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• O agravamento da instabilidade política

Em 1915, ainda Portugal não tinha entrado na guerra e já o


general Pimenta de Castro dissolvia o Parlamento e instalava a
ditadura militar.
Pela via da ditadura seguiu-se Sidónio Pais, em dezembro de 1917.
Destituiu o Presidente da República, dissolveu o Congresso e
fez-se eleger presidente por eleições diretas, em abril de 1918.
Através de um golpe de Estado, desmorona a República
Velha e instala a República Nova, sendo apoiado por
monárquicos, religiosos e evolucionistas.
Cria a sopa dos pobres, abre creches para os filhos do proletariado,
demonstrando um grande carinho pelo povo.
No entanto, a dezembro de 1918 é assassinado e os
monarquistas aproveitam-se, criando a "Monarquia do Norte",
proclamada no Porto que suscita uma guerra civil entre Lisboa e
Norte.
O regresso ao funcionamento democrático das instituições
fez-se logo em março de 1919, mas a República Velha (període
terminal da Primeira República) não desfrutou da conciliação
desejada: a divisão dos republicanos agravou-se; os antigos
políticos refiraram-se da cena política e aos novos líderes faltaram
capacidade e carisma para imporem os seus projetos.
À instabilidade governativa somavam-se atos de violência
que manchavam o regime e envergonhavam Portugal dos olhos
dos outros países.
Foi o caso do acontecimento designado por "Noite
Sangrenta" a 19 de outubro de 1921, ocorrendo o assassinato de
António Granjo (ex-chefe de Governo), Carlos da Maia
(republicano de raiz) e Machado dos Santos (comandou as tropas
de 5 de Outubro).

• A falência da Primeira República

Das fraquezas da República se aproveitou a oposicão para


se reorganizar:
• Igreja: indisposta com o anticlericalismo e o ateísmo
republicanos cerra filas em torno do Centro Católico Portugal
tendo como apoio o país agrário, conservador e católico;
• Os grandes proprietários e capitalistas, ameaçados pelo
aumento dos impostos e pelo surto grevista e terrorista, exploraram
o tema da ameaça bolchevista (Criaram em 1922, a
Confederação Patronal, transformada pouco depois em União
dos Interesses Económicos, concorrendo às urnas, fazendo eleger
deputados seus ao Parlamento);
• A classe média vê o seu nível de vida a diminuir de
qualidade e teme o bolchevismo tirando o apoio à República e
desejando um governo forte.

Portugal fica então suscetível às soluções autoritárias.

A 28 de maio de 1926, através de um golpe de Estado por


Gomes da Costa a Primeira República portuguesa cai, instalando-
se uma ditadura militar de 1926 a 1933.

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