia ao
longo do séc XIX, no entanto a partir de 1870 foi perdendo a sua liderança para outros países
que aceleraram o processo de industrialização como os Estados Unidos da América, e a
Alemanha.
“os têxteis, o carvão, o ferro e a engenharia” (pg. 354), mantiveram se como os principais
produtos produzidos pela Grã-Bretanha.
Colapso de 1891
Nos últimos anos da década de 1890, assistiu-se a uma interrupção do crescimento
económico que se verificou nas décadas anteriores.
Entre 1888 e 1891 a comunidade brasileira passou por uma fase política e económica
complicada devido ao términus da escravatura, e da revolução republicana que provocou a
queda da monarquia, que levou a uma incerteza política que perdurou até 1891. A crise
económica mais conhecida como crise Baring, causou problemas económicos não só no
Brasil, mas internacionalmente. O banco Baring Brothers, era um dos credores de maior
relevo do governo português, mas durante a crise ficou sem meios de prestar auxílio. Devido
à crise no Brasil, as remessas dos emigrantes portugueses foram durante algum tempo
reduzidas.
Ainda no ano de 1891, os problemas políticos internos agravaram-se principalmente devido
à cedência do ultimato britânico para que Portugal desocupasse parte do território africano.
A 31 de janeiro no Porto, os republicanos tentaram uma revolta, que não foi bem-sucedida,
mas que contribuiu para aumentar a insegurança política e financeira. Também o
arrendamento do negócio do tabaco a uma entidade privada com o objetivo de solicitar um
empréstimo no mercado londrino e parisiense por forma a atenuar a divida e a perda de
liquidez, não correu como o esperado.
Assim devido à perda de rendimentos do mercado do tabaco e sem hipótese de recorrer ao
banco Baring Brothers, Portugal teve de recorrer à banca portuguesa para assegurar a
continuidade dos pagamentos. Esta ação levou à criação de uma moratória “e a uma
suspensão provisória da convertibilidade das notas de banco” (pg. 164), como consequência
os bancos do Norte faliram, passando o banco de Portugal a ser o único emissor, também a
moeda ouro portuguesa foi maioritariamente substituída pelas notas. Para além de recorrer
ao auxílio do banco de Portugal também foi criado um imposto de 30% sobre os juros da
divida pública, no entanto passado um ano destes impostos o governo cancelou o
pagamento da divida pública externa, o que provocou um descontentamento dos titulares
da divida pública, deixado Portugal incapacitado de pedir ajuda aos mercados internacionais.
O projeto regeneração foi de extrema importância para o desenvolvimento do país, no
entanto o crescimento económico resultante deste desenvolvimento não foi suficiente para
equilibrar a balança das contas públicas e fazer face à divida pública necessária para a
realização das obras efetuadas no plano da regeneração. A solução encontrada pelos
partidos e governo monárquico foi o protecionismo, enquanto o partido republicano sugeria
apostar na educação e nas colónias para reforçar a economia portuguesa.
Em 1889, foram tomadas as ações iniciais do protecionismo aplicadas apenas à produção de
cereais. No ano de 1892 foi aplicado um novo reforço de medidas protecionistas com o
aumento de direitos na maioria dos produtos. No ano de 1899 as medidas aplicadas à
produção de cereais foram fortalecidas. No que diz respeito à educação os partidos e
governo monárquico viram-se obrigados a apresentar medidas, uma vez que as ideias do
partido republicano de priorizar a educação primária, e depois a educação técnica como
desenvolvimento do capital humano, começavam a ganhar vários apoiantes públicos.
O governo também foi obrigado a apresentar medidas para o projeto colonial apresentado
pelos republicanos, que tinha como objetivo desviar o fluxo de emigrantes do Brasil para as
colónias portuguesas. No entanto a aplicação das medidas foi, mas difícil do que o esperado,
para dominar o território e os seus habitantes só era possível através de pequenas guerras.
Também criar uma rede que pudesse administrar as colónias revelou-se dispendioso, assim a
administração de uma parte do território foi cedida a companhias privadas: “a Companhia
do Niassa, a Companhia de Moçambique e a Companhia da Zambézia” (pg. 167). No que diz
respeito ao método de governação, as colónias possuíam um governo colonial pleno, o
governador era designado pelo governo central, bem como “as mais altas autoridades
administrativas” (pg.167). A população das colónias era composta por Europeus e nativos
assimilados que possuíam os mesmos direitos e deveres que a população de Portugal, e os
nativos que tinham condições especiais. Já ao nível económico, cada colónia detinha a sua
própria economia, as suas próprias leis económicas, fiscais e aduaneiras. (falta info sobre os
produtos das colónicas ver pg 168)
A população continental nesta época continuou a crescer, verificou-se um crescimento
urbano em Lisboa e no Porto.
(falta info)
A evolução política entre 1891 e 1920
Entre os anos 1893 e 1906 os partidos Regenerador e Progressista alternaram no poder,
após estes anos, estes partidos dividiram-se, o que levou o Rei D. Carlos I a proclamar uma
ditadura com o partido Regeneradores-Liberais, a consequência foi um regicídio e o
assassinato do príncipe herdeiro por radicais republicanos. O Rei D. Manuel II apenas reinou
de 1908 a 1910 sob uma grande fragilidade politica.
Os republicanos no poder:
A revolução republicana iniciou-se em Lisboa no dia 3 de outubro de 1910. A 5 de outubro
foi proclamada a Républica Portuguesa.
Em 1911 o governo provisório criou uma nova Constituição que estabelecia a organização
parlamentar, assim apenas existia um “Congresso com duas câmaras” (pg.176), elegidas
pelos eleitores masculinos, um Presidente da Républica nomeado pelo congresso, e um
governo nomeado pelo Presidente, mas dirigido pelo Congresso. Em 1912 o partido
republicano dividiu-se em Partido Democrático mais à esquerda, o Partido Unionista e o
Partido Evolucionista.
O governo republicano provisório criou várias novas leis incluindo a que separou o Estado da
Igreja, onde nacionalizou as propriedades que pertenciam à igreja com exceção das igrejas,
para incorporar várias repartições do Estado, também as funções de registo civil e a lei do
divorcio sofreram severas alterações. Foram também criados o Ministério das Colónias e o
Ministério da Instrução Pública como resposta ao projeto apresentado ao antigo governo
monárquico, no campo da Educação foram abertas duas novas universidades no Porto e em
Lisboa, e ao nível colonial foi alterada a metodologia administrativa por forma a conceder
uma maior liberdade à gestão local.
Ao nível fiscal o governo provisório tornou os impostos temporários aplicados durante o
governo monárquico, definitivos. Também efetuou uma revisão às taxas prediais,
aumentando os impostos principalmente no setor rustico. Os impostos indiretos também
sofreram uma alteração com a “abolição da contribuição de rendas de casa e a redução das
taxas dos impostos de consumo” (pg.177). O objetivo destas alterações foi de aumentar as
tributações das classes mais altas e rurais supostamente apoiantes do antigo governo
monárquico, e beneficiar as classes médias urbanas, apoiantes do novo regime. Estas
alterações contribuíram para o equilíbrio das contas públicas e para saldos positivos.
(Falta info)
2.5. – Do 25 de Abril à entrada em circulação do Euro, 1974-2002
O período de transição de 1974 a 1976
No seguimento do golpe militar de 25 de abril, o Movimento das forças armadas substituiu o
anterior governo pela Junta de Salvação Nacional Militar, liderada pelo novo presidente da
républica António Spinola. Também todas as restrições aplicadas à liberdade dos governos
da oposição aos sindicatos foram levantadas.
Os sindicatos foram organizados em forma de setores e foi criada a CGTP. No que diz
respeito aos partidos governamentais foram criados vários novos partidos, sendo os de
maior relevância o PCP, o PS, o PPD que mais tarde se viria a denominar PSD e o CDS. Em
maio de 74 foi criado um governo provisório de curta duração, foi criado um segundo
governo como tentativa de controlo do atual Presidente António Spinola, mas que também
acabou por cair. Em setembro o General Costa Gomes assumiu o poder tornando-se
Presidente da Republica. Este governo aposto na nacionalização da banca, da maioria das
empresas industriais do setor dos transportes e das comunicações.
A descolonização
A caminho das Comunidades Europeias ( 1976 – 1985)
Após o processo de descolonização estar concluído o governo português tentou contruir
noval relações internacionais. Em 1986 Portugal tornou-se membro das Comunidades
Europeias.
Evolução política: