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LÍNGUA

PORTUGUESA
Vozes Verbais e Funções do SE

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ELIAS SANTANA

Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e


Respectiva Literatura – pela Universidade de
Brasília. Possui mestrado pela mesma instituição,
na área de concentração “Gramática – Teoria e
Análise”, com enfoque em ensino de gramática.
Foi servidor da Secretaria de Educação do DF,
além de pro­fessor em vários colégios e cursos
preparatórios. Ministra aulas de gramá­
tica,
redação discursiva e interpretação de textos.
Ademais, é escritor, com uma obra literária já
publicada. Por essa razão, recebeu Moção de
Louvor da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Vozes Verbais e Funções do SE
Prof. Elias Santana

SUMÁRIO
Vozes Verbais e Funções do Se......................................................................4
1. As Vozes Verbais.............................................................................. 4
2. A Transposição da Voz Ativa para a Passiva.................................................7
3. A Voz Reflexiva...............................................................................17
4. Outras Funções do SE............................................................................ 20
4.1. Parte Integrante do Verbo.................................................................... 20
4.2. Pronome Expletivo.............................................................................. 21
Resumo.................................................................................................... 24
Questões de Concurso – Lista I................................................................... 26
Gabarito................................................................................................... 40
Gabarito Comentado.................................................................................. 41
Questões de Concurso – Lista II.................................................................. 63
Gabarito................................................................................................... 76
Gabarito Comentado.................................................................................. 77
Questões de Concurso – Lista III............................................................... 100
Gabarito................................................................................................. 149
Gabarito Comentado................................................................................ 150

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VOZES VERBAIS E FUNÇÕES DO SE

Olá, querido(a)! Como andam os estudos de língua portuguesa? Espero que

seu rendimento nesta disciplina esteja melhorando!

Neste PDF, quero tratar de um assunto muito importante mesmo em provas

de concursos públicos! Primeiramente, falaremos acerca das vozes verbais. Ao

falar desse assunto, inevitavelmente, passaremos pelas funções do pronome

oblíquo “SE”. Você se lembra que, no PDF sobre pronomes oblíquos e colocação

pronominal, eu destaquei que, mais a diante, discutiríamos só o “SE”? Chegou o

momento! Prepare seu material! É hora de aprender!

1. As Vozes Verbais

As vozes verbais dizem respeito à forma como o verbo estabelece sua rela-

ção com o sujeito. A tradição gramatical diz que ocorre voz ativa quando o su-

jeito pratica a ação verbal (sujeito agente); a voz passiva, quando o sujeito

sofre a ação verbal (sujeito paciente); e a voz reflexiva, quando o sujeito

pratica e sofre a ação verbal.

Todavia, grande parte dos estudantes de língua portuguesa dão um trata-

mento errado a esse conteúdo, por pensar que é uma descrição meramente

semântica. Na verdade, o sentido é fruto de uma estrutura morfossintática.

Entenda: para dominar as vozes verbais, você deve conhecer as estruturas

gramaticais que as caracterizam. O sentido é uma mera consequência dessa

estrutura.

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Para facilitar a nossa vida, criei um quadro-resumo, que será detalhado ao longo

deste PDF:

Voz verbal Estrutura gramatical Semântica

Locução verbal SER + PARTICÍPIO (analítica1)

Passiva OU Paciente

Verbo + SE (pronome apassivador) (sintética)

Reflexiva Pronome reflexivo Agente + paciente


Ativa O resto Agente2

A partir dessas informações, vamos analisar as orações a seguir:

(1) O carro foi levado pelos ladrões durante a madrugada.

(2) Encontrou-se uma nova evidência no local do crime.

(3) Aquele rapaz se olhava no espelho.

(4) O professor chegou atrasado.

(5) As crianças sofreram com a perda do avô.

Em (1), note a presença da locução “foi levado”. Ela indica que a frase está na

voz passiva (analítica). Em (2), além do pronome “se”, veja também que, na ora-

ção, ninguém praticou a ação de encontrar – por isso, voz passiva (sintética).
1
A voz passiva analítica também pode ser formada pela locução verbal ESTAR + PARTICÍPIO. Ex.:
O prédio está cercado pela polícia.
Mas peço que você não se prenda a isso. A locução SER + PARTICÍPIO domina as provas de con-
cursos públicos.
2
Nem sempre haverá a semântica de agente, conforme explicita Bechara (2008). Você entenderá
isso melhor quando eu falar sobre a diferença entre “voz passiva” e “passividade”.

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Em (3), também há o pronome “se”, todavia, podemos identificar que alguém

pratica a ação verbal de olhar: “aquele rapaz”. O pronome, aliás, tem a função de

revelar que a ação verbal foi praticada e sofrida pelo sujeito, uma vez que “aquele

rapaz” olhava a si mesmo – portanto, voz reflexiva.

Agora, olhe com carinho para as frases (4) e (5). Você está vendo alguma locu-

ção verbal? Você está vendo algum pronome para ser classificado como apassivador

ou reflexivo? NÃO, para as duas perguntas. Isso é o suficiente para afirmar que (4)

e (5) são orações na voz ativa.

Tenho certeza de que você não tem dúvidas acerca da classificação da oração

(4), mas deve estar se remoendo com a (5).

Elias, mas as crianças sofreram! Ninguém pratica a ação de sofrer!

Eu concordo com você, mas preciso que você tenha objetividade: as orações

(4) e (5) não possuem estrutura gramatical de voz passiva ou reflexiva, e

isso deve bastar para você. O que ocorre em (5) foi explicado na Moderna Gramática

da Língua Portuguesa, de Evanildo Bechara. A oração (5) possui semântica de pas-

sividade, mas estrutura de voz ativa! Isso porque a voz passiva, depende, primeira-

mente, de uma estrutura morfossintática.

Detalhe: não vá pensando que, com essa explicação, você já sabe tudo sobre o

assunto! Eu te garanto que, na frase (2), o “se” é um pronome apassivador, assim

como, na frase (3), o “se” é reflexivo. Mas esse pronome não seria tão famoso se

possuísse apenas duas funções, não é mesmo? Depois das vozes verbais, falare-

mos das funções do SE!

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2. A Transposição da Voz Ativa para a Passiva

Agora que você já sabe, superficialmente, reconhecer as vozes verbais, podemos

falar acerca de um assunto MUITO cobrado em qualquer prova de concurso público:

a transposição da voz ativa para a passiva. Primeiramente, preciso que você saiba

que nem toda oração da nossa língua admite isso! Veja as construções a seguir:

(6) As mulheres dominaram a sociedade.

(7) O delegado comunicou as medidas à população.

(8) As crianças gostam de palhaços.

(9) Renato Russo vivia em Brasília.

(10) Os palestrantes permaneceram calados.

Tente, em sua mente, colocar essas cinco construções na voz passiva. Acredito

que você só tenha obtido êxito nos exemplos (6) e (7). Sabe por quê?

 Obs.: colocar uma oração na voz passiva (ou apassivar uma oração) significa

transformar o objeto direto em sujeito paciente.

Querido(a), a condição para que uma frase possa ir à voz passiva é que ela

apresente, inicialmente, um objeto direto, e só funciona com esse tipo de comple-

mento, uma vez que ele, via de regra, não é preposicionado. Em (6) e (7), existem

objetos diretos (“a sociedade” e “a situação”). Em (8), o verbo é transitivo indireto;

em (9), intransitivo; e, em (10), de ligação.

Agora, analise comigo como é a transposição da voz ativa (VA) para a voz pas-
siva analítica (VPA):

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Note que a única parte que se preservou foi “a sociedade”. “Dominaram” passou
a ser “foi dominada”, e “as mulheres” passou a ser “pelas mulheres” (agente da
passiva, que é quem pratica a ação verbal na voz passiva). O verbo que, na voz ativa,
concordava com “as mulheres” passou a ser uma locução verbal que concorda com
“a sociedade”.

Primeiramente, perceba que “as medidas” deixou de ser objeto direto e passou
a ser sujeito paciente. “Comunicou” passou a ser “foram comunicadas”, e “o dele-
gado” passou a ser “pelo delegado”. Nada ocorreu com “à população”, uma vez que
o objeto indireto não participa da formação da voz passiva.

E se colocarmos os trechos apresentados na voz passiva sintética (VPS)? Qual

será o resultado?

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Inicialmente, note o aparecimento da partícula “se”. Ela é responsável por trans-

formar o objeto direto em sujeito paciente. Por esse motivo, é conhecida como

pronome apassivador, ou partícula apassivadora (PA). Na VPS, não é permi-

tida a presença do agente da passiva.

Vou listar aqui alguns cuidados que você deve ter acerca desse assunto:

• em qualquer voz passiva, o que seria o objeto direto é transformado em su-

jeito paciente, sempre;

• em qualquer transposição de vozes, esteja atento(a) ao tempo e ao modo

verbal. Eles precisam ser preservados. Se, na voz ativa, o verbo estiver no

presente do indicativo, ele deve permanecer no presente do indicativo, tanto

na VPA quanto na VPS;

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• na voz passiva analítica, tome muito cuidado com a concordância verbal. O

verbo auxiliar (verbo “ser”) concorda em número com o sujeito; o verbo

principal (verbo no particípio) concorda em gênero e número com o sujeito.

Na VPA, pode aparecer o agente da passiva;

• na voz passiva sintética, é preciso ter muito cuidado com a concordância

(apenas em número) entre o sujeito paciente e o verbo. Na VPS, não há

agente da passiva.

Como diferenciar o pronome apassivador do índice de indeterminação do sujeito?

Vamos fazer um retorno aos exemplos de 6 a 10:

Orações na voz ativa Orações com a partícula SE


As mulheres dominaram a sociedade. Dominou-se a sociedade.
O delegado comunicou as medidas à população. Comunicaram-se as medidas à população.
As crianças gostam de palhaços. Gosta-se de palhaços.
Renato Russo vivia em Brasília. Vive-se em Brasília.
Os palestrantes permaneceram calados. Permanece-se calado.

O que quero que você entenda: nem todas as cinco orações admitem a voz passi-
va, mas todas admitem uma reescrita com o pronome “se”! As duas primeiras, por
aceitarem a voz passiva, possuem pronome apassivador. As três últimas, que não
podem ser apassivadas, apresentam índice de indeterminação do sujeito (IIS).

Vamos sistematizar a análise das cinco construções com o pronome “se”:


• entre as cinco orações há algo em comum: em nenhuma delas, é possível

identificar quem pratica a ação verbal;3


3
Existe uma diferença entre identificar quem pratica a ação verbal e identificar o sujeito da oração.
Identificar quem pratica a ação verbal é completamente semântico (e nem sempre será o sujeito);

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• a partícula apassivadora serve para transformar objetos diretos (não prepo-

sicionados4) em sujeitos pacientes (que também não são preposicionados).

Nesses casos, como há sujeito, o verbo deve concordar com ele. A PA só

ocorre com VTD ou VTDI;

• o índice de indeterminação só aparece quando não é possível apassivar. Isso

ocorre com o VTI, VI e VL. Nesses casos, como não há sujeito, o verbo deve

ficar sempre no singular.

Questão 1    (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2003) Na Carta de Pero Vaz de

Caminha, escrita a el-rei D. Manuel, observam-se melhor as obsessões dos por-

tugueses.

No texto, a estrutura da voz passiva em “observam-se” equivale a foram ob-

servados.

identificar o sujeito da oração é sintático (e nem sempre será quem pratica a ação verbal), pois
sujeito é o termo com quem o verbo estabelece concordância.
4
Na língua portuguesa, existem os chamados “objetos diretos preposicionados”. Nesses casos,
o verbo não é responsável pela presença da preposição. Ela aparece para garantir algum efeito
semântico ou para conferir ênfase. Veja:
Ex.: O aniversariante comeu do bolo. (A preposição só aparece para dar a ideia de que o aniver-
sariante comeu apenas uma parte do bolo).
Ex.: Eu não vejo a ele desde o Natal. (Os pronomes oblíquos tônicos são sempre preposicionados).
Ex.: O pai ama ao filho. (A preposição aparece para conferir ênfase, para garantir o entendimento
de quem pratica e quem recebe a ação de amar).
Aí vem um detalhe: essas construções não podem ser apassivadas. Portanto, uma oração como
“comeu-se do bolo” possui um índice de indeterminação do sujeito, e não uma partícula apassiva-
dora. Veja, novamente, como a voz passiva está completamente ligada à estrutura morfossintática.
A ausência de um objeto direto sem preposição impede a possibilidade de formação da voz passiva.
Observação importante: esse assunto praticamente não aparece em provas!

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Errado.

Primeiramente, note que, no texto, não há quem pratica a ação de observar.

Como o verbo está no plural, sabemos que o pronome “se” é uma partícula

apassivadora. O sujeito paciente é a expressão “as obsessões dos portugue-

ses”. Como o núcleo do sujeito é feminino e plural, e o verbo está no presente

do indicativo, a correta transposição para a voz passiva analítica seria: são ob-

servadas as obsessões dos portugueses. “Foram observados” está no pretérito

perfeito do indicativo, e o verbo no particípio está no masculino.

Questão 2    (CESPE/ANS/2013) A avaliação das operadoras de planos de saúde

em relação às garantias de atendimento, previstas na RN 259, é realizada de

acordo com dois critérios.

Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir “é realizada” por

realiza-se.

Errado.

No texto, a forma “é realizada” está na voz passiva analítica, e o sujeito pacien-

te tem como núcleo o vocábulo “avaliação”. Para transpor para a voz passiva

sintética, além da presença do pronome apassivador, é necessário observar a

concordância, o tempo e o modo verbal. Ambas as construções estão no sin-

gular e no presente do indicativo. Portanto, não haveria prejuízo à correção

gramatical.

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Questão 3    (CESPE/PC-DF/2013) Em agosto deste ano, foram registrados 39

casos de sequestro-relâmpago em todo o DF, o que representa redução de 32%

do número de ocorrências dessa natureza criminal em relação ao mesmo mês

de 2012.

A correção gramatical e o sentido da oração “Em agosto deste ano, foram re-

gistrados 39 casos de sequestro-relâmpago em todo o DF” seriam preservados

caso se substituísse a locução verbal “foram registrados” por registrou-se.

Errado.

A locução verbal “foram registrados” está no plural para concordar com o nú-

cleo do sujeito “casos”. Coloque uma ideia em sua cabeça: o que é sujeito para

a voz passiva analítica também é sujeito para a voz passiva sintética! Portanto,

não há motivos para que o verbo “registrou-se” seja empregado, uma vez que

está no singular. O correto seria registraram-se.

Questão 4    (CESPE/MI/2013) Os efeitos da seca espalham-se no campo e são visí-

veis nos incontáveis animais mortos por onde passam as rodovias sertanejas.

Em “espalham-se”, o termo “se” indica que o sujeito da oração é indeterminado.

Errado.

Primeiramente, lembre-se de que o “se” só será índice de indeterminação do sujei-

to com verbos no singular (o que já é suficiente para julgar o item). O verbo possui

um sujeito paciente, que é “os efeitos da seca”. O pronome é PA.

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Questão 5    (IBFC/EBSERH/2013) Considere as orações a seguir.

I – Prescreveu-se vários medicamentos.

II – Trata-se de doenças graves.

A concordância está correta em

a) somente I.

b) somente II.

c) I e II.

d) nenhuma.

Letra b.

Em I, a expressão “vários medicamentos” é sujeito paciente (uma vez que o “se” é

PA). Portanto, o correto seria prescreveram-se. Em contrapartida, a II está correta,

pois “de doenças graves” é um objeto indireto. O pronome é um IIS, e o verbo deve

permanecer no singular.

Questão 6    (IBFC/IDECI/2013) Considere a oração e as afirmativas a seguir. Preci-

sa-se de funcionário com experiência.

I – A oração encontra-se na voz passiva.

II – O sujeito é indeterminado.

Está correto o que se afirma em

a) I.

b) II.

c) I e II.

d) nenhuma.

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Letra b.

A forma verbal “precisa” é transitiva indireta, a expressão “de funcionário com ex-

periência” é o OI, e o pronome é IIS. Nesse caso, a frase está na voz ativa (só seria

voz passiva se o “se” fosse PA).

Questão 7    (IBFC/PGE-SP/2013) Assinale a alternativa em que a oração não está

na voz passiva.

a) Necessita-se de funcionários capacitados.

b) Comentou-se o caso do sequestro.

c) O aluno foi reprovado no exame.

d) As ruas foram cercadas pela polícia.

e) Alugam-se salas.

Letra a.

Na letra “a”, a forma verbal “necessita” é transitiva indireta, e a expressão “de fun-

cionários capacitados” é o objeto indireto. O pronome funciona como um índice de

indeterminação do sujeito. Detalhe importantíssimo: quando o “se” é IIS, a oração

está na voz ativa!

Nas alternativas “b” e “e”, há a voz passiva sintética. Nas alternativas “c” e “d”, voz

passiva analítica.

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Questão 8    (IBFC/ILSL/2013) Considere as orações a seguir.

I – Devem-se pensar em todos os aspectos do problema.

II – Devem-se analisar todos os aspectos do problema.

A concordância está correta em

a) somente I.

b) somente II.

c) I e II.

d) nenhuma.

Letra b.

Agora, estamos falando de casos em que o pronome “se” está associado a locuções

verbais. O procedimento será:

• buscar a transitividade no verbo principal;

• verificar a concordância no verbo auxiliar.

Em I, o verbo “pensar” é transitivo indireto. A expressão “em todos os aspectos

do problema” é o OI. Portanto, o “se” é IIS, e o verbo auxiliar deveria estar no

singular.

Em II, o verbo “analisar” é transitivo direto, e a expressão “todos os aspectos

do problema” é o sujeito paciente, uma vez que o “se” é PA (e o verbo auxiliar

está em concordância com o sujeito).

Detalhe: as locuções verbais apresentadas na questão são formadas pelo verbo

auxiliar DEVER e pelo verbo principal no INFINITIVO. Nada de pensar em voz

passiva analítica, ok?

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3. A Voz Reflexiva
Antes de iniciarmos a terceira seção, quero fazer um comentário importan-

te: até aqui, vimos a parte da matéria que cai em 90% das questões sobre

funções do SE (e esse percentual ainda pode ser maior)! A verdade é que PA e

IIS dominam as provas de concursos!

Compare comigo as seguintes orações:

(11) Vendem-se casas de praia.

(12) Não se depende de novas políticas públicas.

(13) Maria olhou-se no espelho.

(14) João se deu um carro novo.

Há algo em comum entre (11) e (12): não é possível identificar quem pra-

tica a ação verbal. Há algo em comum entre (13) e (14): é possível identificar

quem pratica a ação verbal. Esse é o primeiro passo que você deve dar sempre

que for analisar as funções do “se”! Veja este quadro e grave-o na sua memória:

SITUAÇÃO RESULTADO
Quando não é possível identificar quem pratica
O pronome “se” ou é PA ou é IIS.
a ação verbal.
Quando é possível identificar quem pratica a O pronome “se” possui qualquer outra
ação verbal. função diferente de PA ou IIS.

Isso vai mudar a sua vida para sempre! Você precisa ter essa consciência antes

de tentar identificar a função do pronome! Sabemos agora que (11) e (12) pos-

suem ou PA ou IIS, assim como sabemos que (13) e (14) não podem apresentar

PA nem IIS.

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Em (11), temos PA, pois “casas de praia” é sujeito paciente. Em (12), temos IIS,
pois “de novas políticas públicas” é objeto indireto.
Já em (13) e (14), note que a ação verbal que é praticada pelo sujeito recai
sobre o próprio sujeito! Maria poderia olhar outra pessoa, mas olhou a si mesma.
João poderia dar algo a outra pessoa, mas deu a si mesmo. Estamos diante da
chamada voz reflexiva,5 também conhecida como voz medial. Nesses casos, o “se”
é classificado como pronome reflexivo, e pode assumir a função de objeto direto
(como ocorre em 13) ou de objeto indireto (como ocorre em 14).

Questão 9    (CESPE/CFO-BM/2011) Acorriam todos os aguadeiros com suas pipas,


e também os populares, que faziam longas filas até o chafariz mais próximo, trans-
portando de mão em mão os baldes de água, ao mesmo tempo em que se improvi-
savam escadas de madeira para efetuar salvamentos, retirando-se os moradores,
antes que eles se atirassem das janelas dos sobrados.
As partículas “se” destacadas exercem a mesma função sintática em ambas as
ocorrências.

Errado.
Note: pela estrutura textual, não é possível identificar quem praticou a ação de

retirar, mas é possível identificar quem praticou a ação de atirar (eles = os mora-

dores). O primeiro “se” é uma partícula apassivadora, ao passo que o segundo é

um pronome reflexivo.
5
A voz reflexiva também pode ser praticada com outros pronomes oblíquos. Tudo depende da
pessoa verbal.
Ex.: nós nos olhamos no espelho.
Ex.: eu me dei um carro novo.
Todavia, em provas, esse assunto sempre aparece vinculado ao pronome “se”.

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Questão 10    (CESPE/CORREIOS/2011) Nos primeiros anos como seminarista, em

Bois le Due, na Holanda, Erasmo dedicou-se mais à pintura e à música do que à filo-

sofia e à religião. Na Universidade de Oxford, terminou os estudos da língua grega

– idioma dominado apenas por eruditos. A partir de então, conheceu o filósofo Juan

Colet, que lhe apresentou a primeira versão da Bíblia. O acesso ao livro foi decisivo

para Erasmo se afastar da filosofia escolástica.

As formas verbais “dedicou-se” e “se afastar” estão na voz reflexiva.

Certo.

Primeiramente, é possível identificar quem pratica a ação verbal nos dois casos.

Erasmo dedicou a si mesmo. Erasmo afastou a si mesmo.

Questão 11    (CESPE/MPU/2013) Há um dispositivo no Código Civil que condiciona

a edição de biografias à autorização do biografado ou descendentes. As consequên-

cias da norma são negativas. Uma delas é a impossibilidade de se registrar e deixar

para a posteridade a vida de personagens importantes na formação do país, em

qualquer ramo de atividade.

O termo “se”, em “se registrar”, é utilizado para indicar reflexividade.

Errado.

É fácil dizer que o “se” não é reflexivo, pois, no texto, não é possível identificar

quem pratica a ação de registrar. O pronome é PA.

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Pronome recíproco?

Compare as seguintes construções:

• o garoto se machucou na cozinha;

• as amigas se abraçaram com carinho.


Há uma pequena diferença de sentido entre as duas construções. Na primeira, o
garoto abraçou a si mesmo, ao passo que, na segunda, as amigas abraçaram umas
às outras. O pronome “se” pode ser chamado de reflexivo nos dois casos, mas, no
segundo, é possível também atribuir uma outra nomenclatura: pronome recíproco
ou pronome reflexivo recíproco!

4. Outras Funções do SE

Agora que você já conhece a partícula apassivadora, o índice de indeterminação


do sujeito e o pronome reflexivo, posso afirmar que você já sabe 99% da matéria!
O pronome “se” possui, na língua portuguesa, outras funções, mas são pouco ex-
ploradas em provas.
Mas não podemos deixar de falar sobre elas, não é mesmo?

4.1. Parte Integrante do Verbo

Compare comigo as seguintes construções:

(15) Kurt se matou.


(16) Kurt se suicidou.

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Semanticamente, as duas construções são semelhantes, pois ambas indicam


que alguém tirou a própria vida. Todavia, gramaticalmente, as duas construções
são diferentes, pois os verbos apresentam entendimentos diferentes. O verbo “ma-
tar” significa “tirar a vida”, que pode ser a vida de alguém ou a do próprio sujeito
que pratica ação. Portanto, podemos afirmar que a reflexividade da oração 15 é de
inteira responsabilidade do pronome, pois é ele quem faz com que a ação recaia
sobre o sujeito.
Já o verbo “suicidar-se” significa “tirar a própria vida”. É inconcebível a ideia
de que “alguém suicida outra pessoa”. Isso mostra que a reflexividade não está no
pronome, mas no próprio verbo. Vou ser ainda mais explícito: na língua portugue-
sa, não existe o verbo “suicidar”, mas apenas “suicidar-se”. Ele só existe com o
pronome! Por isso, o “se” é conhecido como parte integrante do verbo, e o verbo
que possui esse tipo de estrutura é conhecido como verbo pronominal.
A parte integrante do verbo acompanha apenas verbos intransitivos ou transi-
tivos indiretos. Eles podem indicar sentimentos (arrepender-se, queixar-se, lem-
brar-se, esquecer-se, orgulhar-se, alegrar-se, admirar-se) ou ações do ser que são
praticadas em relação a si próprio (suicidar-se, concentrar-se, precaver-se).

Ex.: a samaritana se arrependeu dos pecados cometidos.


Ex.: a aluna se concentrou antes da prova.

Os verbos pronominais se conjugam sempre com o pronome.

4.2. Pronome Expletivo

Também conhecido como partícula expletiva ou partícula de realce. É um


elemento completamente dispensável na estrutura oracional. Sua presença (ou

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ausência) não altera o sentido ou a morfossintaxe da sentença. Ocorre, geralmen-

te, com verbos intransitivos.

Ex.: ela se riu da situação → ela riu da situação.

Ex.: ele se tremeu durante o assalto → ele tremeu durante o assalto.

Ex.: o show se acabou → o show acabou.

Ex.: ele se foi sem dizer nada → ele foi sem dizer nada.

Lembrar X lembrar-se/esquecer X esquecer-se

Inicialmente, ao ver que as formas verbais apresentadas podem existir com ou sem

o pronome, pensamos que o pronome “se” se classifica como partícula expletiva. No

entanto, esse pensamento é incorreto. Veja o porquê:

• ela lembrou o seu nome (lembrar = VTD);

• ela se lembrou do seu nome (lembrar-se = VTI);

• ele esqueceu o seu aniversário (esquecer = VTD);

• ele se esqueceu do seu aniversário (esquecer-se = VTI).

Em resumo: as formas verbais lembrar e esquecer (sem o pronome) são transiti-

vas diretas, ao passo que lembrar-se e esquecer-se (com o pronome) são tran-

sitivas indiretas. Uma partícula expletiva pode ser colocada ou retirada sem cau-

sar qualquer alteração na sentença. E, para a nossa gramática, construções como:

• ela lembrou do seu nome;

• ela se lembrou o seu nome;

• ele esqueceu do seu aniversário;

• ele se esqueceu o seu aniversário.

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São consideradas agramaticais.

Verbos como lembrar-se e esquecer-se são classificados como acidentalmente

pronominais, e a função do “se”, nesses casos, é parte integrante do verbo.

Fiz questão de fazer este adendo porque esses verbos são muito cobrados em

prova. Os examinadores não costumam perguntar sobre a função do “se” nesses

casos, mas sobre a regência desses verbos!

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RESUMO
Como eu disse desde o início, o assunto deste PDF é muito importante para

concursos públicos, principalmente porque ele é recheado de traumas. Ao longo

da minha exposição, fiz questão de apresentar o que é mais importante. De todo

modo, reitero:

a) saiba reconhecer as vozes verbais pela estrutura da oração, e não apenas

pelo sentido;

b) saiba transpor uma oração:

• da voz ativa para a voz passiva analítica (e vice-versa);

• da voz ativa para a voz passiva analítica (e vice-versa);

• da voz passiva analítica para a voz passiva sintética (e vice-versa);

c) saiba reconhecer, principalmente, a partícula apassivadora, o índice de inde-

terminação do sujeito e o pronome reflexivo.

Se você souber isso, nenhuma questão será desafio! E eu tenho certeza de que

você passará a acertar muitas questões sobre esse assunto!

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QUESTÕES DE CONCURSO – LISTA I

Questão 1    (CESPE/SEDF/2017) “Quando a gente compreende a infância, a crian-

ça, é possível pensar em uma estratégia para melhor atender o aluno”.

Seria mantido o sentido original do texto caso o termo “a gente” fosse substituído

por se.

Questão 2    (CESPE/SEDF/2017) Seriam mantidos a correção gramatical e o senti-

do original do texto se o trecho “São duas gramáticas distintas” fosse reescrito da

seguinte forma: “Tratam-se de duas gramáticas diferentes”.

Questão 3    (CESPE/SEDF/2017) Por isso, a universidade, como instituição pública,

pode assumir a função de garantir o efetivo caráter público de que, em princípio, se

revestem os bens de cultura historicamente legados ao presente.

Seria mantida a correção gramatical do texto caso a partícula “se”, no trecho “em

princípio, se revestem”, fosse suprimida.

Questão 4    (TCE-PA/2016) Tratando-se do dever de prestar contas anuais, cabe,

inicialmente, verificar como tal obrigação está preceituada no ordenamento jurídi-

co. A Constituição Federal prevê que cabe ao presidente prestar contas anualmente

ao Poder Legislativo. Por simetria, tal obrigação estende-se ao governador do esta-

do e aos prefeitos municipais.

Sem prejuízo da correção gramatical, o trecho “estende-se” poderia ser substituído

por é estendida.

Questão 5    (CESPE/PC-PE/PERITO/2016) Estabelecer o momento da morte é si-

tuá-la no tempo e, para situar um acontecimento no tempo, é preciso que se tenha

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um conceito claro do que seja tempo. Fugindo das conceituações matemáticas ou

filosóficas de tempo, pragmaticamente aceitamos a conceituação popular de tem-

po, isto é, a grandeza que se mede em minutos, horas, dias, meses ou anos.

No texto, a partícula “se”, em “a grandeza que se mede em minutos, horas, dias,

meses ou anos”, classifica-se como

a) parte integrante de verbo.

b) pronome reflexivo recíproco.

c) pronome apassivador.

d) palavra expletiva.

e) índice de indeterminação do sujeito.

Questão 6    (INSS/2016) Pena ganhou evidência como comediógrafo a partir de

1838, ano em que foi encenada sua peça O Juiz de Paz na Roça. Embora tenha pro-

duzido alguns dramas (que lhe renderam duras críticas), destacou-se de fato pelas

suas comédias e farsas, nas quais retratou a cultura e os costumes da sociedade

do seu tempo.

A substituição de “destacou-se” por foi destacado prejudicaria o sentido original

do período.

Questão 7    (TRE-PI/2016) Em suma, deve-se atentar para o fato de que a existên-

cia de referências comuns entre os indivíduos pode interferir em sua ação política,

direcionando-a em um mesmo sentido.

A partícula “se”, em “deve-se”, classifica-se como pronome apassivador.

Questão 8    (TRE-PI/2017) Nossas mensagens e documentos agora são digitais:

encaminhadas em segundos, ao clicar de uma tecla, ao toque dos dedos ou em

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resposta a um comando de voz, materializam-se diante dos nossos olhos em telas,

telinhas e telonas do computador, do tablet, do celular e até do relógio de pulso.

A partícula “se”, em “materializam-se”, classifica-se como pronome apassivador.

Questão 9    (TRE-PI/2016) Em municípios de Pernambuco, até meados de novem-

bro do ano passado, haviam sido registrados 141 casos suspeitos da referida mal-

formação congênita.

A coerência e a correção gramatical do texto seriam mantidas caso se substituísse

“haviam sido registrados” por registrou-se.

Questão 10    (DPU/2016) O surgimento de lides provenientes das inúmeras formas

de relação jurídica então existentes – e o chamamento da jurisdição para resolver

essas contendas – já dava início a situações em que constantemente as partes se

viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das demandas.

Em “as partes se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais

das demandas”, a partícula “se” foi empregada no sentido de umas às outras.

Questão 11    (TJDFT/2015) O processo judicial restaura a verdade dos fatos. O

agressor é sentado no banco dos réus e é tratado como tal. A vítima tem o direito

de expor a dor, o sofrimento e exigir a reparação devida. Muitas vezes não se per-

segue o encarceramento do agressor, mas apenas a responsabilização pelos atos,

de natureza cível ou criminal.

Em “não se persegue”, a partícula “se” está empregada como um recurso para in-

determinar o sujeito.

Questão 12    (TRE-RS/2015) Nesse tipo de fraude, um eleitor, valendo-se da

desatenção ou mesmo da conivência dos componentes da mesa, deixa de

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depositar a cédula na urna, colocando, em seu lugar, algum pedaço de papel

assemelhado.

A partícula “se”, em “valendo-se”, classifica-se como pronome reflexivo.

Questão 13    (TRE-MT/2015) A par disso, quando se pensa no processo eleitoral

– embora logo venha à cabeça a figura dos candidatos, partidos e coligações

como sujeitos de uma trama que é ordinariamente vigiada por eles próprios e

por órgãos estatais. [...]

Ademais, em segundo plano, tal atribuição fiscalizatória advém dos preceitos

morais que impõem a necessidade de contenção dos vícios eleitorais.

Os termos “por órgãos estatais” e “dos preceitos morais” exercem a função de

complemento verbal nos períodos em que ocorrem.

Questão 14    (TRE-MT/2015) Muitas vezes, verifica-se a existência de matas e

de estradas rurais em condições ruins ou onde é necessário o uso de barcos

para chegar à seção eleitoral.

[...]

Quando, na CF, estabeleceu-se o voto obrigatório para maiores de dezoito anos

e facultativo para analfabetos, maiores de setenta e menores de dezoito anos,

não quis o legislador declarar a incapacidade dessa classe de cidadãos.

Os termos “o uso de barcos” e “o voto obrigatório” desempenham a mesma fun-

ção sintática nas orações em que ocorrem.

Questão 15    (TRT-10/2013) Com isso, surgiram então as comissões mistas de con-

ciliação, cuja função era conciliar os dissídios coletivos, e, no mesmo momento,

criaram-se as juntas de conciliação e julgamento, que conciliavam e julgavam os

dissídios individuais do trabalho.

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Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “criaram-se” por fo-

ram criadas.

Questão 16    (TJ-ES/2011) Depois de ler, ficou comparando os príncipes descritos

por Maquiavel com líderes do tráfico.

No trecho “descritos por Maquiavel”, a expressão “por Maquiavel” designa o agente

da ação expressa pela forma nominal “descritos”.

Questão 17    (MPOG/2015) Assim, implementou-se a administração gerencial e,

para isso, foi necessário que os agentes públicos mudassem suas posturas e se

adequassem para desenvolver a nova gestão pública.

A correção gramatical do período seria preservada ao se substituir “implementou-se”

por foi implementada.

Questão 18    (MPU/2015) Só no Império, em 1832, com o Código de Processo Penal

do Império, iniciou-se a sistematização das ações do Ministério Público.

Caso se substituísse “iniciou-se” por foi iniciada, a correção gramatical do período

seria prejudicada.

Questão 19    (ANATEL/2014) Nesse período, eram usadas tochas com fibras torci-

das e impregnadas com material inflamável.

O trecho “eram usadas tochas” poderia ser corretamente reescrito como usavam-se

tochas.

Questão 20    (CD/2014) Assim, as frentes frias, antes fortemente presas naque-

la região, dissipam-se para latitudes mais baixas, o que faz com que o frio polar

chegue aos Estados Unidos da América, por exemplo.

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No trecho “dissipam-se para latitudes mais baixas”, a partícula “se” tem função

apassivadora.

Questão 21    (STF/2013) E o mesmo se aplica aos meus parceiros na comunica-

ção via ciberespaço. Não há como ter certeza de quem sejam, de que sejam “re-

almente” como se descrevem.

O termo “se” exerce função de pronome apassivador da forma verbal “descrevem”.

Questão 22    (FCC/TRT-24/2017) A construção que pode ser reescrita com o ver-

bo na voz passiva é:

a) ... a foto chega tinindo aos amigos...

b) A criação saía da cozinha...

c) ... interajo com muita gente...

d) ... público ativamente fotos de minhas fornadas...

e) Não está na rede?

Questão 23    (FCC/TRT-24/2017) Está na voz passiva o verbo do seguinte frag-

mento do texto:

a) É produzido com matérias primas da própria região...

b) Essa cultura estadual retrata, também, uma mistura de várias outras contribui-

ções das muitas migrações...

c) A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-cul-

turais...

d) O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no Mato

Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências culturais

do Estado.

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e) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações


indígenas...

Questão 24    (FCC/TRE-SP/2017) A frase em que há emprego da voz passiva e em


que todas as formas verbais estão adequadamente correlacionadas é:
a) Um amigo de verdade seria sempre necessário para que fôssemos impelidos a
acreditar mais em nós mesmos.
b) A ausência do amigo seria uma lacuna insanável caso não venhamos a contar
com nossa memória, que nos povoa com imagens.
c) Ao passarmos a olhar as coisas com os olhos do amigo que perdemos, estaría-
mos convencidos do valor que déramos à sua perspectiva.
d) São falsos amigos aqueles que, em qualquer ocasião, passassem a desfiar elo-
gios quando, de fato, merecermos recriminações.
e) Teríamos tido decepções com alguns amigos se esperarmos que eles possam nos
oferecer todo o afeto de que precisássemos.

Questão 25    (FCC/PGE-MT/2016) Está corretamente flexionada na voz passiva a


forma verbal sublinhada em:
a) Se não vir a ser respeitada, a posição do outro jamais fortalecerá a nossa.
b) Tendo sido respeitada nossa argumentação, como não respeitar a do outro?
c) Ele tinha submisso o outro pela força de seu preconceito, e não de sua razão.
d) Quando havermos de ser tolerantes, o outro será efetivamente considerado.

e) As razões que conter nossa argumentação devem ser claras e abertas.

Questão 26    (FCC/PGE-MT/2016) Pode ser transposta para a voz passiva apenas a

frase:

a) Um machado de pedra mais bem lascado, uma lança mais bem polida [...] tor-

nam-se naturalmente mais agradáveis.

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b) ... a música é a menos organizada entre as artes, e a menos rica de possibili-

dades estéticas.

c) As artes da palavra, na poesia das lendas e mitos, [...] se apresentam já bas-

tante aproveitadas...

d) As artes manufaturadas e [...] a dança atingem frequentemente [...] uma ver-

dadeira virtuosidade.

e) ... artes legítimas porque se sujeitaram a normas técnicas conscientemente

definidas...

Questão 27    (FCC/TRT-20/2016) Ao se flexionar adequadamente na voz passiva, a

forma verbal sublinhada concorda regularmente com seu sujeito em:

a) Tendo sido bem discriminadas, as questões de um escritor oferecem-se como

desafio a ser solucionado pelo leitor.

b) Por saberem expô-las a contento, o escritor oferece ao leitor questões agudas

e bastante desafiadoras.

c) A muitos leitores tem sensibilizado as obras desses dois grandes mestres da

literatura universal.

d) Ainda que muitas soluções cheguem a haver num texto literário, mais importante

é o processo pelo qual se apresentam.

e) É aceitável o paralelo que se propôs estabelecer o autor do texto, ao aproximar

os escritores referidos.

Questão 28    (FCC/METRÔ-SP/2016) Os países do eixo tinham desenvolvido sofis-

ticadas técnicas de comunicação criptografada...

A transposição da frase apresentada para a voz passiva tem como resultado a for-

ma verbal:

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a) tinham sido desenvolvidos.

b) tinha sido desenvolvida.

c) desenvolveram-nas.

d) tinha desenvolvido.

e) tinham sido desenvolvidas.

Questão 29    (FCC/AL-MS/2016) No guichê devolveria os documentos às crianças

em meia hora. Transpondo a frase apresentada para a voz passiva, a forma verbal

correta a ser empregada é:

a) iria devolver.

b) haveriam de ser devolvidos.

c) seriam devolvidos.

d) devolverá.

e) serão devolvidos.

Questão 30    (FCC/AL-MS/2016) Na transposição da frase dada para a voz passiva,

a correta forma verbal resultante é a que está indicada em:

a) O servidor público eficiente desperta o reconhecimento dos cidadãos = tem

despertado.

b) O Mercado atenderia apenas as exigências do livre comércio = seriam atendidas.

c) Um funcionário está sempre representando uma mediação entre o Estado e o

público = sendo representado.

d) Os melhores servidores justificam todas as garantias de sua função = têm sido

justificadas.

e) Os servidores encarnam um importante vínculo entre o Estado e o povo = vem

encarnando.

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Questão 31    (FCC/SEGEP-MA/2016) Mas não nos iludamos.

Reescrevendo-se a frase apresentada com a forma verbal na voz passiva, a cons-

trução correspondente deverá ser:

a) Mas não nos deixemos iludir.

b) Mas não somos iludidos.

c) Mas não nos iludam.

d) Mas não sejamos iludidos.

e) Mas não seremos iludido.

Questão 32    (FCC/SEGEP-MA/2016) E, depois da Segunda Guerra Mundial, os

avanços da medicina no tratamento das enfermidades cardiovasculares e do câncer

promoveram um ganho para os adultos.

Transpondo-se a frase apresentada para a voz passiva, a forma verbal resultante

será:

a) são promovidos.

b) era promovido.

c) promovem-se.

d) foi promovido.

e) foram promovidos.

Questão 33    (FCC/SEGEP-MA/2016) Está plenamente correta a transposição de

uma construção verbal da voz ativa para a voz passiva em:

a) de onde vêm as anedotas? // de onde terão vindo as anedotas?

b) o enigma da criação da anedota se compara ao da criação da matéria // o

enigma da criação da anedota é comparável ao da matéria.

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c) humoristas profissionais não criariam as anedotas // as anedotas não seriam

criadas por humoristas profissionais.

d) o sucesso de uma anedota está em quem a conta // quem conta uma anedota

é que faz seu sucesso.

e) um computador pode escrever romances, mas não anedotas // não anedotas,

mas romances poderiam ser escritos por um computador.

Questão 34    (FCC/SEGEP-MA/2016) Nabiré representava 20% dos rinoceron-

tes-brancos-do-norte ainda vivos.

Transpondo-se a frase apresentada para a voz passiva, a forma verbal resultan-

te será:

a) representa-se.

b) era representado.

c) são representados.

d) foi representado.

e) eram representados.

Questão 35    (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) Uma equipe de pesqui-

sadores da Universidade de Yale, nos EUA, vem testando diferentes espécies de

fungos com potencial de decomposição de diferentes tipos de plástico.

Ao transpor-se para a voz passiva a expressão sublinhada, a forma verbal resul-

tante será:

a) está sendo testado.

b) tem sido testadas.

c) estão sendo testados.

d) vêm sendo testadas.

e) vem sendo testados.

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Questão 36    (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) Desse modo, festas, arte-

sanatos, lendas, formas musicais, dança, culinária articulam simbolicamente con-

cepções coletivas de sociedade.

Transpondo-se a frase apresentada para a voz passiva, a forma verbal resultante

será:

a) tinha sido articulada.

b) são articuladas.

c) foi articulado.

d) são articulados.

e) eram articuladas.

Questão 37    (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) O segmento que admite

transposição para a voz passiva está em:

a) ...o Brasil conta com uma das melhores jogadoras de futebol...

b) ...os estereótipos de gênero funcionam como um freio...

c) Apesar de haver registros sobre equipes femininas...

d) Marta Vieira da Silva recebeu cinco vezes o título de melhor jogadora...

e) ...sob a alegação de que era uma atividade violenta demais...

Questão 38    (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) Um verbo que, no con-

texto, pode ser transposto para a voz passiva está sublinhado em:

a) Ele se dedica justamente àquilo que, anestesiados pela ideia de normalidade,

evitamos.

b) Van Gogh teve um psiquiatra que, adepto da segunda hipótese, pensou em

“curá-lo” da pintura.

c) Van Gogh compartilhou, por três meses, uma casa com o pintor Paul Gauguin.

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d) Mas os escritores, não: eles preferem sangrar mãos e pés, e bordejar o abis-

mo, a sucumbir.

e) De certa forma, em consequência, todo escritor escreve “contra si”.

Questão 39    (FCC/COPERGÁS-PE/2016) O segmento do texto reescrito correta-

mente com a forma verbal sublinhada na voz passiva correspondente está em:

a) A vida na Terra enfrenta perigos astronômicos... / Perigos astronômicos são

enfrentados pela vida na Terra...

b) Não é sábio manter todos os novos ovos em uma cesta frágil... / Não é sábio

que se mantesse todos os novos ovos em uma cesta frágil...

c) Mas antes de projetar naves espaciais... / Mas antes que projetarão-se naves

espaciais...

d) Uma prioridade é desenvolver câmeras, instrumentos e sensores em minia-

tura. / Uma prioridade é ser desenvolvido câmeras, instrumentos e sensores

em miniatura.

e) ...mas ainda enfrenta barreiras tecnológicas. / ...mas ainda enfrentaram-se

barreiras tecnológicas.

Questão 40    (FCC/COPERGÁS-PE/2016) Transpondo-se para a voz passiva a frase

Um dos guardas seguia a velhinha para que a flagrasse como contrabandista, as

formas verbais resultantes deverão ser

a) era seguida − fosse flagrada.

b) tinha seguido − vir a flagrá-la.

c) tinha sido seguida − se flagrasse.

d) estava seguindo − se tivesse flagrado.

e) teria seguido − tivesse sido flagrada.

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Questão 41    (FCC/TRF-3/2016) A frase que NÃO admite transposição para a voz

passiva encontra-se em:

a) ... o acesso das obras a um status estético que as exalta.

b) ... elas protestam contra os fatos da realidade, os poderes...

c) Muitas obras antigas celebram vitórias militares e conquistas...

d) O museu, por retirar as obras de sua origem...

e) ... a crítica mais comum contra o museu apresenta-o...

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GABARITO
1. C 25. b

2. E 26. d

3. E 27. a

4. C 28. e

5. c 29. c

6. C 30. b

7. E 31. d

8. E 32. d

9. E 33. c

10. E 34. e

11. E 35. d

12. E 36. b

13. E 37. d

14. C 38. c

15. C 39. a

16. C 40. a

17. C 41. b

18. E

19. C

20. C

21. E

22. d

23. a

24. a

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GABARITO COMENTADO

Questão 1    (CESPE/SEDF/2017) “Quando a gente compreende a infância, a crian-


ça, é possível pensar em uma estratégia para melhor atender o aluno”.
Seria mantido o sentido original do texto caso o termo “a gente” fosse substituído
por se.

Certo.
Questão da banca CESPE que exige o conhecimento gramatical e a interpretação do
texto. Ao dizer “quando a gente compreende a infância”, o termo “a gente” é inter-
pretado em sentido genérico, sem a intenção de gerar uma particularização.
Ao fazer a substituição sugerida pela questão (quando se compreende a infância),
a interpretação genérica é mantida. Cabe ressaltar que, na reescrita, o pronome é
uma partícula apassivadora, e “a infância” passa a ser o sujeito paciente.

Questão 2    (CESPE/SEDF/2017) Seriam mantidos a correção gramatical e o senti-


do original do texto se o trecho “São duas gramáticas distintas” fosse reescrito da
seguinte forma: “Tratam-se de duas gramáticas diferentes”.

Errado.
A reescrita está incorreta na concordância verbal, pois o verbo é transitivo indireto;
a expressão “de duas gramáticas diferentes” é o OI; e o pronome “se” é um índice

de indeterminação do sujeito. O verbo deveria estar no singular.

Questão 3    (CESPE/SEDF/2017) Por isso, a universidade, como instituição pública,

pode assumir a função de garantir o efetivo caráter público de que, em princípio, se

revestem os bens de cultura historicamente legados ao presente.

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Seria mantida a correção gramatical do texto caso a partícula “se”, no trecho “em

princípio, se revestem”, fosse suprimida.

Errado.

Na construção original, devido à presença da partícula apassivadora, o verbo “re-

vestem” está no plural para concordar com o sujeito paciente “os bens de cultura”.

Ao retirar a partícula apassivadora, o que era sujeito paciente passa a ser objeto

direto. O verbo deveria, com a alteração, concordar com “universidade”. Por isso, o

verbo deveria passar ao singular, e não permanecer no plural.

Questão 4    (TCE-PA/2016) Tratando-se do dever de prestar contas anuais, cabe,

inicialmente, verificar como tal obrigação está preceituada no ordenamento jurídi-

co. A Constituição Federal prevê que cabe ao presidente prestar contas anualmente

ao Poder Legislativo. Por simetria, tal obrigação estende-se ao governador do esta-

do e aos prefeitos municipais.

Sem prejuízo da correção gramatical, o trecho “estende-se” poderia ser substituído

por é estendida.

Certo.

No texto original, o sujeito paciente da voz passiva sintética “estende-se” é “tal

obrigação”. Ao passar para a voz passiva analítica, o correto é tal obrigação é es-

tendida.

Questão 5    (CESPE/PC-PE/PERITO/2016) Estabelecer o momento da morte é si-

tuá-la no tempo e, para situar um acontecimento no tempo, é preciso que se tenha

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um conceito claro do que seja tempo. Fugindo das conceituações matemáticas ou

filosóficas de tempo, pragmaticamente aceitamos a conceituação popular de tem-

po, isto é, a grandeza que se mede em minutos, horas, dias, meses ou anos.

No texto, a partícula “se”, em “a grandeza que se mede em minutos, horas, dias,

meses ou anos”, classifica-se como

a) parte integrante de verbo.

b) pronome reflexivo recíproco.

c) pronome apassivador.

d) palavra expletiva.

e) índice de indeterminação do sujeito.

Letra c.

Com a transposição para a voz passiva analítica – a grandeza que é medida em mi-

nutos... – fica fácil perceber que a oração está na voz passiva, e o “se” é uma PA.

Questão 6    (INSS/2016) Pena ganhou evidência como comediógrafo a partir de

1838, ano em que foi encenada sua peça O Juiz de Paz na Roça. Embora tenha pro-

duzido alguns dramas (que lhe renderam duras críticas), destacou-se de fato pelas

suas comédias e farsas, nas quais retratou a cultura e os costumes da sociedade

do seu tempo.

A substituição de “destacou-se” por foi destacado prejudicaria o sentido original

do período.

Certo.
Primeiramente, note que, segundo o texto, há quem pratica a ação de destacar:
“Pena”. Por isso, sabemos que o pronome “se” não pode ser PA ou IIS. Se não pode

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ser PA, não há voz passiva sintética; se não há voz passiva sintética, não há trans-
posição para a voz passiva analítica! Nesse caso, o pronome é uma parte integrante
do verbo.

Questão 7    (TRE-PI/2016) Em suma, deve-se atentar para o fato de que a existên-
cia de referências comuns entre os indivíduos pode interferir em sua ação política,
direcionando-a em um mesmo sentido.
A partícula “se”, em “deve-se”, classifica-se como pronome apassivador.

Errado.
Eu te pergunto: como o “se” será PA se não há sujeito paciente? Nesse caso, o
pronome é um IIS.

Questão 8    (TRE-PI/2017) Nossas mensagens e documentos agora são digitais:


encaminhadas em segundos, ao clicar de uma tecla, ao toque dos dedos ou em
resposta a um comando de voz, materializam-se diante dos nossos olhos em telas,
telinhas e telonas do computador, do tablet, do celular e até do relógio de pulso.
A partícula “se”, em “materializam-se”, classifica-se como pronome apassivador.

Errado.
Basta perceber o sentido do verbo: dizer que “nossas mensagens e documentos...
se materializam” é o mesmo que dizer que nossas mensagens e documentos apa-
recem. Portanto, o sujeito pratica a ação verbal. O pronome é uma parte integrante
do verbo.

Questão 9    (TRE-PI/2016) Em municípios de Pernambuco, até meados de novem-

bro do ano passado, haviam sido registrados 141 casos suspeitos da referida mal-

formação congênita.

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A coerência e a correção gramatical do texto seriam mantidas caso se substituísse

“haviam sido registrados” por registrou-se.

Errado.

Por ser uma locução verbal com três verbos, a transposição para a voz passiva ana-

lítica exige o emprego de dois verbos. O correto é haviam se registrado.

Questão 10    (DPU/2016) O surgimento de lides provenientes das inúmeras formas

de relação jurídica então existentes – e o chamamento da jurisdição para resolver

essas contendas – já dava início a situações em que constantemente as partes se

viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das demandas.

Em “as partes se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais

das demandas”, a partícula “se” foi empregada no sentido de umas às outras.

Errado.

O sentido não é de reciprocidade, mas de reflexividade. Portanto, a ideia é de que

as partes viam a si mesmas.

Questão 11    (TJDFT/2015) O processo judicial restaura a verdade dos fatos. O

agressor é sentado no banco dos réus e é tratado como tal. A vítima tem o direito

de expor a dor, o sofrimento e exigir a reparação devida. Muitas vezes não se per-

segue o encarceramento do agressor, mas apenas a responsabilização pelos atos,

de natureza cível ou criminal.

Em “não se persegue”, a partícula “se” está empregada como um recurso para in-

determinar o sujeito.

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Errado.
O pronome é uma partícula apassivadora, uma vez que “o encarceramento do
agressor” é o sujeito paciente.

Questão 12    (TRE-RS/2015) Nesse tipo de fraude, um eleitor, valendo-se da de-


satenção ou mesmo da conivência dos componentes da mesa, deixa de depositar
a cédula na urna, colocando, em seu lugar, algum pedaço de papel assemelhado.
A partícula “se”, em “valendo-se”, classifica-se como pronome reflexivo.

Errado.
Para que haja reflexividade, devemos encontrar uma ação verbal que possa ser
praticada em outrem, mas que, em função do pronome, recai sobre o próprio su-
jeito (o que não ocorre no texto em questão). O pronome é uma parte integrante
do verbo.

Questão 13    (TRE-MT/2015) A par disso, quando se pensa no processo eleitoral –


embora logo venha à cabeça a figura dos candidatos, partidos e coligações como
sujeitos de uma trama que é ordinariamente vigiada por eles próprios e por órgãos
estatais. [...]
Ademais, em segundo plano, tal atribuição fiscalizatória advém dos preceitos mo-
rais que impõem a necessidade de contenção dos vícios eleitorais.
Os termos “por órgãos estatais” e “dos preceitos morais” exercem a função de com-
plemento verbal nos períodos em que ocorrem.

Errado.
“Dos preceitos morais” é realmente um objeto indireto, mas “por órgãos estatais”
(assim como “por eles próprios”) exerce a função de agente da passiva. Basta

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notar a construção de voz passiva analítica marcada pelo verbo “é” (SER) e “vigia-
da” (PARTICÍPIO).

Questão 14    (TRE-MT/2015) Muitas vezes, verifica-se a existência de matas e de


estradas rurais em condições ruins ou onde é necessário o uso de barcos para che-
gar à seção eleitoral.
[...]
Quando, na CF, estabeleceu-se o voto obrigatório para maiores de dezoito anos e
facultativo para analfabetos, maiores de setenta e menores de dezoito anos, não
quis o legislador declarar a incapacidade dessa classe de cidadãos.
Os termos “o uso de barcos” e “o voto obrigatório” desempenham a mesma função
sintática nas orações em que ocorrem.

Certo.
No primeiro caso, note: o que é necessário? “O uso de barcos”. No segundo caso,
“o voto obrigatório para maiores de dezoito anos e facultativo para analfabetos” é
o sujeito paciente de “estabeleceu-se”, uma vez que o pronome é PA.

Questão 15    (TRT-10/2013) Com isso, surgiram então as comissões mistas de con-
ciliação, cuja função era conciliar os dissídios coletivos, e, no mesmo momento,
criaram-se as juntas de conciliação e julgamento, que conciliavam e julgavam os
dissídios individuais do trabalho.
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “criaram-se” por fo-
ram criadas.

Certo.
Primeiramente, precisamos entender que, em “criaram-se”, o pronome é PA, e o
verbo está no plural para concordar com “as juntas de conciliação e julgamento”.

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Trocar por “foram criadas” significa transpor a oração da voz passiva sintética para
a voz passiva analítica.

Questão 16    (TJ-ES/2011) Depois de ler, ficou comparando os príncipes descritos


por Maquiavel com líderes do tráfico.
No trecho “descritos por Maquiavel”, a expressão “por Maquiavel” designa o agente
da ação expressa pela forma nominal “descritos”.

Certo.
Pela estrutura textual, podemos perceber que há uma estrutura implícita: “Depois
de ler, ficou comparando os príncipes que foram descritos por Maquiavel com líde-
res do tráfico”. Estamos diante de uma voz passiva analítica, e “por Maquiavel” é o
agente da passiva, que é o responsável por praticar a ação verbal na VPA.

Questão 17    (MPOG/2015) Assim, implementou-se a administração gerencial e,


para isso, foi necessário que os agentes públicos mudassem suas posturas e se
adequassem para desenvolver a nova gestão pública.
A correção gramatical do período seria preservada ao se substituir “implementou-se”
por foi implementada.

Certo.
“A administração gerencial” é o sujeito paciente de “implementou-se”, uma vez que
o pronome “se” é uma partícula apassivadora. O que a questão sugeriu foi apenas
a transposição da VPS para a VPA.

Questão 18    (MPU/2015) Só no Império, em 1832, com o Código de Processo Penal

do Império, iniciou-se a sistematização das ações do Ministério Público.

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Caso se substituísse “iniciou-se” por foi iniciada, a correção gramatical do período


seria prejudicada.

Errado.
Na forma verbal “iniciou-se”, o pronome é uma partícula apassivadora, e o sujeito
paciente é “a sistematização das ações do Ministério Público”. Com a transposição
para a VPA, o correto seria foi iniciada a sistematização das ações do Ministério Pú-
blico. Por isso, a substituição não prejudica a correção gramatical.

Questão 19    (ANATEL/2014) Nesse período, eram usadas tochas com fibras torci-
das e impregnadas com material inflamável.
O trecho “eram usadas tochas” poderia ser corretamente reescrito como usavam-se
tochas.

Certo.
Agora, a questão sugere a transposição da VPA para a VPS. A concordância verbal
com o sujeito paciente foi mantida, bem como o tempo e o modo do verbo (preté-
rito imperfeito do indicativo).

Questão 20    (CD/2014) Assim, as frentes frias, antes fortemente presas naquela
região, dissipam-se para latitudes mais baixas, o que faz com que o frio polar che-
gue aos Estados Unidos da América, por exemplo.
No trecho “dissipam-se para latitudes mais baixas”, a partícula “se” tem função
apassivadora.

Certo.

O trecho está na voz passiva sintética. Logo, temos “as frentes frias” como sujeito

paciente e a partícula “se” como pronome apassivador.

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Questão 21    (STF/2013) E o mesmo se aplica aos meus parceiros na comunicação


via ciberespaço. Não há como ter certeza de quem sejam, de que sejam “realmen-
te” como se descrevem.
O termo “se” exerce função de pronome apassivador da forma verbal “descrevem”.

Errado.
Segundo o texto, podemos entender que não há como ter certeza de como eles se
descrevem (descrevem a si mesmos). O pronome é reflexivo.

Questão 22    (FCC/TRT-24/2017) A construção que pode ser reescrita com o verbo
na voz passiva é:
a) ... a foto chega tinindo aos amigos...
b) A criação saía da cozinha...
c) ... interajo com muita gente...
d) ... publico ativamente fotos de minhas fornadas...
e) Não está na rede?

Letra d.
Quando uma questão possui esse tipo de enunciado, o que o examinador deseja
saber é se você consegue encontrar qual das alternativas apresenta objeto direto.
Isso só ocorre na letra “d”, pois o objeto direto do verbo “publico” é “fotos de mi-
nhas jornadas”.

Questão 23    (FCC/TRT-24/2017) Está na voz passiva o verbo do seguinte fragmen-


to do texto:

a) É produzido com matérias primas da própria região...

b) Essa cultura estadual retrata, também, uma mistura de várias outras contribui-

ções das muitas migrações...

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c) A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-cul-

turais...

d) O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no Mato

Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências culturais

do Estado.

e) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações

indígenas...

Letra a.

Você precisa ser o tipo de candidato(a) que sabe identificar a voz passiva (ou lo-

cução verbal SER + PARTICÍPIO ou VERBO + SE), e isso só está na letra “a” (“é

produzido”).

Questão 24    (FCC/TRE-SP/2017) A frase em que há emprego da voz passiva e em

que todas as formas verbais estão adequadamente correlacionadas é:

a) Um amigo de verdade seria sempre necessário para que fôssemos impelidos a

acreditar mais em nós mesmos.

b) A ausência do amigo seria uma lacuna insanável caso não venhamos a contar

com nossa memória, que nos povoa com imagens.

c) Ao passarmos a olhar as coisas com os olhos do amigo que perdemos, estaría-

mos convencidos do valor que déramos à sua perspectiva.

d) São falsos amigos aqueles que, em qualquer ocasião, passassem a desfiar elo-

gios quando, de fato, merecermos recriminações.

e) Teríamos tido decepções com alguns amigos se esperarmos que eles possam nos

oferecer todo o afeto de que precisássemos.

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Letra a.
Primeiramente, vamos em busca da estrutura de voz passiva, que só aparece nas
letras “a” (“fôssemos impelidos”) e “c” (“estaríamos convencidos”). Mas a questão
também quer a correlação correta entre os verbos.
Veja novamente a letra “c”. Quando lemos a expressão “ao passarmos a olhar as
coisas com os olhos do amigo que perdemos”, podemos entender que haverá uma
consequência futura, mas o verbo “estaríamos” está no futuro do pretérito. Isso
desrespeita a lógica de correlação entre as ações verbais.
A correlação correta só ocorre na letra “a”.

Questão 25    (FCC/PGE-MT/2016) Está corretamente flexionada na voz passiva a


forma verbal sublinhada em:
a) Se não vir a ser respeitada, a posição do outro jamais fortalecerá a nossa.
b) Tendo sido respeitada nossa argumentação, como não respeitar a do outro?
c) Ele tinha submisso o outro pela força de seu preconceito, e não de sua razão.
d) Quando havermos de ser tolerantes, o outro será efetivamente considerado.
e) As razões que conter nossa argumentação devem ser claras e abertas.

Letra b.
Cuidado nessa questão! Na letra “a”, encontramos a locução verbal “ser respeita-
da” (SER + PARTICÍPIO), mas o verbo “respeitada” não está destacado! Por isso o
gabarito é a letra “b”.

Questão 26    (FCC/PGE-MT/2016) Pode ser transposta para a voz passiva apenas a

frase:

a) Um machado de pedra mais bem lascado, uma lança mais bem polida [...] tor-

nam-se naturalmente mais agradáveis.

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b) ... a música é a menos organizada entre as artes, e a menos rica de possibili-

dades estéticas.

c) As artes da palavra, na poesia das lendas e mitos, [...] se apresentam já bas-

tante aproveitadas...

d) As artes manufaturadas e [...] a dança atingem frequentemente [...] uma ver-

dadeira virtuosidade.

e) ... artes legítimas porque se sujeitaram a normas técnicas conscientemente

definidas...

Letra d.

Novamente, você está em busca de uma oração que esteja na voz ativa e apresen-

te um OD. A expressão “uma verdadeira virtuosidade” é o objeto direto do verbo

“atingem”.

Questão 27    (FCC/TRT-20/2016) Ao se flexionar adequadamente na voz passiva, a

forma verbal sublinhada concorda regularmente com seu sujeito em:

a) Tendo sido bem discriminadas, as questões de um escritor oferecem-se como

desafio a ser solucionado pelo leitor.

b) Por saberem expô-las a contento, o escritor oferece ao leitor questões agudas

e bastante desafiadoras.

c) A muitos leitores tem sensibilizado as obras desses dois grandes mestres da

literatura universal.

d) Ainda que muitas soluções cheguem a haver num texto literário, mais importante

é o processo pelo qual se apresentam.

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e) É aceitável o paralelo que se propôs estabelecer o autor do texto, ao aproximar

os escritores referidos.

Letra a.

Na locução “tendo sido bem discriminadas”, há o verbo SER (“sido”) e o verbo no

PARTICÍPIO (“apresentadas”). Cuidado com a letra “e”. Apesar de haver o prono-

me “se”, podemos identificar que “o autor do texto” pratica a ação de propor. Se há

quem pratica a ação verbal, não há partícula apassivadora.

Cuidado com a letra “d”! Sabemos que o verbo “haver”, com o sentido de existir, é

transitivo direto. Todavia, ele não admite a transposição para a voz passiva!

Questão 28    (FCC/METRÔ-SP/2016) Os países do eixo tinham desenvolvido sofis-

ticadas técnicas de comunicação criptografada...

A transposição da frase apresentada para a voz passiva tem como resultado a for-

ma verbal:

a) tinham sido desenvolvidos.


b) tinha sido desenvolvida.
c) desenvolveram-nas.
d) tinha desenvolvido.
e) tinham sido desenvolvidas.

Letra e.
Note que a frase que está na voz ativa e já possui uma locução verbal (“tinham
desenvolvido”). Quando se faz uma voz passiva analítica de uma outra locução
verbal, forma-se uma locução com três verbos. O objeto direto da oração original
é “sofisticadas técnicas de comunicação criptografada”, cujo núcleo é o vocábulo

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“técnicas”. Como, na voz passiva, o objeto direto se torna sujeito paciente, o verbo
no particípio deve ficar no feminino plural, o que só ocorre na letra “e”.

Questão 29    (FCC/AL-MS/2016) No guichê devolveria os documentos às crianças


em meia hora. Transpondo a frase apresentada para a voz passiva, a forma verbal
correta a ser empregada é:
a) iria devolver.
b) haveriam de ser devolvidos.
c) seriam devolvidos.
d) devolverá.
e) serão devolvidos.

Letra c.
A oração original, que está na voz ativa, tem como OD a expressão “os documen-
tos”. Você também deve observar que o verbo “devolveria” está no futuro do preté-
rito. Para manter o mesmo tempo e modo verbal, a opção correta é a letra “c”. Na
letra “e”, o verbo está no futuro do presente.

Questão 30    (FCC/AL-MS/2016) Na transposição da frase dada para a voz passiva,


a correta forma verbal resultante é a que está indicada em:
a) O servidor público eficiente desperta o reconhecimento dos cidadãos = tem
despertado.
b) O Mercado atenderia apenas as exigências do livre comércio = seriam atendidas.
c) Um funcionário está sempre representando uma mediação entre o Estado e o
público = sendo representado.
d) Os melhores servidores justificam todas as garantias de sua função = têm sido
justificadas.

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e) Os servidores encarnam um importante vínculo entre o Estado e o povo = vem


encarnando.

Letra b.
Primeiramente, perceba que só existem opções com SER + PARTICÍPIO nas letras
“b”, “c” e “d”.
Na letra “c”, o correto seria uma mediação entre o Estado e o público está
sendo representada.
Na letra “d”, o correto seria todas as garantias de sua função são justificadas.

Questão 31    (FCC/SEGEP-MA/2016) Mas não nos iludamos.


Reescrevendo-se a frase apresentada com a forma verbal na voz passiva, a cons-
trução correspondente deverá ser:
a) Mas não nos deixemos iludir.
b) Mas não somos iludidos.
c) Mas não nos iludam.
d) Mas não sejamos iludidos.
e) Mas não seremos iludido.

Letra d.

Veja que a forma verbal “iludamos” está no presente do subjuntivo. Logo, você

deve encontrar uma alternativa que apresente o mesmo tempo e modo verbal.

Com a estrutura correta de voz passiva, isso só ocorre na letra “d”.

Questão 32    (FCC/SEGEP-MA/2016) E, depois da Segunda Guerra Mundial, os

avanços da medicina no tratamento das enfermidades cardiovasculares e do câncer

promoveram um ganho para os adultos.

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Transpondo-se a frase apresentada para a voz passiva, a forma verbal resultante


será:
a) são promovidos.
b) era promovido.
c) promovem-se.
d) foi promovido.
e) foram promovidos.

Letra d.
A forma verbal “promoveram” tem como objeto direto a expressão “um ganho para
os adultos”. Na voz passiva, em que o objeto direto se torna sujeito paciente, a
correta concordância é “um ganho... foi promovido”.

Questão 33    (FCC/SEGEP-MA/2016) Está plenamente correta a transposição de


uma construção verbal da voz ativa para a voz passiva em:
a) de onde vêm as anedotas? // de onde terão vindo as anedotas?
b) o enigma da criação da anedota se compara ao da criação da matéria // o enigma
da criação da anedota é comparável ao da matéria.
c) humoristas profissionais não criariam as anedotas // as anedotas não seriam
criadas por humoristas profissionais.
d) o sucesso de uma anedota está em quem a conta // quem conta uma anedota
é que faz seu sucesso.
e) um computador pode escrever romances, mas não anedotas // não anedotas,

mas romances poderiam ser escritos por um computador.

Letra c.

Primeiramente, só há estrutura de voz passiva na letra “c” (“seriam criadas”)

e na letra “e” (“poderiam ser escritos”), mas, nesta alternativa, a transposição

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não respeitou o tempo e o modo verbal, pois “pode escrever” é presente do in-

dicativo, e “poderiam ser escritos” é futuro do pretérito.

Na letra “c”, as duas construções apresentam verbos no futuro do pretérito.

Questão 34    (FCC/SEGEP-MA/2016) Nabiré representava 20% dos rinoceron-

tes-brancos-do-norte ainda vivos.

Transpondo-se a frase apresentada para a voz passiva, a forma verbal resultan-

te será:

a) representa-se.

b) era representado.

c) são representados.

d) foi representado.

e) eram representados.

Letra e.

O objeto direto do verbo “representava” é “20% dos rinocerontes-brancos-do-norte

ainda vivos”. Ainda é preciso observar que o verbo está no pretérito imperfeito do

indicativo (que só ocorre também nas letras “b” e “e”), mas, na letra “b”, o verbo

está no singular, o que desrespeitaria a concordância verbal.

Questão 35    (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) Uma equipe de pesquisa-

dores da Universidade de Yale, nos EUA, vem testando diferentes espécies de fun-

gos com potencial de decomposição de diferentes tipos de plástico.

Ao transpor-se para a voz passiva a expressão sublinhada, a forma verbal resul-

tante será:

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a) está sendo testado.

b) tem sido testadas.

c) estão sendo testados.

d) vêm sendo testadas.

e) vem sendo testados.

Letra d.

Você não pode se esquecer de que, novamente, teremos uma voz passiva analítica

formada por uma locução verbal de três verbos. O objeto direto da oração inicial é

“diferentes espécies de fungos com potencial de decomposição de diferentes tipos

de plástico”, cujo núcleo é “espécies”. Na voz passiva analítica, o correto é “diferen-

tes espécies... vêm (com acento, por ser plural) sendo testadas”.

Questão 36    (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) Desse modo, festas, arte-


sanatos, lendas, formas musicais, dança, culinária articulam simbolicamente con-
cepções coletivas de sociedade.
Transpondo-se a frase apresentada para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
a) tinha sido articulada.
b) são articuladas.
c) foi articulado.
d) são articulados.
e) eram articuladas.

Letra b.

O objeto direto do verbo “articulam” é “concepções coletivas de sociedade”, cujo

núcleo é “concepções”. A voz passiva analítica correta é “concepções... são articu-

ladas” (para manter o presente do indicativo).

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Questão 37    (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) O segmento que admite


transposição para a voz passiva está em:
a) ...o Brasil conta com uma das melhores jogadoras de futebol...
b) ...os estereótipos de gênero funcionam como um freio...
c) Apesar de haver registros sobre equipes femininas...
d) Marta Vieira da Silva recebeu cinco vezes o título de melhor jogadora...
e) ...sob a alegação de que era uma atividade violenta demais...

Letra d.
Basta encontrar a alternativa que apresenta objeto direto. Na letra “d”, o OD do
verbo “recebeu” é “o título de melhor jogadora”.

Questão 38    (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) Um verbo que, no contex-

to, pode ser transposto para a voz passiva está sublinhado em:

a) Ele se dedica justamente àquilo que, anestesiados pela ideia de normalidade,

evitamos.

b) Van Gogh teve um psiquiatra que, adepto da segunda hipótese, pensou em

“curá-lo” da pintura.

c) Van Gogh compartilhou, por três meses, uma casa com o pintor Paul Gauguin.

d) Mas os escritores, não: eles preferem sangrar mãos e pés, e bordejar o abismo,

a sucumbir.

e) De certa forma, em consequência, todo escritor escreve “contra si”.

Letra c.

Basta encontrar a alternativa que apresenta objeto direto. O OD do verbo “compar-

tilhou” é “uma casa”.

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Questão 39    (FCC/COPERGÁS-PE/2016) O segmento do texto reescrito correta-

mente com a forma verbal sublinhada na voz passiva correspondente está em:

a) A vida na Terra enfrenta perigos astronômicos... / Perigos astronômicos são en-

frentados pela vida na Terra...

b) Não é sábio manter todos os novos ovos em uma cesta frágil... / Não é sábio que

se mantesse todos os novos ovos em uma cesta frágil...

c) Mas antes de projetar naves espaciais... / Mas antes que projetarão-se naves

espaciais...

d) Uma prioridade é desenvolver câmeras, instrumentos e sensores em minia-

tura. / Uma prioridade é ser desenvolvido câmeras, instrumentos e sensores

em miniatura.

e) ...mas ainda enfrenta barreiras tecnológicas. / ...mas ainda enfrentaram-se bar-

reiras tecnológicas.

Letra a.

Em todas as alternativas, há, na reescrita, uma possibilidade estrutural de voz pas-

siva. Teremos de encontrar qual delas foi empregada corretamente.

Na letra “a”, a voz passiva analítica foi formada corretamente.

Na letra “b”, o correto seria que se mantivessem.

Na letra “c”, mas antes de naves espaciais serem projetadas.

Na letra d, serem desenvolvidas.

Na letra “e”, mas ainda se enfrentam barreiras.

Questão 40    (FCC/COPERGÁS-PE/2016) Transpondo-se para a voz passiva a frase

Um dos guardas seguia a velhinha para que a flagrasse como contrabandista, as

formas verbais resultantes deverão ser

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a) era seguida − fosse flagrada

b) tinha seguido − vir a flagrá-la

c) tinha sido seguida − se flagrasse

d) estava seguindo − se tivesse flagrado

e) teria seguido − tivesse sido flagrada

Letra a.

Na frase original, os objetos diretos são “a velhinha” e “a” (pronome oblíquo átono,

que retoma “a velhinha”). Na voz passiva, o correto seria “a velhinha era seguida

por um dos guardas para que ela fosse flagrada como contrabandista”.

Questão 41    (FCC/TRF-3/2016) A frase que NÃO admite transposição para a voz

passiva encontra-se em:

a) ... o acesso das obras a um status estético que as exalta.

b) ... elas protestam contra os fatos da realidade, os poderes...

c) Muitas obras antigas celebram vitórias militares e conquistas...

d) O museu, por retirar as obras de sua origem...

e) ... a crítica mais comum contra o museu apresenta-o...

Letra b.

Você, agora, deve encontrar a alternativa que NÃO apresenta OD. Na letra “b”, o

verbo “protestam” é VTI, e o OI é “contra os fatos da realidade”.

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QUESTÕES DE CONCURSO – LISTA II


Questão 1    (2017/FCC/TRT 24ª REGIÃO) A construção que pode ser reescrita com

o verbo na voz passiva é:

a) … a foto chega tinindo aos amigos… (4º parágrafo)

b) A criação saía da cozinha… (3º parágrafo)

c) … interajo com muita gente… (2º parágrafo)

d) … público ativamente fotos de minhas fornadas… (2º parágrafo)

e) Não está na rede? (1º parágrafo)

Questão 2    (2017/FCC/TRT 24ª REGIÃO) Está na voz passiva o verbo do seguinte

fragmento do texto:

a) É produzido com matérias primas da própria região… (2º parágrafo)

b) Essa cultura estadual retrata, também, uma mistura de várias outras contribui-

ções das muitas migrações… (1º parágrafo)

c) A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-cultu-

rais… (1º parágrafo)

d) O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no Mato

Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências culturais

do Estado. (2º parágrafo)

e) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações

indígenas… (3º parágrafo)

Questão 3    (2017/FCC/TRE-SP) A frase em que há emprego da voz passiva e em

que todas as formas verbais estão adequadamente correlacionadas é:

a) Um amigo de verdade seria sempre necessário para que fôssemos impelidos a

acreditar mais em nós mesmos.

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b) A ausência do amigo seria uma lacuna insanável caso não venhamos a contar

com nossa memória, que nos povoa com imagens.

c) Ao passarmos a olhar as coisas com os olhos do amigo que perdemos, estaría-

mos convencidos do valor que déramos à sua perspectiva.

d) São falsos amigos aqueles que, em qualquer ocasião, passassem a desfiar elo-

gios quando, de fato, merecermos recriminações.

e) Teríamos tido decepções com alguns amigos se esperarmos que eles possam

nos oferecer todo o afeto de que precisássemos.

Questão 4    (2016/FCC/PGE-MT) Está corretamente flexionada na voz passiva a

forma verbal sublinhada em:

a) Se não vir a ser respeitada, a posição do outro jamais fortalecerá a nossa.

b) Tendo sido respeitada nossa argumentação, como não respeitar a do outro?

c) Ele tinha submisso o outro pela força de seu preconceito, e não de sua razão.

d) Quando havermos de ser tolerantes, o outro será efetivamente considerado.

e) As razões que conter nossa argumentação devem ser claras e abertas.

Questão 5    (2016/FCC/PGE-MT) Pode ser transposta para a voz passiva apenas a

frase:

a) Um machado de pedra mais bem lascado, uma lança mais bem polida […] tor-

nam-se naturalmente mais agradáveis.

b) … a música é a menos organizada entre as artes, e a menos rica de possibilida-

des estéticas.

c) As artes da palavra, na poesia das lendas e mitos, […] se apresentam já bastan-

te aproveitadas…

d) As artes manufaturadas e […] a dança atingem frequentemente […] uma verda-

deira virtuosidade.

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e) … artes legítimas porque se sujeitaram a normas técnicas conscientemente de-

finidas…

Questão 6    (2016/FCC/TRT 20ª REGIÃO) Ao se flexionar adequadamente na voz

passiva, a forma verbal sublinhada concorda regularmente com seu sujeito em:

a) Tendo sido bem discriminadas, as questões de um escritor oferecem-se como

desafio a ser solucionado pelo leitor.

b) Por saberem expô-las a contento, o escritor oferece ao leitor questões agudas

e bastante desafiadoras.

c) A muitos leitores tem sensibilizado as obras desses dois grandes mestres da

literatura universal.

d) Ainda que muitas soluções cheguem a haver num texto literário, mais importan-

te é o processo pelo qual se apresentam.

e) É aceitável o paralelo que se propôs estabelecer o autor do texto, ao aproximar

os escritores referidos.

Questão 7    (2016/FCC/METRÔ-SP) Os países do eixo tinham desenvolvido sofisti-

cadas técnicas de comunicação criptografada…

A transposição da frase acima para a voz passiva tem como resultado a forma ver-

bal:

a) tinham sido desenvolvidos.

b) tinha sido desenvolvida.

c) desenvolveram-nas.

d) tinha desenvolvido.

e) tinham sido desenvolvidas.

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Questão 8    (2016/FCC/AL-MS) no guichê devolveria os documentos às crianças em

meia hora. Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal correta a

ser empregada é:

a) iria devolver.

b) haveriam de ser devolvidos.

c) seriam devolvidos.

d) devolverá.

e) serão devolvidos.

Questão 9    (2016/FCC/AL-MS) Na transposição da frase dada para a voz passiva,

a correta forma verbal resultante é a que está indicada em:

a) O servidor público eficiente desperta o reconhecimento dos cidadãos = tem des-

pertado.

b) O Mercado atenderia apenas as exigências do livre comércio = seriam atendidas.

c) Um funcionário está sempre representando uma mediação entre o Estado e o

público = sendo representado.

d) Os melhores servidores justificam todas as garantias de sua função = têm sido

justificadas.

e) Os servidores encarnam um importante vínculo entre o Estado e o povo = vem

encarnando.

Questão 10    (2016/FCC/SEGEP-MA) Mas não nos iludamos. (7º parágrafo)

Reescrevendo-se a frase acima com a forma verbal na voz passiva, a construção

correspondente deverá ser:

a) Mas não nos deixemos iludir.

b) Mas não somos iludidos.

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c) Mas não nos iludam.


d) Mas não sejamos iludidos.
e) Mas não seremos iludido.

Questão 11    (2016/FCC/SEGEP-MA) E, depois da Segunda Guerra Mundial, os avan-


ços da medicina no tratamento das enfermidades cardiovasculares e do câncer pro-
moveram um ganho para os adultos. (4º parágrafo)
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
a) são promovidos.
b) era promovido.
c) promovem-se
d) foi promovido.
e) foram promovidos.

Questão 12    (2016/FCC/SEGEP-MA) Está plenamente correta a transposição de


uma construção verbal da voz ativa para a voz passiva em:
a) de onde vêm as anedotas? // de onde terão vindo as anedotas?
b) o enigma da criação da anedota se compara ao da criação da matéria // o enig-
ma da criação da anedota é comparável ao da matéria
c) humoristas profissionais não criariam as anedotas // as anedotas não seriam
criadas por humoristas profissionais
d) o sucesso de uma anedota está em quem a conta // quem conta uma anedota
é que faz seu sucesso

e) um computador pode escrever romances, mas não anedotas // não anedotas,

mas romances poderiam ser escritos por um computador

Questão 13    (2016/FCC/SEGEP-MA) Nabiré representava 20% dos rinocerontes-

-brancos-do-norte ainda vivos.

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Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:

a) representa-se

b) era representado

c) são representados

d) foi representado

e) eram representados

Questão 14    (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI) Uma equipe de pesquisa-

dores da Universidade de Yale, nos EUA, vem testando diferentes espécies de fun-

gos com potencial de decomposição de diferentes tipos de plástico. (3º parágrafo)

Ao transpor-se para a voz passiva a expressão sublinhada, a forma verbal resul-

tante será:

a) está sendo testado

b) tem sido testadas

c) estão sendo testados

d) vêm sendo testadas

e) vem sendo testados

Questão 15    (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI) Desse modo, festas, arte-

sanatos, lendas, formas musicais, dança, culinária articulam simbolicamente con-

cepções coletivas de sociedade. (5º parágrafo)

Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:

a) tinha sido articulada.

b) são articuladas.

c) foi articulado.

d) são articulados.

e) eram articuladas.

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Questão 16    (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI) O segmento que admite

transposição para a voz passiva está em:

a) … o Brasil conta com uma das melhores jogadoras de futebol…

b) … os estereótipos de gênero funcionam como um freio…

Apesar de haver registros sobre equipes femininas…

c) Marta Vieira da Silva recebeu cinco vezes o título de melhor jogadora…

d) … sob a alegação de que era uma atividade violenta demais…

Questão 17    (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI) Um verbo que, no contex-

to, pode ser transposto para a voz passiva está sublinhado em:

a) Ele se dedica justamente àquilo que, anestesiados pela ideia de normalidade,

evitamos. (4º parágrafo)

b) Van Gogh teve um psiquiatra que, adepto da segunda hipótese, pensou em

“curá-lo” da pintura. (2º parágrafo)

c) Van Gogh compartilhou, por três meses, uma casa com o pintor Paul Gauguin.

(1º parágrafo)
d) Mas os escritores, não: eles preferem sangrar mãos e pés, e bordejar o abismo,
a sucumbir. (5º parágrafo)

e) De certa forma, em consequência, todo escritor escreve “contra si”. (6º pará-

grafo)

Questão 18    (2016/FCC/COPERGÁS-PE) O segmento do texto reescrito correta-

mente com a forma verbal sublinhada na voz passiva correspondente está em:

a) A vida na Terra enfrenta perigos astronômicos… (4º parágrafo) / Perigos astro-

nômicos são enfrentados pela vida na Terra…

b) Não é sábio manter todos os novos ovos em uma cesta frágil… (4º parágrafo) /

Não é sábio que se mantesse todos os novos ovos em uma cesta frágil…

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c) Mas antes de projetar naves espaciais… (3º parágrafo) / Mas antes que projeta-

rão-se naves espaciais…

d) Uma prioridade é desenvolver câmeras, instrumentos e sensores em miniatura.

(3º parágrafo) / Uma prioridade é ser desenvolvido câmeras, instrumentos e sen-

sores em miniatura.

e) … mas ainda enfrenta barreiras tecnológicas. (2º parágrafo) /… mas ainda en-

frentaram-se barreiras tecnológicas.

Questão 19    (2016/FCC/COPERGÁS-PE) Transpondo-se para a voz passiva a fra-

se Um dos guardas seguia a velhinha para que a flagrasse como contrabandista,

as formas verbais resultantes deverão ser

a) era seguida − fosse flagrada

b) tinha seguido − vir a flagrá-la

c) tinha sido seguida − se flagrasse

d) estava seguindo − se tivesse flagrado

e) teria seguido − tivesse sido flagrada

Questão 20    (2016/FCC/TRF 3ª REGIÃO) A frase que NÃO admite transposição

para a voz passiva encontra-se em:

a) … o acesso das obras a um status estético que as exalta. (2º parágrafo)

b) … elas protestam contra os fatos da realidade, os poderes… (1ºparágrafo)

c) Muitas obras antigas celebram vitórias militares e conquistas… (1ºparágrafo)

d) O museu, por retirar as obras de sua origem… (3º parágrafo)

e) … a crítica mais comum contra o museu apresenta-o… (3º parágrafo)

Questão 21    (2017/SE-DF) “Quando a gente compreende a infância, a criança,

é possível pensar em uma estratégia para melhor atender o aluno”.

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Seria mantido o sentido original do texto caso o termo ‘a gente’, fosse substituído

por se.

Questão 22    (2017/SE-DF) Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido ori-

ginal do texto se o trecho “São duas gramáticas distintas”, fosse reescrito da se-

guinte forma: Tratam-se de duas gramáticas diferentes.

Questão 23    (2017/SE-DF) Por isso, a universidade, como instituição pública, pode

assumir a função de garantir o efetivo caráter público de que, em princípio, se re-

vestem os bens de cultura historicamente legados ao presente.

Seria mantida a correção gramatical do texto caso a partícula “se”, no trecho “em

princípio, se revestem”, fosse suprimida.

Questão 24    (2016/TCE-PA) Tratando-se do dever de prestar contas anuais, cabe,

inicialmente, verificar como tal obrigação está preceituada no ordenamento jurídi-

co. A Constituição Federal prevê que cabe ao presidente prestar contas anualmente

ao Poder Legislativo. Por simetria, tal obrigação estende-se ao governador do esta-

do e aos prefeitos municipais.

Sem prejuízo da correção gramatical, o trecho “estende-se”, poderia ser substituído

por é estendida.

Questão 25    (2016/PERITO/PE) Estabelecer o momento da morte é situá-la no

tempo e, para situar um acontecimento no tempo, é preciso que se tenha um con-

ceito claro do que seja tempo. Fugindo das conceituações matemáticas ou filosófi-

cas de tempo, pragmaticamente aceitamos a conceituação popular de tempo, isto

é, a grandeza que se mede em minutos, horas, dias, meses ou anos.

No texto CG1A01AAA, a partícula “se”, em “a grandeza que se mede em minutos,

horas, dias, meses ou anos”, classifica-se como

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a) parte integrante de verbo.

b) pronome reflexivo recíproco.

c) pronome apassivador.

d) palavra expletiva.

e) índice de indeterminação do sujeito.

Questão 26    (2016/INSS) Pena ganhou evidência como comediógrafo a partir de

1838, ano em que foi encenada sua peça O Juiz de Paz na Roça. Embora tenha pro-

duzido alguns dramas (que lhe renderam duras críticas), destacou-se de fato pelas

suas comédias e farsas, nas quais retratou a cultura e os costumes da sociedade

do seu tempo.

A substituição de “destacou-se”, por foi destacado prejudicaria o sentido original do

período.

Questão 27    (2016/TRE-PI) Em suma, deve-se atentar para o fato de que a exis-

tência de referências comuns entre os indivíduos pode interferir em sua ação polí-

tica, direcionando-a em um mesmo sentido.

A partícula “se”, em “deve-se”, classifica-se como pronome apassivador.

Questão 28    (2017/TRE-PI) Nossas mensagens e documentos agora são digitais:

encaminhadas em segundos, ao clicar de uma tecla, ao toque dos dedos ou em

resposta a um comando de voz, materializam-se diante dos nossos olhos em telas,

telinhas e telonas do computador, do tablet, do celular e até do relógio de pulso.

A partícula “se”, em “materializam-se”, classifica-se como pronome apassivador.

Questão 29    (2016/TRE-PI) Em municípios de Pernambuco, até meados de no-

vembro do ano passado, haviam sido registrados 141 casos suspeitos da referida

malformação congênita.

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A coerência e a correção gramatical do texto seriam mantidas caso se substituísse

“haviam sido registrados”, por registrou-se.

Questão 30    (2016/DPU) O surgimento de lides provenientes das inúmeras formas

de relação jurídica então existentes — e o chamamento da jurisdição para resolver

essas contendas — já dava início a situações em que constantemente as partes se

viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das demandas.

Em “as partes se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais

das demandas”, a partícula “se” foi empregada no sentido de umas às outras.

Questão 31    (2015/TJ-DFT) O processo judicial restaura a verdade dos fatos.

O agressor é sentado no banco dos réus e é tratado como tal. A vítima tem o di-

reito de expor a dor, o sofrimento e exigir a reparação devida. Muitas vezes não

se persegue o encarceramento do agressor, mas apenas a responsabilização pelos

atos, de natureza cível ou criminal.

Em “não se persegue”, a partícula “se” está empregada como um recurso para in-

determinar o sujeito.

Questão 32    (2015/TRE-RS) Nesse tipo de fraude, um eleitor, valendo-se da de-

satenção ou mesmo da conivência dos componentes da mesa, deixa de depositar

a cédula na urna, colocando, em seu lugar, algum pedaço de papel assemelhado.

A partícula “se”, em “valendo-se”, classifica-se como pronome reflexivo.

Questão 33    (2015/TRE-MT) A par disso, quando se pensa no processo eleitoral —

embora logo venha à cabeça a figura dos candidatos, partidos e coligações como

sujeitos de uma trama que é ordinariamente vigiada por eles próprios e por órgãos

estatais. […]

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Ademais, em segundo plano, tal atribuição fiscalizatória advém dos preceitos mo-

rais que impõem a necessidade de contenção dos vícios eleitorais.

Os termos “por órgãos estatais”, e “dos preceitos morais”, exercem a função de

complemento verbal nos períodos em que ocorrem.

Questão 34    (2015/TRE-MT) Muitas vezes, verifica-se a existência de matas e de

estradas rurais em condições ruins ou onde é necessário o uso de barcos para che-

gar à seção eleitoral.

[…]

Quando, na CF, estabeleceu-se o voto obrigatório para maiores de dezoito anos e

facultativo para analfabetos, maiores de setenta e menores de dezoito anos, não

quis o legislador declarar a incapacidade dessa classe de cidadãos.

Os termos “o uso de barcos” e “o voto obrigatório” desempenham a mesma função

sintática nas orações em que ocorrem.

Questão 35    (2013/TRT 10ª REGIÃO) Com isso, surgiram então as comissões mis-

tas de conciliação, cuja função era conciliar os dissídios coletivos, e, no mesmo

momento, criaram-se as juntas de conciliação e julgamento, que conciliavam e

julgavam os dissídios individuais do trabalho.

Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “criaram-se”, por fo-

ram criadas.

Questão 36    (2011/TJ-ES) Depois de ler, ficou comparando os príncipes descritos

por Maquiavel com líderes do tráfico.

No trecho “descritos por Maquiavel”, a expressão “por Maquiavel” designa o agente

da ação expressa pela forma nominal “descritos”.

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Questão 37    (2015/MPOG) Assim, implementou-se a administração gerencial e,

para isso, foi necessário que os agentes públicos mudassem suas posturas e se

adequassem para desenvolver a nova gestão pública.

A correção gramatical do período seria preservada ao se substituir “implementou-

-se”, por foi implementada.

Questão 38    (2015/MPU) Só no Império, em 1832, com o Código de Processo Penal

do Império, iniciou-se a sistematização das ações do Ministério Público.

Caso se substituísse “iniciou-se”, por foi iniciada, a correção gramatical do período

seria prejudicada.

Questão 39    (2014/ANATEL) Nesse período, eram usadas tochas com fibras torci-

das e impregnadas com material inflamável.

O trecho “eram usadas tochas”, poderia ser corretamente reescrito como usavam-

-se tochas.

Questão 40    (2014/CD) Assim, as frentes frias, antes fortemente presas naquela

região, dissipam-se para latitudes mais baixas, o que faz com que o frio polar che-

gue aos Estados Unidos da América, por exemplo.

No trecho “dissipam-se para latitudes mais baixas”, a partícula “se” tem função

apassivadora.

Questão 41    (2013/STF) E o mesmo se aplica aos meus parceiros na comunicação

via ciberespaço. Não há como ter certeza de quem sejam, de que sejam “realmen-

te” como se descrevem.

Na linha 25, o termo “se” exerce função de pronome apassivador da forma verbal

“descrevem”.

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GABARITO
1. d 25. c

2. a 26. C

3. a 27. E

4. b 28. E

5. d 29. E

6. a 30. E

7. e 31. E

8. c 32. E

9. b 33. E

10. d 34. C

11. d 35. C

12. c 36. C

13. e 37. C

14. d 38. E

15. b 39. C

16. d 40. C

17. c 41. E

18. a

19. a

20. b

21. C

22. E

23. E

24. C

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (2017/FCC/TRT 24ª REGIÃO) A construção que pode ser reescrita com
o verbo na voz passiva é:
a) … a foto chega tinindo aos amigos… (4º parágrafo)
b) A criação saía da cozinha… (3º parágrafo)
c) … interajo com muita gente… (2º parágrafo)
d) … público ativamente fotos de minhas fornadas… (2º parágrafo)
e) Não está na rede? (1º parágrafo)

Letra d.
Quando uma questão tem esse tipo de enunciado, o que o examinador deseja sa-
ber é se você consegue encontrar qual das alternativas apresenta objeto direto.
Isso só ocorre na letra d, pois o objeto direto do verbo “publico” é “fotos de minhas
jornadas”.

Questão 2    (2017/FCC/TRT 24ª REGIÃO) Está na voz passiva o verbo do seguinte
fragmento do texto:
a) É produzido com matérias primas da própria região… (2º parágrafo)
b) Essa cultura estadual retrata, também, uma mistura de várias outras contribui-
ções das muitas migrações… (1º parágrafo)
c) A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-cultu-
rais… (1º parágrafo)

d) O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no Mato

Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências culturais

do Estado. (2º parágrafo)

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e) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações

indígenas… (3º parágrafo)

Letra a.

Você precisa ser o tipo de candidato que sabe identificar a voz passiva (ou locução

verbal SER + PARTICÍPIO ou VERBO - SE), e isso só está na letra a (“é produzido”).

Questão 3    (2017/FCC/TRE-SP) A frase em que há emprego da voz passiva e em

que todas as formas verbais estão adequadamente correlacionadas é:

a) Um amigo de verdade seria sempre necessário para que fôssemos impelidos a

acreditar mais em nós mesmos.

b) A ausência do amigo seria uma lacuna insanável caso não venhamos a contar

com nossa memória, que nos povoa com imagens.

c) Ao passarmos a olhar as coisas com os olhos do amigo que perdemos, estaría-

mos convencidos do valor que déramos à sua perspectiva.

d) São falsos amigos aqueles que, em qualquer ocasião, passassem a desfiar elo-

gios quando, de fato, merecermos recriminações.

e) Teríamos tido decepções com alguns amigos se esperarmos que eles possam

nos oferecer todo o afeto de que precisássemos.

Letra a.

Primeiramente, vamos em busca da estrutura de voz passiva, que só aparece nas

letras a (“fôssemos impelidos”) e c (“estaríamos convencidos”). Mas a questão tam-

bém quer a correlação correta entre os verbos. Veja novamente a letra c. Quando

lemos a expressão “ao passarmos a olhar as coisas com os olhos do amigo que

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perdemos”, podemos entender que haverá uma consequência futura, mas o verbo

“estaríamos” está no futuro do pretérito. Isso desrespeita a lógica de correlação

entre as ações verbais. A correta correlação só ocorre na letra a.

Questão 4    (2016/FCC/PGE-MT) Está corretamente flexionada na voz passiva a

forma verbal sublinhada em:

a) Se não vir a ser respeitada, a posição do outro jamais fortalecerá a nossa.

b) Tendo sido respeitada nossa argumentação, como não respeitar a do outro?

c) Ele tinha submisso o outro pela força de seu preconceito, e não de sua razão.

d) Quando havermos de ser tolerantes, o outro será efetivamente considerado.

e) As razões que conter nossa argumentação devem ser claras e abertas.

Letra b.

Cuidado nessa questão! Na letra a, encontramos a locução verbal “ser respeitada”

(SER + PARTICÍPIO), mas o verbo “respeitada” não está destacada! Por isso o ga-

barito é a letra b.

Questão 5    (2016/FCC/PGE-MT) Pode ser transposta para a voz passiva apenas a

frase:

a) Um machado de pedra mais bem lascado, uma lança mais bem polida […] tor-

nam-se naturalmente mais agradáveis.

b) … a música é a menos organizada entre as artes, e a menos rica de possibilida-

des estéticas.

c) As artes da palavra, na poesia das lendas e mitos, […] se apresentam já bastan-

te aproveitadas…

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d) As artes manufaturadas e […] a dança atingem frequentemente […] uma verda-


deira virtuosidade.
e) … artes legítimas porque se sujeitaram a normas técnicas conscientemente de-
finidas…

Letra d.
Novamente, você está em busca de uma oração que esteja na voz ativa e apresen-
te um OD. A expressão “uma verdadeira virtuosidade” é o objeto direto do verbo
“atingem”.

Questão 6    (2016/FCC/TRT 20ª REGIÃO) Ao se flexionar adequadamente na voz


passiva, a forma verbal sublinhada concorda regularmente com seu sujeito em:
a) Tendo sido bem discriminadas, as questões de um escritor oferecem-se como
desafio a ser solucionado pelo leitor.
b) Por saberem expô-las a contento, o escritor oferece ao leitor questões agudas
e bastante desafiadoras.
c) A muitos leitores tem sensibilizado as obras desses dois grandes mestres da
literatura universal.
d) Ainda que muitas soluções cheguem a haver num texto literário, mais importante
é o processo pelo qual se apresentam.
e) É aceitável o paralelo que se propôs estabelecer o autor do texto, ao aproximar
os escritores referidos.

Letra a.

Na locução “tendo sido bem discriminadas”, há o verbo SER (“sido”) e o verbo no

PARTICÍPIO (“apresentadas”).

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Cuidado com a letra e. Apesar de haver o pronome “se”, podemos identificar que
“o autor do texto” pratica a ação de propor. Se há quem pratica a ação verbal, não
há partícula apassivadora.
Cuidado com a letra d! Sabemos que o verbo “haver”, com o sentido de existir,
é transitivo direto. Todavia, ele não admite a transposição para a voz passiva!

Questão 7    (2016/FCC/METRÔ-SP) Os países do eixo tinham desenvolvido sofisti-


cadas técnicas de comunicação criptografada…
A transposição da frase acima para a voz passiva tem como resultado a forma ver-
bal:
a) tinham sido desenvolvidos.
b) tinha sido desenvolvida.
c) desenvolveram-nas.
d) tinha desenvolvido.
e) tinham sido desenvolvidas.

Letra e.
Note que a frase que está na voz ativa já tem uma locução verbal (“tinham desen-
volvido”). Quando se faz uma voz passiva analítica de uma outra locução verbal,
forma-se uma locução com três verbos. O objeto direto da oração original é “sofisti-
cadas técnicas de comunicação criptografada”, cujo núcleo é o vocábulo “técnicas”.
Como, na voz passiva, o objeto direto se torna sujeito paciente, o verbo no particí-

pio deve ficar no feminino plural, o que só ocorre na letra e.

Questão 8    (2016/FCC/AL-MS) no guichê devolveria os documentos às crianças em

meia hora. Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal correta a

ser empregada é:

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a) iria devolver.

b) haveriam de ser devolvidos.

c) seriam devolvidos.

d) devolverá.

e) serão devolvidos.

Letra c.

A oração original, que está na voz ativa, tem como OD a expressão “os documen-

tos”. Você também deve observar que o verbo “devolveria” está no futuro do pre-

térito. Para manter o mesmo tempo e modo verbal, a opção correta é a letra c. Na

letra e, o verbo está no futuro do presente.

Questão 9    (2016/FCC/AL-MS) Na transposição da frase dada para a voz passiva,

a correta forma verbal resultante é a que está indicada em:

a) O servidor público eficiente desperta o reconhecimento dos cidadãos = tem

despertado.

b) O Mercado atenderia apenas as exigências do livre comércio = seriam atendi-

das.

c) Um funcionário está sempre representando uma mediação entre o Estado e o

público = sendo representado.

d) Os melhores servidores justificam todas as garantias de sua função = têm sido

justificadas.

e) Os servidores encarnam um importante vínculo entre o Estado e o povo = vem

encarnando.

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Letra b.

Primeiramente, perceba que só existem opções com SER + PARTICÍPIO nas letras

b, c e d.

Na letra c, o correto seria uma mediação entre o Estado e o público está sendo re-

presentada.

Na letra d, o correto seria todas as garantias de sua função são justificadas.

Questão 10    (2016/FCC/SEGEP-MA) Mas não nos iludamos. (7º parágrafo)

Reescrevendo-se a frase acima com a forma verbal na voz passiva, a construção

correspondente deverá ser:

a) Mas não nos deixemos iludir.

b) Mas não somos iludidos.

c) Mas não nos iludam.

d) Mas não sejamos iludidos.

e) Mas não seremos iludido.

Letra d.

Veja que a forma verbal “iludamos” está no presente do subjuntivo. Logo, você

deve encontrar uma alternativa que apresente o mesmo tempo e modo verbal.

Com a estrutura correta de voz passiva, isso só ocorre na letra d.

Questão 11    (2016/FCC/SEGEP-MA) E, depois da Segunda Guerra Mundial, os avan-

ços da medicina no tratamento das enfermidades cardiovasculares e do câncer pro-

moveram um ganho para os adultos. (4º parágrafo)

Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:

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a) são promovidos.
b) era promovido.
c) promovem-se
d) foi promovido.
e) foram promovidos.

Letra d.
A forma verbal “promoveram” tem como objeto direto a expressão “um ganho para
os adultos”. Na voz passiva, em que o objeto direto se torna sujeito paciente, a cor-
reta concordância é “um ganho… foi promovido”.

Questão 12    (2016/FCC/SEGEP-MA) Está plenamente correta a transposição de


uma construção verbal da voz ativa para a voz passiva em:
a) de onde vêm as anedotas? // de onde terão vindo as anedotas?
b) o enigma da criação da anedota se compara ao da criação da matéria // o enig-
ma da criação da anedota é comparável ao da matéria
c) humoristas profissionais não criariam as anedotas // as anedotas não seriam
criadas por humoristas profissionais
d) o sucesso de uma anedota está em quem a conta // quem conta uma anedota
é que faz seu sucesso
e) um computador pode escrever romances, mas não anedotas // não anedotas,
mas romances poderiam ser escritos por um computador

Letra c.

Primeiramente, só há estrutura de voz passiva na letra c (“seriam criadas”) e na

letra e (“poderiam ser escritos”). Mas, nesta alternativa, a transposição não respeitou

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o tempo e o modo verbal, pois “pode escrever” é presente do indicativo, e “pode-


riam ser escritos” é futuro do pretérito. Na letra c, as duas construções apresentam
verbos no futuro do pretérito.

Questão 13    (2016/FCC/SEGEP-MA) Nabiré representava 20% dos rinocerontes-


-brancos-do-norte ainda vivos.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
a) representa-se
b) era representado
c) são representados
d) foi representado
e) eram representados

Letra e.
O objeto direto do verbo “representava” é “20% dos rinocerontes-brancos-do-norte
ainda vivos”. Ainda é preciso observar que o verbo está no pretérito imperfeito do
indicativo (que só ocorre também nas letras b e e); mas, na letra b, o verbo está

no singular, o que desrespeitaria a concordância verbal.

Questão 14    (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI) Uma equipe de pesquisa-

dores da Universidade de Yale, nos EUA, vem testando diferentes espécies de fun-

gos com potencial de decomposição de diferentes tipos de plástico. (3º parágrafo)

Ao transpor-se para a voz passiva a expressão sublinhada, a forma verbal resul-

tante será:

a) está sendo testado

b) tem sido testadas

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c) estão sendo testados

d) vêm sendo testadas

e) vem sendo testados

Letra d.

Você não pode se esquecer de que, novamente, teremos uma voz passiva analítica

formada por uma locução verbal de três verbos. O objeto direto da oração inicial é

“diferentes espécies de fungos com potencial de decomposição de diferentes tipos

de plástico”, cujo núcleo é “espécies”. Na voz passiva analítica, o correto é “diferen-

tes espécies… vêm (com acento, por ser plural) sendo testadas”.

Questão 15    (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI) Desse modo, festas, arte-

sanatos, lendas, formas musicais, dança, culinária articulam simbolicamente con-

cepções coletivas de sociedade. (5º parágrafo)

Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:

a) tinha sido articulada.

b) são articuladas.

c) foi articulado.

d) são articulados.

e) eram articuladas.

Letra b.

O objeto direto do verbo “articulam” é “concepções coletivas de sociedade”, cujo

núcleo é “concepções”. A voz passiva analítica correta é “concepções… são articu-

ladas” (para manter o presente do indicativo).

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Questão 16    (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI) O segmento que admite

transposição para a voz passiva está em:

a) … o Brasil conta com uma das melhores jogadoras de futebol…

b) … os estereótipos de gênero funcionam como um freio…

Apesar de haver registros sobre equipes femininas…

c) Marta Vieira da Silva recebeu cinco vezes o título de melhor jogadora…

d) … sob a alegação de que era uma atividade violenta demais…

Letra d.

Basta encontrar a alternativa que apresenta objeto direto. Na letra d, o OD do ver-

bo “recebeu” é “o título de melhor jogadora”.

Questão 17    (2016/FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI) Um verbo que, no contex-

to, pode ser transposto para a voz passiva está sublinhado em:

a) Ele se dedica justamente àquilo que, anestesiados pela ideia de normalidade,

evitamos. (4º parágrafo)

b) Van Gogh teve um psiquiatra que, adepto da segunda hipótese, pensou em

“curá-lo” da pintura. (2º parágrafo)

c) Van Gogh compartilhou, por três meses, uma casa com o pintor Paul Gauguin.

(1º parágrafo)

d) Mas os escritores, não: eles preferem sangrar mãos e pés, e bordejar o abismo,

a sucumbir. (5º parágrafo)

e) De certa forma, em consequência, todo escritor escreve “contra si”. (6º pará-

grafo)

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Letra c.

Basta encontrar a alternativa que apresenta objeto direto. O OD do verbo “compar-

tilhou” é “uma casa”.

Questão 18    (2016/FCC/COPERGÁS-PE) O segmento do texto reescrito correta-

mente com a forma verbal sublinhada na voz passiva correspondente está em:

a) A vida na Terra enfrenta perigos astronômicos… (4º parágrafo) / Perigos astro-

nômicos são enfrentados pela vida na Terra…

b) Não é sábio manter todos os novos ovos em uma cesta frágil… (4º parágrafo) /

Não é sábio que se mantesse todos os novos ovos em uma cesta frágil…

c) Mas antes de projetar naves espaciais… (3º parágrafo) / Mas antes que projeta-

rão-se naves espaciais…

d) Uma prioridade é desenvolver câmeras, instrumentos e sensores em miniatura.

(3º parágrafo) / Uma prioridade é ser desenvolvido câmeras, instrumentos e sen-

sores em miniatura.

e) … mas ainda enfrenta barreiras tecnológicas. (2º parágrafo) /… mas ainda en-

frentaram-se barreiras tecnológicas.

Letra a.

Em todas as alternativas, há, na reescrita, uma possibilidade estrutural de voz pas-

siva. Teremos de encontrar qual delas foi empregada incorretamente. Na letra a,

a voz passiva analítica foi formada corretamente. Na letra b, o correto seria que se

mantivessem; na letra c, mas antes de naves espaciais serem projetadas; na letra

d, serem desenvolvidas; na letra e, mas ainda se enfrentam barreiras.

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Questão 19    (2016/FCC/COPERGÁS-PE) Transpondo-se para a voz passiva a fra-

se Um dos guardas seguia a velhinha para que a flagrasse como contrabandista,

as formas verbais resultantes deverão ser

a) era seguida − fosse flagrada

b) tinha seguido − vir a flagrá-la

c) tinha sido seguida − se flagrasse

d) estava seguindo − se tivesse flagrado

e) teria seguido − tivesse sido flagrada

Letra a.

Na frase original, os objetos diretos são “a velhinha” e “a” (pronome oblíquo átono,

que retoma “a velhinha”).

Na voz passiva, o correto seria “a velhinha era seguida por um dos guardas para

que ela fosse flagrada como contrabandista”.

Questão 20    (2016/FCC/TRF 3ª REGIÃO) A frase que NÃO admite transposição

para a voz passiva encontra-se em:

a) … o acesso das obras a um status estético que as exalta. (2º parágrafo)

b) … elas protestam contra os fatos da realidade, os poderes… (1ºparágrafo)

c) Muitas obras antigas celebram vitórias militares e conquistas… (1ºparágrafo)

d) O museu, por retirar as obras de sua origem… (3º parágrafo)

e) … a crítica mais comum contra o museu apresenta-o… (3º parágrafo)

Letra b.

Você, agora, deve encontrar a alternativa que NÃO apresenta OD. Na letra B, o ver-

bo “protestam” é VTI, e o OI é “contra os fatos da realidade”.

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Questão 21    (2017/SE-DF) “Quando a gente compreende a infância, a criança,

é possível pensar em uma estratégia para melhor atender o aluno”.

Seria mantido o sentido original do texto caso o termo ‘a gente’, fosse substituído

por se.

Certo.

Questão da banca Cespe que exige o conhecimento gramatical e a interpretação

do texto. Ao dizer “quando a gente compreende a infância”, o termo “a gente” é

interpretado em sentido genérico, sem a intenção de gerar uma particularização.

Ao fazer a substituição sugerida pela questão (quando se compreende a infância),

a interpretação genérica é mantida. Cabe ressaltar que, na reescrita, o pronome é

uma partícula apassivadora, e “a infância” passa a ser o sujeito paciente.

Questão 22    (2017/SE-DF) Seriam mantidos a correção gramatical e o sentido ori-

ginal do texto se o trecho “São duas gramáticas distintas”, fosse reescrito da se-

guinte forma: Tratam-se de duas gramáticas diferentes.

Errado.

A reescrita está incorreta na concordância verbal, pois o verbo é transitivo indireto,

a expressão “de duas gramáticas diferentes” é o OI, e o pronome “se” é um índice

de indeterminação do sujeito. O verbo deveria estar no singular.

Questão 23    (2017/SE-DF) Por isso, a universidade, como instituição pública, pode

assumir a função de garantir o efetivo caráter público de que, em princípio, se re-

vestem os bens de cultura historicamente legados ao presente.

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Seria mantida a correção gramatical do texto caso a partícula “se”, no trecho “em

princípio, se revestem”, fosse suprimida.

Errado.

Na construção original, devido à presença da partícula apassivadora, o verbo “re-

vestem” está no plural para concordar com o sujeito paciente “os bens de cultura”.

Ao retirar a partícula apassivadora, o que era sujeito paciente passa a ser objeto

direto. O verbo deveria, com a alteração, concordar com “universidade”. Por isso,

o verbo deveria passar ao singular, e não permanecer no plural.

Questão 24    (2016/TCE-PA) Tratando-se do dever de prestar contas anuais, cabe,

inicialmente, verificar como tal obrigação está preceituada no ordenamento jurídi-

co. A Constituição Federal prevê que cabe ao presidente prestar contas anualmente

ao Poder Legislativo. Por simetria, tal obrigação estende-se ao governador do esta-

do e aos prefeitos municipais.

Sem prejuízo da correção gramatical, o trecho “estende-se”, poderia ser substituído

por é estendida.

Certo.

No texto original, o sujeito paciente da voz passiva sintética “estende-se” é “tal

obrigação”. Ao passar para a voz passiva analítica, o correto é tal obrigação é es-

tendida.

Questão 25    (2016/PERITO/PE) Estabelecer o momento da morte é situá-la no

tempo e, para situar um acontecimento no tempo, é preciso que se tenha um

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conceito claro do que seja tempo. Fugindo das conceituações matemáticas ou filo-

sóficas de tempo, pragmaticamente aceitamos a conceituação popular de tempo,

isto é, a grandeza que se mede em minutos, horas, dias, meses ou anos.

No texto CG1A01AAA, a partícula “se”, em “a grandeza que se mede em minutos,

horas, dias, meses ou anos”, classifica-se como

a) parte integrante de verbo.

b) pronome reflexivo recíproco.

c) pronome apassivador.

d) palavra expletiva.

e) índice de indeterminação do sujeito.

Letra c.

Com a transposição para a voz passiva analítica – a grandeza que é medida em

minutos… – fica fácil perceber que a oração está na voz passiva, e o “se” é uma PA.

Questão 26    (2016/INSS) Pena ganhou evidência como comediógrafo a partir de

1838, ano em que foi encenada sua peça O Juiz de Paz na Roça. Embora tenha pro-

duzido alguns dramas (que lhe renderam duras críticas), destacou-se de fato pelas

suas comédias e farsas, nas quais retratou a cultura e os costumes da sociedade

do seu tempo.

A substituição de “destacou-se”, por foi destacado prejudicaria o sentido original

do período.

Certo.

Primeiramente, note que, segundo o texto, há quem pratica a ação de destacar:

“Pena”. Por isso, sabemos que o pronome “se” não pode ser PA ou IIS. Se não pode

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ser PA, não há voz passiva sintética; se não há voz passiva sintética, não há trans-

posição para a voz passiva analítica! Nesse caso, o pronome é uma parte integrante

do verbo.

Questão 27    (2016/TRE-PI) Em suma, deve-se atentar para o fato de que a exis-

tência de referências comuns entre os indivíduos pode interferir em sua ação polí-

tica, direcionando-a em um mesmo sentido.

A partícula “se”, em “deve-se”, classifica-se como pronome apassivador.

Errado.

Eu te pergunto: como o “se” será PA se não há sujeito paciente? Nesse caso, o pro-

nome é um IIS.

Questão 28    (2017/TRE-PI) Nossas mensagens e documentos agora são digitais:

encaminhadas em segundos, ao clicar de uma tecla, ao toque dos dedos ou em

resposta a um comando de voz, materializam-se diante dos nossos olhos em telas,

telinhas e telonas do computador, do tablet, do celular e até do relógio de pulso.

A partícula “se”, em “materializam-se”, classifica-se como pronome apassivador.

Errado.

Basta perceber o sentido do verbo: dizer que “nossas mensagens e documentos…

se materializam” é o mesmo que dizer que nossas mensagens e documentos apa-

recem. Portanto, o sujeito pratica a ação verbal. O pronome é uma parte integrante

do verbo.

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Questão 29    (2016/TRE-PI) Em municípios de Pernambuco, até meados de no-

vembro do ano passado, haviam sido registrados 141 casos suspeitos da referida

malformação congênita.

A coerência e a correção gramatical do texto seriam mantidas caso se substituísse

“haviam sido registrados”, por registrou-se.

Errado.

Por ser uma locução verbal com três verbos, a transposição para a voz passiva ana-

lítica exige o emprego de dois verbos. O correto é haviam se registrado.

Questão 30    (2016/DPU) O surgimento de lides provenientes das inúmeras formas

de relação jurídica então existentes — e o chamamento da jurisdição para resolver

essas contendas — já dava início a situações em que constantemente as partes se

viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das demandas.

Em “as partes se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais

das demandas”, a partícula “se” foi empregada no sentido de umas às outras.

Errado.

O sentido não é de reciprocidade, mas de reflexividade. Portanto, a ideia é de que

as partes viam a si mesmas.

Questão 31    (2015/TJ-DFT) O processo judicial restaura a verdade dos fatos.

O agressor é sentado no banco dos réus e é tratado como tal. A vítima tem o di-

reito de expor a dor, o sofrimento e exigir a reparação devida. Muitas vezes não

se persegue o encarceramento do agressor, mas apenas a responsabilização pelos

atos, de natureza cível ou criminal.

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Em “não se persegue”, a partícula “se” está empregada como um recurso para in-

determinar o sujeito.

Errado.

O pronome é uma partícula apassivadora, uma vez que “o encarceramento do

agressor” é o sujeito paciente.

Questão 32    (2015/TRE-RS) Nesse tipo de fraude, um eleitor, valendo-se da de-

satenção ou mesmo da conivência dos componentes da mesa, deixa de depositar

a cédula na urna, colocando, em seu lugar, algum pedaço de papel assemelhado.

A partícula “se”, em “valendo-se”, classifica-se como pronome reflexivo.

Errado.

Para que haja reflexividade, devemos encontrar uma ação verbal que possa ser

praticada em outrem, mas que, em função do pronome, recai sobre o próprio su-

jeito (o que não ocorre no texto em questão). O pronome é uma parte integrante

do verbo.

Questão 33    (2015/TRE-MT) A par disso, quando se pensa no processo eleitoral —

embora logo venha à cabeça a figura dos candidatos, partidos e coligações como

sujeitos de uma trama que é ordinariamente vigiada por eles próprios e por órgãos

estatais. […]

Ademais, em segundo plano, tal atribuição fiscalizatória advém dos preceitos mo-

rais que impõem a necessidade de contenção dos vícios eleitorais.

Os termos “por órgãos estatais”, e “dos preceitos morais”, exercem a função de

complemento verbal nos períodos em que ocorrem.

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Errado.

“Dos preceitos morais” é realmente um objeto indireto, mas “por órgãos estatais”

(assim como “por eles próprios”) exerce a função de agente da passiva. Basta no-

tar a construção de voz passiva analítica marcada pelo verbo “é” (SER) e “vigiada”

(PARTICÍPIO).

Questão 34    (2015/TRE-MT) Muitas vezes, verifica-se a existência de matas e de

estradas rurais em condições ruins ou onde é necessário o uso de barcos para che-

gar à seção eleitoral.

[…]

Quando, na CF, estabeleceu-se o voto obrigatório para maiores de dezoito anos e

facultativo para analfabetos, maiores de setenta e menores de dezoito anos, não

quis o legislador declarar a incapacidade dessa classe de cidadãos.

Os termos “o uso de barcos” e “o voto obrigatório” desempenham a mesma função

sintática nas orações em que ocorrem.

Certo.

No primeiro caso, note: o que é necessário? “O uso de barcos”. No segundo caso,

“o voto obrigatório para maiores de dezoito anos e facultativo para analfabetos” é

o sujeito paciente de “estabeleceu-se”, uma vez que o pronome é PA.

Questão 35    (2013/TRT 10ª REGIÃO) Com isso, surgiram então as comissões mis-

tas de conciliação, cuja função era conciliar os dissídios coletivos, e, no mesmo

momento, criaram-se as juntas de conciliação e julgamento, que conciliavam e

julgavam os dissídios individuais do trabalho.

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Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “criaram-se”, por fo-

ram criadas.

Certo.

Primeiramente, precisamos entender que, em “criaram-se”, o pronome é PA, e o

verbo está no plural para concordar com “as juntas de conciliação e julgamento”.

Trocar por “foram criadas” significa transpor a oração da voz passiva sintética para

a voz passiva analítica.

Questão 36    (2011/TJ-ES) Depois de ler, ficou comparando os príncipes descritos

por Maquiavel com líderes do tráfico.

No trecho “descritos por Maquiavel”, a expressão “por Maquiavel” designa o agente

da ação expressa pela forma nominal “descritos”.

Certo.

Pela estrutura textual, podemos perceber que há uma estrutura implícita: “Depois

de ler, ficou comparando os príncipes que foram descritos por Maquiavel com líde-

res do tráfico”. Estamos diante de uma voz passiva analítica, e “por Maquiavel” é o

agente da passiva, que é o responsável por praticar a ação verbal na VPA.

Questão 37    (2015/MPOG) Assim, implementou-se a administração gerencial e,

para isso, foi necessário que os agentes públicos mudassem suas posturas e se

adequassem para desenvolver a nova gestão pública.

A correção gramatical do período seria preservada ao se substituir “implementou-

-se”, por foi implementada.

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Certo.

“A administração gerencial” é o sujeito paciente de “implementou-se”, uma vez que

o pronome “se” é uma partícula apassivadora. O que a questão sugeriu foi apenas

a transposição da VPS para a VPA.

Questão 38    (2015/MPU) Só no Império, em 1832, com o Código de Processo Penal

do Império, iniciou-se a sistematização das ações do Ministério Público.

Caso se substituísse “iniciou-se”, por foi iniciada, a correção gramatical do período

seria prejudicada.

Errado.

Na forma verbal “iniciou-se”, o pronome é uma partícula apassivadora, e o sujeito

paciente é “a sistematização das ações do Ministério Público”. Com a transposição

para a VPA, o correto seria foi iniciada a sistematização das ações do ministério

público. Por isso, a substituição não prejudica a correção gramatical.

Questão 39    (2014/ANATEL) Nesse período, eram usadas tochas com fibras torci-

das e impregnadas com material inflamável.

O trecho “eram usadas tochas”, poderia ser corretamente reescrito como usavam-

-se tochas.

Certo.

Agora, a questão sugere a transposição da VPA para a VPS. A concordância verbal

com o sujeito paciente foi mantida, bem como o tempo e o modo do verbo (preté-

rito imperfeito do indicativo).

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Questão 40    (2014/CD) Assim, as frentes frias, antes fortemente presas naquela

região, dissipam-se para latitudes mais baixas, o que faz com que o frio polar che-

gue aos Estados Unidos da América, por exemplo.

No trecho “dissipam-se para latitudes mais baixas”, a partícula “se” tem função

apassivadora.

Certo.

Quando o texto afirma que as frentes frias se dissipam, é o mesmo que dizer que

elas são dissipadas. Algo fazer com que essas frentes frias se dissipem. Temos,

portanto, claramente, um ambiente de voz passiva.

Questão 41    (2013/STF) E o mesmo se aplica aos meus parceiros na comunicação

via ciberespaço. Não há como ter certeza de quem sejam, de que sejam “realmen-

te” como se descrevem.

Na linha 25, o termo “se” exerce função de pronome apassivador da forma verbal

“descrevem”.

Errado.

Segundo o texto, podemos entender que não há como ter certeza de como eles se

descrevem (descrevem a si mesmos). O pronome é reflexivo.

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QUESTÕES DE CONCURSO – LISTA III


Questão 1    (2017/VUNESP/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP/FARMACÊUTICO)
Leia um trecho da entrevista com o psiquiatra Miguel Chalub, para responder à
questão.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que a depressão será a doença mais
comum do mundo em 2030 – atualmente, 121 milhões de pessoas sofrem do pro-
blema.
Para o psiquiatra Miguel Chalub, há um certo exagero nessas contas. Ele defende
que tanto os pacientes quanto os médicos estão confundindo tristeza com depres-
são. Ele afirma que os psiquiatras são os que menos receitam antidepressivos, por-
que estão mais preparados para reconhecer as diferenças entre a “tristeza normal
e a patológica”.
ISTOÉ: Por que tantas previsões alarmantes sobre o aumento da depressão no
mundo?
Miguel Chalub: Porque estão sendo computadas situações humanas de luto, de
tristeza, de aborrecimento, de tédio. Não se pode mais ficar entediado, aborrecido,
chateado, porque isso é imediatamente transformado em depressão. É a medicali-
zação de uma condição humana, a tristeza. É transformar um sentimento normal,
que todos nós devemos ter, dependendo das situações, numa entidade patológica.
ISTOÉ: A que se deve essa mudança?
Miguel Chalub: Primeiro, a uma busca pela felicidade. Qualquer coisa que possa
atrapalhá-la tem que ser chamada de doença, porque, aí, justifica: “Eu não sou fe-
liz porque estou doente, não porque fiz opções erradas.” Dou uma desculpa a mim
mesmo. Segundo, à tendência de achar que o remédio vai corrigir qualquer dis-
torção humana. É a busca pela pílula da felicidade. Eu não preciso mais ser infeliz.

ISTOÉ: O que diferencia a tristeza normal da patológica?

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Miguel Chalub: A intensidade. A tristeza patológica é muito mais intensa. A normal


é um estado de espírito. Além disso, a patológica é longa.

(Adriana Prado. https://istoe.com.br/74405_O+HOMEM+NAO+ACEITA+MAIS+FICAR+TRISTE+/


Publicado em 26/05/2010. Adaptado.)

Considerando a expressão destacada no trecho selecionado do texto, assinale a


alternativa que apresenta, entre parênteses, o pronome e sua colocação aplicados
em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.
a) Chalub defende que tanto pacientes quanto médicos estão confundindo triste-
za... (a estão confundindo)
b) Ele afirma que os psiquiatras são os que menos receitam antidepressivos...
(são os que menos receitam-lhes)
c) ... porque estão mais preparados para reconhecer as diferenças... (para a re-
conhecer)
d) é transformar um sentimento normal... (é lhe transformar)
e) ... achar que o remédio vai corrigir qualquer distorção humana... (vai corri-
gir-lhe)

Questão 2    (2017/VUNESP/TCE-SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO) Leia a charge para


responder à questão.

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Em conformidade com a norma-padrão, a frase do marido também poderia ser ex-

pressa da seguinte forma:

a) Então, eu acertei ele com uma chinelada!

b) Então, por acaso eu não acertei-o com uma chinelada!

c) Então, eu o acertei com uma chinelada!

d) Lhe acertei mesmo uma chinelada, então!

e) Este relógio aí, eu acertei-no com uma chinelada, então!

Questão 3    (2017/VUNESP/TCE-SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO) Assinale a alter-

nativa em que a frase – Tampouco se deve imaginar que basta uma lei para alterar

o status quo. (7º parágrafo) – está reescrita de acordo com a norma-padrão de

colocação pronominal e tem sentido compatível com o original.

a) Nem imagine-se que uma lei possa alterar tão pouco o status quo.

b) Não se deve imaginar, também, que basta uma lei para alterar o status quo.

c) Se deve imaginar o quanto uma lei pode alterar o status quo.

d) Deve-se imaginar que uma lei basta, muito menos, para alterar o status quo.

e) Não deve-se imaginar que pelo menos uma lei basta para alterar o status quo.

Questão 4    (2017/VUNESP/PREFEITURA DE MARÍLIA-SP/AUXILIAR) Voluntários

respondem a cartas enviadas para Julieta

Junto à Casa de Julieta fica a sala do Clube de Julieta. O projeto existe oficialmen-

te faz 30 anos e tem voluntários para responder, em diversas línguas, a cartas envia-

das de todo o mundo para Julieta, conhecida personagem da obra de Shakespeare.

As cartas normalmente são tristes e sobre problemas em relacionamentos amo-

rosos. Afinal, por mais que a famosa história seja romântica, também é bastante

trágica.

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Para os casos mais delicados, envolvendo, por exemplo, risco de suicídio, o clu-
be tem a contribuição de um médico especialista.
Desde os anos de 1930, cartas são enviadas a Verona; mas só nos anos de 1980
a entidade foi criada oficialmente com apoio do governo.
O projeto ficou ainda mais famoso com o filme “Cartas para Julieta” (2010), em
que a protagonista se junta aos voluntários do grupo e tenta ajudar pessoalmente
a mulher a quem aconselhou. No ano que se seguiu ao filme, quase 4.000 cartas
foram recebidas, segundo o Clube.
Há caixas de correio e computadores na Casa de Julieta para enviar mensagens.
Por outro lado, uma placa na entrada alerta que escrever nas paredes – a exemplo
de inúmeras pichações no hall de entrada – pode ser punido com multa de até €
1.039 ou prisão por até um ano.
(MK. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2909201111.htm. Adaptado)

Com o sucesso do filme “Cartas para Julieta”, o Clube recebeu inúmeras cartas e
prontamente enviou a todos os remetentes respostas detalhadas.
Os pronomes substituem corretamente as expressões destacadas na frase e respei-
tam a colocação pronominal estabelecida pela norma-padrão na alternativa:
a) recebeu-as … as enviou
b) recebeu-as … lhes enviou
c) as recebeu … enviou-as
d) lhes recebeu … lhes enviou
e) recebeu-lhes … as enviou

Questão 5    (2017/VUNESP/PREFEITURA DE MARÍLIA-SP/PROCURADOR JURÍDICO)

Rubem Braga e Mário de Andrade, dois bicudos que não se davam

Qual a razão da desavença entre Rubem Braga e Mário de Andrade, dois dos

mais influentes escritores brasileiros do século 20? Era sabido que os bicudos jamais

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se beijaram, e a leitura de “Os Moços Cantam & Outras Crônicas Sobre Música” –

um dos três títulos de uma caixa recém-lançada – põe mais lenha na fogueira da

vaidade literária.

Em texto que permanecia inédito em livro, publicado em 1957 no “Diário de

Notícias”, Rubem Braga conta que, em cartas, o autor modernista se referia a ele

como “asa negra da minha vida”. Macabro, não?

O cronista desconfia que a hostilidade começou durante a Revolução de 1932.

Com 19 anos, Braga cobriu a revolta armada contra Getúlio Vargas, chegando a ser

preso como espião. O paulista não teria gostado do tom irônico das reportagens.

Um ano depois, os dois se encontraram na redação do jornal “Diário de São Paulo”.

Braga, que ocupava a mesa ao lado daquela em que Mário vinha à noite escrever

sua crítica de música, tentou uma aproximação – mas não foi bem recebido.

Já tendo se transformado no velho Braga, com as vastas sobrancelhas e o bigo-

de em forma de trapézio que lhe conferiam um ar ainda mais carrancudo, o “Sabiá

da Crônica” não poupou bicadas: “Em assuntos de amizade, tenho horror dessa

história de ‘trocar de bem’ e ‘trocar de mal’, e o maior tédio a confissões, acertos

de conta, explicações sentimentais com homens”.

O fato é que Rubem Braga foi, entre os jovens intelectuais dos anos 1930, o

único que não recebeu uma carta do guru Mário de Andrade. Se tivessem trocado

um bilhetinho que seja, poderiam ter sido amigos. Ao menos, por correspondência.
(Álvaro Costa e Silva. Folha de S.Paulo, 11/10/2016. Adaptado)

Quanto à regência padrão, a expressão destacada em – … o autor modernista se re-

feria a ele como “asa negra da minha vida”. – está corretamente substituída por:

a) o atribuía a alcunha

b) o concedia o apelido

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c) lhe classificava de

d) lhe chamava de

e) o denominava de

Questão 6    (2017/VUNESP/PREFEITURA DE ITANHAÉM-SP/FISIOTERAPEUTA) A

quem pertence um país e quem tem o direito de morar nele?

Com um passado incomparável e camadas históricas extraordinariamente varia-

das, inclusive em seus momentos de fluxo e refluxo populacional, a Itália já fechou

o debate. A lotação está esgotada. Foram mais de 180000 pessoas, na maioria ab-

soluta vindas da África, no ano passado. Até organizações humanitárias dizem que

não dá mais para acomodar gente em cidadezinhas minúsculas, vilarejos medievais

ou bairros distantes de uma metrópole como Roma.

As ondas humanas criaram situações sem precedentes. As ONGs para as quais

sempre cabem muitos mais tornaram-se colaboradoras dos traficantes que ganham

com o comércio de gente, um escândalo ético espantoso. Começaram a fazer o

bem e se transformaram em parte integrante de um processo de imensa perver-

sidade, cujos promotores praticam abusos indescritíveis. Embora cruel, o sistema

é de uma eficiência impressionante. Até os botes de borracha, cujos passageiros

pagam para ser resgatados por navios de ONGs, da Marinha italiana ou de outros

países europeus, são fabricados especificamente para esse tipo de transporte. Cada

passagem custa por volta de 1500 euros, ou 5500 reais. O negócio foi calculado em

390 milhões de dólares no ano passado.

A questão dos grandes deslocamentos humanos vindos do mundo pobre, en-

crencado, conflagrado ou simplesmente com menos benefícios sociais, em direção

ao mundo rico, já provocou conhecidas reações políticas, das quais a mais estrondo-

sa foi a eleição de Donald Trump. A palavra-chave no fenômeno atual é benefícios.

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Ao contrário dos imigrantes que vieram para o Novo Mundo, entre os quais tantos
de nossos antepassados, com uma malinha, muitos carimbos nos documentos e
esperança de emprego, as ondas humanas atuais chegam aos países ricos com
abrigo, saúde e educação providos pelo Estado de bem-estar social. Organizações
supranacionais, como a própria União Europeia, também têm verbas para dar ga-
rantias inimagináveis pelos imigrantes do passado. O problema, como sabemos, é
que o dinheiro não aparece magicamente nos cofres dos Estados ou seus avatares.
(Vilma Gryzinski, Lotou ou ainda cabe mais? Veja, 26/07/2017. Adaptado) Consi-
dere a seguinte passagem do texto:
Começaram a fazer o bem e se transformaram em parte integrante de um processo
de imensa perversidade, cujos promotores praticam abusos indescritíveis.
Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado de acordo com a norma-
-padrão de regência verbal e colocação pronominal, além de manter coerência com
o sentido do original.
a) Principiaram por fazer o bem; transformaram-se, porém, em parte que integra
um processo...
b) Iniciaram de fazer o bem, enquanto transformaram-se em parte a qual integra
a um processo...
c) Principiaram a fazer o bem; tanto que se transformaram em parte da qual inte-
gra um processo...
d) Iniciaram por fazer o bem, se transformaram, pois, em parte na qual integra um
processo...
e) Principiaram em fazer o bem; tão logo se transformaram em parte em que in-
tegra um processo...

Questão 7    (2017/VUNESP/CÂMARA DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE ITANHAÉM-SP/

ASSISTENTE LEGISLATIVO) Assinale a alternativa em que os verbos conjugados e

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a colocação dos pronomes em destaque apresentam-se de acordo com a norma-

-padrão.
a) Se eu vir uma mulher vindo em minha direção, não me desviarei dela.
b) Me esforcei para que a mulher me visse e se desviava de mim.
c) Talvez eu tinha evitado o choque se tinha desviado-me da mulher.
d) Desviem-se das pessoas quando verem que elas vêm em sua direção.
e) Se nos vermos diante de uma pessoa distraída, evitaremos colidir com ela.

Questão 8    (2017/VUNESP/CÂMARA DE PORTO FERREIRA-SP/ASSESSOR DE IM-


PRENSA)
Ao mar

Choveu dias e depois amanheceu. Joel chegou à janela e olhou o quintal: estava
tudo inundado! Joel vestiu-se rapidamente, disse adeus à mãe, embarcou numa
tábua e pôs-se a remar. Hasteou no mastro uma bandeira com a estrela de David...
O barco navegava mansamente. As noites se sucediam, estreladas. No cesto de
gávea* Joel vigiava e pensava em todos os esplêndidos aventureiros.
– A la mar! A la mar! – gritava Joel entoando cânticos ancestrais. Despertando
pela manhã, alimentava-se de peixes exóticos; escrevia no diário de bordo e ficava
a contemplar as ilhas. Os nativos viam-no passar – um ser taciturno, distante, nas
águas, distante do céu. Certa vez – uma tempestade! Durou sete horas. Mas não
o venceu, não o venceu!
E os monstros? Que dizer deles, se nunca ninguém os viu?

Joel remava afanosamente; às vezes, parava só para comer e escrever no diá-

rio de bordo. Um dia, disse em voz alta: “Mar, animal rumorejante!” Achou bonita

esta frase; até anotou no diário. Depois, nunca mais falou. À noite, Joel sonhava

com barcos e mares, e ares e céus, e ventos e prantos, e rostos escuros, monstros

soturnos. Que dizer destes monstros, se nunca ninguém os viu?

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Joel, vem almoçar! – gritava a mãe.

Joel viajava ao largo; perto da África.


(Moacyr Scliar, os melhores contos. Adaptado)

*lugar, no topo dos mastros de embarcações antigas, de onde um marinheiro pers-

crutava o horizonte, para avistar terra

Quanto à colocação pronominal, as orações – Joel vestiu-se rapidamente... –; – As

noites se sucediam, estreladas. – e – Achou bonita esta frase [...]. Depois, nunca

mais falou. – estão reescritas, correta e respectivamente, em:

a) Rapidamente se vestiu Joel... / Sucediam-se, estreladas, as noites. / Achou bo-

nita esta frase [...]. Depois, nunca mais a falou.

b) Se vestiu Joel rapidamente... / As noites, estreladas, sucediam-se. / Achou bo-

nita esta frase [...]. Depois, nunca mais falou-a.

c) Joel, rapidamente, se vestiu... / Se sucediam as noites, estreladas. / Achou bo-

nita esta frase [...]. Depois, nunca mais a falou.

d) Vestiu-se, rapidamente, Joel... / Sucediam-se, estreladas, as noites. / Achou

bonita esta frase [...]. Depois, nunca mais falou-a.

e) Joel rapidamente vestiu-se... / Estreladas, se sucediam as noites / Achou bonita

esta frase [...]. Depois, nunca mais falou-a.

Questão 9    (2017/VUNESP/IPRESB-SP/ASSISTENTE PREVIDENCIÁRIO)

A idade das palavras

Já cansei de ver gente madura falando gíria para parecer jovem. O trágico é

que, em geral, a gíria é velha, daí que é terrível ver uma senhora madura e plasti-

ficada dizendo “Eu sou prafrentex!”.

Esse termo foi usado nos anos 60 para dizer que uma jovem aceitava comporta-

mentos mais ousados, tipo viajar no fim de semana para a praia com um grupo de

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amigos, o máximo de liberdade imaginável até então. Mas agora é passado… Assim

como as variações para falar de homem bonito. Houve época em que era “pão”,

agora se usa gato, se não estou atrasado… Volta e meia noto alguém exclamar à

passagem de um homem atlético: “Ai, que pão!”.

Esse é o mal das gírias. Marcam a juventude de cada um. O tempo passa, mas fica

difícil mudar o modo de falar.

Lembro o sucesso de “boko moko”, criado por uma marca de refrigerante para ro-

tular de cafona quem não tomava a tal bebida. Caiu na boca do povo. Cafona vale?

Ou devo dizer “out”, como na década de 90?

Reconheço, tenho saudade de certos termos. Lembro-me das conversas com os

amigos nos anos 70, quando fiz faculdade e era frequente ouvir “tou numas com

ela”, equivalente, guardadas algumas proporções, ao “ficar” de hoje em dia.

Que adolescente aceitaria hoje ir a um “mingau dançante”? Vão para a balada, para
a “night”. Aliás, a maioria foge de mingau e de qualquer delícia que engorde!
Muita gente odeia gíria e a considera um dialeto capaz de estraçalhar a língua. Elas
esquecem que, no seu tempo, também a usavam.
Não é fácil acompanhar sua evolução e, às vezes, me confundo: não sei se ainda
se fala “hype” para indicar algo que no passado foi “in”. Ou que alguém é “fashion”,
para dizer que está “nos trinques”, como nos anos 80.
A verdade é: não há botox ou plástica que resista. Gíria velha denuncia a idade
mais do que as rugas!
(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br/cidades/ a-idade-das-palavras/ Adaptado)

O termo “boko moko” foi criado para rotular as pessoas de cafona porque não
tomavam a tal bebida.

Os pronomes que substituem corretamente as expressões destacadas e estão ade-

quadamente colocados na frase encontram-se na alternativa:

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a) O termo “boko moko” foi criado para rotulá-las de cafona porque não tomavam-na.

b) O termo “boko moko” foi criado para rotulá-las de cafona porque não a tomavam.

c) O termo “boko moko” foi criado para as rotular de cafona porque não lhe tomavam.

d) O termo “boko moko” foi criado para rotular-lhes de cafona porque não tomavam-na.

e) O termo “boko moko” foi criado para lhes rotular de cafona porque não a tomavam.

Questão 10    (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/ESCRITURÁRIO) Leia o tex-

to “Ser perspicaz no trabalho” para responder a questão.

As redes sociais, as mensagens eletrônicas e o bate-papo on-line têm dado

novos horizontes ao trabalho contemporâneo, mas cobram um preço alto: tornam

mais evidentes as fragilidades de comunicação dos profissionais do mercado. Saber

como e quando falar com colegas de trabalho, superiores hierárquicos, clientes e

fornecedores nem sempre é de conhecimento notório dos brasileiros.

Segundo especialistas, uma das armadilhas é confundir o ambiente mais livre

da internet com as exigências da vida profissional. Outra preocupação é com o

tempo que vai ser gasto com cada uma das conversas, por isso o desafio é conse-

guir se comunicar de forma clara e objetiva, com o cuidado de transmitir todas as

informações necessárias, sem prolongar inutilmente a troca de mensagens.

Para a professora de língua portuguesa Íris Gardino, é essencial saber qual é o

grau de formalidade necessário para os comunicados de trabalho. “Normalmente,

as pessoas não recebem qualquer formação para lidar com essas situações. Alguns

exageram em formalismos desnecessários e outros acabam escrevendo como se

estivessem em um bate-papo com amigos.”

Ela cita como informalidade excessiva o hábito que as pessoas desenvolvem na

internet de abreviar o maior número de palavras possível, de empregar termos vagos

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e imprecisos e de usar formatações de texto menos convencionais, como o uso in-

discriminado de fontes, cores de letras, caixa alta e itálico. O problema, segundo a

professora, é que muitos profissionais não desenvolvem a habilidade de escrever

de forma correta e coerente e ficam dependentes de ferramentas, como os reviso-

res de texto, que apresentam falhas.

Já Celi Langhi, professora na área de gestão de pessoas, chama a atenção para

os profissionais que diante de outros colegas muitas vezes se concentram apenas

na parte verbal do discurso, mas esquecem que o gestual e a expressão corporal

deles no momento em que estão falando também vão gerar uma interpretação

para quem está ouvindo a mensagem. “Um elogio feito de maneira displicente

pode ser interpretado como uma ironia e vai causar o efeito inverso do pretendido”,

exemplifica a especialista.
(Leonardo Fuhrmann. Revista Língua Portuguesa, janeiro de 2014. Adaptado)

Considere a frase reescrita com base nas ideias do texto.

As pessoas precisam de orientação para saber detectar o grau de formalidade ade-

quado aos comunicados de trabalho, entretanto elas normalmente não recebem

qualquer orientação desse gênero.

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o pronome que substitui

corretamente a expressão destacada e está adequadamente colocado na frase en-

contra-se na alternativa:

a) ... não a recebem.

b) ... não recebem-na.

c) ... não lhe recebem.

d) ... não o recebem.

e) ... não recebem-no.

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Questão 11    (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/ESCRITURÁRIO) Leia o texto

“Procura-se restaurante sem TV”, para responder à questão

No fim de semana passado, fui com a família a um dos nossos restaurantes

prediletos. É um desses lugares com cardápio gigante e pratos idem, ideal para um

almoção de domingo. Um dos atrativos do lugar é um agradável jardim com mesas

ao ar livre. O jardim é a parte do restaurante preferida por famílias. Fica cheio de

crianças nos fins de semana.

Ao chegar, tivemos uma surpresa: o restaurante havia colocado uma enorme

televisão no jardim, com caixas de som espalhadas por todo o lugar. A TV exibia –

juro – um programa sobre o cultivo de orégano. Somos clientes antigos do lugar.

Vamos tanto que até conhecemos os donos. Perguntei por que haviam decidido

instalar o aparelho.

“Cansei de perder clientes porque não tínhamos TV”, disse um dos proprietá-

rios. “Tem gente que chega aqui, pergunta se tem TV e, quando digo que não, vai

embora.”

Triste, mas verdadeiro: achar um restaurante sem TV está ficando cada vez

mais difícil. Entendo que um restaurante de PF ou de almoço comercial tenha TV

nas paredes para os clientes verem as notícias ou os gols da noite anterior. É claro

que já fui com amigos a bares para assistir a jogos. Ninguém é contra a televisão.

Mas não consigo entender como uma família prefere ficar vendo um programa so-

bre plantação de orégano a conversar.

Nosso almoço foi uma depressão só: o som do programa impedia qualquer ten-

tativa de comunicação. Era impossível escapar do barulho da TV, já que as caixas

cobriam toda a área do lugar.

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O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as famílias pareciam estar gos-

tando do programa. Na mesa ao lado, um casal passou o almoço todo sem trocar

uma palavra, aparentemente hipnotizado pelas informações sobre a melhor época

para plantar orégano.

Perdemos outro de nossos restaurantes favoritos. Uma pena. Mas tenho certeza

de que o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta.
(André Barcinski, Folha de S.Paulo, 09.05.2012. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a expressão destacada no

trecho do texto está corretamente substituída pelo pronome em:

a) ... o restaurante havia colocado uma enorme televisão no jardim... →... o

restaurante o havia colocado...

b) Perguntei por que haviam decidido instalar o aparelho. → Perguntei por que ha-

viam decidido instalá-la.

c)... para os clientes verem as notícias ou os gols da noite anterior. → para os

clientes lhes verem.

d)... já que as caixas cobriam toda a área do lugar. → já que as caixas a cobriam.

e)... o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta. →... o lugar, agora com TV,

não vai sentir-lhe.

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Questão 12    (2017/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Leia o

texto dos quadrinhos, para responder à questão.

Assinale a alternativa em que a frase baseada nas falas dos quadrinhos apresenta

emprego e colocação de pronomes de acordo com a norma-padrão.

a) O garoto respondeu à menina, perguntando-a onde estava o advogado dela.

b) A menina afirmou ao garoto que poderá processar ele, caso este não ajudar-lhe

com a lição de casa.

c) A menina afirmou ao garoto que poderia processá-lo, se este não a ajudasse

com a lição de casa.

d) Em resposta à menina, o garoto resolveu perguntá-la onde estava o advogado dela.

e) A menina ameaçou processar-lhe, caso o garoto não ajudasse-a com a lição de casa.

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Questão 13    (2017/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO)

O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da

garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos

cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes

quieto, sem quase pensar, e apenas sentir – era tão bom. A concentração no sentir

era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.

E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o

barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! Como deixava a garganta seca.

A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio-dia tornara-se quente e árida

e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente jun-

tava.

Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a

mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, pe-

netrando entre os arbustos, espreitando, farejando. O instinto animal dentro dele

não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava... o chafariz de

pedra, de onde brotava num filete a água sonhada.

O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a

chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.

De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente no orifício de onde

jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga.

Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se

saciar. Agora podia abrir os olhos.

Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que

era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água.

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E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pe-

dra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.

Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia-se intrigado. Olhou a estátua nua.

Ele a havia beijado.

Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e

tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva.


(Clarice Lispector, “O primeiro beijo”. Felicidade clandestina. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o pronome em destaque está empregado com o mes-

mo sentido de posse que tem o pronome “lhe”, na passagem – Ele, um dos garotos

no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e en-

trar-lhe pelos cabelos...

a) Faça-a ver que ninguém está questionando sua atitude.

b) Pegou-me a mão, tentando encorajar-me a tomar uma decisão.

c) Não vá forçá-lo a assumir função para a qual não se acha preparado.

d) Não esperávamos entregar-lhes nossos documentos naquele momento.

e) Chegou-nos a notícia do desaparecimento do helicóptero.

Questão 14    (2017/VUNESP/TJ-SP/SERVIÇO SOCIAL) Leia a charge.

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Assinale a alternativa em que a reescrita da frase da personagem expressa a ideia

do texto original e está de acordo com a norma-padrão.

a) Me preocupa seriamente a aposentadoria... Alheia...

b) Me preocupa seriamente a aposentadoria? Nem a alheia...

c) Preocupo-me seriamente com a aposentadoria – alheia...

d) Tenho preocupado-me seriamente com isso: a aposentadoria alheia.

e) Seriamente preocupo-me com a aposentadoria alheia...

Questão 15    (2017/VUNESP/TJ-SP/SERVIÇO SOCIAL) Leia o texto para responder

à questão.

Muita gente não gosta de Floriano Peixoto, o “Marechal de Ferro”. Em 1892, um

senador, almirante e políticos sediciosos __________. Ele avisara: “Vão discutin-

do, que eu vou mandando prender”. Encheu a cadeia, e o advogado Rui Barbosa

bateu às portas do Supremo Tribunal Federal para ___________. Floriano avisou:

“Se os juízes concederem habeas corpus aos políticos, eu não sei quem amanhã

___________ o habeas corpus de que, por sua vez, necessitarão”.

(Élio Gaspari. Folha de S.Paulo, 11.12.2016. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchi-

das, respectivamente, com:

a) desafiaram-lhe... soltar eles... dará à eles

b) desafiaram ele... soltar-lhes... dar-lhes-á

c) desafiaram-no... soltá-los... lhes dará

d) desafiaram-no... soltar-os... dá-los-á

e) desafiaram-o... soltar-nos... os dará

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Questão 16    (2017/VUNESP/TJ-SP/PSICÓLOGO) Leia o texto para responder à

questão.

A moléstia conservou durante muitos dias – dias angustiosos e terríveis – um

caráter de excessiva gravidade; durante longo tempo, Fadinha, que estava com todo

o corpo cruelmente invadido pela medonha erupção, teve a existência por um fio.

Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal, e

Fadinha ficou boa, completamente boa, depois de ter estado suspensa entre a vida

e a morte.

Ficou boa, mas desfigurada: a moça mais bonita do Rio de Janeiro transforma-

ra-se num monstro. Aquele rosto intumescido e esburacado não conservara nada,

absolutamente nada da beleza célebre de outrora. Ela, porém, consolou-se vendo

que o amor de Remígio, longe de enfraquecer, crescera, fortificado pelo espetáculo

do seu martírio.

A mãe, conquanto insensível às boas ações, não pôde disfarçar a admiração e

o prazer que o moço lhe causou no dia em que lhe pediu a filha em casamento,

dizendo:

– Só havia um obstáculo à minha felicidade: era a formosura – de Fadinha.

Agora que esse obstáculo desapareceu, espero que a senhora não se oponha a um

enlace que era o desejo de seu marido.

Realizou-se o casamento. D. Firmina, desprovida sempre de todo o senso moral,

entendeu que devia ser aproveitado o rico enxoval oferecido pelo primeiro noivo;

Remígio, porém, teve o cuidado de fazer com que o restituíssem ao barão. A ceri-

mônia efetuou-se com toda a simplicidade, na matriz do Engenho Novo.

Um ano depois do casamento, Fadinha estava outra vez bonita, não da boniteza

irradiante e espetaculosa de outrora, mas, enfim, com um semblante agradável, o

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quanto bastava para regalo dos olhos enamorados do esposo. Remígio dizia, since-

ramente, quem sabe? que a achava assim mais simpática, e os sinais das bexigas

lhe davam até um “não sei quê”, que lhe faltava dantes.

– Não é bela que me inquiete, nem feia que me repugne. Era assim que eu a

desejava.

O caso é que ambos foram muito felizes. Ainda vivem. Remígio é atualmente um

alto funcionário, pai de cinco filhos perfeitamente educados.


(Arthur Azevedo, “A moça mais bonita do Rio de Janeiro”. Em: Seleção de Contos, 2014. Adap-
tado)

Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo com a

norma padrão.

a) Nada conservara-se da beleza anterior de Fadinha, que consolou-se vendo que

o amor de Remígio crescera.

b) A moça mais bonita do Rio de Janeiro ficou boa, mas desfigurada: tinha trans-

formado-se num monstro.

c) Remígio incomodaria-se caso Fadinha aproveitasse o enxoval oferecido pelo pri-

meiro noivo.

d) O semblante da esposa de Remígio não inquietava-o e nem repugnava-o, pois

assim ele desejava-a.

e) Vendo o novo semblante de Fadinha, Remígio achava-a mais simpática, com

algo que o encantava.

Questão 17    (2017/VUNESP/CRBIO – 1º REGIÃO/AUXILIAR ADMINISTRATIVO)

Leia o texto de Adriana Gomes para responder à questão.


Tentação do imediato

É difícil definir o status de uma época quando ainda se está nela, mas certamen-

te uma das características marcantes do momento atual é o imediatismo. Percebo a

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tendência de simplificação nos procedimentos e a opção pelas ações que oferecem

vantagens imediatas e menores riscos, sem considerar as consequências futuras.

Esse comportamento pode ser resultante da dificuldade de se lidar com as frus-

trações geradas, basicamente, por três motivos: demora, contrariedade e conflito.

Seus efeitos podem ser agressão, regressão e fuga. Um experimento famoso feito

na Universidade Stanford (EUA), no final dos anos 1960, testou a capacidade de

crianças resistirem à atração da recompensa instantânea – e rendeu informações

úteis sobre a força de vontade e a autodisciplina. Aquelas que resistiram tiveram

mais sucesso na vida.

A atitude imediatista praticamente impacta todas as decisões, desde a vida pes-

soal à rotina das empresas, chegando até à condução do país. O que importa é o

hoje e o agora!

Muitas vezes, o valor da durabilidade e da consistência – o longo prazo – pare-

ce uma história fantasiosa. Entretanto, a vida prática confirma que o investimento

em educação de qualidade e a dedicação aos estudos, por exemplo, geram bons

resultados futuros. Profissionais bem qualificados e competentes em suas áreas de

atuação, ou seja, aqueles que se dedicaram, aprofundaram seus conhecimentos e

os praticaram, costumam encontrar melhores opções na vida profissional.

É preciso, todavia, acreditar nessa equação e investir tempo e dinheiro para

colher seus frutos. Os atalhos são tentadores, mas seus resultados a longo prazo

tendem a ser frustrantes.


(Folha de S.Paulo, 31.01.2016. Adaptado)

Leia o trecho do quarto parágrafo: A atitude imediatista praticamente impacta to-

das as decisões...

O pronome que substitui corretamente a expressão destacada e está adequada-

mente colocado no trecho selecionado encontra-se em:

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a) A atitude imediatista praticamente impacta-as...

b) A atitude imediatista praticamente as impacta...

c) A atitude imediatista praticamente impacta-se...

d) A atitude imediatista praticamente impacta-lhes...

e) A atitude imediatista praticamente lhes impacta...

Questão 18    (2017/VUNESP/CÂMARA DE MOGI DAS CRUZES-SP/PROCURADOR

JURÍDICO) Leia o texto “Star Trek” para responder à questão.

Quando estreou, em 1966, a série “Jornada nas Estrelas” exibia um futuro que

parecia realmente improvável e distante. A série era ambientada no século 23 e

acompanhava as aventuras dos tripulantes da nave espacial Enterprise, com a mis-

são de explorar o espaço e ir “aonde nenhum homem jamais esteve”.

O teletransporte ainda não virou realidade, mas muitos gadgets* da série pas-

saram a integrar o cotidiano. Sempre que o capitão Kirk estava em apuros, abria

seu comunicador e entrava em contato com a equipe. Trinta anos depois, a Mo-

torola lançou o StarTAC, popularizando o uso da telefonia móvel. Os acertos não

pararam por aí: da impressora 3D à televisão de tela plana, dos disquetes aos

dispositivos USB, a série previu com surpreendente exatidão a relação do homem

com a tecnologia.

“Jornada nas Estrelas” era transgressora em sua diversidade: a equipe tinha

homens e mulheres de diferentes etnias trabalhando em igualdade. Hoje, ainda não

existem habitantes de Vulcano morando entre nós, mas a ideia de que pessoas de

gêneros e etnias diferentes possam cumprir as mesmas funções não é mais algo

utópico.
(Aventuras na História, outubro de 2014. Adaptado)

*gadgets: dispositivos, aparelhos

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Observe as expressões destacadas nas frases reescritas do texto.

• Ambientada no século 23, a série sempre retratava as aventuras dos tripu-

lantes da Enterprise, e a missão era explorar o espaço enfrentando o desco-

nhecido.

• Trinta anos depois, a Motorola lançou o StarTAC, que popularizou o uso da

telefonia móvel.

Assinale a alternativa em que os pronomes substituem, corretamente, as expres-

sões destacadas e estão colocados adequadamente nas frases de acordo com a

norma-padrão da língua portuguesa.

a) ...sempre retratava-as... /...era explorá-lo... /...que lhe popularizou...

b) ...sempre retratava-as... /...era o explorar... /...que o popularizou...

c) ...sempre lhes retratava... /...era explorá-lo... /...que popularizou-lhe...

d) ...sempre as retratava... /...era o explorar... /...que popularizou-o...

e) ...sempre as retratava... /...era explorá-lo... /...que o popularizou...

Questão 19    (2016/VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/ASSISTENTE DE

GESTÃO) Leia o texto “Infância na praia”, de Danuza Leão, para responder à ques-

tão.

Não se pode dar corda à memória: a gente começa brincando, mas ela não faz

cerimônia e vai invadindo nossas mentes e nossos corações. Para mim são, ainda

e sempre, as recordações da infância na praia muito mais fortes do que eu podia

imaginar.

No terreno das brincadeiras, a mais comum era o caldo: quem não se lembra

do terror de levar um? Também se brincava de jogar areia nos outros, aos gritos,

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para horror dos adultos, e a pior de todas: se deixar ser enterrada ficando só com a

cabeça de fora, e todo mundo fingir que ia embora, só de maldade, deixando você

sozinha e esquecida.

No terreno mais leve, a grande proeza era mergulhar e passar por baixo das

pernas abertas da prima, lembra? Aliás, essa é uma raça em extinção: as primas.

Elas eram muitas, e a convivência, intensa. Hoje, nas cidades grandes, existem

poucas tias e pouquíssimas primas.

As crianças catavam conchas para colar, e era difícil fazer um buraquinho com

um prego e um martelinho, sem quebrar a concha, para passar o barbante. As

cor-de-rosa eram as mais lindas, e, quando se encontrava um búzio, era uma ver-

dadeira festa. As conchas acabaram; onde terão ido parar?

No final da tarde, a praia já sem sol, voltavam os barcos de pesca: as pessoas

ficavam em volta comprando o peixe nosso de cada dia, que seria feito naquela

mesma noite. Naquele tempo não havia nem alface nem tomate nem molho de

maracujá, e para dar uma corzinha na comida se usava colorau – já ouviu falar?

Camarão só às vezes, mas, em compensação, havia cações com a carne rija,

que davam uma moqueca muito boa. Os peixes eram vendidos por lote, não cus-

tavam quase nada, e o que sobrava era distribuído ali mesmo. Mas os fregueses

eram honestos, e ninguém deixava de comprar para levar algum de graça, no final

das transações.

Às vezes corria um boato assustador: de que o mar estava cheio de águas-vi-

vas, o que era um acontecimento. Água-viva é uma rodela gelatinosa que, segundo

diziam, se encostasse no corpo, queimava como fogo. Ia todo mundo para a bei-

ra da água tentando ver alguma, mas ninguém entrava no mar, de medo. No dia

seguinte, a areia estava cheia delas, e com uma varinha a gente ficava mexendo,

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sempre com muito cuidado: afinal, era uma gelatina, mas viva – uma coisa mesmo

muito estranha.

Para evitar queimaduras, se usava óleo Dagele, e se alguém dissesse que anos
depois uma massagem de algas, daquelas mesmas algas verdes e marrons com as
quais a gente dançava dentro da água, não custaria menos de US$ 100 em Nova
York ou Paris, ninguém acreditaria.
Naquele tempo não havia refrigerantes, não se tomava água gelada, e as crian-
ças rezavam uma ave-maria antes de dormir, sendo que algumas ajoelhadas.
Não havia abajur nas mesas de cabeceira e na hora de dormir se apagava a luz
do teto, com sono ou sem sono, e ficávamos com os pensamentos voando, espe-
rando o sono chegar.
E ninguém se queixava de nada, até porque não havia do que se queixar, porque
era assim e pronto.
(Folha de S.Paulo, 17.04.2005. Adaptado)

Leia a frase do quarto parágrafo.


As crianças catavam conchas para colar, e era difícil fazer um buraquinho com
um prego e um martelinho, sem quebrar a concha, para passar o barbante.
As expressões destacadas na frase podem ser substituí- das corretamente por:
a) catavam-nas / fazê-lo / quebrá-la.
b) catavam-nas / fazê-lo / quebrar-lhe.
c) catavam-nas / fazer-lhe / quebrar-lhe.
d) catavam-lhes / fazê-lo / quebrá-la.
e) catavam-lhes / fazer-lhe / quebrá-la.

Questão 20    (2016/VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/ASSISTENTE DE

GESTÃO) Leia os textos baseados no livro “Falando de grana”, de Patrícia Broggi,

para responder à questão.

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(Folha de S. Paulo, 04/12/2010. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o pronome destacado está


corretamente colocado na frase em:
a) Em tratando-se de estabelecer prioridades financeiras, a ida ao supermercado
é boa estratégia.
b) Se publicam, atualmente, muitos livros que tratam de economia doméstica.
c) Muitas pessoas felizmente tornaram-se menos consumistas, evitando a compra
de itens desnecessários.
d) As pessoas que se dispõem a pechinchar fazem negociações vantajosas e sem-
pre economizam.
e) Alguns jovens dedicariam-se a usar bem a própria mesada, se não tivessem
pais que atendem a todas as suas vontades.

Questão 21    (2016/VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/ASSISTENTE ESCO-


LAR)
Preconceito na escola

Não há um único dia em que vários preconceitos, dos mais diversos tipos, não

se expressem em ambiente escolar. Aliás, é no mínimo estranho que tenhamos

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tantas preocupações e campanhas contra o chamado bullying na escola e pouco

ou quase nada contra o preconceito. Afinal, a maior parte dos comportamentos de

assédio moral* nasce de preconceitos!

Recentemente tivemos notícia de dois episódios de preconceito na escola: o da

mãe que recebeu um bilhete da professora pedindo para aparar ou prender os ca-

belos dos filhos (ambos negros) – fato ocorrido em nosso país – e o da garota negra

lanchando sozinha ao lado de uma mesa com vários colegas brancos juntos – este,

ocorrido na África do Sul.

Muita gente se indignou, mas muita gente também não viu nada de mais em

ambos os casos. Choveram justificativas e até acusações para explicar as situações,

o que sinaliza como é difícil reconhecer nossos preconceitos e, acima de tudo, con-

ter suas manifestações e colaborar para que a convivência social seja mais digna.

Por que enviamos nossos filhos para a escola? Hoje, não dá mais para aceitar

como uma boa razão apenas o ensino das disciplinas do conhecimento. Essa razão

é pobre em demasia para motivar o aluno a aprender. Para que nossos filhos ga-

rantam um futuro de sucesso? O estudo escolar não oferece mais essa garantia.

Deveríamos ter como forte razão para enviar nossos filhos à escola o preparo

para a cidadania, ou seja, o ensino dos valores sociais que vão colaborar para a

formação de um cidadão de bem. Ensinar a reconhecer os principais preconceitos

de nossa sociedade, suas várias formas de manifestação e como combatê-los é

função das mais importantes da escola.

*assédio moral: exposição de alguém a situações humilhantes e constrangedoras,

repetitivas e prolongadas, durante a jornada de trabalho e no exercício de suas

funções.
(Rosely Sayão. www.folha.uol.com.br, 28.06.2016. Adaptado)

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No contexto do último parágrafo, a forma pronominal -los, em destaque no texto,

faz referência a:

a) filhos.

b) ensino.

c) valores.

d) preconceitos.

e) sociedade.

Questão 22    (2016/VUNESP/CÂMARA DE TAQUARITINGA-SP/TÉCNICO LEGISLATI-

VO) Assinale a alternativa em que os pronomes estão empregados e colocados em

conformidade com a norma-padrão.

a) Nos concentramos em uma ou duas informações e, depois, inserimos-las em

escaninhos.

b) Pensamentos estereotipados atingem diversas pessoas; julgam-nas com base

em generalizações, sem lhes avaliar os méritos.

c) Quanto a esse modo de se pensar, a interpretação mais generosa atribui ele à

preguiça intelectual.

d) Nunca dão-se o trabalho de pensar, embora isso os custe o preço de cometer

uma injustiça.

e) Aquele que pensa por estereótipos também protege-se do contato com muitas

pessoas.

Questão 23    (2016/VUNESP/PREFEITURA DE ALUMÍNIO-SP/PROCURADOR JURÍDI-

CO) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto a seguir.

No caminho de Swann é o primeiro da série de sete romances que compõem a obra

Em busca do tempo pedido, de Marcel Proust. Teve em Mario Quintana um leitor

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arguto, que ___________ para o português e preservou o alto teor lírico do texto

original, certamente ____________ sua sensibilidade criativa.

a) o traduziu... lhe emprestando

b) traduziu-o... emprestando-lhe

c) lhe traduziu... o emprestando

d) o traduziu... emprestando-o

e) traduziu-lhe... emprestando-lhe

Questão 24    (2016/VUNESP/MPE-SP/BIÓLOGO) A República dos Estados Unidos

da Bruzundanga tinha, como todas as repúblicas que se prezam, além do presiden-

te e juízes de várias categorias, um Senado e uma Câmara de Deputados, ambos

eleitos por sufrágio direto e temporários ambos, com certa diferença na duração do

mandato: o dos senadores, mais longo; o dos deputados, mais curto.

O país vivia de expedientes, isto é, de cinquenta em cinquenta anos descobria-se

nele um produto que ficava sendo a sua riqueza. Os governos taxavam-no a mais

não poder, de modo que os países rivais, mais parcimoniosos na decretação de

impostos sobre produtos semelhantes, acabavam, na concorrência, por derrotar a

Bruzundanga; e, assim, ela fazia morrer a sua riqueza, mas não sem os estertores

de uma valorização duvidosa. Daí vinha que a grande nação vivia aos solavancos,

sem estabilidade financeira e econômica; e, por isso mesmo, dando campo a que

surgissem, a toda hora, financeiros de todos os seus cantos e, sobretudo, do seu

parlamento.

Naquele ano, isto dez anos atrás, surgiu na sua Câmara um deputado que falava

muito em assuntos de finanças, orçamentos, impostos diretos e indiretos e outras

coisas cabalísticas da ciência de obter dinheiro para o Estado. Chamava-se o depu-

tado Felixhimino ben Karpatoso. Se era advogado, médico, engenheiro ou mesmo

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dentista, não se sabia bem; todos tratavam-no de doutor, embora nada se conhe-

cesse dele.
(Lima Barreto, Um grande financeiro. Os bruzundangas. Adaptado)

O contexto em que, segundo a norma-padrão, o pronome “se” pode ser colocado

antes ou depois do verbo, é:

a) ... como todas as repúblicas que se prezam...

b) Chamava-se o deputado Felixhimino ben Karpatoso.

c) ... de cinquenta em cinquenta anos descobria-se nele um produto...

d) ... não se sabia bem...

e) ... embora nada se conhecesse dele.

Questão 25    (2016/VUNESP/UFABC/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) A alterna-

tiva que apresenta colocação dos pronomes destacados e pontuação de acordo com

a norma-padrão é:

a) Nos foi informado, que as delegações visitariam-nos amanhã, depois das 15

horas.

b) Afirma-nos que os produtos, assim como as notas fiscais, estarão disponíveis

amanhã, para que os despachem.

c) Perguntou-me: se eu estaria disposto, a entregar as provas, que me dariam

proteção.
d) Ninguém comprometeu-se com o projeto, afirmando: que era perda de tempo.
e) Tendo elogiado-nos pela rapidez, na entrega, garantiram que vão ficar fregueses.

Questão 26    (2016/VUNESP/PREFEITURA DE SÃO PAULO-SP/ANALISTA)

O mundo vive hoje um turbilhão de sentimentos e reações no que diz respeito


aos refugiados. Trata-se de uma enorme tragédia humana, à qual temos assistido
pela TV no conforto de nossas casas.

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Imagens dramáticas mostram famílias inteiras, jovens, crianças e idosos che-

gando à Europa em busca de um lugar supostamente mais seguro para viver.

Embora os refugiados da Síria tenham ganhado maior destaque, existem ainda os

refugiados africanos e os latino-americanos.

Dentro da América Latina, vemos grandes migrações, uma marcha de pessoas

que buscam o refúgio, mas que terminam em uma espécie de exílio.

O Brasil, que sempre se destacou por sua capacidade de acolher diferentes

culturas, apresenta uma das sociedades com maior diversidade. Podemos afirmar

nossa capacidade de lidar com o multiculturalismo com bastante naturalidade, em-

bora, muitas vezes, a questão seja tratada de maneira superficial. Por outro lado,

o preconceito existente, antes disfarçado, deixou de ser tímido e passou a se ma-

nifestar de forma aberta e hostil. Comparado a outros países, o Brasil não recebe

um número elevado de refugiados, e a maioria da sociedade brasileira aceita-os,

acreditando que é possível fazer algo para ajudá-los, mesmo diante do momento

crítico da economia e da política.

Diante desse cenário, destacam-se as iniciativas de solidariedade, de forma

objetiva e praticada por jovens estudantes de nossas universidades. Com a cabeça

aberta e o respeito ao diferente, muitos deles manifestam uma visão de mundo que

permite acreditar em transformações sociais de base.


(Soraia Smaili, Refugiados no Brasil: entre o exílio e a solidariedade. Em: cartacapital.com.br.
02/02/2016. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, conforme a norma-

-padrão.

a) Quando dão-se conta da situação dos refugiados, as pessoas já põem-se a aco-

lhê-los sem discriminação.

b) No Brasil, vê-se que o número de refugiados não é tão grande. Aceita-os, sem

restrição, boa parte da população.

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c) Se veem imagens dramáticas dos refugiados na TV. Não trata-se de ficção: é a

pura realidade.

d) Têm visto-se turbilhões de refugiados. O mundo os vê se deslocarem em busca

de uma vida melhor.

e) Os refugiados buscam uma vida melhor. Discriminaria-os aqueles que desco-

nhecem a solidariedade.

Questão 27    (2016/VUNESP/CÂMARA DE MARÍLIA-SP/PROCURADOR JURÍDICO)

Uma noite no mar Cáspio

Na semana passada, uma aluna da Sorbonne foi encarregada de fazer um es-

tudo sobre a literatura latino-americana, mal informada de tudo, inclusive sobre a

América Latina. Veio entrevistar algumas pessoas e, não sei por que, pediu-me que

a recebesse para uma conversa que pudesse explicar o Brasil com apenas um título

que serviria de roteiro para o trabalho que deveria apresentar.

Já me pediram coisas extravagantes, recusei algumas, aceitei outras. Aleguei

minha incompetência para titular qualquer coisa.

Mas não quis decepcionar a moça. Pensando na atual crise política, sugeri “Gar-

ruchas e punhais” – era o nome da briga entre os meninos da rua Cabuçu contra os

meninos da rua Lins de Vasconcelos. Morei nas duas e era considerado um espião

a soldo de uma ou de outra. O que no fundo era verdade, considerava idiotas os

dois lados.

A moça riu mas não gostou. Todos os países têm garruchas e punhais. Dei outra

sugestão: “O mosteiro de tijolos de feltro”. Ela não gostou – nem eu. Parti então

para uma terceira via, por sinal, a mais estúpida. Pensou um pouco, inicialmente

recusou. Olhou bem para mim e aprovou: “Uma noite no mar Cáspio”. Para meu

espanto, ela aceitou.

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Acredito que os professores da Sorbonne também gostarão. E eu nem sei onde

fica o mar Cáspio, embora também não saiba onde fica o Brasil.
(Carlos Heitor Cony. Folha de S.Paulo, 26.01.2016. Adaptado)

________ uma aluna da Sorbonne que a recebesse para uma conversa que pudes-

se explicar o Brasil com apenas um título que _____ de roteiro para o trabalho que

deveria apresentar. Já me pediram coisas extravagantes, recusei algumas, aceitei

outras. Mas não _________.

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser preenchi-

das, respectivamente, com:

a) Pediu-me... serviria-lhe... lhe quis decepcionar

b) Me pediu... servir-lhe-ia... quis decepcioná-la

c) Pediu-me... lhe serviria... a quis decepcionar

d) Me pediu... o serviria... quis decepcionar-lhe

e) Pediu-me... serviria-o... quis decepcioná-la

Questão 28    (2016/VUNESP/IPSMI/PROCURADOR) Assinale a alternativa em que

a colocação pronominal e a conjugação dos verbos estão de acordo com a norma-

-padrão.

a) Eles se disporão a colaborar comigo, se verem que não prejudicarei-os nos ne-

gócios.

b) Propusemo-nos ajudá-lo, desde que se mantivesse calado.

c) Tendo avisado-as do perigo que corriam, esperava que elas se contessem ao

dirigir na estrada.

d) Todos ali se predisporam a ajudar-nos, para que nos sentíssemos à vontade.

e) Os que nunca enganaram-se são poucos, mas gostam de que se alardeiem seus

méritos.

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Questão 29    (2016/VUNESP/UNIFESP/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO)

Leia os quadrinhos.

Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da fala

da personagem, no primeiro quadrinho, devem ser preenchidas, respectivamente,

com:

a) algum... me livrar

b) o... livrar eu

c) esse... me livrar

d) um... livrar eu

e) este... me livrar

Questão 30    (2016/VUNESP/CÂMARA DE MARÍLIA-SP/AGENTE DE COPA) Conside-

re o texto a seguir.

Inicialmente comercializado pelos árabes, o café é, hoje, uma das bebidas mais

consumidas no mundo. Antes mesmo da descoberta da América, os europeus já

_____ conheciam. Seu consumo moderado proporciona uma série de benefícios

____ saúde. Há quem diga que a bebida ajuda ___ perder peso.

Os termos que preenchem, correta e respectivamente, as lacunas desse texto são:

a) lhes... a... por

b) lhe... pela... em

c) o... com a... para

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d) os... à... com

e) o... para a... a

Questão 31    (2016/VUNESP/MPE-SP/OFICIAL DE PROMOTORIA – NÍVEL MÉDIO)

Tato

Na poltrona da sala as minhas mãos sob a nuca sinto nos dedos a dureza dos

ossos da cabeça a seda dos cabelos que são meus. A morte é uma certeza invencí-

vel mas o tato me dá a consistente realidade de minha presença no mundo


(Ferreira Gullar, Muitas vozes, 2013)

O verso – A morte é uma certeza invencível – pode ser parafraseado da seguinte

forma, em conformidade com a norma-padrão e com o sentido do poema:

a) Certamente vence-se a morte.

b) A invencibilidade da morte é certo.

c) Se vence com certeza a morte.

d) Não vencer a morte não é certo.

e) É certo que não se vence a morte.

Questão 32    (2017/VUNESP/IPRESB-SP/ASSISTENTE PREVIDENCIÁRIO)

A idade das palavras

Já cansei de ver gente madura falando gíria para parecer jovem. O trágico é

que, em geral, a gíria é velha, daí que é terrível ver uma senhora madura e plasti-

ficada dizendo “Eu sou prafrentex!”.

Esse termo foi usado nos anos 60 para dizer que uma jovem aceitava compor-

tamentos mais ousados, tipo viajar no fim de semana para a praia com um grupo

de amigos, o máximo de liberdade imaginável até então.

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Mas agora é passado… Assim como as variações para falar de homem bonito.

Houve época em que era “pão”, agora se usa gato, se não estou atrasado… Volta

e meia noto alguém exclamar à passagem de um homem atlético: “Ai, que pão!”.

Esse é o mal das gírias. Marcam a juventude de cada um. O tempo passa, mas

fica difícil mudar o modo de falar.

Lembro o sucesso de “boko moko”, criado por uma marca de refrigerante para

rotular de cafona quem não tomava a tal bebida. Caiu na boca do povo. Cafona

vale? Ou devo dizer “out”, como na década de 90?

Reconheço, tenho saudade de certos termos. Lembro-me das conversas com os

amigos nos anos 70, quando fiz faculdade e era frequente ouvir “tou numas com

ela”, equivalente, guardadas algumas proporções, ao “ficar” de hoje em dia.

Que adolescente aceitaria hoje ir a um “mingau dançante”? Vão para a balada,

para a “night”. Aliás, a maioria foge de mingau e de qualquer delícia que engorde!

Muita gente odeia gíria e a considera um dialeto capaz de estraçalhar a língua.

Elas esquecem que, no seu tempo, também a usavam.

Não é fácil acompanhar sua evolução e, às vezes, me confundo: não sei se ainda

se fala “hype” para indicar algo que no passado foi “in”. Ou que alguém é “fashion”,

para dizer que está “nos trinques”, como nos anos 80.

A verdade é: não há botox ou plástica que resista. Gíria velha denuncia a idade

mais do que as rugas!


(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br/cidades/ a-idade-das-palavras/ Adaptado)

De acordo com a concordância verbal estabelecida pela norma-padrão, está correta

a alternativa:

a) Para o autor, não existe cirurgias e aplicação de botox que esconda a idade

quando se emprega gírias ultrapassadas na comunicação.

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b) Para o autor, não existe cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade

quando se empregam gírias ultrapassadas na comunicação.

c) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade

quando se empregam gírias ultrapassadas na comunicação.

d) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que esconda a idade

quando se emprega gírias ultrapassadas na comunicação.

e) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade

quando se emprega gírias ultrapassadas na comunicação.

Questão 33    (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/PROCURADOR JURÍDICO)

Assinale a alternativa em que todos os verbos estão corretos, de acordo com o

padrão de concordância.

a) Pode-se acreditar nas ciências contemporâneas? Biotecnologia, nanotecnologia,

inteligência artificial, nada disso levam às benesses do futuro.

b) Conecta-se, nos estudos sobre a natureza da espécie, as descobertas da bio-

logia evolucionista com a tradição filosófica. Dessa conexão vem nossa crença no

futuro.

c) No mundo atual, 1% controlam o destino de bilhões de seres humanos. Espe-

ranças... ainda haverão?

d) É preciso que se criem possibilidades no ciberespaço, condição para que as de-

mocracias vinguem positivamente.

e) A crença do sociólogo no ciberespaço é legítima, desde que se torne produtivas

as redes sociais.

Questão 34    (2017/VUNESP/CÂMARA DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE ITANHAÉM-

-SP/ASSISTENTE LEGISLATIVO)

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A gente ainda não sabia

A gente ainda não sabia que a Terra era redonda. E pensava-se que nalgum

lugar, muito longe, deveria haver num velho poste uma tabuleta qualquer – uma

tabuleta meio torta e onde se lia, em letras rústicas: FIM DO MUNDO. Ah! depois

nos ensinaram que o mundo não tem fim e não havia remédio senão irmos andan-

do às tontas como formigas na casca de uma laranja. Como era possível, como era

possível, meu Deus, viver naquela confusão?

Foi por isso que estabelecemos uma porção de fins de mundo...


(Mário Quintana, A vaca e o hipogrifo)

Assinale a alternativa em que uma outra redação dada a trecho do poema está de

acordo com a norma-padrão de concordância.

a) Tabuletas meio tortas e onde se lia frases.

b) Deveriam existir em velhos postes umas tabuletas quaisquer.

c) Não haviam remédios senão irmos andando às tontas.

d) E pensavam-se em lugares muito distante.

e) Mais de um ainda não sabiam que a Terra era redonda.

Questão 35    (2017/VUNESP/TJ-SP/SERVIÇO SOCIAL) Leia o texto para responder

à questão.

É urgente

A decisão de Nicolás Maduro de elevar a meio milhão os milicianos armados com

fuzil na Venezuela é a pior de suas ideias ruins.

Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio das

armas. Caso não o seja, nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo: vai

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prolongar-se na criminalidade típica de uma população armada e, em grande par-

te, indesarmável. Ainda por motivos mais econômicos, os venezuelanos fogem em

massa. Seu número cresce. O Brasil está atrasado, como se indiferente, nas provi-

dências para essa emergência social.


(Jânio de Freitas, “É urgente”. Folha de S.Paulo, 20/04/2017)

Assinale a alternativa em que o verbo destacado tem sujeito elíptico.

a) A decisão de Nicolás Maduro [...] é a pior de suas ideias ruins.

b) ... os venezuelanos fogem em massa

c) ... nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo...

d) Seu número cresce.

e) Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio das armas.

Questão 36    (2016/VUNESP/UNIFESP/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO)

Assinale a alternativa correta quanto à concordância nominal e verbal, de acordo

com a norma-padrão.

a) Ainda que se viva tão espremido nos centros urbanos, existem muita gente iso-

lada, pois, cada vez menos, se faz contatos humanos.

b) Ainda que vivam tão espremidas nos centros urbanos, existem muitas pessoas

isoladas, pois, cada vez menos, ocorrem contatos humanos.

c) Ainda que viva tão espremida nos centros urbanos, se vê muitas pessoas isola-

das, pois, cada vez menos, acontece contatos humanos.

d) Ainda que se vivam tão espremidas nos centros urbanos, há muita gente isola-

da, pois, cada vez menos, tem contatos humanos.

e) Ainda que vivam tão espremidas nos centros urbanos, existe muitas pessoas

isoladas, pois, cada vez menos, se estabelecem contatos humanos.

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Questão 37    (2018/VUNESP/IPSM/ANALISTA DE GESTÃO – CONTABILIDADE)

Ensino com diretriz

Está quase pronto o documento que definirá o padrão nacional para o que crian-

ças e jovens devem aprender até o 9º ano do ensino fundamental. Trata-se da

quarta versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Caso aprovada até janeiro, a diretriz deve começar a ser implementada nos

próximos dois anos.

A BNCC define conteúdos a serem estudados e competências e habilidades que

os alunos devem demonstrar a cada passo da vida escolar. Soa como obviedade,

mas não existe norma válida em todo o país que estabeleça de modo preciso a pro-

gressão do ensino e o que se deve esperar como resultado.

Note-se ainda que a base curricular não especifica como alcançar seus objetivos

– isso será papel dos currículos a serem elaborados por estados e municípios, que

podem fazer acréscimos conforme necessidades regionais.

A existência de um padrão pode permitir a correção de desigualdades do apren-

dizado e avaliações melhores. A partir de um limiar mediano de clareza, inteli-

gência pedagógica e pragmatismo, qualquer modelo é melhor do que nenhum.

Nesse aspecto, a nova versão da BNCC está perto de merecer nota de aprovação.

O programa ainda se mostra extenso em demasia, não muito diferente do que se

viu nas escolas das últimas décadas, quando raramente foi cumprido. O excesso de

assuntos dificulta abordagens mais aprofundadas e criativas.

A BNCC lembra a Constituição de 1988. Detalhista, arrojada e generosa, mas de

difícil aplicação imediata e integral. É indiscutível, de todo modo, a urgência de pôr

em prática esse plano que pode oferecer educação decente e igualitária às crianças.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 10/12/2017. Adaptado)

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Assinale a alternativa em que os termos destacados correspondem, correta e res-

pectivamente, a um pronome demonstrativo e a um pronome apassivador.

a) Soa como obviedade, mas não existe norma válida em todo o país… / O progra-

ma ainda se mostra extenso em demasia...

b) ... que definirá o padrão nacional para o que crianças e jovens devem apren-

der... /... não muito diferente do que se viu nas escolas das últimas décadas..

c) ... e competências e habilidades que os alunos devem demonstrar a cada passo

da vida escolar. /... e o que se deve esperar como resultado.

d) ... qualquer modelo é melhor do que nenhum. / Note-se ainda que a base cur-

ricular não especifica como alcançar seus objetivos...

e) Nesse aspecto, a nova versão da BNCC está perto de merecer nota de aprova-

ção. / Trata-se da quarta versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Questão 38    (2017/VUNESP/TCE-SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO)

Avaliar os servidores

Instituições funcionam bem quando conseguem promover os incentivos cor-

retos. Em se tratando do serviço público, isso significa recompensar o mérito e o

esforço, evitando que funcionários sucumbam às forças da inércia.

Uma das razões do fracasso do socialismo real, recorde-se, foi a ausência de es-

tímulos do gênero aos trabalhadores. Para estes, a escolha racional era não chamar

a atenção dos superiores, negativa ou positivamente.

A gestão de pessoal no Estado brasileiro não chega a reproduzir um modelo so-

viético, mas carece de sistema eficaz de incentivos e sanções. Com efeito, políticas

de bônus por produtividade nas carreiras públicas ainda são tímidas e raramente

bem desenhadas.

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Já a dispensa de servidores por insuficiência de desempenho, embora prevista

na Constituição, não pode ser posta em prática porque o Congresso nunca elaborou

uma lei complementar que regulamentasse a avaliação dos profissionais, como a

Carta exige.

Vislumbra-se, agora, uma possibilidade de avanço. Discute-se no Senado pro-

jeto que cria um sistema de avaliação periódica, a ser adotado por União, Estados

e municípios, que poderá levar à exoneração de servidores que obtenham, por su-

cessivas vezes (o número exato ainda é objeto de negociação), notas inferiores a

30% da pontuação máxima.

Será ingenuidade, entretanto, contar com uma aprovação fácil – os sindicatos

da categoria já se mobilizam contra o texto.

Tampouco se deve imaginar que basta uma lei para alterar o statu quo. Siste-

mas de avaliação de servidores já existentes em alguns órgãos muitas vezes não

passam de um jogo de cena corporativista, que acaba por distribuir premiações

quase generalizadas.

As dificuldades, contudo, não podem ser pretexto para o imobilismo. O projeto

se apresenta como um passo inicial importante; uma vez posto em prática, a ex-

periência servirá de base para eventuais aperfeiçoamentos.


(Editorial. Folha de S.Paulo, 29/09/2017. Adaptado)

Considere a seguinte oração do 5º parágrafo: Vislumbra-se, agora, uma possibili-

dade de avanço.

Assinale a alternativa em que a concordância do sujeito com o verbo ocorre pelo

mesmo motivo que na oração transcrita, em que a palavra “se” é um pronome

apassivador.

a) Observa-se certo mal-estar entre os convidados da festa.

b) Certamente, trata-se de uma festa de caráter filantrópico.

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c) Opuseram-se à ideia de construção de uma nova sede.

d) Em tempos passados, vivia-se com tranquilidade por aqui.

e) Vão-se os dedos sem os anéis dos tempos de glória.

Questão 39    (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/PROCURADOR JURÍDICO) A

questão foi elaborada tendo como base o texto de Reinaldo José Lopes, a seguir.

Em livro ambicioso, sociólogo analisa incertezas do futuro

Falta de ambição claramente não é o problema de A Era do Imprevisto: A Gran-

de Transição do Século 21, novo livro do sociólogo mineiro Sérgio Abranches. Se o

leitor já se perguntou, como imagino, que diabos está acontecendo com o mundo

nos últimos anos e o que pode vir daqui para a frente, a obra do especialista for-

mula algumas respostas – imaginativas, provisórias e diabolicamente complicadas.

Ele tem se especializado na interface entre política global e questões ambien-

tais, uma conexão que, por si só, já seria suficiente para produzir calvície e gastrite

nos espíritos mais serenos. Esse eixo político-ambiental está no cerne do livro, mas

o sociólogo também tenta investigar como a ascensão das redes sociais pode afetar

a organização da sociedade do futuro; como o conhecimento emergente (biotecno-

logia, nanotecnologia, inteligência artificial) pode transformar a vida humana neste

século; e o que a tradição filosófica ocidental e as descobertas da biologia evolucio-

nista têm a dizer sobre nossa natureza e nosso futuro como espécie.

Para Abranches, a sede de ir ao cerne de todas essas questões existenciais se

justifica pelo próprio subtítulo do livro: estaríamos vivendo “a grande transição do

século 21”, um ponto de virada tão importante, à sua maneira, quanto o Renasci-

mento do século 16 ou a Revolução Industrial do século 18.

Num cenário fulcral como esse, nada mais lógico que tudo pareça bagunçado e

em crise permanente. Estruturas políticas, sociais, econômicas e culturais velhas

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ainda estão se encaminhando lentamente para o leito de morte, enquanto suas

substitutas passam por um parto difícil. Resultado: sensação perpétua de caos e de-

salento, ainda que o momento também esteja repleto de potencialidades positivas.

Abranches está convicto de que a falta de controle sobre o capitalismo tem

solapado o funcionamento das democracias. “As leis de mercado são hoje um eu-

femismo que designa a combinação entre controle oligopolista e hegemonia do

capital financeiro”, resume. Nesse cenário, poucos decidem os destinos de bilhões.

Onde ver esperança? Para Abranches, será crucial usar as possibilidades do ci-

berespaço para criar um modelo de participação política mais direto, evitando que

a democracia representativa se transforme de vez em oligarquia. Resta saber como

fazer isso sem que as redes sociais se transformem numa reunião de condomínio

improdutiva de dimensões planetárias.


(Reinaldo José Lopes, Folha de S. Paulo, 27/05/2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que todos os verbos estão corretos, de acordo com o pa-

drão de concordância.

a) Pode-se acreditar nas ciências contemporâneas? Biotecnologia, nanotecnologia,

inteligência artificial, nada disso levam às benesses do futuro.

b) Conecta-se, nos estudos sobre a natureza da espécie, as descobertas da bio-

logia evolucionista com a tradição filosófica. Dessa conexão vem nossa crença no

futuro.

c) No mundo atual, 1% controlam o destino de bilhões de seres humanos. Espe-

ranças... ainda haverão?

d) É preciso que se criem possibilidades no ciberespaço, condição para que as de-

mocracias vinguem positivamente.

e) A crença do sociólogo no ciberespaço é legítima, desde que se torne produtivas

as redes sociais.

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Questão 40    (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/ESCRITURÁRIO) Leia a char-

ge e responda à questão.

Na frase dita pelo padre, o pronome “se” exprime reciprocidade da ação. A mesma
situação ocorre em:
a) Trata-se de reformular o Código Penal e ajustá-lo aos interesses da sociedade.
b) Com a chegada da madrugada, fez-se um silêncio assustador no vilarejo.
c) Para espanto dos anfitriões, foi-se embora sem dar justificativas.
d) Afiam-se facas e tesouras em domicílio.
e) Abraçaram-se com euforia, pois não esperavam um reencontro.

Questão 41    (2017/VUNESP/TJ-SP/SERVIÇO SOCIAL) Leia o texto para responder


à questão.

Confirmando-se a análise do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, a

maior parte do Nordeste brasileiro enfrentará mais três meses de chuvas abaixo do

normal, de abril a junho, prolongando uma seca que já dura cinco anos.
(Folha de S.Paulo, 03/04/2017)

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Na oração “Confirmando-se a análise do Centro de Previsão do Tempo e Estudos

Climáticos...”, a palavra “se” tem o mesmo emprego que se verifica em:

a) Se houve restrições ao seu projeto, é porque precisa de melhorias.

b) Vivia-se muito bem por aqui, antes da invasão dos turistas.

c) Precisa-se de técnico em informática, com referências atualizadas.

d) Observa-se a fascinação das pessoas pelos recursos tecnológicos.

e) Os jovens amaram-se de imediato, quando se conheceram nas férias de verão.

Questão 42    (2016/VUNESP/CÂMARA DE TAQUARITINGA-SP/TÉCNICO LEGISLATI-

VO)

Os estereótipos são numerosos. Os grupos étnicos são estereotipados, os cida-

dãos de outras nações e religiões são estereotipados, os gêneros e as preferências

sexuais são estereotipados, as pessoas nascidas em várias épocas do ano são es-

tereotipadas (astrologia solar) e as ocupações são estereotipadas. A interpretação

mais generosa atribui esse modo de pensar a uma espécie de preguiça intelectual:

em vez de julgar as pessoas pelos seus méritos e deficiências individuais, nós nos

concentramos em uma ou duas informações a seu respeito, que depois inserimos

num pequeno número de escaninhos previamente construídos.

Isso poupa o trabalho de pensar, embora em muitos casos custe o preço de co-

meter uma profunda injustiça. Com isso, aquele que pensa por estereótipos tam-

bém fica protegido do contato com a enorme variedade de pessoas, a multiplicidade

de maneiras de ser humano. Mesmo que a estereotipagem seja válida em média,

está fadada a fracassar em muitos casos individuais: a variação humana passa por

curvas do tipo sino. Há um valor médio de qualquer qualidade, e números menores

de pessoas sumindo em ambos os extremos.


(Carl Sagan, “Maxwell e os ‘nerds’”. O mundo assombrado pelos demônios)

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Assinale a alternativa em que as alterações feitas no trecho – Há um valor médio

de qualquer qualidade, e números menores de pessoas sumindo em ambos os ex-

tremos. – resultam em concordância de acordo com a norma-padrão.

a) Existem valores médios de qualquer qualidades, e apenas 10% das pessoas

some em ambos os extremos.

b) Podem haver valores médios de quaisquer qualidades, e quantidade menor de

pessoas somem em ambos os extremos.

c) Especulam-se que pode haver valores médios de qualquer qualidades, e a mi-

noria das pessoas some em ambos os extremos.

d) Tratam-se de estimativas de valores médios de quaisquer qualidades, e apenas

um terço das pessoas somem em ambos os extremos.

e) Há estimativas de valores médios de quaisquer qualidades, e pequena parte das

pessoas some em ambos os extremos.

Questão 43    (2016/VUNESP/PREFEITURA DE REGISTRO-SP/ADVOGADO) Imagine

uma discussão, após um jogo de futebol, sobre um pênalti. “Ele obviamente foi

empurrado”, diz o torcedor de um time. “Que nada, se jogou”, diz o outro.

O mais interessante: ambos acreditam no que dizem. Ou seja, não se trata de

uma distorção deliberada da realidade, uma “malandragem”, mas de um viés invo-

luntariamente criado pelo cérebro.

Apostando que isso não se aplica só ao futebol, mas também se aplica a várias

outras áreas (como a política), um físico e professor da USP tem se dedicado a

mapear todos os mecanismos mentais que nos tornam seres tendenciosos – ele já

publicou artigos sobre o tema em revistas científicas e prepara um livro. Para André

Martins, isso é um problema inclusive para o método científico.

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Além do viés de confirmação – primeiro escolhemos um lado, depois seleciona-

mos os fatos que sejam adequados –, existem muitos outros mecanismos de par-
cialidade no nosso cérebro. Um dos mais famosos é o pensamento de grupo.
Estudos mostram que, se um voluntário desavisado é colocado em uma sala
cheia de atores, ele vai concordar com eles em várias questões, mesmo que es-
tejam obviamente errados. A maior parte dos voluntários chega a dizer que duas
retas evidentemente diferentes têm o mesmo tamanho, só porque os outros con-
cluíram isso antes deles.
“Um exemplo disso é uma assembleia estudantil”, diz Martins. “Não existe muita
permissão para ideias próprias, só alguns pensamentos são permitidos. Dissidentes
são de alguma forma humilhados”.
Uma historieta norte-americana sintetiza o assunto: em uma sala de reuniões,
o chefão dá o diagnóstico: “Nosso problema é que precisamos de mais opiniões
divergentes”, ao que os subordinados reagem, dizendo “com certeza, chefe”, “exa-
tamente o que eu penso”.
Estudos mais recentes, em que os cérebros dos voluntários são mapeados,
mostram que estar isolado, discordando da maioria, ativa regiões ligadas à dor, ou
seja, a rejeição de ser diferente machuca.
(Ricardo Mioto, Como estragar um raciocínio. Folha de S.Paulo, 28/11/2015. Adaptado)

Assinale a alternativa que reescreve a passagem seguinte, obedecendo à norma-


-padrão de concordância verbal e nominal.

Ou seja, não se trata de uma distorção deliberada da realidade, uma “malandra-

gem”, mas de um viés involuntariamente criado pelo cérebro. Não existe muita

permissão para ideias próprias, só alguns pensamentos são permitidos.

a) Ou seja, não se tratam de distorções deliberadas da realidade, uma “malandra-

gem”, mas de vieses involuntariamente criados pelo cérebro. Não vão haver per-

missões para ideias próprias, só se permite alguns pensamentos.

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b) Ou seja, não se trata de distorções deliberadas da realidade, uma “malandra-

gem”, mas de vieses involuntariamente criados pelo cérebro. Não pode haver per-

missões para ideias próprias, só se permitem alguns pensamentos.

c) Ou seja, não se tratam de distorções deliberadas da realidade, uma “malandra-

gem”, mas de viés involuntariamente criados pelo cérebro. Não pode existir per-

missões para ideias próprias, só se permite alguns pensamentos.

d) Ou seja, não se trata de distorções deliberada da realidade, uma “malandra-

gem”, mas de viés involuntariamente criado pelo cérebro. Não vão existir permis-

sões para ideias próprias, só é permitido alguns pensamentos.

e) Ou seja, não se trata de distorções deliberadas da realidade, uma “malandra-

gem”, mas de vieses involuntariamente criados pelo cérebro. Não pode existirem

permissões para ideias próprias, só alguns pensamentos se permitem.

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GABARITO
1. a 25. b

2. c 26. b

3. b 27. c

4. b 28. b

5. e 29. e

6. a 30. e

7. a 31. e

8. a 32. c

9. b 33. d

10. a 34. b

11. d 35. e

12. c 36. b

13. b 37. b

14. c 38. a

15. c 39. d

16. e 40. e

17. b 41. d

18. e 42. e

19. a 43. b

20. d

21. d

22. b

23. a

24. c

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (2017/VUNESP/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP/FARMACÊUTICO)
Leia um trecho da entrevista com o psiquiatra Miguel Chalub, para responder à
questão.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que a depressão será a doença mais
comum do mundo em 2030 – atualmente, 121 milhões de pessoas sofrem do pro-
blema.
Para o psiquiatra Miguel Chalub, há um certo exagero nessas contas. Ele defende
que tanto os pacientes quanto os médicos estão confundindo tristeza com depres-
são. Ele afirma que os psiquiatras são os que menos receitam antidepressivos, por-
que estão mais preparados para reconhecer as diferenças entre a “tristeza normal
e a patológica”.
ISTOÉ: Por que tantas previsões alarmantes sobre o aumento da depressão no
mundo?
Miguel Chalub: Porque estão sendo computadas situações humanas de luto, de
tristeza, de aborrecimento, de tédio. Não se pode mais ficar entediado, aborrecido,
chateado, porque isso é imediatamente transformado em depressão. É a medicali-
zação de uma condição humana, a tristeza. É transformar um sentimento normal,
que todos nós devemos ter, dependendo das situações, numa entidade patológica.
ISTOÉ: A que se deve essa mudança?
Miguel Chalub: Primeiro, a uma busca pela felicidade. Qualquer coisa que possa

atrapalhá-la tem que ser chamada de doença, porque, aí, justifica: “Eu não sou fe-

liz porque estou doente, não porque fiz opções erradas.” Dou uma desculpa a mim

mesmo. Segundo, à tendência de achar que o remédio vai corrigir qualquer dis-

torção humana. É a busca pela pílula da felicidade. Eu não preciso mais ser infeliz.

ISTOÉ: O que diferencia a tristeza normal da patológica?

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Miguel Chalub: A intensidade. A tristeza patológica é muito mais intensa. A normal

é um estado de espírito. Além disso, a patológica é longa.

(Adriana Prado. https://istoe.com.br/74405_O+HOMEM+NAO+ACEITA+MAIS+FICAR+TRISTE+/


Publicado em 26/05/2010. Adaptado.)

Considerando a expressão destacada no trecho selecionado do texto, assinale a

alternativa que apresenta, entre parênteses, o pronome e sua colocação aplicados

em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) Chalub defende que tanto pacientes quanto médicos estão confundindo triste-

za... (a estão confundindo)

b) Ele afirma que os psiquiatras são os que menos receitam antidepressivos...

(são os que menos receitam-lhes)

c) ... porque estão mais preparados para reconhecer as diferenças... (para a re-

conhecer)

d) ... é transformar um sentimento normal... (é lhe transformar)

e) ... achar que o remédio vai corrigir qualquer distorção humana... (vai corri-

gir-lhe)

Letra a.

Na letra b, seria necessário usar o pronome os; na c, pronome as; na d, pronome

o; na e, pronome a (na forma -la).

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Questão 2    (2017/VUNESP/TCE-SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO) Leia a charge para

responder à questão.

Em conformidade com a norma-padrão, a frase do marido também poderia ser ex-

pressa da seguinte forma:

a) Então, eu acertei ele com uma chinelada!

b) Então, por acaso eu não acertei-o com uma chinelada!

c) Então, eu o acertei com uma chinelada!

d) Lhe acertei mesmo uma chinelada, então!

e) Este relógio aí, eu acertei-no com uma chinelada, então!

Letra c.

Na a, usou-se um pronome pessoal do caso reto em posição de complemento; na

b, não se respeitou o fator de atração; na d, o pronome está iniciando o período;

na e, o correto seria usar o pronome -o.

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Questão 3    (2017/VUNESP/TCE-SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO) Assinale a alter-

nativa em que a frase – Tampouco se deve imaginar que basta uma lei para alterar

o status quo. (7º parágrafo) – está reescrita de acordo com a norma-padrão de

colocação pronominal e tem sentido compatível com o original.

a) Nem imagine-se que uma lei possa alterar tão pouco o status quo.

b) Não se deve imaginar, também, que basta uma lei para alterar o status quo.

c) Se deve imaginar o quanto uma lei pode alterar o status quo.

d) Deve-se imaginar que uma lei basta, muito menos, para alterar o status quo.

e) Não deve-se imaginar que pelo menos uma lei basta para alterar o status quo.

Letra b.

Na a e e, não se respeitou o fator de atração. Na c, o pronome está em início de

oração; na e, apesar de correta, o sentido original foi alterado.

Questão 4    (2017/VUNESP/PREFEITURA DE MARÍLIA-SP/AUXILIAR) Voluntários

respondem a cartas enviadas para Julieta

Junto à Casa de Julieta fica a sala do Clube de Julieta. O projeto existe oficial-

mente faz 30 anos e tem voluntários para responder, em diversas línguas, a cartas

enviadas de todo o mundo para Julieta, conhecida personagem da obra de Shakes-

peare.

As cartas normalmente são tristes e sobre problemas em relacionamentos amo-

rosos. Afinal, por mais que a famosa história seja romântica, também é bastante

trágica.

Para os casos mais delicados, envolvendo, por exemplo, risco de suicídio, o clu-

be tem a contribuição de um médico especialista.

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Desde os anos de 1930, cartas são enviadas a Verona; mas só nos anos de 1980

a entidade foi criada oficialmente com apoio do governo.

O projeto ficou ainda mais famoso com o filme “Cartas para Julieta” (2010), em

que a protagonista se junta aos voluntários do grupo e tenta ajudar pessoalmente

a mulher a quem aconselhou. No ano que se seguiu ao filme, quase 4.000 cartas

foram recebidas, segundo o Clube.

Há caixas de correio e computadores na Casa de Julieta para enviar mensagens.

Por outro lado, uma placa na entrada alerta que escrever nas paredes – a exemplo

de inúmeras pichações no hall de entrada – pode ser punido com multa de até €

1.039 ou prisão por até um ano.


(MK. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2909201111.htm. Adaptado)

Com o sucesso do filme “Cartas para Julieta”, o Clube recebeu inúmeras cartas e

prontamente enviou a todos os remetentes respostas detalhadas.

Os pronomes substituem corretamente as expressões destacadas na frase e respei-

tam a colocação pronominal estabelecida pela norma-padrão na alternativa:

a) recebeu-as … as enviou

b) recebeu-as … lhes enviou

c) as recebeu … enviou-as

d) lhes recebeu … lhes enviou

e) recebeu-lhes … as enviou

Letra b.

No primeiro caso, deve-se usar o pronome as, em posição de próclise ou ênclise.

No segundo caso, o pronome lhes, apenas em próclise.

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Questão 5    (2017/VUNESP/PREFEITURA DE MARÍLIA-SP/PROCURADOR JURÍDICO)

Rubem Braga e Mário de Andrade, dois bicudos que não se davam

Qual a razão da desavença entre Rubem Braga e Mário de Andrade, dois dos

mais influentes escritores brasileiros do século 20? Era sabido que os bicudos ja-

mais se beijaram, e a leitura de “Os Moços Cantam & Outras Crônicas Sobre Músi-

ca” – um dos três títulos de uma caixa recém-lançada – põe mais lenha na fogueira

da vaidade literária.

Em texto que permanecia inédito em livro, publicado em 1957 no “Diário de

Notícias”, Rubem Braga conta que, em cartas, o autor modernista se referia a ele

como “asa negra da minha vida”. Macabro, não?

O cronista desconfia que a hostilidade começou durante a Revolução de 1932.

Com 19 anos, Braga cobriu a revolta armada contra Getúlio Vargas, chegando a ser

preso como espião. O paulista não teria gostado do tom irônico das reportagens.

Um ano depois, os dois se encontraram na redação do jornal “Diário de São Paulo”.

Braga, que ocupava a mesa ao lado daquela em que Mário vinha à noite escrever

sua crítica de música, tentou uma aproximação – mas não foi bem recebido.

Já tendo se transformado no velho Braga, com as vastas sobrancelhas e o bigo-

de em forma de trapézio que lhe conferiam um ar ainda mais carrancudo, o “Sabiá

da Crônica” não poupou bicadas: “Em assuntos de amizade, tenho horror dessa

história de ‘trocar de bem’ e ‘trocar de mal’, e o maior tédio a confissões, acertos

de conta, explicações sentimentais com homens”.

O fato é que Rubem Braga foi, entre os jovens intelectuais dos anos 1930, o

único que não recebeu uma carta do guru Mário de Andrade. Se tivessem trocado

um bilhetinho que seja, poderiam ter sido amigos. Ao menos, por correspondência.
(Álvaro Costa e Silva. Folha de S.Paulo, 11/10/2016. Adaptado)

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Quanto à regência padrão, a expressão destacada em – … o autor modernista se

referia a ele como “asa negra da minha vida”. – está corretamente substituída

por:

a) o atribuía a alcunha

b) o concedia o apelido

c) lhe classificava de

d) lhe chamava de

e) o denominava de

Letra e.

Nas letras a e b, usou-se um pronome de objeto direto para um possível objeto in-

direto. Nas letras c e d, ocorreu o contrário. Basta conferir a transitividade de cada

um dos verbos.

Questão 6    (2017/VUNESP/PREFEITURA DE ITANHAÉM-SP/FISIOTERAPEUTA) A

quem pertence um país e quem tem o direito de morar nele?

Com um passado incomparável e camadas históricas extraordinariamente varia-

das, inclusive em seus momentos de fluxo e refluxo populacional, a Itália já fechou

o debate. A lotação está esgotada. Foram mais de 180000 pessoas, na maioria ab-

soluta vindas da África, no ano passado. Até organizações humanitárias dizem que

não dá mais para acomodar gente em cidadezinhas minúsculas, vilarejos medievais

ou bairros distantes de uma metrópole como Roma.

As ondas humanas criaram situações sem precedentes. As ONGs para as quais

sempre cabem muitos mais tornaram-se colaboradoras dos traficantes que ganham

com o comércio de gente, um escândalo ético espantoso. Começaram a fazer o

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bem e se transformaram em parte integrante de um processo de imensa perver-

sidade, cujos promotores praticam abusos indescritíveis. Embora cruel, o sistema

é de uma eficiência impressionante. Até os botes de borracha, cujos passageiros

pagam para ser resgatados por navios de ONGs, da Marinha italiana ou de outros

países europeus, são fabricados especificamente para esse tipo de transporte. Cada

passagem custa por volta de 1500 euros, ou 5500 reais. O negócio foi calculado em

390 milhões de dólares no ano passado.

A questão dos grandes deslocamentos humanos vindos do mundo pobre, en-

crencado, conflagrado ou simplesmente com menos benefícios sociais, em direção

ao mundo rico, já provocou conhecidas reações políticas, das quais a mais estrondo-

sa foi a eleição de Donald Trump. A palavra-chave no fenômeno atual é benefícios.

Ao contrário dos imigrantes que vieram para o Novo Mundo, entre os quais tantos

de nossos antepassados, com uma malinha, muitos carimbos nos documentos e

esperança de emprego, as ondas humanas atuais chegam aos países ricos com

abrigo, saúde e educação providos pelo Estado de bem-estar social. Organizações

supranacionais, como a própria União Europeia, também têm verbas para dar ga-

rantias inimagináveis pelos imigrantes do passado. O problema, como sabemos, é

que o dinheiro não aparece magicamente nos cofres dos Estados ou seus avatares.

(Vilma Gryzinski, Lotou ou ainda cabe mais? Veja, 26/07/2017. Adaptado) Consi-

dere a seguinte passagem do texto:

Começaram a fazer o bem e se transformaram em parte integrante de um processo

de imensa perversidade, cujos promotores praticam abusos indescritíveis.

Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado de acordo com a norma-

-padrão de regência verbal e colocação pronominal, além de manter coerência com

o sentido do original.

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a) Principiaram por fazer o bem; transformaram-se, porém, em parte que integra

um processo...

b) Iniciaram de fazer o bem, enquanto transformaram-se em parte a qual integra

a um processo...

c) Principiaram a fazer o bem; tanto que se transformaram em parte da qual inte-

gra um processo...

d) Iniciaram por fazer o bem, se transformaram, pois, em parte na qual integra um

processo...

e) Principiaram em fazer o bem; tão logo se transformaram em parte em que in-

tegra um processo...

Letra a.

Na b, o pronome se deveria estar em próclise; na d, o pronome se está após a pon-

tuação. Nas letras c e e, o problema é de regência (em “da qual” e “em que”), mas

falaremos mais acerca disso no PDF de orações adjetivas.

Questão 7    (2017/VUNESP/CÂMARA DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE ITANHAÉM-SP/

ASSISTENTE LEGISLATIVO) Assinale a alternativa em que os verbos conjugados e

a colocação dos pronomes em destaque apresentam-se de acordo com a norma-

-padrão.

a) Se eu vir uma mulher vindo em minha direção, não me desviarei dela.

b) Me esforcei para que a mulher me visse e se desviava de mim.

c) Talvez eu tinha evitado o choque se tinha desviado-me da mulher.

d) Desviem-se das pessoas quando verem que elas vêm em sua direção.

e) Se nos vermos diante de uma pessoa distraída, evitaremos colidir com ela.

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Letra a.

Na b e c, os erros estão relacionados à colocação pronominal. Na d e e, deveriam

ser empregados os verbos virem e virmos, respectivamente.

Questão 8    (2017/VUNESP/CÂMARA DE PORTO FERREIRA-SP/ASSESSOR DE IM-

PRENSA)

Ao mar

Choveu dias e depois amanheceu. Joel chegou à janela e olhou o quintal: estava

tudo inundado! Joel vestiu-se rapidamente, disse adeus à mãe, embarcou numa

tábua e pôs-se a remar. Hasteou no mastro uma bandeira com a estrela de David...

O barco navegava mansamente. As noites se sucediam, estreladas. No cesto de

gávea* Joel vigiava e pensava em todos os esplêndidos aventureiros.

– A la mar! A la mar! – gritava Joel entoando cânticos ancestrais. Despertando

pela manhã, alimentava-se de peixes exóticos; escrevia no diário de bordo e ficava

a contemplar as ilhas. Os nativos viam-no passar – um ser taciturno, distante, nas

águas, distante do céu. Certa vez – uma tempestade! Durou sete horas. Mas não

o venceu, não o venceu!

E os monstros? Que dizer deles, se nunca ninguém os viu?

Joel remava afanosamente; às vezes, parava só para comer e escrever no diá-

rio de bordo. Um dia, disse em voz alta: “Mar, animal rumorejante!” Achou bonita

esta frase; até anotou no diário. Depois, nunca mais falou. À noite, Joel sonhava

com barcos e mares, e ares e céus, e ventos e prantos, e rostos escuros, monstros

soturnos. Que dizer destes monstros, se nunca ninguém os viu?

Joel, vem almoçar! – gritava a mãe.

Joel viajava ao largo; perto da África.


(Moacyr Scliar, os melhores contos. Adaptado)

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*lugar, no topo dos mastros de embarcações antigas, de onde um marinheiro pers-

crutava o horizonte, para avistar terra

Quanto à colocação pronominal, as orações – Joel vestiu-se rapidamente... –; – As

noites se sucediam, estreladas. – e – Achou bonita esta frase [...]. Depois, nunca

mais falou. – estão reescritas, correta e respectivamente, em:

a) Rapidamente se vestiu Joel... / Sucediam-se, estreladas, as noites. / Achou bo-

nita esta frase [...]. Depois, nunca mais a falou.

b) Se vestiu Joel rapidamente... / As noites, estreladas, sucediam-se. / Achou bo-

nita esta frase [...]. Depois, nunca mais falou-a.

c) Joel, rapidamente, se vestiu... / Se sucediam as noites, estreladas. / Achou bo-

nita esta frase [...]. Depois, nunca mais a falou.

d) Vestiu-se, rapidamente, Joel... / Sucediam-se, estreladas, as noites. / Achou

bonita esta frase [...]. Depois, nunca mais falou-a.

e) Joel rapidamente vestiu-se... / Estreladas, se sucediam as noites / Achou bonita

esta frase [...]. Depois, nunca mais falou-a.

Letra a.

O primeiro trecho aparece com problemas de colocação pronominal nas letras b e

e; o segundo, nas letras c e e; o terceiro, nas letras b, d e e.

Questão 9    (2017/VUNESP/IPRESB-SP/ASSISTENTE PREVIDENCIÁRIO)

A idade das palavras

Já cansei de ver gente madura falando gíria para parecer jovem. O trágico é

que, em geral, a gíria é velha, daí que é terrível ver uma senhora madura e plasti-

ficada dizendo “Eu sou prafrentex!”.

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Esse termo foi usado nos anos 60 para dizer que uma jovem aceitava comporta-

mentos mais ousados, tipo viajar no fim de semana para a praia com um grupo de
amigos, o máximo de liberdade imaginável até então. Mas agora é passado… Assim
como as variações para falar de homem bonito. Houve época em que era “pão”,
agora se usa gato, se não estou atrasado… Volta e meia noto alguém exclamar à
passagem de um homem atlético: “Ai, que pão!”.
Esse é o mal das gírias. Marcam a juventude de cada um. O tempo passa, mas fica
difícil mudar o modo de falar.
Lembro o sucesso de “boko moko”, criado por uma marca de refrigerante para ro-
tular de cafona quem não tomava a tal bebida. Caiu na boca do povo. Cafona vale?
Ou devo dizer “out”, como na década de 90?
Reconheço, tenho saudade de certos termos. Lembro-me das conversas com os
amigos nos anos 70, quando fiz faculdade e era frequente ouvir “tou numas com
ela”, equivalente, guardadas algumas proporções, ao “ficar” de hoje em dia.
Que adolescente aceitaria hoje ir a um “mingau dançante”? Vão para a balada, para
a “night”. Aliás, a maioria foge de mingau e de qualquer delícia que engorde!
Muita gente odeia gíria e a considera um dialeto capaz de estraçalhar a língua. Elas
esquecem que, no seu tempo, também a usavam.
Não é fácil acompanhar sua evolução e, às vezes, me confundo: não sei se ainda
se fala “hype” para indicar algo que no passado foi “in”. Ou que alguém é “fashion”,
para dizer que está “nos trinques”, como nos anos 80.
A verdade é: não há botox ou plástica que resista. Gíria velha denuncia a idade
mais do que as rugas!
(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br/cidades/ a-idade-das-palavras/ Adaptado)

O termo “boko moko” foi criado para rotular as pessoas de cafona porque não

tomavam a tal bebida.

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Os pronomes que substituem corretamente as expressões destacadas e estão ade-

quadamente colocados na frase encontram-se na alternativa:

a) O termo “boko moko” foi criado para rotulá-las de cafona porque não tomavam-na.

b) O termo “boko moko” foi criado para rotulá-las de cafona porque não a tomavam.

c) O termo “boko moko” foi criado para as rotular de cafona porque não lhe tomavam.

d) O termo “boko moko” foi criado para rotular-lhes de cafona porque não toma-

vam-na.

e) O termo “boko moko” foi criado para lhes rotular de cafona porque não a tomavam.

Letra b.

No primeiro caso, deve-se usar o pronome as (em próclise ou ênclise).; no segun-

do, o pronome a, apenas em próclise.

Questão 10    (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/ESCRITURÁRIO) Leia o tex-

to “Ser perspicaz no trabalho” para responder a questão.

As redes sociais, as mensagens eletrônicas e o bate-papo on-line têm dado

novos horizontes ao trabalho contemporâneo, mas cobram um preço alto: tornam

mais evidentes as fragilidades de comunicação dos profissionais do mercado. Saber

como e quando falar com colegas de trabalho, superiores hierárquicos, clientes e

fornecedores nem sempre é de conhecimento notório dos brasileiros.

Segundo especialistas, uma das armadilhas é confundir o ambiente mais livre

da internet com as exigências da vida profissional. Outra preocupação é com o

tempo que vai ser gasto com cada uma das conversas, por isso o desafio é conse-

guir se comunicar de forma clara e objetiva, com o cuidado de transmitir todas as

informações necessárias, sem prolongar inutilmente a troca de mensagens.

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Para a professora de língua portuguesa Íris Gardino, é essencial saber qual é o

grau de formalidade necessário para os comunicados de trabalho. “Normalmente,

as pessoas não recebem qualquer formação para lidar com essas situações. Alguns

exageram em formalismos desnecessários e outros acabam escrevendo como se

estivessem em um bate-papo com amigos.”

Ela cita como informalidade excessiva o hábito que as pessoas desenvolvem na

internet de abreviar o maior número de palavras possível, de empregar termos va-

gos e imprecisos e de usar formatações de texto menos convencionais, como o uso

indiscriminado de fontes, cores de letras, caixa alta e itálico. O problema, segundo

a professora, é que muitos profissionais não desenvolvem a habilidade de escrever

de forma correta e coerente e ficam dependentes de ferramentas, como os reviso-

res de texto, que apresentam falhas.

Já Celi Langhi, professora na área de gestão de pessoas, chama a atenção para

os profissionais que diante de outros colegas muitas vezes se concentram apenas

na parte verbal do discurso, mas esquecem que o gestual e a expressão corporal

deles no momento em que estão falando também vão gerar uma interpretação

para quem está ouvindo a mensagem. “Um elogio feito de maneira displicente

pode ser interpretado como uma ironia e vai causar o efeito inverso do pretendido”,

exemplifica a especialista.
(Leonardo Fuhrmann. Revista Língua Portuguesa, janeiro de 2014. Adaptado)

Considere a frase reescrita com base nas ideias do texto.

As pessoas precisam de orientação para saber detectar o grau de formalidade ade-

quado aos comunicados de trabalho, entretanto elas normalmente não recebem

qualquer orientação desse gênero.

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De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o pronome que substitui

corretamente a expressão destacada e está adequadamente colocado na frase en-

contra-se na alternativa:

a) ... não a recebem.

b) ... não recebem-na.

c) ... não lhe recebem.

d) ... não o recebem.

e) ... não recebem-no.

Letra a.

Primeiramente, deve-se entender que é preciso empregar o pronome a (por ser ob-

jeto direto); em seguida, observar que, pelo fator de atração, deve haver próclise.

Questão 11    (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/ESCRITURÁRIO) Leia o texto

“Procura-se restaurante sem TV”, para responder à questão

No fim de semana passado, fui com a família a um dos nossos restaurantes

prediletos. É um desses lugares com cardápio gigante e pratos idem, ideal para um

almoção de domingo. Um dos atrativos do lugar é um agradável jardim com mesas

ao ar livre. O jardim é a parte do restaurante preferida por famílias. Fica cheio de

crianças nos fins de semana.

Ao chegar, tivemos uma surpresa: o restaurante havia colocado uma enorme

televisão no jardim, com caixas de som espalhadas por todo o lugar. A TV exibia –

juro – um programa sobre o cultivo de orégano. Somos clientes antigos do lugar.

Vamos tanto que até conhecemos os donos. Perguntei por que haviam decidido

instalar o aparelho.

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“Cansei de perder clientes porque não tínhamos TV”, disse um dos proprietários.

“Tem gente que chega aqui, pergunta se tem TV e, quando digo que não, vai embora.”

Triste, mas verdadeiro: achar um restaurante sem TV está ficando cada vez

mais difícil. Entendo que um restaurante de PF ou de almoço comercial tenha TV

nas paredes para os clientes verem as notícias ou os gols da noite anterior. É claro

que já fui com amigos a bares para assistir a jogos. Ninguém é contra a televisão.

Mas não consigo entender como uma família prefere ficar vendo um programa so-

bre plantação de orégano a conversar.

Nosso almoço foi uma depressão só: o som do programa impedia qualquer ten-

tativa de comunicação. Era impossível escapar do barulho da TV, já que as caixas

cobriam toda a área do lugar.

O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as famílias pareciam estar gos-

tando do programa. Na mesa ao lado, um casal passou o almoço todo sem trocar

uma palavra, aparentemente hipnotizado pelas informações sobre a melhor época

para plantar orégano.

Perdemos outro de nossos restaurantes favoritos. Uma pena. Mas tenho certeza

de que o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta.
(André Barcinski, Folha de S.Paulo, 09.05.2012. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a expressão destacada no

trecho do texto está corretamente substituída pelo pronome em:


a) ... o restaurante havia colocado uma enorme televisão no jardim... →... o
restaurante o havia colocado...
b) Perguntei por que haviam decidido instalar o aparelho. → Perguntei por que ha-
viam decidido instalá-la.
c) ... para os clientes verem as notícias ou os gols da noite anterior. → para
os clientes lhes verem.

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d) ... já que as caixas cobriam toda a área do lugar. → já que as caixas a co-
briam.
e) ... o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta. →... o lugar, agora com
TV, não vai sentir-lhe.

Letra d.
Na letra a, o pronome o não concorda com “televisão”; na b, la não concorda com
“aparelho”; na c, usou-se o pronome lhe para um objeto direto (o mesmo acontece
na letra e).

Questão 12    (2017/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO) Leia o

texto dos quadrinhos, para responder à questão.

Assinale a alternativa em que a frase baseada nas falas dos quadrinhos apresenta

emprego e colocação de pronomes de acordo com a norma-padrão.

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a) O garoto respondeu à menina, perguntando-a onde estava o advogado dela.

b) A menina afirmou ao garoto que poderá processar ele, caso este não ajudar-lhe

com a lição de casa.

c) A menina afirmou ao garoto que poderia processá-lo, se este não a ajudasse

com a lição de casa.

d) Em resposta à menina, o garoto resolveu perguntá-la onde estava o advogado

dela.

e) A menina ameaçou processar-lhe, caso o garoto não ajudasse-a com a lição de

casa.

Letra c.

Na a, o correto seria perguntando-lhe; na b, deveria ser usado ajudá-la ou a ajudar

(verbo no infinitivo); na d, perguntar-lhe; na e, processá-lo e a ajudasse.

Questão 13    (2017/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO)

O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da

garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos

cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes

quieto, sem quase pensar, e apenas sentir – era tão bom. A concentração no sentir

era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.

E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o

barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! Como deixava a garganta seca.

A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio-dia tornara-se quente e árida

e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente jun-

tava.

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Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a

mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, pe-

netrando entre os arbustos, espreitando, farejando. O instinto animal dentro dele

não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava... o chafariz de

pedra, de onde brotava num filete a água sonhada.

O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a

chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.

De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente no orifício de onde

jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga.

Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se

saciar. Agora podia abrir os olhos.

Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que

era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água.

E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pe-

dra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.

Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia-se intrigado. Olhou a estátua nua.

Ele a havia beijado.

Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e

tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva.


(Clarice Lispector, “O primeiro beijo”. Felicidade clandestina. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o pronome em destaque está empregado com o mes-

mo sentido de posse que tem o pronome “lhe”, na passagem – Ele, um dos garotos

no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e en-

trar-lhe pelos cabelos...

a) Faça-a ver que ninguém está questionando sua atitude.

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b) Pegou-me a mão, tentando encorajar-me a tomar uma decisão.

c) Não vá forçá-lo a assumir função para a qual não se acha preparado.

d) Não esperávamos entregar-lhes nossos documentos naquele momento.

e) Chegou-nos a notícia do desaparecimento do helicóptero.

Letra b.

No PDF anterior, comentei que o assunto “adjuntos adnominais” e complementos

nominais foi explorado pela Vunesp por meio dos pronomes, certo? Eis a questão!

O pronome “lhe”, nos dois casos do enunciado, funciona como adjunto adnominal

(no rosto dele e pelos cabelos dele). O mesmo ocorre na B, em que é possível notar

que alguém pegou a minha mão.

Questão 14    (2017/VUNESP/TJ-SP/SERVIÇO SOCIAL) Leia a charge.

Assinale a alternativa em que a reescrita da frase da personagem expressa a ideia

do texto original e está de acordo com a norma-padrão.

a) Me preocupa seriamente a aposentadoria... Alheia...

b) Me preocupa seriamente a aposentadoria? Nem a alheia...

c) Preocupo-me seriamente com a aposentadoria – alheia...

d) Tenho preocupado-me seriamente com isso: a aposentadoria alheia.

e) Seriamente preocupo-me com a aposentadoria alheia...

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Letra c.

Nos dois primeiros casos, o pronome está em início de período. Na d, usou-se ên-

clise com verbo no particípio. Na e, o fator de atração foi desrespeitado.

Questão 15    (2017/VUNESP/TJ-SP/SERVIÇO SOCIAL) Leia o texto para responder à

questão.

Muita gente não gosta de Floriano Peixoto, o “Marechal de Ferro”. Em 1892, um

senador, almirante e políticos sediciosos __________. Ele avisara: “Vão discutin-

do, que eu vou mandando prender”. Encheu a cadeia, e o advogado Rui Barbosa

bateu às portas do Supremo Tribunal Federal para ___________. Floriano avisou:

“Se os juízes concederem habeas corpus aos políticos, eu não sei quem amanhã

___________ o habeas corpus de que, por sua vez, necessitarão”.


(Élio Gaspari. Folha de S.Paulo, 11.12.2016. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchi-

das, respectivamente, com:

a) desafiaram-lhe... soltar eles... dará à eles

b) desafiaram ele... soltar-lhes... dar-lhes-á

c) desafiaram-no... soltá-los... lhes dará

d) desafiaram-no... soltar-os... dá-los-á

e) desafiaram-o... soltar-nos... os dará

Letra c.

Na primeira lacuna, deve-se usar um pronome que sirva para OD (o que só ocorre

nas letras c e d). Na segunda, além de ser um pronome para OD, é preciso empre-

gá-lo na forma correta (pois o verbo termina em R); na terceira, o pronome deve

ser de OI e ainda respeitar o fator de atração.

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Questão 16    (2017/VUNESP/TJ-SP/PSICÓLOGO) Leia o texto para responder à

questão.

A moléstia conservou durante muitos dias – dias angustiosos e terríveis – um

caráter de excessiva gravidade; durante longo tempo, Fadinha, que estava com todo

o corpo cruelmente invadido pela medonha erupção, teve a existência por um fio.

Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal, e

Fadinha ficou boa, completamente boa, depois de ter estado suspensa entre a vida

e a morte.

Ficou boa, mas desfigurada: a moça mais bonita do Rio de Janeiro transforma-

ra-se num monstro. Aquele rosto intumescido e esburacado não conservara nada,

absolutamente nada da beleza célebre de outrora. Ela, porém, consolou-se vendo

que o amor de Remígio, longe de enfraquecer, crescera, fortificado pelo espetáculo

do seu martírio.

A mãe, conquanto insensível às boas ações, não pôde disfarçar a admiração e

o prazer que o moço lhe causou no dia em que lhe pediu a filha em casamento,

dizendo:

– Só havia um obstáculo à minha felicidade: era a formosura – de Fadinha.

Agora que esse obstáculo desapareceu, espero que a senhora não se oponha a um

enlace que era o desejo de seu marido.

Realizou-se o casamento. D. Firmina, desprovida sempre de todo o senso moral,

entendeu que devia ser aproveitado o rico enxoval oferecido pelo primeiro noivo;

Remígio, porém, teve o cuidado de fazer com que o restituíssem ao barão. A ceri-

mônia efetuou-se com toda a simplicidade, na matriz do Engenho Novo.

Um ano depois do casamento, Fadinha estava outra vez bonita, não da boniteza

irradiante e espetaculosa de outrora, mas, enfim, com um semblante agradável, o

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quanto bastava para regalo dos olhos enamorados do esposo. Remígio dizia, since-

ramente, quem sabe? que a achava assim mais simpática, e os sinais das bexigas

lhe davam até um “não sei quê”, que lhe faltava dantes.

– Não é bela que me inquiete, nem feia que me repugne. Era assim que eu a

desejava.

O caso é que ambos foram muito felizes. Ainda vivem. Remígio é atualmente um

alto funcionário, pai de cinco filhos perfeitamente educados.


(Arthur Azevedo, “A moça mais bonita do Rio de Janeiro”. Em: Seleção de Contos, 2014. Adap-
tado)

Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo com a

norma padrão.

a) Nada conservara-se da beleza anterior de Fadinha, que consolou-se vendo que

o amor de Remígio crescera.

b) A moça mais bonita do Rio de Janeiro ficou boa, mas desfigurada: tinha trans-

formado-se num monstro.

c) Remígio incomodaria-se caso Fadinha aproveitasse o enxoval oferecido pelo pri-

meiro noivo.

d) O semblante da esposa de Remígio não inquietava-o e nem repugnava-o, pois

assim ele desejava-a.

e) Vendo o novo semblante de Fadinha, Remígio achava-a mais simpática, com

algo que o encantava.

Letra e.

Na a e na d, há desrespeito ao fator de atração; na b e na c, usou-se ênclise com

verbos no particípio e no futuro, respectivamente.

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Questão 17    (2017/VUNESP/CRBIO – 1º REGIÃO/AUXILIAR ADMINISTRATIVO)


Leia o texto de Adriana Gomes para responder à questão.
Tentação do imediato

É difícil definir o status de uma época quando ainda se está nela, mas certamen-
te uma das características marcantes do momento atual é o imediatismo. Percebo a
tendência de simplificação nos procedimentos e a opção pelas ações que oferecem
vantagens imediatas e menores riscos, sem considerar as consequências futuras.
Esse comportamento pode ser resultante da dificuldade de se lidar com as frus-
trações geradas, basicamente, por três motivos: demora, contrariedade e conflito.
Seus efeitos podem ser agressão, regressão e fuga. Um experimento famoso feito
na Universidade Stanford (EUA), no final dos anos 1960, testou a capacidade de
crianças resistirem à atração da recompensa instantânea – e rendeu informações
úteis sobre a força de vontade e a autodisciplina. Aquelas que resistiram tiveram
mais sucesso na vida.
A atitude imediatista praticamente impacta todas as decisões, desde a vida pes-
soal à rotina das empresas, chegando até à condução do país. O que importa é o
hoje e o agora!
Muitas vezes, o valor da durabilidade e da consistência – o longo prazo – pare-
ce uma história fantasiosa. Entretanto, a vida prática confirma que o investimento
em educação de qualidade e a dedicação aos estudos, por exemplo, geram bons

resultados futuros. Profissionais bem qualificados e competentes em suas áreas de

atuação, ou seja, aqueles que se dedicaram, aprofundaram seus conhecimentos e

os praticaram, costumam encontrar melhores opções na vida profissional.

É preciso, todavia, acreditar nessa equação e investir tempo e dinheiro para

colher seus frutos. Os atalhos são tentadores, mas seus resultados a longo prazo

tendem a ser frustrantes.


(Folha de S.Paulo, 31.01.2016. Adaptado)

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Leia o trecho do quarto parágrafo: A atitude imediatista praticamente impacta to-


das as decisões...
O pronome que substitui corretamente a expressão destacada e está adequada-
mente colocado no trecho selecionado encontra-se em:
a) A atitude imediatista praticamente impacta-as...
b) A atitude imediatista praticamente as impacta...
c) A atitude imediatista praticamente impacta-se...
d) A atitude imediatista praticamente impacta-lhes...
e) A atitude imediatista praticamente lhes impacta...

Letra b.
Primeiramente, deve-se usar um pronome para objeto direto (as), mas, na letra a,
o fator de atração foi desrespeitado.

Questão 18    (2017/VUNESP/CÂMARA DE MOGI DAS CRUZES-SP/PROCURADOR


JURÍDICO) Leia o texto “Star Trek” para responder à questão.
Quando estreou, em 1966, a série “Jornada nas Estrelas” exibia um futuro que
parecia realmente improvável e distante. A série era ambientada no século 23 e

acompanhava as aventuras dos tripulantes da nave espacial Enterprise, com a mis-

são de explorar o espaço e ir “aonde nenhum homem jamais esteve”.

O teletransporte ainda não virou realidade, mas muitos gadgets* da série passa-

ram a integrar o cotidiano. Sempre que o capitão Kirk estava em apuros, abria seu

comunicador e entrava em contato com a equipe. Trinta anos depois, a Motorola

lançou o StarTAC, popularizando o uso da telefonia móvel. Os acertos não pararam

por aí: da impressora 3D à televisão de tela plana, dos disquetes aos dispositivos

USB, a série previu com surpreendente exatidão a relação do homem com a tec-

nologia.

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“Jornada nas Estrelas” era transgressora em sua diversidade: a equipe tinha ho-
mens e mulheres de diferentes etnias trabalhando em igualdade. Hoje, ainda não
existem habitantes de Vulcano morando entre nós, mas a ideia de que pessoas de
gêneros e etnias diferentes possam cumprir as mesmas funções não é mais algo
utópico.
(Aventuras na História, outubro de 2014. Adaptado)

*gadgets: dispositivos, aparelhos


Observe as expressões destacadas nas frases reescritas do texto.
• Ambientada no século 23, a série sempre retratava as aventuras dos tripu-
lantes da Enterprise, e a missão era explorar o espaço enfrentando o desco-
nhecido.
• Trinta anos depois, a Motorola lançou o StarTAC, que popularizou o uso da
telefonia móvel.

Assinale a alternativa em que os pronomes substituem, corretamente, as expres-


sões destacadas e estão colocados adequadamente nas frases de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa.
a) ...sempre retratava-as... /...era explorá-lo... /...que lhe popularizou...
b) ...sempre retratava-as... /...era o explorar... /...que o popularizou...
c) ...sempre lhes retratava... /...era explorá-lo... /...que popularizou-lhe...
d) ...sempre as retratava... /...era o explorar... /...que popularizou-o...
e) ...sempre as retratava... /...era explorá-lo... /...que o popularizou...

Letra e.
No primeiro caso, deve-se usar um pronome para OD (as) em próclise (devido ao

fator de atração); no segundo, um pronome para OD (o) em próclise ou ênclise; na

terceira, um pronome para OD (o) em próclise (devido ao fator de atração).

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Questão 19    (2016/VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/ASSISTENTE DE


GESTÃO) Leia o texto “Infância na praia”, de Danuza Leão, para responder à ques-
tão.

Não se pode dar corda à memória: a gente começa brincando, mas ela não faz
cerimônia e vai invadindo nossas mentes e nossos corações. Para mim são, ainda

e sempre, as recordações da infância na praia muito mais fortes do que eu podia

imaginar.

No terreno das brincadeiras, a mais comum era o caldo: quem não se lembra

do terror de levar um? Também se brincava de jogar areia nos outros, aos gritos,

para horror dos adultos, e a pior de todas: se deixar ser enterrada ficando só com a

cabeça de fora, e todo mundo fingir que ia embora, só de maldade, deixando você

sozinha e esquecida.

No terreno mais leve, a grande proeza era mergulhar e passar por baixo das

pernas abertas da prima, lembra? Aliás, essa é uma raça em extinção: as primas.

Elas eram muitas, e a convivência, intensa. Hoje, nas cidades grandes, existem

poucas tias e pouquíssimas primas.

As crianças catavam conchas para colar, e era difícil fazer um buraquinho com

um prego e um martelinho, sem quebrar a concha, para passar o barbante. As

cor-de-rosa eram as mais lindas, e, quando se encontrava um búzio, era uma ver-

dadeira festa. As conchas acabaram; onde terão ido parar?

No final da tarde, a praia já sem sol, voltavam os barcos de pesca: as pessoas

ficavam em volta comprando o peixe nosso de cada dia, que seria feito naquela

mesma noite. Naquele tempo não havia nem alface nem tomate nem molho de

maracujá, e para dar uma corzinha na comida se usava colorau – já ouviu falar?

Camarão só às vezes, mas, em compensação, havia cações com a carne rija,

que davam uma moqueca muito boa. Os peixes eram vendidos por lote, não custavam

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quase nada, e o que sobrava era distribuído ali mesmo. Mas os fregueses eram

honestos, e ninguém deixava de comprar para levar algum de graça, no final das

transações.

Às vezes corria um boato assustador: de que o mar estava cheio de águas-vi-

vas, o que era um acontecimento. Água-viva é uma rodela gelatinosa que, segundo

diziam, se encostasse no corpo, queimava como fogo. Ia todo mundo para a bei-

ra da água tentando ver alguma, mas ninguém entrava no mar, de medo. No dia

seguinte, a areia estava cheia delas, e com uma varinha a gente ficava mexendo,

sempre com muito cuidado: afinal, era uma gelatina, mas viva – uma coisa mesmo

muito estranha.

Para evitar queimaduras, se usava óleo Dagele, e se alguém dissesse que anos

depois uma massagem de algas, daquelas mesmas algas verdes e marrons com as

quais a gente dançava dentro da água, não custaria menos de US$ 100 em Nova

York ou Paris, ninguém acreditaria.

Naquele tempo não havia refrigerantes, não se tomava água gelada, e as crian-

ças rezavam uma ave-maria antes de dormir, sendo que algumas ajoelhadas.

Não havia abajur nas mesas de cabeceira e na hora de dormir se apagava a luz

do teto, com sono ou sem sono, e ficávamos com os pensamentos voando, espe-

rando o sono chegar.

E ninguém se queixava de nada, até porque não havia do que se queixar, porque

era assim e pronto.


(Folha de S.Paulo, 17.04.2005. Adaptado)

Leia a frase do quarto parágrafo.

As crianças catavam conchas para colar, e era difícil fazer um buraquinho com

um prego e um martelinho, sem quebrar a concha, para passar o barbante.

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As expressões destacadas na frase podem ser substituí- das corretamente por:

a) catavam-nas / fazê-lo / quebrá-la.

b) catavam-nas / fazê-lo / quebrar-lhe.

c) catavam-nas / fazer-lhe / quebrar-lhe.

d) catavam-lhes / fazê-lo / quebrá-la.

e) catavam-lhes / fazer-lhe / quebrá-la.

Letra a.

No primeiro caso, deve-se usar um pronome para OD (o que elimina as letras d e

e). No segundo, um pronome também para OD (o que elimina a letra c). No tercei-

ro, um pronome para OD (o que elimina a b).

Questão 20    (2016/VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/ASSISTENTE DE

GESTÃO) Leia os textos baseados no livro “Falando de grana”, de Patrícia Broggi,

para responder à questão.

(Folha de S. Paulo, 04/12/2010. Adaptado)

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De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o pronome destacado está

corretamente colocado na frase em:

a) Em tratando-se de estabelecer prioridades financeiras, a ida ao supermercado


é boa estratégia.
b) Se publicam, atualmente, muitos livros que tratam de economia doméstica.
c) Muitas pessoas felizmente tornaram-se menos consumistas, evitando a compra
de itens desnecessários.
d) As pessoas que se dispõem a pechinchar fazem negociações vantajosas e sem-
pre economizam.
e) Alguns jovens dedicariam-se a usar bem a própria mesada, se não tivessem
pais que atendem a todas as suas vontades.

Letra d.
Nas letras a e c, há desrespeito ao fator de atração; na letra b, o pronome está em
início de oração. Na e, usou-se ênclise com verbo no futuro.

Questão 21    (2016/VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/ASSISTENTE ESCO-


LAR)
Preconceito na escola

Não há um único dia em que vários preconceitos, dos mais diversos tipos, não
se expressem em ambiente escolar. Aliás, é no mínimo estranho que tenhamos
tantas preocupações e campanhas contra o chamado bullying na escola e pouco
ou quase nada contra o preconceito. Afinal, a maior parte dos comportamentos de
assédio moral* nasce de preconceitos!

Recentemente tivemos notícia de dois episódios de preconceito na escola: o da

mãe que recebeu um bilhete da professora pedindo para aparar ou prender os

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cabelos dos filhos (ambos negros) – fato ocorrido em nosso país – e o da garota

negra lanchando sozinha ao lado de uma mesa com vários colegas brancos juntos

– este, ocorrido na África do Sul.


Muita gente se indignou, mas muita gente também não viu nada de mais em
ambos os casos. Choveram justificativas e até acusações para explicar as situações,
o que sinaliza como é difícil reconhecer nossos preconceitos e, acima de tudo, con-
ter suas manifestações e colaborar para que a convivência social seja mais digna.
Por que enviamos nossos filhos para a escola? Hoje, não dá mais para aceitar
como uma boa razão apenas o ensino das disciplinas do conhecimento. Essa razão
é pobre em demasia para motivar o aluno a aprender. Para que nossos filhos ga-
rantam um futuro de sucesso? O estudo escolar não oferece mais essa garantia.
Deveríamos ter como forte razão para enviar nossos filhos à escola o preparo
para a cidadania, ou seja, o ensino dos valores sociais que vão colaborar para a
formação de um cidadão de bem. Ensinar a reconhecer os principais preconceitos
de nossa sociedade, suas várias formas de manifestação e como combatê-los é
função das mais importantes da escola.
*assédio moral: exposição de alguém a situações humilhantes e constrangedoras,
repetitivas e prolongadas, durante a jornada de trabalho e no exercício de suas
funções.
(Rosely Sayão. www.folha.uol.com.br, 28.06.2016. Adaptado)

No contexto do último parágrafo, a forma pronominal -los, em destaque no texto,

faz referência a:

a) filhos.

b) ensino.

c) valores.

d) preconceitos.

e) sociedade.

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Letra d.

Questão de coesão. Basta ler o texto e encontrar a referência do pronome.

Questão 22    (2016/VUNESP/CÂMARA DE TAQUARITINGA-SP/TÉCNICO LEGISLATI-

VO) Assinale a alternativa em que os pronomes estão empregados e colocados em

conformidade com a norma-padrão.

a) Nos concentramos em uma ou duas informações e, depois, inserimos-las em

escaninhos.

b) Pensamentos estereotipados atingem diversas pessoas; julgam-nas com base

em generalizações, sem lhes avaliar os méritos.

c) Quanto a esse modo de se pensar, a interpretação mais generosa atribui ele à

preguiça intelectual.

d) Nunca dão-se o trabalho de pensar, embora isso os custe o preço de cometer

uma injustiça.

e) Aquele que pensa por estereótipos também protege-se do contato com muitas

pessoas.

Letra b.

Nas letras d e e, desrespeitou-se o fator de atração; na a, há um pronome em iní-

cio de período e um ajuste incorreto do pronome (inserimo-las); na c, usou-se um

pronome pessoal do caso reto como complemento verbal.

Questão 23    (2016/VUNESP/PREFEITURA DE ALUMÍNIO-SP/PROCURADOR JURÍDI-

CO) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto a seguir.

No caminho de Swann é o primeiro da série de sete romances que compõem a obra

Em busca do tempo pedido, de Marcel Proust. Teve em Mario Quintana um leitor

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arguto, que ___________ para o português e preservou o alto teor lírico do texto

original, certamente ____________ sua sensibilidade criativa.

a) o traduziu... lhe emprestando

b) traduziu-o... emprestando-lhe

c) lhe traduziu... o emprestando

d) o traduziu... emprestando-o

e) traduziu-lhe... emprestando-lhe

Letra a.

Na primeira lacuna, deve-se usar um pronome de OD em próclise (pelo fator de

atração). Na segunda, um pronome de OI em próclise (pelo fator de atração).

Questão 24    (2016/VUNESP/MPE-SP/BIÓLOGO) A República dos Estados Unidos

da Bruzundanga tinha, como todas as repúblicas que se prezam, além do presiden-

te e juízes de várias categorias, um Senado e uma Câmara de Deputados, ambos

eleitos por sufrágio direto e temporários ambos, com certa diferença na duração do

mandato: o dos senadores, mais longo; o dos deputados, mais curto.

O país vivia de expedientes, isto é, de cinquenta em cinquenta anos descobria-se

nele um produto que ficava sendo a sua riqueza. Os governos taxavam-no a mais

não poder, de modo que os países rivais, mais parcimoniosos na decretação de

impostos sobre produtos semelhantes, acabavam, na concorrência, por derrotar a

Bruzundanga; e, assim, ela fazia morrer a sua riqueza, mas não sem os estertores

de uma valorização duvidosa. Daí vinha que a grande nação vivia aos solavancos,

sem estabilidade financeira e econômica; e, por isso mesmo, dando campo a que

surgissem, a toda hora, financeiros de todos os seus cantos e, sobretudo, do seu

parlamento.

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Naquele ano, isto dez anos atrás, surgiu na sua Câmara um deputado que falava

muito em assuntos de finanças, orçamentos, impostos diretos e indiretos e outras

coisas cabalísticas da ciência de obter dinheiro para o Estado. Chamava-se o depu-

tado Felixhimino ben Karpatoso. Se era advogado, médico, engenheiro ou mesmo

dentista, não se sabia bem; todos tratavam-no de doutor, embora nada se conhe-

cesse dele.

(Lima Barreto, Um grande financeiro. Os bruzundangas. Adaptado)

O contexto em que, segundo a norma-padrão, o pronome “se” pode ser colocado

antes ou depois do verbo, é:

a) ... como todas as repúblicas que se prezam...

b) Chamava-se o deputado Felixhimino ben Karpatoso.

c) ... de cinquenta em cinquenta anos descobria-se nele um produto...

d) ... não se sabia bem...

e) ... embora nada se conhecesse dele.

Letra c.

Como há sujeito explícito em oração absoluta, a posição do pronome torna-se fa-

cultativa.

Questão 25    (2016/VUNESP/UFABC/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) A alterna-

tiva que apresenta colocação dos pronomes destacados e pontuação de acordo com

a norma-padrão é:

a) Nos foi informado, que as delegações visitariam-nos amanhã, depois das 15

horas.

b) Afirma-nos que os produtos, assim como as notas fiscais, estarão disponíveis

amanhã, para que os despachem.

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c) Perguntou-me: se eu estaria disposto, a entregar as provas, que me dariam

proteção.

d) Ninguém comprometeu-se com o projeto, afirmando: que era perda de tempo.

e) Tendo elogiado-nos pela rapidez, na entrega, garantiram que vão ficar fregueses.

Letra b.

Na letra, há um pronome em início de período e uma ênclise com verbo no futuro;

na D, houve desrespeito ao fator de atração; na E, usou-se ênclise com verbo no

particípio. Na C, há problemas de pontuação (não deveria haver os dois pontos e a

primeira vírgula, mas falaremos mais sobre isso no próximo PDF).

Questão 26    (2016/VUNESP/PREFEITURA DE SÃO PAULO-SP/ANALISTA)

O mundo vive hoje um turbilhão de sentimentos e reações no que diz respeito

aos refugiados. Trata-se de uma enorme tragédia humana, à qual temos assistido

pela TV no conforto de nossas casas.

Imagens dramáticas mostram famílias inteiras, jovens, crianças e idosos che-

gando à Europa em busca de um lugar supostamente mais seguro para viver.

Embora os refugiados da Síria tenham ganhado maior destaque, existem ainda os

refugiados africanos e os latino-americanos.

Dentro da América Latina, vemos grandes migrações, uma marcha de pessoas

que buscam o refúgio, mas que terminam em uma espécie de exílio.

O Brasil, que sempre se destacou por sua capacidade de acolher diferentes

culturas, apresenta uma das sociedades com maior diversidade. Podemos afirmar

nossa capacidade de lidar com o multiculturalismo com bastante naturalidade, em-

bora, muitas vezes, a questão seja tratada de maneira superficial. Por outro lado,

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o preconceito existente, antes disfarçado, deixou de ser tímido e passou a se ma-


nifestar de forma aberta e hostil. Comparado a outros países, o Brasil não recebe
um número elevado de refugiados, e a maioria da sociedade brasileira aceita-os,
acreditando que é possível fazer algo para ajudá-los, mesmo diante do momento
crítico da economia e da política.
Diante desse cenário, destacam-se as iniciativas de solidariedade, de forma
objetiva e praticada por jovens estudantes de nossas universidades. Com a cabeça
aberta e o respeito ao diferente, muitos deles manifestam uma visão de mundo que
permite acreditar em transformações sociais de base.
(Soraia Smaili, Refugiados no Brasil: entre o exílio e a solidariedade. Em: cartacapital.com.br.
02/02/2016. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, conforme a norma-


-padrão.
a) Quando dão-se conta da situação dos refugiados, as pessoas já põem-se a aco-
lhê-los sem discriminação.
b) No Brasil, vê-se que o número de refugiados não é tão grande. Aceita-os, sem
restrição, boa parte da população.
c) Se veem imagens dramáticas dos refugiados na TV. Não trata-se de ficção: é a
pura realidade.
d) Têm visto-se turbilhões de refugiados. O mundo os vê se deslocarem em busca
de uma vida melhor.
e) Os refugiados buscam uma vida melhor. Discriminaria-os aqueles que desco-
nhecem a solidariedade.

Letra b.

Nas letras a e c, há desrespeito ao fator de atração (nesta ainda há um pronome em

início de período). Na d, uma ênclise com particípio. Na e, uma ênclise com futuro.

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Questão 27    (2016/VUNESP/CÂMARA DE MARÍLIA-SP/PROCURADOR JURÍDICO)

Uma noite no mar Cáspio

Na semana passada, uma aluna da Sorbonne foi encarregada de fazer um es-

tudo sobre a literatura latino-americana, mal informada de tudo, inclusive sobre a

América Latina. Veio entrevistar algumas pessoas e, não sei por que, pediu-me que

a recebesse para uma conversa que pudesse explicar o Brasil com apenas um título

que serviria de roteiro para o trabalho que deveria apresentar.

Já me pediram coisas extravagantes, recusei algumas, aceitei outras. Aleguei

minha incompetência para titular qualquer coisa.

Mas não quis decepcionar a moça. Pensando na atual crise política, sugeri “Gar-

ruchas e punhais” – era o nome da briga entre os meninos da rua Cabuçu contra os

meninos da rua Lins de Vasconcelos. Morei nas duas e era considerado um espião

a soldo de uma ou de outra. O que no fundo era verdade, considerava idiotas os

dois lados.

A moça riu mas não gostou. Todos os países têm garruchas e punhais. Dei outra

sugestão: “O mosteiro de tijolos de feltro”. Ela não gostou – nem eu. Parti então

para uma terceira via, por sinal, a mais estúpida. Pensou um pouco, inicialmente

recusou. Olhou bem para mim e aprovou: “Uma noite no mar Cáspio”. Para meu

espanto, ela aceitou.

Acredito que os professores da Sorbonne também gostarão. E eu nem sei onde

fica o mar Cáspio, embora também não saiba onde fica o Brasil.
(Carlos Heitor Cony. Folha de S.Paulo, 26.01.2016. Adaptado)

________ uma aluna da Sorbonne que a recebesse para uma conversa que pudes-

se explicar o Brasil com apenas um título que _____ de roteiro para o trabalho que

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deveria apresentar. Já me pediram coisas extravagantes, recusei algumas, aceitei

outras. Mas não _________.

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser preenchi-

das, respectivamente, com:

a) Pediu-me... serviria-lhe... lhe quis decepcionar

b) Me pediu... servir-lhe-ia... quis decepcioná-la

c) Pediu-me... lhe serviria... a quis decepcionar

d) Me pediu... o serviria... quis decepcionar-lhe

e) Pediu-me... serviria-o... quis decepcioná-la

Letra c.

Na primeira lacuna, o pronome deve estar em ênclise (o que elimina as letras b e

d); na segunda, um pronome de OI em próclise (pelo fator de atração); na terceira,

a próclise se dá pelo fator de atração.

Questão 28    (2016/VUNESP/IPSMI/PROCURADOR) Assinale a alternativa em que

a colocação pronominal e a conjugação dos verbos estão de acordo com a norma-

-padrão.

a) Eles se disporão a colaborar comigo, se verem que não prejudicarei-os nos ne-

gócios.

b) Propusemo-nos ajudá-lo, desde que se mantivesse calado.

c) Tendo avisado-as do perigo que corriam, esperava que elas se contessem ao

dirigir na estrada.

d) Todos ali se predisporam a ajudar-nos, para que nos sentíssemos à vontade.

e) Os que nunca enganaram-se são poucos, mas gostam de que se alardeiem seus

méritos.

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Letra b.

Nas letras a e e, houve desrespeito ao fator de atração. Na c, ênclise com particípio.

Na d, emprego incorreto do verbo (o correto seria predispuseram).

Questão 29    (2016/VUNESP/UNIFESP/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO)

Leia os quadrinhos.

Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da fala da

personagem, no primeiro quadrinho, devem ser preenchidas, respectivamente, com:

a) algum... me livrar

b) o... livrar eu

c) esse... me livrar

d) um... livrar eu

e) este... me livrar

Letra e.
Na primeira lacuna, usa-se “este” porque o gato está próximo de quem fala. Além
disso, o pronome oblíquo “me” é necessário por se tratar de OD.

Questão 30    (2016/VUNESP/CÂMARA DE MARÍLIA-SP/AGENTE DE COPA) Conside-


re o texto a seguir.

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Inicialmente comercializado pelos árabes, o café é, hoje, uma das bebidas mais
consumidas no mundo. Antes mesmo da descoberta da América, os europeus já
_____ conheciam. Seu consumo moderado proporciona uma série de benefícios
____ saúde. Há quem diga que a bebida ajuda ___ perder peso.
Os termos que preenchem, correta e respectivamente, as lacunas desse texto são:
a) lhes... a... por
b) lhe... pela... em
c) o... com a... para
d) os... à... com
e) o... para a... a

Letra e.
Na primeira lacuna, é necessário um pronome de OD (o que elimina as letras a e
b); na segunda, deve-se usar à ou para a. Na terceira, apenas a.

Questão 31    (2016/VUNESP/MPE-SP/OFICIAL DE PROMOTORIA – NÍVEL MÉDIO)


Tato
Na poltrona da sala as minhas mãos sob a nuca sinto nos dedos a dureza dos ossos
da cabeça a seda dos cabelos que são meus. A morte é uma certeza invencível mas
o tato me dá a consistente realidade de minha presença no mundo
(Ferreira Gullar, Muitas vozes, 2013)

O verso – A morte é uma certeza invencível – pode ser parafraseado da seguinte

forma, em conformidade com a norma-padrão e com o sentido do poema:

a) Certamente vence-se a morte.

b) A invencibilidade da morte é certo.

c) Se vence com certeza a morte.

d) Não vencer a morte não é certo.

e) É certo que não se vence a morte.

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Letra e.

Nas letras a e c, o pronome está em posição inadequada. Na b, o correto seria cer-

ta. Na d, não há relação com o sentido do poema.

Questão 32    (2017/VUNESP/IPRESB-SP/ASSISTENTE PREVIDENCIÁRIO)

A idade das palavras

Já cansei de ver gente madura falando gíria para parecer jovem. O trágico é

que, em geral, a gíria é velha, daí que é terrível ver uma senhora madura e plasti-

ficada dizendo “Eu sou prafrentex!”.

Esse termo foi usado nos anos 60 para dizer que uma jovem aceitava compor-

tamentos mais ousados, tipo viajar no fim de semana para a praia com um grupo

de amigos, o máximo de liberdade imaginável até então.

Mas agora é passado… Assim como as variações para falar de homem bonito.

Houve época em que era “pão”, agora se usa gato, se não estou atrasado… Volta

e meia noto alguém exclamar à passagem de um homem atlético: “Ai, que pão!”.

Esse é o mal das gírias. Marcam a juventude de cada um. O tempo passa, mas

fica difícil mudar o modo de falar.

Lembro o sucesso de “boko moko”, criado por uma marca de refrigerante para

rotular de cafona quem não tomava a tal bebida. Caiu na boca do povo. Cafona

vale? Ou devo dizer “out”, como na década de 90?

Reconheço, tenho saudade de certos termos. Lembro-me das conversas com os

amigos nos anos 70, quando fiz faculdade e era frequente ouvir “tou numas com

ela”, equivalente, guardadas algumas proporções, ao “ficar” de hoje em dia.

Que adolescente aceitaria hoje ir a um “mingau dançante”? Vão para a balada,

para a “night”. Aliás, a maioria foge de mingau e de qualquer delícia que engorde!

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Muita gente odeia gíria e a considera um dialeto capaz de estraçalhar a língua.

Elas esquecem que, no seu tempo, também a usavam.

Não é fácil acompanhar sua evolução e, às vezes, me confundo: não sei se ainda

se fala “hype” para indicar algo que no passado foi “in”. Ou que alguém é “fashion”,

para dizer que está “nos trinques”, como nos anos 80.

A verdade é: não há botox ou plástica que resista. Gíria velha denuncia a idade

mais do que as rugas!


(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br/cidades/ a-idade-das-palavras/ Adaptado)

De acordo com a concordância verbal estabelecida pela norma-padrão, está correta

a alternativa:

a) Para o autor, não existe cirurgias e aplicação de botox que esconda a idade

quando se emprega gírias ultrapassadas na comunicação.

b) Para o autor, não existe cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade

quando se empregam gírias ultrapassadas na comunicação.

c) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade

quando se empregam gírias ultrapassadas na comunicação.

d) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que esconda a idade

quando se emprega gírias ultrapassadas na comunicação.

e) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade

quando se emprega gírias ultrapassadas na comunicação.

Letra c.

O verbo existir deve estar no plural (o que elimina as letras a e b). O verbo esconder

também precisa estar no plural (o que elimina a d). O verbo empregar deve estar no

plural, porque o SE funciona como partícula apassivadora (o que elimina a e).

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Questão 33    (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/PROCURADOR JURÍDICO)


Assinale a alternativa em que todos os verbos estão corretos, de acordo com o
padrão de concordância.
a) Pode-se acreditar nas ciências contemporâneas? Biotecnologia, nanotecnologia,
inteligência artificial, nada disso levam às benesses do futuro.
b) Conecta-se, nos estudos sobre a natureza da espécie, as descobertas da bio-
logia evolucionista com a tradição filosófica. Dessa conexão vem nossa crença no
futuro.
c) No mundo atual, 1% controlam o destino de bilhões de seres humanos. Espe-
ranças... ainda haverão?
d) É preciso que se criem possibilidades no ciberespaço, condição para que as de-
mocracias vinguem positivamente.
e) A crença do sociólogo no ciberespaço é legítima, desde que se torne produtivas
as redes sociais.

Letra d.
a) Errada. Nada disso leva.
b) Errada. Conectam-se...as descobertas. (partícula apassivadora)
c) Errada. Esperanças...ainda haverá?
e) Errada. Desde que se tornem produtivas as redes sociais (parte integrante do
verbo).

Questão 34    (2017/VUNESP/CÂMARA DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE ITANHAÉM-


-SP/ASSISTENTE LEGISLATIVO)
A gente ainda não sabia

A gente ainda não sabia que a Terra era redonda. E pensava-se que nalgum

lugar, muito longe, deveria haver num velho poste uma tabuleta qualquer – uma

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tabuleta meio torta e onde se lia, em letras rústicas: FIM DO MUNDO. Ah! depois

nos ensinaram que o mundo não tem fim e não havia remédio senão irmos andan-

do às tontas como formigas na casca de uma laranja. Como era possível, como era

possível, meu Deus, viver naquela confusão?

Foi por isso que estabelecemos uma porção de fins de mundo...


(Mário Quintana, A vaca e o hipogrifo)

Assinale a alternativa em que uma outra redação dada a trecho do poema está de

acordo com a norma-padrão de concordância.

a) Tabuletas meio tortas e onde se lia frases.

b) Deveriam existir em velhos postes umas tabuletas quaisquer.

c) Não haviam remédios senão irmos andando às tontas.

d) E pensavam-se em lugares muito distante.

e) Mais de um ainda não sabiam que a Terra era redonda.

Letra b.

Na a, o correto seria se liam (partícula apassivadora); na c, havia; na d, pensava-se

(índice de indeterminação do sujeito) e distantes; na e, sabiam.

Questão 35    (2017/VUNESP/TJ-SP/SERVIÇO SOCIAL) Leia o texto para responder

à questão.

É urgente

A decisão de Nicolás Maduro de elevar a meio milhão os milicianos armados com

fuzil na Venezuela é a pior de suas ideias ruins.

Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio das

armas. Caso não o seja, nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo: vai

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prolongar-se na criminalidade típica de uma população armada e, em grande par-


te, indesarmável. Ainda por motivos mais econômicos, os venezuelanos fogem em
massa. Seu número cresce. O Brasil está atrasado, como se indiferente, nas provi-
dências para essa emergência social.
(Jânio de Freitas, “É urgente”. Folha de S.Paulo, 20/04/2017)

Assinale a alternativa em que o verbo destacado tem sujeito elíptico.


a) A decisão de Nicolás Maduro [...] é a pior de suas ideias ruins.
b) ... os venezuelanos fogem em massa
c) ... nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo...
d) Seu número cresce.
e) Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio das armas.

Leta e.
Todas as alternativas possuem sujeito simples (inclusive a letra c, uma vez que o
sujeito paciente possui apenas 1 núcleo). Na e, o sujeito elíptico fazer referência a
“pior de suas ideias ruins”.

Questão 36    (2016/VUNESP/UNIFESP/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO)


Assinale a alternativa correta quanto à concordância nominal e verbal, de acordo
com a norma-padrão.

a) Ainda que se viva tão espremido nos centros urbanos, existem muita gente iso-

lada, pois, cada vez menos, se faz contatos humanos.

b) Ainda que vivam tão espremidas nos centros urbanos, existem muitas pessoas

isoladas, pois, cada vez menos, ocorrem contatos humanos.

c) Ainda que viva tão espremida nos centros urbanos, se vê muitas pessoas isola-

das, pois, cada vez menos, acontece contatos humanos.

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d) Ainda que se vivam tão espremidas nos centros urbanos, há muita gente isola-

da, pois, cada vez menos, tem contatos humanos.

e) Ainda que vivam tão espremidas nos centros urbanos, existe muitas pessoas

isoladas, pois, cada vez menos, se estabelecem contatos humanos.

Letra b.

Na letra a, o correto seria existe e se fazem; na c, vivam, espremidas, se veem

(partícula apassivadora) e acontecem; na d, se viva (índice de indeterminação do

sujeito) e há (no lugar de “tem”); na e, existem.

Questão 37    (2018/VUNESP/IPSM/ANALISTA DE GESTÃO – CONTABILIDADE)

Ensino com diretriz

Está quase pronto o documento que definirá o padrão nacional para o que crian-

ças e jovens devem aprender até o 9º ano do ensino fundamental. Trata-se da

quarta versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).


Caso aprovada até janeiro, a diretriz deve começar a ser implementada nos
próximos dois anos.
A BNCC define conteúdos a serem estudados e competências e habilidades que
os alunos devem demonstrar a cada passo da vida escolar. Soa como obviedade,
mas não existe norma válida em todo o país que estabeleça de modo preciso a pro-

gressão do ensino e o que se deve esperar como resultado.

Note-se ainda que a base curricular não especifica como alcançar seus objetivos

– isso será papel dos currículos a serem elaborados por estados e municípios, que

podem fazer acréscimos conforme necessidades regionais.

A existência de um padrão pode permitir a correção de desigualdades do apren-

dizado e avaliações melhores. A partir de um limiar mediano de clareza, inteligência

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pedagógica e pragmatismo, qualquer modelo é melhor do que nenhum. Nesse


aspecto, a nova versão da BNCC está perto de merecer nota de aprovação. O pro-
grama ainda se mostra extenso em demasia, não muito diferente do que se viu nas
escolas das últimas décadas, quando raramente foi cumprido. O excesso de assun-
tos dificulta abordagens mais aprofundadas e criativas.
A BNCC lembra a Constituição de 1988. Detalhista, arrojada e generosa, mas de
difícil aplicação imediata e integral. É indiscutível, de todo modo, a urgência de pôr
em prática esse plano que pode oferecer educação decente e igualitária às crianças.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 10/12/2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que os termos destacados correspondem, correta e res-


pectivamente, a um pronome demonstrativo e a um pronome apassivador.
a) Soa como obviedade, mas não existe norma válida em todo o país… / O progra-
ma ainda se mostra extenso em demasia...
b) ... que definirá o padrão nacional para o que crianças e jovens devem apren-
der... /... não muito diferente do que se viu nas escolas das últimas décadas..
c) ... e competências e habilidades que os alunos devem demonstrar a cada passo
da vida escolar. /... e o que se deve esperar como resultado.
d) ... qualquer modelo é melhor do que nenhum. / Note-se ainda que a base cur-
ricular não especifica como alcançar seus objetivos...

e) Nesse aspecto, a nova versão da BNCC está perto de merecer nota de aprova-

ção. / Trata-se da quarta versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Letra b.

Os pronomes “todo”, “que” e “qualquer” são, respectivamente, indefinido, relativo e

indefinido. Na letra e, apesar de haver pronome demonstrativo, o SE funciona como

índice de indeterminação do sujeito.

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Questão 38    (2017/VUNESP/TCE-SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO)

Avaliar os servidores

Instituições funcionam bem quando conseguem promover os incentivos cor-

retos. Em se tratando do serviço público, isso significa recompensar o mérito e o

esforço, evitando que funcionários sucumbam às forças da inércia.

Uma das razões do fracasso do socialismo real, recorde-se, foi a ausência de es-

tímulos do gênero aos trabalhadores. Para estes, a escolha racional era não chamar

a atenção dos superiores, negativa ou positivamente.

A gestão de pessoal no Estado brasileiro não chega a reproduzir um modelo so-

viético, mas carece de sistema eficaz de incentivos e sanções. Com efeito, políticas

de bônus por produtividade nas carreiras públicas ainda são tímidas e raramente

bem desenhadas.

Já a dispensa de servidores por insuficiência de desempenho, embora prevista

na Constituição, não pode ser posta em prática porque o Congresso nunca elaborou

uma lei complementar que regulamentasse a avaliação dos profissionais, como a

Carta exige.

Vislumbra-se, agora, uma possibilidade de avanço. Discute-se no Senado pro-

jeto que cria um sistema de avaliação periódica, a ser adotado por União, Estados

e municípios, que poderá levar à exoneração de servidores que obtenham, por su-

cessivas vezes (o número exato ainda é objeto de negociação), notas inferiores a

30% da pontuação máxima.

Será ingenuidade, entretanto, contar com uma aprovação fácil – os sindicatos

da categoria já se mobilizam contra o texto.

Tampouco se deve imaginar que basta uma lei para alterar o statu quo. Siste-

mas de avaliação de servidores já existentes em alguns órgãos muitas vezes não

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passam de um jogo de cena corporativista, que acaba por distribuir premiações

quase generalizadas.

As dificuldades, contudo, não podem ser pretexto para o imobilismo. O projeto

se apresenta como um passo inicial importante; uma vez posto em prática, a ex-

periência servirá de base para eventuais aperfeiçoamentos.


(Editorial. Folha de S.Paulo, 29/09/2017. Adaptado)

Considere a seguinte oração do 5º parágrafo: Vislumbra-se, agora, uma possibili-

dade de avanço.

Assinale a alternativa em que a concordância do sujeito com o verbo ocorre pelo

mesmo motivo que na oração transcrita, em que a palavra “se” é um pronome

apassivador.

a) Observa-se certo mal-estar entre os convidados da festa.


b) Certamente, trata-se de uma festa de caráter filantrópico.
c) Opuseram-se à ideia de construção de uma nova sede.
d) Em tempos passados, vivia-se com tranquilidade por aqui.
e) Vão-se os dedos sem os anéis dos tempos de glória.

Letra a.
Nas letras b, c e d, ocorre índice de indeterminação do sujeito. Na e, pronome ex-
pletivo.

Questão 39    (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/PROCURADOR JURÍDICO) A


questão foi elaborada tendo como base o texto de Reinaldo José Lopes, a seguir.
Em livro ambicioso, sociólogo analisa incertezas do futuro

Falta de ambição claramente não é o problema de A Era do Imprevisto: A Gran-

de Transição do Século 21, novo livro do sociólogo mineiro Sérgio Abranches. Se o

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leitor já se perguntou, como imagino, que diabos está acontecendo com o mundo

nos últimos anos e o que pode vir daqui para a frente, a obra do especialista for-

mula algumas respostas – imaginativas, provisórias e diabolicamente complicadas.

Ele tem se especializado na interface entre política global e questões ambien-

tais, uma conexão que, por si só, já seria suficiente para produzir calvície e gastrite

nos espíritos mais serenos. Esse eixo político-ambiental está no cerne do livro, mas

o sociólogo também tenta investigar como a ascensão das redes sociais pode afetar

a organização da sociedade do futuro; como o conhecimento emergente (biotecno-

logia, nanotecnologia, inteligência artificial) pode transformar a vida humana neste

século; e o que a tradição filosófica ocidental e as descobertas da biologia evolucio-

nista têm a dizer sobre nossa natureza e nosso futuro como espécie.

Para Abranches, a sede de ir ao cerne de todas essas questões existenciais se

justifica pelo próprio subtítulo do livro: estaríamos vivendo “a grande transição do

século 21”, um ponto de virada tão importante, à sua maneira, quanto o Renasci-

mento do século 16 ou a Revolução Industrial do século 18.

Num cenário fulcral como esse, nada mais lógico que tudo pareça bagunçado e

em crise permanente. Estruturas políticas, sociais, econômicas e culturais velhas

ainda estão se encaminhando lentamente para o leito de morte, enquanto suas

substitutas passam por um parto difícil. Resultado: sensação perpétua de caos e de-

salento, ainda que o momento também esteja repleto de potencialidades positivas.

Abranches está convicto de que a falta de controle sobre o capitalismo tem

solapado o funcionamento das democracias. “As leis de mercado são hoje um eu-

femismo que designa a combinação entre controle oligopolista e hegemonia do

capital financeiro”, resume. Nesse cenário, poucos decidem os destinos de bilhões.

Onde ver esperança? Para Abranches, será crucial usar as possibilidades do ci-

berespaço para criar um modelo de participação política mais direto, evitando que

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a democracia representativa se transforme de vez em oligarquia. Resta saber como

fazer isso sem que as redes sociais se transformem numa reunião de condomínio

improdutiva de dimensões planetárias.


(Reinaldo José Lopes, Folha de S. Paulo, 27/05/2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que todos os verbos estão corretos, de acordo com o pa-

drão de concordância.

a) Pode-se acreditar nas ciências contemporâneas? Biotecnologia, nanotecnologia,

inteligência artificial, nada disso levam às benesses do futuro.

b) Conecta-se, nos estudos sobre a natureza da espécie, as descobertas da bio-

logia evolucionista com a tradição filosófica. Dessa conexão vem nossa crença no

futuro.

c) No mundo atual, 1% controlam o destino de bilhões de seres humanos. Espe-

ranças... ainda haverão?

d) É preciso que se criem possibilidades no ciberespaço, condição para que as de-

mocracias vinguem positivamente.

e) A crença do sociólogo no ciberespaço é legítima, desde que se torne produtivas

as redes sociais.

Letra d.

Na letra a, o correto é leva; na b, conectam-se; na c, controla e haverá; na e, se

tornem.

Questão 40    (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/ESCRITURÁRIO) Leia a char-

ge e responda à questão.

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Na frase dita pelo padre, o pronome “se” exprime reciprocidade da ação. A mesma

situação ocorre em:

a) Trata-se de reformular o Código Penal e ajustá-lo aos interesses da sociedade.

b) Com a chegada da madrugada, fez-se um silêncio assustador no vilarejo.

c) Para espanto dos anfitriões, foi-se embora sem dar justificativas.

d) Afiam-se facas e tesouras em domicílio.

e) Abraçaram-se com euforia, pois não esperavam um reencontro.

Letra e.

Na letra A, ocorre IIS; na B e na D, PA; na C, pronome expletivo.

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Questão 41    (2017/VUNESP/TJ-SP/SERVIÇO SOCIAL) Leia o texto para responder à

questão.

Confirmando-se a análise do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, a

maior parte do Nordeste brasileiro enfrentará mais três meses de chuvas abaixo do

normal, de abril a junho, prolongando uma seca que já dura cinco anos.

(Folha de S.Paulo, 03/04/2017)

Na oração “Confirmando-se a análise do Centro de Previsão do Tempo e Estudos

Climáticos...”, a palavra “se” tem o mesmo emprego que se verifica em:

a) Se houve restrições ao seu projeto, é porque precisa de melhorias.

b) Vivia-se muito bem por aqui, antes da invasão dos turistas.

c) Precisa-se de técnico em informática, com referências atualizadas.

d) Observa-se a fascinação das pessoas pelos recursos tecnológicos.

e) Os jovens amaram-se de imediato, quando se conheceram nas férias de verão.

Letra d.

Tanto no enunciado quanto na letra d, ocorre partícula apassivadora. Nas letras b

e c, IIS. Na letra e, pronome reflexivo/recíproco; na letra a, conjunção condicional

(você verá no último PDF do curso).

Questão 42    (2016/VUNESP/CÂMARA DE TAQUARITINGA-SP/TÉCNICO LEGISLATI-

VO)

Os estereótipos são numerosos. Os grupos étnicos são estereotipados, os cida-

dãos de outras nações e religiões são estereotipados, os gêneros e as preferências

sexuais são estereotipados, as pessoas nascidas em várias épocas do ano são es-

tereotipadas (astrologia solar) e as ocupações são estereotipadas. A interpretação

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mais generosa atribui esse modo de pensar a uma espécie de preguiça intelectual:

em vez de julgar as pessoas pelos seus méritos e deficiências individuais, nós nos

concentramos em uma ou duas informações a seu respeito, que depois inserimos

num pequeno número de escaninhos previamente construídos.

Isso poupa o trabalho de pensar, embora em muitos casos custe o preço de co-

meter uma profunda injustiça. Com isso, aquele que pensa por estereótipos tam-

bém fica protegido do contato com a enorme variedade de pessoas, a multiplicidade

de maneiras de ser humano. Mesmo que a estereotipagem seja válida em média,

está fadada a fracassar em muitos casos individuais: a variação humana passa por

curvas do tipo sino. Há um valor médio de qualquer qualidade, e números menores

de pessoas sumindo em ambos os extremos.

(Carl Sagan, “Maxwell e os ‘nerds’”. O mundo assombrado pelos demônios)

Assinale a alternativa em que as alterações feitas no trecho – Há um valor médio

de qualquer qualidade, e números menores de pessoas sumindo em ambos os ex-

tremos. – resultam em concordância de acordo com a norma-padrão.

a) Existem valores médios de qualquer qualidades, e apenas 10% das pessoas

some em ambos os extremos.

b) Podem haver valores médios de quaisquer qualidades, e quantidade menor de

pessoas somem em ambos os extremos.

c) Especulam-se que pode haver valores médios de qualquer qualidades, e a mi-

noria das pessoas some em ambos os extremos.

d) Tratam-se de estimativas de valores médios de quaisquer qualidades, e apenas

um terço das pessoas somem em ambos os extremos.

e) Há estimativas de valores médios de quaisquer qualidades, e pequena parte das

pessoas some em ambos os extremos.

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Letra e.

Na letra a, o correto seria somem; na b, pode haver e some; na c, especula-se; na

d, trata-se.

Questão 43    (2016/VUNESP/PREFEITURA DE REGISTRO-SP/ADVOGADO) Imagine

uma discussão, após um jogo de futebol, sobre um pênalti. “Ele obviamente foi

empurrado”, diz o torcedor de um time. “Que nada, se jogou”, diz o outro.

O mais interessante: ambos acreditam no que dizem. Ou seja, não se trata de uma

distorção deliberada da realidade, uma “malandragem”, mas de um viés involunta-

riamente criado pelo cérebro.

Apostando que isso não se aplica só ao futebol, mas também se aplica a várias

outras áreas (como a política), um físico e professor da USP tem se dedicado a

mapear todos os mecanismos mentais que nos tornam seres tendenciosos – ele já

publicou artigos sobre o tema em revistas científicas e prepara um livro. Para André

Martins, isso é um problema inclusive para o método científico.

Além do viés de confirmação – primeiro escolhemos um lado, depois selecionamos

os fatos que sejam adequados –, existem muitos outros mecanismos de parcialida-

de no nosso cérebro. Um dos mais famosos é o pensamento de grupo.

Estudos mostram que, se um voluntário desavisado é colocado em uma sala cheia

de atores, ele vai concordar com eles em várias questões, mesmo que estejam

obviamente errados. A maior parte dos voluntários chega a dizer que duas retas

evidentemente diferentes têm o mesmo tamanho, só porque os outros concluíram

isso antes deles.

“Um exemplo disso é uma assembleia estudantil”, diz Martins. “Não existe muita

permissão para ideias próprias, só alguns pensamentos são permitidos. Dissidentes

são de alguma forma humilhados”.

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Uma historieta norte-americana sintetiza o assunto: em uma sala de reuniões, o

chefão dá o diagnóstico: “Nosso problema é que precisamos de mais opiniões di-

vergentes”, ao que os subordinados reagem, dizendo “com certeza, chefe”, “exata-

mente o que eu penso”.

Estudos mais recentes, em que os cérebros dos voluntários são mapeados, mos-

tram que estar isolado, discordando da maioria, ativa regiões ligadas à dor, ou seja,

a rejeição de ser diferente machuca.


(Ricardo Mioto, Como estragar um raciocínio. Folha de S.Paulo, 28/11/2015. Adaptado)

Assinale a alternativa que reescreve a passagem seguinte, obedecendo à norma-

-padrão de concordância verbal e nominal.

Ou seja, não se trata de uma distorção deliberada da realidade, uma “malandra-

gem”, mas de um viés involuntariamente criado pelo cérebro. Não existe muita

permissão para ideias próprias, só alguns pensamentos são permitidos.

a) Ou seja, não se tratam de distorções deliberadas da realidade, uma “malandra-

gem”, mas de vieses involuntariamente criados pelo cérebro. Não vão haver per-

missões para ideias próprias, só se permite alguns pensamentos.

b) Ou seja, não se trata de distorções deliberadas da realidade, uma “malandra-

gem”, mas de vieses involuntariamente criados pelo cérebro. Não pode haver per-

missões para ideias próprias, só se permitem alguns pensamentos.

c) Ou seja, não se tratam de distorções deliberadas da realidade, uma “malandra-

gem”, mas de viés involuntariamente criados pelo cérebro. Não pode existir per-

missões para ideias próprias, só se permite alguns pensamentos.

d) Ou seja, não se trata de distorções deliberada da realidade, uma “malandra-

gem”, mas de viés involuntariamente criado pelo cérebro. Não vão existir permis-

sões para ideias próprias, só é permitido alguns pensamentos.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Vozes Verbais e Funções do SE
Prof. Elias Santana

e) Ou seja, não se trata de distorções deliberadas da realidade, uma “malandra-

gem”, mas de vieses involuntariamente criados pelo cérebro. Não pode existirem

permissões para ideias próprias, só alguns pensamentos se permitem.

Letra b.

Primeiramente, o primeiro verbo deve estar no singular, por haver um IIS (o que

elimina as letras a e c). Das alternativas restantes, as letras (d e e), esta deveria

apresentar podem existir, ao passo que aquela, são permitidos.

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