Você está na página 1de 6

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
LICENCIATURA EM PSICOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES
1º ANO–LABORAL | CPII-101 TURMA A
PSICOLOGIA GERAL

Tema:
A INTELIGÊNCIA
DISCENTES:
Albertina | Ayrton
Daniela | Chiquita
Jéssica Macie | Tubeldo

DOCENTE:
Jorge Fringe

Maputo, 01 de junho de 2022

1
INTRODUÇÃO

Neste presente trabalho, abordamos exclusivamente acerca da inteligência, explicamos


os seus tipos e sua classificação por Gardner, apresentados por Banyard e Mayes, Coon e
Mitterer e outras fontes.

OBJECTIVO GERAL
— Compreender as diferentes categorias de inteligência;

METODOLOGIA

— Para a realização desse trabalho, fizemos o uso de livros e pesquisas independentes.

2
INTELIGÊNCIA
Segundo o dicionário eletrônico Medical Dictionary, a inteligência é a habilidade de
compreender ou entender. É uma combinação de habilidades cognitivas (razão, memória,
imaginação, julgamento, conhecimento, etc) manifestadas através de comportamentos
adaptáveis.
Etimologicamente, o termo inteligência deriva do latim intus leg-erê, que significa ler dentro,
penetrar, compreender a fundo. (Biblioteca Digital)
Para Piaget (1947-1977, 16–7) citado por Biblioteca Digital, a inteligência seria “um conjunto de
operações vivas e atuantes, uma forma de equilíbrio a que tendem todas as estruturas”. Tendo se
concluído que, neste sentido, uma acção é tanto mais inteligente quanto mais evoluídas forem as
estruturas a ela subjacentes.

A teoria de Stenberg(1985) propõe a existência de três aspectos distintos na inteligência humana,


que funcionam juntos para produzir aquilo que se considera comportamento ou acção
inteligentes em certo indivíduo. Esta teoria consiste em três sub–teorias, que são:

q Inteligência Contextual – de cenário sociocultural. Esta considera a «inteligência» –


uma actividade mental direccionada à acção intencional, ajudando o indivíduo a
selecionar, formar ou adaptar-se em um ambiente relevante do mundo real.
Este aspecto teórico reconhece;
– a diversidade de culturas e ambientes nas quais o ser humano vive;
– as diferenças culturais entre comportamentos inteligentes. Banyard e Hayes (1994, 245–246)
q Inteligência Empírica – se interessa na forma como a própria experiência do passado
das pessoas afecta a forma da qual elas lidam com uma dada tarefa ou situação. Stenberg
constata que este aspecto teórico envolve duas habilidades fundamentais:
— a habilidade de lidar com demandas situacionais, incluindo as novas tarefas, pessoas e/ou
situações;
— a habilidade de automatizar o processamento de informação, de modo a reduzir a demanda
cognitiva de uma dada tarefa. Banyard e Hayes (1994, 246–247)
q Inteligência De Composição – se preocupa com os mecanismos cognitivos através dos
quais se atinge uma inteligência comportamental. Esta sub–teoria representa uma teoria
de inteligência mais antiga (Stenberg 1977) na qual os componentes de inteligência foram
classificados em termos da função e nível de generalidade, tendo resultado em três
categorias de componentes:

3
— meta-componentes: processos de ordem mais elevada envolvidos na planificação e a tomada
de decisão, por exemplo.
— componentes de actuação: processos mentais envolvidos na execução de tarefas.
— componentes de aquisição de conhecimento: processos mentais envolvidos na apreensão de
novas informações. Banyard e Hayes (1994, 247)

TIPOS DE INTELIGÊNCIA
q Inteligência Emocional – a habilidade de monitorar o próprio de alguém e emoções de
outras pessoas, discriminar entre diferentes emoções e etiquetá-las adequadamente, e usar
informação emocional para guiar pensamento e comportamento. (Salovey e Mayer, 1990)

q Inteligência Fluida – a habilidade de resolver problemas de novas situações, sem


referência a um conhecimento prévio, usando a lógica e o pensamento abstrato.

q Inteligência Cristalizada – refere-se ao uso do conhecimento previamente adquirido,


tais como, factos específicos apreendidos na escola ou habilidades motoras específicas
(Cattell, 1963)

CLASSIFICAÇÃO DA INTELIGÊNCIA
Tendo se observado uma necessidade de alargamento da definição de «inteligência», Gardner
teoriza que existem oito tipos diferentes de Inteligência, mencionando:

(1) Inteligência Linguística – permite-nos entender a ordem e significado das palavras e


aplicar habilidades meta-linguísticas para reflectir no nosso uso da linguagem.
Exemplares: escritores, advogados, comediantes, jornalistas, novelistas.

(2) Inteligência Lógica-matemática – permite-nos perceber relações e conexões, usar


pensamento abstrato, pensamento simbólico, padrões do pensamento inductivo e
dedutivo. Exemplares: cientistas, matemáticos, programadores, detectives.

(3) Inteligência Musical –a capacidade de discernir passo, ritmo, timbre e tom. Este tipo de
inteligência nos permite reconhecer, criar, reproduzir e reflectir na música. Usada na

4
apreciação, composição e crítica de música. Exemplares: compositores, músicos, críticos
musicais, vocalistas.

(4) Inteligência Espacial – relacionada com habilidades pictóricas; é a capacidade de pensar


em três dimensões, as capacidades nucleares incluem imagens mentais, razão espacial,
manipulação de imagens, habilidades gráficas e artísticas, e imaginação activa.
Exemplares: enginheiros, inventores, artistas, modistas/estilistas– alfaiates, escultores.

(5) Inteligência Cinestésica-corpórea – capacidade de manipular objectos e usar uma


variedade de habilidades físicas. Usada em desporto, danças ou simplesmente em
movimentos quotidianos e destreza. Exemplares: dançarinos, atletas, cirurgiões.

(6) Inteligência Interpessoal – relacionada com habilidades sociais. É a capacidade de


entender e interagir, efectivamente, com os outros. Exemplares: psicólogos, professores,
políticos, sociólogos.

(1) Inteligência Intra-pessoal – autoconhecimento. Consiste numa capacidade elevada de


analisar a si mesmo, compreendendo as suas próprias intenções, emoções, motivações e
opiniões. Exemplares: poetas, actores, ministros.

(7) Inteligência Naturalista – uma habilidade de entender o ambiente natural. Exemplares:


biólogos, médicos, agricultores orgânicos, caçadores, colectores.

RELAÇÃO ENTRE A POBREZA E QI

Estudos revelam que parasitoses (doenças frequentes em zonas baixas, pobres até em termos
infraestruturais, solos nutridos, etc) podem comprometer o desenvolvimento da inteligência.
Portanto, a saúde e nutrição podem afectar a inteligência.
Alguns estudos, também, mostram que o factor socio-económico pode, em algum momento,
influenciar a inteligência sendo que os indivíduos que se encontram em boas condições socio-
económicas têm maior facilidade de conhecer o mundo e meios de estudar.

5
REFERÊNCIAS

1. https://medical-dictionary.thefreedictionary.com/Inteligence . Acesso em 30 de maio de 2022.


2. https://www.simplypsychology.org/intelligence.html . Acesso em 30 de maio de 2022.
3. https://blog.adioma.com/9-types-of-intelligence-infographic/. Acesso em 30 de maio de 2022.
4. BANYARD, P. e HAYES, N. (1994). Psychology: theory and application (1Ed). London,
Chapman & Hall.
5. COON, D e MITTERER, J.D. (2011, 2008). Psychology: a journey (Eds). Wadsworth
6. https://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/abp/article/download/18419/17172/34364 Acesso
em 31 de maio de 2022.

Você também pode gostar