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1.1. Segundo o documento 2, as três maiores dificuldades com que a República se defrontou foram:
saldo positivo, quando Afonso Costa estava no ministério das Finanças, o défice foi-se agravando a
partir da I Guerra Mundial com os gastos da reorganização militar e com a preparação da guerra.
Participação
do país na guerra, a partir de 1916, fez disparar os gastos e as despesas. As despesas indiretas
e ligadas à guerra vieram também agravar-se, enquanto os impostos não só não chegavam para
colmatar
veio mostrar a debilidade dos governos republicanos, debilidade já sentida nos últimos governos da
monarquia com a desvalorização contínua do real e, agora, com o escudo. Houve uma reforma
nominal
mas não foi suficiente. Os governos introduziram então o papel-moeda ou cédulas como forma de
combater
2.1. Os fatores que estiveram na base da instabilidade política foram vários como se pode observar
pela carga policial em 1911, representada no documento 5, sobre manifestantes que exigiam
maiores
1911 permitiu, implicava que o poder executivo estivesse dependente, exageradamente, deste sem
que
conseguisse levar a cabo os seus projetos. Por outro lado, o presidente da República não tinha mais
poderes para, demitir governos ou ter iniciativas legislativas. O descontentamento da classe operária
e
a República não tinha cumprido o que tinha prometido relativamente a importantes reformas sociais
e
de legislação laboral. As classes médias estavam bastante afastadas do regime republicano, visto que
os seus lucros e poder. A Igreja respondeu ao anticlericalismo da República fazendo uma acérrima
propaganda
contra o regime e figuras republicanas, colocando vastos setores do campesinato rural nas mãos
dos conservadores e opositores à República. O próprio exército, a partir do final da guerra, mostrou-
se
3.1. Portugal sai muito enfraquecido, política e economicamente, após a sua participação na I
Guerra Mundial. O CEP sofreu demasiadas baixas em La Lys e, por isso, saiu dessa batalha bastante
humilhado,
visto que reclamava de não ter tido o apoio pretendido. Assim, o exército sai com o seu prestígio
incólume o que fez aproveitar Sidónio Pais para uma alternativa à República, promovendo um golpe
de Estado, "Sidónio Pais dera bastante atenção aos assuntos militares, utilizando as Forças Armadas
na
nova encenação do poder…" (Doc. 3), tentando reformar a democrática república portuguesa num
regime
ditatorial em que o Senado representaria a nação. A sua hostilidade para com os partidos políticos
fê-lo pensar, inclusive, em criar um partido nacional de base corporativa como, aliás, no resto da
Europa
do feminismo internacional. As primeiras ações que apontavam para uma libertação da condição da
mulher em
Portugal radicam, essencialmente, num “desinteresse” pelos assuntos do lar, assim como na
reivindicação geral
por uma maior participação social e política não só através do exercício do voto, mas igualmente
pela participação
de luta e de ação através, principalmente, da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas (1909) e
da Associação
de Propaganda Feminista (1911), onde militavam mulheres como Ana Castro Osório, Maria Veleda,
Carolina Beatriz
Ângelo e Adelaide Cabete, entre outras. No entanto, estas mulheres tiveram que contar com uma
forte oposição
conservadora e tradicionalista quer da parte da Igreja, quer da parte da sociedade, fortemente
patriarcal.
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se tentava fazer. Embora não o conseguisse, por motivo do seu assassinato em 1918, o apoio
popular
que conseguiu, devido à sua cuidada encenação quase monárquica do poder, e ao facto de ter apoio
nas
classes sociais mais poderosas, veio relançar a ideia que Portugal precisaria de uma ditadura de base
4.1. Em Portugal, no início do século XX, não se acompanhou as soluções pictóricas de rutura e
provocadoras para com a arte académica e naturalista. O gosto dos portugueses, fruto de um
isolamento
do país cada vez maior a nível cultural, que os afastava das tendências modernas europeias, fez-se
sentir,
sobretudo, no plano da pintura naturalista promovida pelas Belas Artes e exposta por pintores como
Portugal, por volta de 1911, com o advento da República e pelas mãos de Santa-Rita, Amadeo de
Souza-
-Cardoso, Almada Negreiros, Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Mário Eloy, Abel Manta,
Eduardo
Viana e tantos outros. Este tipo de modernismo entrou em Portugal de um modo muito profuso e
até
o futurismo, o expressionismo e pelo surrealismo, pelo que é muito difícil a sua identificação ou
rótulos
que se queiram colocar a cada um deles. Neste quadro de Almada Negreiros, que retrata Fernando
Pessoa,
observa-se a sua geometrização, a cor que contrasta com tonalidades diferentes e uma ausência
estudada
de perspetiva.