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Imperialismo: Europa, Apogeu e

Declínio no século XIX e XX

Fatores da Supremacia da Europa

Motivos que levaram à sua superioridade:


Industrial/Economico: Maior percentagem de produção industrial
(superioridade) e de centros financeiros, sendo o principal Londres.
Político: Principais potências e impérios estão na Europa.
Científico/Tecnológico: Centros científicos, maior desenvolvimento
científico e até 1914 todos os prémios Nobel foram Europeus.
Demográfico: Maior parte da população está na Europa.
Social: Vida e moda a seguir torna-se no modelo universal.

Principais potências coloniais

1. Reino Unido
2. França
3. Bélgica, Alemanha e Holanda

Conceitos
Colónia: Território ocupado e administrado por representantes do
governo de um país a que esse território não pertencia.
Nação: País independente
 Nacionalismo: Comportamento defensor da cultura, língua e
identidade do seu país (pode ser levado aos extremos = mau).
Potência: Nação que se consolida em diferentes áreas de
desenvolvimento económico, político e social.
Império: Conjunto de territórios que alargam o conceito de Nação.
 Império por anexação: Ocupação de um território perto do país
 Império colonial: Ocupação de territórios (colónias) em outros
locais do planeta.

A procura de África

A Industrialização e o Capitalismo Financeiro causaram a procura de


matérias-primas, necessidade de mão-de-obra barata, a procura de
mercados e o aumento da emigração e a procura de novas condições
de vida.
África satisfaz todos os requisitos, tornando-se no novo objetivo, desde
o fim do século XIX, para os Europeus.

A Conferência de Berlim (1884-1885)

Repartiu os territórios de África pelas potências europeias interessadas


e envolvidas na conferência.
Condições: Ocupação do território e exploração do mesmo e
desenvolvimento comercial.
Países que não cumprem estas condições perdem direito ao território,
como Portugal (Não o tinha explorado).

O Mapa Cor-de-Rosa (1886)

A Grã-Bretanha pretendia juntar o Cabo da Boa Esperança ao Egito.


Na altura ocupava os territórios dos rios Quando-Cubano e Zambebe.
A Grã-Bretanha eliminava o direito histórico português e ameaça
quebrar a aliança com Portugal.

O Ultimato Inglês (11 de Janeiro de 1890)

Ou Portugal abandona os territórios compreendidos entre Angola e


Moçambique ou Inglaterra declara guerra a Portugal. Fim da aliança
portuguesa com Inglaterra!
D. Carlos I acaba por ceder e é criticado pela sociedade portuguesa.
A imagem do rei ficou ridicularizada sendo este um dos motivos pela
queda da monarquia.

Crise e queda da Monarquia em


Portugal. A I República
Contexto da queda da Monarquia (Fatores)

 Crise socioeconómica: Desvalorização da moeda, o aumento dos


impostos e o desemprego.
 Descrédito do regime monárquico: Escândalos com os gastos
excessivos.
 Humilhações: O Ultimato Inglês.
Estes foram os fatores que causaram a queda da monarquia.

Crescimento do movimento da República

Na geração de 70 (1870) houve um movimento favorável ao


republicanismo, começou a divulgação de jornais e folhetins sendo
depois criados os Partidos Republicanos (1873-1876) e o Partido
Socialista (1875). A República passa a ser um garante de felicidade e
liberdade.
Em 1880 as ideias socialistas vão perdendo a influência, e o partido
republicano vai ganhando adeptos. Para estes a monarquia era a
grande responsável pelo agravamento das condições de vida e males
do país.

Tentativas de pôr fim à monarquia

1. Tentativa (31 de janeiro de 1891 no Porto)


Quase um ano depois do Ultimato Inglês a primeira tentativa de
implantação da república que ocorreu no porto foi “abafada” pelas
tropas do rei e os envolvidos foram presos. No final acabou por
aumentar o espírito republicano fazendo com que Teófilo de Braga e
Sampaio Bruno adirem à república.
Na sequência destas manifestações antimonárquicas, D. Carlos dá
lugar ao Ministro João Franco o governo do seu país em 1906.
João Franco institui uma Ditadura (Regime Antiparlamentarista) em
1907 chamada Franquismo.
Esta nova ditadura exaltou a população, pois esta não estava capaz de
aceitar uma nova Ditadura.

2. Tentativa (28 de janeiro de 1908 em Lisboa)


Esta segunda tentativa chamada O Golpe do Elevador da Biblioteca,
que consistia em tentar dominar a Câmara Municipal de Lisboa através
de um elevador, pretendia acabar com o Franquismo e com João
Franco.
Embora este golpe não tenha funcionado, preparou o que dias depois
ia resultar no Regicídio.

3. Tentativa (1 de Fevereiro de 1908) O Regicídio


Enquanto a família real seguia numa carruagem aberta regressando de
Vila Viçosa, D. Carlos e o herdeiro D. Luís Filipe foram assassinados
por dois de muitos homicidas (Manuel Buíça e Alfredo Costa).
D. Manuel II tornou-se no novo rei (aos 18 anos) demitindo logo João
Franco. O partido republicano obtinha cada vez mais lugares nas
câmaras de Lisboa, Porto e nas Cortes.
A implantação da I República

Foi um movimento desorganizado, os líderes que criaram o plano da


revolução (Miguel Bombarda e Cândido dos Reis) não o conseguiram
pôr em prática. O movimento foi levado a capo por militares de baixa
patente e civis da classe média/baixa.
Ocorreu o grande sucesso na Rotunda do Marquês por causa do
descrédito da Monarquia no momento. Machado Santos é declarado o
“Herói da Rotunda”.
A República é implementada na Câmara de Lisboa, por Teófilo Braga e
José Relves, sem oposição ao longo do país pois houve pouca
rebelião/violência/confusão (“Não foi uma revolução muito
revolucionária”).
Assim inicia-se o Governo Provisório presidido por Teófilo Braga (1910-
1911)
Começa a preparação das eleições da Assembleia Constituinte, com a
qual surgiu a 1ª Constituição Republicana em 1911.
Manuel Arriaga foi o primeiro presidente da República.
Presidência:
1. Manuel Arriaga
2. Teófilo Braga
3. Bernardino Machado
4. Sidónio Pais (Ditadura)

Medidas/Reformas da I República
Políticas:
 Com a 1ª Constituição (1911) a Igreja foi separada do Estado
começando uma Democracia Parlamentar porque o
Parlamento/Assembleia da República é o órgão principal.
 O registo civil passa a ser obrigatório
 A moeda torna-se no escudo (Símbolo Nacional)
 Origem da Bandeira Republicana e do Hino Nacional “A
Portuguesa” (Símbolos Nacionais)
Educativas:
 O ensino religioso passa a ser proibido
 O ensino primário passa a ser gratuito e obrigatório (7 aos 10
anos)
 Criação de escolas normais para a formação de
professores/Educadoras
 Criação do ensino técnico (Escolas técnicas, agrícolas e industriais)
Sociais/Económicas:
 Criação de medidas anticlericais para expulsar as Ordens
Religiosas nacionalizando os bens da Igreja
 Aumento dos impostos e contenção da despesa pública para
diminuir o défice do Estado
 Leis de Família:
 Direito ao divórcio e ao voto
 Igualdade entre filhos legítimos e ilegítimos
 Direito ao voto:
 1911- Chefes de família com +21 anos que saibam ler e
escrever (feminino e masculino)
 1913- Adiciona-se a condição de voto só masculino
 Leis do trabalho:
 Direito à greve
 48h de trabalho laboral (6 dias por semana)
 Seguro de doença e velhice

A crise da I República

Crise económica:
Devido à política desorganizada e à agricultura débil e pouco
produtiva é gerado uma Indústria fraca, pois não há produtos,
prejudicando os transportes. A Balança Comercial estava instável
devido à desvalorização da moeda.

Crise Política:
Em 1917 Sidónio Pais chega ao poder, à força, criando um regime
antiparlamentarista (Ditadura) chamado de Sidonismo.
Tentando pôr fim a esta instabilidade política, Sidónio Pais foi
assassinado em Lisboa a 14 de Dezembro de 1918.
A 19 de Outubro de 1921 ocorreu a chamada “Noite Sangrenta” que
consistiu no assassinato de figuras da República (Machado Santos,
António Granjo e Carlos da Maia). Não se sabe quem matou/mandou
matar e se pertence à monarquia ou à república. Isto causou muita
insatisfação, revoltas sociais e uma profunda instabilidade política.

O Golpe Militar de 28 de Maio de 1926

Foi uma marcha militar gerida pelo General Gomes da Costa iniciada
em Braga acabando em Lisboa tendo os militares desfilado pela
Avenida da República.
Este golpe marca o fim da I República e o início da Ditadura Militar
(1926-1932).

Bom Estudo!
Jão

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