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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA


FACULDADE DE PSICOLOGIA

LIA ROMANHOLI PASSOS


RAFAEL ARAUJO

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

CAMPINAS
2021
LIA ROMANHOLI PASSOS
RAFAEL RUIZ ARAUJO

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

Trabalho apresentado como exigência parcial


para aprovação da disciplina de Fenômenos
e Processos Psicológicos B - Prática,
ministrada no segundo período da Faculdade
de Psicologia da Pontifícia Universidade
Católica de Campinas.
Orientador: Prof(a) Dr(a) Me. Sônia Regina
Blasi Cruz.
Monitor(a)(s): Ayla de Freitas Camillo e Maria
Luísa Tessarollo Xavier, Juliana Andreasi e
Giovanni Paganini.

PUC-CAMPINAS 2021
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1. INTRODUÇÃO TEÓRICA
A definição de inteligência é um assunto intensamente debatido por
psicólogos, os quais instigam diversos estudos com a finalidade de compreendê-la
melhor. Com o passar do tempo diversas teorias, de diferentes autores, sobre o
tema foram emergindo e se adaptando ao contexto social existente, o que há de
fato, é que a inteligência passa a ser entendida como um conceito e não como algo
definido ou concreto. Pode-se compreender inteligência como a capacidade de
aprender a partir da experiência, de solucionar problemas e utilizar o conhecimento
prévio para se adaptar à novos eventos. (MYERS; DEWALL, 2017).

A inteligência foi estudada por grandes nomes e suas respectivas teorias


abordadas para o estudo da inteligência, seguindo a linha do tempo, por Francis
Galton, Alfred Binet, Lewis Terman, Charles Spearman, Louis Thurstone, Howard
Gardner e Robert Sternberg. Em primeiro plano, a inteligência para Galton está
vinculada às habilidades sensoriais e perspectivas excepcionais, sendo
biologicamente transmitidas aos descendentes. Para este autor, além da
hereditariedade e as diferenças individuais serem relevantes, o antropólogo inglês
propôs um teste que avaliasse a acuidade visual e auditiva, julgamento visual,
memória para formas visuais, tempo de reação, força muscular e proporções
musculares. Tendo como sua principal contribuição o coeficiente de correlações.
(MYERS; DEWALL, 2017).

Neste âmbito, Alfred Binet mundialmente conhecido como o “pai” do teste


de inteligência, explica a inteligência como uma capacidade mental importante para
a execução de muitas tarefas, a qual deveria ser avaliada por tarefas que exigissem
habilidades de raciocínio e solução de problemas. Binet, acreditava que todas as
crianças seguiam o mesmo curso de desenvolvimento intelectual, no entanto,
algumas delas poderiam ir mais rápido que outras. Posteriormente, Terman,
produziu uma nova versão do teste de Binet adaptando alguns temas originais,
adicionando outros e estabelecendo novas normas etárias, isto é, criando a escala
Stanford-Binet. Nesta escala, Terman, introduziu o conceito de QI, quociente de
inteligência, que busca prever o desempenho acadêmico. Contudo, constatou que o
resultado dos testes evidenciava algo além da habilidade mental do indivíduo,
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apresentava também questão educacionais e a familiaridade com a cultura adotada


pelo teste. (MYERS; DEWALL, 2017).

Dessa forma, para Spearman a inteligência envolveria a somatória de


dois fatores, geral e específicos. Seus estudos desenvolveram um conceito de
inteligência geral, denominada fator g. Spearman se envolveu em uma teoria
baseada em correlações presentes em testes de funções sensoriais simples, ou
seja, notou as correlações existentes entre os testes e as colocou em pauta. Além
disso, ajudou a desenvolver a análise fatorial. A ideia de um fator geral surge da
aplicação da análise fatorial, sendo entendida como a correlação entre as diversas
medidas de inteligência que indicaram um fator comum. Por fim, o fator g pode ser
explicado como a capacidade de estabelecer relações entre duas ou mais ideias,
criar interações entre essas e pensamentos abstratos. (MYERS; DEWALL, 2017).

O psicólogo norte-americano Thurstone propôs a ideia de capacidades


separadas ou aptidões independentes, assim, a inteligência geral era constituída na
verdade de habilidades distintas. Thurstone, acreditava que as correlações entre os
testes não eram altas o suficiente para crer na existência de um fator geral. Em
outras palavras, na opinião do autor, as correlações eram baixas indicando a
mensuração de diversos fatores bastante independentes, denominados fatores
específicos. (MYERS; DEWALL, 2017).

Por conseguinte, para Gardner os seres humanos apresentam diferentes


tipos de inteligência, propondo que ao longo do desenvolvimento, diferentes
habilidades se integram e se retroalimentam, nesse sentido, não propõe um fator
geral. Para o autor, inteligência é a capacidade de resolver problemas ou de
elaborar produtos que sejam valorizados em um ou mais ambiente cultural ou
comunitário. De modo geral, a inteligência para Gardner, seria um potencial que,
quando presente, permitiria um indivíduo o acesso a formas especificas do
pensamento, como por exemplo, facilidade com cálculos ou com música. (MYERS;
DEWALL, 2017).

Na intenção de investigar a natureza e realização do “Potencial Humano”,


Howard Gardner reuniu pesquisadores da Universidade de Harvard, para discutir
como o contexto da realização desse estudo admitia ênfase no aprofundamento das
teorias sobre os talentos internos de crianças, principalmente daquelas que eram
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marginalizadas pela sociedade e rotuladas como incapazes de aprender. A partir


desse trabalho, Gardner publicou a obra “Frames of Mind” (Estrutura da Mente), a
qual corrobora o nascimento da Teoria das Inteligências Múltiplas (TIM). Essa
teoria, por sua vez, propõe a existência de pelo menos sete inteligências básicas e
distintas. (SABINO; ROQUE, 2006).

Além das Inteligências Múltiplas, Howard Gardner estudou e desafiou o


conceito de Quociente de Inteligência, o QI. Essa teoria foi fundamental para muitas
decisões profissionais e educacionais, uma vez que se baseava na ideia da
existência de uma inteligência genérica e única, a qual seria possível ser medida,
quantitativamente e qualitativamente, por meio de testes. Por isso, foi evidente um
processo de desmerecimento de determinados talentos. Essa crença ascendente de
que a inteligência ou o potencial humano pudesse ser medido pela capacidade ou
não de responder itens propostos em testes foi considerada, por Gardner, limitada.
(SABINO; ROQUE, 2006).

Howard Gardner elenca e discute sete inteligências, as quais funcionam


sempre combinadas e qualquer papel adulto sofisticado envolverá uma fusão de
várias delas. As inteligências são: Inteligência Linguística, Inteligência Lógico-
matemática, Inteligência Espacial, Inteligência Corporal-cinestésica, Inteligência
Musical, Inteligência Interpessoal e Inteligência Intrapessoal. (GARDNER, 1995;
SABINO; ROQUE, 2006).

Com o avanço dos estudos sobre a Teoria das Inteligências Múltiplas,


Gardner acrescentou uma oitava inteligência, a chamada Inteligência Naturalista
que passou a incluir a capacidade de discriminar ou classificar distintas espécies da
fauna e flora, abrangendo também as formações naturais como montanhas ou
pedras. Levanta-se, posteriormente, possibilidades sobre uma nova inteligência, a
Inteligência Existencial, a qual estaria relacionada à preocupação com questões
básicas da vida. (SABINO; ROQUE, 2006).

Colocava-se em pauta um modelo de aprendizagem que associava


determinadas habilidades à parte direita do cérebro, enquanto outras ficavam
voltadas ao lado esquerdo. Contudo, a teoria de Gardner defende a coexistência de
oito sistemas cerebrais autônomos, relativamente, sendo essa uma versão mais
atual de um modelo de aprendizagem. Diante disso, a inteligência deixou de
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representar um único significado e passou a admitir uma nova conceituação, isto é,


de ser um potencial que responde a diversos tipos de exigências, sejam essas
sociais ou profissionais. Portanto, passa-se a ampliar a ideia de que a inteligência é
uma condição biológica, ligada a hereditariedade, uma vez que seu
desenvolvimento depende das interações do indivíduo com o ambiente.
(ARMSTRONG, 2001; SABINO; ROQUE, 2006).

A princípio, é necessário descrever sobre as inteligências e as


habilidades que propõem ao indivíduo, sendo que apresentam particularidades
notáveis e correlações necessárias. A primeira a ser evidenciada é inteligência
linguística, a qual consiste na capacidade de usar as palavras, seja de forma oral ou
escrita. Esse potencial linguístico revela a capacidade do indivíduo de aprender os
códigos linguísticos, guardá-los e aplicá-los posteriormente de maneira criativa.
Além disso, engloba a habilidade de manipular a sintaxe, a semântica e as
dimensões pragmáticas, incluindo a retórica, a explicação, a metalinguagem e a
mnemônica. (ARMSTRONG, 2001; SABINO; ROQUE, 2006).

Já a inteligência lógico-matemática, apresenta-se como a habilidade de


usar, efetivamente, números e ter um bom raciocínio. Essa inteligência assimila e
integra processos como a categorização, classificação, inferência, generalização,
cálculo e testagem de hipóteses. Segundo Gardner, é o potencial que envolve o
raciocínio de números e apresenta soluções que são rapidamente formuladas pela
mente e que dispõem de coerência antes mesmo de serem expostas materialmente.
(ARMSTRONG, 2001; SABINO; ROQUE, 2006).

A inteligência espacial, é responsável pela capacidade de perceber,


precisamente, o mundo viso-espacial e de transformar as percepções. Essa
inteligência envolve sensibilidade à cor, forma e espaço, além de assumir uma
habilidade de orientar-se espacialmente e representar graficamente ideias visuais e
espaciais. Somado a isso, Gardner conceitua essa inteligência como a solução de
problemas com o uso do sistema notacional de mapas ou a partir de um objeto
disposto em planos distintos. Já uma quarta inteligência a ser citada é a corporal-
cinestésica, a qual apresenta a habilidade corporal, ou melhor, o uso do corpo,
como um todo, para expressar ideais e sentimentos. Inclui habilidades físicas como
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a flexibilidade, o equilíbrio, a coordenação, a velocidade, a força e destreza.


(ARMSTRONG, 2001; SABINO; ROQUE, 2006).

A inteligência musical abrange a competência de perceber, discriminar,


transformar e expressar formas musicais; além disso, envolve sensibilidade ao
ritmo, tom ou melodia e ao timbre de uma peça musical. É possível ter duas formas
de entendimento da música, o geral, sendo global e intuitivo, e formal, analítico e
técnico, mas também é possível apresentar ambos. Em outras palavras, esta
inteligência concede ao indivíduo um potencial de aprender sons, interpretá-los e
reconstruí-los. Já a inteligência interpessoal capacita os indivíduos para perceber e
realizar distinções no humor, intensões, motivações e sentimentos alheios.
Portanto, reconhece uma sensibilidade a expressões faciais, voz e gestos, sendo
capaz de diferenciar tipos de sinais interpessoais e influenciar pessoas a seguir
determinado pensamento ou ação. (ARMSTRONG, 2001; BRENNAND;
VASCONCELOS, 2005; SABINO; ROQUE, 2006).

A sétima inteligência é a intrapessoal, a qual consiste no


autoconhecimento e capacidade de adaptação. O potencial intrapessoal admite uma
imagem de si próprio, incluindo as forças e limitações; consciência de estados de
humor; motivações, temperamentos e desejos. É possível acrescentar a essa
inteligência a autodisciplina, o auto entendimento e autoestima. Sendo que para
Gardner o potencial intrapessoal é o conhecimento dos aspectos internos de uma
pessoa: o acesso ao sentimento da própria vida, à gama das próprias emoções, à
capacidade de discriminar essas emoções e eventualmente rotulá-las e utilizá-las
como uma maneira de entender e orientar o próprio comportamento. A pessoa com
boa inteligência intrapessoal possui um modelo viável e efetivo de si mesma.
Uma vez que esta inteligência é a mais privada, ela requer a evidência a partir da
linguagem, da música ou de alguma forma mais expressiva de inteligência para que
o observador a perceba funcionando. (GARDNER, H. 1995, apud, SABINO;
ROQUE, 2006, p.416).

Em suma, o indivíduo que desenvolve essa inteligência perceber seus


comportamentos e desejos, sendo capaz de refletir sobre seus erros e de aprender
com os mesmos, ou seja, passa a mudar os comportamentos em benefício próprio e
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daqueles que convivem ao seu redor. (ARMSTRONG, 2001; BERNNAND;


VASCONCELOS, 2005; SABINO; ROQUE, 2006).

Encontra-se alguns questionamentos acerca das múltiplas inteligências


de Gardner, ou seja, é possível afirmar que existiram contestações que alegavam se
algumas delas, como a musical, espacial e corporal-cinestésica, seriam apenas
talentos. Entretanto, Gardner realizou estudos e “testes” que comprovaram a ideia
de inteligência habilitadas. Portanto, diante das teorias de Howard Gardner, o
mesmo passa a afirmar que lesões cerebrais podem sem prejudiciais a algumas
inteligências, limitando algumas capacidades. (SABINO; ROQUE, 2006).

No âmbito escolar, as várias correntes pedagógicas sobre a metodologia


de ensino evidenciam um caráter poliédrico. Entretanto, a questão que é colocada
em pauta, preliminarmente, é a de que para desenvolver um ensino de qualidade é
desejável e necessário que na concepção de ensino fossem relevados os aspectos
individuais e pessoais. Com isso, seria possível consolidar um perfil pedagógico
particular e estabelecer, consequentemente, um método de ensino mais eficaz. A
partir desse pensamento, a Teoria das Inteligências Múltiplas se torna uma
ferramenta, a qual passa a contribuir para o processo de ensino-aprendizagem, uma
vez partindo do pressuposto de que a abordagem de ensino do professor deve
privilegiar as características dos alunos frente a um conteúdo. (SABINO; ROQUE,
2006).

Neste sentido, a redemocratização do Brasil apresentou consequências


positivas e negativas, sendo essas o critério de inclusão escolar a partir de
parâmetros quantitativos, os quais desconsideraram fatores que garantiriam um
ambiente de ensino de qualidade; já aquela foi a massificação do ensino que
buscou atingir milhares de analfabetos pelo país. Diante desse contexto, a teoria de
Gardner se torna uma contribuição para um ambiente de ensino escola público
inovador e de qualidade. Em suma, a Teoria das Inteligências Múltiplas contribui
para uma reflexão sobre o papel do professor e do aluno e para evidenciar que não
é apenas enaltecer uma única aptidão ou rotular o estudante em um “perfil
pedagógico”, mas correlacionar várias delas e ampliar qualquer rótulo incluso no
ambiente de ensino. (SABINO; ROQUE, 2006).
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Uma das mais importantes contribuições da teoria de Gardner à


educação é a conscientização do professor sobre a necessidade de expansão do
repertório de técnicas e estratégias utilizadas no ambiente escolar, ou seja, para
além daquelas linguísticas e lógicas, já inseridas no contexto educacional. Dessa
maneira, é evidente a diferença entre os professores que procuram colocar em
prática a Teoria das Inteligências Múltiplas no contexto da sala de aula, daqueles
que seguem o modelo tradicional; entretanto, não se pode afirmar que o ambiente é
distinto ou excludente de acordo com as duas abordagens. (SABINO; ROQUE,
2006).

Embora seja inviável adequar atividades de ensino para cada aluno de


forma separada, é possível traçar um perfil geral da classe, o que leva em
consideração perfis individuais. A partir dessa abordagem, pode-se construir
atividades e estratégias de ensino voltadas para a necessidade do perfil traçado da
classe. Essas atividades podem: ser desenvolvidas individualmente ou em grupo;
equilibrar o nível de exposição do aluno mais extrovertido e do mais tímido;
estimular e permitir a participação de todos os alunos; visar o maior índice de
sucesso em sua realização, calculado com base nas competências dos alunos
envolvidos; atender interesses e necessidades; e permitir reconhecer a eficácia de
atividades que priorizem a memória visual, aditiva, oral, etc. (SABINO; ROQUE,
2006).

A disposição das carteiras em forma de círculo ou semicírculo pode


contribuir para elevar a atenção dos alunos. Assim como a disposição dos próprios
alunos na sala de aula, inúmeros elementos que caracterizam o ambiente escolar
influenciam na aprendizagem. Em outras palavras, mudanças físicas no ambiente,
de acordo com a Teoria das Inteligências Múltiplas, favorecem o desenvolvimento
de estratégias de ensino, estabelecendo ambientes mais propício à participação e
ao aumento da atenção e da confiança dos alunos. Por isso, a realização das
atividades, dentro e fora da sala de aula são baseadas em estratégias que
estimulam diferentes inteligências; além disso contribuem para traçar um perfil dos
alunos e estabelecer critérios que nortearam a preparação e a realização de cada
tarefa no transcorrer das aulas (SABINO; ROQUE, 2006).
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Em síntese, traçar um perfil cognitivo de uma classe em específico torna-


se benéfico para o professor e para o aluno, uma vez que para esse é possível
reconhecer as próprias habilidades ou tendência dentro das inteligências e para
aquele amplia o repertório de atividades mais interativas e dinâmicas. Isto é, a
Teoria das Inteligências Múltiplas ultrapassa a simples transmissão de
conhecimento ou instrução escolar, sua contribuição está associada ao atendimento
de uma população intensamente variada de alunos, e, ao mesmo tempo,
proporcionar repertório amplo aos educadores. (SABINO; ROQUE, 2006)

Tem-se também Sternberg, para esse autor a inteligência é considerada


um mecanismo básico de processamento de informações, como o contexto e a
experiência; nesse sentido, concorda com a Teoria de Múltiplas Inteligência de
Gardner. Portanto o autor, propõe a Teoria Triárquica, de três inteligência. Essa
teoria divide a inteligência em: inteligência analítica, que é avaliada nos testes de
natureza intelectual ou acadêmica, tendo seu foco o raciocínio e a noção espacial;
inteligência prática, a qual atua no cotidiano e envolve resoluções de problema, está
vinculada a experiência; e inteligência criativa como atuante na adaptação a novas
situações e na criação de ideias inovadoras, sendo importante para a saúde mental
dos indivíduos. Estas três inteligências dão a base da Teoria Triárquica da
inteligência, a qual é dividida em componentes de processamento de informações,
que envolve a metacognição, a estratégia e a aquisição de conhecimento. (MYERS;
DEWALL, 2017).

Em seguida, como parte do entendimento sobre inteligência, se faz


relevante mencionar a inteligência emocional. O termo destacado como assunto nos
parágrafos que seguirão surgiu por meio do psicólogo Edward Thorndike, em sua
primeira proposta, o profissional buscou especificar a importância de ser alguém
inteligente socialmente, de acordo com Thorndike, alguém com uma formação
acadêmica excepcional poderia encontrar dificuldades de ocupar lugares superiores
em cargos em uma empresa, dado à falta de inteligência social. Situações em que a
pessoa consegue controlar as relações e emoções interpessoais de modo a manter
uma conexão saudável com seu próprio interior, nos mostra o sucesso ou o
fracasso se a questão for alguém inteligente socialmente. (MYERS; DEWALL 2017).
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A partir desse contexto, se torna possível entender a vertente pela qual


estamos expondo da inteligência social: a inteligência emocional. Segundo Mayer
(2002, 2011 e 2012), há quatro requerimentos para que seja possível identificar
essa inteligência, e são elas: perceber emoções, coisas como expressões faciais e
corporais, jeitos e modos de se comunicar, englobam essa necessidade; entender
emoções, a maneira como prevemos, e como nossa preparação influencia na
maneiro que vamos interpretar as diversas situações; gerenciar emoções, ou seja,
saber como explicitar as nossas reações para com a situação adversa e com sua
resposta, tanto negativa quanto positiva e, por último, usar emoções, sendo
basicamente a permissão para nossa expressão para o externo. (MYERS; DEWALL
2017). 

Importante para a compreensão tanto da inteligência inter e intrapessoal,


alguém inteligente emocionalmente consegue manter uma boa relação com as
pessoas, e também sabe administrar seus próprios sentimentos,
mantendo equilíbrio para com essas inteligências entre si. Entretanto, esse próprio
conceito leva a discrepâncias entre profissionais da área, Gardner aponta
que devemos considerar as emoções e separá-las desse estudo, pois ultrapassa o
que consideramos como inteligência, e, caso seja integrada aos estudos, perderá
seu sentido. (MYERS; DEWALL 2017). 

A fim de estabelecerem mais precisamente o que é ou não


inteligência, psicólogos apresentaram uma relação dicotômica da mesma, nas quais
são representadas como Inteligência fluída (gf) e cristalizada (gc). A progressão de
estudos e abordagens evidenciam a construção dessa teoria como forma de
entendimento de alguns recursos necessários para a capacidade humana de
compreensão das coisas. (SCHELINI. W; PATRICIA 2006).

Para entendimento completo, vale pontuar o contexto hierárquico de


inteligência. Philip Vernon estabeleceu uma teoria, que na base do entendimento de
inteligência fluída e cristalizada, traz consigo o fator g citado por Spearman, em sua
relação, implementa dois maiores fatores gerais (verbal-educativo e perceptivo-
mecânico) e em seguida, fatores específicos, ou de segunda base (muito próximos
de Thurstone), sendo seguida pela última base ainda mais específica (Almeida,
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1988; Anastasi, 1990; Ribeiro, 1998; Sternberg & Prieto, 1997). (ALMEIDA, S;
LEANDRO 2002). 

Cattell propõe outra teoria hierárquica, e introduz o conceito de


inteligência fluída e cristalizada. Segundo o autor, o fator geral pode se subdividir
em dois outros fatores, o fluído (sendo o mais próximo do fator de Spearman) e o
cristalizado (ligado às habilidades do indivíduo), e, indo além, Cattell defende
conceitos já apresentados por Thurstone, sendo fatores de primeira e segunda
ordem. (ALMEIDA, S; LEANDRO 2002 apud MYERS; DEWALL 2017). 

A inteligência fluída se caracteriza pela resolução de problemas abstratos


e novos, em geral, quando não ligados à cultura e ensinamentos, ou seja, o gf é
relacionado a características biológicas, nesse sentido, as alterações biológicas,
como lesões cerebrais ou decorrentes da má nutrição, influenciam mais a
inteligência fluída do que a cristalizada. Além disso, é evidenciado em estudos
práticos que essa inteligência tende a cair depois dos 20 anos, e a depreciar ainda
mais rápido depois dos 85 anos. Sendo definida pela inteligência que é adquirida,
ou também muito conhecida como “senso comum”, a inteligência cristalizada é
relacionada principalmente pelo ensino formal, experiências pessoais, pela cultura e
todo o contexto de vida do indivíduo, e, diferentemente da descrita anteriormente,
tende a crescer durante o decorrer da vida. (MYERS; DEWALL 2017). 

Dado essas informações, é necessário pontuar quais foram as bases


para esses modelos hierárquicos. Para que Vernon e Cattell pudessem continuar a
progressão dessa teoria, foi essencial a investida nessa área pelos modelos de
inteligência de Spearman e Thurstone, como citados anteriormente, que trouxeram
a inteligência como um fator de habilidade geral no topo da hierarquia e que,
consequentemente, influencia na performance em diferentes testes cognitivos e,
também, como uma séria de fatores específicos que influenciam no desempenho
individual em domínios intelectuais particulares. (SHAFFER, 2009).

Ainda nessa progressiva construção de um modelo de inteligência, temos


John Carroll, que nos traz um modelo mais elaborado entre essa hierarquia, sendo
embasado na análise de estudos mentais nos últimos 50 anos, temos a teoria das
três camadas, Carroll dá a representação de inteligência como uma pirâmide, com o
fator g no topo, e mais oito habilidades em sequência na segunda camada,
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reforçando as virtudes e as fraquezas intelectuais que temos. É usado para explicar


como uma pessoa com capacidade intelectual g inferior à média pode se sobressair
em um domínio de terceira camada, como poder recriar um trecho de uma música
apenas ouvindo uma vez, sendo uma habilidade derivada da memória (segunda
camada) acima da média. (SHAFFER, 2009).

Por fim, já visando a completude das formas de inteligência e suas


visões, destaca-se a visão cognitivista. A visão cognitivista, na qual foi abordada por
toda essa introdução, dá destaque aos processos e maneiras de resolução de
tarefas e problemas, seu enfoque é, não apenas entender o cérebro como repleto
de aptidões, mas o cognitivismo é centrado na manipulação de símbolos por parte
do cérebro enquanto na resolução de problemáticas, ou seja, no processamento de
suas informações. Tanto Gardner, com sua teoria de múltiplas inteligências, quanto
Sternberg e a teoria triádica, Mayer e a inteligência emocional, entre outros,
trouxeram um viés cognitivista sobre a inteligência, no qual abordamos por todo
esse avanço teórico. (ALMEIDA, S; LEANDRO 2002).

É perceptível, portanto, que a definição de inteligência, em sua totalidade,


abrange muitos estudos, abordagens e divergências entre si, que culminaram em
seu avanço teórico e prático. Logo, foi possível estudar, aprender e dissertar sobre o
assunto mais profundamente ao longo dessa introdução, a fim de que, com o
conteúdo suficiente, possamos aplicar de maneira prática as questões relacionadas
ao estudo feito por Howard Gardner.

2. OBJETIVOS
- Avaliar e comparar o perfil dos participantes quanto aos sete tipos de inteligências
múltiplas de Gardner;
- Elaborar instrumentos para avaliar um dos sete tipos de inteligências múltiplas;
- Comparar o desempenho dos participantes no instrumento construído e aplicado
pelo grupo;
- Relacionar os resultados obtidos no experimento com o referencial teórico sobre
inteligência.

3. MÉTODO
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3.1. Situação
O experimento foi realizado na sala 27 do Complexo A na Pontifícia
Universidade Católica de Campinas, o local é retangular e espaçoso, há diversas
carteiras espalhadas pela sala, a parede que se encontra oposta à porta de entrada
contém várias janelas, a sala ainda compõe vários ventiladores, uma tela e um
Datashow. Dentro da sala, os participantes foram propostos a realizar um teste
baseado no inventário das inteligências múltiplas de Gardner, contendo 30 questões
relacionadas à inteligência intrapessoal.

3.2. Participantes
- Participante 1 (P1): N.P.I, sexo feminino, 19 anos
- Participante 2 (P2): M.L.P.D, sexo feminino, 19 anos
- Participante 3 (P3): G.C.A, sexo feminino, 18 anos
- Participante 4 (P4): M.E.C, sexo feminino 18 anos
- Participante 5 (P5): P.J.L.J.F, sexo masculino, 18 anos
- Participante 6 (P6): G.L.T, sexo masculino, 19 anos
- Participante 7 (P7): G.G, sexo masculino, 19 anos
- Participante 8 (P8): R.S.B, sexo masculino, 20 anos
- Participante 9 (P9): R.H.O.P, sexo feminino, 18 anos
- Participante 10 (P10): A.S.M, sexo feminino, 19 anos
- Participante 11 (P11): M.S.S, sexo feminino, 19 anos
- Participante 12 (P12): M.W.C, sexo feminino,18 anos
- Participante 13 (P13): N.A.P, sexo feminino,18 anos

3.3. Material
- Inventário de Inteligências Múltiplas de Howard Gardner; (ANEXO A)
- Instrumento elaborado pelo grupo. (ANEXO B)

3.4. Procedimento
Inicialmente o experimentador (professora) aplicará o Inventário de
Inteligências Múltiplas de Howard Gardner no grupo de alunos. No segundo
momento, o experimentador dividirá a sala em 7 grupos e cada grupo ficará
responsável em elaborar um instrumento que avalie um dos sete tipos de
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inteligência de Howard Gardner, sendo eles: inteligência linguística, lógico


matemática, viso espacial, corporal cinestésica, musical, interpessoal e intrapessoal.

4. RESULTADOS
Tabela 1. Comparação da pontuação obtida pelos participantes no Inventário de
Inteligências Múltiplas.
Participante A B C D E F G
s
P1 32 28 40 41 40 36 36
P2 36 30 48 33 29 35 38
P3 21 30 27 29 19 37 29
P4 35 24 30 31 30 38 36
P5 34 30 31 37 34 33 30
P6 28 36 37 33 35 33 36
P7 29 35 33 27 35 25 32
P8 33 34 34 34 46 34 30
P9 26 24 38 34 35 42 25
P10 40 26 32 37 46 36 37
P11 35 31 32 39 43 39 32
P12 30 24 26 29 40 36 31
P13 27 23 29 42 34 42 43
P14 38 32 46 46 41 38 35
P15 39 34 42 46 46 35 38
Total de 483 441 525 538 553 539 308
Pontos
Média 32,2 29,4 35 35,8 36,8 35,9 33,8
Legenda:
A: Inteligência Linguística
B: Inteligência Lógico Matemática
C: Inteligência Viso Espacial
D: Inteligência Corporal Cinestésica
E: Inteligência Musical
F: Inteligência Interpessoal
G: Inteligência Intrapessoal
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Percebe-se que, nessa tabela, os participantes P1, P5, P13 obtiveram


maiores resultados na inteligência Corporal Cinestésica; enquanto P2 e P6 tiveram
maiores pontuações sobre a inteligência Viso Espacial; os participantes P3, P4, P9
e P13 tiveram como inteligência mais desenvolvida a Interpessoal e é perceptível,
também, que P7, P8, P9, P10, P11 e P12 obtiveram, entre todas, a melhor
pontuação sobre a inteligência Musical. A maior média apresentada entre os alunos
foi a da inteligência Musical, enquanto a menor foi a Lógico Matemática.

Tabela 2. Comparação das pontuações obtidas pelos participantes quanto a inteligência


intrapessoal por meio do instrumento elaborado.
Participantes Inventário
P1 123
P2 104
P3 74
P4 102
P5 97
P6 112
P7 88
P8 102
P9 90
P10 118
P11
131
P12 114
P13 95
Total de Pontos 1350
Média 103,8
Fonte: Autoria Própria

Nessa tabela podemos observar que a participante P11 obteve a maior


pontuação entre todos os participantes, enquanto a participante P3 obteve a menor
pontuação. Vale mencionar também, que o total de pontos contabilizados foram de
1350, enquanto a média foi de 103,8 pontos.

Gráfico 1. Média dos pontos obtidos pelos participantes no Inventário de Inteligências


Múltiplas.
16

Média
40

35

30

25

20

15

10

0
A B C D E F G

Média
Fonte: Autoria Própria
Nesse gráfico podemos observar as médias que os alunos obtiveram no
Inventário de Múltiplas Disciplinas de Gardner. Observamos que a Inteligência
Musical foi a que teve maior média, enquanto a Lógico Matemática teve a menor.

Gráfico 2. Pontos obtidos pelos participantes no instrumento elaborado pelo grupo.

Média
140

120

100

80

60

40

20

0
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13

Média
17

Aqui podemos observar a pontuação dos participantes do instrumento da


Inteligência Intrapessoal. Podemos observar que a participante P11 obteve a maior
pontuação entre todos, enquanto a participante P3 obteve a menor.

5. DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS


Ao realizar uma análise dos resultados obtidos e considerando o referencial
teórico, é possível compreender as diferenças entre as pontuações apresentadas na
Tabela 1 ao relacionar com a teoria proposta por Gardner. O psicólogo
estadunidense considera que os seres humanos possuem diferentes tipos de
inteligência e propõe que, ao longo do desenvolvimento, habilidades distintas
integram-se e permitem formas específicas de pensamento para cada indivíduo, e a
inteligência seria a capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos. A
definição de Gardner fica explícita na Tabela 1 se observados as pontuações
referentes a cada tipo de inteligência obtidas por um mesmo participante. Desse
modo, o P3 por exemplo, contabilizou 30 pontos no item B, que se refere a
inteligência lógico matemática e 19 pontos no item E, inteligência musical, isso
significa que, provavelmente, ao longo do seu desenvolvimento, ampliou sua
capacidade de utilização de números e raciocínio e não teve muito contato com
formas musicais, ritmos e outros elementos relacionados a música. Isso acontece
com os outros vinte e dois participantes, todos apresentam uma inteligência mais ou
menos desenvolvida que outras, assim como também são diferentes entre si.
(MYERS; DEWALL, 2017).

Neste sentido, visto que a inteligência possui diferentes tipos e pode ser
um fator muito relevante na escolha profissional, ao tratar-se de habilidades e
facilidades do indivíduo em determinados contextos e situações, o fato dos
participantes serem estudantes de Psicologia há uma hipótese de que possa ter
alguma correlação com as inteligências que se destacaram entre os participantes. A
Tabela 1 indica que a inteligência interpessoal se destacada perante as outras,
totalizando 539 pontos seguida da inteligência corporal cinestésica com 538 pontos.
Além disso, o Gráfico 1 compara as médias que, consequentemente, devido a
pontuação elevada, tais inteligências também possuem maior média, sendo elas,
35,9 para interpessoal e 35,8 para corporal cinestésica. Desse modo, com base no
18

referencial teórico, a inteligência interpessoal corresponde a capacidade que está


relacionada com a habilidade de identificar distinções nas intenções, motivações,
humor e sentimentos do outro, já a corporal cinestésica apresenta a habilidade
corporal, ou melhor, o uso do corpo, como um todo, para expressar ideais e
sentimentos. Inclui habilidades físicas como a flexibilidade, o equilíbrio, a
coordenação, a velocidade, a força e destreza. Portanto, ao analisar as definições
das inteligências e de forma ampla o papel de um psicólogo, que é ser empático e
capaz de perceber e compreender o outro, é possível correlacionar a predominância
dessas inteligências com a profissão escolhida pelos indivíduos. (ARMSTRONG,
2001; SABINO; ROQUE, 2006).

Por conseguinte, os dados da Tabela 2 indicam os pontos obtidos pelos


participantes no Inventário de Inteligência Intrapessoal, e ao analisar os resultados
do grupo, é representado uma média de 103,8 pontos. No entanto, há uma
diferença significativa dos participantes que estão abaixo da média do grupo com
aqueles que estão acima. De acordo com a teoria, a inteligência intrapessoal é
fundamentada no autoconhecimento, na capacidade do indivíduo de se adaptar,
reconhecer e lidar com seus humores, desejos e motivações. Dessa maneira, os
dados apresentados na tabela 2 designam que, supostamente, o P11 tem mais
autocontrole e conhecimento de si, um indivíduo que se questiona mais sobre suas
ações e limitações, busca com mais regularidade compreender a si e seus atos.
(ARMSTRONG, 2001; BERNNAND; VASCONCELOS, 2005; SABINO; ROQUE,
2006).

De forma resumida, outro fator que pode ser analisado ao pensar nas
diferenças entre os participantes, tanto na Tabela 1 e Gráfico 1 quando Tabela 2 e
Gráfico 2, é a consideração da inteligência além de uma condição biológica,
hereditária, mas sim um desenvolvimento intelectual que depende de interações do
indivíduo com o meio que está inserido. Com isso, há um envolvimento, por
exemplo, do âmbito escolar no aprimoramento das mais variadas inteligências, isto
é, possibilitar uma pedagogia que considere a individualidade dos seres humanos.
Essa consideração é uma das importantes contribuições da teoria de Gardner, pois
visa uma abordagem além daquelas lógicas e linguísticas. Além disso, dando
importância a individualidade e conhecimentos previamente adquiridos no
desenvolvimento da inteligência, pode-se refletir sobre o impacto dos eventos da
19

vida, medos, traumas, entre outros aspectos nos resultados da Tabela 2 por
exemplo, na qual participantes com pontuações mais baixas podem ser pessoas
mais inseguras, com maiores dificuldades de enfrentar os imprevistos do dia a dia
devido algum acontecimento em suas vidas. (ARMSTRONG, 2001; SABINO;
ROQUE, 2006).

Por fim, diante dos conceitos estudados referentes ao tema Inteligências


Múltiplas, foram aplicados dois testes, em formato de inventário, um para identificar
as inteligências predominantes de cada participante e outro correspondente a
inteligência intrapessoal. Considerando o referencial teórico e os resultados obtidos,
torna-se evidente a individualidade e as diversas possibilidades de combinações de
inteligências, assim como a influência do ambiente e interações com o outro, além
da importância do olhar para si. Portanto, sob guisa de conclusão, a inteligência não
é algo concreto ou definido, mas sim um conceito e uma capacidade de aprendizado
a partir da experiência e desenvolvimento dos seres humanos. (MYERS; DEWALL,
2017).

6. REFERÊNCIAS
ARMSTRONG, T. Inteligências Múltiplas na sala de aula. 2. ed. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1995.
MYERS. D.; DEWALL, N.; SERRA. C.A. Psicologia. 9. ed. s.l: LTC, 2017.
GARDNER, H. Estruturas da Mente - A teoria das inteligências múltiplas. 1. ed.
Porto Alegre: Penso, 1994.

SABINO, M; ROQUE, A.S.S. A teoria das Inteligências Múltiplas e sua contribuição


para o Ensino de Língua Italiana no contexto de uma Escola Pública. Revista
Eletrônica dos Núcleos de Ensino da Unesp. São Paulo, p.410-429, 2006.

ALMEIDA. S; LEANDRO. As aptidões na definição e avaliação da inteligência: o


concurso da análise fatorial. Ribeirão Preto, 2002.

SCHELINI. W; PATRICIA. Teoria das inteligências fluída e cristalizada: início e


evolução. Estudo de psicologia na cidade de Natal. Natal, 2006.

Anexo
20

Anexo A: https://www.andrews.edu/~freed/ppdfs/2-3InventariodeInteligencias.pdf

Anexo B: https://forms.office.com/Pages/DesignPage.aspx?lang=pt-
BR&origin=OfficeDotCom&route=Start#Analysis=true&FormId=I8ALCFpe-
0a76OtUjphzpn01ARKt37ZFv9HmVcq_pwhUNUY3WkU2U1U5OTQ1TE45OFdXRE
E5OTdQUi4u&Grading=%7B%22View%22%3A%22Student%22%2C%22Index
%22%3A11%2C%22GoBackToView%22%3A%22GoBackToAnalysis
%22%7D&TopView=Grading_ReviewAnswers

CRITÉRIOS DE CORREÇÃO – RELATÓRIO FPP - B

NOTA FINAL (5,0): 4,3

PROFESSOR (A): Sônia


MONITOR (A): Juliana Andreasi e Giovanni Paganini
RELATÓRIO: Inteligência

NOME DOS ALUNOS (AS): LIA ROMANHOLI PASSOS e RAFAEL ARAUJO

1. Normas ABNT (0,5): 0,3

Capa e Contracapa (0,05): 0,045

Resultados (0,2): 0,08

Referências (0,1): 0,1

Formatações (0,15): 0,12

2. Introdução (1,5): 1,5

Conteúdo obrigatório (1,0): 0,8

Coesão e fluidez na escrita (0,25): 0,15


Citações (0,25): 0,25

3. Objetivos (0,25): 0,25


21

4. Método (0,5): 0,25

Situação (0,1): 0,05

Participantes (0,1): 0,1

Material (0,2): 0,1

Procedimento (0,1): 0

5. Resultados (1,0): 0,7


Tabelas (0,25): 0,25

Gráficos (0,25): 0,25


Descrição dos mesmos (0,5): 0,2

6. Discussão e Considerações Finais (1,25):


Conteúdo - relação entre os resultados e a teoria (1,0): 1,0

Coesão e fluidez da escrita (0,10): 0,1

Citações (0,15): 0,15

Observações Finais:

Todos os comentários acerca do relatório estão no arquivo comentado!

Sônia: concordo totalmente com a correção feita pelos monitores, e deixo aqui registrado de a
discussão foi excelente. Pena as falhas em Método. Mas, valeu, muito bom trabalho. E usem os
comentários feitos pelos monitores para aperfeiçoamento de vocês!

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