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BRITO, João Paulo de Júnior
RESUMO
O presente artigo tem por finalidade abordar temas ligados a inteligências múltiplas quando à sua
significação, no tocante a visão de forma superficial ao seu conceito. Levando-se em conta que este
segmento tem servido de ferramenta, de forma positiva, na busca de conhecimento, e em especial
durante toda sua formação, os primeiros estudos de Howard Gardner para descrever como cada
ser humano demonstra suas capacidades cognitivas de maneira única.
instrumentos utilizados, procedimentos, conhecimentos acerca da inteligência humana e da Teoria
das Inteligências Múltiplas, com vistas a um redirecionamento do processo avaliativo. Apontam-se
algumas recomendações metodológicas que otimizam o processo ensino-aprendizagem.
INTRODUÇÃO
A teoria das inteligências múltiplas surge justamente para explicar que a inteligência
abrange diferentes áreas. Ou seja, o indivíduo pode não ter uma profunda habilidade
Pude perceber que num plano de análise psicológico cada área ou domínio
tem seu sistema simbólico próprio, enquanto que num plano sociológico de estudo, cada
domínio se caracteriza pelo desenvolvimento de competências valorizadas em culturas
específicas. Acreditando assim que existam formas independentes de percepção, memória e
aprendizado, em cada área ou domínio, com possíveis semelhanças entre as áreas, mas não
necessariamente uma relação direta. Ressaltando que, embora estas inteligências sejam, até certo
ponto, independentes uma das outras, elas raramente funcionam isoladamente.
2. METODOLOGIA
do tipo exploratória, utilizando a técnica de pesquisa bibliográfica. Dos seguintes autores, (Howard
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A teoria das inteligências múltiplas foi criada pelo psicólogo Howard Gardner na
década de 1990, durante a sua pós-graduação. Ele criou essa tese, que se tornou
mundialmente conhecida. Gardner questionou se o teste de QI era suficiente para medir a
inteligência das pessoas. Assim, passou a acreditar que a inteligência pode ser abordada
por vários aspectos e que os indivíduos
possuem diferentes tipos de mentes e faculdades mentais, apresentando diferentes
inteligências, surgindo a teoria das inteligências múltiplas
Para entender melhor, vamos usar um exemplo: imagine duas crianças da mesma turma de uma
escola. Ao aplicar uma avaliação de matemática igual para as duas crianças, uma delas consegue
resolver a prova rapidamente e ter um bom resultado. Já a outra criança demora mais e apresenta
dificuldades para compreender o assunto.
É natural que a conclusão seja de que a primeira criança é mais inteligente que a outra por ter
mais facilidade com a prova, mas é esse o tipo de pressuposto que a teoria das múltiplas
inteligências busca desmentir.
A Teoria das Inteligências Múltiplas procura fazer uma abordagem pluridimensional, holística e
pragmática da inteligência, na perspectiva de ultrapassar a dimensão psicométrica dos testes de
Q.I(GARDNER, 1994). Independentemente do modelo educacional, esta teoria permite aos
indivíduos uma performance em qualquer área de atuação. (GAMA, 1998).
“A partir do final do século XIX, a Psicologia Clássica caracterizou a inteligência como única,
hereditária e mensurável, através da capacidade do indivíduo em resolver questões linguísticas e
lógico-matemáticas. Em 1908, em Paris, Alfred Binet criou o teste de Q.I. Na contemporaneidade,
surge a Teoria das Inteligências Múltiplas de Howard Gardner, psicólogo construtivista, neurologista,
professor e pesquisador da Universidade de Howard nos Estados Unidos da América que defende
a inteligência como fator não mensurável, mas possível de ser desenvolvida. Segundo Gardner, as
pessoas apresentam várias tipologias de inteligências, umas mais e outras menos afloradas. A
Teoria das Inteligências Múltiplas se baseia numa visão pluralista da inteligência, onde há várias
habilidades cognitivas e não somente verbal e lógica em que o teste de Q.I. avalia. Portanto, os
seres humanos apresentam capacidades e dificuldades diferenciadas e, estes aspectos não podem
ser medidos ou padronizados”.
3.3. QUAIS SÃO OS TIPOS DE INTELIGÊNCIAS
Alguns anos após os primeiros resultados, foram adicionados mais dois tipos,
a inteligência existencial e a naturalista. Vamos conhecer melhor como cada uma dessas
inteligências se manifesta.
Inteligência Lógico-Matemática
O tipo de inteligência definida como lógico-matemática diz respeito à habilidade que o ser humano
tem de lidar com raciocínios dedutivos e conceitos matemáticos.
Pessoas com inteligência lógico-matemática elevada tem facilidade para resolver cálculos e podem
se destacar nas áreas de exatas e programação.
Esse tipo de inteligência foi utilizado como referência para os testes de QI e, por muito tempo, foi
considerado padrão para avaliar o desempenho cognitivo de crianças.
Inteligência Linguística
Escritores, jornalistas, linguistas, além de pessoas que têm facilidade para falar idiomas diferentes
– os poliglotas – apresentam altos níveis de inteligência linguística.
Inteligência Espacial
O conhecimento espacial, ou visual, está ligado à habilidade de interpretar e criar imagens, seja
através da cor, da forma, da textura ou do uso do espaço físico.
É a inteligência presente em maior grau nas pessoas que desempenham atividades relacionadas a
arquitetura, design, artes visuais, moda, entre outros.
Uma curiosidade é que a inteligência espacial está presente em grandes jogadores de xadrez, pois
essa habilidade demanda um grande estímulo para a interpretação visual das infinitas
possibilidades de movimentos em um tabuleiro.
Inteligência Físico-Cinestésica
Atletas, dançarinos e atores são alguns exemplos de pessoas que usam a inteligência físico-
cinestésica a seu favor. Também conhecida como inteligência corporal, essa habilidade diz respeito
ao controle do corpo e a execução de movimentos.
Mas não é apenas dançar bem ou decorar uma coreografia. Esse tipo de inteligência se relaciona
com a compreensão do corpo e da capacidade de levá-lo ao limite.
Inteligência Interpessoal
Pode ser encontrada em pessoas que ocupam espaços de poder e que têm facilidade de se
expressar em público, como políticos, religiosos, psicólogos, médicos e professores.
Inteligência Intrapessoal
Inteligência Musical
A habilidade de reconhecer sons, melodias, acompanhar ritmos e tocar instrumentos está ligada
ao que conhecemos como inteligência musical.
Essa inteligência está presente no trabalho de músicos e compositores, mas também pode ser
observada em dançarinos, produtores musicais e outros artistas.
Inteligência Naturalista
Esse tipo de inteligência pode ser encontrado em agricultores que, muitas vezes, mesmo sem
estudos, apresentam um grande domínio sobre o uso da terra e do cultivo.
Inteligência Existencial
A capacidade de refletir sobre aspectos da existência humana foi considerada uma das últimas
inteligências múltiplas categorizadas por Gardner.
Essa inteligência está relacionada com grandes filósofos e pensadores, que se dedicaram a estudar
conceitos da metafísica e do comportamento humano.
3.4 COMO A TEORIA DAS MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS SE APLICA À EDUCAÇÃO?
Um dos grandes avanços que a teoria das múltiplas inteligências trouxe para a sociedade
foi entender que a inteligência humana é algo muito mais amplo e complexo do que é possível
compreender através de uma prova ou de um teste de QI.
Cada pessoa tem suas limitações, personalidade e história de vida, por isso reduzir o
desempenho a um único modelo de aprendizagem pode limitar a capacidade de demonstrar
outras aptidões e habilidades.
Nas palavras de Howard Gardner, “O maior desafio é conhecer cada criança como ela
realmente é, saber o que ela é capaz de fazer e centrar a educação nas capacidades, forças e
interesses dessa criança”. Por isso, o caminho da educação está na personalização do ensino.
A educação personalizada leva em consideração que cada criança tem o seu jeito de
aprender, seja através de leitura, de atividades dinâmicas ou até de expressões artísticas.
Para isso, o papel do professor dentro de sala de aula é modificado. O educador passa a
assumir um lugar de orientador e facilitador do processo de ensino, ajudando a criança a encontrar
e desenvolver suas habilidades.
O estímulo ao desenvolvimento integral do aluno também deve fazer parte das avaliações
de aprendizagem.
seja possível a pessoa se especializar, tendo uma capacidade de melhoria contínua, por meio de
cursos e treinamentos;
Como você já deve ter percebido, pensar sobre os estilos de aprendizagem serve, principalmente,
para entendermos como uma pessoa absorve, interage com e compreende um conhecimento.
Tendo essa informação em mãos se torna muito mais fácil encontrar um método de estudo
apropriado e que vai, realmente, trazer resultados.
Por isso, confira abaixo a descrição dos quatro estilos de aprendizagem do Método Honey Alonso:
1 Estilo ativo
As pessoas que têm o estilo ativo de aprendizagem gostam de desafios, de novas experiências e
não gostam de prazos longos.
Essas pessoas podem ser encontradas com a agenda do dia lotada de coisas para fazer e ansiosas
para ter mais o que acrescentar.
Normalmente, são pessoas que gostam de estar em grupos, que se envolvem em diversos assuntos
e atraem as atividades para o seu redor.
Algumas características que descrevem pessoas de estilo ativo são: inovador, solucionador de
problemas, renovador, gerador de ideias, criativo e aventureiro.
2 Estilo reflexivo
Já as pessoas que têm um estilo reflexivo de aprendizagem costumam observar mais do que falar
e analisam todas as alternativas possíveis antes de tomar uma decisão.
3 Estilo teórico
Pessoas com estilo teórico de aprendizagem são pessoas que encaram a vida de maneira lógica.
Normalmente são indivíduos que gostam de analisar e sintetizar situações, pendendo para o
perfeccionismo. São intensas em suas teorias, modelos e princípios.
Quem tem o estilo teórico de aprendizagem costuma ser profundo em sistema de pensamento,
olhando para problemas de maneira vertical, sempre buscando usar a lógica para resolvê-los.
São pessoas que se distanciam de situações para ter um olhar mais objetivo.
4 Estilo pragmático
Por fim, a pessoa que tem estilo pragmático de aprendizagem coloca suas ideias em prática.
Elas costumam ser impacientes com discussões abstratas, buscando soluções mais concretas e
realistas na hora de resolver problemas.
Esses indivíduos não costumam esperar, eles tendem a ver uma nova ideia e querer colocá-la em
prática se o projeto é atraente para eles.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste artigo, você aprendeu que o ser humano é capaz de desenvolver diferentes tipos de
inteligência ao longo da vida e que o domínio de uma área do conhecimento não pode ser diminuído
pela dificuldade em outra.
Compreender as capacidades das pessoas é o primeiro passo para construir uma educação
mais humanizada, que esteja a favor do desenvolvimento de cada criança, e personalizar as trilhas
de aprendizagem para estimular o melhor de cada estudante.
5. REFERÊNCIAS
GARDNER, H. Inteligências Múltiplas: a Teoria na Prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
Gardner, Howard. ( 1994). Estruturas da mente: a Teoria das Inteligências Múltiplas. Porto Alegre:
Artes Médicas.
Gardner, Howard. (2003). Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas.