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No final do século XIX, Portugal continuava a ser um país predominantemente agrícola

e a industrialização ocorrera apenas em setores muito limitados, situando-se as


principais fábricas nas zonas de Lisboa e Porto. No que diz respeito ao comércio, as
importações continuavam a ser superiores às exportações.
A crise económica, de 1890 a1892, veio agravar o descontentamento da população,
principalmente dos operários.
Portugal, que até agora tinha sido um país exclusivamente monárquico, viu nascer o
partido republicano, que desenvolveu uma intensa campanha contra as instituições
ligadas à monarquia. Esse partido tinha o apoio da pequena e média burguesia, assim
como setores importantes do operariado.
A falta de popularidade da monarquia e crescente apoio do partido republicano deu-
se, principalmente, com o ultimato inglês, de 1890, e contou com o apoio dos
principais jornais de Lisboa e Porto.
Em fevereiro de 1908, Dom Carlos e o príncipe herdeiro foram assassinados e subiu ao
trono Dom Manuel II, filho mais de novo deste. No entanto, a monarquia estava cada
vez mais isolada e continuavam a crescer os apoiantes do partido Republicano.
Embora a primeira revolta contra a monarquia tenha acontecido a 31 de janeiro de
1891, foi a 4 de outubro de 1910 que o partido a favor da República finalmente
triunfou, destituindo Dom Manuel II. A 5 de outubro de 1910, foi implantada a
República em Portugal, sem grande resistência do resto do país.
Começava assim a primeira República, presidida inicialmente por Teófilo Braga, que
duraria até 1926.
Elaborou-se então a Constituição de 1911, que distribuía os poderes políticos da
seguinte forma: o poder legislativo cabia ao parlamento; o poder executivo pertencia
ao presidente da República e ao governo; o poder judicial competia aos tribunais.
Os primeiros governos republicanos desenvolveram medidas principalmente em
quatro áreas: A legislação social era responsável pela autorização e regulamentação da
greve pela instituição, do descanso semanal obrigatório e limitação dos horários de
trabalho; a laicização do estado pertencia a lei da separação da igreja e do estado; ao
ensino competia o a estabelecimento da instrução obrigatória e gratuita para todas as
crianças entre os 7 e os 12 anos e a fundação das universidades de Lisboa e do Porto;
as finanças tinham a função de tomar medidas para diminuir as despesas públicas e o
défice.
Essas medidas provocaram a oposição da igreja católica e a criação de partidos rivais. A
participação de Portugal na primeira guerra também não foi do agrado dos
portugueses. Os salários não acompanhavam a subida dos preços e o défice financeiro
era cada vez maior. Tudo isto aliado a instabilidade política, levou a queda da primeira
República a 28 de maio de 1926.

Inês Maia 9D N9

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