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No dia 5 de outubro de 1910, triunfou uma revolução organizada por Machado dos Santos,
entre outros, decidida a pôr fim à Monarquia, que contou com o apoio de militares de baixa patente
e civis armados que participaram de forma decisiva. A República foi proclamada na varanda da Câmara
Municipal de Lisboa, por José Relvas, na manhã de 5 de outubro de 1910.
5) Implantada a República, formou-se um Governo Provisório, chefiado por Teófilo Braga, que
dirigiu o país até à aprovação da Constituição Republicana em 21 de agosto de 1911.
7) Para marcar a diferença em relação à monarquia, adotou-se uma nova bandeira, um novo
hino (A Portuguesa) e uma nova moeda, o escudo.
8) As principais realizações da 1ª República foram: legislação social - criação das Leis de Família
que garantiam a igualdade de direito entre o homem e a mulher no casamento, e da Lei de Greve que
autorizava e regulava o direito à greve, proteção na velhice e na doença, e redução do horário semanal
de trabalho; a laicização do estado: criação da Lei da Separação da Igreja do Estado, expulsão das
ordens religiosas e nacionalização dos seus bens, estabelecimento do ensino laico nas escolas,
legalização do divórcio, obrigatoriedade do registo civil e reconhecimento do casamento civil como
válido; as mudanças educativas: escolaridade obrigatório entre os 7 e 10 anos, criação de jardins-
escola, escolas primárias, das Universidades de Lisboa e do Porto e reformas do ensino técnico; por
fim, mudanças financeiras: as sucessivas tentativas de equilíbrio das contas públicas, que só tiveram
sucesso em 1913, durante o governo de Afonso Costa.
9) Apesar das elevadas expectativas, o povo rural, católico e conservador recebeu mal algumas
medidas, principalmente as que se relacionavam com o anticlericalismo dos governantes
republicanos. Também a divisão do Partido Republicano em diversos partidos rivais foi um fator de
grande instabilidade política. Durante 16 anos Portugal teve 8 presidentes da República e 45 governos,
resultando na degradação do regime parlamentar. A participação de Portugal na 1ª Guerra Mundial
foi também um fator de contestação, uma vez que a intervenção não contava com o apoio de largos
setores da sociedade.
11) A 28 de maio de 1926, o General Gomes da Costa, acompanhado pelas suas tropas, saiu de
Braga, numa marcha militar em direção a Lisboa. Uma vez derrubado o Governo, suspenderam as
liberdades individuais, puseram fim à República Parlamentar e instauraram a Ditadura Militar.
12) A prosperidade verificada nos EUA na década de 1920 era frágil e ilusória, pois a produção era
muito superior à capacidade de compra dos consumidores. Nos finais da década, industriais e
agricultores já começavam a sentir os primeiros sinais de crise, tendo de reduzir o preço dos produtos
para conseguirem escoar os stocks – era a crise de superprodução.
13) Assustados com a baixa de lucros, os investidores decidiram vender as ações para reduzir os
prejuízos. No dia 24 de outubro de 1929, em Wall Street, foram colocadas à venda milhões de ações
que não tiveram comprados: era o Crash da Bolsa de Wall Street/Crash da Bolsa de Nova Iorque.
14) Iniciada nos EUA, a “crise de 1929” rapidamente se alastrou pelos países dele dependentes:
ao retirar os capitais de bancos e empresas estrangeiras e ao reduzir drasticamente o volume de
importações de bens produzidos nos países industrializados e de matérias-primas oriundas dos cinco
continentes, os EUA arrastaram o Mundo para a profunda crise em que viviam.
15) Devido ao sistema económico instaurado na URSS, fiel aos princípios socialistas, apenas este
país saiu ileso da “crise de 1929”.
A miséria atingia as cidades e os campos, onde milhares de agricultores foram conduzidos à ruína e
outros tantos destruíam toneladas de alimentos na expectativa de fazer subir os preços.
Milhares de pequenos e médios industriais perderam as suas fontes de rendimento e não tiveram
outra opção senão tornarem-se assalariados.
17) Desgastadas pelas consequências da Grande Depressão e da instabilidade política e social que
reinava no seu seio, as democracias liberais foram sendo desacreditadas e contestadas por não
conseguirem apresentar soluções para os momentos de crise económica e social. Isto favoreceu o
crescimento de adeptos das propostas extremistas (extrema-esquerda e extrema-direita).