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Cabo verde foi descoberto pela frota portuguesa, devido a explanação marítima
europeia, em 1460, por navegadores italianos e portugueses1, a saber; Antoni de Noli,
Diogo Gomes e Diogo Afonso, ao serviço do Infante D. Henrique, O Navegador. No
entanto
Por esse motivo Cabo verde foi colónia portuguesa durante 500 anos juntos com alguns
outros países africanos, como por exemplo Angola e Guiné-Bissau. Cabo verde, durante
a colonização/escravização por parte dos colonos portugueses, serviu de “Terra de
experimentação” 2, não só a nível da agricultura mas também a nível social.
1
Há outras teses que defendem que não foram os portugueses os primeiros a descobrir as ilhas de Cabo
Verde.
2
Cabo Verde serviu de “Terra de experimentação” devido à sua posição estratégica-geográfica (um
exemplo bem prático, Cabo Verde servia de rota entre Europa, África e Brasil). Devido à seca eram
testadas plantas de diferentes espécies que melhor se adaptassem ao clima, uma das principais é a “cana
de açúcar”. Entretanto, a nível demográfico, como não era um país habitado eram trazidos africanos
escravos e portugueses para o processo de habitação e desenvolvimento da sociedade. Não como Cabo
Verde alguns países africanos já tinham uma sociedade formada; cultura, educação, tradição, uma
Com várias tentativas, o povoamento das ilhas inicia no ano 1462 e a ilha de Santiago
receber os seus primeiros habitantes.
Devido ao seu clima o país enfrenta secas prolongadas e outras crises ambientais e
socioeconômicas. Esse é um dos fatores que dificultaram, no início da época colonial, o
povoamento das ilhas.
Cabo Verde lutou pela sua independência juntamente com outros países africanos que
eram colónias portuguesas, entre os quais destaco Angola e Guiné-Bissau,
principalmente Guiné-Bissau por ter fundado o primeiro partido político com Cabo
Verde, o PAIGC (Partido Africano para a Independência de Guiné e Cabo Verde). Não
atendendo ao pedido de Amilcar Cabral foi necessário a luta armada para que o país
sociedade desenvolvida. Daí, feitos escravos pelos portugueses eram trazidos para Cabo Verde.
Entretanto, vinham também os ingleses, os franceses, entre outros povos. Então temos uma fusão (um
cruzamento entre os povos) de Europeus livres e africanos escravos que resultou na chamada
“mestiçagem” ou cruzamento entre as raças.
conseguisse a sua independência. Cabo verde conquista-a em 5 de julho de 1975 3. Nessa
época o país inicia com o “governo de transição”. Afasta-se de Guiné e principia o seu
próprio regime e constituição, torando a República de Cabo Verde. Em 1990 Cabo
Verde deixa de ser unipartidário, apenas o PAICV, e para ser pluripartidário. Em 1991,
na mesma data da sua criação, MPD (Movimento para a Democracia) ganha as eleições
legislativas. O então «Estado procurou subsistir através do estabelecimento de relações
de ajuda e cooperação económica internacional com diversos países ocidentais
(nomeadamente Portugal, os Estados Unidos, a Holanda, os Países Escandinavos, entre
outros), a par da criação de medidas de combate ao subdesenvolvimento» (ibidem,15).
Cabo Verde conta com aproximadamente 500 habitantes4 distribuídos pelas nove ilhas
sendo que a maioria da população se concentra nas ilhas de Santiago e S. Vicente.
Fruto da mestiçagem e do ensino do séc. XIX nasce a Literatura caboverdiana nas mãos
de alguns intelectuais, sobretudo escritores, como Eugénio Tavares (1867-1930),
Baltazar Lopes (1907-1989), Manuel Lopes (e)
Síntese
Portanto, se Cabo Verde é um país que nasceu dentro de um contexto histórico e passou
por todos os “contextos históricos socioculturais”, podemos dizer sem sombras de
dúvida que também a sua língua, cultura (música, literatura, tradição), sociedade
população nasceram e lhe acompanharam em todas essas fases de transformação. Cabo
Verde é uma criança que foi amamentada por mães negras e brancas.
V. REFERENCIAS BIBIOGRÁFICAS
CARREIRA, António
(1982): O Crioulo de Cabo Verde: Surto e Expansão. Lisboa: Mem Martins Gráfica.
CARREIRA, António
1983 – Migrações nas ilhas de Cabo Verde, Praia, Instituto Caboverdiano do Livro.
1997 – Cabo Verde: Classes Sociais – Estrutura Familiar – Migrações, Lisboa,
Ulmeiro
DUARTE, Dulce Almada (2003): Bilinguismo ou Diglossia? As Relações de Força
entre
o Crioulo e o Português na Sociedade Cabo-verdiana. Praia: Spleen Edições.
FERREIRA, Manuel
1967 – A Aventura Crioula, Lisboa, Editora Ulisseia.
MADEIRA, João Paulo
2015 – Língua cabo-verdiana como elemento de identidade. Article in Revista de
Letras · December 2013