Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo
Disciplina: História A
Professor: Wilson Barbosa
Trabalho realizado por : Aissata Embaló
Turma: C
Numero: 86
Ano Lectivo:2019/`2020
A integração europeia e as suas consequências
O processo
As diligências entre Portugal e a comunidade Económica Europeia, iniciaram-
se ainda durante o período de Estado Novo, em 1971, com as primeiras
diligências entre Portugal e a CEE. Assim, em 1972, deu-se a assinatura de um
acordo, com concessões limitadas, devido ao carácter antidemocrático do
regime e a manutenção das colónias. Já em 1976 Reunidas as condições
políticas para adesão, com o triunfo da revolução de abril, Portugal vai aderir
ao conselho da Europa. A opção europeia passa ser um projeto político,
assumido sem reservas início e iniciaram-se as negociações em setembro de
1976 que terminaram em fevereiro de 1977. Estas negociações culminaram na
formalização do pedido de adesão por Mário Soares, o primeiro-ministro da
época. Em 1978 dá-se o início oficial das negociações que culminaram na de
um tratado de pré-adesão em 1980.A 12 julho 1985 da assinatura do tratado de
adesão, numa cerimónia conjunta com a Espanha num Mosteiro dos
Jerónimos. E, a 1 janeiro 1986 Portugal torna-se membro pleno da CEE.
Concretizando definitivamente a democratização destes países,
correspondendo ainda a afirmação da CEE na europa do sul.
A adesão a CEE vai trazer inúmeras vantagens ao país, mas não foi um
processo inseto de dificuldades.
As consequências da integração europeia
Nos anos que se seguiram a adesão de Portugal a comunidade Económica
Europeia registaram-se profundas alterações em Portugal a nível político,
económico, demográfico, social e cultural.
Consequências políticas
Politicamente, são consolidadas as instituições democráticas, uma vez que
deixa de haver ameaças revolucionárias e se verifica a liberdade total,
compromissos entre políticos que fortaleciam a democracia. Internacionalmente
Portugal vai ganhar prestígio, destacando-se figuras como Durão Barroso e
António Guterres que desempenho altas funções em organismos
internacionais, a ONU e a UE, aproximando o país aos centros de decisão
europeia e permitindo a integração de Portugal nos órgãos europeus.
Consequências económicas
Economicamente, o pois tinha dificuldades, estando menos desenvolvido que
os restantes países da comunidade. Assim, para se desenvolver economia
portuguesa, a comunidade Económica Europeia financiou programas de apoio
económico e financeira a Portugal:
PEDAP (Programa Específico de Desenvolvimento da Agricultura
Portuguesa) financia a substituição das culturas arcaicas excedentárias
na Europa por modernas técnicas de aproveitamento mais rentável da
agropecuária;
PEDIP (Programa Estratégico de Dinamização e Modernização da
Indústria Portuguesa) está na origem da publicação de um quadro
legislativo sobre medidas para redução ou eliminação das fontes de
poluição, associado a um inevitável conjunto de programas de incentivos
económicos;
PODEEF (Programas de Desenvolvimento e Apoio à Estruturas de
Emprego e Formação) combate o atraso na formação profissional;
PRODEP (Programa de Desenvolvimento Educativo para Portugal)
proporciona modernização do sistema de ensino.
Numa primeira fase, entre 1986 e 1991, p resultado global foi positivo causado:
pela modernização do país, com acesso aos fundos de coesão e aos fundos
estruturais; pela melhoria e construção de infraestruturas, pelo
desenvolvimento da agricultura e da indústria, pelo aumento das exportações,
pela redução da inflação, pela melhoria dos salários e pelo aumento do
investimento estrangeiro.
As consequências socioculturais
Com a melhoria das condições de vida, decorrentes da adesão ao espaço
europeu, a livre circulação a ela subjacente e a abertura das fronteiras Portugal
vai reunir condições para se tornar um país de destino de imigrantes,
quebrando o círculo de Portugal como país de emigração.
Com a integração europeia a estrutura social do país alterou-se, de forma
significativa:
a afirmação da mulher no mercado de trabalho ;
a terciarização da sociedade com o aumento de profissões intelectuais,
técnicas e científicas;
o alargamento acentuado da escolarização;
a taxa de analfabetismo diminuiu;
o aumento acentuado da mobilidade social .
A modificação dos hábitos culturais foi outra reflexão da adesão portuguesa a
CEE traduzindo-se :
na generalização da leitura e construção de equipamentos culturais;
no aparecimento de canais privados de televisão;
em novas formas e espaços de lazer e de convívio( festivais de música,
centros comerciais, museus, entre outros)
Países Lusófonos
Os países lusófonos são: o Brasil, o Timor-Leste e os PALOP (países africanos
de língua portuguesa) - Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola, São Tomé e
Príncipe e Moçambique.
A Área Ibero-Americana
A vertente atlântica das relações externas de Portugal incluí também o
relacionamento com os os Estados Unidos da América e com a América Latina.
Portugal vai confirmar e reforçar as suas relações com os Estados Unidos da
América:
Renovando o Acordo da Base das Lajes;
Reforçando o a sua presença na NATO.
Síntese
A adesão a Comunidade Económica Europeia trouxe grandes transformações
para Portugal. Depois do consolidada presença de Portugal na Europa, o país
voltou-se para o Atlântico, aprofundando os laços com os países da CPLP e da
Área Ibero-Americana (CIA).
Datas relevantes:
1976: adesão ao Concelho da Europa;
1977: formalização do pedido de adesão à Comunidade Europeia;
1978: início do processo negocial;
1985: assinatura do Tratado de Adesão;
1986: Portugal membro pleno da “Europa dos Doze”
1991: Integração na CIA
1996: Fundação da CPLP