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UNIVERSIDADE WUTIVI

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS


CURSO DE PSICOLOGIA CLÍNICA

CADEIRA DE PSICOLOGIA DA PSICOLOGIA GERAL II


1º Ano—Laboral / Pos Laboral

Sintese sobre a Inteligencia

1. Inteligência

1.1. O que é a inteligência:

Inteligência é um conjunto que forma todas as características intelectuais de um indivíduo,


ou seja, a faculdade de conhecer, compreender, raciocinar, pensar e interpretar. A inteligência é
uma das principais distinções entre o ser humano e os outros animais.

Etimologicamente, a palavra "inteligência" se originou a partir do latim intelligentia, oriundo


de intelligere, em que o prefixo inter significa "entre", e legere quer dizer "escolha". Assim
sendo, o significado original deste termo faz referência a capacidade de escolha de um
indivíduo entre as várias possibilidades ou opções que lhe são apresentadas.

Para a escolha da melhor e mais adequada oportunidade, entre as várias opções, uma pessoa
precisa avaliar ao máximo todas as vantagens e desvantagens das hipóteses, necessitando para
isso da capacidade de raciocinar, pensar e compreender, ou seja, a base do que forma a
inteligência.

Entre as faculdades que constituem a inteligência, também está o funcionamento e uso da


memória, do juízo, da abstração, da imaginação e da concepção.

Os conceitos e definições da inteligência variam de acordo com o grupo a que se referem. Por
exemplo, na psicologia, a chamada "inteligência psicológica" é a capacidade de aprender e

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relacionar, ou seja, a cognição de um indivíduo; enquanto que no ramo da biologia, a
"inteligência biológica" seria a capacidade de se adaptar a novos habitats ou situações.

1.2. Tipos de inteligência

No entanto, o conceito empregado pelo Quociente de Inteligência começou a ficar


desacreditado quando foram observados indivíduos com QI baixo, mas com grande sucesso na
vida profissional, enquanto que pessoas consideradas "mais inteligentes", apresentavam
situações inferiores.

O psicólogo Howard Gardner apresentou a Teoria das Inteligências Múltiplas, que alegar ser
a inteligência um conjunto de no mínimo 8 processos mentais diferentes existentes dentro do
cérebro.

De acordo com esta teoria, cada ser humano possui um pouco de cada uma dessas
"inteligências", sendo que, em algumas pessoas, sempre há um tipo de processo específico que
pode ser mais desenvolvido do que em outras, fazendo com que de destaque em determinadas
campos ou áreas de atividade.

 Inteligência linguística: pessoas com facilidade em se expressar, oralmente e através


da escrita. Pessoas com este tipo de inteligência mais desenvolvido têm tendência a
aprender outros idiomas com mais facilidade, além de possuir um alto grau de atenção.
 Inteligência lógica: pessoas com facilidade em trabalhar com a lógica em geral, como
operações matemáticas ou trabalhos científicos, por exemplo. Normalmente, possuem
uma boa memória e conseguem solucionar problemas complexos facilmente. Podem
ainda ser consideradas mais organizadas e disciplinadas.

 Inteligência espacial: pessoas com facilidade em entender e manipular o mundo visual,


como imagens em 2D ou 3D. São bem desenvolvidos por arquitetos e profissionais
ligados à arte gráfica.

 Inteligência motora: pessoas que conseguem realizar movimentos complexos com o


próprio corpo, tendo para isso uma espantosa noção de espaço, distância e profundidade
dos ambientes.

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 Inteligência musical: pessoas com facilidade em identificar e reproduzir diferentes
tipos de padrões sonoros, além de criar músicas ou harmonias inéditas. Este é um dos
tipos raros de inteligência presentes entre as pessoas.

 Inteligência interpessoal: pessoas com facilidade de liderar, a partir do entendimento


do ponto de vista e intenções dos outros. São considerados indivíduos muito ativos, que
gostam de responsabilidades e que têm facilidade em conseguir convencer os demais a
fazer aquilo que desejam.

 Inteligência intrapessoal: pessoas com facilidade em observar, analisar e compreender


a si próprias. Também podem exercer influência sobre as pessoas, mas de maneira mais
subjetiva, utilizando ideias e não ações.

 Inteligência naturalista: são as pessoas com facilidade de identificar e diferenciar


diferentes padrões presentes na natureza.

2. Grupos adicioinais de inteligencia

2.1. Inteligência emocional

O conceito de inteligência emocional está presente dentro da psicologia e foi criado pelo
psicólogo estadunidense Daniel Goleman.

Um indivíduo considerado emocionalmente inteligente é aquele que consegue identificar as


suas emoções, motivando a si mesmo a persistir nos seus objetivos mesmo em situações de
frustração, por exemplo.

Entre as outras características da inteligência emocional está a capacidade de controlar


impulsos, canalizar emoções para situações adequadas, motivas as pessoas, praticar a gratidão,
entre outras qualidades que podem ajudar a encorajar os outros.

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2.2. Inteligência artificial

A inteligência artificial ou I.A é um ramo de estudo da ciência da computação que se ocupa


em desenvolver mecanismos e dispositivos tecnológicos que consigam simular o sistema de
raciocínio dos seres humanos, ou seja, a sua inteligência.

As pesquisas relacionadas a inteligência artificial são lentas, mas já mostraram significativos


resultados de como aparelhos podem interpretar e sintetizar a voz ou os movimentos humanos,
por exemplo. Mas, ainda falta muito para que máquinas atinjam o conceito mais próximo
possível do que seria a inteligência humana.

A “inteligência artificial”, que o dicionário Houaiss da língua portuguesa (Inst. António


Houaiss, 2004) define como “ramo da informática que visa dotar os computadores da
capacidade de simular certos aspectos da inteligência humana”, constitui talvez o exemplo mais
expressivo da inteligência enquanto metáfora do humano aplicada ao mundo inanimado. E dela
decorre o segundo pressuposto enunciado, o de que a inteligência humana se distingue das
demais formas de inteligência – na supra citada definição, pelas capacidades de “aprender com
a experiência, inferir a partir de dados incompletos, tomar decisões em condições de incerteza e
compreender a linguagem falada”.

Esta como outras acepções do termo “inteligência humana” fundamenta-se numa de entre
múltiplas concepções implícitas da inteligência, as quais se ligam inevitavelmente ao contexto
cultural e aos valores dominantes numa sociedade e num momento histórico particular.
Comprovam-no diversos estudos (para uma revisão ver Sternberg, 2004b; Sternberg &
Grigorenko, 2004b) que identificam as teorias implícitas da inteligência entre pessoas comuns
ou leigos, em diversas culturas: por exemplo, Sternberg, Conway, Ketron e Bernstein (1981;
ver também Sternberg, 1985a, 2006a) nos EUA, identificaram três factores básicos nas teorias
implícitas da inteligência, a capacidade prática de resolução de problemas, a aptidão verbal e as
competências sociais; e, num outro estudo também nos EUA, Sternberg (1985c) verificou que o
indivíduo “inteligente” é percebido como capaz de resolver bem problemas, de raciocinar com
clareza, de pensar logicamente, de utilizar um vasto vocabulário e dominar um largo espectro
de informação mas também como capaz de balancear informação, de se orientar para objectivos
e metas pessoais e de mostrar eficácia na resolução de situações da vida prática, por oposição a
contextos estritamente académicos; Yang e Sternberg (1997), na China, para lá de um “factor

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cognitivo básico”, encontraram outros factores, entre os quais a competência interpessoal, a
competência intrapessoal, a assertividade intelectual e a discrição intelectual (intellectual self-
effacement); Grigorenko, Geissler e colaboradores (2001), no Quénia, identificaram quatro
termos associadas ao conceito de inteligência, rieko, luoro, winjo e paro, que significam,
respectivamente, conhecimento/competência, respeito, capacidade de resolução de problemas e
iniciativa; Dasen, (1984 citado em Sternberg, 2000b), no Zimbabué, assinala o sentido da
palavra ngware, ou inteligência, que corresponde à noção de prudência, sobretudo nas relações
interpessoais.

Numa síntese sobre teorias implícitas da inteligência humana, enfim, Sternberg (2000b;
Sternberg & Grigorenko, 2004b) assinala o contraste entre as concepções ocidentais e orientais,
as primeiras sobrevalorizando a velocidade de desempenho, o pensamento lógico e abstracto, a
indução e as competências académicas e verbais e as segundas acentuando o grau de alerta
mental, a profundidade do pensamento e do conhecimento, o esforço mental, e qualidades
como a benevolência, a humildade ou a determinação.

3. Deficiência Intelectual: principais características, sintomas e


tratamento

A deficiência intelectual é caracterizada por limitações nas habilidades mentais gerais. Essas
habilidades estão ligadas à inteligência, atividades que envolvem raciocínio, resolução de
problemas e planejamento, entre outras. A inteligência é avaliada por meio do Quociente de
Inteligência (QI) obtido por testes padronizados. O resultado de uma pessoa com Transtorno de
Desenvolvimento Intelectual nessa avaliação situa-se em 75 ou menos.

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3.1. Principais Sintomas

Caracteriza-se por importantes limitações, tanto no funcionamento intelectual quanto no


comportamento adaptativo, expresso nas habilidades conceituais, sociais e práticas. Indivíduos
com Deficiência Intelectual apresentam funcionamento intelectual significativamente inferior à
média. Possuem limitações significativas em pelo menos duas das seguintes áreas de
habilidades:

 Aprendizagem e autogestão em situações da vida, como cuidados pessoais,


responsabilidades profissionais, controle do dinheiro, recreação, controle do próprio
comportamento e organização em tarefas escolares e profissionais;
 Comunicação;

 Habilidades ligadas à linguagem, leitura, escrita, matemática, raciocínio, conhecimento,


memória;

 Habilidades sociais/interpessoais (habilidades ligadas à consciência das experiências


alheias, empatia, habilidades com amizades, julgamento social e autorregulação).

A pessoa com Deficiência Intelectual tem dificuldade para aprender, entender e realizar
actividades comuns para as outras pessoas. Muitas vezes, essa pessoa se comporta como se
tivesse menos idade do que realmente tem.

3.2. Tratamento da deficiência intelectual

A deficiência intelectual não é uma doença, e sim uma limitação. A pessoa com Deficiência
Intelectual deve receber acompanhamento médico e estímulos, através de trabalhos terapêuticos
com psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.

As limitações podem ser superadas por meio da estimulação sistemática do desenvolvimento,


adequações em situações pessoais, escolares, profissionais e sociais, além de oportunidades de
inclusão social.

4. Sobre os testes de inteligencia

Os testes de inteligência surgiram entre os séculos XIX e XX, na tentativa de "medir" o


tamanho da inteligência dos indivíduos.

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O primeiro teste desenvolvido para medir a capacidade intelectual foi criado pelo psicólogo
francês Alfred Binet (1859-1911), que era aplicado nas escolas francesas para identificar os
alunos com dificuldades de aprendizado.

Alguns anos mais tarde, o psicólogo alemão William Stern (1871-1938) criou a expressão
Quociente de Inteligência, conhecido pela sigla QI (Intelligenz-Quotient, em alemão),
introduzindo os termos "IM (Idade Mental)" e "IC (Idade Cronológica)", para relacionar a
capacidade intelectual de uma pessoa e a sua idade.

4.1. O que é teste de inteligência?

Teste de Inteligência é um dos tipos de testes utilizados no processo de avaliação psicológica.


Com o teste de inteligência é possível verificar se a pessoa consegue utilizar dos recursos
disponíveis no momento para a resolução de problemas e adversidades do dia a dia. A
inteligência vem sendo estudada por décadas, sendo que o primeiro teste de inteligência citado
foi a “escala de inteligência” em 1905 de Binet. Os diferentes tipos de inteligência são
avaliados por meio do teste de inteligência, sendo inteligência geral, inteligência verbal,
numérica, abstrata, visuoespacial, entre outras.

4.2. Principais características do teste de inteligência.

Existem atualmente diversos tipos de teste de inteligência, pois é possível avaliar diferentes
tipos de inteligência. O teste de inteligência que avalia o fator g geralmente é constituído de
figuras e ao final é obtido por meio dos acertos erros e omissão a pontuação do candidato. Já o
teste de Inteligência verbal é constituído por palavras ou frases e a partir da pontuação final é
obtida a classificação do resultado. O teste que avalia a inteligência numérica é composto por
números e operações matemáticas e o resultado final classifica o sujeito. Quando o teste de
inteligência for composto por diferentes estímulos, o resultado será obtido ao final do teste. A
aplicação do teste de inteligência pode ser feita de maneira coletiva ou individual, com tempo
determinado em pessoas de diferentes escolaridades e idades. A correção do teste de
inteligência pode ser feita por meio do crivo ou pela plataforma on-line.

4.3. Quais são os testes de inteligência disponíveis no mercado?

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Os principais tipos de testes de inteligência disponíveis no mercado são: Teste de Inteligência
BFM-3 (TRAP), Teste de Inteligência Cubos, Teste de Inteligência G-36, Teste de
Inteligência G-38, Teste de Inteligência HTM, Teste de Inteligência R-1, Teste de
Inteligência R-1 forma B, Teste de Inteligência relógios, Teste de Inteligência TI, Teste de
Inteligência V-47.

4.4. Quando utilizar um teste de inteligência?

Os contextos mais indicados para o uso desses tipos de teste de Inteligência são organizacional
(recrutamento e seleção de pessoas), porte de armas, transporte e segurança, obtenção e
renovação ou mudança de categoria da Carteira Nacional de Habilitação.

Tarefa de exercitação e complementar

1. Discuta o conceito de inteligência tendo em conta os extractos


apresentados e a compreensão que tens dos saberes que tens sobre a
temática.

2. Aborde sobre a superdoptação tendo em conta o ponto sobre os


transtornos da inteligência.

3. Que importância tem para si o conhecimento sobre a inteligência e


os testes de inteligência olhando para a sua futura profissão?

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4. Busque e caracterize de forma sintética os testes de inteligência G 36
e G38, apresentando as suas diferenças e semelhanças, no que
respeita a finalidade, estruturação e conteúdos de análise.

NB: Entregar a síntese das questões colocadas por escrito e de forma individual
na aula do dia 01/11/2022 ate as 13 e 30 mints.

 Usar – se da biblioteca e outros recursos (gráficos e ou digitais) para a


compilação das respostas

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