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GRAMÁTICA

Fonética, Fonologia, Ortografia e


Formação de Palavras

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ELIAS SANTANA

Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e


Respectiva Literatura – pela Universidade de
Brasília. Possui mestrado pela mesma instituição,
na área de concentração “Gramática – Teoria e
Análise”, com enfoque em ensino de gramática.
Foi servidor da Secretaria de Educação do DF,
além de pro­fessor em vários colégios e cursos
preparatórios. Ministra aulas de gramá­
tica,
redação discursiva e interpretação de textos.
Ademais, é escritor, com uma obra literária já
publicada. Por essa razão, recebeu Moção de
Louvor da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

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Fonética, Fonologia, Ortografia e Formação de Palavras
Prof. Elias Santana

SUMÁRIO
Fonética, Acentuação e Processo de Formação de Palavras................................4
Fonética.....................................................................................................4
Acentuação Gráfica......................................................................................8
Os Acentos Diferenciais.............................................................................. 12
Processo de Formação de Palavras............................................................... 15
Questões de Concurso................................................................................ 18
Gabarito................................................................................................... 71
Gabarito Comentado.................................................................................. 72

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FONÉTICA, ACENTUAÇÃO E PROCESSO DE FORMAÇÃO


DE PALAVRAS
Olá, querido(a)! Para fechar nosso estudo, vamos abordar três tópicos são ex-

plorados por essa banca: fonética, acentuação e processo de formação de palavras.

Para tanto, vamos fazer nossa engenharia reversa:

Os três assuntos estão assim divididos em nossas questões:

• fonética;

• acentuação;

• processo de formação de palavras.

Nota-se uma vantagem absurda para o assunto acentuação. E é assim mesmo!

Acentuação é, de fato, o conteúdo mais importante deste PDF; mas as questões

não são difíceis.

A forma como a banca cobra fonética é bastante tranquila. Você precisa mesmo

saber contar letras e fonemas, não se esquecendo dos dígrafos e dífonos.

Vamos, portanto, observar esses três pontos com bastante objetividade, a fim

de que seu resultado possa ser o melhor possível!

Fonética

A fonética é o estudo dos fonemas, que são os sons que funcionam como tra-

ço distintivo em um idioma (não é qualquer barulho que pode ser definido como

fonema). Para ser fonema, o som precisa ser capaz de, unido a outros, compor

significado. Os grafemas (que são as nossas letras) fazem o papel de representar

esses sons na escrita.

O que as provas de concursos públicos querem é que você saiba contar os fone-

mas e os grafemas. Para isso, vou usar três exemplos:

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1) bola

2) queijo

3) sexo

Para facilitar a nossa vida, abrirei mão de qualquer notação fonética técnica,

uma vez que isso não é relevante para concursos públicos. Vou me ater ao que

realmente é necessário!

• Em 1, temos uma palavra composta por 4 letras e cada letra representa um

som (portanto, 4 fonemas).

• Em 2, temos 6 letras, mas duas delas formam um único som (o “QU”). Por

isso, temos 5 fonemas.

• Em 3, temos 4 letras, mas uma delas (o “x”) representa dois sons (como se

fosse “sekso”). Logo, temos 5 fonemas.

Quando duas letras formam um único som, chamamos de dígrafo. Quando uma le-

tra carrega dois sons (e isso só ocorre com o X em nossa língua), chamamos de dífono.

Os dígrafos da nossa língua são:

Os consonantais: CH, LH, NH, RR, SS, GU, QU, SC, SÇ e XC.

Os vocálicos ou nasais: vogais + M ou N na mesma sílaba!

Dígrafo vocálico X ditongo nasal

Compare duas palavras: campo e amaram.

Olhe bem para as partes sublinhadas. Apresentam a mesma escrita, mas sonori-

dades diferentes. Em “campo”, a sonoridade é cãpo, ao passo que, em amaram, a

pronúncia é amarãu.

Isso faz toda diferença! Na primeira palavra, “am” representa um único som (por

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isso, dígrafo); já na segunda, “am” representa dois sons (por isso, ditongo). Ao es-

tudar fonética, é preciso sempre olhar com carinho para a pronúncia, e não apenas

para a escrita!

Vamos ver como isso aparece na prática:

Questão 1    (FUNDATEC/2017) Em relação às letras e aos fonemas de palavras do

texto, analise as afirmações que seguem e assinale C, se corretas, ou I, se incor-

retas.

( ) O vocábulo “impressão” apresenta dois dígrafos, um vocálico e um consonantal.

( ) A palavra “pontinha” tem 8 letras e 6 fonemas.

( ) Na palavra “desesperada”, o primeiro ‘S’ tem o som de Z.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) C – C – I

b) C – I – I

c) I – C – C

d) I – C – I

e) C – C – C

Letra e.

A primeira afirmação está correta, pois em “impressão”, há os dígrafos “im” (vo-

cálico) e “ss” (consonantal). A segunda também está correta, pois “on” e “nh” são

dígrafos”. A terceira também está correta, por razões óbvias (kkk)!

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Questão 2    (AMAUC/2017) Assinale a alternativa na qual o vocábulo compõe-se

respectivamente por 7 letras e 8 fonemas:

a) chocado

b) técnica

c) exemplo

d) táxi

e) prefixo

Letra e.

Sabe o que a banca quer? Um dífono! Basta buscar um X com som de KS!

Questão 3    (BIG ADVICE/2017) “Saí correndo e peguei um táxi que era bem anti-

go.”

Ao somarmos os fonemas e letras das palavras em destaque, obteremos:

a) 23 letras e 23 fonemas

b) 23 letras e 21 fonemas

c) 24 letras e 24 fonemas

d) 24 letras e 22 fonemas

e) 24 letras e 21 fonemas

Letra e.

Primeiramente, conte as letras (24). Em seguida, note os dígrafos (RR, EN, GU e

AN) e o dífono (X).

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 Obs.: Uma observação importante: na AOCP, é mais fácil ainda!

Acentuação Gráfica

Ao contrário do que muitos pensam, a acentuação gráfica não existe para com-

plicar a nossa vida, mas para facilitá-la. Nossa língua tem propriedades tonais!

Como diferenciar, por exemplo, secretária de secretaria? Sabia de sabiá? E, por

mais incrível que pareça, os princípios de acentuação foram formulados com base

em critérios lógicos e estatísticos.

A minha missão contigo é falar das regras, a fim de que você tenha bom desem-

penho nas questões de provas. Então, vamos lá:

REGRAS GERAIS:

1) Toda proparoxítona é acentuada. Ex.: lâmpada

2) Acentuam-se as oxítonas terminadas em A, E, O e EM (seguido ou não de S).

Ex.: Pará, patês, gigolô e armazéns.

3) Acentuam-se as oxítonas não terminadas em A, E, O e EM (seguido ou não

de S). Ex.: caráter, táxis, hífen, amável, ânus, tórax, tríceps, álbum.

O que é oxítona, paroxítona e proparoxítona?

São classificações das palavras quanto à tonicidade. Palavras oxítonas são aquelas

que têm a última sílaba como tônica; paroxítonas, penúltima; proparoxítonas, an-

tepenúltima.

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Algumas observações MUITO IMPORTANTES:

Obs. 1: “hífen” só possui acento no singular. No plural – por terminar em

-ens, como “armazéns” – o acento é retirado. O mesmo acontece, por exem-

plo, com hímen e pólen.

Obs. 2: uma das polêmicas do momento envolve as paroxítonas terminadas em

ditongo. Algumas bancas as consideram parte da regra 3 (portanto, “responsável”

e “necessário” pertenceriam à mesma regra); outras não comungam desse posi-

cionamento. Isso é horrível, uma vez que não há qualquer documento oficial que

garanta essa questão. No meu entendimento (baseado em diversas análises gra-

maticais), a primeira visão é a correta. Mas a minha sugestão é que você sempre

observe pelas questões o que a banca entende.

Obs. 3: “necessário” é uma paroxítona terminada em ditongo ou uma proparo-

xítona? Essa é mais uma grande polêmica em torno do assunto! O entendimento

dominante em provas de concursos públicos reza que, quando há essa dúvida (que

ocorre com várias palavras), o correto é classificar a palavra como paroxítona

terminada em ditongo (visão com a qual eu concordo). Ainda voltaremos a falar

desse assunto mais tarde, em uma outra comparação.

REGRAS ESPECIAIS:

4. Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em A, E e O. Ex.: lá, ré, dó.

(cuidado para não confundir com a regra 2)!

5. Acentuam-se os ditongos abertos EU, EI e OI, quando aparecem em posição

oxítona. Ex.: chapéu, pastéis e corrói.

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6. Acentuam-se as vogais I e U, quando ocupam a posição de segunda vogal em

um hiato. Ex.: prejuízos, saúde.

Observações MUITO IMPORTANTES:

Obs. 1: “céu” e “réu” encaixam-se na regra 5, mesmo sendo monossílabos (não

vou entrar aqui em outra polêmica gramatical, que discute se palavra monossílaba

é também oxítona).

Obs. 2: palavras como deficiência, judiciário e sabíamos possuem hiato, mas

não são acentuadas pela regra 6! As duas primeiras apresentam acento nas

vogais E e A (e não I e U, conforme está na regra). Na terceira, a vogal I é a primei-

ra – e não a segunda – vogal do hiato (conforme está na regra). Parece exagero,

mas essa é a principal dúvida que recebo há anos!

Obs. 3: nas regras 5 e 6, houve intervenção do Novo Acordo Ortográfico. Na 5,

palavras como ideia, geleia, assembleia, boia e joia perderam o acento, uma

vez que os ditongos abertos estão em posição paroxítona (e não oxítona, conforme

a nova regra). Na 6, só houve alteração quando o hiato é antecedido por ditongo.

Se o hiato estiver em posição paroxítona, há a perda do acento (como em baiuca

e feiura). Se estiver em posição oxítona, o acento é mantido (como em Piauí).

Obs4: quando o hiato é seguido de R, Z, M ou NH, não haverá acento. É o que

acontece com ruir, juiz, ruim e rainha. Detalhe: juízes é acentuado.

Vamos analisar três questões do CESPE:

Questão 4    (ANTT/2013) O emprego do acento gráfico em “política”, “veículo” e

“público” deve-se à mesma regra de acentuação gráfica.

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Errado.

A banca entendeu que “veículo” está apenas na regra do hiato, e não das proparo-

xítonas.

A banca errou feio! No mínimo, ela deveria admitir que as duas regras (proparoxí-

tonas e hiato) incidem sobre essa palavra. Agora, se a discussão for em torno de

qual regra prevalece, a banca perde novamente! Se analisarmos uma palavra como

maiúsculo, notamos que o acento, mesmo após o Novo Acordo, foi mantido (e se

trata de um hiato antecedido por ditongo, como está na obs. 3). E sabe por que o

acento foi mantido? Porque a palavra é proparoxítona! Entende-se, portanto, que a

regra das proparoxítonas se sobrepõe à regra do hiato.

Questão 5    (STF/2013) O emprego do acento gráfico em “remédios” pode ser jus-

tificado com base em duas regras distintas de acentuação.

(TRF1/2017) O emprego de acento na palavra “memória” pode ser justificado por

duas regras de acentuação distintas.

Certo/Certo.

A banca considerou que tanto “remédios” quanto “memória” são, simultaneamen-

te, paroxítonas terminadas em ditongo e proparoxítonas.

Eu não vou nem me alongar na discussão acerca de proparoxítonas eventuais ou apa-

rentes (que não é resolvida por falta de um posicionamento técnico de estudiosos no-

táveis). O problema maior é: como a banca não admite que podem incidir duas regras

sobre uma mesma palavra na primeira questão e admite que isso ocorra na segunda

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e terceira questões? E isso sem qualquer amparo na literatura de amplo acesso! A

banca, nas três situações, agiu de maneira arbitrária. Aliás, é muito mais simples jus-

tificar que há duas regras em “veículo” do que em “remédios” e “memória”.

Toda essa discussão não serve apenas para quem vai fazer provas do CESPE, mas

para todos os brasileiros! No caso do concurseiro, busque entender o que sua banca

pensa sobre cada assunto (apesar de que o CESPE é capaz de ter dois pensamentos

diferentes sobre um mesmo tema, conforme demonstrado). Para os demais brasi-

leiros: que lutemos sempre em favor de uma educação mais científica e uniforme, a

fim de que polêmicas subjetivas não possam se sobrepor à beleza do entendimento

lógico e didaticamente orientado.

Os Acentos Diferenciais

Ainda existem, em nossa língua, casos em que um acento pode diferenciar

palavras de escrita idêntica (são os famosos acentos diferenciais). Com o Novo

Acordo, alguns foram retirados; outros, mantidos. No grupo dos acentos retirados,

podemos citar os seguintes pares de palavras: “para” (preposição, sempre foi sem

acento) e “para” (verbo, que era com acento); “pelo” (contração de preposição e

artigo, sempre foi sem acento) e “pelo” (substantivo, que era com acento); “pela”

(contração de preposição e artigo, sempre foi sem acento) e “pela” (verbo, que era

com acento); “polo” (contração arcaica, sempre foi sem acento) e “polo” (substan-

tivo, que era com acento); e “pera” (contração arcaica, sempre foi sem acento” e

“pera” (fruta, que era com acento).

Já sobre os acentos diferenciais mantidos, temos: “tem” (verbo na 3ª pessoa

do singular) e “têm” (verbo na terceira pessoa do plural); “vem” (verbo na terceira

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pessoa do singular) e “vêm” (verbo na terceira pessoa do plural); “pode” (verbo no

presente do indicativo) e “pôde” (verbo no pretérito perfeito do indicativo); e “por”

(preposição) e “pôr” (verbo).

Obs.: verbos derivados de “ter” e “vir” também mantiveram acentos diferenciais,

como ocorre em “mantém/mantêm” e “intervém/intervêm”.

Por fim, houve a retirada dos acentos das palavras paroxítonas marcadas pela

repetição de vogais. É o caso de “voo”, “enjoo”, “veem” e “creem”, por exemplo.

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Proparoxítonas: todas são acentuadas

Oxítonas: acentuam-se as terminadas em A(s),


Regras gerais
E(s), O(s), Em (ns)

Paroxítonas: acentuam-se as não terminadas em A(s),


E(s), O(s), Em (s)

Cuidado 1: paroxítona terminada em ditongo


não é, para a regra, terminada em A, E e O.

Cuidado 2: paroxítona terminada em N perde o


acento quando está flexionada no plural.

Acentuação
Gráfica
Monossílabos tônicos

Ditongos abertos

Cuidado 3: novo acordo

Hiatos formados com


Regras especiais
I ou U

Cuidado 4: novo acordo

Acentos diferenciados

Repetição de Vogais

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Processo de Formação de Palavras

É um segmento da morfologia dedicado a explicar como as palavras se formam.

Há dois processos que são cobrados em prova: derivação e composição.

A derivação ocorre quando, a partir de uma palavra primitiva, forma-se um

novo vocábulo. Isso ocorre por meio do acréscimo de afixos1 à palavra original ou

da alteração da classificação gramatical. Há seis formas de derivação:

• prefixal: a adição de um prefixo a uma palavra primitiva. Ex.: autoescola,

pré-história;

• sufixal: a adição de um sufixo a uma palavra primitiva. Ex.: cabeçada, sim-

plesmente;

• prefixal e sufixal: a adição simultânea de um prefixo e um sufixo a uma pa-

lavra primitiva, todavia é possível retirar um ou outro e, ainda assim, haver

uma palavra válida na língua portuguesa. Ex.: homossexualidade (existem as

palavras homossexual e sexualidade);

• parassintética: a adição simultânea de um prefixo e um sufixo a uma pala-

vra primitiva, mas a retirada de um ou de outro gera uma palavra inexistente.

Entristecer (não existe entriste ou tristecer);

• imprópria: a transformação de uma palavra em um substantivo, unicamen-

te pela adição de um artigo. Ex.: O respirar alivia a alma. (“Respirar” é um

verbo, mas, com o acréscimo do artigo, tornou-se substantivo);

• regressiva: a transformação de um verbo em um substantivo (que sem-

1
Afixos são estruturas linguísticas que só possuem significado quando atreladas a uma palavra primitiva. É o
que ocorre, por exemplo, com a palavra preconceito. Sabemos que ela é formada por duas partes (pre+-
conceito). “Pre” não possui sentido sozinho, mas ganha significado quando ligado a uma outra palavra,
portanto trata-se de um afixo. Existem dois tipos de afixos: prefixos (colocados antes da palavra) e sufixos
(colocados depois da palavra).

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pre será abstrato). Nesses casos, há a alteração da palavra, e não apenas

o acréscimo de um artigo. Ex.: O consumo de leite parece prejudicial. (O

substantivo “consumo” é derivado do verbo consumir).

A composição ocorre por meio da união de palavras primitivas. Ambas possuem

sentido sozinhas, mas se unem para formar um novo. Há duas formas de composição:

• por justaposição: não ocorre qualquer perda de letras e fonemas entre as

palavras envolvidas. Ex.: guarda-roupas, paraquedas.

• por aglutinação: ocorre a perda de letras e fonemas entre as palavras en-

volvidas. Ex.: sudoeste (sul+oeste), lobisomem (lobo+homem).

Vejamos como isso aparece em provas:

Questão 6    (CONSULPLAN/TSE/2012) Assinale a palavra que tenha sido formada

por processo DISTINTO do das demais.

a) teológica (L. 1)

b) biografia (L. 74)

c) narcotráfico (L. 14)

d) desvalorizada (L. 32)

Letra d.

Todas as palavras da questão foram formadas por processo de derivação. “Teológi-

ca”, “biografia” e “narcotráfico” apresentam um processo de derivação prefixal, ao

passo que “desvalorizada” possui uma formação prefixal sufixal (des+valor+izada).

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Questão 7    (CONSULPLAN/MAPA/2014) Assinale a alternativa em que todas as pa-

lavras foram formadas por derivação sufixal.

a) Constituição – região – mineração.

b) Manifestações – oposição – produtores.

c) Reservatório – relações – descendentes.

d) Anarquismo – parlamentaristas – poderes.

Letra b.

Manifestações (manifestar+ções); oposição (opor+ção); produtores (produzir+ores).

“Região”, “relações” e “poderes” são palavras primitivas, sem qualquer derivação.

O que cai, Elias?

Como você percebeu, muita acentuação! Saiba tudo sobre o assunto e não

perca tempo com polêmicas bobas que existem em torno dele! Sua missão é co-

nhecer esse assunto para passar em concursos públicos, e não para mudar a histó-

ria dos estudos de linguística! Faça todas as questões com muita atenção!

Sobre fonética e processo de formação de palavras: você verá que as questões

são realmente muito simples. Uma leitura atenta do PDF vai resolver a sua vida!

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (INSTITUTO AOCP/AGENTE PENITENCIÁRIO (MÉDIO)/SEJUS/2017)

TEXTO 1

O acúmulo de compromissos preenche horários livres, adia o lazer e a vida social,

dando a impressão de que o tempo passa cada vez mais rápido

Raphael Martins

O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos?

O dia parece cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?

O estilo de vida atarefada e a dificuldade de conciliar compromissos profissionais com

relações sociais dão uma nítida impressão de que o tempo voa. Dentre os principais

motivos para que isso aconteça está o aumento de tarefas e obrigações que as pes-

soas se envolvem nos dias de hoje. Cria-se, assim, uma sensação pessoal de que há

cada vez menos tempo para si. Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental

pela Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica: “Há realmente essa im-

pressão de que o tempo se acelerou. Na realidade, é uma percepção que as pessoas

têm que não cabe, no tempo disponível, tudo aquilo que elas têm que fazer”.

O psicólogo complementa: “Isso tudo acontece pelo estilo de vida que temos hoje.

Uma mãe de família sai às 7 horas da manhã para deixar as crianças na escola.

Se sai às 7h15, ela não cumpre o horário de entrada no trabalho, às 8 horas. Pa-

rece que não temos mais intervalos”. Maria Helena Oliva Augusto, professora da

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, concorda: “É como se o ritmo

do tempo se acelerasse. Na verdade, a percepção temporal muda por conta dos

inúmeros compromissos que estão presentes no cotidiano, que fazem não se dar

conta de perceber o tempo de maneira mais tranquila”.

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Sobre o assunto, Luiz Silveira Menna Barreto, professor especializado em cronobio-


logia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, coloca que, na sociedade con-
temporânea, as cobranças são cada vez mais intensas e frequentes, o que produz
uma sensação crônica de falta de tempo. As demandas exigem que as pessoas
tenham inúmeras habilidades e qualificações acadêmicas, tomando boa parte do
tempo que poderia ser destinado ao lazer. Scheroki completa: “Por que hoje é as-
sim e antes não era? Hoje temos várias tarefas que não tínhamos. Temos que saber
inglês, francês, jogar tênis, trabalhar… As pessoas tentam alocar dentro do tempo
mais ações do que cabem nele”. [...]
A professora Maria Helena destaca: “A percepção de aceleração do tempo é uma
coisa angustiante. É possível se dar conta disso pela quantidade de pessoas ansio-
sas, depressivas e estressadas que se encontra. Elas percebem o tempo passando
rapidamente e, por isso, tem pressa de viver intensamente. Isso acaba criando
situações de tensão muito grandes”. [...]
O psicólogo acredita que os principais prejuízos de uma vida atarefada é sentido
nas relações com amigos ou familiares. Na hora de escolher entre uma obrigação
profissional ou uma interação social, as pessoas acabam priorizando o trabalho:
“Nós somos nossas relações sociais, nós acontecemos a partir delas. Se elas aca-
bam sendo comprometidas, comprometem toda a nossa vida. A vida é composta
pelas nossas ações no tempo e cada vez menos a gente tem autonomia sobre ela”.
Para o professor Menna-Barreto, o ideal é buscar alternativas de trabalho ou estudo
em horários mais compatíveis com uma vida saudável. “Exercício físico, relações
sociais e familiares ricas e alimentação saudável também ajudam, mas a raiz do
problema reside no trabalho excessivo”, completa. [...]
Disponível em: http://www.ip.usp.br/portal/index.php?option=com_content&view=ar-
ticle&id=3330%3Aa-sensacao-dos-diasdepoucashoras&catid=46%3Anamidia&Itemi-
d=97&lang=pt

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Assinale a alternativa correta.

a) As palavras “nítida” e “horário” recebem acento agudo pelo mesmo motivo: são

paroxítonas terminadas em ditongo.

b) As palavras “impressão” e “relações” recebem o til pelo mesmo motivo: são pa-

roxítonas terminadas em ditongo nasal.

c) As palavras “inúmeros” e “prejuízos” recebem acento agudo por motivos dife-

rentes. No caso de “inúmeros”, a acentuação se dá por ser uma palavra proparo-

xítona terminada em “s”. No caso de “prejuízos”, a acentuação se dá por ser uma

palavra paroxítona no plural.

d) As palavras “têm” e “inglês” recebem acento circunflexo por motivos diferentes.

No caso de “têm”, a acentuação se dá para marcar que o verbo concorda com a ter-

ceira pessoa do plural. No caso de “inglês”, a acentuação se dá por ser uma palavra

oxítona terminada em e(s).

Questão 2    (INSTITUTO AOCP/ESCRITUÁRIO/DESENBAHIA/2017)

Deu ruim pro Uber?

Filipe Vilicic

Tenho ouvido essa pergunta com muita frequência, desde o início do ano. Há a no-

ção de que o app, antes adorado, entrou numa ladeira, em ponto morto

Comecemos com o popular termômetro do Facebook. Há um ano, entrava em meu

perfil e via uma penca de pessoas louvando o Uber. E não exagero com o “louvar”.

Pois era exagerada a reação da multidão facebookiana. Ao Uber era atribuída uma,

nada mais, nada menos, revolução no transporte urbano. Era o início dos tempos

de motoristas particulares bem-vestidos e com água gelada e balinha no carro.

Desde o início do ano, o cenário mudou. Agora, o exagero é o oposto. Há todo tipo

de reclamação contra o Uber.

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Nas últimas duas semanas, deparei-me com queixas de mais de dez pessoas, de meu

círculo de amigos no Facebook. Isso sem correr atrás dos lamentos; apenas como ob-

servador, um receptor passivo. Fora do ambiente virtual, outros quatro clientes vieram

me perguntar algo como: “por que o Uber tá tão ruim?”. Todos haviam passado por

problemas recentes com o aplicativo. A reclamação mais comum, e que reproduz uma

situação pela qual passei três vezes (a última, em maio): motoristas cancelarem a

corrida, sem avisar, sem perguntar, por vezes próximos ao local de partida, aparente-

mente por 1. Não quererem aquela viagem específica ou 2. Calcularem que vale mais

a pena fazer o usuário pagar uma “multa” pelo cancelamento.

Mas voltemos à pergunta inicial: o que aconteceu com o Uber?

Parece que, quando surgiu, em 2009, e até o ano passado, a empresa americana era

encarada como uma criança talentosa; e, sim, estava em seu início, em sua infância.

Todos (ou quase todos) se admiravam com os talentos dessa jovem (e inovadora)

criança. Agora, o Uber entrou na fase da adolescência, cheio de problemas. É comum

que esse amadurecimento venha às companhias, ainda mais às que se autoprocla-

mam inovadoras. O Google, por exemplo, era criticado na virada dos anos 2000 e,

depois, em meados da década passada (chegou a se ver como protagonista de uma

CPI da Pedofilia no Brasil). O Facebook tem sofrido duras repressões da mídia, e de

usuários, pela proliferação de fake news, de vídeos violentos, e de outras coisas,

digamos, duvidosas, pela rede social. Essas duas empresas souberam amadurecer

e dar a volta por cima. Reagiram, ao menos por enquanto, de forma – na lógica que

coloquei acima – adulta. Será que o Uber conseguirá o mesmo?

Já era para o Uber?

Sim, a empresa entrou numa ladeira, em ponto morto. Mas ainda dá tempo de fre-

ar, dar a volta e engatar a primeira marcha. Todas as gigantes do Vale do Silício, ou

as já mais estabelecidas, tiveram de encarar momentos-chave para suas histórias,

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nos quais quaisquer deslizes poderiam levar a uma quebradeira geral. Foi assim

com a Apple, cuja falência era tida como quase certa no fim dos anos 90 (e, veja

só, agora é a bola da vez). E com Twitter, Google, Facebook… todas. Faz parte do

processo de amadurecimento. A pergunta que fica: será que o Uber conseguirá

ultrapassar os obstáculos que ele próprio parece ter criado para si e, assim, virará

“adulto”? Ainda não se sabe qual será o destino final dessa corrida.

Adaptado de http://veja.abril.com.br/blog/a-origem-dos-bytes/deu -ruim-pro-u-

ber/. Publicado em 22 jun 2017, 18h54

Assinale a alternativa em que a acentuação gráfica das duas palavras se justifica

por regras diferentes.

a) Frequência – início.

b) Últimas – círculo.

c) Já – será.

d) Três – só.

e) Conseguirá – virará.

Questão 3    (INSTITUTO AOCP/ADVOGADO/CODEM/2017)

O Lado Negro do Facebook

Por Alexandre de Santi

O Facebook é, de longe, a maior rede da história da humanidade. Nunca existiu,

antes, um lugar onde 1,4 bilhão de pessoas se reunissem. Metade de todas as

pessoas com acesso à internet, no mundo, entra no Facebook pelo menos uma vez

por mês. Em suma: é o meio de comunicação mais poderoso do nosso tempo, e

tem mais alcance do que qualquer coisa que já tenha existido. A maior parte das

pessoas o adora, não consegue conceber a vida sem ele. Também pudera: o Fa-

cebook é ótimo. Nos aproxima dos nossos amigos, ajuda a conhecer gente nova e

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acompanhar o que está acontecendo nos nossos grupos sociais. Mas essa história

também tem um lado ruim. Novos estudos estão mostrando que o uso frequente

do Facebook nos torna mais impulsivos, mais narcisistas, mais desatentos e menos

preocupados com os sentimentos dos outros. E, de quebra, mais infelizes.

No ano passado, pesquisadores das universidades de Michigan e de Leuven (Bélgica)

recrutaram 82 usuários do Facebook. O estudo mostrou uma relação direta: quanto

mais tempo a pessoa passava na rede social, mais infeliz ficava. Os cientistas não

sabem explicar o porquê, mas uma de suas hipóteses é a chamada inveja sublimi-

nar, que surge sem que a gente perceba conscientemente. Já deve ter acontecido

com você. Sabe quando você está no trabalho, e dois ou três amigos postam fotos

de viagem? Você tem a sensação de que todo mundo está de férias, ou que seus

amigos viajam muito mais do que você. E fica se sentindo um fracassado. “Como as

pessoas tendem a mostrar só as coisas boas no Facebook, achamos que aquilo re-

flete a totalidade da vida delas”, diz o psiquiatra Daniel Spritzer, mestre pela UFRGS

e coordenador do Grupo de Estudos sobre Adições Tecnológicas. “A pessoa não vê o

quanto aquele amigo trabalhou para conseguir tirar as férias”, diz Spritzer.

E a vida em rede pode ter um efeito psicológico ainda mais assustador. Durante 30

anos, pesquisadores da Universidade de Michigan aplicaram testes de personalida-

de a 14 mil universitários. O resultado: os jovens da geração atual, que cresceram

usando a internet, têm 40% menos empatia que os jovens de três décadas atrás. A

explicação disso, segundo o estudo, é que na vida online fica fácil ignorar as pesso-

as quando não queremos ouvir seus problemas ou críticas – e, com o tempo, esse

comportamento indiferente acaba sendo adotado também na vida off-line. Num

meio competitivo, onde precisamos mostrar como estamos felizes o tempo todo, há

pouco incentivo para diminuir o ritmo e prestar atenção em alguém que precisa de

ajuda. Há muito espaço, por outro lado, para o egocentrismo. Em 2012, um estudo

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da Universidade de Illinois com 292 voluntários concluiu que, quanto mais amigos
no Facebook uma pessoa tem, e maior a frequência com que ela posta, mais narci-
sista tende a ser – e maior a chance de fazer comentários agressivos.
Esse último resultado é bem surpreendente, porque é contraintuitivo. Ora, uma
pessoa que tem muitos amigos supostamente os conquistou adotando comporta-
mentos positivos, como modéstia e empatia. O estudo mostra que, no Facebook,
tende a ser justamente o contrário.
Adaptado de Superinteressante. Disponível em:
http://super.abril. com.br/tecnologia/o-lado-negro-do-facebook/
Assinale a alternativa em que NÃO ocorre derivação sufixal.

a) Poderoso.

b) Reunissem.

c) Supostamente.

d) Justamente.

e) Humanidade.

Questão 4    (INSTITUTO AOCP/ADVOGADO/CODEM/2017) Informe se é verdadeiro

(V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência

correta.

( ) No trecho “O resultado: os jovens da geração atual, que cresceram usando a

internet, têm 40% menos empatia que os jovens de três décadas atrás.”, a forma

verbal “têm” está no plural para concordar com “os jovens de três décadas atrás”.

( ) As palavras “Bélgica” e “psicológico” acentuam-se devido à mesma regra.

( ) Em “Há muito espaço, por outro lado, para o egocentrismo”, o verbo “há” está

acentuado por ser um monossílabo tônico terminado em -a.

( ) Em “os jovens de três décadas atrás”, as palavras “três” e “atrás” acentuam-se

por serem oxítonas.

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a) V – V – V – V.

b) F – V – V – F.

c) F – F – V – V

d) V – F – F – V.

e) F – V – F – F.

Questão 5    (INSTITUTO AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO/EBSERH/2017)

A BELEZA E A ARTE NÃO CONSTITUEM NENHUMA GARANTIA MORAL

Contardo Calligaris

Gostei muito de “Francofonia”, de Aleksandr Sokurov. Um jeito de resumir o filme

é este: nossa civilização é um navio cargueiro avançando num mar hostil, levando

contêineres repletos dos objetos expostos nos grandes museus do mundo. Será que

o esplendor do passado facilita nossa navegação pela tempestade de cada dia? Será

que, carregados de tantas coisas que nos parecem belas, seremos capazes de produ-

zir menos feiura? Ou, ao contrário, os restos do passado tornam nosso navio menos

estável, de forma que se precisará jogar algo ao mar para evitar o naufrágio?

Essa discussão já aconteceu. Na França de 1792, em plena Revolução, a Assem-

bleia emitiu um decreto pelo qual não era admissível expor o povo francês à visão

de “monumentos elevados ao orgulho, ao preconceito e à tirania” – melhor seria

destruí-los. Nascia assim o dito vandalismo revolucionário – que continua.

Os guardas vermelhos da Revolução Cultural devastaram os monumentos históri-

cos da China. O Talibã destruiu os Budas de Bamiyan (séculos 4 e 5). Em Palmira,

Síria, o Estado Islâmico destruiu os restos do templo de Bel (de quase 2.000 anos

atrás). A ideia é a seguinte: se preservarmos os monumentos das antigas ideias,

nunca teremos a força de nos inventarmos de maneira radicalmente livre.

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Na mesma Assembleia francesa de 1792, também surgiu a ideia de que não era

preciso destruir as obras, elas podiam ser conservadas como patrimônio “artístico”

ou “cultural” – ou seja, esquecendo sua significação religiosa, política e ideológica.

Sentado no escuro do cinema, penso que nós não somos o navio, somos os contê-

ineres que ele carrega: um emaranhado de esperanças, saberes, intuições, dúvi-

das, lamentos, heranças, obrigações e gostos. Tudo dito belamente: talvez o belo

artístico surja quando alguém consegue sintetizar a nossa complexidade num enig-

ma, como o sorriso de “Mona Lisa”.

Os vândalos dirão que a arte não tem o poder de redimir ou apagar a ignomínia

moral. Eles têm razão: a estátua de um deus sanguinário pode ser bela sem ser

verdadeira nem boa. Será que é possível apreciá-la sem riscos morais?

Não sei bem o que é o belo e o que é arte. Mas, certamente, nenhum dos dois ga-

rante nada. Por exemplo, gosto muito de um quadro de Arnold Böcklin, “A Ilha dos

Mortos”, obra imensamente popular entre o século 19 e 20, que me evoca o cemi-

tério de Veneza, que é, justamente, uma ilha, San Michele. Agora, Hitler tinha, em

sua coleção particular, a terceira versão de “A Ilha dos Mortos”, a melhor entre as

cinco que Böcklin pintou. Essa proximidade com Hitler só não me atormenta porque

“A Ilha dos Mortos” era também um dos quadros preferidos de Freud (que chegou

a sonhar com ele).

Outro exemplo: Hitler pintava, sobretudo aquarelas, que retratam edifícios auste-

ros e solitários, e que não são ruins; talvez comprasse uma, se me fosse oferecida

por um jovem artista pelas ruas de Viena. Para mim, as aquarelas de Hitler são

melhores do que as de Churchill. Pela pior razão: há, nelas, uma espécie de pres-

sentimento trágico de que o mundo se dirigia para um banho de sangue.

É uma pena a arte não ser um critério moral. Seria fácil se as pessoas que despre-

zamos tivessem gostos estéticos opostos aos nossos. Mas, nada feito.

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Os nazistas queimavam a “arte degenerada”, mas só da boca para fora. Na privacidade


de suas casas, eles penduraram milhares de obras “degeneradas” que tinham preten-
samente destruído. Em Auschwitz, nas festinhas clandestinas só para SS, os nazistas
pediam que a banda dos presos tocasse suingue e jazz – oficialmente proibidos.
Para Sokurov, o museu dos museus é o Louvre. Para mim, sempre foi a Accademia,
em Veneza. A cada vez que volto para lá, desde a infância, medito na frente de
três quadros, um dos quais é “A Tempestade”, do Giorgione. Com o tempo, o maior
enigma do quadro se tornou, para mim, a paisagem de fundo, deserta e inquietan-
te. Pintado em 1508, “A Tempestade” inaugura dois séculos que produziram mais
beleza do que qualquer outro período de nossa história. Mas aquele fundo, mais té-
trico que uma aquarela de Hitler, lembra-me que os dois séculos da beleza também
foram um triunfo de guerra, peste e morte – Europa afora.
É isto mesmo: infelizmente, a arte não salva.
Texto adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2016/08/
1806530-a-beleza-e-aarte-nao-constituem-nenhuma-garantia-moral.shtml
A acentuação das palavras “artístico”, “admissível” e “alguém”, retiradas do texto,
justifica-se, respectivamente, conforme as regras de acentuação das palavras da
língua portuguesa, pois
a) marcam-se com acento agudo todas as palavras proparoxítonas, com acento
agudo as palavras paroxítonas cuja sílaba tônica tenha as vogais i e a e com acento
agudo as palavras oxítonas terminadas em em.
b) marca-se com acento agudo a vogal i da sílaba tônica das palavras proparoxíto-
nas, com acento agudo a vogal i das palavras paroxítonas terminadas em l e com
acento agudo a vogal e da terminação em das palavras oxítonas.
c) marcam-se com acento agudo as palavras paroxítonas cuja sílaba tônica tenha
a vogal i, com acento agudo a vogal da sílaba tônica das palavras proparoxítonas

terminadas em l e todas as palavras oxítonas que tenham a vogal e na última sílaba.

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d) marcam-se com acento agudo as vogais i e e das palavras em língua portugue-

sa sempre que elas estiverem na sílaba tônica, independentemente de tratar-se de

uma proparoxítona, paroxítona ou oxítona.

e) marcam-se com acento agudo a vogal i das palavras proparoxítonas que não

sejam terminadas em ditongo, com acento agudo as palavras paroxítonas que têm

na penúltima sílaba a vogal i seguida das consoantes v ou f, como em hífen, e com

acento agudo as oxítonas terminadas em em ou ens.

Questão 6    (INSTITUTO AOCP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/EBSERH/2017)

SOLIDÃO INTERATIVA

Ronaldo Coelho Teixeira

A primeira vez que vi esse termo foi por meio de um jeca superjoia: Juraildes da

Cruz. Tocantino de Aurora, radicado em Goiânia, Goiás e um dos maiores composi-

tores contemporâneos brasileiros. Não seria pra menos! Afinal, foi ele quem criou

o hit que Genésio Tocantins espalhou pelo Brasil por meio do Domingão do Faus-

tão, na TV Globo, em 1999. “Nóis é jeca, mas é joia”, aquele da farinhada, feita da

mandioca, da macaxeira ou do aipim, a depender da região brasileira. Sacada de

mestre, de quem está sempre antenado ao mundo e aos seus. Juraíldes da Cruz em

sua letra, visionária – como tudo o que os gênios, as antenas da raça fazem – já

arrepiava: “Tiro o bicho de pé com canivete, mas já tô na internet”. E isso quando a

www ainda engatinhava. Mas com esse achado que agora evoco aqui, o artista quer

mesmo é alertar para o mau uso das tecnologias, sobre coisas que o homem cria,

mas que geralmente acaba escravo delas. Solidão interativa foi cunhado pelo soció-

logo francês Dominique Wolton. Em sua tese, o autor alerta quanto ao cuidado para

com o uso da internet, principalmente das redes sociais, chamando a atenção para

um detalhe vital no avanço das tecnologias de comunicação: não importam formas

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e meios de expressão, a comunicação humana não foi, não é e nunca será algo

tão simples, sempre vai conter grandeza e dificuldade. Wolton justifica-se dizendo

que a internet é incrível para a comunicação entre pessoas e grupos que tenham

os mesmos interesses, mas está longe de ser uma ferramenta de comunicação de

coesão entre pessoas e grupos diferentes. E que por isso, a internet não é uma

mídia, mas um sistema de comunicação comunitário. Ele prova isso afirmando que

podemos passar horas, dias na internet e sermos incapazes de ter uma verdadeira

relação humana com quer que seja.

A solidão interativa grassa nas redes sociais, especialmente no facebook. São fotos e

fotos postadas – a maioria – forjando uma felicidade quando, na verdade, é tudo fake.

As mais usuais são aquelas em que o autor se autofotografa – as famosas selfies – e

sai espalhando-as de um dia para o outro, quando não, de uma hora para outra.

Tem as gastronômicas. Aquelas em que o autor antes de comer um prato ou uma

iguaria especial, fotografa e já a lança na rede como a dizer que está podendo. Mas

aquela comidinha do dia a dia, a da vida real, ele jamais vai postar. Ovo frito? Nem

pensar! E aquelas dos momentos felizes? Sim, tem gente que acha que os seus

instantes de lazer e diversão têm que, obrigatoriamente, ser vistos por todos. E lá

vai um post ao lado do namorado ou namorada, dos amigos, geralmente com ares

de forçação de barra. Porque a gaiola do tempo, forjada por nós mesmos, só pode

ser aberta pela chave da felicidade plena.

E tem aquela que é emblemática: a mensagem em que o internauta revela o status

do seu sentimento. Mas o ápice da solidão interativa está naquela figura que pos-

ta alguma coisa e ela mesma vai lá e a curte. De dar dó, não? Temos milhares de

‘amigos’ nessa cornucópia virtual. Nessa Caixa de Pandora do Século XXI, eis-nos

diante de uma incoerente quimera: o autoengano.

[...]

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O autoengano é peça-chave para a nossa sobrevivência. Mentimos – a partir dos

dois meses de idade – não só para os outros, mas, principalmente, para nós mes-

mos. Mesmo protegidos na redoma da interatividade, continuamos sós, ali, onde

apenas a solidão nos alcança. Enquanto teclamos a torto e a direito, sugerindo que

estamos sempre ON, a vida verdadeira continua OFF. E nunca nos damos conta de

que, no fim, toda a solidão que nos rodeia, essa sim, é real. Porque bytes, bits e

pixels não transmitem calor. E o verbo sem o hálito quente é apenas palavra morta.

Adaptado de: http://lounge.obviousmag.org/espantalho_lirico/2016/08/solidao-

-interativa.html

No excerto “Wolton justifica-se dizendo que a internet é incrível para a comunica-

ção entre pessoas e grupos que tenham os mesmos interesses, mas está longe de

ser uma ferramenta de comunicação de coesão entre pessoas e grupos diferentes.

E que por isso, a internet não é uma mídia, mas um sistema de comunicação co-

munitário.”, os termos destacados são, respectivamente:

a) polissílabo paroxítono; trissílabo oxítono.

b) trissílabo paroxítono; dissílabo paroxítono.

c) dissílabo paroxítono; trissílabo oxítono.

d) polissílabo paroxítono; dissílabo oxítono.

e) trissílabo paroxítono; dissílabo oxítono.

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Questão 7    (INSTITUTO AOCP/TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO/EB-

SERH/2016)

Texto 2

Disponível em: <https://bioeticaemfoco.wordpress.com/humorreflexao/>.

Em “Que faz com seus resíduos tóxicos?”, o termo em destaque recebe acento,

porque é uma palavra

a) proparoxítona, ou seja, a sílaba mais forte é a última.

b) oxítona, ou seja, a sílaba mais forte é a última.

c) paroxítona, ou seja, a sílaba mais forte é a antepenúltima.

d) paroxítona, ou seja, a sílaba mais forte é a penúltima.

e) proparoxítona, ou seja, a sílaba mais forte é a antepenúltima.

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Questão 8    (INSTITUTO AOCP/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO/EB-

SERH/2016)

O que é ética hoje?

Sem uma discussão lúcida sobre a ética não é possível agir com ética

Marcia Tiburi

A palavra ética aparece em muitos contextos de nossas vidas. Falamos sobre ética

em tom de clamor por salvação. Cheios de esperança, alguns com certa empáfia,

exigimos ou reclamamos da falta de ética, mas não sabemos exatamente o que

queremos dizer com isso. Há um desejo de ética, mas mesmo em relação a ele não

conseguimos avançar com ética. Este é nosso primeiro grande problema.

O que falta na abordagem sobre ética é justamente o que nos levaria a sermos éti-

cos. Falta reflexão, falta pensamento crítico, falta entender “o que é” agir e “como”

se deve agir. Com tais perguntas é que a ética inicia. Para que ela inicie é preciso

sair da mera indignação moral baseada em emoções passageiras, que tantos acham

magnífico expor, e chegar à reflexão ética. Aqueles que expõem suas emoções se

mostram como pessoas sensíveis, bondosas, creem-se como antecipadamente éti-

cos porque emotivos. Porém, não basta. As emoções em relação à política, à misé-

ria ou à violência, passam e tudo continua como antes. A passagem das emoções

indignadas para a elaboração de uma sensibilidade elaborada que possa sustentar

a ação boa e justa - o foco de qualquer ética desde sempre - é o que está em jogo.

Falta, para isso, entendimento. Ou seja, compreensão de um sentido comum na

nossa reivindicação pela ética. Falta, para se chegar a isso, que haja diálogo, ou

seja, capacidade de expor e de ouvir o que a ética pode ser. Clamamos pela ética,

mas não sabemos conversar. E para que haja ética é preciso diálogo. E, por isso,

permanecemos num círculo vicioso em que só a inação e a ignorância triunfam.

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Na inanição intelectual em voga, esperamos que os cultos, os intelectuais, os pro-

fessores, os jornalistas, todos os que constroem a opinião pública, tragam respos-

tas. Nem estes podem ajudar muito, pois desconhecem ou evitam a profundidade

da questão. Há, neste contexto, quem pense que ser corrupto não exclui a ética.

E isso não é opinião de ignorantes que não frequentaram escola alguma, mas de

muitos ditos “cultos” e “inteligentes”. Quem hoje se preocupa em entender do que

se trata? Quem se preocupa em não cair na contradição entre teoria e prática? Em

discutir ética para além dos códigos de ética das profissões pensando-a como prin-

cípio que deve reger nossas relações?

Exatamente pela falta de compreensão do seu fundamento, do que significa a ética

como elemento estrutural para cada um como pessoa e para a sociedade como um

todo, é que perdemos de vista a possibilidade de uma realização da ética. A ética

não entra em nossas vidas porque nem bem sabemos o que deveria entrar. Nem

sabemos como. Mas quando perguntamos pela ética, em geral, é pelo “como faze-

mos para sermos éticos” que tudo começa. Aí começa também o erro em relação à

ética. Pois ético é o que ultrapassa o mero uso que podemos fazer da própria ética

quando se trata de sobreviver. Ética é o que diz respeito ao modo de nos compor-

tamos e decidirmos nosso convívio e o modo como partilhamos valores e a própria

liberdade. Ela é o sentido da convivência, mais do que o já tão importante respeito

do limite próprio e alheio. Portanto, desde que ela diz respeito à relação entre um

“eu” e um “tu”, ela envolve pensar o outro, o seu lugar, sua vida, sua potencialida-

de, seus direitos, como eu o vejo e como posso defendê-lo.

A Ética permanece, porém, sendo uma palavra vã, que usamos a esmo, sem pen-

sar no conteúdo que ela carrega. Ninguém é ético só porque quer parecer ético.

Ninguém é ético porque discorda do que se faz contra a ética. Só é ético aquele

que enfrenta o limite da própria ação, da racionalidade que a sustenta e luta pela

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construção de uma sensibilidade que possa dar sentido à felicidade. Mas esta é

mais do que satisfação na vida privada. A felicidade de que se trata é a “felicidade

política”, ou seja, a vida justa e boa no universo público. A ética quando surgiu na

antiguidade tinha este ideal. A felicidade na vida privada – que hoje também se

tornou debate em torno do qual cresce a ignorância depende disso.

Por isso, antes de mais nada, a urgência que se tornou essencial hoje – e que por

isso mesmo, por ser essencial, muitos não percebem – é tratar a ética como um

trabalho da lucidez quanto ao que estamos fazendo com nosso presente, mas so-

bretudo, com o que nele se planta e define o rumo futuro. Para isso é preciso reno-

var nossa capacidade de diálogo e propor um novo projeto de sociedade no qual o

bem de todos esteja realmente em vista.

(http://www.marciatiburi.com.br/textos/somoslivre.htm)

Assinale a alternativa correta.

a) O vocábulo “ética” recebe acento por seguir as mesmas regras de acentuação

de “violência”, “empáfia” e “política”.

b) Os vocábulos “sensíveis”, “diálogo” e “ignorância” recebem acento por seguirem

as mesmas regras de acentuação.

c) Os vocábulos “possível” e “códigos” têm a acentuação justificada pelo fato de que

ambos são terminados em uma sílaba constituída por consoante-vogal-consoante.

d) O vocábulo “urgência”, recebe acento por seguir as mesmas regras de acentua-

ção de “princípio”, “miséria” e “convívio”.

e) Os vocábulos “indignação”, “conteúdo” e “ninguém” são acentuados porque a

sílaba tônica apresenta uma vogal nasal.

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Questão 9    (AOCP/AUDITOR FISCAL/PREFEITURA DE JUIZ DE FORA-MG/2016) As-

sinale a alternativa em que a grafia de todas as palavras está de acordo com a

ortografia oficial e com as regras de acentuação gráfica das palavras da Língua

Portuguesa.

a) Por psicopatologia compreende-se o ramo da psiquiatria que estuda as causas e

a natureza das doenças mentais, ou seja, psicopatologicas.

b) Por psicopatologia compreende-se o ramo da psiquiatria que estuda as causas e

a natureza das doenças mentais, ou seja, psicopatológicas.

c) Por pscicopatologia compreende-se o ramo da psciquiatria que estuda as causas

e a natureza das doenças mentais, ou seja, pscicopatológicas.

d) Por psicopatologia comprende-se o ramo da psiquiatria que estuda as causas e

a natureza das doenças mentais, ou seja, psicopatológicas.

e) Por pisicopatologia comprende-se o ramo da pisiquiatria que estuda as causas e

a natureza das doenças mentais, ou seja, psicopatológicas

Questão 10    (AOCP/CONTADOR/PREFEITURA DE JUIZ DE FORA/2016)

O difícil, mas possível, diálogo entre a arte e a ciência

Daniel Martins de Barros

Estabelecer pontes entre a ciência e a arte não é tarefa fácil. Se a revolução cientí-

fica, com sua valorização da metodologia experimental e sua necessidade de rigor,

trouxe avanços inegáveis para a humanidade, por outro lado também tornou o

trabalho científico distante do homem comum. Com isso, distanciou-o também da

arte, que talhada para captar a essência humana, o faz de maneira basicamente

intuitiva. Tentativas de reaproximação até existem, mas a inconstância e variabi-

lidade no seu sucesso atestam a dificuldade da empreitada. Um dos diálogos mais

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interessantes entre ciência e arte se deu nas primeiras décadas do século 20, na

relação entre o surrealismo e a psicanálise.

Os sonhos eram considerados proféticos e reveladores, até que, em 1899, Sigmund

Freud apresentou uma das primeiras tentativas de interpretá-los cientificamente no

livro A Interpretação dos Sonhos. Simplificando bastante, sonhos seriam um mo-

mento em que conteúdos inconscientes surgiriam para nós, ainda que disfarçados,

e caberia à psicanálise desmascarar seu real significado.

O movimento artístico do surrealismo imediatamente se apropriou dessas teorias.

Os surrealistas já nutriam um interesse especial pelo inconsciente, tentando retra-

tar esses conteúdos em suas obras, mas após a tradução do livro de Freud para o

espanhol, o pintor catalão Salvador Dalí tornou-se um dos maiores entusiastas da

obra freudiana. Segundo ele mesmo, o objetivo de sua pintura era materializar as

imagens de sua “irracionalidade concreta”.

Desde que se tornou fã declarado do médico austríaco, Dalí tentou se encontrar com

ele. Tanto insistiu que conseguiu, quando Freud já estava idoso e bastante doente.

A reunião não foi das mais frutíferas, já que os dois eram incapazes de conversar:

Dalí não falava alemão nem inglês, e Freud, além do câncer de mandíbula, não

estava ouvindo bem. A interação ficou limitada: Freud analisou um quadro recente

de Dalí, enquanto esse passava o tempo desenhando o psicanalista e o observava

a conversar com o amigo e escritor Stephan Zweig.

O resultado tímido do encontro poderia bem ser emblemático da complicada en-

genharia que é construir pontes entre tão distantes universos. As conversas nem

sempre são frutíferas, as trocas muitas vezes são frustrantes. Mas a retomada

desse episódio na peça Histeria, do dramaturgo Terry Johnson, mostra que não

desistimos, e que novas maneiras podem ser tentadas. Usando a liberdade que

só se encontra na arte, Johnson expande o diálogo que não aconteceu, mostran-

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do – ainda que numa realidade alternativa e em chave cômica – que os caminhos


que ligam arte e ciência podem ser acidentados, mas não deixam de ser possíveis.
Embora a psicanálise não seja mais considerada científica pelos critérios atuais e
o surrealismo já não exista como movimento organizado, o encontro dessas duas
formas de saber, no alvorecer do século 20, persiste como emblema de um diálogo
que, mesmo que cheio de ruídos, não pode ser abandonado.

https://www.qconcursos.com/questoes/imprimir?ano_publicacao=&esfe-
ra=&area=&assunto=&organizadora=&cargo=&disciplina=&escolaridade
Adaptado de: http://m.cultura.estadao.com.br/noticias/teatro-e-danca,analise-o-
-dificil--maspossivel--dialogo-entre-a-arte-e-a-ciencia,10000048930 Acesso em
17 de maio de 2016.
Assinale a alternativa que apresenta a correta divisão silábica das palavras “surre-
alismo” e “psicanálise”.
a) Sur.re.a.lis.mo e psi.ca.ná.li.se.
b) Su.rre.a.lis.mo e p.si.ca.ná.li.se.
c) Sur.rea.lis.mo e psi.ca.ná.li.se.
d) Sur.re.a.lis.mo e p.si.ca.ná.li.se.
e) Sur.rea.lis.mo e p.si.ca.ná.li.se.

Questão 11    (AOCP/CONTADOR/PREFEITURA DE JUIZ DE FORA/2016) Em relação


ao trecho “Estabelecer pontes entre a ciência e a arte não é tarefa fácil.”, é correto
afirmar que
a) a palavra “fácil” é acentuada por tratar-se de uma proparoxítona.
b) a palavra “entre” é uma proparoxítona.
c) a palavra “pontes” está no plural por tratar-se do predicativo de um sujeito composto.
d) há uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
e) há uma oração subordinada substantiva subjetiva.

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Questão 12    (AOCP/CONTADOR/PREFEITURA DE JUIZ DE FORA/2016) Assinale a

alternativa que apresenta a palavra cujo processo de formação encontrado é o

mesmo da palavra “freudiano”.

a) Cientificamente.

b) Reaproximar.

c) Inconsciente.

d) Desmascarar.

e) Surreal.

Q uestão 13    (AOCP/TÉCNICO PROFISSIONALIZANTE/SERCOMTEL S.A TELE-

COMUNICAÇÕES/2016)

A arte perdida de ler um texto até o fim

A internet é um banquete de informações, mas só aguentamos as primeiras garfadas

Danilo Venticinque

Abandonar um texto logo nas primeiras linhas é um direito inalienável de qualquer

leitor. Talvez você nem esteja lendo esta linha: ao ver que a primeira frase deste

texto era uma obviedade, nada mais natural do que clicar em outra aba do nave-

gador e conferir a tabela da copa. Ou talvez você tenha perseverado e seguido até

aqui. Mesmo assim eu não comemoraria. É muito provável que você desista agora.

A passagem para o segundo parágrafo é o que separa os fortes dos fracos.

A internet é um enorme banquete de informações, mas estamos todos fartos. Não

aguentamos mais do que as duas ou três primeiras garfadas de cada prato. Ler

um texto até as últimas linhas é uma arte perdida. No passado, quem desejasse

esconder um segredo num texto precisava criar códigos sofisticados de linguagem

para que só os iniciados decifrassem o enigma. Hoje a vida ficou mais fácil. Quer

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preservar um segredo? Esconda-o na última frase de um texto – esse território sel-

vagem, raramente explorado.

Lembro-me que, no Enem do ano retrasado, um aluno escreveu um trecho do hino

de seu time favorito no meio da redação. Tirou a nota 500 (de 1000), foi descober-

to pela imprensa e virou motivo de chacota nacional. Era um mau aluno, claro. Se

fosse mais estudioso, teria aprendido que o fim da redação é o melhor lugar para

escrever impunemente uma frase de um hino de futebol. Se fizesse isso, provavel-

mente tiraria a nota máxima e jamais seria descoberto.

Agora que perdi a atenção da enorme maioria dos leitores à exceção de amigos muito

próximos e parentes de primeiro grau, posso ir direto ao que interessa. Quem acom-

panhou as redes sociais na semana passada deve ter notado uma enorme confusão

causada pelo hábito de abandonar um texto antes do fim. Resumindo a história: um

jornalista publicou uma coluna em que narrava uma longa entrevista com Felipão

num avião. A notícia repercutiu e virou manchete em outros sites, até que alguém

notou que o entrevistado não era Felipão, mas sim um sósia dele. Os sites divulgaram

erratas e a história virou piada. No meio de todo o barulho, porém, alguns abnegados

decidiram ler o texto com atenção até o fim. Encontraram lá um parágrafo enigmá-

tico. Ao final da entrevista, o suposto Felipão entregava ao jornalista um cartão de

visitas. No cartão estavam os dizeres “Vladimir Palomo – Sósia de Felipão – Eventos”.

A multidão que ria do engano do jornalista o fazia sem ler esse trecho.

Teria sido tudo uma sacada genial do jornalista, que conseguiu pregar uma peça

em seus colegas e em milhares de leitores que não leram seu texto até o fim? Esta-

ria ele rindo sozinho, em silêncio, de todos aqueles que não entenderam sua piada?

A explicação, infelizmente, era mais simples. Numa entrevista, o jornalista confir-

mou que acreditava mesmo ter entrevistado o verdadeiro Felipão, e que o cartão

de visitas do sósia tinha sido apenas uma brincadeira do original.

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A polêmica estava resolvida. Mas, se eu pudesse escolher, preferiria não ler essa

história até o fim. Inventaria outro desenlace para ela. Trocaria o inexplicável mal-

-entendido da realidade por uma ficção em que um autor maquiavélico consegue

enganar uma multidão de leitores desatentos. Ou por outra ficção, ainda mais in-

sólita, em que o texto revelava que o entrevistado era um sósia, mas o autor não

saberia disso porque não teria lido a própria obra até o final. Seria um obituário

perfeito para a leitura em tempos de déficit de atenção.

Se você chegou ao último parágrafo deste texto, você é uma aberração estatística.

Estudos sobre hábitos de leitura demonstram claramente que até meus pais teriam

desistido de ler há pelo menos dois parágrafos. Estamos sozinhos agora, eu e você.

Talvez você se considere um ser fora de moda. Na era de distração generalizada,

é preciso ser um pouco antiquado para perseverar na leitura. Imagino que você já

tenha pensado em desistir desse estranho hábito e começar a ler apenas as pri-

meiras linhas, como fazem as pessoas ao seu redor. O tempo economizado seria

devidamente investido em atividades mais saudáveis, como o Facebook ou games

para celular. Aproveito estas últimas linhas, que só você está lendo, para tentar te

convencer do contrário. Esqueça a modernidade. Quando o assunto é leitura, não

há nada melhor do que estar fora de moda. A história está repleta de textos cheios

de sabedoria, que merecem ser lidos do começo ao fim. Este, evidentemente, não

é um deles. Mas seu esforço um dia será recompensado. Não desanime, leitor. As

tuas glórias vêm do passado.

(http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/danilo-venticinque/noticia/2014/06/ar-

te-perdida-de-bler-um-texto-ateo-fimb.html)

São acentuadas, pela mesma regra gramatical de acentuação gráfica, as palavras

a) só – até.

b) últimas – fácil.

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c) história – parágrafo.

d) você – três.

e) inalienável – provável.

Questão 14    (AOCP/ANALISTA/SERCOMTEL S.A TELECOMUNICAÇÕES/2016)

Perdoar e esquecer

Quando a vida se transforma num tango, é difícil não dançar ao ritmo do rancor

Ivan Martins

Hoje tomei café da manhã num lugar em que Carlos Gardel costumava encontrar

seus parceiros musicais por volta de 1912. É um bar simples, na esquina da rua

Moreno com a avenida Entre Rios, chamado apropriadamente El Encuentro.

Nunca fui fã aplicado de tango, mas cresci ouvindo aqueles que a minha mãe can-

tava enquanto se movia pela casa. Os versos incandescentes flutuam na memória

e ainda me emocionam. Soprado pelo fantasma de Gardel, um deles me veio aos

lábios enquanto eu tomava café no El Encuentro: “Rechiflado en mi tristeza, te evo-

co y veo que has sido...”

Vocês conhecem Mano a mano, não?

Essencialmente, é um homem falando com a mulher que ele ama e que parece tê-

-lo trocado por uma vida melhor. Lembra, em espírito, o samba Quem te viu, quem

te vê, do Chico Buarque, mas o poema de Gardel é mais ácido e rancoroso. Parado-

xalmente, mais sutil. Não se sabe se o sujeito está fazendo ironia ou se em meio a

tantas pragas ele tem algum sentimento generoso em relação à ex-amante. Nisso

reside o apelo eterno e universal de Mano a mano – não é assim, partido por senti-

mentos contraditórios, que a gente se sente em relação a quem não nos quer mais?

Num dia em que estamos solitários, temos raiva e despeito de quem nos deixou. No

outro dia, contentes e acompanhados, quase torcemos para que seja feliz. O pro-

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blema não parece residir no que sentimos pelo outro, mas como nos sentimos em

relação a nós mesmos. Por importante que tenha sido, por importante que ainda

seja, a outra pessoa é só um espelho no qual projetamos nossos sentimentos – e

eles variam como os sete passos do tango. Às vezes avançam, em outras retroce-

dem. Quando a gente acha que encontrou o equilíbrio, há um giro inesperado.

Por isso as ambiguidades de Mano a mano nos pegam pelas entranhas. É difícil dei-

xar para trás o sentimento de abandono e suas volúpias. É impossível não dançar

ao ritmo do rancor. Há uma força enorme na generosidade, mas para muitos ela é

inalcançável. Apenas as pessoas que gostam muito de si mesmas são capazes de

desejar o bem do outro em circunstâncias difíceis. A maioria de nós precisa ser ama-

da novamente antes de conceder a quem nos deixou o direito de ser feliz. Por isso

procuramos com tanto afinco um novo amor. É um jeito de dar e de encontrar paz.

No último ano, tenho ouvido repetidamente uma frase que vocês já devem ter escu-

tado: Não se procura um novo amor, a gente simplesmente o encontra. O paradoxo

é bonito, mas me parece discutível. Supõe que o amor é tão acidental quanto um

tropeção na calçada. Eu não acho que seja. Imagina que a vontade de achar destrói a

possibilidade de encontrar. Isso me parece superstição. Implica em dizer que se você

ficar parado ou parada as coisas virão bater na sua porta. Duvido. O que está em-

butido na frase e me parece verdadeiro é que não adianta procurar se você não está

pronto – mas como saber sem procurar, achar e descobrir que não estava pronto?

É inevitável que a gente cometa equívocos quando a vida vira um tango. Nossa ca-

rência nos empurra na direção dos outros, e não há nada de errado nisso. É assim

que descobrimos gente que será ou não parte da nossa vida. Às vezes quebramos a

cara e magoamos os outros. O tango prossegue. O importante é sentir que gostam

de nós, e que nós somos capazes de gostar de novo. Isso nos solta das garras do

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rancor. Permite olhar para trás com generosidade e para o futuro com esperança. Não

significa que já fizemos a curva, mas sugere que não estamos apenas resmungando

contra a possibilidade de que o outro esteja amando. Quando a gente está tentando

ativamente ser feliz, não pensa muito no outro. Esse é o primeiro passo para superar.

Ou perdoar, como costuma ser o caso. Ou esquecer, como é ainda melhor.

No primeiro verso de Mano a mano, Gardel lança sobre a antiga amante a maldição

terrível de que ela nunca mais voltará a amar. Mas, ao final da música, rendido a

bons sentimentos, oferece ajuda e conselhos de amigo, quando chegar a ocasião.

Acho que isso é o melhor que podemos esperar de nós mesmos. Torcer mesquinha-

mente para jamais sermos substituídos - mas estarmos prontos para aceitar e am-

parar quando isso finalmente, inevitavelmente, dolorosamente, vier a acontecer.

(Disponível em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/noticia/2016/01/

perdoar-e-esquecer.html)

Em “Quando a gente acha que encontrou o equilíbrio, há um giro inesperado.”, o

termo em destaque recebe acento pela mesma regra que o vocábulo

a) terrível.

b) destrói.

c) espírito.

d) carência.

e) difíceis.

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-BA/2016)

A felicidade é deprimente

Contardo Calligaris

É possível que a depressão seja o mal da nossa época.

Ela já foi imensamente popular no passado. Por exemplo, os românticos (sobretudo

os artistas) achavam que ser langoroso e triste talvez fosse o único jeito autêntico

de ser fascinante e profundo.

Em 1859, Baudelaire escrevia à sua mãe: “O que sinto é um imenso desânimo,

uma sensação de isolamento insuportável, o medo constante de um vago infortú-

nio, uma desconfiança completa de minhas próprias forças, uma ausência total de

desejos, uma impossibilidade de encontrar uma diversão qualquer”.

Agora, Baudelaire poderia procurar alívio nas drogas, mas ele e seus contemporâ-

neos não teriam trocado sua infelicidade pelo sorriso estereotipado das nossas fo-

tos das férias. Para um romântico, a felicidade contente era quase sempre a marca

de um espírito simplório e desinteressante.

Enfim, diferente dos românticos, o deprimido contemporâneo não curte sua fossa: ao

contrário, ele quer se desfazer desse afeto, que não lhe parece ter um grande charme.

Alguns suspeitam que a depressão contemporânea seja uma invenção. Uma vez

achado um remédio possível, sempre é preciso propagandear o transtorno que o

tal remédio poderia curar. Nessa ótica, a depressão é um mercado maravilhoso,

pois o transtorno é fácil de ser confundido com estados de espírito muito comuns:

a simples tristeza, o sentimento de inadequação, um luto que dura um pouco mais

do que desejaríamos etc.

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De qualquer forma, o extraordinário sucesso da depressão e dos antidepressivos

não existiria se nossa cultura não atribuísse um valor especial à felicidade (da qual

a depressão nos privaria). Ou seja, ficamos tristes de estarmos tristes porque gos-

taríamos muito de sermos felizes.

Coexistem, na nossa época, dois fenômenos aparentemente contraditórios: a de-

pressão e a valorização da felicidade. Será que nossa tristeza, então, não poderia

ser um efeito do valor excessivo que atribuímos à felicidade? Quem sabe a tristeza

contemporânea seja uma espécie de decepção.

Em agosto de 2011, I. B. Mauss e outros publicaram em “Emotion” uma pesqui-

sa com o título: “Será que a procura da felicidade faz as pessoas infelizes?”. Eles

recorreram a uma medida da valorização da felicidade pelos indivíduos e, em pes-

quisas com duas amostras de mulheres (uma que valorizava mais a felicidade e

a outra, menos), comprovaram o óbvio: sobretudo em situações positivas (por

exemplo, diante de boas notícias), as pessoas que perseguem a felicidade ficam

sempre particularmente decepcionadas.

Numa das pesquisas, eles induziram a valorização da felicidade: manipularam uma das

amostras propondo a leitura de um falso artigo de jornal anunciando que a felicidade

cura o câncer, faz viver mais tempo, aumenta a potência sexual – em suma, todas as

trivialidades nunca comprovadas, mas que povoam as páginas da grande imprensa.

Depois disso, diante de boas notícias, as mulheres que tinham lido o artigo ficaram

bem menos felizes do que as que não tinham sido induzidas a valorizar especial-

mente a felicidade.

Conclusão: na população em geral, a valorização cultural da felicidade pode

ser contraprodutiva.

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Mais recentemente, duas pesquisas foram muito além e mostraram que a valori-

zação da felicidade pode ser causa de verdadeiros transtornos. A primeira, de B.

Q. Ford e outros, no “Journal of Social and Clinical Psychology”, descobriu que a

procura desesperada da felicidade constitui um fator de risco para sintomas e diag-

nósticos de depressão.

A pesquisa conclui que o valor cultural atribuído à felicidade leva a consequências

sérias em saúde mental. Uma grande valorização da felicidade, no contexto do Oci-

dente, é um componente da depressão. E uma intervenção cognitiva que diminua

o valor atribuído à felicidade poderia melhorar o desfecho de uma depressão. Ou

seja, o que escrevo regularmente contra o ideal de felicidade talvez melhore o hu-

mor de alguém. Fico feliz.

Enfim, em 2015, uma pesquisa de Ford, Mauss e Gruber, em “Emotion”, mostra

que a valorização da felicidade é relacionada ao risco e ao diagnóstico de transtor-

no bipolar. Conclusão: cuidado, nossos ideais emocionais (tipo: o ideal de sermos

felizes) têm uma função crítica na nossa saúde mental.

Como escreveu o grande John Stuart Mill, em 1873: Só são felizes os que perse-

guem outra coisa do que sua própria felicidade.

Adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2015/10/

1699663-a-felicidade-edeprimente.shtml Acesso em 10 de março de 2016.

Em relação ao trecho “Conclusão: cuidado, nossos ideais emocionais (tipo: o ideal

de sermos felizes) têm uma função crítica na nossa saúde mental”, sobre a palavra

destacada é correto afirmar que

a) trata-se de um verbo da segunda conjugação da língua portuguesa, que apare-

ce conjugado na terceira pessoa do plural e concorda com o sujeito da oração.

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b) foi indevidamente acentuada, considerando-se a correta conjugação do verbo

“ter” e as regras de acentuação das palavras em língua portuguesa.

c) trata-se de um verbo intransitivo que sintaticamente não necessita de objeto

como complemento verbal.

d) trata-se de um verbo da primeira conjugação cujo acento circunflexo diferencia

a terceira pessoa do singular e do plural.

e) apresenta acento circunflexo facultativo, conforme as regras ortográficas da

língua portuguesa, de modo que poderia ser substituída pela forma “tem” (sem

acento) e manter a concordância verbal.

Questão 16    (AOCP/TÉCNICO AMBIENTAL – BIOLOGIA/PREFEITURA DE VALEN-

ÇA/2016) Na palavra “charme”, presente no texto, há um Dígrafo. Em qual das

palavras a seguir encontramos o mesmo recurso?

a) Próprias.

b) Drogas.

c) Sorriso

d) Marca.

e) Tristeza.

Questão 17    (INSTITUTO AOCP/TÉCNICO DE ENFERMAGEM/EBSERH/2016) Assi-

nale a alternativa cujas palavras apresentam a mesma regra de acentuação orto-

gráfica.

a) Psicólogo, matemática, sustentável.

b) têm, até, também.

c) análise, família, além.

d) dúvida, trânsito, legítima.

e) ciúme, dúvida, saúde.

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Questão 18    (INSTITUTO AOCP/MÉDICO CIRURGIÃO CARDIOVASCULAR/EB-

SERH/2016)

A CHAVE

Ela abre mais do que uma porta, inaugura um novo tempo

IVAN MARTINS

Certos objetos dão a exata medida de um relacionamento. A chave, por exemplo.

Embora caiba no bolso, ela tem importância gigantesca na vida dos casais. O mo-

mento em que você oferece a chave da sua casa é aquele em que você renuncia

à sua privacidade, por amor. Quando pede a chave de volta - ou troca a fechadura

da porta - está retomando aquilo que havia oferecido, por que o amor acabou. O

primeiro momento é de exaltação e esperança. O segundo é sombrio.

Quem já passou pela experiência sabe como é gostoso carregar no bolso - ou na

bolsa - aquela cópia de cinco reais que vai dar início à nova vida. Carregada de

expectativas e temores, a chave será entregue de forma tímida e casual, como se

não fosse importante, ou pode vir embalada em vinho e flores, pondo violinos na

ocasião. Qualquer que seja a cena, não cabe engano: foi dado um passo gigantes-

co. Alguém pôs na mão de outro alguém um totem de confiança.

Não interessa se você dá ou ganha a chave, a sensação é a mesma. Ou quase.

Quem a recebe se enche de orgulho. No auge da paixão, e a pessoa que provoca

seus melhores sentimentos (a pessoa mais legal do mundo, evidentemente) põe

no seu chaveiro a cópia discreta que abre a casa dela. Você só nota mais tarde,

quando chega à sua própria casa e vai abrir a porta. Primeiro, estranha a cor e o

formato da chave nova, mas logo entende a delicadeza da situação. Percebe, com

um sorriso nos lábios, que suas emoções são compartilhadas. Compreende que

está sendo convidado a participar de outra vida. Sente, com enorme alívio, que foi

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aceito, e que uma nova etapa tem início, mais intensa e mais profunda que anterior.

Aquela chave abre mais do que uma porta. Abre um novo tempo.

O momento de entregar a chave sempre foi para mim o momento de máximo otimismo.

[...]

Você tem certeza de que a outra pessoa ficará feliz e comovida, mas ao mesmo

tempo teme, secretamente, ser recusado. Então vê nos olhos dela a alegria que

havia antecipado e desejado. O rosto querido se abre num sorriso sem reservas,

que você não ganharia se tivesse lhe dado uma joia ou uma aliança. (Uma não

vale nada; para a outra ela não está pronta). Por isto ela esperava, e retribui com

um olhar cheio de amor. Esse é um instante que viverá na sua alma para sempre.

Nele, tudo parece perfeito. É como estar no início de um sonho em que nada pode

dar errado. A gente se sente adulto e moderno, herdeiro dos melhores sonhos da

adolescência, parte da espécie feliz dos adultos livres que são amados e correspon-

didos - os que acharam uma alma gêmea, aqueles que jamais estarão sozinhos.

Se as chaves de despedida parecem a pior coisa do mundo, não são.

[...]

A gente sabe que essas coisas, às vezes, são efêmeras, mas é tão bonito.

Pode ser que dentro de três meses ou três anos a chave inútil e esquecida seja en-

contrada no bolso de uma calça ou no fundo de uma bolsa. Ela já não abrirá porta

alguma exceto a da memória, que poderá ser boa ou ruim. O mais provável é que

o tato e a visão daquela ferramenta sem propósito provoquem um sorriso agridoce,

grisalho de nostalgia. Essa chave do adeus não dói, ela constata e encerra.

Nestes tempos de arrogante independência, em que a solidão virou estandarte exi-

bido como prova de força, a doação de chaves ganhou uma solenidade inesperada.

Com ela, homens e mulheres sinalizam a disposição de renunciar a um pedaço da

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sua sagrada liberdade pessoal. Sugerem ao outro que precisam dele e o desejam

próximo. Cedem o seu terreno, correm o risco. É uma forma moderna e eloquente

de dizer “eu te amo”. E, assim como a outra, dispensa “eu também”. Oferece a cha-

ve quem está pronto, aceita a chave quem a deseja, reciproca, oferecendo a sua,

quem sente que é o caso, verdadeiramente. Nada mais triste que uma chave falsa.

Ela parece abrir uma esperança, mas abre somente uma ilusão.

Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/noticia/2015/04/

chave.html

Em “A gente sabe que essas coisas, às vezes, são efêmeras, mas é tão bonito.”,

existe uma inadequação gramatical quanto à

a) acentuação gráfica.

b) ortografia.

c) regência.

d) concordância.

e) pontuação.

Questão 19    (AOCP/MÉDICO PNEUMOLOGISTA/FUNDASUS/2015)

ENTRE NO EIXO

Descuidar-se das costas pode afetar seu humor, sua autoconfiança e até sua vida

sexual. (Vai querer?) Corrija sua postura agora.

Por Meghan Rabbit e Elaine Carvalho

Preste atenção em sua postura enquanto lê esta reportagem. Está largada no sofá,

com as costas tortas e os ombros arqueados? Debruçada sobre o notebook? Então

aproveite para se corrigir. Você vai descobrir que mais coisas do que você imagina

acontecem no corpo e na cabeça quando você se desconecta daquela que é o eixo

do seu corpo: a coluna. E que as consequências vão além daquela dor chata nas

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costas. “A postura errada atrapalha a respiração, enfraquece os músculos e derruba

seu nível de energia”, fala o quiropata americano Steven Weiniger, especialista em

postura e autor do livro Stand Taller, Live Longer (sem edição em português). Em

outras palavras, se reflete na sua aparência e no modo como você se sente. Veja

por que e como colocar cada parte do seu corpo no lugar certo.

Por que colocar o corpo no eixo?

Porque andar como o corcunda de Notre Dame vai muito além de ser feio e nada

sexy. Ao corrigir a postura, você sai ganhando em...

1. MAIS FOCO

De acordo com Steven Weiniger, ao manter as costas arqueadas, as costelas pres-

sionam o diafragma, impedindo que os pulmões inflem completamente. (Quer fazer

o teste? Tente inspirar profundamente nessa posição e vai sentir dificuldade.) Isso

influencia a respiração, que fica mais curta e, por isso, prejudica a oxigenação do

corpo, do cérebro e acaba afetando sua capacidade de concentração.

2. AUTOESTIMA E BOM HUMOR Quem caminha curvado, com os ombros projetados

para a frente, tende a se sentir mais baixo-astral do que quem tem porte de rainha.

Foi o que concluiu uma pesquisa da San Francisco State University (EUA) realizada

com dois grupos de voluntários, que testaram andar dos dois jeitos e depois con-

taram como se sentiram. O experimento revelou que o cérebro se deixa levar pela

postura: mover-se com confiança vai fazê-la se sentir assim e bancar a desleixada

também se reflete em como se sente. O físico ucraniano Moshe Feldenkrais, criador

de um método que leva seu sobrenome e busca, por meio da consciência corporal,
novas maneiras de se movimentar, também não fazia distinção entre quem vem
primeiro – se movimento ou emoção. Para ele, uma pessoa triste se encolhe, en-
quanto alguém feliz ergue a cabeça e abre o peito naturalmente. “Contraímos a

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musculatura sempre que sentimos medo ou tensão, assim como abaixamos a ca-
beça e projetamos o abdômen para a frente”, explica a educadora somática Maria-

na Huck, de São Paulo, coordenadora do Núcleo Feldenkrais Brasil. “É uma reação

normal. O desafio é não cristalizar essa postura rígida, o que leva à dor e impacta

as emoções.”

3. CORPO LIVRE DE DORES

“Quando a coluna está fora do eixo, vários músculos precisam entrar em ação para

compensar o desequilíbrio postural”, observa a fisioterapeuta Mary Ann Wilmarth,

da Harvard University (EUA). Isso gera uma reação em cadeia, que resulta em dor,

formigamento e espasmos musculares em várias partes do corpo.

4. TESÃO EM DIA

Uma postura desleixada tem ligação direta com a flacidez do core (musculatura

que inclui o abdômen), o que, por sua vez, pode ter impacto negativo entre quatro

paredes – e não apenas na frente do espelho. “Quanto mais flácido seu abdômen,

mais fracas podem ficar a libido e a performance na cama”, diz a americana Debby

Herbenick, especialista em saúde sexual. Portanto, antes de investir em lingeries

sensuais, valorize seu corpo ao praticar exercícios capazes de colocá-lo nos eixos.

(Fonte: Revista Women’s Health. Número 79 publicada em Maio de 2015. Editora Abril)

Observe a seguinte sentença retirada do texto ENTRE NO EIXO: “Preste atenção

em sua postura enquanto lê esta reportagem”. Levando em consideração as regras

de ortografia da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta com relação ao

acento utilizado no verbo ler.

a) A forma verbal lê apresenta acento para distingui-la da forma verbal leio.

b) A forma verbal lê é acentuada porque se trata de uma conjugação verbal ter-

minada em vogal aberta.

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c) A forma verbal lê é acentuada porque se trata de um monossílabo tônico.

d) A forma verbal lê é acentuada porque se trata de uma oxítona terminada

em ditongo.

e) A forma verbal lê é acentuada porque se trata de uma oxítona terminada na

vogal fechada e.

Questão 20    (INSTITUTO AOCP/PEDAGOGO/EBSERH/2015)

A CHAVE

Ela abre mais do que uma porta, inaugura um novo tempo

IVAN MARTINS

Certos objetos dão a exata medida de um relacionamento. A chave, por exemplo.

Embora caiba no bolso, ela tem importância gigantesca na vida dos casais. O mo-

mento em que você oferece a chave da sua casa é aquele em que você renuncia à

sua privacidade, por amor. Quando pede a chave de volta - ou troca a fechadura da

porta - está retomando aquilo que havia oferecido, por que o amor acabou. O pri-

meiro momento é de exaltação e esperança. O segundo é sombrio. Quem já passou

pela experiência sabe como é gostoso carregar no bolso - ou na bolsa - aquela cópia

de cinco reais que vai dar início à nova vida. Carregada de expectativas e temores,

a chave será entregue de forma tímida e casual, como se não fosse importante, ou

pode vir embalada em vinho e flores, pondo violinos na ocasião. Qualquer que seja

a cena, não cabe engano: foi dado um passo gigantesco. Alguém pôs na mão de

outro alguém um totem de confiança. Não interessa se você dá ou ganha a chave,

a sensação é a mesma. Ou quase.

Quem a recebe se enche de orgulho. No auge da paixão, e a pessoa que provoca

seus melhores sentimentos (a pessoa mais legal do mundo, evidentemente) põe

no seu chaveiro a cópia discreta que abre a casa dela. Você só nota mais tarde,

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formato da chave nova, mas logo entende a delicadeza da situação. Percebe, com

um sorriso nos lábios, que suas emoções são compartilhadas. Compreende que

está sendo convidado a participar de outra vida. Sente, com enorme alívio, que foi

aceito, e que uma nova etapa tem início, mais intensa e mais profunda que anterior.

Aquela chave abre mais do que uma porta. Abre um novo tempo.

O momento de entregar a chave sempre foi para mim o momento de máximo otimismo.

[...]

Você tem certeza de que a outra pessoa ficará feliz e comovida, mas ao mesmo

tempo teme, secretamente, ser recusado. Então vê nos olhos dela a alegria que

havia antecipado e desejado. O rosto querido se abre num sorriso sem reservas,

que você não ganharia se tivesse lhe dado uma joia ou uma aliança. (Uma não

vale nada; para a outra ela não está pronta). Por isto ela esperava, e retribui com

um olhar cheio de amor. Esse é um instante que viverá na sua alma para sempre.

Nele, tudo parece perfeito. É como estar no início de um sonho em que nada pode

dar errado. A gente se sente adulto e moderno, herdeiro dos melhores sonhos da

adolescência, parte da espécie feliz dos adultos livres que são amados e correspon-

didos - os que acharam uma alma gêmea, aqueles que jamais estarão sozinhos.

Se as chaves de despedida parecem a pior coisa do mundo, não são.

[...]

A gente sabe que essas coisas, às vezes, são efêmeras, mas é tão bonito.

Pode ser que dentro de três meses ou três anos a chave inútil e esquecida seja en-

contrada no bolso de uma calça ou no fundo de uma bolsa. Ela já não abrirá porta

alguma exceto a da memória, que poderá ser boa ou ruim. O mais provável é que

o tato e a visão daquela ferramenta sem propósito provoquem um sorriso agridoce,

grisalho de nostalgia. Essa chave do adeus não dói, ela constata e encerra.

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Nestes tempos de arrogante independência, em que a solidão virou estandarte exi-

bido como prova de força, a doação de chaves ganhou uma solenidade inesperada.

Com ela, homens e mulheres sinalizam a disposição de renunciar a um pedaço da

sua sagrada liberdade pessoal. Sugerem ao outro que precisam dele e o desejam

próximo. Cedem o seu terreno, correm o risco. É uma forma moderna e eloquente

de dizer “eu te amo”. E, assim como a outra, dispensa “eu também”. Oferece a cha-

ve quem está pronto, aceita a chave quem a deseja, reciproca, oferecendo a sua,

quem sente que é o caso, verdadeiramente. Nada mais triste que uma chave falsa.

Ela parece abrir uma esperança, mas abre somente uma ilusão.

Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/noticia/2015/04/

chave.html

Em relação ao excerto: “Oferece a chave quem está pronto, aceita a chave quem a

deseja, reciproca, oferecendo a sua, quem sente que é o caso, verdadeiramente.”,

é correto afirmar que

a) “chave” exerce função de sujeito na primeira e na segunda oração do período.

b) “quem” exerce função de sujeito nas orações em que está presente.

c) “reciproca” é uma palavra proparoxítona e deveria receber acento agudo, gra-

fando-se “recíproca”.

d) todos os termos “a” presentes no período são artigos femininos.

e) “verdadeiramente” é um advérbio que expressa intensidade.

Questão 21    (AOCP/AUXILIAR DE BIBLIOTECA/FUNDASUS/2015)

Mulheres cuidam mais da saúde do que homens

Segundo pesquisa, 71,2% dos entrevistados pelo IBGE haviam se consultado com
um médico pelo menos uma vez no último ano. Entre elas, o índice foi de 78%
- contra 63,9% deles. As mulheres brasileiras vão mais ao médico do que os ho-

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mens. É o que mostra uma pesquisa divulgada nesta terça-feira, realizada em con-
junto entre o Ministério da Saúde e o IBGE. A publicação revelou que 71,2% dos
entrevistados haviam se consultado pelo menos uma vez nos 12 meses anteriores
à entrevista. Entre as mulheres, o índice foi de 78%, contra 63,9% dos homens.
Elas também são mais aplicadas nos cuidados com os dentes: 47,3% das brasilei-
ras disseram terem ido ao dentista uma vez nos 12 meses anteriores, ante 41,3%
dos homens. A diferença também aparece na questão da higiene bucal: 91,5% do
público feminino pesquisado respondeu que escova os dentes duas vezes ao dia, ao
passo que a taxa foi de 86,5% no masculino.
A pesquisa também investigou o atendimento nos serviços de saúde, público e
privado. De acordo com os resultados, 71% da população brasileira procura esta-
belecimentos públicos de saúde para atendimento. Destes, 47,9% afirmaram que
utilizam as Unidades Básicas de Saúde como principal porta de entrada para aten-
dimento no Sistema Único de Saúde (SUS).
Além disso, o levantamento mostrou ainda que os serviços públicos mais procura-
dos depois das Unidades Básicas de Saúde são os de emergência, como as Unida-
des de Pronto Atendimento Público - com 11,3% da população - e hospitais e servi-
ços especializados como ambulatórios, com 10,1% da população. Já os consultórios
e clínicas particulares atraem 20,6% dos brasileiros e as emergências privadas são
procuradas por 4,9% deles.
A Pesquisa Nacional de Saúde coletou informações em 64 000 residências brasilei-
ras em 1 600 municípios entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014.

(Com Estadão Conteúdo) Adaptado de: < http://veja.abril.com.br/noticia/ saude/

mulherescuidam-mais-da-saude-do-que-homens> Acesso em 06 jun. 2015.

Assinale a alternativa correta em relação à grafia das palavras.

a) capatas – capaz.

b) capaz – freguês.

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c) burguêz – embriaguês.

d) embriaguez – capatas.

e) estupidez – freguêz.

Questão 22    (INSTITUTO AOCP/ADVOGADO/EBSERH/2015) Assinale a alternativa

correta quanto à acentuação dos pares.

a) Política – politicágem.

b) Partidário – partído.

c) Própria – propriedáde.

d) Família – familiár.

e) Único – unívoco.

Questão 23    (INSTITUTO AOCP/ADVOGADO/UFPEL/2015)

Aumentar idade mínima para compra de cigarro evita vício em jovens

UOL, 03/04/2015

Aumentar a idade mínima permitida para comprar legalmente cigarros pode ter um

efeito drástico no uso do tabaco por adolescentes, especialmente de 15 a 17 anos,

segundo um estudo da Universidade de Michigan, divulgado pelo Institute of Medi-

cine. O impacto na saúde pública também seria relevante.

O levantamento aponta que usuários mais jovens são, geralmente, mais suscetí-

veis a pegar carona nos hábitos dos amigos e conseguir cigarros com eles, sendo

que poucos compram cigarros ilegalmente. Apenas quando atingem a idade adulta,

por volta dos 25 anos, é que passam a fazer mais escolhas por conta própria.

“Embora o desenvolvimento de algumas habilidades cognitivas seja atingido aos

16 anos, as partes do cérebro mais responsáveis pela tomada de decisão, controle

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de impulsos e susceptibilidade dos colegas e conformidade continuam a desenvol-

ver-se até os 25”, explicou o professor Richard Bonnie, responsável pela pesquisa.

Dos fumantes pesquisados, 90% dizem ter começado a fumar antes dos 19 anos.

A maioria dos outros experimentou o primeiro cigarro antes dos 26, o que sugere

que dificilmente uma pessoa se tornará fumante após os 25 anos.

Segundo simulações apresentadas no relatório, se o aumento na idade mínima

ocorresse hoje nos Estados Unidos, haveria mudanças significativas na quantidade

de jovens fumantes em 2100. Mais precisamente, se a idade mínima passasse para

19 anos, haveria uma diminuição de 3% no total de fumantes. Se passasse para

21, cairia 12%. E, caso fosse para 25 anos, o número de fumantes diminuiria 16%.

Nos Estados Unidos, onde a pesquisa foi realizada, a maioria dos Estados permite

a compra do cigarro a partir dos 18 anos. Alguns (Alabama, Alasca, Nova Jersey e

Utah) permitem a partir dos 19, e a cidade de Nova York aumentou a idade mínima

para 21 anos.

Considerando, portanto, que o aumento da idade mínima diminui a taxa de inicia-

ção no vício, os pesquisadores concluem que a medida resultaria em queda nas

doenças e mortes relacionadas ao tabaco.

Se a idade mínima aumentasse para 21 anos nos Estados Unidos, haveria menos

249 mil mortes prematuras entre pessoas nascidas entre 2000 e 2019 e pelo me-

nos 45 mil mortes a menos por câncer de pulmão no período, segundo o relatório.

“Ao avaliar as implicações na saúde pública pelo aumento da idade mínima para

acessar os produtos do tabaco, este relatório tem como objetivo fornecer a orienta-

ção científica de que Estados e municípios precisam ao avaliar novas políticas para

atingir o objetivo final, que é a redução e a eventual eliminação do uso de tabaco

por crianças e pelos jovens “, disse Victor Dzau, presidente do Institute of Medicine.

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Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimasnoticias/redacao/2015/04/03/per-

mitir-cigarro-depois-dos-21-anos-evita-vicio-em-adolescentes-diz-estudo.htm

Assinale a alternativa cuja palavra NÃO apresenta a mesma regra de acentuação

gráfica da palavra “música”.

a) Mínima.

b) Drástico.

c) Também.

d) Pública.

e) Informática.

Questão 24    (INSTITUTO AOCP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/EBSERH/2015)

Por que algumas pessoas poderosas agem como tiranos?

Ana Carolina Prado

Nos anos 70, o psicólogo Philip Zimbardo queria entender por que as prisões são

tão violentas. Então, ele decidiu criar uma prisão artificial no porão da Universida-

de de Stanford. Os voluntários do experimento foram divididos entre prisioneiros e

guardas e deveriam cumprir esses papéis por duas semanas. Porém as condições

ali ficaram tão tensas que foi necessário acabar com tudo em apenas seis dias.

Logo no começo, as pessoas que assumiram o papel de guarda se tornaram extre-

mamente sádicas e autoritárias, impondo castigos como privação de sono e comi-

da. Os “prisioneiros” responderam fazendo rebeliões. Esse é um ótimo (e macabro)

exemplo de como o poder pode corromper as pessoas. E nós sabemos que, na vida

real, muita gente poderosa faz coisa parecida – ou pior.

Os pesquisadores das Universidades de Stanford, do Sul da Califórnia e de Nor-

thwestern fizeram um estudo, a ser publicado no Journal of Experimental Social

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Psychology, para entender melhor por que esse tipo de coisa acontece. E descobri-

ram que o problema está na combinação de poder e baixo status. No experimento,

os autores simularam atividades de uma empresa e dividiram os voluntários aleato-

riamente em papéis de chefes e subordinados, variando em status e poder. Em se-

guida, esses indivíduos puderam selecionar tarefas em uma lista de 10 para os ou-

tros executarem. O resultado mostrou que as pessoas com papeis de maior poder

e menor status escolheram atividades mais humilhante para os seus parceiros (por

exemplo, latir como um cão três vezes) do que os de qualquer outra combinação.

Os pesquisadores chegaram à conclusão de que, quando as pessoas recebem um

papel que lhes dá poder, mas não têm o respeito que normalmente o acompanha,

podem acabar se empenhando em comportamentos degradantes. Elas se sentem

mal em estar numa posição de baixo status e acabam usando sua autoridade humi-

lhando outros para se sentir melhor. É tipo o que acontece com aquele chefe tirano

que ninguém respeita e todo mundo odeia.

Isso pode ter contribuído para os abusos cometidos por militares em prisões, bem

como no experimento de Zimbardo nos anos 70. Em ambos os casos, os guardas

têm o poder, mas falta-lhes o respeito e admiração dos outros. “Nossas descober-

tas indicam que a experiência de ter poder sem status, seja como membro das for-

ças armadas ou como um estudante universitário que participa de um experimento,

pode ser um catalisador para comportamentos degradantes que podem destruir

relacionamentos e impedir a cooperação”, diz o estudo.

Os pesquisadores de Standford e Northwestern reconheceram, porém, que há outros

fatores envolvidos. Só porque uma pessoa tem o poder ou está em uma posição de

baixo status não significa necessariamente que ela irá maltratar os outros. Assim,

essa história de que o poder corrompe nem sempre é verdade. Mas uma alternativa

encontrada por eles para evitar abusos é encontrar formas para que todos os indiví-

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duos, independentemente do status de seus papéis, se sintam respeitados e valori-

zados. “O respeito alivia sentimentos negativos sobre sua posição e os leva a tratar

os outros de forma positiva”, diz o estudo. Também é importante haver oportunida-

des para o crescimento, pois a pessoa tende a melhorar seu comportamento e seus

sentimentos quando sabe que pode ganhar uma posição melhor no futuro.

Adaptado de http://super.abril.com.br/blogs/como-pessoas-funcionam/category/

sem-categoria/page/17/

Em “Os pesquisadores chegaram à conclusão de que, quando as pessoas recebem

um papel que lhes dá poder, mas não têm o respeito que normalmente o acompa-

nha...”, o termo destacado recebeu acento diferencial para

a) concordar com “os pesquisadores”.

b) concordar com “as pessoas”.

c) marcar o tempo verbal no pretérito do indicativo.

d) atender à regra das paroxítonas.

e) atender à regência do nome “poder”.

Questão 25    (INSTITUTO AOCP/MÉDICO UROLOGISTA/EBSERH/2015)

Brasileiro está menos sedentário

3 abril, 2015

Segundo dados do Ministério da Saúde (Vigitel – Vigilância de Fatores de Risco e

Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), em 2013, 33,8% da po-

pulação adulta das capitais praticavam exercícios. O índice é maior que o de três

anos atrás (33,5%), o que aponta para uma tendência de aumento deste hábito.

A prevalência da inatividade física em pessoas acima de 18 anos é um dos indicado-

res utilizados pelo Ministério para monitorar fatores de risco para as Doenças Crô-

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nicas Não Transmissíveis (DCNT) como câncer, hipertensão e diabetes. De acordo

com dados de um estudo divulgado em 2012 pelo periódico The Lancet, o seden-

tarismo já responde pela redução da expectativa de vida da humanidade de forma

tão significativa quanto o tabagismo e a obesidade. São estimadas cinco milhões de

mortes por ano em todo o mundo por conta do sedentarismo.

Esse levantamento traçou um perfil da prática de atividade física no mundo e apon-

tou que, no Brasil, 49% da população está inativa, ou seja, realiza menos de 150

minutos de atividade de intensidade moderada por semana. A pesquisa ainda reve-

lou a situação de inatividade física de outros países como Argentina 68,3%, Congo

48,6%, Emirados 62,5%, Estados Unidos 40,5%, México 37,7%, Portugal 51% e

Japão 60,2%. Entre as ações do Ministério da Saúde para incentivar a prática de

atividades físicas e hábitos saudáveis na população, está o Programa Academia da

Saúde. A iniciativa possibilita a implantação de polos com infraestrutura, equipa-

mentos e profissionais qualificados para a promoção de modos de vida saudáveis.

O Programa está implantado em todos os estados brasileiros, em um total de 2.857

municípios.

http://www.idifusora.com.br/2015/04/03/brasileiro-esta-menossedentario/

Assinale a alternativa cuja palavra NÃO recebe a mesma regra de acentuação grá-

fica da palavra “física”.

a) Países.

b) Prática.

c) Hábitos.

d) Periódico.

e) Crônica.

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Questão 26    (AOCP/MÉDICO NUTROLOGISTA/EBSERH/2014)

A ciência e o vazio espiritual

Marcelo Gleiser

Alguns anos atrás, fui convidado para dar uma entrevista ao vivo para uma rádio AM

de Brasília. A entrevista foi marcada na estação rodoviária, bem na hora do rush,

quando trabalhadores mais humildes estão voltando para suas casas na periferia. A

ideia era que as pessoas dessem uma parada e ouvissem o que eu dizia, possivel-

mente fazendo perguntas. O entrevistador queria que falasse sobre a ciência do fim

do mundo, dado que havia apenas publicado meu livro “O Fim da Terra e do Céu”.

O fim do mundo visto pela ciência pode ser abordado de várias formas, desde as

mais locais, como no furacão que causou verdadeira devastação nas Filipinas, até

as mais abstratas, como na especulação do futuro do universo como um todo.

O foco da entrevista eram cataclismos celestes e como inspiraram (e inspiram)

tanto narrativas religiosas quanto científicas. Por exemplo, no antigo testamento,

no Livro de Daniel ou na história de Sodoma e Gomorra, e no novo, no Apocalip-

se de João, em que estrelas caem dos céus (chuva de meteoros), o Sol fica preto

(eclipse total), rochas incandescentes caem sobre o solo (explosão de meteoro ou

de cometa na atmosfera) etc.

Mencionei como a queda de um asteroide de 10 quilômetros de diâmetro na penín-

sula de Yucatan, no México, iniciou o processo que culminou na extinção dos dinos-

sauros 65 milhões de anos atrás. Enfatizei que o evento mudou a história da vida

na Terra, liberando os mamíferos que então existiam -- de porte bem pequeno -- da

pressão de seus predadores reptilianos, e que estamos aqui por isso. O ponto é que

a ciência moderna explica essas transformações na Terra e na história da vida sem

qualquer necessidade de intervenção divina. Os cataclismos que definiram nossa

história são, simplesmente, fenômenos naturais.

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Foi então que um homem, ainda cheio de graxa no rosto, de uniforme rasgado, le-

vantou a mão e disse: “Então o doutor quer tirar até Deus da gente?”

Congelei. O desespero na voz do homem era óbvio. Sentiu-se traído pelo conhecimen-

to. Sua fé era a única coisa a que se apegava, que o levava a retornar todos os dias

àquela estação e trabalhar por um mísero salário mínimo. Como que a ciência poderia

ajudá-lo a lidar com uma vida desprovida da mágica que fé no sobrenatural inspira?

Percebi a enorme distância entre o discurso da ciência e as necessidades da maioria

das pessoas; percebi que para tratar desse vão espiritual, temos que começar bem

cedo, trazendo o encantamento das descobertas científicas para as crianças, transfe-

rindo a paixão que as pessoas devotam à sua fé para um encantamento com o mundo

natural. Temos que ensinar a dimensão espiritual da ciência - não como algo sobre-

natural - mas como uma conexão com algo maior do que somos. Temos que fazer da

educação científica um processo de transformação, e não meramente informativo.

Respondi ao homem, explicando que a ciência não quer tirar Deus das pessoas,

mesmo que alguns cientistas queiram. Falei da paixão dos cientistas ao devotarem

suas vidas a explorar os mistérios do desconhecido. O homem sorriu; acho que

entendeu que existe algo em comum entre sua fé e a paixão dos cientistas pelo

mundo natural.

Após a entrevista, dei uma volta no lago Sul pensando em Einstein, que dizia que a

ciência era a verdadeira religião, uma devoção à natureza alimentada pelo encanta-

mento com o mundo, que nos ensina uma profunda humildade perante sua grandeza.

Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2013/11/

1372253-a-ciencia-e-o-vazio-espiritual.shtml. Acesso 22 nov 2013.

A alternativa em que há uma palavra acentuada corretamente é

a) ciêntífico.

b) distânciamento.

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c) fenômenal.
d) réptil.
e) mistérioso.

Questão 27    (AOCP/NUTRICIONISTA/PREFEITURA DE PARANAVAÍ/2013)


Amores imperfeitos
A pessoa que você mais gosta é cheia de defeitos?
Existe uma explicação
Cristiane Segatto
1.§ Quantos dos seus amigos descrevem o parceiro (ou parceira) de uma forma
estranhamente dúbia? A pessoa é o amor da vida dele e, ao mesmo, o ser que mais
o incomoda. É uma reclamação tão corriqueira que começo a achar que estranha é
a minoria que parece satisfeita com o que tem em casa.
2.§ Tolerar os defeitos do companheiro e entender que, ao firmar uma parceria,
compramos um pacote completo (com tudo o que há de agradável e desagradável)
parece, cada vez mais, uma esquisita característica de uma subespécie em extinção.
3.§ O grupo majoritário parece ser o dos apaixonados intolerantes.
4.§ Há quem se dedique a tentar entendê-los. Li nesta semana uma reportagem in-
teressante sobre isso. Foi publicada na revista Scientific American Mind. É baseada
no livro Annoying: The Science of What Bugs Us (algo como Irritante: a ciência do
que nos incomoda), dos jornalistas Joe Palca e Flora Lichtman.
5.§ Uma das pesquisadoras citadas é a socióloga Diane Felmlee, da Universidade
da Califórnia. Ela conta a história de uma amiga que vivia reclamando que o mari-
do trabalhava demais. Diane pediu que a mulher se lembrasse das qualidades que
enxergava nele quando o conheceu na universidade. A resposta foi sensacional: “A
primeira coisa que chamou minha atenção foi o fato de que ele era incrivelmente
trabalhador. Logo percebi que se tornaria um dos melhores alunos da classe”

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6.§ Não é curioso? Por alguma razão, uma característica que é vista como uma

qualidade no início do relacionamento se torna, com o passar do tempo, um defei-

to. Exemplos disso estão por toda parte. No início do namoro, o cara parece muito

atraente porque é desencanado, tranquilão. Não perde a chance de passar o dia

de bermuda e chinelo, ouvindo música e bebendo com a namorada e os amigos.

Quatro anos depois passa a ser visto pela amada como um sujeito preguiçoso, aco-

modado, que não tem objetivos claros na vida e veio ao mundo a passeio.

7.§ Em outra ocasião, a socióloga Diane perguntou a um garoto por que ele gostava

da última namorada. A resposta foi uma lista de várias partes do corpo da moça -

incluindo as mais íntimas. Quando a professora perguntou por que o relacionamen-

to havia acabado, a justificativa foi: “Era uma relação baseada somente no desejo.

Não havia amor suficiente.”

8.§ Uma aluna disse que se sentiu atraída pelo ex porque ele tinha um incrível sen-

so de humor. Algum tempo depois, passou a reclamar que “ele não levava nada a

sério”. Nesse caso, também, o que era qualidade virou defeito. Deve haver alguma

explicação para isso. Nas últimas décadas, Diane vem realizando estudos com ca-

sais para tentar entender o fenômeno que ela chama de atrações fatais.

9.§ Ela observou que quanto mais acentuada é a qualidade reconhecida pelo par-

ceiro no início da relação, mais incômoda ela se torna ao longo dos anos. Até virar

um traço insuportável.

10.§ Diane acredita que a explicação está relacionada à teoria da troca social. Essa

teoria parte do pressuposto de que as relações humanas são baseadas na escolha

racional e na análise de custo-benefício. Se os custos de um dos parceiros superam

seus benefícios, a outra parte pode vir a abandonar a relação, especialmente se

houver boas alternativas disponíveis. “Traços extremos trazem recompensas, mas

também têm custos associados a eles, principalmente numa relação”.

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11.§ Um exemplo é a independência. Ela pode ser muito valorizada numa relação. Um

marido independente é capaz de cuidar de si próprio. Mas se ele for independente de-

mais, pode significar que não precisa da mulher. Isso acarreta custos para a relação.

12.§ A receita para evitar que as relações naufraguem é a boa e (cada vez mais)

escassa tolerância. É preciso aprender a relativizar os hábitos irritantes para conti-

nuar convivendo com uma pessoa que tem muitas outras qualidades.

13.§ Ninguém é totalmente desprovido de qualidades e defeitos. Temos os nossos,

aprendemos com eles e com os deles. Além de tolerância, precisamos exercitar a

capacidade de apoiar o parceiro quando as coisas vão mal e de celebrar quando

ele tem alguma razão para isso. Inventar programas novos e interessantes (zelar

para que isso aconteça com frequência) pode realçar as qualidades de quem você

gosta e amenizar as características e manias irritantes. Irritante por irritante somos

todos. Mas também podemos ser incrivelmente interessantes.

Adaptado de http://revistaepoca.globo.com/Saude-e-bem-estar/ cristiane-segat-

to/noticia/2012/01/amores-imperfeitos.html em 01/12/2012

Assinale a alternativa correta quanto à acentuação das palavras.

a) Minoritário

b) Benefíciar

c) Dependênte

d) Tolerânte

e) Fenomenál

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Questão 28    (AOCP/PROCURADOR MUNICIPAL/PREFEITURA DE CAMAÇARI/2010)

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Assinale a alternativa em que todas as palavras são proparoxítonas.

a) Documentos, dirigentes, pesquisadora

b) Públicas, pedagógico, física

c) Adicionais, levantamento, atividades

d) Contador, eliminados, escolas

e) Gestores, concentrassem, sistema

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GABARITO
1. d 11. e 21. b

2. c 12. a 22. e

3. b 13. e 23. c

4. b 14. d 24. b

5. b 15. a 25. a

6. e 16. c 26. d

7. e 17. d 27. a

8. d 18. d 28. b

9. b 19. c

10. a 20. b

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (INSTITUTO AOCP/AGENTE PENITENCIÁRIO (MÉDIO)/SEJUS/2017)

TEXTO 1

O acúmulo de compromissos preenche horários livres, adia o lazer e a vida social,

dando a impressão de que o tempo passa cada vez mais rápido

Raphael Martins

O ano passou rápido? Não dá para cumprir todas as obrigações dentro dos prazos?

O dia parece cada vez mais curto? Por que não se tem mais tempo para nada?

O estilo de vida atarefada e a dificuldade de conciliar compromissos profissionais com

relações sociais dão uma nítida impressão de que o tempo voa. Dentre os principais

motivos para que isso aconteça está o aumento de tarefas e obrigações que as pes-

soas se envolvem nos dias de hoje. Cria-se, assim, uma sensação pessoal de que há

cada vez menos tempo para si. Florival Scheroki, doutor em Psicologia Experimental

pela Universidade de São Paulo e psicólogo clínico, explica: “Há realmente essa im-

pressão de que o tempo se acelerou. Na realidade, é uma percepção que as pessoas

têm que não cabe, no tempo disponível, tudo aquilo que elas têm que fazer”.

O psicólogo complementa: “Isso tudo acontece pelo estilo de vida que temos hoje.

Uma mãe de família sai às 7 horas da manhã para deixar as crianças na escola.

Se sai às 7h15, ela não cumpre o horário de entrada no trabalho, às 8 horas. Pa-

rece que não temos mais intervalos”. Maria Helena Oliva Augusto, professora da

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, concorda: “É como se o ritmo

do tempo se acelerasse. Na verdade, a percepção temporal muda por conta dos

inúmeros compromissos que estão presentes no cotidiano, que fazem não se dar

conta de perceber o tempo de maneira mais tranquila”.

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Sobre o assunto, Luiz Silveira Menna Barreto, professor especializado em cronobio-


logia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, coloca que, na sociedade con-
temporânea, as cobranças são cada vez mais intensas e frequentes, o que produz
uma sensação crônica de falta de tempo. As demandas exigem que as pessoas
tenham inúmeras habilidades e qualificações acadêmicas, tomando boa parte do
tempo que poderia ser destinado ao lazer. Scheroki completa: “Por que hoje é as-
sim e antes não era? Hoje temos várias tarefas que não tínhamos. Temos que saber
inglês, francês, jogar tênis, trabalhar… As pessoas tentam alocar dentro do tempo
mais ações do que cabem nele”. [...]
A professora Maria Helena destaca: “A percepção de aceleração do tempo é uma
coisa angustiante. É possível se dar conta disso pela quantidade de pessoas ansio-
sas, depressivas e estressadas que se encontra. Elas percebem o tempo passando
rapidamente e, por isso, tem pressa de viver intensamente. Isso acaba criando
situações de tensão muito grandes”. [...]
O psicólogo acredita que os principais prejuízos de uma vida atarefada é sentido
nas relações com amigos ou familiares. Na hora de escolher entre uma obrigação
profissional ou uma interação social, as pessoas acabam priorizando o trabalho:
“Nós somos nossas relações sociais, nós acontecemos a partir delas. Se elas aca-
bam sendo comprometidas, comprometem toda a nossa vida. A vida é composta
pelas nossas ações no tempo e cada vez menos a gente tem autonomia sobre ela”.
Para o professor Menna-Barreto, o ideal é buscar alternativas de trabalho ou estudo
em horários mais compatíveis com uma vida saudável. “Exercício físico, relações
sociais e familiares ricas e alimentação saudável também ajudam, mas a raiz do
problema reside no trabalho excessivo”, completa. [...]
Disponível em: http://www.ip.usp.br/portal/index.php?option=com_content&-
view=article&id=3330%3Aa-sensacao-dos-diasdepoucashoras&catid=46%3Ana-

midia&Itemid=97&lang=pt

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Assinale a alternativa correta.

a) As palavras “nítida” e “horário” recebem acento agudo pelo mesmo motivo: são

paroxítonas terminadas em ditongo.

b) As palavras “impressão” e “relações” recebem o til pelo mesmo motivo: são pa-

roxítonas terminadas em ditongo nasal.

c) As palavras “inúmeros” e “prejuízos” recebem acento agudo por motivos dife-

rentes. No caso de “inúmeros”, a acentuação se dá por ser uma palavra proparo-

xítona terminada em “s”. No caso de “prejuízos”, a acentuação se dá por ser uma

palavra paroxítona no plural.

d) As palavras “têm” e “inglês” recebem acento circunflexo por motivos diferentes.

No caso de “têm”, a acentuação se dá para marcar que o verbo concorda com a ter-

ceira pessoa do plural. No caso de “inglês”, a acentuação se dá por ser uma palavra

oxítona terminada em e(s).

Letra d.

“Têm” apresenta acento diferencial, ao passo que “inglês” é uma oxítona terminada

em E.

a) “nítida” é proparoxítona.

b) ambas as palavras são oxítonas.

c) “inúmeros” é proparoxítona; “prejuízos”, regra do hiato.

Questão 2    (INSTITUTO AOCP/ESCRITUÁRIO/DESENBAHIA/2017)

Deu ruim pro Uber?

Filipe Vilicic

Tenho ouvido essa pergunta com muita frequência, desde o início do ano. Há a no-

ção de que o app, antes adorado, entrou numa ladeira, em ponto morto

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Comecemos com o popular termômetro do Facebook. Há um ano, entrava em meu

perfil e via uma penca de pessoas louvando o Uber. E não exagero com o “louvar”.

Pois era exagerada a reação da multidão facebookiana. Ao Uber era atribuída uma,

nada mais, nada menos, revolução no transporte urbano. Era o início dos tempos

de motoristas particulares bem-vestidos e com água gelada e balinha no carro.

Desde o início do ano, o cenário mudou. Agora, o exagero é o oposto. Há todo tipo

de reclamação contra o Uber.

Nas últimas duas semanas, deparei-me com queixas de mais de dez pessoas, de

meu círculo de amigos no Facebook. Isso sem correr atrás dos lamentos; apenas

como observador, um receptor passivo. Fora do ambiente virtual, outros quatro clien-

tes vieram me perguntar algo como: “por que o Uber tá tão ruim?”. Todos haviam

passado por problemas recentes com o aplicativo. A reclamação mais comum, e que

reproduz uma situação pela qual passei três vezes (a última, em maio): motoristas

cancelarem a corrida, sem avisar, sem perguntar, por vezes próximos ao local de par-

tida, aparentemente por 1. Não quererem aquela viagem específica ou 2. Calcularem

que vale mais a pena fazer o usuário pagar uma “multa” pelo cancelamento.

Mas voltemos à pergunta inicial: o que aconteceu com o Uber?

Parece que, quando surgiu, em 2009, e até o ano passado, a empresa americana era

encarada como uma criança talentosa; e, sim, estava em seu início, em sua infância.

Todos (ou quase todos) se admiravam com os talentos dessa jovem (e inovadora)

criança. Agora, o Uber entrou na fase da adolescência, cheio de problemas. É comum

que esse amadurecimento venha às companhias, ainda mais às que se autoprocla-

mam inovadoras. O Google, por exemplo, era criticado na virada dos anos 2000 e,

depois, em meados da década passada (chegou a se ver como protagonista de uma

CPI da Pedofilia no Brasil). O Facebook tem sofrido duras repressões da mídia, e de

usuários, pela proliferação de fake news, de vídeos violentos, e de outras coisas,

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digamos, duvidosas, pela rede social. Essas duas empresas souberam amadurecer

e dar a volta por cima. Reagiram, ao menos por enquanto, de forma – na lógica que

coloquei acima – adulta. Será que o Uber conseguirá o mesmo?

Já era para o Uber?

Sim, a empresa entrou numa ladeira, em ponto morto. Mas ainda dá tempo de fre-

ar, dar a volta e engatar a primeira marcha. Todas as gigantes do Vale do Silício, ou

as já mais estabelecidas, tiveram de encarar momentos-chave para suas histórias,

nos quais quaisquer deslizes poderiam levar a uma quebradeira geral. Foi assim

com a Apple, cuja falência era tida como quase certa no fim dos anos 90 (e, veja

só, agora é a bola da vez). E com Twitter, Google, Facebook… todas. Faz parte do

processo de amadurecimento. A pergunta que fica: será que o Uber conseguirá

ultrapassar os obstáculos que ele próprio parece ter criado para si e, assim, virará

“adulto”? Ainda não se sabe qual será o destino final dessa corrida.

Adaptado de http://veja.abril.com.br/blog/a-origem-dos-bytes/deu -ruim-pro-u-

ber/. Publicado em 22 jun 2017, 18h54

Assinale a alternativa em que a acentuação gráfica das duas palavras se justifica

por regras diferentes.

a) Frequência – início.

b) Últimas – círculo.

c) Já – será.

d) Três – só.

e) Conseguirá – virará.

Letra c.

“Já” é monossílabo tônico. “Será”, oxítona.

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Questão 3    (INSTITUTO AOCP/ADVOGADO/CODEM/2017)

O Lado Negro do Facebook

Por Alexandre de Santi

O Facebook é, de longe, a maior rede da história da humanidade. Nunca existiu,

antes, um lugar onde 1,4 bilhão de pessoas se reunissem. Metade de todas as

pessoas com acesso à internet, no mundo, entra no Facebook pelo menos uma vez

por mês. Em suma: é o meio de comunicação mais poderoso do nosso tempo, e

tem mais alcance do que qualquer coisa que já tenha existido. A maior parte das

pessoas o adora, não consegue conceber a vida sem ele. Também pudera: o Fa-

cebook é ótimo. Nos aproxima dos nossos amigos, ajuda a conhecer gente nova e

acompanhar o que está acontecendo nos nossos grupos sociais. Mas essa história

também tem um lado ruim. Novos estudos estão mostrando que o uso frequente

do Facebook nos torna mais impulsivos, mais narcisistas, mais desatentos e menos

preocupados com os sentimentos dos outros. E, de quebra, mais infelizes.

No ano passado, pesquisadores das universidades de Michigan e de Leuven (Bélgica)

recrutaram 82 usuários do Facebook. O estudo mostrou uma relação direta: quanto

mais tempo a pessoa passava na rede social, mais infeliz ficava. Os cientistas não

sabem explicar o porquê, mas uma de suas hipóteses é a chamada inveja sublimi-

nar, que surge sem que a gente perceba conscientemente. Já deve ter acontecido

com você. Sabe quando você está no trabalho, e dois ou três amigos postam fotos

de viagem? Você tem a sensação de que todo mundo está de férias, ou que seus

amigos viajam muito mais do que você. E fica se sentindo um fracassado. “Como as

pessoas tendem a mostrar só as coisas boas no Facebook, achamos que aquilo re-

flete a totalidade da vida delas”, diz o psiquiatra Daniel Spritzer, mestre pela UFRGS

e coordenador do Grupo de Estudos sobre Adições Tecnológicas. “A pessoa não vê o

quanto aquele amigo trabalhou para conseguir tirar as férias”, diz Spritzer.

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E a vida em rede pode ter um efeito psicológico ainda mais assustador. Durante 30

anos, pesquisadores da Universidade de Michigan aplicaram testes de personalida-

de a 14 mil universitários. O resultado: os jovens da geração atual, que cresceram

usando a internet, têm 40% menos empatia que os jovens de três décadas atrás. A

explicação disso, segundo o estudo, é que na vida online fica fácil ignorar as pesso-

as quando não queremos ouvir seus problemas ou críticas – e, com o tempo, esse

comportamento indiferente acaba sendo adotado também na vida off-line. Num

meio competitivo, onde precisamos mostrar como estamos felizes o tempo todo, há

pouco incentivo para diminuir o ritmo e prestar atenção em alguém que precisa de

ajuda. Há muito espaço, por outro lado, para o egocentrismo. Em 2012, um estudo

da Universidade de Illinois com 292 voluntários concluiu que, quanto mais amigos

no Facebook uma pessoa tem, e maior a frequência com que ela posta, mais narci-

sista tende a ser – e maior a chance de fazer comentários agressivos.

Esse último resultado é bem surpreendente, porque é contraintuitivo. Ora, uma

pessoa que tem muitos amigos supostamente os conquistou adotando comporta-

mentos positivos, como modéstia e empatia. O estudo mostra que, no Facebook,

tende a ser justamente o contrário.

Adaptado de Superinteressante. Disponível em:

http://super.abril. com.br/tecnologia/o-lado-negro-do-facebook/

Assinale a alternativa em que NÃO ocorre derivação sufixal.

a) Poderoso.

b) Reunissem.

c) Supostamente.

d) Justamente.

e) Humanidade.

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Letra b.

Em “reunissem”, “re” é um prefixo. Nos demais casos, há derivação sufixal.

Questão 4    (INSTITUTO AOCP/ADVOGADO/CODEM/2017) Informe se é verdadeiro

(V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência

correta.

( ) No trecho “O resultado: os jovens da geração atual, que cresceram usando a

internet, têm 40% menos empatia que os jovens de três décadas atrás.”, a forma

verbal “têm” está no plural para concordar com “os jovens de três décadas atrás”.

( ) As palavras “Bélgica” e “psicológico” acentuam-se devido à mesma regra.

( ) Em “Há muito espaço, por outro lado, para o egocentrismo”, o verbo “há” está

acentuado por ser um monossílabo tônico terminado em -a.

( ) Em “os jovens de três décadas atrás”, as palavras “três” e “atrás” acentuam-se

por serem oxítonas.

a) V – V – V – V.

b) F – V – V – F.

c) F – F – V – V

d) V – F – F – V.

e) F – V – F – F.

Letra b.

A primeira é errada, pois “têm” concorda com “os jovens da geração atual”. A se-

gunda está certa, porque “Bélgica” e “psicológico” são proparoxítonas. A terceira é

certa, pois “há” é monossílabo terminado em “a”. A quarta é errada, pois “três” é

monossílabo.

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Questão 5    (INSTITUTO AOCP/ANALISTA ADMINISTRATIVO/EBSERH/2017)

A BELEZA E A ARTE NÃO CONSTITUEM NENHUMA GARANTIA MORAL

Contardo Calligaris

Gostei muito de “Francofonia”, de Aleksandr Sokurov. Um jeito de resumir o filme

é este: nossa civilização é um navio cargueiro avançando num mar hostil, levando

contêineres repletos dos objetos expostos nos grandes museus do mundo. Será que

o esplendor do passado facilita nossa navegação pela tempestade de cada dia? Será

que, carregados de tantas coisas que nos parecem belas, seremos capazes de produ-

zir menos feiura? Ou, ao contrário, os restos do passado tornam nosso navio menos

estável, de forma que se precisará jogar algo ao mar para evitar o naufrágio?

Essa discussão já aconteceu. Na França de 1792, em plena Revolução, a Assem-

bleia emitiu um decreto pelo qual não era admissível expor o povo francês à visão

de “monumentos elevados ao orgulho, ao preconceito e à tirania” – melhor seria

destruí-los. Nascia assim o dito vandalismo revolucionário – que continua.

Os guardas vermelhos da Revolução Cultural devastaram os monumentos históri-

cos da China. O Talibã destruiu os Budas de Bamiyan (séculos 4 e 5). Em Palmira,

Síria, o Estado Islâmico destruiu os restos do templo de Bel (de quase 2.000 anos

atrás). A ideia é a seguinte: se preservarmos os monumentos das antigas ideias,

nunca teremos a força de nos inventarmos de maneira radicalmente livre.

Na mesma Assembleia francesa de 1792, também surgiu a ideia de que não era

preciso destruir as obras, elas podiam ser conservadas como patrimônio “artístico”

ou “cultural” – ou seja, esquecendo sua significação religiosa, política e ideológica.

Sentado no escuro do cinema, penso que nós não somos o navio, somos os contê-

ineres que ele carrega: um emaranhado de esperanças, saberes, intuições, dúvi-

das, lamentos, heranças, obrigações e gostos. Tudo dito belamente: talvez o belo

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artístico surja quando alguém consegue sintetizar a nossa complexidade num enig-

ma, como o sorriso de “Mona Lisa”.

Os vândalos dirão que a arte não tem o poder de redimir ou apagar a ignomínia

moral. Eles têm razão: a estátua de um deus sanguinário pode ser bela sem ser

verdadeira nem boa. Será que é possível apreciá-la sem riscos morais?

Não sei bem o que é o belo e o que é arte. Mas, certamente, nenhum dos dois ga-

rante nada. Por exemplo, gosto muito de um quadro de Arnold Böcklin, “A Ilha dos

Mortos”, obra imensamente popular entre o século 19 e 20, que me evoca o cemi-

tério de Veneza, que é, justamente, uma ilha, San Michele. Agora, Hitler tinha, em

sua coleção particular, a terceira versão de “A Ilha dos Mortos”, a melhor entre as

cinco que Böcklin pintou. Essa proximidade com Hitler só não me atormenta porque

“A Ilha dos Mortos” era também um dos quadros preferidos de Freud (que chegou

a sonhar com ele).

Outro exemplo: Hitler pintava, sobretudo aquarelas, que retratam edifícios auste-

ros e solitários, e que não são ruins; talvez comprasse uma, se me fosse oferecida

por um jovem artista pelas ruas de Viena. Para mim, as aquarelas de Hitler são

melhores do que as de Churchill. Pela pior razão: há, nelas, uma espécie de pres-

sentimento trágico de que o mundo se dirigia para um banho de sangue.

É uma pena a arte não ser um critério moral. Seria fácil se as pessoas que despre-

zamos tivessem gostos estéticos opostos aos nossos. Mas, nada feito.

Os nazistas queimavam a “arte degenerada”, mas só da boca para fora. Na privacidade

de suas casas, eles penduraram milhares de obras “degeneradas” que tinham preten-

samente destruído. Em Auschwitz, nas festinhas clandestinas só para SS, os nazistas

pediam que a banda dos presos tocasse suingue e jazz – oficialmente proibidos.

Para Sokurov, o museu dos museus é o Louvre. Para mim, sempre foi a Accademia,

em Veneza. A cada vez que volto para lá, desde a infância, medito na frente de

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três quadros, um dos quais é “A Tempestade”, do Giorgione. Com o tempo, o maior

enigma do quadro se tornou, para mim, a paisagem de fundo, deserta e inquietan-

te. Pintado em 1508, “A Tempestade” inaugura dois séculos que produziram mais

beleza do que qualquer outro período de nossa história. Mas aquele fundo, mais té-

trico que uma aquarela de Hitler, lembra-me que os dois séculos da beleza também

foram um triunfo de guerra, peste e morte – Europa afora.

É isto mesmo: infelizmente, a arte não salva.

Texto adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2016/08/

1806530-a-beleza-e-aarte-nao-constituem-nenhuma-garantia-moral.shtml

A acentuação das palavras “artístico”, “admissível” e “alguém”, retiradas do texto,

justifica-se, respectivamente, conforme as regras de acentuação das palavras da

língua portuguesa, pois

a) marcam-se com acento agudo todas as palavras proparoxítonas, com acento

agudo as palavras paroxítonas cuja sílaba tônica tenha as vogais i e a e com acento

agudo as palavras oxítonas terminadas em em.

b) marca-se com acento agudo a vogal i da sílaba tônica das palavras proparoxíto-

nas, com acento agudo a vogal i das palavras paroxítonas terminadas em l e com

acento agudo a vogal e da terminação em das palavras oxítonas.

c) marcam-se com acento agudo as palavras paroxítonas cuja sílaba tônica tenha

a vogal i, com acento agudo a vogal da sílaba tônica das palavras proparoxítonas

terminadas em l e todas as palavras oxítonas que tenham a vogal e na última sílaba.

d) marcam-se com acento agudo as vogais i e e das palavras em língua portugue-

sa sempre que elas estiverem na sílaba tônica, independentemente de tratar-se de

uma proparoxítona, paroxítona ou oxítona.

e) marcam-se com acento agudo a vogal i das palavras proparoxítonas que não

sejam terminadas em ditongo, com acento agudo as palavras paroxítonas que têm

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na penúltima sílaba a vogal i seguida das consoantes v ou f, como em hífen, e com

acento agudo as oxítonas terminadas em em ou ens.

Letra b.

É uma questão até complicada para comentar, pois a letra B já descreve perfeita-

mente o que ocorre com as três palavras.

Questão 6    (INSTITUTO AOCP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/EBSERH/2017)

SOLIDÃO INTERATIVA

Ronaldo Coelho Teixeira

A primeira vez que vi esse termo foi por meio de um jeca superjoia: Juraildes da

Cruz. Tocantino de Aurora, radicado em Goiânia, Goiás e um dos maiores composi-

tores contemporâneos brasileiros. Não seria pra menos! Afinal, foi ele quem criou

o hit que Genésio Tocantins espalhou pelo Brasil por meio do Domingão do Faus-

tão, na TV Globo, em 1999. “Nóis é jeca, mas é joia”, aquele da farinhada, feita da

mandioca, da macaxeira ou do aipim, a depender da região brasileira. Sacada de

mestre, de quem está sempre antenado ao mundo e aos seus. Juraíldes da Cruz em

sua letra, visionária – como tudo o que os gênios, as antenas da raça fazem – já

arrepiava: “Tiro o bicho de pé com canivete, mas já tô na internet”. E isso quando a

www ainda engatinhava. Mas com esse achado que agora evoco aqui, o artista quer

mesmo é alertar para o mau uso das tecnologias, sobre coisas que o homem cria,

mas que geralmente acaba escravo delas. Solidão interativa foi cunhado pelo soció-

logo francês Dominique Wolton. Em sua tese, o autor alerta quanto ao cuidado para

com o uso da internet, principalmente das redes sociais, chamando a atenção para

um detalhe vital no avanço das tecnologias de comunicação: não importam formas

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e meios de expressão, a comunicação humana não foi, não é e nunca será algo

tão simples, sempre vai conter grandeza e dificuldade. Wolton justifica-se dizendo

que a internet é incrível para a comunicação entre pessoas e grupos que tenham

os mesmos interesses, mas está longe de ser uma ferramenta de comunicação de

coesão entre pessoas e grupos diferentes. E que por isso, a internet não é uma

mídia, mas um sistema de comunicação comunitário. Ele prova isso afirmando que

podemos passar horas, dias na internet e sermos incapazes de ter uma verdadeira

relação humana com quer que seja.

A solidão interativa grassa nas redes sociais, especialmente no facebook. São fotos e

fotos postadas – a maioria – forjando uma felicidade quando, na verdade, é tudo fake.

As mais usuais são aquelas em que o autor se autofotografa – as famosas selfies – e

sai espalhando-as de um dia para o outro, quando não, de uma hora para outra.

Tem as gastronômicas. Aquelas em que o autor antes de comer um prato ou uma

iguaria especial, fotografa e já a lança na rede como a dizer que está podendo. Mas

aquela comidinha do dia a dia, a da vida real, ele jamais vai postar. Ovo frito? Nem

pensar! E aquelas dos momentos felizes? Sim, tem gente que acha que os seus

instantes de lazer e diversão têm que, obrigatoriamente, ser vistos por todos. E lá

vai um post ao lado do namorado ou namorada, dos amigos, geralmente com ares

de forçação de barra. Porque a gaiola do tempo, forjada por nós mesmos, só pode

ser aberta pela chave da felicidade plena.

E tem aquela que é emblemática: a mensagem em que o internauta revela o status

do seu sentimento. Mas o ápice da solidão interativa está naquela figura que pos-

ta alguma coisa e ela mesma vai lá e a curte. De dar dó, não? Temos milhares de

‘amigos’ nessa cornucópia virtual. Nessa Caixa de Pandora do Século XXI, eis-nos

diante de uma incoerente quimera: o autoengano.

[...]

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O autoengano é peça-chave para a nossa sobrevivência. Mentimos – a partir dos

dois meses de idade – não só para os outros, mas, principalmente, para nós mes-

mos. Mesmo protegidos na redoma da interatividade, continuamos sós, ali, onde

apenas a solidão nos alcança. Enquanto teclamos a torto e a direito, sugerindo que

estamos sempre ON, a vida verdadeira continua OFF. E nunca nos damos conta de

que, no fim, toda a solidão que nos rodeia, essa sim, é real. Porque bytes, bits e

pixels não transmitem calor. E o verbo sem o hálito quente é apenas palavra morta.

Adaptado de: http://lounge.obviousmag.org/espantalho_lirico/2016/08/solidao-

-interativa.html

No excerto “Wolton justifica-se dizendo que a internet é incrível para a comunica-

ção entre pessoas e grupos que tenham os mesmos interesses, mas está longe de

ser uma ferramenta de comunicação de coesão entre pessoas e grupos diferentes.

E que por isso, a internet não é uma mídia, mas um sistema de comunicação co-

munitário.”, os termos destacados são, respectivamente:

a) polissílabo paroxítono; trissílabo oxítono.

b) trissílabo paroxítono; dissílabo paroxítono.

c) dissílabo paroxítono; trissílabo oxítono.

d) polissílabo paroxítono; dissílabo oxítono.

e) trissílabo paroxítono; dissílabo oxítono.

Letra e.

A palavra “incrível” possui três sílabas e é acentuada por ser paroxítona terminada

em L. “Está” possui duas sílabas e é acentuada por ser oxítona terminada em A.

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Questão 7    (INSTITUTO AOCP/TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO/EB-

SERH/2016)

Texto 2

Disponível em: <https://bioeticaemfoco.wordpress.com/humorreflexao/>.

Em “Que faz com seus resíduos tóxicos?”, o termo em destaque recebe acento,

porque é uma palavra

a) proparoxítona, ou seja, a sílaba mais forte é a última.

b) oxítona, ou seja, a sílaba mais forte é a última.

c) paroxítona, ou seja, a sílaba mais forte é a antepenúltima.

d) paroxítona, ou seja, a sílaba mais forte é a penúltima.

e) proparoxítona, ou seja, a sílaba mais forte é a antepenúltima.

Letra e.

A palavra “tóxicos” classifica-se como proparoxítona.

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Questão 8    (INSTITUTO AOCP/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO/EB-

SERH/2016)

O que é ética hoje?

Sem uma discussão lúcida sobre a ética não é possível agir com ética

Marcia Tiburi

A palavra ética aparece em muitos contextos de nossas vidas. Falamos sobre ética

em tom de clamor por salvação. Cheios de esperança, alguns com certa empáfia,

exigimos ou reclamamos da falta de ética, mas não sabemos exatamente o que

queremos dizer com isso. Há um desejo de ética, mas mesmo em relação a ele não

conseguimos avançar com ética. Este é nosso primeiro grande problema.

O que falta na abordagem sobre ética é justamente o que nos levaria a sermos éti-

cos. Falta reflexão, falta pensamento crítico, falta entender “o que é” agir e “como”

se deve agir. Com tais perguntas é que a ética inicia. Para que ela inicie é preciso

sair da mera indignação moral baseada em emoções passageiras, que tantos acham

magnífico expor, e chegar à reflexão ética. Aqueles que expõem suas emoções se

mostram como pessoas sensíveis, bondosas, creem-se como antecipadamente éti-

cos porque emotivos. Porém, não basta. As emoções em relação à política, à misé-

ria ou à violência, passam e tudo continua como antes. A passagem das emoções

indignadas para a elaboração de uma sensibilidade elaborada que possa sustentar

a ação boa e justa - o foco de qualquer ética desde sempre - é o que está em jogo.

Falta, para isso, entendimento. Ou seja, compreensão de um sentido comum na

nossa reivindicação pela ética. Falta, para se chegar a isso, que haja diálogo, ou

seja, capacidade de expor e de ouvir o que a ética pode ser. Clamamos pela ética,

mas não sabemos conversar. E para que haja ética é preciso diálogo. E, por isso,

permanecemos num círculo vicioso em que só a inação e a ignorância triunfam.

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Na inanição intelectual em voga, esperamos que os cultos, os intelectuais, os pro-

fessores, os jornalistas, todos os que constroem a opinião pública, tragam respos-

tas. Nem estes podem ajudar muito, pois desconhecem ou evitam a profundidade

da questão. Há, neste contexto, quem pense que ser corrupto não exclui a ética.

E isso não é opinião de ignorantes que não frequentaram escola alguma, mas de

muitos ditos “cultos” e “inteligentes”. Quem hoje se preocupa em entender do que

se trata? Quem se preocupa em não cair na contradição entre teoria e prática? Em

discutir ética para além dos códigos de ética das profissões pensando-a como prin-

cípio que deve reger nossas relações?

Exatamente pela falta de compreensão do seu fundamento, do que significa a ética

como elemento estrutural para cada um como pessoa e para a sociedade como um

todo, é que perdemos de vista a possibilidade de uma realização da ética. A ética

não entra em nossas vidas porque nem bem sabemos o que deveria entrar. Nem

sabemos como. Mas quando perguntamos pela ética, em geral, é pelo “como faze-

mos para sermos éticos” que tudo começa. Aí começa também o erro em relação à

ética. Pois ético é o que ultrapassa o mero uso que podemos fazer da própria ética

quando se trata de sobreviver. Ética é o que diz respeito ao modo de nos compor-

tamos e decidirmos nosso convívio e o modo como partilhamos valores e a própria

liberdade. Ela é o sentido da convivência, mais do que o já tão importante respeito

do limite próprio e alheio. Portanto, desde que ela diz respeito à relação entre um

“eu” e um “tu”, ela envolve pensar o outro, o seu lugar, sua vida, sua potencialida-

de, seus direitos, como eu o vejo e como posso defendê-lo.

A Ética permanece, porém, sendo uma palavra vã, que usamos a esmo, sem pen-

sar no conteúdo que ela carrega. Ninguém é ético só porque quer parecer ético.

Ninguém é ético porque discorda do que se faz contra a ética. Só é ético aquele

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que enfrenta o limite da própria ação, da racionalidade que a sustenta e luta pela

construção de uma sensibilidade que possa dar sentido à felicidade. Mas esta é

mais do que satisfação na vida privada. A felicidade de que se trata é a “felicidade

política”, ou seja, a vida justa e boa no universo público. A ética quando surgiu na

antiguidade tinha este ideal. A felicidade na vida privada – que hoje também se

tornou debate em torno do qual cresce a ignorância depende disso.

Por isso, antes de mais nada, a urgência que se tornou essencial hoje – e que por

isso mesmo, por ser essencial, muitos não percebem – é tratar a ética como um

trabalho da lucidez quanto ao que estamos fazendo com nosso presente, mas so-

bretudo, com o que nele se planta e define o rumo futuro. Para isso é preciso reno-

var nossa capacidade de diálogo e propor um novo projeto de sociedade no qual o

bem de todos esteja realmente em vista.

(http://www.marciatiburi.com.br/textos/somoslivre.htm)

Assinale a alternativa correta.

a) O vocábulo “ética” recebe acento por seguir as mesmas regras de acentuação

de “violência”, “empáfia” e “política”.

b) Os vocábulos “sensíveis”, “diálogo” e “ignorância” recebem acento por seguirem

as mesmas regras de acentuação.

c) Os vocábulos “possível” e “códigos” têm a acentuação justificada pelo fato de que

ambos são terminados em uma sílaba constituída por consoante-vogal-consoante.

d) O vocábulo “urgência”, recebe acento por seguir as mesmas regras de acentua-

ção de “princípio”, “miséria” e “convívio”.

e) Os vocábulos “indignação”, “conteúdo” e “ninguém” são acentuados porque a

sílaba tônica apresenta uma vogal nasal.

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Letra d.

Todas as palavras da letra D são paroxítonas terminadas em ditongo.

a) “ética” e “política” são proparoxítonas; “violência” e “empáfia”, paroxítonas ter-

minadas em ditongo.

b) “diálogo” é proparoxítona.

c) “possível” é paroxítona terminada em L; códigos, proparoxítona.

e) “indignação” não possui acento.

Questão 9    (AOCP/AUDITOR FISCAL/PREFEITURA DE JUIZ DE FORA-MG/2016) As-

sinale a alternativa em que a grafia de todas as palavras está de acordo com a

ortografia oficial e com as regras de acentuação gráfica das palavras da Língua

Portuguesa.

a) Por psicopatologia compreende-se o ramo da psiquiatria que estuda as causas e

a natureza das doenças mentais, ou seja, psicopatologicas.

b) Por psicopatologia compreende-se o ramo da psiquiatria que estuda as causas e

a natureza das doenças mentais, ou seja, psicopatológicas.

c) Por pscicopatologia compreende-se o ramo da psciquiatria que estuda as causas

e a natureza das doenças mentais, ou seja, pscicopatológicas.

d) Por psicopatologia comprende-se o ramo da psiquiatria que estuda as causas e

a natureza das doenças mentais, ou seja, psicopatológicas.

e) Por pisicopatologia comprende-se o ramo da pisiquiatria que estuda as causas e

a natureza das doenças mentais, ou seja, psicopatológicas

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Letra b.

a) “psicopatológicas”

c) “psicopatologia”, “psiquiatria” e “psicopatológicas”

d) “compreende-se”

e) “psicopatologia”, “compreende-se” e “psiquiatria”.

Questão 10    (AOCP/CONTADOR/PREFEITURA DE JUIZ DE FORA/2016)

O difícil, mas possível, diálogo entre a arte e a ciência

Daniel Martins de Barros

Estabelecer pontes entre a ciência e a arte não é tarefa fácil. Se a revolução cientí-

fica, com sua valorização da metodologia experimental e sua necessidade de rigor,

trouxe avanços inegáveis para a humanidade, por outro lado também tornou o

trabalho científico distante do homem comum. Com isso, distanciou-o também da

arte, que talhada para captar a essência humana, o faz de maneira basicamente

intuitiva. Tentativas de reaproximação até existem, mas a inconstância e variabi-

lidade no seu sucesso atestam a dificuldade da empreitada. Um dos diálogos mais

interessantes entre ciência e arte se deu nas primeiras décadas do século 20, na

relação entre o surrealismo e a psicanálise.

Os sonhos eram considerados proféticos e reveladores, até que, em 1899, Sigmund

Freud apresentou uma das primeiras tentativas de interpretá-los cientificamente no

livro A Interpretação dos Sonhos. Simplificando bastante, sonhos seriam um mo-

mento em que conteúdos inconscientes surgiriam para nós, ainda que disfarçados,

e caberia à psicanálise desmascarar seu real significado.

O movimento artístico do surrealismo imediatamente se apropriou dessas teorias.

Os surrealistas já nutriam um interesse especial pelo inconsciente, tentando retra-

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tar esses conteúdos em suas obras, mas após a tradução do livro de Freud para o

espanhol, o pintor catalão Salvador Dalí tornou-se um dos maiores entusiastas da

obra freudiana. Segundo ele mesmo, o objetivo de sua pintura era materializar as

imagens de sua “irracionalidade concreta”.

Desde que se tornou fã declarado do médico austríaco, Dalí tentou se encontrar com

ele. Tanto insistiu que conseguiu, quando Freud já estava idoso e bastante doente.

A reunião não foi das mais frutíferas, já que os dois eram incapazes de conversar:

Dalí não falava alemão nem inglês, e Freud, além do câncer de mandíbula, não

estava ouvindo bem. A interação ficou limitada: Freud analisou um quadro recente

de Dalí, enquanto esse passava o tempo desenhando o psicanalista e o observava

a conversar com o amigo e escritor Stephan Zweig.

O resultado tímido do encontro poderia bem ser emblemático da complicada en-

genharia que é construir pontes entre tão distantes universos. As conversas nem

sempre são frutíferas, as trocas muitas vezes são frustrantes. Mas a retomada

desse episódio na peça Histeria, do dramaturgo Terry Johnson, mostra que não

desistimos, e que novas maneiras podem ser tentadas. Usando a liberdade que

só se encontra na arte, Johnson expande o diálogo que não aconteceu, mostran-

do – ainda que numa realidade alternativa e em chave cômica – que os caminhos

que ligam arte e ciência podem ser acidentados, mas não deixam de ser possíveis.

Embora a psicanálise não seja mais considerada científica pelos critérios atuais e

o surrealismo já não exista como movimento organizado, o encontro dessas duas

formas de saber, no alvorecer do século 20, persiste como emblema de um diálogo

que, mesmo que cheio de ruídos, não pode ser abandonado.

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https://www.qconcursos.com/questoes/imprimir?ano_publicacao=&esfe-

ra=&area=&assunto=&organizadora=&cargo=&disciplina=&escolaridade

Adaptado de: http://m.cultura.estadao.com.br/noticias/teatro-e-danca,analise-o-

-dificil--maspossivel--dialogo-entre-a-arte-e-a-ciencia,10000048930 Acesso em

17 de maio de 2016.

Assinale a alternativa que apresenta a correta divisão silábica das palavras “surre-

alismo” e “psicanálise”.

a) Sur.re.a.lis.mo e psi.ca.ná.li.se.

b) Su.rre.a.lis.mo e p.si.ca.ná.li.se.

c) Sur.rea.lis.mo e psi.ca.ná.li.se.

d) Sur.re.a.lis.mo e p.si.ca.ná.li.se.

e) Sur.rea.lis.mo e p.si.ca.ná.li.se.

Letra a.

Lembre-se: quando há RR, deve haver separação. Já em “psicanálise”, não se pode

separar o P do S, pois toda sílaba deve apresentar uma vogal.

Questão 11    (AOCP/CONTADOR/PREFEITURA DE JUIZ DE FORA/2016) Em relação

ao trecho “Estabelecer pontes entre a ciência e a arte não é tarefa fácil.”, é correto

afirmar que

a) a palavra “fácil” é acentuada por tratar-se de uma proparoxítona.

b) a palavra “entre” é uma proparoxítona.

c) a palavra “pontes” está no plural por tratar-se do predicativo de um sujeito

composto.

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d) há uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

e) há uma oração subordinada substantiva subjetiva.

Letra e.

Uma questão que mescla conhecimentos! Pergunte ao verbo: o que não é tarefa

fácil? A resposta será “estabelecer...”, que desempenha a função de oração subor-

dinada substantiva objetiva direta.

a) “fácil” é paroxítona terminada em L.

b) “entre” é paroxítona.

c) “pontes” é objeto direto.

d) não há objeto direto oracional.

Questão 12    (AOCP/CONTADOR/PREFEITURA DE JUIZ DE FORA/2016) Assinale a

alternativa que apresenta a palavra cujo processo de formação encontrado é o

mesmo da palavra “freudiano”.

a) Cientificamente.

b) Reaproximar.

c) Inconsciente.

d) Desmascarar.

e) Surreal.

Letra a.

“Freudiano” possui derivação sufixal, o mesmo que ocorre com “cientificamente”.

Todos os demais casos apresentam prefixos.

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Questão 13    (AOCP/TÉCNICO PROFISSIONALIZANTE/SERCOMTEL S.A TELECOMU-

NICAÇÕES/2016)

A arte perdida de ler um texto até o fim

A internet é um banquete de informações, mas só aguentamos as primeiras garfadas

Danilo Venticinque

Abandonar um texto logo nas primeiras linhas é um direito inalienável de qualquer

leitor. Talvez você nem esteja lendo esta linha: ao ver que a primeira frase deste

texto era uma obviedade, nada mais natural do que clicar em outra aba do nave-

gador e conferir a tabela da copa. Ou talvez você tenha perseverado e seguido até

aqui. Mesmo assim eu não comemoraria. É muito provável que você desista agora.

A passagem para o segundo parágrafo é o que separa os fortes dos fracos.

A internet é um enorme banquete de informações, mas estamos todos fartos. Não

aguentamos mais do que as duas ou três primeiras garfadas de cada prato. Ler

um texto até as últimas linhas é uma arte perdida. No passado, quem desejasse

esconder um segredo num texto precisava criar códigos sofisticados de linguagem

para que só os iniciados decifrassem o enigma. Hoje a vida ficou mais fácil. Quer
preservar um segredo? Esconda-o na última frase de um texto – esse território sel-
vagem, raramente explorado.
Lembro-me que, no Enem do ano retrasado, um aluno escreveu um trecho do hino
de seu time favorito no meio da redação. Tirou a nota 500 (de 1000), foi descober-
to pela imprensa e virou motivo de chacota nacional. Era um mau aluno, claro. Se
fosse mais estudioso, teria aprendido que o fim da redação é o melhor lugar para
escrever impunemente uma frase de um hino de futebol. Se fizesse isso, provavel-
mente tiraria a nota máxima e jamais seria descoberto.
Agora que perdi a atenção da enorme maioria dos leitores à exceção de amigos muito
próximos e parentes de primeiro grau, posso ir direto ao que interessa. Quem acom-

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panhou as redes sociais na semana passada deve ter notado uma enorme confusão
causada pelo hábito de abandonar um texto antes do fim. Resumindo a história: um
jornalista publicou uma coluna em que narrava uma longa entrevista com Felipão
num avião. A notícia repercutiu e virou manchete em outros sites, até que alguém
notou que o entrevistado não era Felipão, mas sim um sósia dele. Os sites divulgaram
erratas e a história virou piada. No meio de todo o barulho, porém, alguns abnegados
decidiram ler o texto com atenção até o fim. Encontraram lá um parágrafo enigmá-
tico. Ao final da entrevista, o suposto Felipão entregava ao jornalista um cartão de
visitas. No cartão estavam os dizeres “Vladimir Palomo – Sósia de Felipão – Eventos”.
A multidão que ria do engano do jornalista o fazia sem ler esse trecho.
Teria sido tudo uma sacada genial do jornalista, que conseguiu pregar uma peça
em seus colegas e em milhares de leitores que não leram seu texto até o fim? Esta-
ria ele rindo sozinho, em silêncio, de todos aqueles que não entenderam sua piada?
A explicação, infelizmente, era mais simples. Numa entrevista, o jornalista confir-
mou que acreditava mesmo ter entrevistado o verdadeiro Felipão, e que o cartão
de visitas do sósia tinha sido apenas uma brincadeira do original.

A polêmica estava resolvida. Mas, se eu pudesse escolher, preferiria não ler essa

história até o fim. Inventaria outro desenlace para ela. Trocaria o inexplicável mal-

-entendido da realidade por uma ficção em que um autor maquiavélico consegue

enganar uma multidão de leitores desatentos. Ou por outra ficção, ainda mais in-

sólita, em que o texto revelava que o entrevistado era um sósia, mas o autor não

saberia disso porque não teria lido a própria obra até o final. Seria um obituário

perfeito para a leitura em tempos de déficit de atenção.

Se você chegou ao último parágrafo deste texto, você é uma aberração estatística.

Estudos sobre hábitos de leitura demonstram claramente que até meus pais teriam

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desistido de ler há pelo menos dois parágrafos. Estamos sozinhos agora, eu e você.

Talvez você se considere um ser fora de moda. Na era de distração generalizada,

é preciso ser um pouco antiquado para perseverar na leitura. Imagino que você já

tenha pensado em desistir desse estranho hábito e começar a ler apenas as pri-

meiras linhas, como fazem as pessoas ao seu redor. O tempo economizado seria

devidamente investido em atividades mais saudáveis, como o Facebook ou games

para celular. Aproveito estas últimas linhas, que só você está lendo, para tentar te

convencer do contrário. Esqueça a modernidade. Quando o assunto é leitura, não

há nada melhor do que estar fora de moda. A história está repleta de textos cheios

de sabedoria, que merecem ser lidos do começo ao fim. Este, evidentemente, não

é um deles. Mas seu esforço um dia será recompensado. Não desanime, leitor. As

tuas glórias vêm do passado.

(http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/danilo-venticinque/noticia/2014/06/ar-

te-perdida-de-bler-um-texto-ateo-fimb.html)

São acentuadas, pela mesma regra gramatical de acentuação gráfica, as palavras

a) só – até.

b) últimas – fácil.

c) história – parágrafo.

d) você – três.

e) inalienável – provável.

Letra e.

Só= monossílabo

Até=oxítona terminada em A

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Últimas= proparoxítona

Fácil= paroxítona terminada em L

História= paroxítona terminada em ditongo

Parágrafo= proparoxítona

Você= oxítona terminada em E

Três= monossílabo

Inalienável e provável= paroxítonas terminadas em L.

Questão 14    (AOCP/ANALISTA/SERCOMTEL S.A TELECOMUNICAÇÕES/2016)

Perdoar e esquecer

Quando a vida se transforma num tango, é difícil não dançar ao ritmo do rancor

Ivan Martins

Hoje tomei café da manhã num lugar em que Carlos Gardel costumava encontrar

seus parceiros musicais por volta de 1912. É um bar simples, na esquina da rua

Moreno com a avenida Entre Rios, chamado apropriadamente El Encuentro.

Nunca fui fã aplicado de tango, mas cresci ouvindo aqueles que a minha mãe can-

tava enquanto se movia pela casa. Os versos incandescentes flutuam na memória

e ainda me emocionam. Soprado pelo fantasma de Gardel, um deles me veio aos

lábios enquanto eu tomava café no El Encuentro: “Rechiflado en mi tristeza, te evo-

co y veo que has sido...”

Vocês conhecem Mano a mano, não?

Essencialmente, é um homem falando com a mulher que ele ama e que parece tê-

-lo trocado por uma vida melhor. Lembra, em espírito, o samba Quem te viu, quem

te vê, do Chico Buarque, mas o poema de Gardel é mais ácido e rancoroso. Parado-

xalmente, mais sutil. Não se sabe se o sujeito está fazendo ironia ou se em meio a

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tantas pragas ele tem algum sentimento generoso em relação à ex-amante. Nisso

reside o apelo eterno e universal de Mano a mano – não é assim, partido por senti-

mentos contraditórios, que a gente se sente em relação a quem não nos quer mais?

Num dia em que estamos solitários, temos raiva e despeito de quem nos deixou. No

outro dia, contentes e acompanhados, quase torcemos para que seja feliz. O pro-

blema não parece residir no que sentimos pelo outro, mas como nos sentimos em

relação a nós mesmos. Por importante que tenha sido, por importante que ainda

seja, a outra pessoa é só um espelho no qual projetamos nossos sentimentos – e

eles variam como os sete passos do tango. Às vezes avançam, em outras retroce-

dem. Quando a gente acha que encontrou o equilíbrio, há um giro inesperado.

Por isso as ambiguidades de Mano a mano nos pegam pelas entranhas. É difícil dei-

xar para trás o sentimento de abandono e suas volúpias. É impossível não dançar

ao ritmo do rancor. Há uma força enorme na generosidade, mas para muitos ela é

inalcançável. Apenas as pessoas que gostam muito de si mesmas são capazes de

desejar o bem do outro em circunstâncias difíceis. A maioria de nós precisa ser ama-

da novamente antes de conceder a quem nos deixou o direito de ser feliz. Por isso

procuramos com tanto afinco um novo amor. É um jeito de dar e de encontrar paz.

No último ano, tenho ouvido repetidamente uma frase que vocês já devem ter escu-

tado: Não se procura um novo amor, a gente simplesmente o encontra. O paradoxo

é bonito, mas me parece discutível. Supõe que o amor é tão acidental quanto um

tropeção na calçada. Eu não acho que seja. Imagina que a vontade de achar destrói a

possibilidade de encontrar. Isso me parece superstição. Implica em dizer que se você

ficar parado ou parada as coisas virão bater na sua porta. Duvido. O que está em-

butido na frase e me parece verdadeiro é que não adianta procurar se você não está

pronto – mas como saber sem procurar, achar e descobrir que não estava pronto?

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É inevitável que a gente cometa equívocos quando a vida vira um tango. Nossa ca-

rência nos empurra na direção dos outros, e não há nada de errado nisso. É assim

que descobrimos gente que será ou não parte da nossa vida. Às vezes quebramos a

cara e magoamos os outros. O tango prossegue. O importante é sentir que gostam

de nós, e que nós somos capazes de gostar de novo. Isso nos solta das garras do

rancor. Permite olhar para trás com generosidade e para o futuro com esperança. Não

significa que já fizemos a curva, mas sugere que não estamos apenas resmungando

contra a possibilidade de que o outro esteja amando. Quando a gente está tentando

ativamente ser feliz, não pensa muito no outro. Esse é o primeiro passo para superar.

Ou perdoar, como costuma ser o caso. Ou esquecer, como é ainda melhor.

No primeiro verso de Mano a mano, Gardel lança sobre a antiga amante a maldição

terrível de que ela nunca mais voltará a amar. Mas, ao final da música, rendido a

bons sentimentos, oferece ajuda e conselhos de amigo, quando chegar a ocasião.

Acho que isso é o melhor que podemos esperar de nós mesmos. Torcer mesquinha-

mente para jamais sermos substituídos - mas estarmos prontos para aceitar e am-

parar quando isso finalmente, inevitavelmente, dolorosamente, vier a acontecer.

(Disponível em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/noti-

cia/2016/01/perdoar-e-esquecer.html)

Em “Quando a gente acha que encontrou o equilíbrio, há um giro inesperado.”, o

termo em destaque recebe acento pela mesma regra que o vocábulo

a) terrível.

b) destrói.

c) espírito.

d) carência.

e) difíceis.

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Letra d.

Essa questão exige bom senso! “Carência” e “equilíbrio” são duas paroxítonas ter-

minadas em ditongo, e ambas estão no singular. Por comparação, a letra d é a al-

ternativa mais perfeita! Não caia na polêmica de querer discutir com a banca sobre

“terrível” e “difíceis”, ok?

Questão 15    (AOCP/TÉCNICO AMBIENTAL – BIOLOGIA/PREFEITURA DE VALENÇA-

-BA/2016)

A felicidade é deprimente

Contardo Calligaris

É possível que a depressão seja o mal da nossa época.

Ela já foi imensamente popular no passado. Por exemplo, os românticos (sobretudo

os artistas) achavam que ser langoroso e triste talvez fosse o único jeito autêntico

de ser fascinante e profundo.

Em 1859, Baudelaire escrevia à sua mãe: “O que sinto é um imenso desânimo,

uma sensação de isolamento insuportável, o medo constante de um vago infortú-

nio, uma desconfiança completa de minhas próprias forças, uma ausência total de

desejos, uma impossibilidade de encontrar uma diversão qualquer”.


Agora, Baudelaire poderia procurar alívio nas drogas, mas ele e seus contemporâ-
neos não teriam trocado sua infelicidade pelo sorriso estereotipado das nossas fo-
tos das férias. Para um romântico, a felicidade contente era quase sempre a marca
de um espírito simplório e desinteressante.
Enfim, diferente dos românticos, o deprimido contemporâneo não curte sua fossa: ao
contrário, ele quer se desfazer desse afeto, que não lhe parece ter um grande charme.
Alguns suspeitam que a depressão contemporânea seja uma invenção. Uma vez
achado um remédio possível, sempre é preciso propagandear o transtorno que o

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tal remédio poderia curar. Nessa ótica, a depressão é um mercado maravilhoso,


pois o transtorno é fácil de ser confundido com estados de espírito muito comuns:
a simples tristeza, o sentimento de inadequação, um luto que dura um pouco mais
do que desejaríamos etc.
De qualquer forma, o extraordinário sucesso da depressão e dos antidepressivos
não existiria se nossa cultura não atribuísse um valor especial à felicidade (da qual
a depressão nos privaria). Ou seja, ficamos tristes de estarmos tristes porque gos-
taríamos muito de sermos felizes.
Coexistem, na nossa época, dois fenômenos aparentemente contraditórios: a de-
pressão e a valorização da felicidade. Será que nossa tristeza, então, não poderia
ser um efeito do valor excessivo que atribuímos à felicidade? Quem sabe a tristeza
contemporânea seja uma espécie de decepção.
Em agosto de 2011, I. B. Mauss e outros publicaram em “Emotion” uma pesqui-
sa com o título: “Será que a procura da felicidade faz as pessoas infelizes?”. Eles
recorreram a uma medida da valorização da felicidade pelos indivíduos e, em pes-
quisas com duas amostras de mulheres (uma que valorizava mais a felicidade e
a outra, menos), comprovaram o óbvio: sobretudo em situações positivas (por
exemplo, diante de boas notícias), as pessoas que perseguem a felicidade ficam
sempre particularmente decepcionadas.

Numa das pesquisas, eles induziram a valorização da felicidade: manipularam uma das

amostras propondo a leitura de um falso artigo de jornal anunciando que a felicidade

cura o câncer, faz viver mais tempo, aumenta a potência sexual – em suma, todas as

trivialidades nunca comprovadas, mas que povoam as páginas da grande imprensa.

Depois disso, diante de boas notícias, as mulheres que tinham lido o artigo ficaram

bem menos felizes do que as que não tinham sido induzidas a valorizar especial-

mente a felicidade.

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Conclusão: na população em geral, a valorização cultural da felicidade pode

ser contraprodutiva.

Mais recentemente, duas pesquisas foram muito além e mostraram que a valori-

zação da felicidade pode ser causa de verdadeiros transtornos. A primeira, de B.

Q. Ford e outros, no “Journal of Social and Clinical Psychology”, descobriu que a

procura desesperada da felicidade constitui um fator de risco para sintomas e diag-

nósticos de depressão.

A pesquisa conclui que o valor cultural atribuído à felicidade leva a consequências

sérias em saúde mental. Uma grande valorização da felicidade, no contexto do Oci-

dente, é um componente da depressão. E uma intervenção cognitiva que diminua

o valor atribuído à felicidade poderia melhorar o desfecho de uma depressão. Ou

seja, o que escrevo regularmente contra o ideal de felicidade talvez melhore o hu-

mor de alguém. Fico feliz.

Enfim, em 2015, uma pesquisa de Ford, Mauss e Gruber, em “Emotion”, mostra

que a valorização da felicidade é relacionada ao risco e ao diagnóstico de transtor-

no bipolar. Conclusão: cuidado, nossos ideais emocionais (tipo: o ideal de sermos

felizes) têm uma função crítica na nossa saúde mental.

Como escreveu o grande John Stuart Mill, em 1873: Só são felizes os que perse-

guem outra coisa do que sua própria felicidade.

Adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2015/10/

1699663-a-felicidade-edeprimente.shtml Acesso em 10 de março de 2016.

Em relação ao trecho “Conclusão: cuidado, nossos ideais emocionais (tipo: o ideal

de sermos felizes) têm uma função crítica na nossa saúde mental”, sobre a palavra

destacada é correto afirmar que

a) trata-se de um verbo da segunda conjugação da língua portuguesa, que apare-

ce conjugado na terceira pessoa do plural e concorda com o sujeito da oração.

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b) foi indevidamente acentuada, considerando-se a correta conjugação do verbo

“ter” e as regras de acentuação das palavras em língua portuguesa.

c) trata-se de um verbo intransitivo que sintaticamente não necessita de objeto

como complemento verbal.

d) trata-se de um verbo da primeira conjugação cujo acento circunflexo diferencia

a terceira pessoa do singular e do plural.

e) apresenta acento circunflexo facultativo, conforme as regras ortográficas da

língua portuguesa, de modo que poderia ser substituída pela forma “tem” (sem

acento) e manter a concordância verbal.

Letra a.

O acento diferencial em “têm” é responsável por indicar que o verbo está na ter-

ceira pessoa do plural.

Questão 16    (AOCP/TÉCNICO AMBIENTAL – BIOLOGIA/PREFEITURA DE VALEN-

ÇA/2016) Na palavra “charme”, presente no texto, há um Dígrafo. Em qual das

palavras a seguir encontramos o mesmo recurso?

a) Próprias.

b) Drogas.

c) Sorriso

d) Marca.

e) Tristeza.

Letra c.

O RR em “sorriso”. Nos demais casos, há apenas encontros consonantais.

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Questão 17    (INSTITUTO AOCP/TÉCNICO DE ENFERMAGEM/EBSERH/2016) Assi-

nale a alternativa cujas palavras apresentam a mesma regra de acentuação orto-

gráfica.

a) Psicólogo, matemática, sustentável.

b) têm, até, também.

c) análise, família, além.

d) dúvida, trânsito, legítima.

e) ciúme, dúvida, saúde.

Letra d.

Todas são proparoxítonas.

a) Psicólogo (proparoxítona), matemática (proparoxítona), sustentável (paroxítona

terminada em L).

b) Têm (acento diferencial), até (oxítona terminada em E), também (oxítona ter-

minada em EM).

c) Análise (proparoxítona), família (paroxítona terminada em ditongo), além (oxí-

tona terminada em EM).

e) Ciúme (hiato), dúvida (proparoxítona), saúde (hiato).

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Questão 18    (INSTITUTO AOCP/MÉDICO CIRURGIÃO CARDIOVASCULAR/EB-

SERH/2016)

A CHAVE

Ela abre mais do que uma porta, inaugura um novo tempo

IVAN MARTINS

Certos objetos dão a exata medida de um relacionamento. A chave, por exemplo.

Embora caiba no bolso, ela tem importância gigantesca na vida dos casais. O mo-

mento em que você oferece a chave da sua casa é aquele em que você renuncia

à sua privacidade, por amor. Quando pede a chave de volta - ou troca a fechadura

da porta - está retomando aquilo que havia oferecido, por que o amor acabou. O

primeiro momento é de exaltação e esperança. O segundo é sombrio.

Quem já passou pela experiência sabe como é gostoso carregar no bolso - ou na

bolsa - aquela cópia de cinco reais que vai dar início à nova vida. Carregada de

expectativas e temores, a chave será entregue de forma tímida e casual, como se

não fosse importante, ou pode vir embalada em vinho e flores, pondo violinos na

ocasião. Qualquer que seja a cena, não cabe engano: foi dado um passo gigantes-

co. Alguém pôs na mão de outro alguém um totem de confiança.

Não interessa se você dá ou ganha a chave, a sensação é a mesma. Ou quase.

Quem a recebe se enche de orgulho. No auge da paixão, e a pessoa que provoca

seus melhores sentimentos (a pessoa mais legal do mundo, evidentemente) põe

no seu chaveiro a cópia discreta que abre a casa dela. Você só nota mais tarde,

quando chega à sua própria casa e vai abrir a porta. Primeiro, estranha a cor e o

formato da chave nova, mas logo entende a delicadeza da situação. Percebe, com

um sorriso nos lábios, que suas emoções são compartilhadas. Compreende que

está sendo convidado a participar de outra vida. Sente, com enorme alívio, que foi

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aceito, e que uma nova etapa tem início, mais intensa e mais profunda que anterior.

Aquela chave abre mais do que uma porta. Abre um novo tempo.

O momento de entregar a chave sempre foi para mim o momento de máximo otimismo.

[...]

Você tem certeza de que a outra pessoa ficará feliz e comovida, mas ao mesmo

tempo teme, secretamente, ser recusado. Então vê nos olhos dela a alegria que

havia antecipado e desejado. O rosto querido se abre num sorriso sem reservas,

que você não ganharia se tivesse lhe dado uma joia ou uma aliança. (Uma não

vale nada; para a outra ela não está pronta). Por isto ela esperava, e retribui com

um olhar cheio de amor. Esse é um instante que viverá na sua alma para sempre.

Nele, tudo parece perfeito. É como estar no início de um sonho em que nada pode

dar errado. A gente se sente adulto e moderno, herdeiro dos melhores sonhos da

adolescência, parte da espécie feliz dos adultos livres que são amados e correspon-

didos - os que acharam uma alma gêmea, aqueles que jamais estarão sozinhos.

Se as chaves de despedida parecem a pior coisa do mundo, não são.

[...]

A gente sabe que essas coisas, às vezes, são efêmeras, mas é tão bonito.

Pode ser que dentro de três meses ou três anos a chave inútil e esquecida seja en-

contrada no bolso de uma calça ou no fundo de uma bolsa. Ela já não abrirá porta

alguma exceto a da memória, que poderá ser boa ou ruim. O mais provável é que

o tato e a visão daquela ferramenta sem propósito provoquem um sorriso agridoce,

grisalho de nostalgia. Essa chave do adeus não dói, ela constata e encerra.

Nestes tempos de arrogante independência, em que a solidão virou estandarte exi-

bido como prova de força, a doação de chaves ganhou uma solenidade inesperada.

Com ela, homens e mulheres sinalizam a disposição de renunciar a um pedaço da

sua sagrada liberdade pessoal. Sugerem ao outro que precisam dele e o desejam

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próximo. Cedem o seu terreno, correm o risco. É uma forma moderna e eloquente

de dizer “eu te amo”. E, assim como a outra, dispensa “eu também”. Oferece a cha-

ve quem está pronto, aceita a chave quem a deseja, reciproca, oferecendo a sua,

quem sente que é o caso, verdadeiramente. Nada mais triste que uma chave falsa.

Ela parece abrir uma esperança, mas abre somente uma ilusão.

Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/noticia/2015/04/

chave.html

Em “A gente sabe que essas coisas, às vezes, são efêmeras, mas é tão bonito.”,

existe uma inadequação gramatical quanto à

a) acentuação gráfica.

b) ortografia.

c) regência.

d) concordância.

e) pontuação.

Letra d.

O correto seria mas são tão bonitas, para concordar com “essas coisas”.

Questão 19    (AOCP/MÉDICO PNEUMOLOGISTA/FUNDASUS/2015)

ENTRE NO EIXO

Descuidar-se das costas pode afetar seu humor, sua autoconfiança e até sua vida

sexual. (Vai querer?) Corrija sua postura agora.

Por Meghan Rabbit e Elaine Carvalho

Preste atenção em sua postura enquanto lê esta reportagem. Está largada no sofá,

com as costas tortas e os ombros arqueados? Debruçada sobre o notebook? Então

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aproveite para se corrigir. Você vai descobrir que mais coisas do que você imagina

acontecem no corpo e na cabeça quando você se desconecta daquela que é o eixo

do seu corpo: a coluna. E que as consequências vão além daquela dor chata nas

costas. “A postura errada atrapalha a respiração, enfraquece os músculos e derruba

seu nível de energia”, fala o quiropata americano Steven Weiniger, especialista em

postura e autor do livro Stand Taller, Live Longer (sem edição em português). Em

outras palavras, se reflete na sua aparência e no modo como você se sente. Veja

por que e como colocar cada parte do seu corpo no lugar certo.

Por que colocar o corpo no eixo?

Porque andar como o corcunda de Notre Dame vai muito além de ser feio e nada

sexy. Ao corrigir a postura, você sai ganhando em...

1. MAIS FOCO

De acordo com Steven Weiniger, ao manter as costas arqueadas, as costelas pres-

sionam o diafragma, impedindo que os pulmões inflem completamente. (Quer fazer

o teste? Tente inspirar profundamente nessa posição e vai sentir dificuldade.) Isso

influencia a respiração, que fica mais curta e, por isso, prejudica a oxigenação do

corpo, do cérebro e acaba afetando sua capacidade de concentração.

2. AUTOESTIMA E BOM HUMOR Quem caminha curvado, com os ombros projetados

para a frente, tende a se sentir mais baixo-astral do que quem tem porte de rainha.

Foi o que concluiu uma pesquisa da San Francisco State University (EUA) realizada

com dois grupos de voluntários, que testaram andar dos dois jeitos e depois con-

taram como se sentiram. O experimento revelou que o cérebro se deixa levar pela

postura: mover-se com confiança vai fazê-la se sentir assim e bancar a desleixada

também se reflete em como se sente. O físico ucraniano Moshe Feldenkrais, criador

de um método que leva seu sobrenome e busca, por meio da consciência corporal,

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novas maneiras de se movimentar, também não fazia distinção entre quem vem

primeiro – se movimento ou emoção. Para ele, uma pessoa triste se encolhe, en-

quanto alguém feliz ergue a cabeça e abre o peito naturalmente. “Contraímos a

musculatura sempre que sentimos medo ou tensão, assim como abaixamos a ca-

beça e projetamos o abdômen para a frente”, explica a educadora somática Maria-

na Huck, de São Paulo, coordenadora do Núcleo Feldenkrais Brasil. “É uma reação

normal. O desafio é não cristalizar essa postura rígida, o que leva à dor e impacta

as emoções.”

3. CORPO LIVRE DE DORES

“Quando a coluna está fora do eixo, vários músculos precisam entrar em ação para

compensar o desequilíbrio postural”, observa a fisioterapeuta Mary Ann Wilmarth,

da Harvard University (EUA). Isso gera uma reação em cadeia, que resulta em dor,

formigamento e espasmos musculares em várias partes do corpo.

4. TESÃO EM DIA

Uma postura desleixada tem ligação direta com a flacidez do core (musculatura

que inclui o abdômen), o que, por sua vez, pode ter impacto negativo entre quatro

paredes – e não apenas na frente do espelho. “Quanto mais flácido seu abdômen,

mais fracas podem ficar a libido e a performance na cama”, diz a americana Debby

Herbenick, especialista em saúde sexual. Portanto, antes de investir em lingeries

sensuais, valorize seu corpo ao praticar exercícios capazes de colocá-lo nos eixos.

(Fonte: Revista Women’s Health. Número 79 publicada em Maio de 2015. Editora Abril)

Observe a seguinte sentença retirada do texto ENTRE NO EIXO: “Preste atenção

em sua postura enquanto lê esta reportagem”. Levando em consideração as regras

de ortografia da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta com relação ao

acento utilizado no verbo ler.

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a) A forma verbal lê apresenta acento para distingui-la da forma verbal leio.

b) A forma verbal lê é acentuada porque se trata de uma conjugação verbal ter-

minada em vogal aberta.

c) A forma verbal lê é acentuada porque se trata de um monossílabo tônico.

d) A forma verbal lê é acentuada porque se trata de uma oxítona terminada em

ditongo.

e) A forma verbal lê é acentuada porque se trata de uma oxítona terminada na

vogal fechada e.

Letra c.

CUIDADO PARA NÃO MARCAR A LETRA “e”! É um monossílabo tônico!

Questão 20    (INSTITUTO AOCP/PEDAGOGO/EBSERH/2015)

A CHAVE

Ela abre mais do que uma porta, inaugura um novo tempo

IVAN MARTINS

Certos objetos dão a exata medida de um relacionamento. A chave, por exemplo.

Embora caiba no bolso, ela tem importância gigantesca na vida dos casais. O mo-

mento em que você oferece a chave da sua casa é aquele em que você renuncia à

sua privacidade, por amor. Quando pede a chave de volta - ou troca a fechadura da

porta - está retomando aquilo que havia oferecido, por que o amor acabou. O pri-

meiro momento é de exaltação e esperança. O segundo é sombrio. Quem já passou

pela experiência sabe como é gostoso carregar no bolso - ou na bolsa - aquela cópia

de cinco reais que vai dar início à nova vida. Carregada de expectativas e temores,

a chave será entregue de forma tímida e casual, como se não fosse importante, ou

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pode vir embalada em vinho e flores, pondo violinos na ocasião. Qualquer que seja

a cena, não cabe engano: foi dado um passo gigantesco. Alguém pôs na mão de

outro alguém um totem de confiança. Não interessa se você dá ou ganha a chave,

a sensação é a mesma. Ou quase.

Quem a recebe se enche de orgulho. No auge da paixão, e a pessoa que provoca

seus melhores sentimentos (a pessoa mais legal do mundo, evidentemente) põe

no seu chaveiro a cópia discreta que abre a casa dela. Você só nota mais tarde,

quando chega à sua própria casa e vai abrir a porta. Primeiro, estranha a cor e o

formato da chave nova, mas logo entende a delicadeza da situação. Percebe, com

um sorriso nos lábios, que suas emoções são compartilhadas. Compreende que

está sendo convidado a participar de outra vida. Sente, com enorme alívio, que foi

aceito, e que uma nova etapa tem início, mais intensa e mais profunda que anterior.

Aquela chave abre mais do que uma porta. Abre um novo tempo.

O momento de entregar a chave sempre foi para mim o momento de máximo otimismo.

[...]

Você tem certeza de que a outra pessoa ficará feliz e comovida, mas ao mesmo

tempo teme, secretamente, ser recusado. Então vê nos olhos dela a alegria que

havia antecipado e desejado. O rosto querido se abre num sorriso sem reservas,

que você não ganharia se tivesse lhe dado uma joia ou uma aliança. (Uma não

vale nada; para a outra ela não está pronta). Por isto ela esperava, e retribui com

um olhar cheio de amor. Esse é um instante que viverá na sua alma para sempre.

Nele, tudo parece perfeito. É como estar no início de um sonho em que nada pode

dar errado. A gente se sente adulto e moderno, herdeiro dos melhores sonhos da

adolescência, parte da espécie feliz dos adultos livres que são amados e correspon-

didos - os que acharam uma alma gêmea, aqueles que jamais estarão sozinhos.

Se as chaves de despedida parecem a pior coisa do mundo, não são.

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[...]

A gente sabe que essas coisas, às vezes, são efêmeras, mas é tão bonito.

Pode ser que dentro de três meses ou três anos a chave inútil e esquecida seja en-

contrada no bolso de uma calça ou no fundo de uma bolsa. Ela já não abrirá porta

alguma exceto a da memória, que poderá ser boa ou ruim. O mais provável é que

o tato e a visão daquela ferramenta sem propósito provoquem um sorriso agridoce,

grisalho de nostalgia. Essa chave do adeus não dói, ela constata e encerra.

Nestes tempos de arrogante independência, em que a solidão virou estandarte exi-

bido como prova de força, a doação de chaves ganhou uma solenidade inesperada.

Com ela, homens e mulheres sinalizam a disposição de renunciar a um pedaço da

sua sagrada liberdade pessoal. Sugerem ao outro que precisam dele e o desejam

próximo. Cedem o seu terreno, correm o risco. É uma forma moderna e eloquente

de dizer “eu te amo”. E, assim como a outra, dispensa “eu também”. Oferece a cha-

ve quem está pronto, aceita a chave quem a deseja, reciproca, oferecendo a sua,

quem sente que é o caso, verdadeiramente. Nada mais triste que uma chave falsa.

Ela parece abrir uma esperança, mas abre somente uma ilusão.

Adaptado de http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/noticia/2015/04/

chave.html

Em relação ao excerto: “Oferece a chave quem está pronto, aceita a chave quem a

deseja, reciproca, oferecendo a sua, quem sente que é o caso, verdadeiramente.”,

é correto afirmar que

a) “chave” exerce função de sujeito na primeira e na segunda oração do período.

b) “quem” exerce função de sujeito nas orações em que está presente.

c) “reciproca” é uma palavra proparoxítona e deveria receber acento agudo, gra-

fando-se “recíproca”.

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d) todos os termos “a” presentes no período são artigos femininos.

e) “verdadeiramente” é um advérbio que expressa intensidade.

Letra b.

“Quem” é sujeito de “está”, “deseja” e “sente”. “A chave” é OD. A palavra “recípro-

ca” está grafada inadequadamente. O “a” antes de “deseja” é pronome. “Verdadei-

ramente” expressa modo.

Questão 21    (AOCP/AUXILIAR DE BIBLIOTECA/FUNDASUS/2015)

Mulheres cuidam mais da saúde do que homens

Segundo pesquisa, 71,2% dos entrevistados pelo IBGE haviam se consultado com

um médico pelo menos uma vez no último ano. Entre elas, o índice foi de 78%

- contra 63,9% deles. As mulheres brasileiras vão mais ao médico do que os ho-

mens. É o que mostra uma pesquisa divulgada nesta terça-feira, realizada em con-

junto entre o Ministério da Saúde e o IBGE. A publicação revelou que 71,2% dos

entrevistados haviam se consultado pelo menos uma vez nos 12 meses anteriores

à entrevista. Entre as mulheres, o índice foi de 78%, contra 63,9% dos homens.

Elas também são mais aplicadas nos cuidados com os dentes: 47,3% das brasilei-

ras disseram terem ido ao dentista uma vez nos 12 meses anteriores, ante 41,3%

dos homens. A diferença também aparece na questão da higiene bucal: 91,5% do

público feminino pesquisado respondeu que escova os dentes duas vezes ao dia, ao

passo que a taxa foi de 86,5% no masculino.

A pesquisa também investigou o atendimento nos serviços de saúde, público e

privado. De acordo com os resultados, 71% da população brasileira procura esta-

belecimentos públicos de saúde para atendimento. Destes, 47,9% afirmaram que

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utilizam as Unidades Básicas de Saúde como principal porta de entrada para aten-

dimento no Sistema Único de Saúde (SUS).

Além disso, o levantamento mostrou ainda que os serviços públicos mais procura-

dos depois das Unidades Básicas de Saúde são os de emergência, como as Unida-

des de Pronto Atendimento Público - com 11,3% da população - e hospitais e servi-

ços especializados como ambulatórios, com 10,1% da população. Já os consultórios

e clínicas particulares atraem 20,6% dos brasileiros e as emergências privadas são

procuradas por 4,9% deles.

A Pesquisa Nacional de Saúde coletou informações em 64 000 residências brasilei-

ras em 1 600 municípios entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014.

(Com Estadão Conteúdo) Adaptado de: < http://veja.abril.com.br/noticia/ saude/

mulherescuidam-mais-da-saude-do-que-homens> Acesso em 06 jun. 2015.

Assinale a alternativa correta em relação à grafia das palavras.

a) capatas – capaz.

b) capaz – freguês.

c) burguêz – embriaguês.

d) embriaguez – capatas.

e) estupidez – freguêz.

Letra b.

O correto seria capataz, burguês, embriaguez e freguês. Professor, como

aprendo isso? Lendo muito e usando o dicionário, de vez em quando!

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Questão 22    (INSTITUTO AOCP/ADVOGADO/EBSERH/2015) Assinale a alternativa

correta quanto à acentuação dos pares.

a) Política – politicágem.

b) Partidário – partído.

c) Própria – propriedáde.

d) Família – familiár.

e) Único – unívoco.

Letra e.

Não possuem acento politicagem, partido, propriedade e familiar.

Questão 23    (INSTITUTO AOCP/ADVOGADO/UFPEL/2015)

Aumentar idade mínima para compra de cigarro evita vício em jovens

UOL, 03/04/2015

Aumentar a idade mínima permitida para comprar legalmente cigarros pode ter um

efeito drástico no uso do tabaco por adolescentes, especialmente de 15 a 17 anos,

segundo um estudo da Universidade de Michigan, divulgado pelo Institute of Medi-

cine. O impacto na saúde pública também seria relevante.

O levantamento aponta que usuários mais jovens são, geralmente, mais suscetí-

veis a pegar carona nos hábitos dos amigos e conseguir cigarros com eles, sendo

que poucos compram cigarros ilegalmente. Apenas quando atingem a idade adulta,

por volta dos 25 anos, é que passam a fazer mais escolhas por conta própria.

“Embora o desenvolvimento de algumas habilidades cognitivas seja atingido aos

16 anos, as partes do cérebro mais responsáveis pela tomada de decisão, controle

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de impulsos e susceptibilidade dos colegas e conformidade continuam a desenvol-

ver-se até os 25”, explicou o professor Richard Bonnie, responsável pela pesquisa.

Dos fumantes pesquisados, 90% dizem ter começado a fumar antes dos 19 anos.

A maioria dos outros experimentou o primeiro cigarro antes dos 26, o que sugere

que dificilmente uma pessoa se tornará fumante após os 25 anos.

Segundo simulações apresentadas no relatório, se o aumento na idade mínima

ocorresse hoje nos Estados Unidos, haveria mudanças significativas na quantidade

de jovens fumantes em 2100. Mais precisamente, se a idade mínima passasse para

19 anos, haveria uma diminuição de 3% no total de fumantes. Se passasse para

21, cairia 12%. E, caso fosse para 25 anos, o número de fumantes diminuiria 16%.

Nos Estados Unidos, onde a pesquisa foi realizada, a maioria dos Estados permite

a compra do cigarro a partir dos 18 anos. Alguns (Alabama, Alasca, Nova Jersey

e Utah) permitem a partir dos 19, e a cidade de Nova York aumentou a idade

mínima para 21 anos.

Considerando, portanto, que o aumento da idade mínima diminui a taxa de inicia-

ção no vício, os pesquisadores concluem que a medida resultaria em queda nas

doenças e mortes relacionadas ao tabaco.

Se a idade mínima aumentasse para 21 anos nos Estados Unidos, haveria menos

249 mil mortes prematuras entre pessoas nascidas entre 2000 e 2019 e pelo me-

nos 45 mil mortes a menos por câncer de pulmão no período, segundo o relatório.

“Ao avaliar as implicações na saúde pública pelo aumento da idade mínima para

acessar os produtos do tabaco, este relatório tem como objetivo fornecer a orienta-

ção científica de que Estados e municípios precisam ao avaliar novas políticas para

atingir o objetivo final, que é a redução e a eventual eliminação do uso de tabaco

por crianças e pelos jovens “, disse Victor Dzau, presidente do Institute of Medicine.

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Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimasnoticias/redacao/2015/04/03/per-

mitir-cigarro-depois-dos-21-anos-evita-vicio-em-adolescentes-diz-estudo.htm

Assinale a alternativa cuja palavra NÃO apresenta a mesma regra de acentuação

gráfica da palavra “música”.

a) Mínima.

b) Drástico.

c) Também.

d) Pública.

e) Informática.

Letra c.

Todas as palavras listadas são proparoxítonas, exceto “também”, que é oxítona

terminada em EM.

Questão 24    (INSTITUTO AOCP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/EBSERH/2015)

Por que algumas pessoas poderosas agem como tiranos?

Ana Carolina Prado

Nos anos 70, o psicólogo Philip Zimbardo queria entender por que as prisões são

tão violentas. Então, ele decidiu criar uma prisão artificial no porão da Universida-

de de Stanford. Os voluntários do experimento foram divididos entre prisioneiros e

guardas e deveriam cumprir esses papéis por duas semanas. Porém as condições

ali ficaram tão tensas que foi necessário acabar com tudo em apenas seis dias.

Logo no começo, as pessoas que assumiram o papel de guarda se tornaram extre-

mamente sádicas e autoritárias, impondo castigos como privação de sono e comi-

da. Os “prisioneiros” responderam fazendo rebeliões. Esse é um ótimo (e macabro)

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exemplo de como o poder pode corromper as pessoas. E nós sabemos que, na vida

real, muita gente poderosa faz coisa parecida – ou pior.

Os pesquisadores das Universidades de Stanford, do Sul da Califórnia e de Nor-

thwestern fizeram um estudo, a ser publicado no Journal of Experimental Social

Psychology, para entender melhor por que esse tipo de coisa acontece. E descobri-

ram que o problema está na combinação de poder e baixo status. No experimento,

os autores simularam atividades de uma empresa e dividiram os voluntários aleato-

riamente em papéis de chefes e subordinados, variando em status e poder. Em se-

guida, esses indivíduos puderam selecionar tarefas em uma lista de 10 para os ou-

tros executarem. O resultado mostrou que as pessoas com papeis de maior poder

e menor status escolheram atividades mais humilhante para os seus parceiros (por

exemplo, latir como um cão três vezes) do que os de qualquer outra combinação.

Os pesquisadores chegaram à conclusão de que, quando as pessoas recebem um

papel que lhes dá poder, mas não têm o respeito que normalmente o acompanha,

podem acabar se empenhando em comportamentos degradantes. Elas se sentem

mal em estar numa posição de baixo status e acabam usando sua autoridade humi-

lhando outros para se sentir melhor. É tipo o que acontece com aquele chefe tirano

que ninguém respeita e todo mundo odeia.

Isso pode ter contribuído para os abusos cometidos por militares em prisões, bem

como no experimento de Zimbardo nos anos 70. Em ambos os casos, os guardas

têm o poder, mas falta-lhes o respeito e admiração dos outros. “Nossas descober-

tas indicam que a experiência de ter poder sem status, seja como membro das for-

ças armadas ou como um estudante universitário que participa de um experimento,

pode ser um catalisador para comportamentos degradantes que podem destruir

relacionamentos e impedir a cooperação”, diz o estudo.

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Os pesquisadores de Standford e Northwestern reconheceram, porém, que há outros

fatores envolvidos. Só porque uma pessoa tem o poder ou está em uma posição de

baixo status não significa necessariamente que ela irá maltratar os outros. Assim,

essa história de que o poder corrompe nem sempre é verdade. Mas uma alternativa

encontrada por eles para evitar abusos é encontrar formas para que todos os indiví-

duos, independentemente do status de seus papéis, se sintam respeitados e valoriza-

dos. “O respeito alivia sentimentos negativos sobre sua posição e os leva a tratar os

outros de forma positiva”, diz o estudo. Também é importante haver oportunidades

para o crescimento, pois a pessoa tende a melhorar seu comportamento e seus sen-

timentos quando sabe que pode ganhar uma posição melhor no futuro.

Adaptado de http://super.abril.com.br/blogs/como-pessoas-funcionam/category/

sem-categoria/page/17/

Em “Os pesquisadores chegaram à conclusão de que, quando as pessoas recebem

um papel que lhes dá poder, mas não têm o respeito que normalmente o acompa-

nha...”, o termo destacado recebeu acento diferencial para

a) concordar com “os pesquisadores”.

b) concordar com “as pessoas”.

c) marcar o tempo verbal no pretérito do indicativo.

d) atender à regra das paroxítonas.

e) atender à regência do nome “poder”.

Letra b.

Detalhe: o verbo “tem” possui sujeito elíptico, que se refere a “pessoas”.

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Questão 25    (INSTITUTO AOCP/MÉDICO UROLOGISTA/EBSERH/2015)

Brasileiro está menos sedentário

3 abril, 2015

Segundo dados do Ministério da Saúde (Vigitel – Vigilância de Fatores de Risco e

Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), em 2013, 33,8% da po-

pulação adulta das capitais praticavam exercícios. O índice é maior que o de três

anos atrás (33,5%), o que aponta para uma tendência de aumento deste hábito.

A prevalência da inatividade física em pessoas acima de 18 anos é um dos indicado-

res utilizados pelo Ministério para monitorar fatores de risco para as Doenças Crô-

nicas Não Transmissíveis (DCNT) como câncer, hipertensão e diabetes. De acordo

com dados de um estudo divulgado em 2012 pelo periódico The Lancet, o seden-

tarismo já responde pela redução da expectativa de vida da humanidade de forma

tão significativa quanto o tabagismo e a obesidade. São estimadas cinco milhões de

mortes por ano em todo o mundo por conta do sedentarismo.

Esse levantamento traçou um perfil da prática de atividade física no mundo e apontou

que, no Brasil, 49% da população está inativa, ou seja, realiza menos de 150 minutos

de atividade de intensidade moderada por semana. A pesquisa ainda revelou a situa-

ção de inatividade física de outros países como Argentina 68,3%, Congo 48,6%, Emi-

rados 62,5%, Estados Unidos 40,5%, México 37,7%, Portugal 51% e Japão 60,2%.

Entre as ações do Ministério da Saúde para incentivar a prática de atividades físicas

e hábitos saudáveis na população, está o Programa Academia da Saúde. A iniciativa

possibilita a implantação de polos com infraestrutura, equipamentos e profissionais

qualificados para a promoção de modos de vida saudáveis. O Programa está implan-

tado em todos os estados brasileiros, em um total de 2.857 municípios.

http://www.idifusora.com.br/2015/04/03/brasileiro-esta-menossedentario/

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Assinale a alternativa cuja palavra NÃO recebe a mesma regra de acentuação grá-

fica da palavra “física”.

a) Países.

b) Prática.

c) Hábitos.

d) Periódico.

e) Crônica.

Letra a.

Todas as palavras apresentadas são proparoxítonas, exceto “países”, que é acentu-

ado pela regra do hiato.

Questão 26    (AOCP/MÉDICO NUTROLOGISTA/EBSERH/2014)

A ciência e o vazio espiritual

Marcelo Gleiser

Alguns anos atrás, fui convidado para dar uma entrevista ao vivo para uma rádio AM

de Brasília. A entrevista foi marcada na estação rodoviária, bem na hora do rush,

quando trabalhadores mais humildes estão voltando para suas casas na periferia. A

ideia era que as pessoas dessem uma parada e ouvissem o que eu dizia, possivel-

mente fazendo perguntas. O entrevistador queria que falasse sobre a ciência do fim

do mundo, dado que havia apenas publicado meu livro “O Fim da Terra e do Céu”.

O fim do mundo visto pela ciência pode ser abordado de várias formas, desde as

mais locais, como no furacão que causou verdadeira devastação nas Filipinas, até

as mais abstratas, como na especulação do futuro do universo como um todo.

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O foco da entrevista eram cataclismos celestes e como inspiraram (e inspiram)

tanto narrativas religiosas quanto científicas. Por exemplo, no antigo testamento,

no Livro de Daniel ou na história de Sodoma e Gomorra, e no novo, no Apocalip-

se de João, em que estrelas caem dos céus (chuva de meteoros), o Sol fica preto

(eclipse total), rochas incandescentes caem sobre o solo (explosão de meteoro ou

de cometa na atmosfera) etc.

Mencionei como a queda de um asteroide de 10 quilômetros de diâmetro na penín-

sula de Yucatan, no México, iniciou o processo que culminou na extinção dos dinos-

sauros 65 milhões de anos atrás. Enfatizei que o evento mudou a história da vida

na Terra, liberando os mamíferos que então existiam -- de porte bem pequeno -- da

pressão de seus predadores reptilianos, e que estamos aqui por isso. O ponto é que

a ciência moderna explica essas transformações na Terra e na história da vida sem

qualquer necessidade de intervenção divina. Os cataclismos que definiram nossa

história são, simplesmente, fenômenos naturais.

Foi então que um homem, ainda cheio de graxa no rosto, de uniforme rasgado, le-

vantou a mão e disse: “Então o doutor quer tirar até Deus da gente?”

Congelei. O desespero na voz do homem era óbvio. Sentiu-se traído pelo conhecimen-

to. Sua fé era a única coisa a que se apegava, que o levava a retornar todos os dias

àquela estação e trabalhar por um mísero salário mínimo. Como que a ciência poderia

ajudá-lo a lidar com uma vida desprovida da mágica que fé no sobrenatural inspira?

Percebi a enorme distância entre o discurso da ciência e as necessidades da maioria

das pessoas; percebi que para tratar desse vão espiritual, temos que começar bem

cedo, trazendo o encantamento das descobertas científicas para as crianças, transfe-

rindo a paixão que as pessoas devotam à sua fé para um encantamento com o mundo

natural. Temos que ensinar a dimensão espiritual da ciência - não como algo sobre-

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natural - mas como uma conexão com algo maior do que somos. Temos que fazer da

educação científica um processo de transformação, e não meramente informativo.

Respondi ao homem, explicando que a ciência não quer tirar Deus das pessoas,

mesmo que alguns cientistas queiram. Falei da paixão dos cientistas ao devota-

rem suas vidas a explorar os mistérios do desconhecido. O homem sorriu; acho

que entendeu que existe algo em comum entre sua fé e a paixão dos cientistas

pelo mundo natural.

Após a entrevista, dei uma volta no lago Sul pensando em Einstein, que dizia que a

ciência era a verdadeira religião, uma devoção à natureza alimentada pelo encanta-

mento com o mundo, que nos ensina uma profunda humildade perante sua grandeza.

Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2013/11/

1372253-a-ciencia-e-o-vazio-espiritual.shtml. Acesso 22 nov 2013.

A alternativa em que há uma palavra acentuada corretamente é

a) ciêntífico.

b) distânciamento.

c) fenômenal.

d) réptil.

e) mistérioso.

Letra d.

As formas corretas seriam científico, distanciamento, fenomenal e misterioso.

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Questão 27    (AOCP/NUTRICIONISTA/PREFEITURA DE PARANAVAÍ/2013)

Amores imperfeitos

A pessoa que você mais gosta é cheia de defeitos?

Existe uma explicação

Cristiane Segatto

1.§ Quantos dos seus amigos descrevem o parceiro (ou parceira) de uma forma

estranhamente dúbia? A pessoa é o amor da vida dele e, ao mesmo, o ser que mais

o incomoda. É uma reclamação tão corriqueira que começo a achar que estranha é

a minoria que parece satisfeita com o que tem em casa.

2.§ Tolerar os defeitos do companheiro e entender que, ao firmar uma parceria,

compramos um pacote completo (com tudo o que há de agradável e desagradável)

parece, cada vez mais, uma esquisita característica de uma subespécie em extinção.

3.§ O grupo majoritário parece ser o dos apaixonados intolerantes.

4.§ Há quem se dedique a tentar entendê-los. Li nesta semana uma reportagem in-

teressante sobre isso. Foi publicada na revista Scientific American Mind. É baseada

no livro Annoying: The Science of What Bugs Us (algo como Irritante: a ciência do

que nos incomoda), dos jornalistas Joe Palca e Flora Lichtman.

5.§ Uma das pesquisadoras citadas é a socióloga Diane Felmlee, da Universidade

da Califórnia. Ela conta a história de uma amiga que vivia reclamando que o mari-

do trabalhava demais. Diane pediu que a mulher se lembrasse das qualidades que

enxergava nele quando o conheceu na universidade. A resposta foi sensacional: “A

primeira coisa que chamou minha atenção foi o fato de que ele era incrivelmente

trabalhador. Logo percebi que se tornaria um dos melhores alunos da classe”

6.§ Não é curioso? Por alguma razão, uma característica que é vista como uma

qualidade no início do relacionamento se torna, com o passar do tempo, um defei-

to. Exemplos disso estão por toda parte. No início do namoro, o cara parece muito

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atraente porque é desencanado, tranquilão. Não perde a chance de passar o dia

de bermuda e chinelo, ouvindo música e bebendo com a namorada e os amigos.

Quatro anos depois passa a ser visto pela amada como um sujeito preguiçoso, aco-

modado, que não tem objetivos claros na vida e veio ao mundo a passeio.

7.§ Em outra ocasião, a socióloga Diane perguntou a um garoto por que ele gostava da

última namorada. A resposta foi uma lista de várias partes do corpo da moça - incluindo as

mais íntimas. Quando a professora perguntou por que o relacionamento havia acabado, a

justificativa foi: “Era uma relação baseada somente no desejo. Não havia amor suficiente.”

8.§ Uma aluna disse que se sentiu atraída pelo ex porque ele tinha um incrível sen-

so de humor. Algum tempo depois, passou a reclamar que “ele não levava nada a

sério”. Nesse caso, também, o que era qualidade virou defeito. Deve haver alguma

explicação para isso. Nas últimas décadas, Diane vem realizando estudos com ca-

sais para tentar entender o fenômeno que ela chama de atrações fatais.

9.§ Ela observou que quanto mais acentuada é a qualidade reconhecida pelo par-

ceiro no início da relação, mais incômoda ela se torna ao longo dos anos. Até virar

um traço insuportável.

10.§ Diane acredita que a explicação está relacionada à teoria da troca social. Essa

teoria parte do pressuposto de que as relações humanas são baseadas na escolha

racional e na análise de custo-benefício. Se os custos de um dos parceiros superam

seus benefícios, a outra parte pode vir a abandonar a relação, especialmente se

houver boas alternativas disponíveis. “Traços extremos trazem recompensas, mas

também têm custos associados a eles, principalmente numa relação”.

11.§ Um exemplo é a independência. Ela pode ser muito valorizada numa relação. Um

marido independente é capaz de cuidar de si próprio. Mas se ele for independente de-

mais, pode significar que não precisa da mulher. Isso acarreta custos para a relação.

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12.§ A receita para evitar que as relações naufraguem é a boa e (cada vez mais)

escassa tolerância. É preciso aprender a relativizar os hábitos irritantes para conti-

nuar convivendo com uma pessoa que tem muitas outras qualidades.

13.§ Ninguém é totalmente desprovido de qualidades e defeitos. Temos os nossos,

aprendemos com eles e com os deles. Além de tolerância, precisamos exercitar a

capacidade de apoiar o parceiro quando as coisas vão mal e de celebrar quando

ele tem alguma razão para isso. Inventar programas novos e interessantes (zelar

para que isso aconteça com frequência) pode realçar as qualidades de quem você

gosta e amenizar as características e manias irritantes. Irritante por irritante somos

todos. Mas também podemos ser incrivelmente interessantes.

Adaptado de http://revistaepoca.globo.com/Saude-e-bem-estar/ cristiane-segat-

to/noticia/2012/01/amores-imperfeitos.html em 01/12/2012

Assinale a alternativa correta quanto à acentuação das palavras.

a) Minoritário

b) Benefíciar

c) Dependênte

d) Tolerânte

e) Fenomenál

Letra a.

As formas corretas seriam beneficiar, dependente, tolerante e fenomenal

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Questão 28    (AOCP/PROCURADOR MUNICIPAL/PREFEITURA DE CAMAÇARI/2010)

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Assinale a alternativa em que todas as palavras são proparoxítonas.

a) Documentos, dirigentes, pesquisadora

b) Públicas, pedagógico, física

c) Adicionais, levantamento, atividades

d) Contador, eliminados, escolas

e) Gestores, concentrassem, sistema

Letra b.

Partindo do pressuposto de que toda proparoxítona deve ser acentuada, a resolu-

ção dessa questão fica mais fácil!

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