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Editora Aprovare
2016
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Editora Aprovare
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Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo: Técnico Judiciário - Área Adminis-
trativa. Apostila Teórica Completa. Curitiba: Aprovare, 2016.
Apostila elaborada de acordo com o Edital do Concurso Público do Tribunal Regional Eleitoral do
Estado de São Paulo.
TODOS OS DIREITOS DESTE MATERIAL SÃO RESERVADOS. Nenhuma parte desta publicação poderá
ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora Aprovare. A viola-
ção dos direitos autorais é crime previsto na Lei 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
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APRESENTAÇÃO
É com grande satisfação que a Editora Aprovare, especialista em apostilas e livros jurídicos para
concursos públicos, traz ao público a presente “Apostila Teórica para o Concurso Público do Tribunal
Regional Eleitoral do Estado de São Paulo - cargo de Técnico Judiciário - Área Administrativa”, escrita
por uma competente equipe de professores especialistas.
Trata-se de material didático exclusivo: completo, minucioso e atualizado. A apostila foi totalmente
estruturada de acordo com o Conteúdo Programático do Concurso divulgado no Edital e contempla
todas as disciplinas arroladas no aludido documento.
Cabe ressaltar que o Conteúdo Programático traz as seguintes disciplinas como requisitos: Língua
Portuguesa, Noções de Informática, Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais, Legislação e
Documentos Específicos (aqui, optou-se por agrupar o Regimento Interno do TRE/SP, o Código de Ética
do TRE/SP, o Estatuto da Pessoa com Deficiência e o Plano Estratégico do TRE/SP), Noções de Direito
Constitucional, Administrativo e Eleitoral.
O certo é que o candidato que se prepara com o material da Aprovare terá acesso ao melhor mate-
rial do mercado para o certame que se aproxima e pode confiar no seu conteúdo, pois foi elaborado de
acordo com a metodologia testada e aprovada em outros concursos públicos.
Trata-se, pois, de um material imprescindível para que o candidato possa ter um adequado roteiro
de estudos e uma preparação de qualidade para encarar a prova vindoura.
Dito isso, desejamos bons estudos a todos os candidatos a esta nobre carreira pública.
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SUMÁRIO
① LÍNGUA PORTUGUESA
② NOÇÕES DE INFORMÁTICA
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01 LÍNGUA PORTUGUESA
01 FONÉTICA
02 ORTOGRAFIA
03 MORFOLOGIA - ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
04 MORFOLOGIA - CLASSIFICAÇÃO E FLEXÃO DAS PALAVRAS
05 ANÁLISE SINTÁTICA
06 REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
07 CRASE
08 CONCORDÂNCIA
09 FUNÇÕES DO SE
10 FUNÇÕES DO QUE
11 PONTUAÇÃO
12 COLOCAÇÃO PRONOMINAL
13 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
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Língua Portuguesa
Não se deve confundir fonema com letra. O fonema a. crescentes: a semivogal vem antes da vogal,
está relacionado ao som produzido pelo ser humano como em história, bilíngue, quantidade.
no momento da fala, enquanto a letra é a forma como,
na escrita, é representado o som. As letras são, então, b. decrescentes: a vogal vem antes da semivogal,
o signo utilizado para representar graficamente os fo- como em pai, flauta, besouro.
nemas.
Atenção: a letra l, em fim de palavra, por ser pro-
O alfabeto da língua portuguesa apresenta as se- ferida com som de u, pode formar ditongos de-
guintes letras: crescentes fonéticos, perceptíveis na fala, mas
não na escrita. São exemplos desse fenômeno:
VOGAIS: a, e, i, o, u. funil (=funiu), feltro (feutro), soldado (=soudado).
CONSOANTES: b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, m, p, q, r, s,
t, v, w, x, y, z. c. orais: som passa pela cavidade bucal, com em
dói, pleito, Rui.
As letras em negrito (k, w, y) foram incorporadas
ao nosso vocabulário pelo Acordo Ortográfico de 1990, d. nasais: som passa pela cavidade nasal, como
que entrará em vigor definitivamente em 1o de janeiro em pães, muito (=mũito), tem (=tẽi).
de 2016. Até essa data, conviverão, no Brasil, as duas
ortografias oficiais: a de antes e a de depois do Acordo. Atenção: as semivogais dos ditongos nasais am e
em não aparecem na escrita. Trata-se, então, de
As palavras podem ter... ditongos fonéticos, pois são percebidos na fala,
mas não na escrita. São, dessa forma, ditongos:
... número de letras igual ao número de fonemas, também (tambẽi), cantaram (cantárão), morrem
como prato, casto, escola; (morrẽi).
... número de letras maior do que o número de
fonemas, como cachorro (caXoRo); e. abertos: céu, pai, alegrai, heróico.
... número de letras menor do que o número de
fonemas, como táxi (táCSi). f. fechados: açougue, foi, zeugma.
pai, afoita, mamão, aéreo. saída (sa-í-da), dia (di-a), leem (le-em), saúde
(saú-de), Luísa (Lu-í-sa).
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Na mesma sílaba: prato, oblongo, atrevido, bíceps, 1. Quantos encontros consonantais há na palavra
crente. entender?
Em sílabas diferentes: escolar, apto, asteroide, naf- A resposta é nenhum. Ao trocarmos as letras escritas
talina. pelos fonemas a elas correspondentes, veremos que a
pronúncia dessa palavra é ẽtẽder. Há, em entender, dois
Cuidado para não confundir encontros consonan- dígrafos vocálicos, mas nenhum encontro consonantal.
tais com dígrafos, que serão estudados na sequência!
Para evitar confusões, passemos à análise de alguns 4. Separam-se os dígrafos rr, ss, sc, sç e xc: ar-re
vocábulos: -pi-o, as-ses-sor, ex-ce-to, cres-ça.
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Língua Portuguesa
5. A consoante que não for seguida de vogal fi- Mas, e, o, a, um, de, com, por.
cará na sílaba anterior: tungstênio: tungs-tê-nio
(e não tun-gstê-nio); bíceps: bí-ceps (e não bí-ce-ps). Pronomes de uma só sílaba podem ser átonos ou
tônicos. Atenção especial deve ser dada aos pronomes
6. Consoante inicial que não é seguida de vo- pessoais oblíquos átonos e tônicos e ao seu uso. (Veja
gal não pode formar sílaba sozinha: mne-mô-ni- o capítulo dedicado aos pronomes pessoais, em mor-
-ca, pneu-má-ti-co, psi-co-se. fologia).
Céu, luz, mar, má, é, ser, mal, mau, bom, bem, sol, Ao erro de prosódia dá-se o nome de silabada.
dor, há. Existem também palavras que admitem duas pro-
núncias como corretas, entre as quais se encontram:
São monossílabos átonos (aqueles pronunciados
com baixa intensidade e que, por isso, não possuem proJÉtil e projeTIL; RÉptil e repTIL; saFÁri e safaRI;
autonomia fonética) preposições, conjunções e artigos ortoÉpia e ortoePIa.
de apenas uma sílaba:
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a. Ao se grafarem formas de verbos terminados em c. Nas formas verbais de QUERER, PÔR e seus de-
-UAR e -OAR: rivados: quiser, puser, depusesse, impuseram etc.
Magoar, entoar, abençoar: magoe (e não ma- a. Em substantivos abstratos terminados em -eza,
goi), entoe, abençoe. como limpeza, esperteza e riqueza.
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Língua Portuguesa
Exceção: caucho e derivados (como recauchuta- d. Escreve-se junto e com acento: PORQUÊ.
gem).
• Quando for substantivo.
Importante: palavras derivadas são grafadas com (Equivale a o motivo, a razão e, em geral, vem precedido
a mesma letra utilizada em sua respectiva palavra de determinante).
primitiva. Por isso:
Laranja: laranjeira, laranjal. O público precisa saber o porquê do cancelamento
do show. (= a razão).
Nojo: nojento, nojeira.
Casa: casarão, casebre.
Cruz: cruzeiro, cruzeirense. 2. Em vez de e ao invés de:
Vaso: extravasar. Em vez de: pode ser usado sempre que uma coisa for
substituir outra.
Ao invés de: só pode ser usado quando, além de haver
ALGUMAS DIFICULDADES ORTOGRÁFICAS uma substituição, houver, também, relação de contrarie-
dade.
1. O Porquê:
Em vez de ir de carro, foi de ônibus. (certo)
a. Escreve-se separado e sem acento: POR QUE.
Ao invés de ir de carro, foi de ônibus. (errado - não
há oposição)
• Quando é preposição por + pronome relativo que.
Em vez de vingar-se, perdoou-lhe as ofensas. (certo)
(equivale a pelo qual, pelos quais, pela qual ou pelas
quais). Ao invés de vingar-se, perdoou-lhe as ofensas. (cer-
to - há noção de oposição)
Com o passar do tempo, esqueceu-se da mulher por
que fora tão apaixonado. (= pela qual).
3. Mal e mau:
Não entendo os motivos por que deixou de estudar.
(= pelos quais). Mal: contrário de bem.
Por que você se atrasou ontem? (Por qual razão você Ela vive mal humorada. (# ela vive bem humorada).
se atrasou ontem?)
Você não disse por que se atrasou ontem. (Você não
4. A cerca de, acerca de e há cerca de:
disse por qual motivo se atrasou ontem.)
A cerca de: aproximadamente.
b. Escreve-se separado e com acento: POR QUÊ. Ex.: O político se dirigiu a cerca de quinhentos ma-
nifestantes.
• Quando é preposição por + pronome interrogativo
quê. Ex.: Minha casa fica a cerca de três quilômetros da-
qui.
(aparece no final de frases interrogativas diretas ou in-
diretas). Acerca de: a respeito de.
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Ex.: Pouco sabemos acerca da origem da vida. Mal posso esperar pelas férias de verão. (estação do
ano - substantivo).
Há cerca de: existir ou tempo passado + quanti-
Se eles forem mesmo ao Nordeste, verão as mais be-
dade aproximada.
las praias do Brasil. (verbo ver).
Ex.: Moro aqui há cerca de cinco anos. (há/faz apro-
ximadamente...).
Homônimos imperfeitos: não são totalmente idên-
Ex.: Há cerca de cinquenta participantes inscritos. ticos, e dividem-se em:
(há/existem aproximadamente...).
• Homônimos homógrafos: apresentam a mes-
ma grafia, mas diferem na pronúncia por causa
5. Afim e a fim (de): da abertura da vogal tônica.
Afim: significa afinidade. Sempre que corro, sinto muita sede. (ê - necessida-
de de ingerir líquido).
A fim de: significa finalidade.
Hoje foi inaugurada a nova sede da empresa. (é - lo-
Eu e meu sócio temos ideias afins. Por isso a empresa cal de funcionamento)
vai tão bem. (afinidade).
O almoço está servido. (ô - substantivo).
Eu e meu sócio investimos em publicidade a fim de
lucrar mais. (finalidade). Eu almoço fora três vezes por semana. (ó - verbo).
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Língua Portuguesa
Não são acentuados porque são átonos: e (conjun- ACORDO: o item B desta regra é uma novidade do
ção), mas (conjunção), de (preposição) etc. Acordo Ortográfico. Antes, as palavras citadas aci-
ma eram acentuadas (assembléia, heróico, jibóia,
2. Oxítonas: acentuam-se as oxítonas terminadas epopéia, protéico, onomatopéia, jóia etc). Com o
em -A, -E e -O, seguidas ou não de -S, em -EM e -ENS: advento da reforma, tais vocábulos perderam o
acento gráfico.
São acentuados: cajá, maré, cipó, jilós, também, reféns,
cortês, pontapé, robôs etc.
Não são acentuados: quati, isopor, andar, baiacu etc. 7. Hiatos EE e OO: não são mais acentuados. Antes
do Acordo, esses hiatos levavam acento circunflexo na
primeira vogal. Agora, eles não são mais acentuados.
3. Paroxítonas: acentuam-se as paroxítonas termi-
nadas em Como era antes Como é agora
• ã, ãs, ão, ãos, guam, guem: órfão(s), órfã(s), enxá- VÔO VOO
guam, enxáguem, bênção(s) etc. ENJÔO ENJOO
• i, is, ei, eis: pônei, túneis, táxi, lápis, biquínis etc. CRÊEM CREEM
LÊEM LEEM
• l, n, r, x, on, ons, ps: túnel, hífen, mártir, elétron,
VÊEM VÊEM
íons, quadríceps etc.
Atenção: não se acentuam as paroxítonas termi- Trata-se de mais uma mudança do acordo. Vejamos
nadas em -ENS: itens, jovens, imagens etc. De- o antes e o depois:
vem, todavia, ser acentuadas as paroxítonas ter-
minadas em -N. Logo, acentua-se hífen, mas não Como era antes Como é agora
se acentua hifens. BAIÚCA BAIUCA
BOIÚNO BOIUNO
4. Proparoxítonas: acentuam-se todas as proparo- CHEIÍNHO CHEIINHO
xítonas. FEIÚRA FEIURA
término, xícara, binóculo, esferográfica, aborígine, MAOÍSMO MAOISMO
receptáculo, pêssego, perdêssemos, andrógino etc.
Atenção:
5. Hiatos: acentuam-se o I e o U tônicos do hiato • Continuam acentuadas normalmen-
quando: te as vogais I e U tônicas precedidas de
ditongo crescente, como em guaíba.
• I ou U forem a segunda vogal do hiato;
• Nas palavras oxítonas, continuam acentuadas as
• Estiverem sozinhos na sílaba ou seguidos de S;
vogais tônicas I e U, ainda que estejam precedidas
• Estiverem seguidos de NH. de ditongo decrescente, quando estiverem no fim
da palavra, seguidas ou não de S, como em Piauí
São acentuados: saída, saúde, juízo, juíza, egoísta,
e tuiuiú(s).
Grajaú, Luís, reúne etc.
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Observação: nos verbos derivados de ter e vir, a 3a Eu averíguo, tu averíguas, ele averígua, nós averigua-
pessoa do singular receberá acento agudo e a 3a do mos, vós averiguais, eles averíguam.
plural, circunflexo. Veja os exemplos:
Em relação aos acentos diferenciais, o Acordo Or- Como era antes Como é agora
tográfico trouxe algumas novidades:
LINGÜIÇA LINGUIÇA
• Tornou FACULTATIVO o acento circunflexo em LINGÜETA LINGUETA
fôrma (substantivo - recipiente) para que se faça a
distinção de forma (substantivo - formato; conju- EQÜINO EQUINO
gação do verbo formar). Tal acento diferencial só BILÍNGÜE BILÍNGUE
deve ser usado para se evitar ambiguidade. AQÜÍFERO AQUÍFERO
• Eliminou os demais acentos diferenciais. Assim,
perderam o acento as palavras pára (verbo), péla Atenção: em palavras estrangeiras, bem como em
(verbo), pêlo (substantivo), pêra (substantivo), suas derivadas, o trema deve ser mantido. Assim,
pólo (substantivo) etc. escrevem-se Müller, mülleriano, Hübner, hübne-
riano.
OUTRAS MUDANÇAS NA ACENTUAÇÃO
GRÁFICA CAUSADOS PELO ACORDO DE 1990 HÍFEN
1. Verbos arguir e redarguir: não apresentam mais O uso do hífen é tema que oferece grande dificul-
acento quando a vogal U for tônica. A pronúncia, to- dade devido ao grande número de regras e, também,
davia, não se alterou. de incertezas que envolvem sua aplicação. É provável
que, por essa razão, a quantidade de questões sobre
Como era antes Como é agora hífen em provas de concursos não seja expressiva.
Eu ARGÚO Eu ARGUO
Para facilitar seu estudo, buscamos esquematizar,
Tu ARGÚIS Tu ARGUIS
de acordo com os ensinamentos de Evanildo Bechara
Que eu ARGÚA Que eu ARGUA (2008), representante brasileiro no Novo Acordo
Ortográfico, as principais normas de utilização deste
As formas verbais em que a vogal U não é tônica sinal.
não sofreram alteração, como nós arguímos, vós arguís
(sílaba tônica é I) e que nós arguamos (sílaba tônica A) e
que vós arguais (sílaba tônica AIS). 1. Nas formações com prefixos, USE O HÍFEN
quando o 1° elemento terminar em vogal igual à que
2. Verbos aguar, apaziguar, obliquar, delinquir e corre- inicia o 2° elemento, como em anti-inflamatório, auto
latos: podem ser pronunciados de duas maneiras. Ou -observação, contra-almirante, neo-ortodoxo, sobre-elevar,
apresentam formas rizotônicas (sílaba tônica está no ra- micro-ondas etc.
dical) ou arrizotônicas (sílaba tônica fora do radical). A
mudança aconteceu apenas para as formas rizotônicas. ATENÇÃO: com os prefixos CO, PRO, PRE e RE, NÃO
Nesse caso, a vogal tônica será U, mas não haverá mais use o HÍFEN e ESCREVA JUNTO, mesmo quando o
acento gráfico. A pronúncia permanecerá a mesma. segundo elemento se iniciar com E ou O: coobri-
gação, coordenar, cooperativa, preexistir, preesta-
Como era antes Como é agora belecer, preenchido, reedição, reedificar etc.
Eu AVERIGÚO Eu AVERIGUO
Tu AVERIGÚAS Tu AVERIGUAS 2. Nas formações com prefixos, NÃO use o HÍFEN
Que eu AVERIGÚE Que eu AVERIGUE se o 1° elemento terminar em vogal diferente da que
inicia o 2° elemento. Nesse caso, ESCREVA JUNTO,
É possível, também, conjugar esses verbos em for- como em antiaéreo, agroindustrial, autoajuda, autoescola,
mas arrizotônicas. Nesse caso, não houve mudança. infraestrutura, plurianual, pseudoepígrafe, socioeconômico
Exemplo (com sílabas tônicas em negrito): etc.
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3. Nas formações com prefixos, USE O HÍFEN se o Essa regra exige um cuidado especial. Muitas ve-
1° elemento terminar em consoante igual à que inicia o zes, o mesmo conjunto de palavras pode representar
2° elemento, como em ad-digital, hiper-requintado, inter ora uma espécie botânica ou zoológica, ora algo que
-racial, sub-braquial, super-revista etc. não o seja. Nesse caso, o hífen deverá ou não ser usado,
dependendo do significado. Alguns exemplos:
4. Quando o primeiro elemento for PÓS, PRÉ ou
PRÓ (acentuados graficamente), USE O HÍFEN, como O jardim estava infestado de boca-de-lobo. (espécie
em pós-graduação, pós-tônico, pré-datado, pré-história, pró de erva, com hífen).
-africano, etc. Estragou a moto porque caiu em uma boca de lobo.
(bueiro, sem hífen)
ATENÇÃO: se esses mesmo prefixos forem átonos
(sem acento gráfico), NÃO use o HÍFEN e ESCRE- Plantou bico-de-papagaio no sítio dela. (árvore).
VA JUNTO, ainda que se unam duas vogais iguais: Sobrepeso é uma das causas de bico de papagaio.
propor, proembrião, preeleito (também possível (problema de coluna).
pré-eleito), proeminente, posfácio etc.
EXCEÇÕES: cloridrato, cloridria, clorídrico, reidra- A morfologia e a parte da gramática que se dedica
tar, reumanizar, reabituar, reabitar, reabilitar, re- ao estudo da estrutura e das classes das palavras. É
aver etc. isso que veremos a partir de agora.
• Deve usar o hífen em adjetivos compostos, como b. Tema: é o conjunto que surge quando se acresce
rio-grandense, latino-americano, sem-vergonha etc. ao radical uma vogal temática.
• Não se usa o hífen em substantivos compostos A vogal temática é mais evidente nos verbos, e
cujas partes integrantes sejam conectadas por elemen- marca sua conjugação. São as seguintes:
tos de ligação, como dia a dia, pé de moleque, mula sem
cabeça etc. 1a conjugação: A (cantar, andar)
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quando forem átonas, finais e não indicarem gênero, • O tempo (presente, pretérito ou futuro, com
como em ataque, perda e canto substantivo abstrato suas respectivas variações)
relacionado ao verbo cantar).
Para maiores informações sobre as desinências ver-
Quando unimos radical + vogal temática, temos o bais, consultar o capítulo relativo ao estudo dos ver-
tema: bos. Por ora, façamos a análise da forma verbal amás-
semos, do verbo amar.
Cantar (CANT+A = CANTA)
AMAR:
Bater (BAT+E = BATE)
• Radical: AM
Partir (PART+I = PARTI)
• Vogal temática: A (1a conjugação)
c. Afixos: são elementos que modificam o sentido • Tema: AMA
do radical a que se unem. Se vierem antes do radical,
serão chamados prefixos. Se vierem depois, sufixos. AMÁSSEMOS
Antebraço (prefixo ANTE - ideia de anteriorida- • SSE: desinência modo temporal (indica que
de). o verbo está no tempo pretérito imperfeito do
modo subjuntivo).
Exportar (prefixo EX - ideia de movimento para
fora). • MOS: desinência número-pessoal (indica que
Boiada (sufixo ADA - ideia de quantidade gran- o verbo está na 1a pessoa do plural - NÓS).
de)
Secretário (sufixo ÁRIO - ideia de profissão) e. Vogais e consoantes de ligação: fonemas que,
em algumas palavras derivadas ou compostas, unem
Bronquite (sufixo ITE - ideia de inflamação) os elementos que as constituem para facilitar a pro-
núncia. Exemplos:
d. Desinências: as desinências se prestam a indicar cha-l-eira, rod-o-via, capin-z-al, giras-s-ol, inset-i-cida.
o gênero e o número dos nomes e o número, a pessoa,
o tempo e o modo dos verbos.
ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES
Desinências nominais (substantivos, adjetivos e
alguns pronomes): a. Palavras simples: palavras que possuem somen-
te um radical, como prato, habitante, infelicidade, terreno,
Desinências nominais de gênero terra, florido, gelo etc.
Masculino Feminino
b. Palavras compostas: palavras que possuem mais
O A
de um radical, como girassol, aguardente, bem-te-vi, pão-
Menino Menina -de-ló-de-mico, televisão etc.
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Composição por Justaposição: ocorre quando Derivação Regressiva: ocorre quando se substi-
se unem dois ou mais radicais ou palavras sem tui a terminação verbal pelas vogais temáticas
que haja perda de fonemas, como em passatem- nominais (A, E ou O).
po, girassol, mata-borrão, latino-americano etc.
Verbo Nome
Composição por Aglutinação: ocorre quando Ajudar Ajuda
se unem dois ou mais radicais ou palavras e
ocorre perda de fonema, como em aguardente Atacar Ataque
(água + ardente), fidalgo (filho+de+algo), embora Chorar Choro
(em+boa+hora), pernilongo (perna+longo) etc. Cantar Canto
Pescar Pesca
2. Derivação: ocorre quando se forma um novo vo-
cábulo a partir de um único radicou ou de uma única
palavra já existentes. A derivação pode se dar por pre- Derivação Imprópria: ocorre quando se muda
fixação, sufixação ou parassíntese. Existem também a a classe gramatical de uma palavra sem que se
derivação regressiva e a derivação imprópria. altere sua grafia. Só pode ser identificada dentro
de um contexo.
Derivação por Prefização: ocorre quando se adi-
ciona um prefixo a um radical ou a uma palavra “Sigam-me os bons” (Chapolin Colorado) - (bons,
primitiva, como em incapaz, refazer, desleal, pré originalmente um adjetivo, foi utilizado como subs-
-escolar, anti-inflamatório etc. tantivo).
O jantar está servido. (jantar, que é verbo, aqui fun-
Derivação por Sufixação: ocorre quando se adi- ciona como substantivo).
ciona um sufixo a um radical ou a uma palavra
primitiva, como em secretária, lealdade, rapida- Aquele bilionário sempre organiza festas monstro.
mente, criançada etc. (monstro, originalmente um substantivo, foi utiliza-
do como adjetivo).
Derivação Parassintética: ocorre quando se adi-
cionam, simultaneamente, um prefixo e um su-
fixo a um radical ou palavra primitiva. Vejamos: PROCESSOS SECUNDÁRIOS DE FORMAÇÃO
DE PALAVRAS
en+velho+ecer = envelhecer (não existem as palavras
“envelho” e nem “velhecer”. Logo, só se forma um 1. Redução: consiste na diminuição da forma ple-
novo vocábulo, neste caso, se forem utilizados, simul- na de certos vocábulos, como em foto (de fotografia),
taneamente, prefixo e sufixo). pneu (de pneumático), moto (de motocicleta), quilo
(de quilograma) etc.
des+alma+ado = desalmado (não há “desalma” e nem
“almado”).
2. Hibridismo: consiste na formação de palavras a
Observa a diferença entre os exemplos acima e o partir da combinação de elementos originários de lín-
caso abaixo: guas diferentes:
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d. Primitivos e derivados:
MORFOLOGIA - CLASSIFICAÇÃO E
04 São primitivos os substantivos que não derivam de
FLEXÃO DAS PALAVRAS outra palavra da língua portuguesa: vidro, casa, ferro
etc.
Existem dez classes de palavras, que são:
São derivados os que derivam de outra palavra: vi-
1. Substantivo draça, casebre, ferreiro etc.
2. Artigo
e. Substantivos coletivos:
3. Adjetivo
São coletivos os substantivos que, ainda que este-
4. Numeral jam no singular, referem-se a um conjunto de seres da
5. Pronome mesma espécie, como alcateia (de lobos), arquipélago (de
ilhas), caravana (de viajantes), enxame (de abelhas) etc.
6. Verbo
7. Advérbio FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
8. Preposição Os substantivos sofrem flexão de gênero, número
e grau.
9. Conjunção
10. Interjeição
Flexão de Gênero dos Substantivos:
Quanto à flexão de gênero, os substantivos podem
SUBSTANTIVOS ser biformes ou uniformes.
Substantivos são palavras que nomeiam seres, ca- Os substantivos biformes apresentam uma forma
racterísticas, sentimentos, ações e estados. para o masculino e outra para o feminino. Essa varia-
ção pode se dar:
São concretos os substantivos que designam os se- • por flexão: quando se utilizam as desinências
res de existência independente, como homem, mulher, nominais de gênero, como em menino/menina,
pessoa, cachorro, casa, barco, navio, animal, José, Ana etc. mestre/mestra, senhor/senhora etc.
São concretos também os substantivos que desig- Existem, todavia, substantivos uniformes, ou seja,
nam seres de existência fictícia, discutível ou que de- que não se flexionam. São os seguintes:
penda das crenças de cada pessoa, como gnomo, fada,
Deus, diabo, dragão etc. 1. Epicenos: designam certas espécies animais.
Utiliza-se “macho” ou “fêmea” para distinguir
São abstratos os substantivos que designam ações, o gênero: a cobra (macho ou fêmea), o jacaré (ma-
estados, sentimentos e qualidades, como beleza, malda- cho ou fêmea) etc.
de, limpeza, viagem, passeio, honestidade, resposta etc.
2. Comuns de dois gêneros: possuem uma só
forma para designar homens ou mulheres. A
b. Comuns e próprios: distinção de gênero se faz com o uso de um de-
São comuns os substantivos utilizados de manei- terminante: o pianista/ a pianista, artista famoso/
ra genérica, que não especificam um indivíduo, como artista famosa, colega charmoso/ colega charmosa
carro, filho, gente, bairro, país, cidade, planeta etc. etc.
São próprios os substantivos que fazem a designa- 3. Sobrecomuns: possuem uma só forma para
ção específica de um indivíduo, como Brasil, América, designar homens ou mulheres e não aceitam
Rafael, Florianópolis, Júpiter etc. que o determinante sofra variação de gênero.
Somente o contexto pode identificar o gênero
do substantivo. A criança, a pessoa, a testemunha
c. Simples e compostos:
(sempre femininos); o cônjuge, o guia (sempre
São simples os substantivos formados por um só masculinos).
radical: pé, flor, amor, sol etc.
Ela foi o cônjuge que pediu o divórcio.
São compostos os formados por mais de um radi-
cal: pé de moleque, beija-flor, amor-perfeito, girassol etc. Marcos é uma criança levada.
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Atenção: alguns substantivos mudam de sentido M Troca-se por NS Som - sons Refém -
quando têm seu gênero alterado. reféns
a testemunha (quem presencia um fato) x o teste- S (monossíla- Acréscimo de ES Gás - gases Deus -
munho (aquilo dito por alguém) bos e oxítonas) deuses Japonês - ja-
o cisma (dissidência) x a cisma (ideia fixa) poneses
o moral x a moral; o guia x a guia; o lente x a lente S (paroxítonas Invariáveis O atlas - os atlas A
e proparoxíto- íris - as íris
nas)
X Invariáveis O tórax - os tórax A
Flexão de Grau dos Substantivos:
fênix - as fênix
Aumentativo e diminutivo são os graus dos subs- ÃO (1) Acréscimo de S Irmão - irmãos An-
tantivos. A flexão de grau pode se dar de maneira ana- cião - anciãos
lítica ou sintética. ÃO (2) -ÕES Botão - botões Leão
- leões
1. Aumentativo e diminutivo analíticos: faz-se a ÃO (3) -ÃES Cão - cães Guardião
flexão determinando o substantivo com um ad- - guardiães
jetivo que indique aumento ou diminuição de
tamanho, como casa grande, rua imensa, palácio
Curiosidades:
enorme (aumentativos) e carro pequeno, planta
minúscula, cachorro pequenino (diminutivos). • As palavras paroxítonas réptil (plural: répteis) e
projétil (plural: projéteis) admitem as variantes oxítonas
2. Aumentativo e diminutivo sintéticos: faz-se a reptil (plural: reptis) e projetil (plural: projetis).
flexão de grau com a utilização de sufixos au-
mentativos ou diminutivos, como em barcaça, • Hífen tem dois plurais: hifens e hífenes.
muralha, bocarra, cabeçorra (aumentativos) e
• Algumas palavras terminadas em -ÃO admitem
riacho, casebre, carrinho, papelucho (diminuti-
mais de um plural.
vos).
o Aldeão: aldeões ou aldeãos.
Atenção para a semântica: nem sempre o aumen-
tativo ou diminutivo têm o sentido literal de au- o Ermitão: ermitões, ermitãos ou ermitães.
mentar ou diminuir o tamanho de um substantivo. o Verão: verões ou verãos.
Por vezes, eles podem ser usados para imprimir
o Vilão: vilões ou vilãos.
à fala um sentido em algumas vezes pejorativo e,
em outras, afetivo. Somente o contexto pode dei- o Refrão: refrãos ou refrães.
xar clara a intenção do locutor.
Não suporto homenzinhos mimados. (sentido pe-
jorativo) Plural dos substantivos compostos:
Em relação ao número, os substantivos podem es- a. Substantivo + substantivo unidos por hífen sem
tar no singular ou no plural. elemento de ligação:
• decreto-lei - decretos-leis.
Plural dos substantivos simples:
• abelha-rainha - abelhas-rainhas.
Terminação Plural Exemplo • tia-avó - tias-avós.
Vogal Ditongo Acrescenta-se S Regime - regimes
oral N ao singular Irmã - irmãs Pai - b. Substantivo + adjetivo:
pais Elétron - elé- • capitão-mor - capitães-mores.
trons
• carro-forte - carros-fortes.
RZ Acrescenta-se ES Colher - colheres
• guarda-civil - guardas-civis.
ao singular Noz - nozes
AL EL OL UL Troca-se o L final Varal - varais Túnel c. Adjetivo + substantivo:
por IS - túneis Lençol - len-
çóis Raul - Rauis • longa-metragem - longas-metragens.
IL Oxítonas - IS Pa- Barril - barris Fóssil - • má-língua - más-línguas.
roxítonas - EIS fósseis • livre-arbítrio - livres- arbítrios.
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ARTIGOS
d. Palavras repetidas:
O artigo é o principal determinante do substantivo,
• reco-reco - reco-recos. a ele transmitindo ideia de determinação ou indeter-
• corre-corre - corre-corres. minação.
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A síndrome do comer compulsivo... (comer, original- e. Variam os dois elementos de surdo-mudo: surda-
mente verbo, aqui é usado como substantivo). -muda, surdos-mudos, surdas-mudas.
O adjetivo pode sofrer flexões de gênero, grau e Flexão de Grau dos Adjetivos:
número.
Os adjetivos apresentam graus comparativo e su-
perlativo.
Flexão de Gênero dos Adjetivos Simples:
1. Grau comparativo:
a. Adjetivos uniformes: possuem uma só forma
para os dois gêneros, como azul, inteligente, leal, cruel, • de igualdade (tanto/tão... quanto/como/quão)
otimista, interessante, veloz etc.
o As provas do Cespe são tão complexas quanto
b. Adjetivos biformes: possuem duas formas, uma as da Esaf.
para cada gênero, como belo/bela, feio/feia, ativo/ativa, • de superioridade (mais (do) que)
brasileiro/brasileira, claro/clara, escuro/escura, rápido/rápi-
da etc. o As provas da Cesgranrio são mais fáceis (do)
que as da FCC.
A flexão de número dos adjetivos simples segue as o Os salários da iniciativa privada são menos in-
mesmas regras que a flexão de número dos substanti- teressantes do que os do funcionalismo público.
vos. Atenção: os adjetivos abaixo, no comparativo de
superioridade, devem ser usados na forma sintética:
Flexão de Gênero e Número dos Adjetivos Com-
postos Grau Comparativo Grau Comparativo
a. Regra Geral: nos adjetivos compostos, somente o normal normal
segundo elemento varia em gênero e número. BOM MELHOR PEQUENO MENOR
• pelo castanho-escuro; cabelos castanho-escuros. MAU PIOR GRANDE MAIOR
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o Ele não possui nada. É paupérrimo. (de pobre) Pessoa Pro- Pro- Pro-
o A prova estava dificílima. do dis- nomes nomes nomes
curso retos oblíquos oblíquos
o Você perdeu muito peso. Está macérrimo. (de átonos tônicos
magro). (sem pre- (com
posição) preposi-
ção)
b. Relativo: o superlativo relativo intensifica a ca-
racterística atribuída a um ser levando em conside- SINGU- 1ª EU Me Mim,
ração todos os demais seres do seu grupo. Pode ser LAR comigo
identificado pelo uso das expressões o mais/o menos. 2ª TU Te Ti, con-
tigo
• Relativo de superioridade: o mais 3ª ELE/ELA O, a, se, Si, consi-
lhe go, ele/
o A magistratura é a mais desejada das carreiras. ela
o Marcos é o aluno mais inteligente da sala.
PLURAL 1ª NÓS Nos Nós,
o Aquela foi a melhor viagem da minha vida. conosco
2ª VÓS Vos Vós, con-
• Relativo de inferioridade:
vosco
o Ele é o menos inteligente entre nós. 3ª ELES/ Os, as, Si, consi-
o Aquela ali é a cantora menos talentosa que co- ELAS se, lhes go, eles/
nheço. elas
Observação: de acordo com a norma padrão da lín- Os pronomes pessoais retos desempenham função
gua, o adjetivo não possui os graus diminutivo e au- subjetiva (sujeito verbal). Os pronomes pessoais oblí-
mentativo. Todavia, podem-se fazer essas flexões na quos, por sua vez, exercem função de complemento de
linguagem coloquial. Exemplos: outros termos (verbos ou nomes).
Comprou um carro grandão. (=muito grande, super- Os pronomes eu e tu são exclusivamente retos, ou
lativo). seja, não podem exercer função de complemento.
Gosto de beber água geladinha. (=muito gelada, su- Os pronomes ele/ela, nós, vós, eles/elas podem ser
perlativo). retos ou oblíquos, dependendo da função. Neste caso,
serão precedidos de preposição.
Locuções Adjetivas: é um conjunto de palavras que
tem a mesma função de um adjetivo. Forma-se a partir
da combinação de preposição + substantivo e, muitas Regras relativas ao uso dos pronomes pessoais:
vezes, pode ser substituída por um adjetivo simples.
1. Os pronomes oblíquos ME, TE, SE, NOS e VOS,
atitude de rei (=régia), dama da noite (=noturna), rodas quando complementam verbos, podem funcionar
de liga leve, torneira de água quente etc. como OBJETO DIRETO ou OBJETO INDIRETO.
Alguns alunos chegaram (pronome adjetivo indefi- 2. Os pronomes oblíquos LHE e LHES, quan-
nido). do complementam verbos, somente funcionam com
OBJETO INDIRETO.
Alguns chegaram. (pronome substantivo indefinido).
Se ele se desculpar, perdoar-lhe-emos todas as ofensas.
Os pronomes podem ser pessoais, possessivos, de-
monstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos. Disseram-lhe que tudo terminaria bem.
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O gerente a informou de todas as taxas devidas. cos MIM, TI, SI, NÓS e VÓS, originando comigo, con-
tigo, consigo, conosco e convosco.
Já que não os encontrei, fui sozinho ao cinema.
Encontrar-me-ei contigo amanhã.
Atenção:
Venha à festa conosco!
• após verbos terminados em R, S ou Z, esses
pronomes se transformam em LO, LA, LOS, Posso assistir ao filme convosco?
LAS (cortam-se o R, o S e o Z do final do verbo):
Atenção: devem-se usar as formas com nós e com
o Não quero incomodá-los. (incomodar + os). vós quando o pronome pessoal é reforçado por um nu-
o Em relação à aquela prova, fi-la com muita meral, por palavras do tipo mesmos, próprios, todos
tranquilidade. (fiz + a). etc. ou outras que, de certa forma, determinem esses
pronomes pessoais:
• após verbos que terminam em som nasal,
esses pronomes se transformam em NO, NA, • Ele se encontrará com nós alunos em sua sala.
NOS, NAS:
• Viajarei com vós três.
o A matéria da prova é o capítulo três. Estudem-
-no com cuidado. 9. Os pronomes EU e TU são exclusivamente retos.
Por isso, não podem ser utilizados regidos de preposi-
o A inscrição deve ser feita na página da Esaf.
ção. Use EU e TU quando os pronomes forem sujeitos
Acessem-na logo.
de uma ação; substitua-os por MIM e TI, respectiva-
mente, quando não forem.
4. Os pronomes oblíquos O, A, OS, AS, ME, TE,
Nunca houve nada entre mim e ti.
SE, NOS e VOS podem funcionar como SUJEITO DO
INFINITIVO. Isso ocorre em construções com os verbos: Trouxe um livro para mim.
• causativos: mandar, deixar, fazer + infinitivo Trouxe um livro para eu ler. (o pronome eu é sujeito
o Deixe-me ver, por favor. (= Deixe que eu de ler).
veja).
Para mim, estudar matemática é muito difícil. (para
• sensitivos: ver, ouvir, sentir + infinitivo mim complementa o adjetivo difícil).
o Eu a vi chegar há dez minutos. (= Eu vi que
ela chegava há dez minutos) Pronomes pessoais de tratamento:
Roubaram-me a carteira (roubaram minha carteira). Senhor (Sr.)/Senhora (Sra.): tratamento respeito-
so
Senhorita (Srta.): mulheres solteiras
6. Os pronomes oblíquos ME, TE, SE, NOS, VOS,
Vossa Senhoria (V.Sa.): pessoas de cerimônia,
LHE e LHES podem funcionar como complemento no-
funcionários graduados
minal. Isso ocorre quando eles complementam o sen-
tido de adjetivos, advérbios ou substantivos abstratos: Vossa Excelência (V. Exa.): altas autoridades
Vossa Reverendíssima (V. Revma.): sacerdotes
Tinha-lhe muito medo. (medo de algo/alguém).
Vossa Santidade (V.S.): Papa
Era-me impossível esquecê-la. (impossível a al-
Vossa Majestade (V.M.): reis e rainhas
guém).
Vossa Alteza (V.A.): príncipes, princesas e duques
7. Os pronomes SI e CONSIGO são sempre reflexi-
vos, ou seja, sempre se referem ao sujeito da oração em Observe que as formas com “Vossa” devem usadas
que se encontram. quando se fala diretamente com a pessoa (2ª pessoa).
Quando se fala a respeito de alguém (3ª) pessoa, deve-
Aquelas meninas trazem consigo as memórias de -se usar “Sua”.
uma infância difícil.
Vossa Alteza está bem? (pergunta feita diretamen-
Passou a tarde inteira falando de si. te ao príncipe/à princesa.)
Sua Alteza está bem? (pergunta feita a uma ter-
8. A preposição COM e os pronomes oblíquos tôni- ceira pessoa).
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Sempre que se utilizarem pronomes pessoais de ESSE(S) Refere- Refere- Refere- Retoma o
tratamento, ainda que escritos com VOSSA, os verbos -se o -se ao -se a algo elemento
e os demais pronomes que a ele se referem devem con- ESSA(S) que está passado que já foi interme-
cordar na 3ª pessoa do singular ou do plural, conforme próximo próximo: dito: ser diário,
o caso. ISSO
da 2a minhas aprova- quando
Vossa Excelência pode ficar tranquilo. Seus documen- pes- férias do em houver.
tos já foram enviados, conforme suas ordens anteriores. soa do acabaram primeiro estou em
discurso: ontem. lugar no dúvida
onde Nunca concurso: entre
você vou me esse é comprar
Pronomes Possessivos:
comprou esquecer o meu um carro,
Indicam uma relação de posse, concordando em esse desses maior uma
pessoa com o possuidor e em gênero e número com a relógio dias que desejo. bicicleta
coisa possuída. que está passei na ou uma
usando? Europa! moto.
Essa
Pessoa do Pronome Pessoa do Pronomes é, sem
discurso possessivo discurso possessivos dúvida, a
EU Meu, minha, NÓS Nosso, mais eco-
meus, nossa, lógica.
minhas nossos, (bicicleta)
nossas AQUELE(S) Refere- Refere- Veja NA Retoma o
TU Teu, tua, VÓS Vosso, -se ao -se ao ENUME- primeiro
AQUELA(S)
teus, tuas vossa, que está passado RAÇÃO elemento
vossos, AQUILO distante: remoto: da enu-
vossas como é naquela meração:
ELE/ELA Seu, sua, ELES/ELAS Seu, sua, bonita época, estou em
seus, suas seus, suas. aquela quando dúvida
casa do meus entre
outro pais ain- comprar
lado da da eram um carro,
Pronomes Demonstrativos:
rua. crianças, uma
Situam os seres sobre os quais se fala no espaço, no as cida- bicicleta
tempo, no texto e na enumeração. des eram ou uma
menos moto.
Os principais pronomes demonstrativos são: violen- Aquele,
este(s), esta(s); esse(s), essa(s); isto, isso; aquele(s), tas. sem dú-
aquela(s), aquilo. vida, é o
mais con-
Pronome Espaço Tempo Texto Enume- fortável.
ração (carro)
ESTE(S) Refere- Refere-se Refere- Retoma
Também podem ser pronomes demonstrativos:
-se ao ao tempo -se ao o último
ESTA(S) que está presente: que será elemento
próximo este será dito: meu da se- 1. O, A, OS, AS
ISTO
de quem o melhor maior quência:
• Eu não entendi o que o professor explicou. (= aquilo
fala: ano da desejo é estou em
que)
veja esta minha este: sem dúvida
blusa que vida! (o aprova- entre • Ela faleceu ano passado. Não o sabia? (= isso)
estou ano cor- do em comprar
usando! rente) primeiro um carro,
lugar no uma 2. Mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s):
concur- bicicleta quando equivalerem-se uns aos outros.
so. ou uma • Eu mesmo fiz o jantar. (= eu próprio fiz o jantar).
moto.
Esta, sem
dúvida, 3. Tal, tais, semelhante(s):
é a mais
• Tais atitudes são condenáveis.
ágil.
(moto) • É indelicado fazer semelhante comentário!
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• Será advérbio quando modificar um verbo, um 2. O pronome relativo QUEM somente pode re-
adjetivo ou um advérbio. Será invariável e equivalerá tomar pessoas: as pessoas em quem confio são poucas.
a “suficientemente”: tenho alguns amigos bastante inte- (quem = pessoas)
ligentes.
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ria das vezes, o verbo abundante apresenta va- As desinências verbais do presente do indicativo
riação no particípio. Exemplos: são as seguintes:
• Modo imperativo: exprime um pedido, uma or- Passo 01: 1ª pessoa - “o” (cant-, bat-, part-), para for-
dem, uma sugestão. mar a base.
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c. Formação do imperativo afirmativo: 2ª pessoa do ATENÇÃO: a base utilizada para formar os tempos
singular e 2ª pessoa do plural derivam diretamente do derivados do pretérito perfeito do indicativo é a 3ª
presente do indicativo, devendo der excluída a letra pessoa do plural (eles) menos a terminação RAM
S; as demais pessoas são idênticas ao presente do sub- (canta-, bate-, parti-).
juntivo.
a. Formação do pretérito mais-que-perfeito do in-
Presente do indi- Imperativo afir- Presente do sub- dicativo:
cativo mativo juntivo
Eu canto - Que eu cante Passo 01: obtenha a base (3ª plural -RAM).
Tu cantas Canta tu Que tu cantes Passo 02: acrescente a desinência RA (RE para a
Ele canta Cante você Que ele cante 2ª do plural - vós).
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cante-
As desinências do pretérito mais-que-perfeito são
mos
as seguintes:
Vós cantais Cantai vós Que vós canteis
Eles cantam Catem vocês Que eles cantem 1ª conjugação 2ª e 3ª conjuga-
ções
Bater: bate tu, bata você, batamos nós, batei vós, D e s i n ê n c i a RA/RE com pro- RA/RE com pro-
batam vocês. modo-tempo- núncia átona núncia átona
ral
Partir: parte tu, parta você, partamos nós, parti
vós, partam vocês. Singular Plural
1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª
Atenção para o verbo ser: sê tu (não use seja), seja Desinências - S - MOS IS M
você, sejamos nós, sede vós (não use sejais), se- número-pes-
jam vocês. soais
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Conjugação: Conjugação:
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• Eu olhei-me bem no espelho durante alguns mi- • Muitas pessoas morrem de câncer todos os anos.
nutos. (causa)
• Maria se cortou ao descascar a laranja. • Chegaremos à noite. (tempo)
A voz reflexiva pode, também, trazer a ideia de re- Palavras Denotativas:: são palavras (e, às vezes,
ciprocidade. Isso ocorre quando o sujeito é plural e, locuções) que a Nomenclatura Gramatical Brasileira
pelo significado da frase, pode-se entender que um (NGB) não classific como advérbios e que, na verdade,
elemento praticou a ação sobre o outro. não pertencem a nenhuma das dez classes gramaticais.
As principais são:
• Os manifestantes se agrediram durante o evento.
• As amigas, no momento da despedida, abraçaram- • de designação/indicação: eis.
-se.
o “Eis aqui chocolate, gato, chão...” (Adriana
Calcanhotto).
ADVÉRBIOS
• de exclusão: menos, sequer, fora, salvo, senão,
Advérbios são palavras invariáveis que modificam
sequer, exceto...
o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.
o Ninguém poderia fazer isso, exceto José.
Diz-se que o advérbio introduz uma circunstância
à oração. • de inclusão: inclusive, também, ainda, até,
ademais, além disso...
Veja um quadro com exemplos das principais cir-
cunstâncias introduzidas por advérbios: o Terminou nosso namoro por telefone e ainda
me acusou de tê-la traído.
Afirmação Dúvida Intensidade Lugar
• de limitação: só, apenas, somente...
Sim, cer- Talvez, qui- Muito, Abaixo,
tamente, çá, acaso, pouco, acima, ali, o Só uma aluna chegou na hora marcada.
deveras, porventura, assaz, bas- cá, lá, além,
• de retificação: aliás, ou melhor, isto é...
incontesta- provavel- tante, mais, aquém,
velmente, mente... menos, tão, atrás, fora, o Finalmente o cachorro do vizinho se calou, ou
realmente, demasiado, dentro, per- melhor, parou de latir.
efetivamen- meio, todo, to, longe,
te. comple- adiante,
tamente, diante onde, PREPOSIÇÕES
demasia- aonde, don- Preposições são palavras invariáveis que ligam
damente, de, detrás... dois termos entre si. Dividem-se entre essenciais e aci-
demais, dentais.
quanto...
Negação Modo Tempo Preposições essenciais (que são sempre preposi-
Não, tam- Bem, mal, assim, depres- Agora, já, ções): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, en-
pouco sa, devagar, alerta, como, hoje, ama- tre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
(com calmamente, livremente, nhã, depois,
sentido de alegremente, cuidado- ontem,
também samente (advérbios em anteontem, Preposições acidentais (palavras de outras classes
não). -MENTE no geral)... sempre, que podem funcionar como preposições): como, con-
nunca, ja- forme (=de acordo com), consoante, durante, median-
mais, ainda, te, segundo...
logo, antes,
cedo, tarde, Locuções Prepositivas: expressões que equivalem
então, bre- a uma preposição, como abaixo de, acerca de, acima de, a
ve, entre- despeito de, adiante de, a fim de, além de, antes de, a par de,
mentes... apesar de, atrás de, através de, de acordo com, debaixo de,
de cima de, defronte de, dentro de, diante de, em baixo de,
Locuções Adverbiais: são expressões que equiva- em cima de, em frente a, em frente de, em torno de, em vez
lem a advérbios e, com eles, se classificam. Veja alguns de, graças a, junto de, perto de, para com, por causa de, por
exemplos: detrás de, por entre ...
• Foi ao cinema com a namorada. (companhia) Por mais que se classifiquem como palavras vazias
de sentido, ao serem utilizadas, as preposições esta-
• Viemos de ônibus. (meio) belecem um valor semântico às ligações que realizam,
• Datilografou as cartas à máquina. (instrumento) como se pode ver:
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• assunto: Conversaram sobre estudos. Atenção: a conjunção “e” pode ter valor adversa-
• causa: Desmaiou de susto. tivo:
• companhia: Estou com ela. Fez mas malas e não viajou. (=mas).
Conjunções são palavras invariáveis que ligam ora- Corre como o vento.
ções ou palavras entre si.
As conjunções podem ser coordenativas (ligam 3. Concessivas - introduzem orações que trazem
orações que são sintaticamente independentes umas um fato que se admite em oposição a outro: ainda que,
das outras) ou subordinativas (introduzem orações embora, conquanto, mesmo que, por mais que, por
que exercem função sintática na principal). menos que, se bem que, em que pese, sem que (=em-
bora não), mesmo quando, ainda quando...
Para maiores informações, veja o capítulo Período
composto. Em que pese o respeito que temos por você, não aceita-
remos suas intromissões.
Conjunções Coordenativas:
4. Condicionais - iniciam orações que exprimem a
1. Aditivas - ligam orações estabelecendo ideia de
condição para que o que se afirma na oração principal
adição: e, nem, mas também, mas ainda, senão tam-
se verifique: se, caso, contanto que, desde que, salvo
bém, como também, bem como...
se, sem que (=se não), a não ser que, a menos que...
Chegou do trabalho e foi tomar banho.
Desde que se esforce, conseguirá ser aprovado.
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As orações apresentam, via de regra, sujeito e pre- 1. Verbo na 3ª pessoa do plural sem que o sujeito
dicado, mas podem, em casos de orações sem sujei- já tenha aparecido anteriormente.
to, apresentar somente o predicado. Veja os exemplos
Reclamaram da qualidade dos produtos.
abaixo. O núcleo do sujeito e o do predicado estarão
em negrito. Arranharam meu carro ontem.
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2. Verbo intransitivo, transitivo indireto ou de 4. Verbos PASSAR, SER e ESTAR, com referên-
ligação + SE na função de índice de indetermi- cia ao tempo.
nação do sujeito.
Olhei o relógio. Já passava das onze da noite.
Vive-se bem na Austrália.
Está tão frio hoje!
Precisa-se de balconistas com experiência.
ATENÇÃO: o verbo ser, apesar de impessoal, con-
Quando se é saudável, nada mais importa. corda com o numeral em frases do tipo:
3. Verbo no infinitivo impessoal. São cinco da manhã!
Vender barato é a chave do sucesso. Daqui a São Paulo são quinhentos quilômetros.
Era difícil sustentar uma família tão grande. Eram dez de agosto daquele ano...
o Eu me via cada vez mais preocupado com o fu- No ano passado, morreram milhares de recém-nas-
turo. cidos.
Sujeito Inexistente: em alguns casos, a oração é • Verbos transitivos diretos: necessitam de comple-
composta somente por predicado, ou seja, não possui mento sem preposição (objeto direto).
sujeito. Isso acontece nas seguintes situações:
Vendi o carro ontem.
1. Verbo HAVER (= existir, ocorrer): sempre fica Precisamos comprar mais roupas.
na 3ª pessoa do singular.
Ele fará tudo imediatamente.
Há tanta coisa errada neste lugar...
Houve um acidente na avenida principal. • Verbos transitivos indiretos: necessitam de com-
plemento com preposição (objeto indireto)
2. Verbos HAVER e FAZER (= tempo decorrido):
Milhões de pessoas assistiram àquele filme nos ci-
sempre ficam na 3ª do singular.
nemas.
Faz mais de dez anos que ele se foi.
Não gostei das suas atitudes.
Cheguei ao Brasil há vinte anos.
Antônio queria muito bem aos amigos.
3. Verbos que exprimem fenômenos da nature-
za: ficam sempre na 3ª do singular. • Verbos transitivos diretos e indiretos (ou bitran-
sitivos): apresentam objeto direto e objeto indireto, si-
Ventou muito ontem à noite. multaneamente.
Sempre chove no verão.
Perdoe as ofensas a seus inimigos.
ATENÇÃO: se usados no sentido, tais verbos dei- Ontem o chefe comunicou a todos a mudança na
xam de ser impessoais e passam a concordar nor- escala de serviço.
malmente com o sujeito:
Ofereça um café à visita!
Choviam pretendentes na horta daquela bela
moça.
• Verbos de ligação - para ser classificado como de
Acredito que amanhecerão dias de mais felicida- ligação, um verbo deve ligar o sujeito a um predicativo
de. e estar na lista abaixo:
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Ser, estar, permanecer, ficar, continuar, parecer, 2. Objeto indireto: completa verbos transitivos
tornar-se, virar (=tornar-se), andar (= estar), viver (= indiretos ou verbos bitransitivos. A preposição que o
estar). rege vem expressa (primeiro exemplo) ou implícita
(segundo exemplo):
Mário tornou-se uma pessoa amarga.
Muitas pessoas desobedecem às leis de trânsito.
Aquela menina vive triste.
Deu-lhe uma justificativa falsa.
O Brasil é, há tempos, o gigante adormecido.
a. objeto indireto pleonástico: aparece repetido,
TERMOS RELACIONADOS AO VERBO uma vez na forma nominal, outra na pronominal.
1. Objeto direto: completa verbos transitivos dire- Aos brigões, basta-lhes o prazer do conflito.
tos ou verbos bitransitivos e , via de regra, não é intro-
duzido por preposição.
3. Agente da passiva: indica quem pratica a ação
Obteve a aprovação dos mestres. expressa pelo verbo na voz passiva. É sempre introdu-
Havia um problema ali. zido por por, pelo, pela ou de.
Além da forma corriqueira, a exemplo dos perío- O artista foi vaiado pelo público.
dos acima, o objeto direto também pode ser:
Eu era conhecido de todos naquela pequena cidade.
a. pleonástico: ocorre quando se repete na es-
trutura da frase, aparecendo uma vez na forma
substantiva e, na outra, na forma pronominal: 4. Adjunto adverbial: acrescenta uma circunstân-
cia à oração. O adjunto adverbial modifica, em geral,
Este livro, já o li três vezes. o verbo, mas pode modificar também o adjetivo ou o
advérbio.
b. intrínseco: existe quando o objeto direto é da
mesma família que o verbo que complementa. A função de adjunto adverbial é exercida pelos ad-
Aparece, no geral, quando se usam verbos in- vérbios e pelas locuções adverbiais.
transitivos como se transitivos diretos fossem:
“Meus heróis morreram de overdose.” (Cazuza) -
Aquele político corrupto, ao ser condenado, chorou o Adjunto adverbial de causa.
choro da vergonha.
Venha hoje. - Adjunto adverbial de tempo.
c. preposicionado: assim se classifica o objeto di-
Observações:
reto que é introduzido por preposição não exigi-
da pelo verbo. Neste caso, o uso da preposição • Os adjuntos adverbiais classificam-se da mes-
se justifica por outras razões diversas da transi- ma forma que os advérbios e as locuções adver-
tividade verbal, como nos exemplos abaixo: biais.
• quando um pronome pessoal oblíquo tônico • Antes de adjuntos adverbiais de modo e de
exerce a função de objeto direto: tempo, a preposição pode ser omitida:
o Julgava a mim sem pensar nas consequências. o Olhos bem abertos, observava tudo (ou “de
• quando o pronome relativo quem exerce a olhos bem abertos...”)
função de objeto direto (vem precedido da pre- o Aquele dia, fui ao cinema. (ou “naquele
posição A): dia...”).
o Passou a vida seguindo aquele cantor a quem
idolatrava.
TERMOS RELACIONADOS AO NOME
• para evitar ambiguidade (confusão entre su-
jeito e objeto): 1. Adjunto adnominal: termo que acompanha
o Venceu o bem o mal. (Quem vence? Quem substantivos concretos ou abstratos, determinando-os.
perde? A única forma de ter certeza é com o Pode vir ou não introduzido por preposição.
uso do OD preposicionado). Aquele concurseiro comprou apostilas excelentes.
o Venceu o bem ao mal. (Fica claro que o “der- (“aquele” determina “concurseiro”; “excelen-
rotado” é o mal - OD preposicionado). tes” determina “apostilas”).
• para dar destaque ao complemento ou conce- A água do mar é salgada.
der-lhe um novo significado:
(“a” e “do mar” determinam “água”).
o Amar a Deus sobre todas as coisas.
o “Chegou a costureira, pegou do pano...” (Ma- 2. Complemento nominal: termo que completa o
chado de Assis) sentido de advérbios, adjetivos e de substantivos abs-
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tratos (nunca dos concretos). O complemento nominal Quando houver dúvida, procede-se à seguinte aná-
vem sempre regido de preposição. lise:
Como a juventude é muito valorizada, as pessoas vi- • Substantivo abstrato + preposição + termo
vem em constante batalha contra o tempo. com natureza ativa: adjunto adnominal.
Este filme é impróprio para menores. • Substantivo abstrato + preposição + termo
As Forças Armadas atuam na defesa da pátria. com natureza passiva: complemento nominal.
Exemplos:
3. Aposto: termo que explica, desenvolve, resume O cálculo das prestações estava incorreto.
ou especifica algum outro termo da oração. No geral,
vem isolado por vírgulas (por vezes, também se separa As prestações foram calculadas, ou seja, sofreram
por dois pontos ou travessões). a ação. Sendo assim, trata-se de um complemento no-
minal.
Eu só tenho um problema: falta de dinheiro.
O cálculo do aluno estava incorreto.
Estudante esforçado, passou em primeiro lugar.
O aluno calculou, ou seja, praticou a ação. Sendo
O homem mais rico do Brasil, isto é, Eike Batista, per- assim, trata-se de um adjunto adnominal.
deu muitos bilhões em 2012.
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São Paulo é a maior cidade do Brasil. tipo de período, conectam-se orações de mesma natu-
reza sintática, ou seja, uma não exerce função sintática
Eu continuo doente.
na outra. São orações independentes sintaticamente.
A ladra é aquela.
As orações coordenadas podem ser assindéticas ou
sindéticas.
3. Predicado verbo-nominal: possui dois núcleos -
um verbo e um nome. Constrói-se com verbos intran-
sitivos ou transitivos (VTD, VTI ou VTDI) + predicati- Orações Coordenadas Assindéticas: aparecem
vo do sujeito ou predicativo do objeto. uma ao lado da outra, mas não são ligadas por conjun-
ção. Exemplos:
Chegamos cansados.
“[Eu perco o chão], [eu não acho as palavras], [eu ando
As crianças assistiram ao filme empolgadas.
tão triste..].” (Adriana Calcanhotto).
Os pais chamaram a filha de Ana.
[Fui até o banco],[ paguei as contas]
O Brasil considerou desleais os ataques estrangei-
ros.
Orações Coordenadas Sindéticas: apresentam
ANÁLISE SINTÁTICA DO PERÍODO conjunção. As orações sindéticas podem ser de cinco
COMPOSTO tipos e, com se verá abaixo, são classificadas de acordo
com a conjunção que apresentam.
Atente-se para os seguintes conceitos:
1. Aditivas: transmitem a noção de sequência de
acontecimentos, de fatos, de pensamento. Ideia de adi-
a. Oração: enunciado construído em torno de um ção.
verbo ou locução verbal. Pode ou não apresentar sen-
tido completo. Principais conectores: e, nem, mas também, mas ainda,
senão também, como também, bem como.
b. Frase: enunciado com sentido completo. Pode ter Cheguei, abri a porta e entrei.
verbo (e ser, assim, uma oração) ou não. Se não tiver,
• Cheguei: oração coordenada assindética.
será uma frase nominal.
• Abri a porta: oração coordenada assindética.
c. Período: enunciado constituído por uma ou mais
• E entrei: oração coordenada sindética aditiva.
orações e que apresenta sentido completo. O período
pode ser: Não só estuda, mas também trabalha.
• Simples: constituído de apenas uma oração, Não posso e nem quero fazer isso.
que recebe o nome de oração absoluta.
O período é composto por coordenação quando Principais conectores: ou, ou...ou, ora...ora, já...já,
apresenta somente orações coordenadas entre si. Nesse quer...quer, etc.
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Venha logo ou perderá a novela. Não confunda a oração coordenada explicativa com
a oração subordinada adverbial causal. Esta introduz
• Venha logo: oração coordenada assindética.
o fato gerador do que se afirma na oração principal;
• Ou perderá a novela: oração coordenada sindética aquela traz uma justificativa ou uma evidência para o
alternativa. que é dito na oração com que se relaciona.
Ou você se empenha mais, ou perde o emprego! • Ele está doente porque tomou chuva ontem.
(Causal. Ter tomado chuva gera a doença).
Na construção civil, deve-se fazer um bom projeto ou
se correrá um risco alto. • Ele deve estar doente, porque não vai ao trabalho
há dias. (Explicativa. A ausência ao trabalho não é a
Ora faz frio, ora faz calor.
causa da doença, mas a evidência em que se baseia a
suposição do falante).
4. Conclusivas: expressam uma decorrência lógica,
uma conclusão do que se afirma na outra oração.
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO
Principais conectores: logo, portanto, então, por conse-
guinte, pois (posposto ao verbo), por isso. No período composto por subordinação, umas ora-
Ele é muito sábio: escuta, pois, seus conselhos. ções (subordinadas) funcionam como termos de ou-
tras (principais). Aquelas exercem funções sintáticas
• Ele é muito sábio:oração coordenada assindética. nestas.
• Escuta, pois, seus conselhos: oração coordenada Veja um exemplo:
sindética conclusiva.
Solicitei que me enviassem os documentos.
Trabalhou como nunca havia trabalhado antes, por
isso ganhou muito dinheiro. • Solicitei: oração principal.
Ele é um bandido, logo deve ir para a cadeia. • Que me enviassem os documentos: oração subordi-
nada substantiva objetiva direta (exerce a função de
5. Explicativas: introduzem uma explicação, um objeto direto da principal).
motivo para que se diga algo (aquilo que é dito na ou-
tra oração). As orações subordinadas podem ser de três tipos:
adjetivas, adverbiais e substantivas. A classificação de-
Principais conectores: que, porque, porquanto, pois pende da função que elas exercem na oração principal.
(anteposto ao verbo).
As orações subordinadas podem ser:
Escuta seus conselhos, pois ele é muito sábio.
• Escuta seus conselhos: oração coordenada assin- A. Adjetivas, que se subdividem em:
dética.
• Explicativas
• Pois ele é muito sábio: oração coordenada sindé-
tica explicativa. • Restritivas
Obs.: o uso do pronome “seus”, nas duas frases B. Adverbiais, que se subdividem em:
acima, não gera ambiguidade. Isso se deve ao fato
de o emissor dirigir-se ao receptor em 2ª pessoa, • Causais
tratando-o por “tu” (o verbo “escuta” é o impe- • Consecutivas
rativo de “escutar” na 2ª pessoa do singular - tu).
Logo, no caso, “seus conselhos” só pode se referir • Conformativas
à pessoa de quem se fala, ao sábio, e de forma • Concessivas
alguma ao receptor da mensagem.
• Comparativas
Não invente desculpas, que é muito pior. • Condicionais
Choveu, porque o chão está molhado. • Finais
Atente-se para o seguinte: • Temporais
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O frio era tanto que não saímos de casa. Tudo dará certo desde que você diga a verdade.
No último fim de semana estive ocupado, de sorte Os consumidores ficarão felizes caso a redução nas
que não fui à festa. tarifas de energia realmente aconteça.
Andei que meu pés doeram. (= andei tanto Se você quiser, envio-lhe minhas anotações.
que...)
7. Orações subordinadas adverbiais finais: indicam
3. Orações subordinadas adverbiais conformativas: a finalidade, o objetivo daquilo que e expresso na ora-
indicam que algo acontece em conformidade com o ção principal.
fato expresso na oração principal.
Principais conectores: para que, a fim de que, que (=
Principais conectores: como, conforme, segundo, con- para que).
soante.
Experimente para que possa avaliar.
Fez tudo como manda a lei.
O município criou programas sociais a fim de que
Segundo me disseram, o governador estará na ci- se reduzam os níveis de criminalidade.
dade amanhã.
O processo licitatório, conforme no informaram 8. Orações subordinadas adverbiais temporais: ex-
as autoridades, será finalizado em uma semana. pressam o momento em que ocorre o fato da oração
principal.
4. Orações subordinadas adverbiais concessivas:
Principais conectores: quando, enquanto, logo que,
introduzem um fato que é aceito, admitido, em oposi-
mal (= logo que), sempre que, assim que, desde que, antes
ção ao fato apresentado pela oração principal. É como que, depois que, até que, agora que, ao mesmo tempo que,
se fosse uma quebra de expectativa. toda vez que.
Principais conectores: embora, conquanto, que, ainda Mal entrei no banho, bateram à porta.
que, mesmo que, ainda quando, mesmo quando, posto que,
por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em Enquanto aguardo minha vez, leio um livro.
que pese... O turismo só vai melhorar em certas cidades quan-
do problemas de segurança pública forem re-
Por mais que eu quisesse, não me esquecia.
solvidos.
Não conquistou a simpatia dos presentes embora
fosse muito agradável.
9. Proporcionais: indicam proporcionalidade ente
Posto que chovesse, fomos todos nadar. os fatos enunciados.
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Pode me dar ordens quem paga meu salário. Orações reduzidas são aquelas que não possuem
conector e apresentam verbo em uma das formas no-
Ficou decidido que eu seria o novo síndico. minais (infinitivo, gerúndio ou particípio).
3. Orações subordinadas substantivas objetivas in- Alguns exemplos de orações reduzidas com suas
diretas: são objeto indireto do verbo da oração princi- classificações:
pal.
Entregarei a encomenda a quem estiver no lo- • Oração substantiva subjetiva reduzida de in-
cal. finitivo:
o Custou-me terminar a faculdade.
Todos insistiam em que as mudanças fossem re-
alizadas. • Oração substantiva objetiva direta reduzida
de infinitivo:
o Algumas pessoas sabem envelhecer bem.
4. Orações subordinadas substantivas predicati-
vas: funcionam como predicativo do sujeito da oração • Oração subordinada adverbial temporal:
principal. o Ao correr, use calçados apropriados.
Seu medo era que acontecesse algum acidente. • Oração subordinada adverbial temporal redu-
zida de infinitivo:
Mariana é quem mais estuda.
o Para passar logo no concurso, estudo várias ho-
Para mim, lar é onde a família está. ras por dia.
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o Afastou-se depressa, sumindo no horizonte. (= que o maltratam) são orações subordinadas ad-
e sumiu) jetivas restritivas. Elas são coordenadas entre si
e subordinadas a só tem amigos, que é a oração
principal do período.
c. Orações reduzidas de particípio:
[Quando eu saí de casa] e [peguei o táxi], [a chuva já
• Oração subordinada adjetiva reduzida de par- estava caindo].
ticípio:
• As orações quando eu saí de casa e peguei o
o O menino quebrou o carrinho comprado pelo
táxi (= quando peguei o táxi) são orações adver-
pai. (= que o pai comprou)
biais coordenadas entre si e subordinadas a a
• Oração subordinada adverbial temporal redu- chuva já estava caindo, que é a oração principal
zida de particípio: do período.
o Terminada a aula, os alunos deixaram o curso.
(= quando terminou) ORAÇÕES INTERFERENTES OU
INTERCALADAS
• Oração subordinada adverbial causal reduzi-
da de particípio: São orações que não fazem parte do período, mas a
o Muito envolvido com o trabalho, esqueceu-se ele são acrescentadas como um comentário, uma res-
do aniversário da esposa. (= porque estava muito salva, uma opinião, um esclarecimento ou, até mesmo,
envolvido) a indicação da fala de alguém.
Os exemplos acima não esgotam todos os tipos de Podem vir entre vírgulas, entre parêntesis ou entre
orações reduzidas existentes. travessões.
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2. São transitivos diretos os verbos namorar, pisar acompanha os nomes felicidade e dinheiro).
e implicar.
Observação: o verbo preferir pode ser usado
• O atraso na devolução dos livros implicará multa. como VTD: prefiro este carro.
• Cuidado para não pisar o cimento fresco.
8. Os verbos obedecer e desobedecer são transiti-
3. São transitivos indiretos os verbos simpati- vos indiretos e exigem a preposição (A).
zar e antipatizar. Esses verbos existem a preposição • Não desobedeça a seus pais.
(COM) e não são pronominais.
• O julgamento dos acusados de corrupção obedeceu
• Simpatizei-me com o grupo. (ERRADO) às normas processuais.
• Simpatizei com o grupo. (CERTO)
9. Os verbos esquece e lembrar podem ser usados
de três maneiras:
4.Os verbos informar, comunicar, cientificar, avi-
sar, notificar e outros de significação semelhante são, • VTD e não pronominal:
normalmente, bitransitivos, devendo apresentar um
OD e um OI. As preposições aceitas são (DE) ou (SO- o As pessoas esquecem a realidade.
BRE). o Lembrei a data da prova.
• Informou-lhe sobre os novos preços. (ERRADO -
dois objetivos indiretos). • VTI e pronominal (preposição DE):
• Informou-o os novos preços. (ERRADO - dois ob- o As pessoas se esquecem da realidade.
jetos diretos).
o Lembrei-me da data da prova.
• Informou-lhe os novos preços. (CERTO)
• Regência clássica: o verbo é VTI (preposição A)
• Informou-o dos (ou sobre os) novos preços. (CER-
e apresenta como sujeito o fato que é lembrado ou es-
TO).
quecido.
5. Os verbos pagar e perdoar são transitivos dire- o Esqueceram-me todos os problemas quando você
tos com pessoas e indiretos com coisas (preposição chegou.
A). Podem ser bitransitivos, desde que sigam a regra Sujeito: todos os problemas.
enunciada.
OI: me.
• Pagou a dívida. (VTD - coisa)
• Pagou ao credor. (VTI - pessoa) O sentido é equivalente a este: eu me esqueci de todos
os problemas quando você chegou.
• Pagou a dívida ao credor. (VTDI)
• Pagou-lhe a dívida. (LHE - OI; a dívida - OD)
10. Há diversos verbos que mudam de sentido
• Pagou-a ao credor.(A - OD; ao credor - OI) quando mudam de regência.
a. Aspirar
6. O verbo atender é preferencialmente transitivo
direto com pessoas e indireto com coisas Preposição • = desejar: VTI (prep. A)
A).
o Aspira a um cargo público há anos.
• Naquela loja atendem muito bem os clientes.
• = cheirar, sugar: VTD
• Naquela loja atendem muito bem aos pedidos dos
o É bom aspirar o ar puro do campo.
clientes.
b. Assistir
7. O verbo preferir é, normalmente, bitransitivo.
Seu objeto indireto exige deve ser introduzido pela • = morar: VI (prep. EM)
preposição (A). Não se deve usar expressões como
o Assisto em Belo Horizonte.
mais (do) que, menos (do) que, muito, pouco etc. para
intensificar a preferência. • = ver: VTI (prep. A)
• Prefiro mais estudar do que trabalhar.( ERRADO) o A população assiste às injustiças sociais.
• Prefiro estudar a trabalhar. (CERTO). • = prestar assistência: VTD
• Prefiro mais felicidade a mais dinheiro. (CERTO o Um bom advogado sabe como assistir os clien-
- nessa frase, o “mais” não intensifica o verbo. Ele tes.
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1. Diante de palavras masculinas: O réu deverá comparecer perante a juíza na semana que
vem.
A cozinha cheira a alho.
Todas essas casas velhas darão lugar a edifícios mo-
9. Antes de nomes próprios completos:
dernos.
Envie esta carta a Maria Clara dos Santos, por favor.
2. Diante de palavras femininas usadas em senti-
Observação: se o nome próprio for utilizado em
do geral, indeterminado:
trato íntimo, poderá haver crase. Isso ocorre por-
Não devemos dar confiança a pessoa suspeita. que o uso de artigo antes de nomes de pessoas
indica proximidade. O uso do nome completo, por
Note que, nessa frase, estamos falando de qual- sua vez, indica distanciamento, repelindo o artigo.
quer pessoa suspeita. O uso do acento grave não
acarretaria erro, mas implicaria mudança de senti- Entreguei o presente à Bárbara. (CORRETO - trato
do. Dizer não devemos dar confiança à pessoa sus- familiar)
peita faria com que o suspeito em questão fosse
Entreguei o presente a Bárbara. (CORRETO, mas
alguém conhecido, determinado, e não qualquer
sem denotação familiar)
pessoa do mundo que agisse de forma suspeita.
Entreguei o presente a Bárbara Coelho. (CORRE-
Não dê ouvidos a criança mimada. TO - com o nome completo, a crase não poderá
ocorrer).
3. Em locuções formadas com a repetição de pa-
lavras, como frente a frente, cara a cara, boca a boca, CASOS FACULTATIVOS DE CRASE
gota a gota etc:
1. Antes de pronomes possessivos femininos des-
Eles ficaram cara a cara para resolver o problema.
de que:
• O “A “ esteja no singular;
4. Diante de numerais, exceto em indicação de horas:
• O pronome esteja no singular;
Moro a três quarteirões daqui.
• Não haja palavra subentendida.
5. Diante de artigos indefinidos, pronomes pes- Fez menção a sua última conquista. (CERTO - fa-
soais, pronomes de tratamento, pronomes demons- cultativa)
trativos não iniciados pela letra A e da maioria dos
pronomes indefinidos: Fez menção à sua última conquista. (CERTO - fa-
cultativa)
Na hora do aperto, eles sempre recorrem a mim.
Fez menção a suas últimas conquistas. (CERTO -
Chegaram ao parque a uma hora tranquila. (uma proibida)
hora = hora qualquer, e não 1h).
Fez menção à conquista dele, não às minhas. (CER-
Faça sua pergunta que responderei a você. TO - obrigatória - palavra subentendida - “mi-
Nunca mais contarei segredos a essa pessoa. nhas conquistas”).
Observação: excetuam-se a essa regra os prono- Observação: isso ocorre porque, antes de prono-
mes de tratamento senhora e senhorita: mes possessivos, é facultativo o uso do artigo.
Sou muito agradecido à senhora!
2. Depois da preposição ATÉ
6. Diante de palavras no plural, se o A estiver no
Foi até a padaria.
singular.:
Foi até à padaria.
Sempre manda recados a amigas da faculdade.
Observação: isso ocorre porque, depois da prepo-
Observação: se o “a” for para o plural, ocorrerá sição ATÉ, é facultativo o uso da preposição A.
crase: sempre manda recados às amigas da facul-
dade.
CASOS ESPECIAIS DE CRASE
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• Topônimos neutros não admitem crase (Belo grave não é uma questão meramente gramatical, mas
Horizonte, São Paulo, Roma, Minas Gerais etc.) sim de semântica, ou seja, o uso depende daquilo que
se quer dizer. Os exemplos abaixo estão todos corre-
• Topônimos neutros especificados admitem crase. tos, mas possuem diferentes sentidos:
Voltou a Roma naquele Natal. (“Roma” é neutro - • Passou à noite com amigos.
sem crase)
o Passou por algum lugar com amigos e era noite.
Irei à São Paulo da garoa no próximo mês. (“São
Paulo” é neutro, mas está especificado por “da • Passou a noite com amigos.
garoa”). o Esteve com amigos durante o período noturno.
Tenho muita vontade de regressar à Bahia! (“Bahia” • Chegou à tarde.
é feminino - com crase).
o O sujeito (3ª do singular) chegou a algum lugar
Para saber se um topônimo é feminino ou neutro, e era tarde
use a seguinte fórmula:
• Chegou a tarde.
Vou a Belo Horizonte, volto de Belo Horizonte.
o Entardeceu.
(a - de: neutro)
Vou à Itália, volto da Itália. (à - da: feminino)
PARALELISMO SINTÁTICO
2 Diante das palavras terra, casa e distância. Trata-se da estruturação, de maneira idêntica,
de termos coordenados entre si. Veja:
• Sem especificador - sem crase:
• Prefiro português a matemática.
o Eu observo pássaros a distância.
o Não há artigo antes de português, então não
o Cheguei a casa por volta de duas da manhã.(=
deve haver antes de matemática. Assim, não há
residência)
crase.
o Os marinheiros voltara a terra (= chão)
• Prefiro o português à matemática.
• Com especificador - com crase:
o Como o artigo foi usado antes de português,
o Eu observei o pássaro à distância de dez metros. deve também ser usado antes de matemática.
Logo, há crase.
o Cheguei à casa de meus pais por volta das duas
da manhã.
o O astronauta acabou de regressar à Terra. (=
planeta Terra)
08 CONCORDÂNCIA
3. Com os pronomes relativos A QUAL e AS
QUAIS. As regras de concordância determinam que os ter-
Haverá crase quando o termo consequente da ora- mos relacionados entre si devem se combinar em suas
ção adjetiva exigir a preposição A. flexões.
• Aquelas são as pessoas às quais me referi ontem. Existem três tipos de concordância: lógica, atrativa
(Referi-se A algo/alguém). e ideológica (ou silepse).
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É a que se estabelece entre o verbo e o seu sujeito. a. Sujeito oracional: o verbo cujo sujeito é uma ora-
ção fica na 3ª do singular.
1. Concordância com o sujeito simples: o verbo É importante que você respeite os mais velhos.
concorda com o sujeito em número e pessoa.
b. Sujeito cujos núcleos sejam verbos no infinitivo:
Vós fostes convocados para depor. se os infinitivos vierem determinados por artigo, o
Eu não sabia nada sobre o assunto. verbo vai para o plural; se não vierem, o verbo pode ir
para o plural ou ficar no singular.
O país pôde representar bem seus interesses durante
as negociações. Medir e avaliar é tarefa importante ou medir e avaliar
Problemas existem. são tarefas...
O medir e o avaliar são tarefas importantes. (só plu-
ral)
2. Concordância com o sujeito composto:
• A regra geral é que o verbo concorde com a soma c. Enumeração + pronome resumidor (tudo, nada,
dos núcleos (vai para o plural). ninguém etc): verbo concorda com o pronome.
o Esperança, fé e perseverança eram seus maiores Dinheiro, joias, mansões, carros, nada o satisfazia.
trunfos.
o Alunos e diretores reuniram-se durante horas. d. Núcleos do sujeito unidos por OU:
o Não existiam cama e mesa naquela casa velha. • Se a ação puder ser praticada pelos dois núcleos:
concorda com ambos:
o Não existia cama e mesa naquela casa velha.
o Só você ou seu sócio podem me ajudar.
o Chegaram cedo os meninos e sua mãe. (Aqui,
como o núcleo mais próximo do verbo está no
plural - os meninos - seja a concordância lógica, e. Núcleos unidos por COM: quando se quer dar
seja atrativa, o verbo ficará no plural). ênfase ao primeiro termo, concorda-se somente com
ele; quando se quer dar a mesma importância aos dois
termos, concorda-se com ambos.
• Se os núcleos do sujeito forem sinônimos ou for-
Eu com meus irmãos preparei o jantar.
marem uma gradação, o verbo poderá ficar no plural
ou no singular. Eu com meus irmãos preparamos o jantar.
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h. Um e outro; nem um nem outro: verbo fica, pre- nome de tratamento, os verbos e demais pronomes
ferencialmente, no plural. utilizados ficam na 3ª pessoa do singular ou do plural,
conforme o caso:
Um e outro candidato deixaram o prédio tão logo o
período de sigilo das provas acabou. Vossa Alteza governa com sabedoria.
Vossas Excelências querem que mandemos entregar
i. Um ou outro: verbo concorda no singular. os documentos em suas casas?
Somente um ou outro sortudo passa no concurso
sem estudar muito. p. Substantivos próprios no plural (Estados Unidos,
Andes, Campinas, Minas Gerais etc.): se o nome vier
precedido de artigo, o verbo vai para o plural. Se não,
j. Um dos que/uma das que: verbo faz concordância fica no singular.
lógica ou atrativa.
Minas Gerais é um estado brasileiro.
Aquela mulher foi uma das que tomou/tomaram posse
na Justiça Federal na semana passada. As Minas Gerais têm uma rica história.
o Alguns de vós devem/deveis procurar ajuda. Quando você chegou, nós já havíamos jogado ba-
ralho.
n. Pronome relativo QUEM na função de sujeito: o A causa dos problemas eram os maus hábitos.
verbo concorda com o referente do pronome QUEM
ou fica na 3ª pessoa do singular. • Quando o sujeito for expressão partitiva e o pre-
dicativo estiver no plural:
Fomos nós quem testemunhamos a seu favor.
o Grande parte são bons alunos.
Fomos nós quem testemunhou a seu favor.
• Se o sujeito não for pronome pessoal reto, quando
o. Pronomes de tratamento: quando o sujeito é pro- o predicativo for substantivo ou pronome pessoal.
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• Em locuções do tipo é muito, é suficiente, é pou- o POSPOSTO: pode concordar com o conjunto
co, é mais (do) que, é menos (do) que etc. quando o (masculino plural) ou com o mais próximo:
sujeito indica preço, medida, quantidade etc.
Carro e casa caros/cara.
o Cinco reais é bastante para comprar pão.
Sapato e camisas bonitos/bonitas.
s. Verbos bater, soar e dar: concordam com o nu-
o ANTEPOSTO: concorda com o substantivo mais
meral.
proximo:
Bateram dez horas.
Antigos pratos e xícaras estavam expostos no anti-
quário.
t. Verbo parecer: quando se usa o verbo parecer +
infinitivo, pode-se escolher entre flexionar o parecer Antigas xícaras e pratos estavam expostos no anti-
ou o infinitivo. quário.
As medidas adotadas pelo governo pareciam surtir • Quando dois adjetivos referem-se a um só subs-
efeitos. tantivo, há duas opções de construção:
As medidas adotadas pelo governo parecia surti-
o Ele fala as línguas alemã e italiana.
rem efeitos.
o Ele fala a língua alemã e a italiana.
u. Concordância com numerais:
Atenção: em casos como ganhei de presente car-
• Numerais fracionários + determinante: verbo teira e bolo saboroso, o adjetivo não poderá con-
concorda com o numeral ou com o determinante. cordar com os dois substantivos sob pena de se
prejudicar o sentido da frase.
o 1/3 dos presentes ficou até o fim do show. (con-
corda com 1 - numerador)
o 1/3 dos presentes ficaram até o fim do show 2. Adjetivo na função de predicativo do sujeito:
(concorda com presentes). • O predicativo concorda em gênero e número
Se houver determinante antes do numeral, o verbo com o sujeito simples.
deve concordar com o determinante: o O país está pronto, o crescimento será grande.
o Aquele 1/3 dos presentes que ficou até o fim do • Se o sujeito for composto e o predicativo esti-
show gostava muito da cantora. ver posposto a ele, a concordância deverá se dar
com o conjunto.
• Numerais percentuais + determinante: de acordo
com a posição dominante, pode haver concordância o Investimento em educação e combate à corrup-
lógica (com o numeral) ou atrativa (com o determi- ção são necessários.
nante). O professor Pasquale, todavia, considera que, • Se o sujeito for composto e o predicativo esti-
independentemente do numeral, somente deve haver ver anteposto a ele, poderá haver concordância
concordância com o determinante. Esse posiciona- lógica ou ideológica.
mento já apareceu em provas, então cabe ao candidato
fica alerta. o Estava vazia a rua e o bairro.
o Estavam vazios a rua e o bairro.
o Naquela cidade, 50% da população possui/
possuem armas. • As locuções estereotipadas é bom, é mau, é
preciso, é necessário, é proibido etc., quando
CONCORDÂNCIA NOMINAL funcionam como predicativo de sujeitos não de-
terminados (por artigos, adjetivos, pronomes),
A concordância nominal é a que se estabelece entre ficam no masculino singular.
os substantivos e seus determinantes (artigos, prono- o Entrada é proibido.
mes e adjetivos).
o A entrada é proibida.
1. Adjetivo na função de ajunto adnominal: o Fibras às refeiões não é mau.
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• O sujeito pratica e sofre, simultaneamente, a ação • As declarações [que a presidente fez em rede nacio-
expressa pelo verbo. nal] irritaram a oposição.
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o Na minha cidade natal, as pessoas são muito Fez as malas, e não viajou.
acolhedoras.
• Para separar orações adverbiais que venham an-
o As pessoas, na minha cidade natal, são muito tes da principal. Se a oração adverbial vier no final do
acolhedoras. período, a vírgula será facultativa.
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o Para que consiga um bom desconto na compra, terá o Impaciente, ele disse, afoito: -- Conte logo o que
de pagar à vista. aconteceu!
• Para isolar conjunções deslocadas (que não este- • Para desenvolver ou explicar melhor certas afir-
jam no início da oração). mações.
o Muito foi feito para frear o aumento da criminali- o Maria é assim mesmo: sempre está disposta a aju-
dade naquela cidade; não houve, todavia, resultados. dar os amigos.
• Usa-se o ponto e vírgula para separar orações co- • Para introduz falas de personagens em um diálo-
ordenadas de certa extensão ou que já tenham vírgulas go ou a mudança de interlocutor.
em seu interior. o -- Você está bem?
o Um grupo de cinéfilos procurou durante meses por -- Sim, e você?
filmes raros em todo o Brasil; suas pesquisas, todavia,
deram pouquíssimo resultado. • Para separar termos explicativos.
• Para separar elementos de enumerações que já o Fluência em um idioma estrangeiro - diga-se nova-
possuam vírgulas. mente - é essencial atualmente.
o São ícones da televisão brasileira Señor Abravanel, • Para separar palavras ou expressões que se deseja
alcunhado de Sílvio Santos, dono do SBT; Hebe Ca- destacar.
margo, apresentadora, apelidada de grande dama da
TV brasileira... o Caía uma chuva forte - uma tempestade - e era im-
possível não se molhar, mesmo usando sombrinha.
• Para separar itens de artigos de leis, regulamen-
tos e normas em geral. Observação: é comum que o travessão substitua
os parênteses, a vírgula e os dois-pontos.
o Aqui estão os pontos que abordaremos: corte de pes- USO DOS PARÊNTESES
soal, controle de gastos com material, economia de
energia elétrica. • Para separar explicações ou comentários.
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• Para incluir informações adicionais, como dados • O pronome oblíquo não pode vir depois de ver-
sobre a autoria de uma obra. bos que estejam nos futuros do indicativo (do presente
ou do pretérito).
o “Penso, logo existo.” (Descartes)
o Compraria-te um presente, se pudesse.
o Comprar-te-ia um presente, se pudesse.
USO DAS RETICÊNCIAS
o Eu devolverei-te o livro que está comigo amanhã
• Para indicar a interrupção da fala ou do pensa-
o Eu te devolverei o livro que está comigo amanhã.
mento de uma personagem.
o “-- Mas essa cruz, observei eu, não me disseste que • O pronome oblíquo átono não pode vir em êncli-
era teu pai que...” (Machado de Assis) se com verbos no particípio.
• Para substituir a vírgula em um vocativo enfático. Nenhuma opção nos parecia boa.
Não o chamarei.
o “Maria! Venha até aqui!”
Ninguém vos incomodará.
• Para marcar o final de enunciados exclamativos
Observação: se o verbo estiver no infinitivo não
em geral.
flexionado, a colocação será facultativa (próclise
o Ai! Pisei um prego! ou ênclise) ainda que haja palavra negativa na
oração.
USO DO PONTO DE INTERROGAÇÃO Terei cuidado para não desapontá-lo. (ou para não o
desapontar).
• Para marcar o final de frases interrogativas dire-
tas.
b. Pronomes relativos.
o Onde fica o Palácio do Planalto? Aquela é a mulher com quem te envolveste?
c. Conjunções subordinativas.
12 COLOCAÇÃO PRONOMINAL Ela não comprou as roupas, embora lhe tenham
servido perfeitamente.
As regras de colocação pronominal afetam o posi-
cionamento de pronomes oblíquos átonos: o, a, os, as, d. Advérbios curtos não seguidos de vírgula: sem-
me, te, se, nos, vos, lhe, lhes. pre, já, bem, mais, onde, ainda etc.
Existem três posições possíveis para esses prono- Ainda se arrepende do que fez?
mes: próclise (antes do verbo), mesóclise (no meio do
verbo) e ênclise (depois do verbo).
Observação: se houver vírgula (pausa) depois do
Veremos agora as regras de colocação pronominal, advérbio, ou então se ele estiver distante do ver-
a começar por estes casos proibidos: bo, a preferência será da ênclise
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f. Conjunções alternativas: ora...ora, quer... quer, ou... 4. Com os pronomes o, os, a, as, quando o verbo é
ou. infinitivo impessoal precedido da preposição A.
Aquele rapaz ora se diverte, ora se empenha nos es- Começou a ofendê-la.
tudos.
Observação: caso haja duas palavras atrativas, o
pronome pode ficar entre elas: Eu é que me não
2. Em orações optativas (que exprimem desejo) engano novamente!
com sujeito anteposto ao verbo.
Deus te abençoe!
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NOS TEMPOS
COMPOSTOS
3. Em orações exclamativas.
Como lhes custa acordar cedo! Tempos compostos são formados por ter/haver
(verbos auxiliares) + particípio (verbo principal).
4. Em orações interrogativas que se iniciem por Em casos de tempos compostos, o pronome átono
advérbios ou pronomes interrogativos. deverá fazer ênclise ou próclise com o verbo auxiliar,
de acordo com as regras vistas, mas não poderá se jun-
Quem me procurou? tar ao verbo principal.
Quando for possível escolher entre próclise e me- • Ênclise ao verbo principal:
sóclise, aquela deve prevalecer, pois esta é considera-
o O policial veio interrogar-me.
da um recurso literário e já arcaico.
o O policial estava interrogando-me.
• Contar-te-ia tudo, mas me proibiram de fazê-lo.
• Contentar-nos-emos com um pouco de água. • Próclise ao verbo auxiliar, quando ocorre algu-
ma das condições estudadas que a justifique.
CASOS DE ÊNCLISE o Não se pode mensurar o prejuízo que as chuvas
causaram.
1. Nos períodos que se iniciem com verbos (exceto o Se tu fosses meu amigo, não me ficaria desejan-
aqueles nos futuros do indicativo). do mal.
Diga-me uma coisa: sabe qual o número de telefone
da faculdade?
• Ênclise ao verbo auxiliar, quando não ocorre
Beijando-a no rosto, finalizou a noite. condição que justifique a próclise.
o Venham-me encontrar às dez horas.
2. Com gerúndio que não seja precedido de “em”
o As pessoas seguiam-se esquecendo dos males do
ou de palavra atrativa.
passado.
E ele, tomando-lhe as mãos, pediu-a em casamento.
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O português do Brasil admite, também, que o pro- Elas, em muitos casos, visam somente a verificar as
nome átono fique em próclise ao verbo principal nas habilidades de leitura e compreensão do leitor e não
locuções verbais. Teríamos, então, em alguns casos, cobram conhecimentos teóricos acerca do processo de
quatro opções de colocação: construção textual. Quando isso acontece, cabe ao can-
didato ter muita atenção ao ler as alternativas e elimi-
Eu me devo calar; eu devo-me calar; eu devo me calar; nar as que incorram em um dos seguintes erros:
eu devo calar-me.
• Extrapolar: chegar a conclusões que ultrapas-
sam os limites do texto. Ampliar as informações
nele contidas sem nenhum suporte no conteúdo
13 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
• Restringir: limitar informações contidas no
texto. Chegar a conclusões que diminuam o al-
Para que possa fazer uma boa prova de interpreta-
cance do que está escrito.
ção de textos em um concurso, o candidato deve estar
habituado à leitura no cotidiano. Quanto mais se lê,
• Contradizer: concluir o contrário do que o tex-
mais se desenvolvem habilidades de intelecção textu-
to permite.
al.
Quem torna a leitura um hábito adquire maior am- • Não abordar o tema: chegar a uma conclusão
plitude de vocabulário, acostuma-se a diferentes esti- que em nada se relaciona ao tema do texto. Cos-
los de escrita e deixa aguçadas a habilidades de com- tuma ser o erro mais fácil de se identificar.
preensão das relações lógicas entre orações, períodos
e parágrafos. Todavia, em algumas situações, a prova exige certo
conhecimento de teorias relacionadas à comunicação e
Ao fazer a prova de interpretação, devemos seguir à linguagem, e é isso que passaremos a ver agora.
alguns passos, dar atenção a detalhes que, às vezes,
são ignorados nas leituras do dia a dia.
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
• Nunca faça somente uma leitura. O ideal é
que se leia o texto uma vez, de maneira breve, Os elementos da comunicação e as funções da lin-
para identificar qual é o tema e, depois, que se guagem foram identificados pelo linguista Jakobson.
realize outra leitura, mais cuidadosa, destacan- Conheça-os abaixo.
do-se os articuladores que conectam diferentes
1. Emissor: envia a mensagem.
passagens do texto;
2. Receptor: destinatário da mensagem.
• Relacione o conteúdo ao título; 3. Referente: contexto abordado pela comunica-
ção.
• Identifique qual a intenção do autor: expor
um tópico (informar), expressar sua opinião, 4. Código: sistema utilizado para transmissão
defender um ponto de vista etc.; da mensagem (palavras escritas, palavras fala-
das, imagens, sons etc.)
• Atente-se para os recursos utilizados, como 5. Canal: meio físico utilizado para realizar a co-
dados estatísticos, argumentos de autoridade, municação.
verbos no imperativo, análise de problemas etc.; 6. Mensagem: assunto, conteúdo da comunica-
ção.
• Identifique qual é o leitor ideal, o público-alvo
que o autor pretende atingir (estudantes, traba- Quando há desejo ou necessidade de se estabelecer
lhadores, jovens, idosos, homens, mulheres etc.) comunicação, uma pessoa (emissor), que deseja infor-
e como este se relaciona com aquele (se autor dá mar a alguém (receptor) algum fato (referente), trans-
um tom de proximidade ou de distanciamento forma esse referente em uma mensagem, utilizando-se
em relação ao leitor); de um conjunto de signos (código) comum a ambas as
partes. Diz-se, então, que o emissor codifica a mensa-
gem e a envia ao receptor, que deve decodificá-la para
• Identifique a tipologia textual dominante (dis-
compreendê-la. O envio se dá por algum meio capaz
sertação, narração, descrição), o gênero textual
de fazer a mensagem sair de um ponto e chegar a ou-
(artigo de opinião, conto, poema...) e o suporte,
tro (canal), que pode ser a comunicação oral ou escrita
ou seja, o veículo de publicação (revista, livro, site
(uma carta, por exemplo).
da internet...). Lembre-se de checar, junto às re-
ferências, a data de publicação original do texto. A linguagem usada para se transmitir uma men-
sagem pode assumir várias formas. Quando é verbal,
Depois de ler o texto duas vezes (ou mais, se o can- utiliza palavras. Pode ser verbal oral, quando as pala-
didato julgar necessário), é hora de passar às questões. vras são faladas, ou verbal escrita. Pode, ainda, utilizar
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imagens, cores, sons, símbolos, como se vê em pintu- va buscam transmitir a opinião do autor a respeito de
ras, semáforos, sinais sonoros de guardas de trânsito e um fato, de uma obra, de um evento, ou seja, de um re-
placas das mais variadas, respectivamente. A lingua- ferente. A opinião autoral é mais importante do que o
gem pode, até mesmo, se mista, o que ocorre quando contexto da mensagem. No geral, os textos emotivos são
se misturam ao menos dois dos tipos descritos neste escritos em 1ª pessoa, mas isso não é regra. Outras carac-
parágrafo. Isso acontece, frequentemente, em charges terísticas existentes são o uso de adjetivos e o uso de ad-
e tirinhas de quadrinhos como esta, em que há ima- vérbios com carga semântica (como os de intensidade).
gens e linguagem verbal:
Veja o trecho de uma crítica do filme A viagem
(2012), escrita por Pablo Villaça e disponível no site
www.cinemaemcena.com.br:
“Claro que, analisadas individualmente, as historinhas
contadas pelos três diretores soam muitas vezes tolas e des-
cartáveis, mas a virtude de A Viagem reside justamente em
encontrar a relevância necessária ao combiná-las em uma
narrativa maior. Assim, se as escapadas de um grupo de ve-
lhinhos em 2012 representa uma bobagem, vê-las associadas
(Disponível em: http://extravirgem.com/tag/calvin à conspiração de uma empresa petrolífera na década de 70 e à
-e-haroldo/) distopia massacrante do século 22 traz uma nova luz a tudo
ao estabelecer um padrão que nos apresenta a indivíduos lu-
tando pela liberdade contra um sistema opressivo e cruel.”
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
As funções da linguagem dizem respeito às pos- 3. Função conativa/apelativa (tem enfoque no re-
síveis intenções de um emissor ao produzir um texto ceptor): a função conativa se revela quando o texto,
(por “texto”, entenda-se qualquer forma de se trans- de algum modo, tenta influenciar o receptor, fazê-lo
mitir uma mensagem, seja um filme, um discurso, um agir conforme intenção do emissor. É muito comum
poema, uma música, um outdoor, e não somente um identificar a função apelativa em textos publicitários,
conjunto de palavras escritas). desde aqueles que visam a vender produtos àqueles
que tentam angariar doações para causas filantrópicas
É possível que um único texto apresente mais de (como os do Teleton, que usam imagens dos tratamen-
uma função, mas sempre uma predominará. Para de- tos bem sucedidos fornecidos a diversas pessoas para
terminar a função predominante, é preciso identificar incentivar os espectadores a doar).
qual dos elementos estudados no tópico acima é prio-
rizado. Vejamos as funções e os elementos por ela prio- São estratégias usadas em textos apelativos ver-
rizados. bos no imperativo e propostas de troca (um benefício
adquirido caso se compre um produto, por exemplo,
como promoções e associação do produto à beleza das
1. Função referencial (tem enfoque no referente): pessoas no comercial etc.).
um texto cuja função é referencial tem o compromisso
de transmitir uma mensagem calcada na realidade. A
intenção é informar fatos, fazer com que o receptor, ao
decodificar a mensagem que recebe, conheça o contex-
to que justificou sua criação. Sendo assim, o texto cuja
função predominante é a referencial é claro, objetivo,
no geral em 3ª do singular ou 1ª do plural e sem mar-
car de opinião do autor .
Notícias são bons exemplos de textos referenciais:
(Disponível em http://imaginariodeprofessora.blo-
“Viúva de Omar Mussi, uma das vítimas do desabamen- gspot.com.br)
to de prédios do centro do Rio de Janeiro, Marinez Lacerda
Mussi, 50, se indignou quando soube que o então síndico
4. Função metalinguística (tem enfoque no códi-
do edifício Liberdade, Paulo de Souza Renha, foi excluído do
go): textos em que prevalece a função metalinguísti-
processo do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro),
ca versam, de algum modo, sobre o próprio código
que ontem denunciou seis pessoas pela tragédia. Renha mor-
(ou, melhor dizendo, sobre os próprios elementos da
reu na quinta-feira (24), após ter sofrido uma parada cardí-
mensagem). Assim, estão incluídos entre textos me-
aca há cerca de um mês.”
talinguísticos gramáticas e dicionários (pois, neles, o
(Disponível em www.uol.com.br - 25/01/2013) código é usado para explicar o próprio código), aulas
de língua portuguesa,filmes que falam sobre filmes,
programas de TV que falam sobre programas de TV
2. Função emotiva/expressiva (tem enfoque no (como o Videoshow, da rede Globo), livros e poemas
emissor): os textos em que predomina a função emoti- que abordem a atividade de um escritor etc.
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Como exemplo, segue abaixo a definição do dicio- A função poética, então, faz com que a preocupa-
nário Houaiss online para a palavra “metalinguagem”: ção do emissor se volta para a forma como a mensa-
gem será transmitida, e não exclusivamente ao seu
“metalinguagem conteúdo. Como dizer é mais importante do que o que
dizer. Os recursos utilizados para esse fim vão desde
substantivo feminino ( sXX) ling
a seleção de palavras (palavras que rimam, vocábulos
linguagem (natural ou formalizada) que serve para des- mais eruditos) a uso de figuras de linguagem (metá-
crever ou falar sobre uma outra linguagem, natural ou arti- foras, paronomásia, aliterações...), passando pela es-
ficial [As línguas naturais podem ser us. como sua própria colha de estruturas sintáticas incomuns na linguagem
metalinguagem.]” cotidiana, como inversão da ordem canônica da frase.
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Calisto Elói, naquele tempo, orçava por quarenta e qua- Naquele momento, Clara abriu a porta com violência e
tro anos. Não era desajeitado de sua pessoa. Tinha poucas disse, ofegante, que precisava falar conosco imediatamente.
carnes e compleição, como dizem, afidalgada. A sensível e
dissimétrica saliência do abdómen devia-se ao uso destem- O discurso indireto não se marca por aspas, mas
perado da carne de porcos e outros alimentos intumescentes. aparece introduzido por verbos como dizer, falar, per-
Pés e mãos justificavam a raça que as gerações vieram adel- guntar, responder e outros verbos de elocução.
gaçando de carnes. Tinha o nariz algum tanto estragado das
Há, ainda, o discurso indireto livre, em que a fala
invasões do rapé e torceduras do lenço de algodão vermelho.
do personagem se funde à do narrador e aparece sem
A dilatação das ventas e o escarlate das cartilagens não eram
nenhuma indicação (sem aspas, sem travessão e sem
assim mesmo coisa de repulsão.
verbos de elocução).
(Camilo Castello Branco)
Ela vinha pela rua escura, vazia, pensando na traição da
amiga. Suava muito. Seria o calor ou só mesmo o sangue fer-
2. Narração: a narração é um tipo de texto que se vendo? Não sabia. Não sabia também o que fazer em relação
caracteriza por ser dinâmico, isto é, por possuir ação. ao ocorrido. Rompimento? Vingança?
Essa ação é vivida por personagens em um espaço
(que pode variar ao longo da história) e contada por Exemplo de texto narrativo:
um narrador, sendo essencial, também, o tempo em
que tudo acontece. O coveiro
A narração pode acontecer em dois focos narrati- Ele foi cavando, cavando, cavando, pois sua profissão -
vos: coveiro - era cavar. Mas, de repente, na distração do ofício
que amava, percebeu que cavara demais. Tentou sair da cova
• 1ª pessoa: narrador-personagem. e não conseguiu. Levantou o olhar para cima e viu que sozi-
nho não conseguiria sair. Gritou. Ninguém atendeu. Gritou
o O narrador também participa da história
mais forte. Ninguém veio. Enrouqueceu de gritar, cansou de
que conta.
esbravejar, desistiu com a noite. Sentou-se no fundo da cova,
desesperado. A noite chegou, subiu, fez-se o silêncio das ho-
• 3ª pessoa ras tardias. Bateu o frio da madrugada e, na noite escura,
o Narrador-observador: narra em 3ª pessoa não se ouviu um som humano, embora o cemitério estives-
os fatos que “vê”, ou seja, não conhece nada se cheio de pipilos e coaxares naturais dos matos. Só pouco
que não poderia ser notado por qualquer depois da meia-noite é que vieram uns passos. Deitado no
pessoa que assistisse aos fatos narrados. fundo da cova o coveiro gritou. Os passos se aproximaram.
Uma cabeça ébria apareceu lá em cima, perguntou o que ha-
o Narrador onisciente: narra em 3ª pessoa via: O que é que há?
e conhece a fundo os detalhes da história,
como os pensamentos das personagens e seu O coveiro então gritou, desesperado: Tire-me daqui, por
passado. favor. Estou com um frio terrível!
O tempo da narração pode ser cronológico ou psi- Mas, coitado! - condoeu-se o bêbado - Tem toda razão de
cológico. estar com frio. Alguém tirou a terra de cima de você, meu
pobre mortinho! E, pegando a pá, encheu-a e pôs-se a cobri
• Tempo cronológico: os fatos seguem a passa- -lo cuidadosamente.
gem natural do tempo.
(Millôr Fernandes)
• Tempo psicológico: os fatos rompem com a
passagem natural do tempo, principalmente
por meio da inserção de flashbacks na história 3. Dissertação: a dissertação é um tipo de texto cla-
(trechos que falam sobre um momento passado ro e objetivo em que se estabelece um ponto de vista
na vida das personagens). acerca de um tema previamente definido (pelo próprio
As falas das personagens, em geral, vêm em discur- autor ou por uma entidade examinadora). É um texto
so direto. Nesse caso, o narrador insere personagens que apresenta, também, argumentos capazes de sus-
no livro e as faz produzir enunciados, que são marca- tentar o ponto de vista estabelecido
dos por travessão ou aspas:
Para que se produza um bom texto dissertativo, é
Naquele momento, Clara abriu a porta com violência e necessário que se tenha informações a respeito do tema
disse, ofegante: escolhido. Não é possível escrever sem ter o que dizer!
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O poema de João Cabral de Melo Neto aborda o Vejamos, abaixo, dois trechos de outros textos:
processo de escrever. Trata-se de um poema, uma obra
escrita, que fala dos aspectos da composição de poe- Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
mas. Percebe-se, então, nele, uma característica meta- Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
linguística. Em síntese, pode-se dizer que Melo Neto
Eu tão esquecido de minha terra…
compara o ato de escrever ao de catar feijão: em princí-
Ai terra que tem palmeiras
pio, eles são parecidos, pois ambos envolvem um tra-
Onde canta o sabiá!
balho de seleção (de grãos ou de palavras). Porém, o
que pode ser ruim para o feijão, é bom para a poesia: a (Carlos Drummond de Andrade, “Europa,
palavra inesperada (ou o grão duro, a pedra), que sur- França e Bahia”)
preende o leitor e interrompe a calmaria, a linearidade “Do que a terra mais garrida,
da leitura. Teus risonhos lindos campos têm mais flores.
Nossos bosques têm mais vida,
O segundo poema, de Armando Freitas Filho, tam-
Nossa vida em teu seio mais amores.
bém aborda o processo da escrita. Sendo assim, tam-
Ó pátria amada, idolatrada, salve! Salve!”
bém é metalinguístico. Com o seu título e com o segun-
do verso, o texto de Freitas Filho retoma o primeiro: (Trecho do hino nacional brasileiro)
Melo Neto apresentou uma receita e Freitas Filho, vai, Veja que o trecho do poema de Andrade e o do
agora, apresentar “outra receita”, diversa da primeira hino nacional mantêm o mesmo “clima” e a mesma
(ao contrário do feijão a João). intenção apresentados pelo poema de Gonçalves dias:
exaltar a pátria. Assim, pode-se dizer que estes são pa-
Podemos perceber, então, que o texto de João Cabral
ráfrases daquele.
de Melo Neto serve, de alguma forma, de “base” para
o texto de Armando Freitas Filho. Portanto, existe, en- 2. Paródia: a paródia, assim como a paráfrase, tem
tre os dois, intertextualidade. como base um texto anterior. Todavia, a paródia rom-
pe com a ideia inicial. Uma paródia é, então, contesta-
Note que, para que se compreenda adequadamente dora. É muito comum vermos paródias de cunho hu-
o segundo texto, é preciso conhecer aquele a que ele morístico, mas isso não é uma característica essencial
remete. Do contrário, a compreensão fica prejudicada. desse procedimento de intertextualidade. A paródia
pode ou não ser divertida.
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A intenção da paródia pode, também, ser diver- Judiciário/Analista de Recursos Humanos), elaborada
tir. As imagens abaixo mostram a capa de um gibi da pela Fumarc:
Turma da Mônica cujo enredo foi baseado em Romeu
e Julieta, de Shakespeare, e de um do Chico Bento, ins-
pirado pela história do cavalo de Troia:
4. Epígrafe: é a citação de um trecho de uma obra Trata-se de recursos empregados no uso da língua
antes do início de outra. É muito comum em livros e para tornar a mensagem mais interessante.
dissertações acadêmicas. No geral, citam-se trechos de
poemas, músicas, versículos bíblicos ou textos em pro- As figuras de linguagem são empregadas em textos
em que se faz presente a função poética da linguagem,
sa que se relacionem, de alguma forma, com o assunto
ou seja, textos em que o emissor se preocupa em evi-
do texto principal. Canção do exílio, já citada acima,
denciar a mensagem, em torná-la mais interessante,
apresenta como epígrafe um trecho escrito por Goethe
mais bela.
(em negrito):
Vejamos as principais figuras de linguagem:
“Canção do exílio
(Gonçalves dias) 1. Metáfora: frequentemente definida com “uma
comparação sem conector”, a metáfora corresponde à
“Conheces o país onde florescem as laran- mudança do sentido literal de uma palavra ou expres-
jeiras? Ardem na escura fronde os frutos de são. Essa mudança (ou desvio) acontece baseada em
ouro... Conhece-o? Para lá, para lá quisera uma semelhança que existe entre o sentido literal e o
eu ir!” sentido conotativo.
Goethe Quando dizemos, por exemplo, “seus olhos eram
estrelas brilhantes”, baseamo-nos em uma semelhança
Minha terra tem palmeiras...”
existente entre os olhos da pessoa de quem se fala e as
estrelas (ambos são brilhantes, encantadores etc.). São
5. Citação: consiste na cópia fiel de um texto de au-
outros exemplos:
toria de outra pessoa. Vem marcada por sinais gráfi-
cos, em geral aspas. Em época de carnaval, algumas cidades brasilei-
ras são campos de guerra.
Conforme diz o preâmbulo da Constituição da República,
o Estado brasileiro é “destinado a assegurar o exercício dos “Entrará; enregelado, se meterá na cama; os len-
direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o çóis o receberão com um abraço frio”. (Moacyr
bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como Scliar)
valores supremos de uma sociedade fraterna...”. “Viajar é trocar a roupa da alma.” (Mário Quin-
Esses são os principais procedimentos de intertex- tana)
tualidade. Devemos nos lembrar de que sempre que
trouxermos a um novo texto um elemento de um texto 2. Comparação: consiste na comparação, com o uso
já existente (ou de um fato ou personagem históricos), de conectores, entre coisas, pessoas, fatos.
estabeleceremos comunicação entre eles. Os filhotes da cadela eram como chumaços de algodão.
Sendo assim, em livros que citam personagens de
outras obras, em anedotas que se referem a momen- 3. Metonímia: é a substituição de uma palavra ou
tos históricos, a notícias ou a fatos bíblicos, entre ou- expressão por outro termo relacionado. Substitui-se,
tras situações, haverá intertextualidade. Veja o exem- assim, a parte pelo todo, o autor pela obra, efeito pela
plo abaixo, retirado da prova do TJMG (cargo de Téc. causa, o autor pela obra, a marca pelo produto etc.
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Costumava sempre ler Monteiro Lobato para as crianças. 10. Inversão ou hipérbato: trata-se do rompimento
(=ler a obra, os livros de Lobato). da ordem normal dos termos de uma oração ou de um
período para, no geral, dar destaque ao que é colocado
O Brasil quer políticos melhores. (= o povo brasileiro). em primeiro lugar.
Os pais estavam apreensivos; as crianças, amedron- 12. Silepse: trata-se da concordância ideológica, ou
tadas. (elipse de estavam). seja, aquela que não se estabelece com um termo da
O irmão mais velho viajava sempre durante as férias oração, mas com uma ideia que está na mente de quem
de verão, ele durante as de inverno. (ele viajava du- fala ou escreve.
rante as férias de inverno).
De número: A gente vamos sair cedo. (gente é sin-
7. Pleonasmo: emprego de palavras ou expressões gular, mas transmite a ideia de plural. Por isso o ver-
redundantes para enfatizar uma ideia. bo é usado no plural: vamos).
Pássaro não nasceu pra ficar em gaiola, pois lá fi-
Sim, ele tinha ouvido tudo, tudinho, com seus pró-
cam logo tristes, mudos.
prios ouvidos!
Cantava para os filhos uma canção de ninar composta De pessoa: Dizer que todos os brasileiros não desis-
pelo seu avô. timos nunca é uma generalização. (brasileiros é um
termo de 3ª pessoa do singular, mas desistimos está
Atenção: o pleonasmo pode ser considerado uma na 1ª do plural. Em uma situação como essa, pode-se
figura de linguagem, como nos casos acima, quan- dizer que o emissor realiza a silepse para se incluir
do se presta a, em textos literários, reforçar uma entre os “brasileiros”).
expressão, ou um vício de linguagem. Neste caso,
De gênero: Vossa Excelência será acompanhado até
eles devem ser evitados na língua, especialmente
a saída. (a autoridade a que o falante se refere é um
nas redações de concursos, vestibulares e provas
homem).
afins. Exemplos de pleonasmos viciosos: chorar
lágrimas, subir para cima, entrar para dentro, ar- Atenção: os casos de silepse, conforme a norma
mamentos bélicos, água pluvial das chuvas etc. culta, são considerados erros gramaticais. Somen-
te os casos de silepse de gênero e pessoa com
8. Assíndeto: consiste na união de diversos termos pronomes de tratamento são corretos (e obri-
coordenados entre si com a supressão do síndeto (con- gatórios). Lembre-se, então, de, sempre que um
junção). sujeito for um pronome de tratamento, fazer a
concordância dos verbos e demais pronomes da
Corriam, brincavam, pulavam, riam sem parar. oração em 3ª pessoa (do singular ou do plural,
conforme o caso). O gênero da pessoa de quem se
fala, quando se utiliza um pronome de tratamen-
9. Polissíndeto: é a repetição do conectivo para, no
to, será indicado pelos termos que o acompanham
geral, transmitir a ideia de ação, de continuidade.
(adjetivos e particípios, estes quando usados em
Corriam, e brincavam, e pulavam, e riam sem parar. construções na voz passiva). Veja um exemplo:
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Vossa Alteza parece (e não “pareceis”) muito cansado 21. Ironia: consiste em dizer o contrário do que se
(indica que a pessoa com quem se fala é um homem). pensa, em geral com intenção de ser sarcástico.
14. Aliteração: repetição de sons consonantais, no Meu melhor amigo se foi. (= morreu)
geral para tentar reproduzir, no texto, poema ou mú-
Devem-se adequar as calçadas aos portadores de
sica, um som.
necessidades especiais. (=portadores de alguma
“...será que ela mexe o chocalho ou o chocalho é deficiência física).
que mexe com ela?” (Chico Buarque)
23 Personificação, prosopopeia ou animização:
Observação: os sons de x e ch imitam o barulho atribuição de características humanas a seres inanima-
do chocalho. dos.
“Berro pelo aterro pelo desterro, berro por seu berro pelo
seu erro...” (Caetano Veloso)
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02 NOÇÕES DE INFORMÁTICA
01 CONCEITOS BÁSICOS
02 COMPONENTES DE HARDWARE E SOFTWARE DE COMPUTADORES
03 SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS - NOÇÕES BÁSICAS
04 EDITORES DE TEXTO, PLANILHAS E APRESENTAÇÕES
05 INTERNET E INTRANET
06 NAVEGADORES
07 CORREIO ELETRÔNICO
08 SÍTIOS DE BUSCA E PESQUISA NA INTERNET
09 GRUPOS DE DISCUSSÃO
10 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
11 CERTIFICADO DIGITAL
12 CONCEITOS BÁSICOS DE DATAMINING E DATA WAREHOUSE
13 CONCEITOS BÁSICOS DE ARMAZENAMENTO DE DADOS E BANCO
DE DADOS RELACIONAL
14 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ARQUITETURA E ADMINISTRAÇÃO
DE BANCO DE DADOS
15 CONHECIMENTOS BÁSICOS DE AMBIENTE DE SERVIDORES:
ESTRUTURA DE SERVIDORES FÍSICOS E VIRTUALIZADOS
16 COMPUTAÇÃO NA NUVEM E ARMAZENAMENTO DE DADOS NA
NUVEM
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Noções de Informática
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Memória ROM:
Silga para Read Only Memory (em português: me-
mória somente de leitura), tem como característica ser
o oposto da memória RAM, ou seja, seu conteúdo não
é perdido quando o computador é desligado, pois os
programas são gravados de forma permanente. Sendo
assim, não é possível alterá-los, funcionando somente
como leitura. Existem ainda dispositivos que são chamados de
uso misto ou híbridos, por funcionarem tanto como
dispositivos de entrada e de saída, como impressoras
Memória de massa: multifuncionais (que possuem a função de impressão
Tem grande capacidade de armazenamento, o que e de scanner em uma só, por exemplo), e o monitor
a difere da memória RAM. Trabalha como uma me- touch screen (que funciona como saída, ao reprodu-
zir o vídeo do computador, e como entrada ao receber
mória auxiliar, retendo uma quantidade significativa
os toques do usuário que assim insere informações no
de informações.
computador).
Todos os progamas, aplicativos e arquivos ficam
nela instalados. Pode ser dividida em HD (Hard Drive
Impressoras:
ou Disco Rígido), Flash Memory (ou pen drive) e SSD
(Solid State Drive ou memória em estado sólido). Matricial: modelo de impressora de menor re-
solução, é composta por um cabeçote de várias
agulhas enfileiradas. São mais lentas e baru-
BIOS: lhentas, mas por outro lado tem seu custo de
Sigla para BASIC INPUT / OUTPU SYSTEM, ou impressão mais barato. Utilizadas para impres-
seja, sistema básico de controle de entrada e saídas do são de formulários contínuos e carbonados.
computador. Cabe ressaltar alguns conceitos dentro
Jato de tinta: possui uma qualidade de impres-
da ideia de BIOS: são maior e uma boa rapidez em seu funciona-
mento em comparação às impressoras matri-
Setup: programa que permite a configuração ciais. Possuem como características serem mais
dos componentes instalados no computador, silenciosas e a possibilidade de impressões colo-
como data, hora, sequencia de inicialização ridas. São abastecidas com cartuchos de tintas.
(boot), senha de acesso, etc.
De laser: Mais complexas, pois ‘montam’ a pá-
POST: autoteste de inicialização, onde é verifi- gina antes de imprimí-la, utilizando uma espé-
cado o funcionamento de vários componentes cie de laser para desenhar figuras e caracteres.
do computador. Possuem um cilindro, o qual libera pequenos
pontos de tinta, e onde o papel é queimado para
fixar a tinta. Sua qualidade é maior, sendo tam-
Dispositivos de entrada e saída: bém silenciosas e rápidas. Entretanto, seu custo
Frequentemente associados à expressão E/S (en- é maior.
trada e saída) ou I/O (Input/Output). São exemplos
de dispositivos de entrada o mouse, teclado, monitor, Scanners:
webcam.
Dispositivo de entrada de dados. É através dele
que são digitalizadas fotos e documentos. Como visto,
existem impressoras multifuncionais, que fazem tanto
a impressão como a digitalização.
Estabilizador:
Já exemplo de dispositivos de saída são o monitor, Utilizado para proteger o computador e seus pe-
impressora, caixas de som, entre outros. riféricos contra danos causados por picos de energia.
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Noções de Informática
No-Break:
SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS
Mais eficaz do que o estabilizador, funciona com 03
um transferidor de energia, ou seja, impede que o com-
- NOÇÕES BÁSICAS
putador seja desligado quando haja queda de energia,
ou seja, é automaticamente ligado quando a energia
SISTEMA OPERACIONAL
acaba e permanece transferindo energia ao computa-
dor enquanto possuir autonomia. Trata-se de uma coleção de programas que inicia-
liza e gerencia as funções e tarefas do computador. O
Esta autonomia depende do no-break, de acordo
sistema operacional possui os comandos básicos para
com seu tipo, marca, preço, etc.
o funcionamento dos aplicativos.
USB:
WINDOWS
Sigla para Universal Serial Bus, é uma interface de
Sistema Operacional criado pela Microsoft, sendo
comunicação entre a placa principal e os periféricos.
atualmente o mais utilizado no mundo em computa-
É uma conexão PnP - Plug and Play, ou seja, ‘ligar e
dores pessoais. Sua versão mais recente é o Windows
usar’, podendo ser conectado e desconectado sem a
10. Entretanto, dados apontam que a versão mais utili-
necessidade de desligar o computador. Vale a pena co-
zada ainda é o Windows 7.
nhecer o símbolo que representa o USB, para fins de
concurso:
ÁREA DE TRABALHO
Slots:
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podem ser incluídos ou excluídos de acordo com a É possível usar o menu Iniciar para fazer as seguin-
vontade do usuário. Alguns ícones, entretanto, fazem tes atividades:
parte do sistema Windows, tais como Lixeira, Painel
de Controle, Computador, Rede e Pasta do Usuário. - Iniciar programas
O usuário pode adicionar ícones que levam a ou- - Abrir pastas usadas frquentemente
tros programas ou pastas, os chamados ‘atalhos’. Na
maior parte das versões do Windows, tais atalhos são - Pesquisar programas e arquivos
sinalizados por uma pequena seta no canto inferior es-
querdo da imagem. - Acessar o Painel de Controle e as configura-
ções do computador
- Obter ajuda
A Lixeira:
- Desligar o computador
Quando você exclui um arquivo ou pasta, eles
não são excluídos imediatamente, mas sim vão para a - Fazer logoff do Windows ou alterar para outro
Lixeira. Caso o usuário precise de um arquivo excluí- usuário
do, poderá obtê-lo de volta. Basta acessar a lixeira, cli-
car duas vezes sobre o arquivo e clicar em ‘restaurar’. Para abrir o menu Iniciar, clique no botão Iniciar
O arquivo voltará ao local de onde foi excluído. no canto inferior esquerdo da tela. Ou pressione a tecla
de logotipo doWindows no teclado.
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Noções de Informática
Minimizar uma janela não a fecha nem exclui seu Barra de menus: Contém itens nos quais você pode
conteúdo, mas apenas a remove da área de trabalho clicar para fazer escolhas em um programa.
temporariamente.
Barra de rolagem: Permite rolar o conteúdo da ja-
Na figura abaixo, a Calculadora foi minimizada, nela para ver informações que estão fora de visão no
mas continua em execução. É possível saber que ela momento.
ainda está em execução porque seu botão na barra de
tarefas. Bordas e cantos: É possível arrastá-los com o pon-
teiro do mouse para alterar o tamanho da janela.
F1: Ajuda
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CTRL+X: Recortar
Comandos gerais somente de teclado:
CTRL+C: Copiar
F1: Inicia a Ajuda do Windows
CTRL+V: Colar
F10: Ativa as opções da barra de menu
SHIFT+DELETE: Exclui a seleção imediatamente, sem
SHIFT+F10 Abre um menu de atalho para o item mover o item para a Lixeira
selecionado (isso é o mesmo que clicar em um objeto
ALT+ENTER: Abre as propriedades do objeto selecionado
com o botão direito do mouse)
ALT+TAB: Alterna para outro programa aberto (segure a Controle geral de pasta/atalho:
tecla ALT e pressione a tecla TAB para ver a janela de
troca de tarefas) F4: Marca a caixa de seleção Ir para outra pasta e move
para baixo as entradas na caixa (se a barra de ferramentas
SHIFT: Pressione e mantenha pressionada a tecla SHIFT estiver ativa no Windows Explorer)
enquanto insere um CD-ROM para ignorar o recurso de
execução automática F5: Atualiza a janela atual.
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Noções de Informática
- Windows XP Home Edition: destinado a usu- Possui também o novo menu Iniciar com o estilo
ários domésticos; chamado Metro, ou seja, ao mover o cursor do mouse
para o canto inferior esquerdo (local padrão do Menu
- Windows XP Professional Edition: oferece re- Iniciar), é possível acessar os arquivos e programas de
cursos adicionais, como o domínio de servidor maneira clássica, assim como acessar os aplicativos di-
do Windows, destinado a usuários avançados e retamente da Windows Store.
empresas.
Outro ponto interessante está na barra de tarefas,
Apresentou como novo uma melhor interface gráfi- onde o usuário poderá visualizar todos os aplicati-
ca, possibilitando ao usuário uma maior interação com vos abertos no momento, tanto os da área de trabalho
seu sistema operacional. Trouxe também restrições (como nas versões anteriores) como os aplicativos da
contra a pirataria de softwares, mas foi duramente Windows Store.
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A tela inicial também pode ser personalizada de concorrente Windows. Cabe ressaltar também que o
acordo com o usuário, possuindo uma interface mais Windows possui o código fonte fechado, o que impos-
moderna e interativa, como visto na figura abaixo: sibilita sua alteração, e é necessária uma licença para
utilizá-lo, o que aumenta seu custo de operação.
Por ser gratuito, sua utilização é cada vez maior em No Word existe o comando DESENHAR TABELAS,
ambientes empresariais, devido ao alto custo de seu inexistente no Writer.
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Noções de Informática
É possível:
ü Aumentar (Ctrl+>);
ü Reduzir (Ctrl+<);
ü Minúscula;
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Parágrafo:
Alinhamentos dos parágrafos:
À Esquerda: As palavras são alinhadas à esquer-
da, ficando a borda direita de forma irregular. É
o alinhamento padrão.
Centro: O texto é centralizado, sendo alinhado
ao ponto médio das margens direita e esquerda
da caixa de texto.
Aqui é possível: À Direita: Assim como o alinhamento à esquer-
da, é irregular, ou seja, o texto é alinhado à di-
ü Alinhar o texto à direita (Ctrl+q); reita com a borda esquerda do texto posta irre-
gularmente.
ü Alinhar texto à direita (Ctrl+g);
Justificado: O primeiro e último caracteres de
ü Centralizar (Ctrl+e); cada linha são alinhados, com exceção da últi-
ma linha. Todas as linhas são preenchidas, com
ü Justificar - que alinha o texto às margens es- exceção da última, que é alinhada à margem
querda e direita - (Ctrl+j). esquerda (quando a direção do texto for da es-
querda para a direita).
Há também as opções de: Distribuído: Igual ao jusitificado, com a diferen-
ça de que as linhas são preenchidas adicionando
ü Numeração (inicia uma lista numerada); ou retirando uma mesma quantidade de carac-
teres.
ü Marcadores (inicia uma lista com marcado-
res); Distribuir todas as linhas: Igual ao alinhamento
Distribuído, com a diferença de que a última li-
üLista de vários níveis; nha também é alinhada à margem esquerda e à
margem direita simultaneamente.
ü Aumentar ou Diminuir o Recuo;
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Noções de Informática
Determinado pelo espaço entre as linhas do texto Dentro de cada opção, é possível padronizar os
de um parágrafo. É possível determinar o espaçamen- marcadores ou número de acordo com a vontade do
to de cada parágrafo separadamente, ou do texto in- usuário.
teiro. Para isso, basta selecionar o texto todo (Ctrl+T).
Os marcadores podem ser substituídos por símbo-
Caso o usuário determine o espaçamento de ape- los, enquanto os números podem dar lugar a algaris-
nas um parágrafo, ao apertar ENTER para iniciar um mos romanos ou letras, como no exemplo a seguir:
novo parágrafo o espaçamento é atribuído a este novo
parágrafo.
Controle de linhas órfãs/viúvas: Primeiramente, É possível também selecionar a lista inteira e movê
linhas órfãs e viúvas são linhas de texto isoladas -la para outra parte do documento. Basta selecioná-la
que são impressas na parte superior ou inferior com o mouse e arrastá-la.
de uma caixa de texto ou coluna. A linha órfã é a
primeira linha que fica sozinha na página ante-
rior, enquanto a linha viúva é a última linha que Estilos:
fica sozinha na folha seguinte.
Manter com o próximo: mantém um ou mais Conjunto de caracterísitas de formatação, como
parágrafos selecionados em uma caixa de texto fonte, alinhamento, cor, tamanho e espaçamento, além
ou coluna. de borda e sombreamento, de acordo com o estilo se-
lecionado.
Manter linhas juntas: mantém linhas de um pa-
rágrafo juntas em uma caixa de texto ou coluna.
Quebrar página antes: insere quebra de página
no parágrafo em questão.
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Quebras:
Podem ser de página, coluna, linha ou seção.
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Noções de Informática
Basta clicar na aba Inserir e depois em Tabela. O Régua: mostra ou oculta as réguas horizontal e
Microsot Word já traz um número de tabelas pré-exis- vertical.
tentes (como 5x8 - 5 linhas por 8 colunas, - por exem-
Linhas de grade: ativa uma grade de linhas hori-
plo), mas é possível padronizar estes números.
zontais e verticas utilizadas para alinhar objetos.
Existe também a possibilidade de Desenhar Tabela, Painel de navegação: ativa ou desativa um pai-
onde o usuário pode ‘desenhar’ a tabela com colunas nel mostrado ao lado esquerdo do documento
e linhas do jeito que quiser. que possibilita buscas e navegação dentro des-
te.
Há também as opções de inserir uma Planilha do
Excel ou ainda Tabelas Rápidas, onde pode-se optar Zoom de uma página: exibe apenas a página
por tabelas prá-formatadas, como calendários, por atual do documento.
exemplo.
Zoom de duas páginas: exibe o documento de
duas em duas páginas.
Largura da página: ajusta a janela de visualiza-
ção de acordo com a largura da página do do-
cumento.
Localizar e Subsittuir:
Na aba Exibição, destacam-se os Modos de Exibi- Durante a digitação, o Word efetua a correção auto-
ção de Documento: mática sublinhando em vermellho palavras digitadas
erroneamente ou em verde para indicar possíveis er-
Layout de Impressão, Leitura em Tela Inteira, ros de ortografia e gramática.
Layout da Web, Estrutura de Tópicos e Rascunho.
Entretanto, é possível efetuar uma revisão ainda
Existem também outras opções nesta aba: maior do texto digitado ao escolher a opção Ortografia
e Gramática, na aba Revisão:
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Ao encontrar palavras que possam apresentar É possível também alteras as configurações da im-
eventuais erros, as opções são as seguintes: pressão, como escolher somente algumas páginas para
serem impressas, orientação retrato ou paisagem, ta-
manho do papel e suas margens, mais de 1 página por
folha e agrupá-las (quando forem impressas duas có-
pias ou mais).
EXCEL
Ignorar: Ao ignorar uma vez, o erro apontado Os documentos do Excel são chamados de pastas
será ignorado somente uma vez, sendo mostra- de trabalho, as quais contém folhas chamadas de pla-
do outras vezes em que estiver presente no tex- nilhas. É possível adicionar quantas planilhas desejar
to. Ao ignorar todas, o erro será ignorado por a uma pasta de trabalho. Clique em Arquivo > Novo e
todo o texto. em Pasta de trabalho em branco.
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Noções de Informática
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Funções:
São fórmulas oferecidas pelo Excel, ou seja, já são
pré-definidas.
Alinhamento:
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Noções de Informática
Arredondamento: esta função arredon- Para aplicar um gráfico a uma determinada quanti-
da um certo número de dígitos. Sua fórmula é dade de células, selecione-as e depois clique na opção
=ARRED(núm1;núm2), onde o ‘núm1’ é o valor a ser Inserir Gráfico.
arredondado (ou a célula que se pretende arredondar)
e o ‘núm2’ é o número de dígitos para o qual será arre- Existem diversos modelos propostos pelo Excel,
dondado o número. Exemplo: como Coluna, Linha, Pizza, Barra, entre outros.
Referências em fórmulas:
Neste exemplo, LEG1, LEG2 e LEG3 são as
Para montar uma fórmula, é importante que o Legendas do Gráfico. ANO1, ANO2 e ANO3 são os tí-
candidato saiba alguns conceitos utilizados nestas. tulos de gráfico utilizados.
Observe a tabela a seguir:
Importante ressaltar que a qualquer momento o
REFERÊNCIA SIGNIFICADO usuário pode modificar o tipo de gráfico, migrando os
A5 Célula na intersecção da Coluna A valores para o formato pizza, barra, etc.
e da Linha 5 É possível também alterar cores de preenchimento
A5:A10 Intervalo de células da Coluna A, da área do gráfico, cores do texto, fontes, tamanho, en-
entre linhas 5 e 10 tre diversas outras propriedades.
A5:B5 Intervalo de células da Linha 5,
entre Colunas A e B Classificar texto e números:
A5:B15 Intervalo de células nas colunas A
É possível também classificar uma coluna de diver-
e B e Linhas 5 e 15
sas formas. Pode-se classificar de A a Z ou de Z a A.
10:10 Todas as células da linha 10
Já os números podem ser classificados do Menor
10:15 Todas as células da linha 10 à linha
para o Maior ou do Maior para o Menor.
15
B:B Todas as células da Coluna B
Gráficos:
Ao clicar na aba Inserir, tem-se a opção Gráficos.
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Impressão:
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Noções de Informática
ü De classificação de slides;
ü De exibição de anotações;
ü Apresentação de slides;
ü Leitura;
ü Mestres:
- Slide;
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Open Document:
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Noções de Informática
O BrOffice possui vários módulos, para editar tex- Teclas de Atalhos do OpenOffice.org Writer
tos, planilhas, apresentações, páginas da Internet, en-
tre outros. Para fins didáticos desta apostila, iremos Tecla Função
nos ater aos módulos de edição de texto e de planilhas.
F1* Ajuda
F2 Barra de Fórmulas
F3 Executar entrada de AutoTex-
to
F4* Fonte de dados
F5 Ativar /Desativar Navegador
F6* Na próxima barra de ferra-
mentas / janela (alterna entre
as barras de ferramentas que
estão sendo exibidas.
F7 Verificação Ortográfica
Criar documentos: F8 Ativar seleção estendida (você
poderá começar uma seleção
Para criar um novo documento, basta clicar no sem a preocupação de perder
menu Aplicativos, Escritório e escolher qual tipo de
o clique do mouse e a mesma
documento você deseja criar.
se desfazer)
Aqui, escolhe-se o tipo de documento desejado,
F9 Atualizar Campos
como texto, planilha, apresentação, etc.
F10* Na Barra de Menus (seleciona
o primeiro menu da Barra de
Menus)
F11 Ativar / desativar Estilista
F12 Ativar / desativar Numeração
Down Até a linha Abaixo
Up Até a linha Acima
Left À direita do caracter
Right Ir para a direita
Home Até o início da linha
End Até o fim da linha
Page Up Página Anterior
Page Down Próxima Página
Abrir documentos:
Enter Inserir Parágrafo
Para abrir documentos já existentes, deve-se clicar
na aba Arquivo e depois a opção Abrir. Esc Cancelar
Backspace Excluir da direita para esquer-
da
Salvar documentos:
Insert Modo de inserção
Para salvar documentos, clica-se na Aba Aquivos e
na opção Salvar. Na primeira vez que o arquivo for Delete* Excluir da esquerda para a
salvo, o usuário deve escolher o nome do arquivo. direita
Após o documento ser salvo pela primeira vez, ao Shift+F1* Dicas Adicionais
escolher a opção Salvar, o documento será salvo auto-
maticamente com o nome escolhido. Shift+F2* Ajuda de Contexto
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Noções de Informática
CTRL+Shift +Ba- Excluir até o início da oração Move o cursor para o canto
ckspace superior do intervalo de
dados atual. Se a linha aci-
CTRL+Shift +De- Excluir até o fim da oração ma da célula que contém o
lete Ctrl+Seta para cima
cursor estiver vazia, o cursor
se moverá para cima da
Navegar em planilhas:
próxima linha que contenha
dados.
Teclas de atalho Efeito Move o cursor para o canto
inferior do intervalo de da-
Move o cursor para a pri-
dos atual. Se a linha abaixo
Ctrl+Home meira célula na planilha
da célula que contém o
(A1). Ctrl+Seta para cima
cursor estiver vazia, o cursor
Move o cursor para a última se moverá para baixo da
Ctrl+End célula que contém dados na próxima linha que contenha
planilha. dados.
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Noções de Informática
Www:
Domínios Institucio- edu.br
Sigla para World Wide Web, que em português sig- nais gov.br
nifica Rede de Alcance Mundial. Uma página da web
nada mais é do que um documento que traz infor- ar (Argentina)
Domínios Geográficos
mações na linguagem HTML, podendo trazer textos, br (Brasil)
sons, vídeos e outras formas de arquivos.
TIPOS DE DOMÍNIO
Voip:
Os domínios podem ser especificados de acordo
Comunicação de voz via internet. O mais utilizado com categorias, que envolvem pessoas físicas ou jurí-
atualmente é o Skype. dicas, ramos de atividade, tipos de páginas, entre ou-
tros. A seguir disponibilizamos um resumo dos princi-
E-mail: pais domínios existentes no Brasil.
Sigla para Hypertext Transfer Protocol. Forma pa- FLOG.BR Foto logs
drão para acesso de sites. Possui a seguinte estrutura:
NOM.BR Pessoas Físicas
“esquema ://servidor: porta /caminho “
VLOG.BR Vídeo logs
Esquema: onde é digitado ‘http’, ou seja, indica o WIKI.BR Páginas do tipo ‘wiki’
protocolo a ser utilizado; servidor: local que hospeda
a página ou documento acessado; porta: forma como o
navegador acessará o servidor; caminho: indica espe-
cificamente o documento ou página acessada. UNIVERSIDADES
ARQ.BR Arquitetos
Domínio:
ATO.BR Atores
Nome que identifica conjuntos de computadores.
BIO.BR Biólogos
com.br
Domínios Genéricos BMD.BR Biomédicos
net.br
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SEM RESTRIÇÃO
CONTROLES ACTIVE X
AGR.BR Empresas agrícolas, fazendas São pequenos programas de extensão OCX, tam-
bém denominados complementos, utilizados na inter-
ART.BR Artes: música, pintura, folclore
net para melhorar a navegação.
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Noções de Informática
CONFIGURAÇÃO DE PROXY
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Abaixo, estão expostas as Guias do Internet sites abertos em uma só janela do navegador, possibi-
Explorer 9 e suas funções: litando abrir, fechar e alternar entre sites.
PRINCIPAIS ATALHOS
Para Pressione
Mostrar a Ajuda F1
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Noções de Informática
Ir para a página anterior Alt+Seta para a esquerda Salvar a página atual Ctrl+S
ou Backspace
Imprimir a página atual ou Ctrl+P
Exibir o menu de atalho de Shift+F10 a moldura ativa
um link
Ativar um link selecionado Inserir
Mover-se para frente Ctrl+Tab ou F6
Abrir os favoritos Ctrl+I
entre quadros e elementos
do navegador (funciona Abrir o histórico Ctrl+H
apenas se a navegação com
guias estiver desativada) Abrir o Gerenciador de Ctrl+J
Download
Mover-se para trás entre Ctrl+Shift+Tab
quadros (funciona apenas Abrir o menu Página (se a Alt+P
se a navegação com guias Barra de comandos estiver
estiver desativada) visível)
Duplicar Guia (abrir a guia Ctrl+K A interface do Firefox tem como objetivo ser o mais
atual em uma nova guia) simples possível. Aqui, as opções menos utilizadas
ficam geralmente ocultas. O Firefox também possui
Reabrir a última guia Ctrl+Shift+T como característica marcante a presença de abas para
fechada separar os sites da sessão atual em uma única janela
Fechar a janela atual (se Ctrl+W do navegador.
apenas uma guia estiver
O navegador possui diversas opções de busca por
aberta)
informações e sites, como a função denominada ‘loca-
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Segurança e Personalização:
Atualizar a F5
página Ctrl+R
Página atual:
Comando Atalho
Imprimir Ctrl+P
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Noções de Informática
GOOGLE CHROME
Menos zoom Ctrl+-
Navegador criado pelo Google, sendo hoje o mais
Zoom normal Ctrl+0
utilizado no mundo. O Chrome envia detalhes de seu
uso diretamente para o Google, recurso este que tem
Editando: sido muito criticado por alguns usuários. Entretanto,
vários dos mecanismos utilizados para tal podem ser
desativados pelos usuários.
Comando Atalho
Copiar Ctrl+C
Recortar Ctrl+X
Apagar Delete
Colar Ctrl+V
Refazer Ctrl+Y
Selecionar
Ctrl+A Possui alguns recursos interessantes, como:
tudo
Fechar Ctrl+Shift+W
janela Alt+F4
Nova
Ctrl+N
janela
Ctrl+Tab
Próxima
Ctrl+Page
aba
Down
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Principais Atalhos:
07 CORREIO ELETRÔNICO
Atalhos de guias e janelas:
Recurso utilizado para compor, enviar e receber
mensagens através da Internet.
Ctrl+N Abre uma nova janela.
O usuário possui uma caixa postal onde recebe
Ctrl+T Abre uma nova guia.
suas mensagens, e seu endereço é sempre composto
Abre uma nova janela no no seguinte formato:
Ctrl+Shift+N modo de navegação anô-
nima. Caixapostal@dominiodaempresa:
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Noções de Informática
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Selecionar todos os itens. CTRL + A 1. Rastrear: aqui é feito uma varredura (também
chamado de scan) por links e páginas;
Ir para o item no canto PAGE DOWN
inferior da tela. 2. Indexar: todo o conteúdo varrido será indexa-
do, ou seja, será analisado e armazenado;
Ir para o item no canto PAGE UP
superior da tela. 3. Rankear: depois de buscado e indexado, o
link será ranqueado de acordo com sua impor-
Estender ou reduzir os SHIFT+SETA PARA CIMA ou tância e relevância para o mecanismo;
itens selecionados em um SHIFT+SETA PARA BAIXO,
item. respectivamente 4. Apresentar o resultado: aqui, temos o resulta-
do de todo o processo anterior, disponibilizan-
Ir para o item anterior ou CTRL+SETA PARA CIMA ou do ao usu
seguinte sem estender a CTRL+SETA PARA BAIXO,
seleção. respectivamente Existem diversas classificações de mecanismos de
busca. Para fins didáticos, aqui iremos utilizar duas:
Selecionar ou cancelar a CTRL+BARRA DE ESPAÇOS
seleção do item ativo. Globais: como Google, Yahoo e Bing, pesqui-
sam todas as páginas e documentos da Internet,
Com um grupo com seu resultado sendo aleatório e dependen-
selecionado do de diversos fatores.
PARA PRESSIONE Verticais: efetuam buscas especializadas, de
Expandir um único grupo SETA PARA A DIREITA acordo com seus objetivos. Podem ser utiliza-
dos de forma comercial, como BuscaPé, Catho
selecionado.
e outros.
Recolher um único grupo SETA PARA A ESQUERDA
Locais: são essencialmente regionais, direcio-
selecionado.
nado a busca principalmente para empresas e
Selecionar o grupo SETA PARA CIMA prestadores de serviços. Listão e GuiaMais são
anterior. exemplos deste tipo.
Selecionar o próximo SETA PARA BAIXO De busca local: são de busca nacional, listando
grupo. as empresas mais próximas do usuário de acor-
do com dados advindos de coordenadas de GPS.
Selecionar o primeiro HOME
Diretórios de websites: são verdadeiros índices
grupo.
de sites, organizando-os por categorias e subca-
Selecionar o último grupo. END tegorias.
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Noções de Informática
10 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
O Google atualmente é uma das maiores empresas
no ramo da Informática e Internet no mundo. Seu me- ELEMENTOS E PRINCÍPIOS
canismo de busca é, de longe, o mais utilizado e o que
oferece melhores resultados aos usuários. A segurança da informação trata de conceitos e re-
Tal eficiência é obtida pela tecnologia utilizada na cursos utilizados para combater as ameaças às infor-
busca, a chamada PageRank, um sistema que classifica mações digitais. Existe uma política de segurança que
as páginas da Internet de acordo com a sua importân- deve ser adotada por todos os usuários da Internet,
cia. sempre observando alguns princípios e elementos.
O Google também armazena muitas páginas em ca-
che, ou seja, seu conteúdo pode ser buscado e acessado Confidencialidade:
mesmo quando a página está offline (fora do ar). Se a
página buscada não estiver mais no ar, basta clicar na Garantia de que uma informação não será acessada
opção “em cache”, um link ao lado do resultado da por um terceiro não autorizado.
busca, e acessar o conteúdo da página buscada.
Para se ter melhor sucesso nas pesquisas na Integridade:
Internet, faz-se necessário utilizar palavras-chave em Garantia de que a informação não será alterada
vez de termos genéricos. sem autorização. Entende-se também que o sistema de
segurança deve estar sempre em condições de uso por
Por exemplo, em vez de se buscar Apostila para
Concursos da Polícia Rodoviária Federal, melhor é parte do interessado.
buscar Apostila Polícia Rodoviária Federal , ou ainda
Apostila PRF. Disponibilidade:
O Google ignora palavras e caracteres comuns, bem Garantia de que o sistema de informações estará
como descarta termos como http e .com e letras e dí- sempre disponível ao usuário, ou seja, dados essen-
gitos isolados. Dica: utilizar o sinal “+” inclui palavras ciais ao funcionamento devem estar disponíveis o
descartáveis na busca. Letras maiúsculas e minúsculas tempo todo.
não interferem no mecanismo de busca.
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Noções de Informática
As chaves podem ser simétricas (senhas para crip- É um recurso de segurança primordial para a ma-
tografar e descriptografar são as mesmas) e assimétri- nutenção de informações confidenciais e sigilosas.
cas (as senhas são diferentes).
Deve ser realizado com certa freqüência, se possí-
vel diariamente. Tem como objetivo sempre manter os
Assinatura digital: dados do backup recentes e mais próximos do sistema
original que se busca proteger.
Código que possibilita a verificação da autenticida-
de das mensagens e dados recebidos. No Brasil, do-
cumentos assinados digitalmente tem validade legal Backup Diário:
desde 2001. Copia os arquivos selecionados pelo usuário, cria-
dos ou alterados em uma data específica. Não marca
todos os arquivos (não os deixa marcados como pas-
Mecanismos de controle de acesso: sados por backup).
Senhas, digitais, Firewall (programa que filtra o
tráfego de entrada e saída em uma rede, podendo Backup Normal:
ser configurado de acordo com a vontade do usuá-
rio. Basicamente, o que não é autorizado é bloqueado. Copia todos os arquivos selecionados pelo usuário,
deixando-os marcados.
Pode ser implementado em software e hardware).
Backup Incremental:
Certificação digital:
Copia somente os arquivos novos ou alterados des-
Trata-se de um documento eletrônico que contém de o último backup. Marca todos os arquivos.
os dados do usuário, similar a um CNPJ ou RG. É ex-
pedido por uma Autoridade Certificadora, e é comu-
mente utilizado em acessos a dados bancários pela Backup Diferencial:
Internet. Igual ao Incremental, entretanto não, porém não
marca todos os arquivos.
Antispam:
Classificam emails como indesejados, fazendo com
que o usuário nem chegue a acessa-los.
11 CERTIFICADO DIGITAL
Certificado Digital é um documento que contém
dados sobre uma pessoa física ou jurídica, e é utiliza-
VPN: do para comprovação de autenticidade, ou seja, é uma
Sigla para Virtual Private Network, espécie de rede assinatura com validade jurídica que serve como ga-
privativa virtual que utiliza a Internet para fazer a co- rantia a transações realizadas via internet.
municação de dados e sistemas de forma segura, seja Serve para que pessoas e empresas identifiquem-
entre computadores, seja entre redes. -se e assinem digitalmente seus documentos através
Em concursos, é comum a utilização de termos da internet, permitindo assim que estes documentos
como túneis seguros e/ou tunelamento. sejam reconhecidos como autênticos sem que seja ne-
cessária a presença física de todas as partes para tal.
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dos diferentes, tendo-se assim a chamada Criptografia Esses sub-bancos são organizados pela execução
Assimétrica. dos algoritmos capazes de fazer tal varredura das in-
formações.
É feita através de um software e um par de chaves:
Para empresas, trata-se de uma importante ferra-
- Chave pública: disponível para qualquer usu- menta na análise de mercado e tomada de rumo com
ário. potencial para aumentar sua inovação e lucratividade,
aumentando assim o grau de acerto nas decisões.
- Chave privada: secreta, ou seja, somente seu
É amplamente utilizada em diversos setores, como
dono a conhece.
medicina, educação, engenharia, entre outros.
Funciona em dados armazenados em bancos de São projetados para o processamento on-line analí-
dados, gerando assim novos sub-bancos de dados (ge- tico (OLAP: On-line Analytical Processing),e não atra-
ralmente ligados a empresas, mercado de negócios ou vés do processamento transacional on-line (OLTP: On-
pesquisas científicas). line Transactional Processing).
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Noções de Informática
Ao longo dos anos, os dispositivos sofreram diver- Tabelas: também chamadas de relações (daí o
sas modificações, evoluindo e adaptando-se aos apa- nome banco de dados relacional), são onde estão ar-
relhos atuais e sua tecnologia cada vez mais avançada. mazenados os dados. Possui colunas e linhas, as quais
Hoje, podem ser: por meios magnéticos, como disco possuem o seu próprio tipo de dados. Geralmente são
rígido e disquete; por meios ópticos, como CD e DVD; nomeadas com nomes no singular.
por meios eletrônicos, como pen drive e cartão de me-
mória. Existe ainda o armazenamento da nuvem, item Chave primária (Primary Key): principal forma de
que será analisado na sequencia deste material. busca e localização de dados dentro de uma tabela.
Banco de dados: coleção organizada de dados. Chave alternativa (Alternate Key): forma secundá-
Pode ser por OLTP ou OLAP, como visto anteriormen- ria de localização de dados na tabela.
te. Nos processamentos on-line (OLTP), são utilizados
para colher informações, modifica-las e mantê-las em Chave estrangeira (Foreign Key) ou Integridade
uma base diária. Assim, é dinâmico, mudando cons- Referencial: determina que para cada dado exista,
tantemente. Já nos processamentos analíticos (OLAP), deve haver um dado correspondente em outra tabela,
existe uma necessidade de armazenamento e controle ou seja, deve existir uma relação entre todos os dados.
por um determinado período de tempo.
O SGBDR organiza os dados em tabelas e colu- SGBD = Banco de Dados + Programa escrito para
nas, sendo que cada coluna armazena um tipo de sua manipulação
dados. Seu uso mais comum é para implementar as
funções do chamado CRUD (Create, Read, Update
e Delete – Criação, Leitura, Atualização e Exclusão). ARQUITETURAS DE BANCO DE DADOS
Antigamente, as bases de dados eram planas. As infor-
mações eram armazenadas em um arquivo de texto, o As antigas arquiteturas utilizavam mainframes
que dificultava sua pesquisa e análise. Já a base de da- para executar o processamento das funções do siste-
dos relacional, em forma de tabela e colunas, facilita a ma, fazendo com que os usuários tivessem acesso aos
busca por informações específicas. É chamada de ‘rela- sistemas via terminais que não possuíam poder de
cional’ por relacionar inúmeras tabelas entre si, sendo processamento, mas apenas de visualização. Os pro-
que cada tabela tem diversas colunas, das quais todas cessamentos eram feitos de forma remota, fazendo
as outras tabelas podem retirar informações. com que as informações fossem enviadas por redes de
comunicação.
Sua criação e manipulação se dá pelos comandos
escritos na linguagem SQL (Linguagem estruturada A arquitetura cliente-servidor foi então desenvolvi-
query) direcionados a ele. da para que um grande número de computadores, im-
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pressoras, servidores e outros dispositivos pudessem Por fim, fala-se em diferentes tipos de arquitetu-
ser conectados a um banco de dados através de uma ras dos sistemas:
rede, permitindo assim o acesso e processamento de
• Arquitetura centralizada: todas as funcionali-
todos os usuários a esse banco de dados.
dades, execuções, processamento e manutenção
Quando fala-se em estrutura dos bancos de da- das interfaces com o usuário são processadas
dos, importante lembrar a chamada “Arquitetura Três em uma só máquina. Esta máquina possui gran-
Esquemas”, na qual citam-se três níveis: O nível exter- de capacidade de processamento, sendo hospe-
no (ou visão externa), o qual possui um mapeamento deiro do SGBD.
externo/conceitual, que abrange a visão externa dos • Arquitetura de duas camadas (cliente-servi-
usuários, ou seja, a parte do banco de dados que um dor): uma camada é o cliente, outra o servidor.
grupo de usuários tem interesse. O cliente executa tarefas do aplicativo e o ser-
vidor as consultas, retornando o resultado ao
Tal fator é importante tanto para simplificar o aces-
cliente.
so ao usuário, quanto por questões de segurança e pri-
vacidade. • Arquitetura de três camadas: possui uma ca-
mada intermediária entre o cliente e o servidor,
Os usuários podem ser: administrador do banco chamada de servidor web ou servidor de apli-
de dados, projetista, analista (os quais podem utili- cações.
zar uma linguagem mais avançada) ou usuários finais
(usando apenas uma linguagem de consulta, através Arquitetura de dados distribuídos (N camadas):
de formulários ou menus). aqui, a informação fica distribuída em diversos
servidores.
O nível conceitual (esquema conceitual), com o
mapeamento interno/conceitual, o qual descreve a
estrutura do banco de dados para a comunidade de ADMINISTRAÇÃO DO BANCO DE DADOS
usuários. Oculta detalhes do armazenamento físico,
e também pode ser chamado de nível de ‘simulação’ O administrador do banco de dados é o responsá-
entre o nível interno e o externo, devido à sua forma vel por tomar decisões em relações aos dados, como
abstrata em comparação ao modo como os dados são fornecer suporte técnico necessário, decidir quais in-
armazenados. formações devem ser mantidas, identificar as entida-
des de interesse para a empresa, definir um esquema
Por fim, o nível interno, o qual possui o banco de interno para determinar como os dados serão repre-
dados armazenado. Descreve a estrutura de armaze- sentados, assim como definir os mapeamentos do ban-
namento físico do banco de dados, detalhando os ca- co de dados.
minhos de acesso a este. Trata-se de uma representa-
ção de baixo nível do banco de dados por inteiro. É também o elo de ligação entre os usuários e o
banco, fazendo com que os dados necessários estejam
Independência de dados: capacidade de se mudar sempre disponíveis para a busca.
o esquema em um nível do banco de dados sem que
outro nível sofra alterações. Pode ser: lógica: capaci- É responsável também por todas as linguagens de
dade de alterar o esquema conceitual sem mudar o es- definição, definições de segurança, restrição e integri-
quema externo; física: capacidade de mudar o esque- dade, bem como monitorar o desempenho e manuten-
ma interno sem alterar o conceitual. ção do banco de dados.
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Noções de Informática
Vantagens:
CONHECIMENTOS BÁSICOS DE
AMBIENTE DE SERVIDORES: • Diminuição de custos com infraestrutura e
15 suporte técnico, por dispensar a necessidade de
ESTRUTURA DE SERVIDORES
dispositivos de grande capacidade de armaze-
FÍSICOS E VIRTUALIZADOS namento.
Servidores são máquinas que fornecem algum tipo
• Maior agilidade e simplicidade no funciona-
de serviço, seja ele armazenamento de dados, acesso à
mento dos computadores.
internet ou outro qualquer.
• Facilidade de backup.
Servidor físico: computador instalado em determi-
nado local, o qual precisa de manutenção física, como
troca de peças, testes e limpeza para seu correto fun- Desvantagens:
cionamento. Tem como ponto negativo a necessida-
de de um grande investimento em computadores de • Falta de segurança no armazenamento de da-
grande porte e capacidade de armazenamento, além dos sigilosos.
do alto custo de manutenção. Tal custo é refletido tam-
bém com pessoal de TI, energia elétrica gasta com o • Possibilidades de falhas nos servidores.
servidor, entre outros.
• Dependência das empresas que fornecem tais
Servidor virtual: máquina configurada em um sis- serviços (destaca-se, por exemplo, a possibilida-
tema virtual, ou seja, não físico, que possibilita o com- de da empresa responsável pelo servidor vir à
partilhamento de recursos físicos através de processos falência ou possuir um comportamento antiéti-
virtuais. Fala-se em armazenamento e computação na co).
nuvem, itens que serão analisados na sequencia des-
te material. Possui vantagens em relação ao servidor
físico, pois sua manutenção é mais barata, com uma ARMAZENAMENTO NA NUVEM (CLOUD
maior segurança e privacidade e maior capacidade de STORAGE)
armazenamento. Os servidores virtuais utilizam servi-
dores físicos que hospedam servidores virtuais. Forma de armazenamento online que permite ao
usuário concentrar e sincronizar seus dados e arqui-
vos com seu computador, notebook, smartphone, etc,
e acessa-los de qualquer equipamento que esteja co-
COMPUTAÇÃO NA NUVEM E nectado à Internet.
16 ARMAZENAMENTO DE DADOS NA
NUVEM Vantagens:
Desvantagens:
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ANOTAÇÕES
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NORMAS APLICÁVEIS AOS
03
SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS
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Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais
Seção II
Título II
Da Nomeação
Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição
e Substituição Art. 9o A nomeação far-se-á:
3
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Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servi-
termo, no qual deverão constar as atribuições, os de- dor apresentará ao órgão competente os elemen-
veres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao tos necessários ao seu assentamento individual.
cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilate- Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exer-
ralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos cício, que é contado no novo posicionamento na carrei-
de ofício previstos em lei. ra a partir da data de publicação do ato que promover
o servidor.
§ 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias
contados da publicação do ato de provimento. Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro
§ 2o Em se tratando de servidor, que esteja na município em razão de ter sido removido, redistribuí-
data de publicação do ato de provimento, em do, requisitado, cedido ou posto em exercício provisó-
licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, rio terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de
ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, prazo, contados da publicação do ato, para a retomada
VIII, alíneas “a”, “b”, “d”, “e” e “f”, IX e X do do efetivo desempenho das atribuições do cargo, in-
art. 102, o prazo será contado do término do im- cluído nesse prazo o tempo necessário para o desloca-
pedimento. mento para a nova sede.
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§ 2o O disposto neste artigo não se aplica a du- Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em vir-
ração de trabalho estabelecida em leis especiais. tude de sentença judicial transitada em julgado ou de
processo administrativo disciplinar no qual lhe seja as-
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado segurada ampla defesa.
para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a está-
gio probatório por período de 24 (vinte e quatro) me- Seção VII
ses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão
objeto de avaliação para o desempenho do cargo, ob- Da Readaptação
servados os seguinte fatores:
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em
I - assiduidade; cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis
com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade
II - disciplina;
física ou mental verificada em inspeção médica.
III - capacidade de iniciativa;
§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público,
IV - produtividade; o readaptando será aposentado.
V- responsabilidade. § 2o A readaptação será efetivada em cargo de
§ 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período atribuições afins, respeitada a habilitação exigi-
do estágio probatório, será submetida à homo- da, nível de escolaridade e equivalência de ven-
logação da autoridade competente a avaliação cimentos e, na hipótese de inexistência de cargo
do desempenho do servidor, realizada por co- vago, o servidor exercerá suas atribuições como
missão constituída para essa finalidade, de acor- excedente, até a ocorrência de vaga.
do com o que dispuser a lei ou o regulamento
Seção VIII
da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da
continuidade de apuração dos fatores enumera-
Da Reversão
dos nos incisos I a V do caput deste artigo.
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor
§ 2o O servidor não aprovado no estágio proba-
aposentado:
tório será exonerado ou, se estável, reconduzido
ao cargo anteriormente ocupado, observado o I - por invalidez, quando junta médica oficial
disposto no parágrafo único do art. 29. declarar insubsistentes os motivos da aposenta-
§ 3o O servidor em estágio probatório pode- doria; ou
rá exercer quaisquer cargos de provimento em II - no interesse da administração, desde que:
comissão ou funções de direção, chefia ou as-
sessoramento no órgão ou entidade de lotação, a) tenha solicitado a reversão;
e somente poderá ser cedido a outro órgão ou b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
entidade para ocupar cargos de Natureza Espe-
c) estável quando na atividade;
cial, cargos de provimento em comissão do Gru-
po-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco
de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. anos anteriores à solicitação;
§ 4o Ao servidor em estágio probatório somente e) haja cargo vago.
poderão ser concedidas as licenças e os afasta-
§ 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no
mentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94,
cargo resultante de sua transformação.
95 e 96, bem assim afastamento para participar
de curso de formação decorrente de aprovação § 2o O tempo em que o servidor estiver em
em concurso para outro cargo na Administração exercício será considerado para concessão da
Pública Federal. aposentadoria.
§ 5o O estágio probatório ficará suspenso du- § 3o No caso do inciso I, encontrando-se provi-
rante as licenças e os afastamentos previstos nos do o cargo, o servidor exercerá suas atribuições
arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem assim na hipótese como excedente, até a ocorrência de vaga.
de participação em curso de formação, e será
§ 4o O servidor que retornar à atividade por
retomado a partir do término do impedimento.
interesse da administração perceberá, em subs-
tituição aos proventos da aposentadoria, a re-
Seção V muneração do cargo que voltar a exercer, inclu-
sive com as vantagens de natureza pessoal que
Da Estabilidade percebia anteriormente à aposentadoria.
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e § 5o O servidor de que trata o inciso II somen-
empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá te terá os proventos calculados com base nas
estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) regras atuais se permanecer pelo menos cinco
anos de efetivo exercício. anos no cargo.
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I - exoneração;
Seção IX
II - demissão;
Da Reintegração
III - promoção;
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor
VI - readaptação;
estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo
resultante de sua transformação, quando invalidada a VII - aposentadoria;
sua demissão por decisão administrativa ou judicial,
VIII - posse em outro cargo inacumulável;
com ressarcimento de todas as vantagens.
IX - falecimento.
§ 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o
servidor ficará em disponibilidade, observado o Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedi-
disposto nos arts. 30 e 31. do do servidor, ou de ofício.
Seção XI Da Remoção
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pe-
Da Disponibilidade e do Aproveitamento dido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponi- ou sem mudança de sede.
bilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório
Parágrafo único. Para fins do disposto neste ar-
em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis
tigo, entende-se por modalidades de remoção:
com o anteriormente ocupado.
I - de ofício, no interesse da Administração;
Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil
determinará o imediato aproveitamento de servidor II - a pedido, a critério da Administração;
em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos ór- III - a pedido, para outra localidade, indepen-
gãos ou entidades da Administração Pública Federal. dentemente do interesse da Administração:
Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o a) para acompanhar cônjuge ou companheiro,
do art. 37, o servidor posto em disponibilidade também servidor público civil ou militar, de
poderá ser mantido sob responsabilidade do ór- qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
gão central do Sistema de Pessoal Civil da Ad- Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslo-
ministração Federal - SIPEC, até o seu adequado cado no interesse da Administração;
aproveitamento em outro órgão ou entidade.
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge,
Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e companheiro ou dependente que viva às suas
cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em expensas e conste do seu assentamento funcio-
exercício no prazo legal, salvo doença comprovada nal, condicionada à comprovação por junta mé-
por junta médica oficial. dica oficial;
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c) em virtude de processo seletivo promovido, lativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o
na hipótese em que o número de interessados exercício do cargo ou função de direção ou che-
for superior ao número de vagas, de acordo com fia e os de Natureza Especial, nos afastamentos,
normas preestabelecidas pelo órgão ou entida- impedimentos legais ou regulamentares do ti-
de em que aqueles estejam lotados. tular e na vacância do cargo, hipóteses em que
deverá optar pela remuneração de um deles du-
Seção II rante o respectivo período.
§ 2o O substituto fará jus à retribuição pelo
Da Redistribuição
exercício do cargo ou função de direção ou che-
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de fia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos
provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do dos afastamentos ou impedimentos legais do ti-
quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entida- tular, superiores a trinta dias consecutivos, paga
de do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão na proporção dos dias de efetiva substituição,
central do SIPEC, observados os seguintes preceitos: que excederem o referido período.
I - interesse da administração; Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos ti-
tulares de unidades administrativas organizadas em
II - equivalência de vencimentos; nível de assessoria.
III - manutenção da essência das atribuições do
cargo; Título III
IV - vinculação entre os graus de responsabili-
dade e complexidade das atividades; Dos Direitos e Vantagens
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade
ou habilitação profissional; Capítulo I
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensal-
de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natu- mente, a título de remuneração, importância superior
reza Especial terão substitutos indicados no regimento à soma dos valores percebidos como remuneração, em
interno ou, no caso de omissão, previamente designa- espécie, a qualquer título, no âmbito dos respectivos
dos pelo dirigente máximo do órgão ou entidade. Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do
Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribunal
§ 1o O substituto assumirá automática e cumu- Federal.
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Art. 44. O servidor perderá: Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao
servidor as seguintes vantagens:
I - a remuneração do dia em que faltar ao servi-
ço, sem motivo justificado; I - indenizações;
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Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não Subseção IV
sendo servidor da União, for nomeado para cargo em
comissão, com mudança de domicílio. Do Auxílio-Moradia
Parágrafo único. No afastamento previsto no Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento
inciso I do art. 93, a ajuda de custo será paga das despesas comprovadamente realizadas pelo servi-
pelo órgão cessionário, quando cabível. dor com aluguel de moradia ou com meio de hospeda-
gem administrado por empresa hoteleira, no prazo de
Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda um mês após a comprovação da despesa pelo servidor.
de custo quando, injustificadamente, não se apresen-
tar na nova sede no prazo de 30 (trinta) dias. Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor
se atendidos os seguintes requisitos:
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Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limi- Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput
tado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo deste artigo somente estará sujeita às revisões
em comissão, função comissionada ou cargo de Minis- gerais de remuneração dos servidores públicos
tro de Estado ocupado. federais.
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Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que ope- mente instituído no âmbito da administração
ram com Raios X ou substâncias radioativas serão pública federal;
mantidos sob controle permanente, de modo que as
doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível II - participar de banca examinadora ou de co-
máximo previsto na legislação própria. missão para exames orais, para análise curricu-
lar, para correção de provas discursivas, para
Parágrafo único. Os servidores a que se refere elaboração de questões de provas ou para jul-
este artigo serão submetidos a exames médicos gamento de recursos intentados por candidatos;
a cada 6 (seis) meses.
III - participar da logística de preparação e de
realização de concurso público envolvendo ati-
Subseção V vidades de planejamento, coordenação, super-
visão, execução e avaliação de resultado, quan-
Do Adicional por Serviço Extraordinário do tais atividades não estiverem incluídas entre
as suas atribuições permanentes;
Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado
com acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em rela- IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar
ção à hora normal de trabalho. provas de exame vestibular ou de concurso pú-
blico ou supervisionar essas atividades.
Art. 74. Somente será permitido serviço extraordiná-
rio para atender a situações excepcionais e temporá- § 1o Os critérios de concessão e os limites da
rias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por gratificação de que trata este artigo serão fixa-
jornada. dos em regulamento, observados os seguintes
parâmetros:
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário com- II - a retribuição não poderá ser superior ao
preendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 equivalente a 120 (cento e vinte) horas de traba-
(cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acres- lho anuais, ressalvada situação de excepciona-
cido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se lidade, devidamente justificada e previamente
cada hora como cinqüenta e dois minutos e trinta se- aprovada pela autoridade máxima do órgão ou
gundos. entidade, que poderá autorizar o acréscimo de
até 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais;
Parágrafo único. Em se tratando de serviço ex-
traordinário, o acréscimo de que trata este artigo III - o valor máximo da hora trabalhada corres-
incidirá sobre a remuneração prevista no art. 73. ponderá aos seguintes percentuais, incidentes
sobre o maior vencimento básico da administra-
ção pública federal:
Subseção VII
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento),
Do Adicional de Férias em se tratando de atividades previstas nos inci-
sos I e II do caput deste artigo;
Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago
ao servidor, por ocasião das férias, um adicional cor- b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento),
respondente a 1/3 (um terço) da remuneração do perí- em se tratando de atividade prevista nos incisos
odo das férias. III e IV do caput deste artigo.
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§ 3o As férias poderão ser parceladas em até três § 3o É vedado o exercício de atividade remune-
etapas, desde que assim requeridas pelo servi- rada durante o período da licença prevista no
dor, e no interesse da administração pública. inciso I deste artigo.
Art. 78. O pagamento da remuneração das férias será Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta)
efetuado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo dias do término de outra da mesma espécie será consi-
período, observando-se o disposto no § 1o deste artigo. derada como prorrogação.
Parágrafo único. O restante do período interrompido será § 3o O início do interstício de 12 (doze) meses
gozado de uma só vez, observado o disposto no art. 77. será contado a partir da data do deferimento da
primeira licença concedida.
Capítulo IV § 4o A soma das licenças remuneradas e das
licenças não remuneradas, incluídas as respec-
Das Licenças tivas prorrogações, concedidas em um mesmo
período de 12 (doze) meses, observado o dis-
Seção I posto no § 3o, não poderá ultrapassar os limites
estabelecidos nos incisos I e II do § 2o.
Disposições Gerais
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença: Seção III
I - por motivo de doença em pessoa da família; Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para
companheiro; acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslo-
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cado para outro ponto do território nacional, para o Parágrafo único. Os períodos de licença de que
exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos trata o caput não são acumuláveis.
Poderes Executivo e Legislativo.
Seção VII
§ 1o A licença será por prazo indeterminado e
sem remuneração. Da Licença para Tratar de Interesses Particulares
§ 2o No deslocamento de servidor cujo cônju- Art. 91. A critério da Administração, poderão ser con-
ge ou companheiro também seja servidor pú- cedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde
blico, civil ou militar, de qualquer dos Poderes que não esteja em estágio probatório, licenças para o
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos trato de assuntos particulares pelo prazo de até três
Municípios, poderá haver exercício provisório anos consecutivos, sem remuneração.
em órgão ou entidade da Administração Fede-
ral direta, autárquica ou fundacional, desde que Parágrafo único. A licença poderá ser interrom-
para o exercício de atividade compatível com o pida, a qualquer tempo, a pedido do servidor
seu cargo. ou no interesse do serviço.
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lação vigente, os programas de capacitação e Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade
os critérios para participação em programas de que houver expedido o ato ou proferido a primeira de-
pós-graduação no País, com ou sem afastamen- cisão, não podendo ser renovado.
to do servidor, que serão avaliados por um co-
mitê constituído para este fim. Parágrafo único. O requerimento e o pedido de
reconsideração de que tratam os artigos anterio-
§ 2o Os afastamentos para realização de pro- res deverão ser despachados no prazo de 5 (cin-
gramas de mestrado e doutorado somente serão co) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.
concedidos aos servidores titulares de cargos
efetivos no respectivo órgão ou entidade há Art. 107. Caberá recurso:
pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (qua-
tro) anos para doutorado, incluído o período de I - do indeferimento do pedido de reconsidera-
estágio probatório, que não tenham se afastado ção;
por licença para tratar de assuntos particulares II - das decisões sobre os recursos sucessiva-
para gozo de licença capacitação ou com funda- mente interpostos.
mento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à
data da solicitação de afastamento. § 1o O recurso será dirigido à autoridade ime-
diatamente superior à que tiver expedido o ato
§ 3o Os afastamentos para realização de pro- ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em
gramas de pós-doutorado somente serão conce- escala ascendente, às demais autoridades.
didos aos servidores titulares de cargos efetivo
no respectivo órgão ou entidade há pelo menos § 2o O recurso será encaminhado por intermé-
quatro anos, incluído o período de estágio pro- dio da autoridade a que estiver imediatamente
batório, e que não tenham se afastado por licen- subordinado o requerente.
ça para tratar de assuntos particulares ou com Art. 108. O prazo para interposição de pedido de re-
fundamento neste artigo, nos quatro anos ante- consideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a con-
riores à data da solicitação de afastamento. tar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da
§ 4o Os servidores beneficiados pelos afasta- decisão recorrida.
mentos previstos nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo
Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito
terão que permanecer no exercício de suas fun-
suspensivo, a juízo da autoridade competente.
ções após o seu retorno por um período igual ao
do afastamento concedido. Parágrafo único. Em caso de provimento do pe-
§ 5o Caso o servidor venha a solicitar exonera- dido de reconsideração ou do recurso, os efeitos
ção do cargo ou aposentadoria, antes de cum- da decisão retroagirão à data do ato impugnado.
prido o período de permanência previsto no § Art. 110. O direito de requerer prescreve:
4o deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou enti-
dade, na forma do art. 47 da Lei no 8.112, de 11 I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demis-
de dezembro de 1990, dos gastos com seu aper- são e de cassação de aposentadoria ou disponi-
feiçoamento. bilidade, ou que afetem interesse patrimonial e
§ 6o Caso o servidor não obtenha o título ou créditos resultantes das relações de trabalho;
grau que justificou seu afastamento no perío- II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos,
do previsto, aplica-se o disposto no § 5o deste salvo quando outro prazo for fixado em lei.
artigo, salvo na hipótese comprovada de força
maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente Parágrafo único. O prazo de prescrição será
máximo do órgão ou entidade. contado da data da publicação do ato impugna-
do ou da data da ciência pelo interessado, quan-
§ 7o Aplica-se à participação em programa de do o ato não for publicado.
pós-graduação no Exterior, autorizado nos ter-
mos do art. 95 desta Lei, o disposto nos §§ 1o a Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso,
6o deste artigo. quando cabíveis, interrompem a prescrição.
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Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art.
casos de violação de proibição constante do art. 117, 117.
incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever
funcional previsto em lei, regulamentação ou norma Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação
interna, que não justifique imposição de penalidade ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a au-
mais grave. toridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor,
por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reinci- opção no prazo improrrogável de dez dias, contados
dência das faltas punidas com advertência e de viola- da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará
ção das demais proibições que não tipifiquem infração procedimento sumário para a sua apuração e regulari-
sujeita a penalidade de demissão, não podendo exce- zação imediata, cujo processo administrativo discipli-
der de 90 (noventa) dias. nar se desenvolverá nas seguintes fases:
§ 1o Será punido com suspensão de até 15 I - instauração, com a publicação do ato que
(quinze) dias o servidor que, injustificadamen- constituir a comissão, a ser composta por dois
te, recusar-se a ser submetido a inspeção médica servidores estáveis, e simultaneamente indicar a
determinada pela autoridade competente, ces- autoria e a materialidade da transgressão objeto
sando os efeitos da penalidade uma vez cumpri- da apuração;
da a determinação.
II - instrução sumária, que compreende indicia-
§ 2o Quando houver conveniência para o servi- ção, defesa e relatório;
ço, a penalidade de suspensão poderá ser con-
vertida em multa, na base de 50% (cinqüenta III - julgamento.
por cento) por dia de vencimento ou remunera-
§ 1o A indicação da autoria de que trata o in-
ção, ficando o servidor obrigado a permanecer
ciso I dar-se-á pelo nome e matrícula do servi-
em serviço.
dor, e a materialidade pela descrição dos cargos,
empregos ou funções públicas em situação de
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspen-
acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de
são terão seus registros cancelados, após o decurso de
vinculação, das datas de ingresso, do horário de
3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectiva-
trabalho e do correspondente regime jurídico.
mente, se o servidor não houver, nesse período, prati-
cado nova infração disciplinar. § 2o A comissão lavrará, até três dias após a pu-
blicação do ato que a constituiu, termo de indi-
Parágrafo único. O cancelamento da penalida- ciação em que serão transcritas as informações
de não surtirá efeitos retroativos. de que trata o parágrafo anterior, bem como
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes ca- promoverá a citação pessoal do servidor indi-
sos: ciado, ou por intermédio de sua chefia imediata,
para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa
I - crime contra a administração pública; escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na
repartição, observado o disposto nos arts. 163 e
II - abandono de cargo;
164.
III - inassiduidade habitual;
§ 3o Apresentada a defesa, a comissão elabora-
IV - improbidade administrativa; rá relatório conclusivo quanto à inocência ou à
responsabilidade do servidor, em que resumirá
V - incontinência pública e conduta escandalo- as peças principais dos autos, opinará sobre a
sa, na repartição; licitude da acumulação em exame, indicará o
VI - insubordinação grave em serviço; respectivo dispositivo legal e remeterá o proces-
so à autoridade instauradora, para julgamento.
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a
particular, salvo em legítima defesa própria ou § 4o No prazo de cinco dias, contados do recebi-
de outrem; mento do processo, a autoridade julgadora pro-
ferirá a sua decisão, aplicando-se, quando for o
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; caso, o disposto no § 3o do art. 167.
IX - revelação de segredo do qual se apropriou § 5o A opção pelo servidor até o último dia de
em razão do cargo; prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipó-
tese em que se converterá automaticamente em
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do
pedido de exoneração do outro cargo.
patrimônio nacional;
§ 6o Caracterizada a acumulação ilegal e pro-
XI - corrupção;
vada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão,
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou destituição ou cassação de aposentadoria ou
funções públicas; disponibilidade em relação aos cargos, empre-
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gos ou funções públicas em regime de acumula- dicação dos dias de falta ao serviço sem causa
ção ilegal, hipótese em que os órgãos ou entida- justificada, por período igual ou superior a ses-
des de vinculação serão comunicados. senta dias interpoladamente, durante o período
de doze meses;
§ 7o O prazo para a conclusão do processo ad-
ministrativo disciplinar submetido ao rito su- II - após a apresentação da defesa a comissão
mário não excederá trinta dias, contados da data elaborará relatório conclusivo quanto à inocên-
de publicação do ato que constituir a comissão, cia ou à responsabilidade do servidor, em que
admitida a sua prorrogação por até quinze dias, resumirá as peças principais dos autos, indicará
quando as circunstâncias o exigirem. o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipó-
tese de abandono de cargo, sobre a intenciona-
§ 8o O procedimento sumário rege-se pelas dis- lidade da ausência ao serviço superior a trinta
posições deste artigo, observando-se, no que lhe dias e remeterá o processo à autoridade instau-
for aplicável, subsidiariamente, as disposições radora para julgamento.
dos Títulos IV e V desta Lei.
Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibi-
lidade do inativo que houver praticado, na atividade, I - pelo Presidente da República, pelos Presi-
falta punível com a demissão. dentes das Casas do Poder Legislativo e dos
Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido República, quando se tratar de demissão e cas-
por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos sação de aposentadoria ou disponibilidade de
casos de infração sujeita às penalidades de suspensão servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão,
e de demissão. ou entidade;
Parágrafo único. Constatada a hipótese de que II - pelas autoridades administrativas de hierar-
trata este artigo, a exoneração efetuada nos ter- quia imediatamente inferior àquelas mencio-
mos do art. 35 será convertida em destituição de nadas no inciso anterior quando se tratar de
cargo em comissão. suspensão superior a 30 (trinta) dias;
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em co- III - pelo chefe da repartição e outras autori-
missão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. dades na forma dos respectivos regimentos ou
132, implica a indisponibilidade dos bens e o ressar- regulamentos, nos casos de advertência ou de
cimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível. suspensão de até 30 (trinta) dias;
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em co- IV - pela autoridade que houver feito a nomea-
missão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, ção, quando se tratar de destituição de cargo em
incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura comissão.
em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
Parágrafo único. Não poderá retornar ao servi-
ço público federal o servidor que for demitido I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puní-
ou destituído do cargo em comissão por infrin- veis com demissão, cassação de aposentadoria
gência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. ou disponibilidade e destituição de cargo em
comissão;
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência in-
tencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
consecutivos.
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à ad-
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a fal- vertência.
ta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, § 1o O prazo de prescrição começa a correr da
interpoladamente, durante o período de doze meses. data em que o fato se tornou conhecido.
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inas- § 2o Os prazos de prescrição previstos na lei
siduidade habitual, também será adotado o procedi- penal aplicam-se às infrações disciplinares capi-
mento sumário a que se refere o art. 133, observando- tuladas também como crime.
-se especialmente que:
§ 3o A abertura de sindicância ou a instauração
de processo disciplinar interrompe a prescri-
I - a indicação da materialidade dar-se-á:
ção, até a decisão final proferida por autoridade
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indi- competente.
cação precisa do período de ausência intencio- § 4o Interrompido o curso da prescrição, o pra-
nal do servidor ao serviço superior a trinta dias; zo começará a correr a partir do dia em que ces-
b) no caso de inassiduidade habitual, pela in- sar a interrupção.
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Art. 8o São requisitos de escolaridade para ingresso: Art. 13. A Gratificação Judiciária (GAJ) será calcula-
I - para o cargo de Analista Judiciário, curso de da mediante aplicação do percentual de 90% (noventa
ensino superior, inclusive licenciatura plena, por cento) sobre o vencimento básico estabelecido no
correlacionado com a especialidade, se for o Anexo II desta Lei.
caso; § 1o O percentual previsto no caput será imple-
mentado gradativamente e corresponderá a:
II - para o cargo de Técnico Judiciário, curso de
ensino médio, ou curso técnico equivalente, cor- I - 62% (sessenta e dois por cento), a partir de 1o
relacionado com a especialidade, se for o caso; de janeiro de 2013;
III - para o cargo de Auxiliar Judiciário, curso de II - 75,2% (setenta e cinco inteiros e dois décimos
ensino fundamental. por cento), a partir de 1o de janeiro de 2014; e
Parágrafo único. Além dos requisitos previstos III - 90% (noventa por cento), a partir de 1o de
neste artigo, poderão ser exigidos formação es- janeiro de 2015.
pecializada, experiência e registro profissional
IV - 42% (quarenta e dois por cento), a partir de
a serem definidos em regulamento e especifica-
1o de dezembro de 2007;
dos em edital de concurso.
V - 46% (quarenta e seis por cento), a partir de
Do Desenvolvimento na Carreira 1o de julho de 2008;
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§ 3o O servidor das Carreiras dos Quadros de berá, durante o afastamento, o adicional de que
Pessoal do Poder Judiciário cedido não perce- trata este artigo, salvo na hipótese de cessão
berá, durante o afastamento, a gratificação de para órgãos da União, na condição de optante
que trata este artigo, salvo na hipótese de cessão pela remuneração do cargo efetivo.
para órgãos da União, na condição de optante
pela remuneração do cargo efetivo. Art. 16. Fica instituída a Gratificação de Atividade Ex-
terna – GAE, devida exclusivamente aos ocupantes do
Art. 14. É instituído o Adicional de Qualificação – AQ cargo de Analista Judiciário referidos no § 1o do art.
destinado aos servidores das Carreiras dos Quadros 4o desta Lei.
de Pessoal do Poder Judiciário, em razão dos conhe- § 1o A gratificação de que trata este artigo cor-
cimentos adicionais adquiridos em ações de treina- responde a 35% (trinta e cinco por cento) do
mento, títulos, diplomas ou certificados de cursos de vencimento básico do servidor.
pós-graduação, em sentido amplo ou estrito, em áreas
de interesse dos órgãos do Poder Judiciário a serem § 2o É vedada a percepção da gratificação pre-
estabelecidas em regulamento. vista neste artigo pelo servidor designado para
o exercício de função comissionada ou nomea-
§ 1o O adicional de que trata este artigo não
do para cargo em comissão.
será concedido quando o curso constituir requi-
sito para ingresso no cargo. Art. 17. Fica instituída a Gratificação de Atividade de
§ 3o Para efeito do disposto neste artigo, serão Segurança – GAS, devida exclusivamente aos ocupan-
considerados somente os cursos e as instituições tes dos cargos de Analista Judiciário e de Técnico Judi-
de ensino reconhecidos pelo Ministério da Edu- ciário referidos no § 2o do art. 4o desta Lei.
cação, na forma da legislação. § 1o A gratificação de que trata este artigo cor-
§ 4o Serão admitidos cursos de pós-graduação responde a 35% (trinta e cinco por cento) do
lato sensu somente com duração mínima de 360 vencimento básico do servidor.
(trezentas e sessenta) horas. § 2o É vedada a percepção da gratificação pre-
vista neste artigo pelo servidor designado para
§ 5o O adicional será considerado no cálculo
o exercício de função comissionada ou nomea-
dos proventos e das pensões, somente se o título
do para cargo em comissão.
ou o diploma forem anteriores à data da inativa-
ção, excetuado do cômputo o disposto no inciso § 3o É obrigatória a participação em programa
V do art. 15 desta Lei. de reciclagem anual, conforme disciplinado em
regulamento, para o recebimento da gratifica-
Art. 15. O Adicional de Qualificação – AQ incidirá so- ção prevista no caput deste artigo.
bre o vencimento básico do servidor, da seguinte forma:
I - 12,5% (doze vírgula cinco por cento), em se Art. 18. A retribuição pelo exercício de Cargo em Co-
tratando de título de Doutor; missão e Função Comissionada é a constante dos Ane-
xos III e IV desta Lei, respectivamente.
II - 10% (dez por cento), em se tratando de título
de Mestre; § 1o O valor fixado no Anexo III desta Lei en-
trará em vigor a partir de 1o de dezembro de
III - 7,5% (sete vírgula cinco por cento), em se 2008, adotando-se, até essa data, as retribuições
tratando de certificado de Especialização; constantes do Anexo VI desta Lei.
V - 1% (um por cento) ao servidor que possuir § 2o Ao servidor integrante das Carreiras de
conjunto de ações de treinamento que totalize que trata esta Lei e ao cedido ao Poder Judiciá-
pelo menos 120 (cento e vinte) horas, observado rio, investidos em Cargo em Comissão, é facul-
o limite de 3% (três por cento). tado optar pela remuneração de seu cargo efe-
tivo ou emprego permanente, acrescida de 65%
§ 1o Em nenhuma hipótese o servidor perce-
(sessenta e cinco por cento) dos valores fixados
berá cumulativamente mais de um percentual
no Anexo III desta Lei.
dentre os previstos nos incisos I a IV do caput
deste artigo. § 3o O servidor integrante das Carreiras de que
trata esta Lei e o cedido ao Poder Judiciário, in-
§ 2o Os coeficientes relativos às ações de treina-
vestidos em Função Comissionada, perceberão
mento previstas no inciso V deste artigo serão
a remuneração de seu cargo efetivo ou emprego
aplicados pelo prazo de 4 (quatro) anos, a contar
permanente, acrescida dos valores constantes
da data de conclusão da última ação que totali-
do Anexo VIII desta Lei.
zou o mínimo de 120 (cento e vinte) horas.
§ 3o O adicional de qualificação será devido a Disposições Finais e Transitórias
partir do dia da apresentação do título, diploma
Art. 19. Os cargos de provimento efetivo das Carrei-
ou certificado.
ras dos Quadros de Pessoal do Poder Judiciário, a que
§ 4o O servidor das Carreiras dos Quadros de se refere o art. 3o da Lei no 10.475, de 27 de junho de
Pessoal do Poder Judiciário cedido não perce- 2002, são estruturados na forma do Anexo V desta Lei.
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Art. 20. Para efeito da aplicação do art. 36 da Lei no 2002, será implementada em parcelas sucessivas, não
8.112, de 11 de dezembro de 1990, conceitua-se como cumulativas, observada a seguinte razão:
Quadro a estrutura de cada Justiça Especializada, po- I - 15% (quinze por cento), a partir de 1o de ju-
dendo haver remoção, nos termos da lei, no âmbito da nho de 2006;
Justiça Federal, da Justiça do Trabalho, da Justiça Elei-
toral e da Justiça Militar. II - 30% (trinta por cento), a partir de 1o de de-
zembro de 2006;
Art. 21. Os concursos públicos realizados ou em an-
III - 45% (quarenta e cinco por cento), a partir de
damento, na data da publicação desta Lei, para os
1o de julho de 2007;
Quadros de Pessoal dos Órgãos do Poder Judiciário
da União são válidos para ingresso nas Carreiras dos IV - 60% (sessenta por cento), a partir de 1o de
Quadros de Pessoal do Poder Judiciário, observados a dezembro de 2007;
correlação entre as atribuições, as especialidades e o
V - 80% (oitenta por cento), a partir de 1o de ju-
grau de escolaridade.
lho de 2008;
Art. 22. O enquadramento previsto no art. 4o e no VI - integralmente, a partir de 1o de dezembro
Anexo III da Lei nº 9.421, de 24 de dezembro de 1996, de 2008.
estende-se aos servidores que prestaram concurso an-
tes de 26 de dezembro de 1996 e foram nomeados após § 1o Os percentuais das gratificações previstas
essa data, produzindo todos os efeitos legais e finan- nos arts. 13, 14, 16 e 17 desta Lei incidirão so-
ceiros desde o ingresso no Quadro de Pessoal. bre os valores constantes do Anexo IX desta Lei
mencionados no caput deste artigo.
Art. 24. Os órgãos do Poder Judiciário da União fixa-
§ 2o O percentual das gratificações de que tra-
rão em ato próprio a lotação dos cargos efetivos, das
tam os arts. 16 e 17 desta Lei será implementado
funções comissionadas e dos cargos em comissão nas
em parcelas sucessivas, não cumulativas, inci-
unidades componentes de sua estrutura.
dindo sobre os valores constantes do Anexo IX
Parágrafo único. Os órgãos de que trata este desta Lei, observada a seguinte razão:
artigo ficam autorizados a transformar, sem
aumento de despesa, no âmbito de suas com- I - 5% (cinco por cento), a partir de 1o de junho
petências, as funções comissionadas e os cargos de 2006;
em comissão de seu quadro de pessoal, vedada II - 11% (onze por cento), a partir de 1o de de-
a transformação de função em cargo ou vice- zembro de 2006;
-versa.
III - 16% (dezesseis por cento), a partir de 1o de
julho de 2007;
Art. 25. Serão aplicadas aos servidores do Poder Judi-
ciário da União as revisões gerais dos servidores pú- IV - 21% (vinte e um por cento), a partir de 1o de
blicos federais, observado o que a respeito resolver o dezembro de 2007;
Supremo Tribunal Federal. V - 28% (vinte e oito por cento), a partir de 1o de
julho de 2008;
Art. 26. Caberá ao Supremo Tribunal Federal, ao Con-
selho Nacional de Justiça, aos Tribunais Superiores, ao VI - integralmente, a partir de 1o de dezembro
Conselho da Justiça Federal, ao Conselho Superior da de 2008.
Justiça do Trabalho e ao Tribunal de Justiça do Distrito § 3o Até que seja integralizado o vencimento bá-
Federal e Territórios, no âmbito de suas competências, sico previsto no Anexo IX desta Lei, será faculta-
baixar os atos regulamentares necessários à aplicação do, excepcionalmente, aos servidores referidos
desta Lei, observada a uniformidade de critérios e pro- no § 1o do art. 4o desta Lei optar pela percepção
cedimentos, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a da Gratificação de Atividade Externa - GAE ou
contar de sua publicação. da Função Comissionada que exerçam, observa-
do o disposto no art. 18 desta Lei.
Art. 27. A elaboração dos regulamentos de que trata
esta Lei pode contar com a participação das entidades
sindicais. Art. 31. A eficácia do disposto nesta Lei fica condicio-
nada ao atendimento do § 1o do art. 169 da Constitui-
Art. 28. O disposto nesta Lei aplica-se, no que couber, ção Federal e das normas pertinentes da Lei Comple-
aos aposentados e pensionistas, nos termos da Consti- mentar no 101, de 4 de maio de 2000.
tuição Federal.
Art. 32. Esta Lei entra em vigor na data de sua publi-
Art. 29. As despesas resultantes da execução desta Lei cação.
correm à conta das dotações consignadas aos Órgãos
do Poder Judiciário no Orçamento Geral da União. Art. 33. Ficam revogadas a Lei no 9.421, de 24 de de-
zembro de 1996, a Lei no 10.475, de 27 de junho de
Art. 30. A diferença entre o vencimento fixado por esta 2002, a Lei no 10.417, de 5 de abril de 2002, e a Lei no
Lei e o decorrente da Lei no 10.475, de 27 de junho de 10.944, de 16 de setembro de 2004.
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§ 3o A motivação das decisões de órgãos cole- Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta
giados e comissões ou de decisões orais consta- lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente
rá da respectiva ata ou de termo escrito. ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designa-
ção, contratação ou qualquer outra forma de investi-
CAPÍTULO XVI dura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função
nas entidades mencionadas no artigo anterior.
DOS PRAZOS
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que
Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data couber, àquele que, mesmo não sendo agente público,
da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia induza ou concorra para a prática do ato de improbi-
do começo e incluindo-se o do vencimento. dade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou
indireta.
§ 1o Considera-se prorrogado o prazo até o pri-
meiro dia útil seguinte se o vencimento cair em Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierar-
dia em que não houver expediente ou este for quia são obrigados a velar pela estrita observância dos
encerrado antes da hora normal. princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade
e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.
§ 2o Os prazos expressos em dias contam-se de
modo contínuo. Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por
ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de
§ 3o Os prazos fixados em meses ou anos con- terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.
tam-se de data a data. Se no mês do vencimento
não houver o dia equivalente àquele do início do Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o
prazo, tem-se como termo o último dia do mês. agente público ou terceiro beneficiário os bens ou va-
lores acrescidos ao seu patrimônio.
Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente
comprovado, os prazos processuais não se suspendem. Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao
patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito,
caberá a autoridade administrativa responsável pelo
inquérito representar ao Ministério Público, para a in-
disponibilidade dos bens do indiciado.
04 IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Parágrafo único. A indisponibilidade a que se
refere o caput deste artigo recairá sobre bens
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992.
que assegurem o integral ressarcimento do
Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes pú- dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resul-
blicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício tante do enriquecimento ilícito.
de mandato, cargo, emprego ou função na administra-
Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patri-
ção pública direta, indireta ou fundacional e dá outras
mônio público ou se enriquecer ilicitamente está su-
providências.
jeito às cominações desta lei até o limite do valor da
herança.
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
Das Disposições Gerais
Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qual- Dos Atos de Improbidade Administrativa
quer agente público, servidor ou não, contra a admi-
nistração direta, indireta ou fundacional de qualquer Seção I
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Fede- Dos Atos de Improbidade Administrativa que
ral, dos Municípios, de Território, de empresa incorpo- Importam Enriquecimento Ilícito
rada ao patrimônio público ou de entidade para cuja
criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa
com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da importando enriquecimento ilícito auferir qualquer
receita anual, serão punidos na forma desta lei. tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do
exercício de cargo, mandato, função, emprego ou ati-
Parágrafo único. Estão também sujeitos às pe- vidade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei,
nalidades desta lei os atos de improbidade pra- e notadamente:
ticados contra o patrimônio de entidade que
receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal I - receber, para si ou para outrem, dinheiro,
ou creditício, de órgão público bem como da- bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra van-
quelas para cuja criação ou custeio o erário haja tagem econômica, direta ou indireta, a título de
concorrido ou concorra com menos de cinqüen- comissão, percentagem, gratificação ou presen-
ta por cento do patrimônio ou da receita anual, te de quem tenha interesse, direto ou indireto,
limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial que possa ser atingido ou amparado por ação
à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos ou omissão decorrente das atribuições do agen-
cofres públicos. te público;
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particular, veículos, máquinas, equipamentos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa
ou material de qualquer natureza, de proprie- civil de até três vezes o valor do acréscimo patri-
dade ou à disposição de qualquer das entidades monial e proibição de contratar com o Poder Pú-
mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o blico ou receber benefícios ou incentivos fiscais
trabalho de servidor público, empregados ou ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda
terceiros contratados por essas entidades. que por intermédio de pessoa jurídica da qual
seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento
que tenha por objeto a prestação de serviços pú- II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral
blicos por meio da gestão associada sem obser- do dano, perda dos bens ou valores acrescidos
var as formalidades previstas na lei; ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta cir-
cunstância, perda da função pública, suspensão
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio
dos direitos políticos de cinco a oito anos, paga-
público sem suficiente e prévia dotação orça-
mento de multa civil de até duas vezes o valor
mentária, ou sem observar as formalidades pre-
do dano e proibição de contratar com o Poder
vistas na lei.
Público ou receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,
Seção III
ainda que por intermédio de pessoa jurídica da
Dos Atos de Improbidade Administrativa que qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco
Atentam Contra os Princípios da Administração anos;
Pública III - na hipótese do art. 11, ressarcimento inte-
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa gral do dano, se houver, perda da função pú-
que atenta contra os princípios da administração pú- blica, suspensão dos direitos políticos de três a
blica qualquer ação ou omissão que viole os deveres cinco anos, pagamento de multa civil de até cem
de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade vezes o valor da remuneração percebida pelo
às instituições, e notadamente: agente e proibição de contratar com o Poder Pú-
blico ou receber benefícios ou incentivos fiscais
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda
regulamento ou diverso daquele previsto, na re- que por intermédio de pessoa jurídica da qual
gra de competência; seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamen- Parágrafo único. Na fixação das penas previstas
te, ato de ofício; nesta lei o juiz levará em conta a extensão do
III - revelar fato ou circunstância de que tem ci- dano causado, assim como o proveito patrimo-
ência em razão das atribuições e que deva per- nial obtido pelo agente.
manecer em segredo;
IV - negar publicidade aos atos oficiais; CAPÍTULO IV
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§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será
cópia da declaração anual de bens apresentada proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurí-
à Delegacia da Receita Federal na conformidade dica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da
da legislação do Imposto sobre a Renda e pro- medida cautelar.
ventos de qualquer natureza, com as necessárias
§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação
atualizações, para suprir a exigência contida no
nas ações de que trata o caput.
caput e no § 2° deste artigo .
§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, pro-
CAPÍTULO V moverá as ações necessárias à complementação
do ressarcimento do patrimônio público.
Do Procedimento Administrativo e do Processo § 3o No caso de a ação principal ter sido pro-
Judicial posta pelo Ministério Público, aplica-se, no que
couber, o disposto no § 3o do art. 6o da Lei no
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autori-
4.717, de 29 de junho de 1965.
dade administrativa competente para que seja instau-
rada investigação destinada a apurar a prática de ato § 4º O Ministério Público, se não intervir no
de improbidade. processo como parte, atuará obrigatoriamente,
como fiscal da lei, sob pena de nulidade.
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzi-
da a termo e assinada, conterá a qualificação do § 5o A propositura da ação prevenirá a jurisdi-
representante, as informações sobre o fato e sua ção do juízo para todas as ações posteriormente
autoria e a indicação das provas de que tenha intentadas que possuam a mesma causa de pe-
conhecimento. dir ou o mesmo objeto.
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a re- § 6o A ação será instruída com documentos ou
presentação, em despacho fundamentado, se justificação que contenham indícios suficientes
esta não contiver as formalidades estabelecidas da existência do ato de improbidade ou com
no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a re- razões fundamentadas da impossibilidade de
presentação ao Ministério Público, nos termos apresentação de qualquer dessas provas, ob-
do art. 22 desta lei. servada a legislação vigente, inclusive as dispo-
sições inscritas nos arts. 16 a 18 do Código de
§ 3º Atendidos os requisitos da representação,
Processo Civil.
a autoridade determinará a imediata apuração
dos fatos que, em se tratando de servidores fe- § 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz
derais, será processada na forma prevista nos mandará autuá-la e ordenará a notificação do
arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezem- requerido, para oferecer manifestação por escri-
bro de 1990 e, em se tratando de servidor mili- to, que poderá ser instruída com documentos e
tar, de acordo com os respectivos regulamentos justificações, dentro do prazo de quinze dias.
disciplinares.
§ 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo
Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao de trinta dias, em decisão fundamentada, rejei-
Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Con- tará a ação, se convencido da inexistência do ato
tas da existência de procedimento administrativo para de improbidade, da improcedência da ação ou
apurar a prática de ato de improbidade. da inadequação da via eleita.
Parágrafo único. O Ministério Público ou Tri- § 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado
bunal ou Conselho de Contas poderá, a reque- para apresentar contestação.
rimento, designar representante para acompa-
§ 10. Da decisão que receber a petição inicial,
nhar o procedimento administrativo.
caberá agravo de instrumento.
Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabili-
§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhe-
dade, a comissão representará ao Ministério Público
cida a inadequação da ação de improbidade, o
ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juí-
juiz extinguirá o processo sem julgamento do
zo competente a decretação do seqüestro dos bens do
mérito.
agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente
ou causado dano ao patrimônio público. § 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições
realizadas nos processos regidos por esta Lei o
§ 1º O pedido de seqüestro será processado de
disposto no art. 221, caput e § 1o, do Código de
acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do Có-
Processo Penal.
digo de Processo Civil.
§ 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a in- Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de
vestigação, o exame e o bloqueio de bens, con- reparação de dano ou decretar a perda dos bens ha-
tas bancárias e aplicações financeiras mantidas vidos ilicitamente determinará o pagamento ou a re-
pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e versão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa
dos tratados internacionais. jurídica prejudicada pelo ilícito.
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CAPÍTULO VI
ANOTAÇÕES
Das Disposições Penais
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de im-
probidade contra agente público ou terceiro beneficiá-
rio, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
Parágrafo único. Além da sanção penal, o de-
nunciante está sujeito a indenizar o denunciado
pelos danos materiais, morais ou à imagem que
houver provocado.
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos
direitos políticos só se efetivam com o trânsito em jul-
gado da sentença condenatória.
Parágrafo único. A autoridade judicial ou ad-
ministrativa competente poderá determinar o
afastamento do agente público do exercício do
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da re-
muneração, quando a medida se fizer necessária
à instrução processual.
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei in-
depende:
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio
público, salvo quanto à pena de ressarcimento;
II - da aprovação ou rejeição das contas pelo
órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou
Conselho de Contas.
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei,
o Ministério Público, de ofício, a requerimento de au-
toridade administrativa ou mediante representação
formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderá
requisitar a instauração de inquérito policial ou proce-
dimento administrativo.
CAPÍTULO VII
Da Prescrição
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções
previstas nesta lei podem ser propostas:
I - até cinco anos após o término do exercício de
mandato, de cargo em comissão ou de função
de confiança;
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei
específica para faltas disciplinares puníveis com
demissão a bem do serviço público, nos casos de
exercício de cargo efetivo ou emprego.
CAPÍTULO VIII
30
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LEGISLAÇÃO E DOCUMENTOS
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ESPECÍFICOS
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VII - de ofício do Tribunal de Justiça do Es- Parágrafo único - Os Juízes, efetivos e substitu-
tado, com as indicações dos nomes dos can- tos, prestarão o seguinte compromisso: “Prome-
didatos da classe de advogados e da data da to desempenhar bem e fielmente os deveres do
sessão em que foram escolhidos; cargo em que estou sendo empossado, cumprin-
do e fazendo cumprir a Constituição e as leis”.
VIII - de certidão negativa de sanção discipli-
nar da Seção da Ordem dos Advogados do Art. 13 - O prazo para a posse será de trinta dias con-
Brasil – OAB, em que estiver inscrito o inte- tados da publicação oficial da nomeação, podendo ser
grante da lista tríplice; prorrogado pelo Tribunal por, no máximo, sessenta
dias, desde que assim o requeira, motivadamente, o
IX - quando o candidato houver ocupado Juiz a ser compromissado.
cargo ou função que gere incompatibilidade
temporária com a advocacia, deverá, ainda, Art. 14 - No caso de dois Juízes, de igual classe ou não,
apresentar comprovação de seu pedido de li- tomarem posse na mesma data, considerar-se-á mais
cenciamento profissional à OAB, nos termos antigo, para efeitos regimentais:
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II - o que tiver servido, por mais tempo, como Art. 20 - Quando o serviço eleitoral exigir o Tribunal
substituto; poderá solicitar o afastamento dos Juízes de seus car-
gos efetivos na Justiça Comum, sem prejuízo dos ven-
III - no caso de igualdade no exercício da substi- cimentos.
tuição, o mais idoso;
Parágrafo único - O afastamento, em todos os
IV - persistindo o empate, decidir-se-á por sor-
casos, será por prazo certo ou enquanto subsisti-
teio.
rem os motivos que o justifique, mediante solici-
tação fundamentada do Presidente do Tribunal.
SEÇÃO IV
Art. 21 - Nos casos de vacância do cargo, licença, fé-
DAS FÉRIAS E LICENÇAS rias individuais ou afastamento será obrigatoriamen-
Art. 15 - Os Juízes do Tribunal gozarão de férias cole- te convocado, pelo tempo que durar o motivo, o Juiz
tivas nos períodos de 02 a 31 de janeiro e de 02 a 31 de substituto da classe correspondente, na ordem de an-
julho de cada ano, as quais poderão ser interrompidas tigüidade.
por exigência do serviço eleitoral, nos termos do art. Art. 22 - Nas ausências ou impedimentos eventuais de
66, § 2º da Lei Complementar nº 35. Juiz efetivo, somente será convocado Juiz substituto
por exigência de quorum legal.
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h) os pedidos de “habeas data” e mandados VIII - constituir a Comissão Apuradora das elei-
de injunção, nos casos previstos na Constitui- ções estaduais;
ção, quando versarem sobre matéria eleitoral;
IX - apurar, com os resultados parciais envia-
i) as ações de impugnação de mandato dos pelas Juntas Eleitorais, os resultados finais
eletivo estadual e federal, excetuado o cargo das eleições para Governador e Vice-Governa-
de Presidente da República; dor, bem como para o Congresso Nacional e
Assembléia Legislativa, proclamando os eleitos,
j) as investigações judiciais previstas no art. expedindo os respectivos diplomas e remeten-
22 da Lei Complementar nº 64/90 em eleições do, dentro de dez (10) dias após a diplomação,
estaduais; cópias d as atas de seus trabalhos ao Tribunal
Superior, ao Congresso Nacional e à Assembléia
k) as reclamações relativas a obrigações im-
Legislativa do Estado;
postas por lei aos partidos políticos, quanto
à sua contabilidade e à apuração da origem X - apurar as urnas das seções anuladas pelas
de seus recursos, as prestações de contas dos Juntas Eleitorais que tenham sido validadas em
órgãos regionais e as referentes aos recursos grau de recurso;
empregados na campanha eleitoral estadual;
XI - responder, sobre matéria eleitoral, às con-
l) os pedidos de desaforamento dos feitos sultas que lhe forem feitas, em tese, por autori-
não decidido s pelos Juízes Eleitorais em dade pública ou partido político;
trinta (30) dias da sua conclusão par a jul-
gamento, formulado por partido, candidato, XII - fixar a data das eleições para Governador
Ministério Público ou parte legitimamente e Vice-Governador, Deputados Estaduais, Pre-
interessada, sem prejuízo das sanções decor- feitos, Vice-Prefeitos e Vereadores, quando não
rentes do excesso de prazo; determinada por disposição constitucional ou
legal;
m) representações e reclamações em matéria
eleitoral o u administrativa relativa à sua or- XIII - dividir a respectiva circunscrição em Zo-
ganização ou atividade. nas Eleitor ais, submetendo essa divisão, assim
como a criação de novas zonas, à aprovação do
II - julgar os recursos interpostos: Tribunal Superior;
a) dos atos e das decisões proferidas pelos XIV - aprovar a designação de Ofício de Justiça
Juízes, Juntas Eleitorais e pela Comissão que deva responder pela escrivania eleitoral du-
Apuradora do Tribunal; rante o biênio;
b) das decisões dos Juízes Eleitorais que con-
XV - requisitar a força necessária ao cumpri-
cederem o u denegarem “habeas corpus”,
mento da lei e de suas decisões e solicitar ao
mandado de segurança, mandado de injun-
Tribunal Superior a requisição de força federal;
ção e “habeas data”;
XVI - eleger o seu Presidente e Vice-Presidente;
c) dos atos e decisões do Presidente, do Cor-
regedor Regional e dos Relatores. XVII - empossar os Membros efetivos do Tribu-
nal, Presidente, Vice-Presidente e Corregedor
III - elaborar o seu regimento interno;
Regional Eleitoral;
IV - organizar a sua Secretaria e a Corregedo-
XVIII - aplicar aos Juízes Eleitorais as penas
ria Regional, provendo-lhes os cargos na for-
disciplinares de advertência e censura, comuni-
ma da lei e propor ao Congresso Nacional, por
cando ao Presidente do Tribunal de Justiça e ao
intermédio do Tribunal Superior, a criação ou
Corregedor-Geral da Justiça;
supressão de cargos e a fixação dos respectivos
vencimentos; XIX - fixar dia e hora das sessões ordinárias;
V - conceder aos seus Membros e aos Juízes XX - cumprir e fazer cumprir as decisões e ins-
Eleitorais licença e afastamento do exercício dos truções do Tribunal Superior;
cargos efetivos, submetendo, no caso de afasta-
mento, a decisão à aprovação do Tribunal Su- XXI - expedir instruções e resoluções para o exa-
perior; to cumpri mento das normas eleitorais;
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VIII - exercer o juízo de admissibilidade nos re- XXV - designar data para a renovação de elei-
cursos especiais; ções;
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XXIX - presidir a Comissão Apuradora quando XLVI - nomear, promover, exonerar, demitir e
se tratar de eleições gerais; aposentar, nos termos da lei, os servidores do
Quadro da Secretaria;
XXX - mandar publicar na Imprensa Oficial os
resultados finais das eleições federais, estaduais XLVII - nomear e exonerar os ocupantes dos car-
e municipais; gos em comissão, bem como designar e exone-
rar os detentores de funções comissionadas da
XXXI - assinar os diplomas dos candidatos elei- Secretaria e dos cartórios eleitorais, inclusive os
tos para cargos estaduais e federais, excetuado o da Corregedoria, sendo que estes serão previa-
cargo de Presidente da República; mente indicados pelo Corregedor Regional;
XXXII - comunicar a diplomação de militar can-
XLVIII - aplicar aos funcionários da Secretaria
didato a cargo eletivo federal e estadual à auto-
penas disciplinares, inclusive a de demissão;
ridade à qual esteja aquele subordinado;
XLIX - autorizar a realização de concursos para
XXXIII - determinar e superintender a remessa
provimento dos cargos da Secretaria, nomear a
de material eleitoral aos Juízes ou a outra auto-
respectiva comissão e homologar os resultados;
ridade competente;
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LIX - desempenhar outras atribuições que lhe III - expedir provimentos, portarias, ofícios,
forem conferidas por lei e por este Regimento. avisos, memorandos, telegramas, fac-símiles,
ou seja, as ordens necessárias ao bom e regular
Art. 25 – Junto à Presidência, oficiará Juiz Assessor, funcionamento dos serviços eleitorais, sob sua
designado pelo Tribunal de Justiça, que terá as atribui- correição;
ções que lhe forem delegadas pelo Presidente, entre as
que não lhe sejam exclusivas. IV - realizar ou determinar correição ordinária
anual nos cartórios eleitorais;
CAPÍTULO IV
V - determinar a realização de inspeções nos
DAS ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE cartórios eleitorais;
Art. 26 - O Vice-Presidente exerce as suas funções VI - supervisionar, orientar, treinar e fiscalizar
cumulativamente com as de Corregedor Regional Elei- os atos cartorários;
toral e de Membro do Tribunal.
VII - orientar os Juízes Eleitorais, relativamente
Art. 27 - Compete ao Vice-Presidente: à execução e regularidade dos serviços;
I - substituir o Presidente nas férias, licenças, VIII - verificar se são observados, nos processos
impedimentos e ausências ocasionais; e atos eleitorais, os prazos legais; se há ordem e
regularidade nos papéis, fichários e livros, devi-
II - assumir a Presidência do Tribunal, em caso
damente escriturados os últimos e conservados
de vaga, convocando nova eleição, no prazo má-
de modo a preservá-los de perda, extravio ou
ximo de trinta (30) dias;
qualquer dano e se os Juízes, Escrivães e Chefes
§ 1º - O Vice-Presidente, no caso do inciso I, de Cartório mantêm perfeita exação no cumpri-
quando no exercício da Presidência, não será mento de seus deveres;
substituído nos feitos em que seja Relator e terá IX - verificar se há erros, abusos ou irregularida-
voto nas mesmas condições que os demais, sen- des que devam ser corrigidos, evitados ou sana-
do que no caso d e empate o feito será adiado dos, determinando, por provimento ou circular,
até o retorno do Presidente. a providência a ser tomada ou a corrigenda a
§ 2º - O Vice-Presidente, no caso do inciso I, fazer-se;
quando no exercício da Presidência, e por oca- X - exigir, quando em correição na zona eleito-
sião do julgamento de feitos dos demais Rela- ral, que o oficial de registro civil informe quais
tores, não terá voto, exceto em caso de empate. os óbitos de pessoas a listáveis ocorridos nos
§ 3º - No impedimento ocasional, o Vice-Presi- dois meses anteriores à sua fiscalização, a fim
dente será substituído pelo Juiz mais antigo. de apura r se está sendo observada a legislação
em vigor;
Art. 28 - No caso de férias, licenças, faltas e impedi-
mentos do Vice-Presidente, será convocado o respecti- XI - proceder, nos autos que lhe forem afetos ou
nas reclamações, à correição que se impuser e
vo substituto e, no caso de vacância, o substituto assu-
determinar as providências cabíveis;
mirá o cargo até a posse do novo titular.
XII - comunicar ao Presidente do Tribunal Re-
Art. 29 - Na ausência do Presidente, o Vice-Presidente
gional Eleitoral a sua ausência, quando se loco-
poderá praticar “ad referendum” do Tribunal todos os
mover, em correição, para qualquer Zona fora
atos necessários ao bom andamento da Corte, subme-
da Capital;
tendo a decisão à homologação pelo Plenário, na pri-
meira sessão de julgamento que se realizar. XIII - comunicar ao Tribunal Regional, através
do Presidente, a falta grave ou procedimento
CAPÍTULO V
que não couber, na sua atribuição, corrigir;
DAS ATRIBUIÇÕES DO CORREGEDOR
XIV - conhecer, processar e relatar reclamações
REGIONAL ELEITORAL
e representações contra Juízes Eleitorais, enca-
Art. 30 - O Corregedor terá jurisdição em todo o Esta- minhando-as ao Tribunal para julgamento;
do, incumbindo-lhe as seguintes atribuições:
XV - sem prejuízo da competência do Juiz Elei-
I - cumprir e fazer cumprir as determinações do toral, processar reclamações e representações
Tribunal Regional Eleitoral e do Tribunal Supe- contra Escrivães, Chefes e funcionários dos car-
rior Eleitoral; tórios eleitorais, bem como presidir sindicância
s, nos termos da Resolução TSE nº 7.651/65, ob-
II - velar pela fiel execução das leis e instruções , servado o rito da Lei nº 8.112/90, e decidir ou de-
bem como pela boa ordem e celeridade dos ser- legar a atribuição ao Juiz Eleitoral competente,
viços eleitorais; para instrução e julgamento;
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XVI - determinar a apuração de notícia de crime jeição de contas relativas aos exercícios de car-
eleitoral e verificar se as denúncias já oferecidas gos ou funções públicas, nos termos da letra
têm curso normal; “g”, inciso I, art. 1º, da Lei Complementar nº
64/9 0, comunicando, em caso positivo, o fato às
XVII - aplicar aos Escrivães, Chefes e funcioná- respectivas Zonas Eleitorais;
rios de cartório a pena disciplinar de advertên-
cia ou suspensão até trinta (30) dias, conforme a XXX - apresentar no mês de dezembro de cada
gravidade da falta, remetidos os autos com rela- ano Relatório Anual das Atividades da Corre-
tório ao Tribunal para julgamento, se entender gedoria para o Tribunal Regional e Corregedo-
necessário o afastamento do servidor de suas ria-Geral da Justiça Eleitoral, acompanhado de
funções eleitorais; elemento s elucidativos e oferecendo sugestões
que devam ser examinadas no interesse da Jus-
XVIII - avocar reclamações e representações ins- tiça Eleitoral.
tauradas perante Juízos Eleitorais, bem como
julgar os recursos interpostos contra decisões Art. 31 - No desempenho de suas atribuições, o Corre-
que impuserem penalidades; gedor se locomoverá para as Zonas Eleitorais:
XIX - convocar, à sua presença, o Juiz Eleitoral I - por determinação do Tribunal Superior ou
que deva, pessoalmente, prestar informações de deliberação do Tribunal Regional;
interesse para a Justiça Eleitoral ou indispensá-
veis à solução de caso concreto; II - a pedido dos Juízes Eleitorais;
XX - presidir sindicâncias contra Juízes Eleito- III - a requerimento de partido político, deferido
rais , nas quais é obrigatória a presença do Pro- pelo Tribunal;
curador Regional Eleitoral; IV - sempre que entender necessário.
XXI - conhecer, processar e relatar investigação Art. 32 - Ao Corregedor Regional compete elaborar o
judicial prevista na Lei Complementar nº 64/90, Regimento
nas eleições estaduais;
Interno da Corregedoria, submetendo-o à apre-
XXII - relatar as representações relativas aos ciação do Tribunal.
pedi dos de veiculação dos programas político
-partidários, na modalidade de inserções esta- Art. 32-A. Junto à Corregedoria, oficiará Juiz Assessor,
duais; designado pelo Tribunal de Justiça, que terá as atri-
buições que lhe forem delegadas pelo Corregedor Re-
XXIII - conhecer, processar e relatar as repre- gional Eleitoral, entre as que não lhe sejam exclusivas.
sentações relativas a irregularidades na pro-
paganda político-partidária na modalidade de CAPÍTULO VI
inserções;
DO PROCURADOR REGIONAL ELEITORAL
XXIV - conhecer, processar e relatar as represen-
tações relativas à revisão e correição do eleito- Art. 33 - Funcionará junto ao Tribunal, como Procu-
rado; rador Regional Eleitoral, o Membro do Ministério
Público Federal designado pelo Procurador-Geral da
XXV - delegar atribuições, mediante carta de República.
ordem, aos Juízes Eleitorais, para as diligências
necessárias; § 1º - Nas faltas, férias, licenças ou impedimen-
tos ocasionais do Procurador Regional Eleitoral,
XXVI - encaminhar às demais Corregedorias Re- funcionará o seu substituto legal.
gionais , periodicamente, relação de falecidos e
condenados que não forem eleitores deste Estado; § 2º - Solicitar a designação de Membros do Mi-
nistério Público do Estado, para auxiliá-lo, sem
XXVII - manter, na devida ordem, a Secretaria prejuízo das respectivas funções, que não terão
da Corregedoria e exercer a fiscalização de seus assento nas sessões do Tribunal.
serviços;
Art. 34 - Compete ao Procurador Regional Eleitoral,
XXVIII - indicar ao Presidente os nomes dos ser- sem prejuízo de outras atribuições que lhe forem con-
vidores que exercerão ou serão exonerados de feridas por lei:
função comissionada pertencente à Corregedo-
ria; I - assistir às sessões do Tribunal e participar das
discussões, bem como assinar as resoluções;
XXIX - oficiar todos os anos, até o quinto (5º) dia
do mês de dezembro, ao Congresso Nacional, II - exercer a ação pública e promovê-la até final,
Assembléia Legislativa e Câmara Municipal, a em todos os feitos de competência originária do
fim de solicitar informações sobre eventual re- Tribunal;
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XIII - promover, junto ao Procurador-Geral da VIII - a classe Embargos à Execução (EE) com-
Justiça do Estado, a designação dos Membros preende as irresignações do devedor aos execu-
do Ministério Público Estadual para exercerem tivos fiscais impostos em matéria eleitoral;
as funções de Promotor Eleitoral junto aos Juí- IX - a classe Execução Fiscal (EF) compreende
zes e Juntas Eleitorais. as cobranças de débitos inscritos na dívida ativa
da União;
TÍTULO II
X - a classe Instrução (Inst) compreende a regu-
DA ORDEM DE SERVIÇO NO TRIBUNAL lamentação da legislação eleitoral e partidária,
inclusive as instruções previstas no art. 8º da Lei
CAPÍTULO I nº 9.709/98;
Art. 35 – Todos os papéis, correspondências e proces- XII - a classe Prestação de Contas (PC) abrange
sos dirigidos ao Tribunal serão protocolizados imedia- as contas de campanha eleitoral e a prestação
tamente pela Secretaria e apresentados ao Presidente anual de contas dos partido s políticos;
pelo Diretor-Geral no prazo de vinte e quatro (24) ho-
ras. XIII - a classe Processo Administrativo (PA)
compreende os procedimentos que versam so-
§ 1º - As petições relativas a processos já distri- bre requisições de servi dores, pedidos de cré-
buídos, embora dirigidas ao Presidente, serão ditos e outras matérias administrativas que de-
juntadas aos respectivos autos, independente de vem ser apreciadas pelo Tribunal;
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XIV - a classe Propaganda Partidária (PP) refe- Parágrafo único – A ata a que se refere o “caput”
re-se aos pedidos de veiculação de propaganda deste artigo, será assinada pelo Presidente e pu-
partidária gratuita em bloco ou em inserção na blicada na Imprensa Oficial.
programação das emissoras de rádio e televisão;
Art. 39 - Distribuído o feito, os autos serão conclusos
XV - a Reclamação (Rcl) é cabível para preser- ao Relator, no prazo de quarenta e oito (48) horas.
var a competência do Tribunal ou garantir a
autoridade das suas decisões , e nas hipóteses Parágrafo único – Quando se tratar de recur-
previstas na legislação eleitoral e nas instruções sos cíveis ou criminais após a distribuição, o
expedidas pelo Tribunal; Secretário da Judiciária abrirá vista dos autos a
Procuradoria Regional Eleitoral, independente-
XVI - a classe Revisão de Eleitorado (RvE) com- mente de despacho.
preende as hipóteses de fraude em proporção
comprometedora no alistamento eleitoral, além Art. 40 - Os autos restaurados em virtude de perda
dos casos previstos na legislação eleitoral. ou extravio terão a numeração dos originais e serão
encaminhados ao Relator do processo desaparecido,
§ 2º - O registro na respectiva classe processual ou a quem o esteja substituindo, sem necessidade de
terá como parâmetro a classe eventualmente distribuição.
indicada pela parte na petição inicial ou no re-
curso, não cabendo sua alteração pelo serviço Parágrafo único - Encontrados os autos origi-
administrativo. nais, nestes se prosseguirá, sendo a eles apensa-
dos os da restauração.
§ 3º - Não se altera a classe do processo:
I - pela interposição de Agravo Regimental Art. 41 - Nos processos de “habeas corpus”, mandado
(AgR) e de Embargos de Declaração (ED); de segurança e medida cautelar se, a qualquer título,
ocorrer afastamento do Relator por mais de três (3)
II - pelos pedidos incidentes ou acessórios; dias e, nos demais feitos, por prazo superior a quin-
ze (15) dias, serão eles redistribuídos ao seu substituto
III - pela impugnação ao registro de candi- ou, na falta deste, aos demais Juízes, mediante oportu-
datura; na compensação.
IV - pela instauração de tomada de contas Parágrafo único - Cessado o impedimento, os
especial; autos e distribuídos ao substituto passarão ao
V - pela restauração de autos. substituído, salvo se aquele já houver ordenado
sua inclusão em pauta para julgamento.
§ 4º - Os expedientes que não tenham classifica-
ção específica, nem sejam acessórios ou inciden- Art. 42 - Nos casos de impedimento, suspeição e in-
tes, serão incluídos na classe Petição (Pet). compatibilidade do Relator, o feito será redistribuído,
fazendo-se a devida compensação.
§ 5º - O Presidente do Tribunal resolverá as dú-
vidas que surgirem na classificação dos feitos. Art. 43 - Em caso de vaga, o novo Juiz funcionará como
Relator dos feitos já distribuídos a seu antecessor, de-
§ 6º - Os processos de competência da Correge- vendo a Secretaria proceder à redistribuição, indepen-
doria Regional Eleitoral que devam ser aprecia- dente de despacho.
dos pelo Tribunal serão registrados na respecti-
va classe processual e distribuídos pela Secreta- Art. 44 - Durante o período de férias forenses e recesso
ria Judiciária ao Corregedor Eleitoral. do Tribunal, compete ao Presidente e, em sua ausência
ou impedimento, ao Vice-Presidente decidir os feitos
§ 7º - A criação de novas classes processuais, que reclamam solução urgente; na ausência de ambos,
assim como de suas siglas, para inclusão nos ficará a cargo do Juiz mais antigo.
bancos de dados, obedecer á aos critérios pre-
vistos na Resolução TSE nº 22.676/07 e far-se-á Art. 45 - Não será compensada a distribuição:
mediante proposta do Presidente do Tribunal
dirigida ao Tribunal Superior Eleitoral. I - por prevenção, na hipótese prevista no art.
260 do Código Eleitoral;
Art. 37 - A distribuição dos processos será feita por
classes, por meio do sistema informatizado, segundo a II - que deixar de ser feita ao Vice-Presidente,
antigüidade dos Juízes, de modo a assegurar a equiva- quando substituir o Presidente.
lência dos trabalhos por rodízio.
Art. 46 - Independem de distribuição, competindo
Art. 38 - Da distribuição dos feitos será elaborada ata, ao Presidente encaminhar à apreciação do Tribunal os
extraída do sistema informatizado, contendo o núme- expedientes relativos a:
ro do processo, sua classe, o nome do Relator e o das
partes. I - designação de Juízes Eleitorais;
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I - ordenar o processo até o julgamento, obser- XX - (Revogado pelo Assento Regimental nº 01,
vadas as disposições legais; de 25.07.2006)
II - delegar atribuições, mediante carta de or- XXI - apreciar os pedidos de liminares em quais-
dem, aos Juízes Eleitorais, para as diligências quer feitos que lhe forem distribuídos.
necessárias; a) no impedimento ocasional do Relator
sorteado, os autos serão conclusos imediata-
III - submeter ao Tribunal questões de ordem
mente ao Presidente do Tribunal, que apre-
para o bom andamento dos feitos;
ciará o pedido liminar;
IV - requisitar autos principais ou originais;
b ) no impedimento ocasional do Presidente
V - presidir audiências necessárias à instrução; do Tribunal, os autos serão conclusos ime-
diatamente ao Vice-presidente e Corregedor
VI - nomear curador ao réu, quando for o caso; Regional, para o fim previsto na alínea “a”.
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Parágrafo único - Após a inclusão do processo em oito (8) por mês, salvo no período eleitoral, quando o
pauta publicada para julgamento, qualquer ato limite passará a ser de quinze (15) sessões e, extraor-
decisório, em petição dirigida ao Relator, deve- dinariamente, por conveniência do serviço, em tantas
rá ser submetido à apreciação do Plenário, ainda vezes quantas necessárias, mediante convocação do
que se cuide da desistência de qualquer processo. Presidente ou do próprio Tribunal.
III - pedir dia para julgamento. Art. 61 - Durante as sessões, os Membros do Tribunal,
o Procurador Regional Eleitoral, o Secretário e os Ad-
CAPÍTULO V vogados, em sustentação oral, usarão vestes talares e
os servidores que têm por ofício auxiliar os trabalhos
DAS SESSÕES usarão meia-capa.
Art. 58 - O Tribunal reunir-se-á, em sessões ordinárias, Art. 62 - Nas sessões ordinárias será a seguinte a or-
duas (2) vezes por semana ou mais, até o máximo de dem dos trabalhos:
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§ 1º - Por conveniência do serviço e a juízo do Art. 64 - Anunciado o processo, feito o relatório e ou-
Tribunal, poderá ser modificada a ordem esta- vido , quando for o caso, o Procurador Regional, será
belecida. posta a matéria, sucessivamente, em discussão e julga-
mento, votando em primeiro lugar o Relator, depois
§ 2º - Sem prejuízo das preferências legais, não o Revisor se for o caso e os demais Juízes na ordem
obstante a ordem da pauta, o Relator ou as par- inversa da estabelecida no art. 60, “caput”, deste Re-
tes poderão requerer preferência para julga- gimento.
mento dos feitos que se acharem em pauta.
§ 1º - durante a discussão, os Juízes usarão da
§ 3º - Os Juízes e o Procurador Regional Elei- palavra, para esclarecimentos ou justificação de
toral poderão submeter ao conhecimento do seu voto, no máximo, por duas vezes.
Tribunal qualquer outra matéria, sendo que so-
mente aquela pertinente à própria ordem dos § 2º - A juntada do relatório em conjunto com
trabalhos ou de excepcional relevância poderá o pedido de encaminhamento do feito à Mesa
ser suscitada antes de vencida a pauta. dispensa sua leitura na sessão de julgamento se
o Relator assim o desejar e não houver dúvida
§ 4º - Poderão as partes, até o início da sessão por parte dos demais juízes.
de julgamento, apresentar memoriais a serem
Art. 65 - No julgamento dos mandados de segurança,
entregues diretamente aos gabinetes dos Juízes
“habeas corpus” registro de candidatos, prestação de
da Corte.
contas, pesquisa eleitoral, propaganda eleitoral, ações
§ 5º - As inscrições para sustentação oral deve- de impugnação de mandato eletivo, investigação judi-
rão ser realizadas até o início da sessão de julga- cial e recursos, depois do relatório, os Advogados das
mento, não sendo admitidas inscrições fora do partes poderão usar da palavra, uma só vez, durante
prazo aqui estabelecido. dez (10) minutos, seguindo-se a manifestação do Pro-
curador Regional, do Relator e do Revisor se for o caso,
§ 6º - As modalidades de inscrição para susten- para proferir voto, colhendo-se o dos demais Juízes.
tação oral serão disciplinadas por Portaria a ser
expedida pela e. Presidência. § 1º - No julgamento dos recursos contra a ex-
pedição de diplomas, cada parte poderá usar da
Art. 63 - Os julgamentos serão realizados observando- palavra por até vinte (20) minutos.
se o espaço mínimo de quarenta e oito (48) horas entre
a data da publicação da pauta e a sessão de julgamen- § 2º - No julgamento das ações penais de compe-
to, distribuindo-se cópias da pau ta aos Juízes e ao Pro- tência originária do Tribunal, a acusação e a de-
curador Regional Eleitoral, colocando-se um exemplar fesa terão, sucessivamente, nessa ordem, quinze
no local destinado aos Advogados e outro na Sala de (15) minutos para sustentação oral na delibera-
Sessões, em lugar visível. ção a cerca do recebimento de denúncia e, de
uma (1) hora no julgamento do feito.
§ 1º - Havendo pedido de vista, o julgamento
§ 3º - Nos recursos em geral, falará em primeiro
ficará adiado para a sessão seguinte e os feitos
lugar o Advogado do recorrente e, depois, o do
terão preferência na pauta.
recorrido.
§ 2º - Independerão de publicação de pauta os § 4º - Se as partes forem reciprocamente recor-
julgamentos de: rentes e recorridos, falará em primeiro lugar o
I - “habeas corpus” procurador do autor; nos demais casos de plu-
ralidade de recorrentes, estes falarão na ordem
II - conflito de competência; de interposição dos recursos.
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§ 5º - Sendo a parte representada por mais de sequente em que for possível sua inclusão, com
um Advogado, o tempo será dividido igual- nova publicação de pauta.
mente entre eles, salvo se acordarem de modo
diverso; se houver mais de um interessado re- § 3º - Ocorrida a requisição na forma do § 2º,
presentado por Advogados diferentes, o tempo se aquele que fez o pedido de vista ainda não
será contado em dobro e dividido igualmente se sentir habilitado a votar, o Presidente do Tri-
entre os do mesmo grupo, se não convenciona- bunal convocará substituto para proferir voto,
rem de modo diverso. observados os prazos estabelecidos no § 1º deste
artigo, para julgamento na sessão subsequente
§ 6º - Se o recurso for do Ministério Público, fa- em que for possível sua inclusão, com nova pu-
lará em primeiro lugar o Procurador Regional. blicação de pauta.
§ 8º - Na sustentação oral é permitida a consulta Art. 68 - A decisão será tomada por maioria de votos
a notas e apontamentos, sendo vedada a leitura dos Juízes presentes.
de memoriais.
§ 1º - Havendo empate na votação, o Presidente
§ 9º - É permitida, a critério do Tribunal, a re- terá voto de desempate.
novação da sustentação oral sempre que o feito
§ 2º - Antes de proclamada a decisão, qualquer
retorne à Mesa, após o cumprimento de diligên-
Juiz, pedindo a palavra pela ordem, poderá mo-
cia, ou em julgamento adiado, quando intervier
dificar seu voto já proferido.
novo Juiz.
§ 3º - Encerrada a discussão, serão colhidos os
§ 10 - Não caberá sustentação oral no julgamen-
votos, não cabendo justificação nessa oportuni-
to de agravo, embargos de declaração, conflito
dade, salvo se para levantar questão de ordem
de competência, exceções, urnas impugnadas
hábil à reabertura dos debates.
ou anuladas, recurso administrativo, carta tes-
temunhável, consulta, representação e reclama- Art. 69 - Realizado o julgamento, o Presidente anun-
ção que versarem sobre matéria administrativa. ciará o resultado da decisão, que será consignado na
tira referente ao processo, mencionando todos os as-
Art. 66 - As questões preliminares serão julgadas antes
pectos relevantes da votação.
da s do mérito e todas na ordem de prejudicialidade,
não podendo o Juiz eximir-se de votar uma questão Parágrafo único - A tira será anexada aos autos
por ter ficado vencido na outra, salvo se não assistiu à com a indicação dos Juízes que participaram do
leitura do relatório. julgamento e dos que tenham manifestado pro-
pósito em declarar seus votos.
Parágrafo único - O Procurador Regional pode-
rá usar da palavra no encaminhamento da dis- Art. 70 - Ao Relator caberá redigir o acórdão no prazo
cussão da preliminar levantada. de cinco (5) dias.
Art. 67 - Iniciado o julgamento, ultimar-se-á na mesma § 1º - Caso o Relator natural fique vencido, será
sessão, salvo nos casos de pedido de vista ou de ocor- designado Relator o Juiz que proferir o primeiro
rência de fatos que tornem necessária a sua suspensão. voto vencedor, ou, no seu impedimento, por ou-
tro de igual entendimento, obedecida a ordem
§ 1º - Quando um dos julgadores não se consi- de antigüidade.
derar habilitado a proferir imediatamente seu
voto, poderá solicitar vista pelo prazo máximo § 2º - Nos casos de registro de candidatos, ar-
de 10 (dez) dias úteis, prorrogável por igual güição de inelegibilidade, propaganda eleito-
período, mediante pedido devidamente justi- ral, pesquisa eleitoral, prestação de contas, em
ficado, após o qual o processo ser á reincluído período eleitoral, o acórdão será publicado na
em pauta, para julgamento na sessão seguinte, mesma sessão de julgamento, passando a correr
independentemente de publicação. daí o prazo recursal.
§ 2º - Se os autos não forem devolvidos tem- Art. 71 - As decisões do Tribunal, devidamente funda-
pestivamente, ou se o vistor deixar de solicitar mentadas, sob pena de nulidade, constarão de acór-
prorrogação de prazo, o Presidente do Tribunal dãos, exceto as de caráter normativo, que serão lavra-
fará a requisição para julgamento na sessão sub- das sob a forma de resolução.
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Art. 88 - Instruído o processo com as devidas infor- Parágrafo único - No processo criminal a peti-
mações, ser á ouvido o Procurador Regional, que se ção deverá ser assinada pela própria parte ou
manifestará em cinco (5) dias. por Advogado com poderes especiais.
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Art. 95 - O Presidente determinará a autuação em Art. 100 - Julgada procedente a argüição caberá ao Pre-
apenso aos autos principais e a conclusão ao Relator sidente designar o substituto do excepto.
do processo, salvo se este for o excepto, caso em que
será sorteado um Relator para o incidente. Art. 101 - Independente de provocação da parte, as
pessoas aludidas neste Capítulo poderão declarar-se
§ 1º - Se o Relator considerar manifestamente impedidas ou sus peitas.
sem fundamento a exceção, poderá rejeitá-la,
liminarmente, em despacho fundamentado, do CAPÍTULO VIII
qual caberá agravo regimental, em 3 (três) dias.
DO REGISTRO DE CANDIDATOS E DA
§ 2º - Recebida a exceção o Relator determinará, ARGUIÇÃO DE INELEGIBILIDADE
por ofício protocolado, que, em três dias, se pro-
nuncie o excepto. Art. 102 - Serão registrados no Tribunal os candidatos
a Senador e respectivo Suplente, Deputado Federal,
§ 3º - Se o excepto reconhecer a sua suspeição ou Governador e Vice-Governador e Deputado Estadual.
o impedimento, mandará que os autos voltem
ao Presidente, para a redistribuição do feito, Art. 103 - O registro de candidatos a cargo eletivo e a ar-
mediante compensação. güição de inelegibilidade serão processados nos termos
e praz os fixados pela legislação eleitoral vigente e reso-
§ 4º - Caso o excepto deixe de responder ou não luções do Tribunal Superior Eleitoral e deste Tribunal.
reconheça a suspeição ou o impedimento, o Re-
lator ordenará o processo, inquirindo as teste- CAPÍTULO IX
munhas arroladas, mandando os autos à Mesa
par a julgamento, o qual se realizará com limi- DA INVESTIGAÇÃO JUDICIAL
tação de presença, na primeira sessão seguinte.
Art. 104 - Será dirigido ao Corregedor Regional Elei-
§ 5º - Nos casos de suspeição ou de impedimen- toral, nas eleições estaduais, o pedido de abertura de
to do Procurador Regional ou de servidores da investigação judicial para apurar uso indevido, desvio
Secretaria, o Presidente providenciará para que ou abuso do poder econômico ou do poder de autori-
passe a servir no feito o respectivo substituto. dade, ou utilização indevida de veículos ou m eio de
comunicação social, em benefício de candidato ou par-
Art. 96 - Na hipótese de o excepto ser o Presidente, tido político.
a petição de exceção será dirigida ao Vice-Presidente,
que procederá conforme o anteriormente estabelecido. Parágrafo único - O feito será processado na Se-
cretaria da Corregedoria, observado o rito pre-
Art. 97 - O julgamento do feito ficará sobrestado até a visto na legislação vigente.
decisão da exceção, salvo quando o argüido for funcio-
nário da Secretaria. Art. 105 - Após a elaboração do relatório, os autos se-
rão encaminhados à Secretaria Judiciária para autua-
Art. 98 - O Juiz excepto poderá assistir as diligências ção e distribuição ao Corregedor.
do processo de exceção, mas não participará da sessão
que a decidir. § 1º - A Secretaria Judiciária abrirá vista dos au-
tos à Procuradoria Regional, para manifestação,
Art. 99 - A argüição de suspeição ou de impedimen- no prazo de quarenta e oito (48) horas, nos pro-
to de Juiz, Escrivão e Chefe de Cartório Eleitoral será cessos em que não for parte.
formulada em petição endereçada ao próprio Juiz, ins-
truída com os documentos em que o excipiente funda § 2º - Devolvidos os autos, o feito será incluído
a alegação. me pauta.
§ 1º - Se o Juiz não reconhecer a exceção, deter- Art. 106 - A renovação de investigação judicial será
minará a autuação em apartado e o seu apen- distribuída livremente, exceto nas eleições estaduais
samento aos autos principais, remetendo-os ao em que se rá excluído o Corregedor.
Tribunal com a resposta, oferecida em igual pra-
zo. CAPÍTULO X
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§ 2º - A pauta, o acórdão e a ata contendo o Art. 115 - O Tribunal só conhecerá de consultas sobre
resultado do julgamento serão publicados na matéria eleitoral formuladas em tese por autoridade
Imprensa Oficial, fazendo-se constar os nomes pública ou partido político.
completos das partes e dos seus advogados.
§ 1º - Evidenciada a ausência dos requisitos pre-
Art. 108 - Até a regulamentação de lei complementar vistos no art. 30, inciso VIII, do Código Eleito-
normatizando a sua tramitação, a ação obedecerá o ral, poderá o Presidente indeferir liminarmente
procedimento com um ordinário previsto no Código o processamento da consulta.
de Processo Civil.
§ 2º - O Tribunal não conhecerá de consultas so-
Art. 109 - A instrução será presidida pelo Relator sor- bre casos concretos ou que possam vir ao seu
teado. Parágrafo único - O Relator poderá delegar po- conhecimento em processo regular, remetendo
deres a Juízes Eleitorais para que promovam citações, ao Tribunal Superior Eleitoral as que incidirem
intimações e colheita d e provas. na esfera de sua competência.
Art. 110 - O prazo para contestar será idêntico ao prazo Art. 116 - Admitir-se-á reclamação do Procurador Re-
para propor a ação e será contado da data da juntada gional Eleitoral ou de interessados em qualquer cau-
do aviso de recebimento da carta registrada, da carta sa pertinente a matéria eleitoral, a fim de preservar a
de ordem ou do mandado de citação aos autos. competência do Tribunal ou garantir autoridade de
suas decisões.
Art. 111 - Da decisão do Relator que extingüir o pro-
cesso s em julgamento do mérito caberá recurso de CAPÍTULO XII
agravo regimental, no prazo de três (3) dias, contados
DA AÇÃO PENAL DE COMPETÊNCIA
da data da intimação.
ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL
Art. 112 - Julgada a ação, caberá recurso no prazo de
Art. 117 - Nas ações penais de competência originária
três(3) dias, podendo a parte interessada apresentar
do Tribunal serão observadas as disposições da Lei nº
suas contrarrazões em igual prazo.
8.038/90, na forma do disposto pela Lei nº 8.658/93 e
§ 1º. As pautas, acórdãos, atas e despachos pro- aplicável, no que couber, a Lei nº 9.099/95.
feri dos em recursos em sede de ação de impug-
Art. 118 - A denúncia será dirigida ao Tribunal, provi-
nação de mandato eletivo serão publicados na
denciando a Secretaria a sua distribuição.
imprensa oficial, contendo o nome completo
das partes e de seus procuradores, sem quais- Art. 119 - Distribuída a denúncia, se em termos, o Re-
quer restrições. lator determinará a notificação do acusado para apre-
sentação de defesa prévia no prazo de quinze (15) dias.
§ 2º. É livre a consulta em cartório, aos autos
de recursos em sede de ação de impugnação de Parágrafo único - A notificação, acompanhada
mandato eletivo a qualquer interessado, não ha- de cópias da denúncia e dos documentos que a
vendo vedação que a limite apenas às partes e instruírem, será encaminhada ao acusado, sob
advogados constituídos nos autos. registro postal.
CAPÍTULO XI Art. 120 - Se a resposta prévia convencer da improce-
dência da acusação, o relator proporá ao Tribunal o
DAS CONSULTAS, REPRESENTAÇÕES E arquivamento do processo.
RECLAMAÇÕES
Art. 121 - O Relator será o Juiz da instrução do proces-
Art. 113 - As representações e reclamações serão pro- so, podendo delegar poderes a Juízes Eleitorais para
cessadas observado o rito estabelecido na legislação proceder a interrogatórios, inquirições e outras dili-
eleitor al vigente. gências.
Art. 114 - As consultas, representações ou reclamações, Art. 122 - Caberá agravo, sem efeito suspensivo, para o
inclusive as previstas no art. 97, da Lei nº 9.504/97, as- Tribunal, do despacho do Relator que indeferir a pro-
sim como outros expedientes sobre os quais, a juízo dução de qualquer prova ou a realização de qualquer
do Presidente, deva pronunciar-se o Tribunal, serão diligência.
distribuídos a um Relator.
Art. 123 - Nos casos apenados com reclusão, os autos
§ 1º - O Relator, se entender necessário, manda- serão encaminhados ao Revisor apenas por ocasião do
rá proceder a diligências para melhor esclareci- julga mento final.
mento do caso, determinando, ainda, que a Se-
cretaria preste informações, se não o tiver feito Art. 124 - Nomear-se-á defensor “ad hoc” se, regular-
anteriormente à distribuição do processo, após mente intimado, o Advogado constituído pelo acusa-
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do ou anteriormente nomeado não comparecer à ses- competência originária do Presidente, caberá recurso
são de julgamento final da ação pen al, adiando-se esta nos seguintes prazos:
em caso de requerimento do novo defensor.
I - trinta (30) dias se se tratar de matéria regula-
Art. 125 – O réu será intimado pessoalmente da deci- da pela Lei nº 8.112/90;
são que o condenar.
II - dez (10) dias nos demais casos, nos termos
CAPÍTULO XIII da Lei nº 9.784/99.
DA REVISÃO CRIMINAL Parágrafo único - Ouvidos terceiros, eventual-
mente interessados e a Procuradoria Regional,
Art. 126 - Nos termos da lei processual penal, será ad-
o Presidente relatará o feito e o encaminhará à
mitida a revisão criminal dos processos pela prática de
Mesa independente de pauta, sem tomar parte
crimes eleitorais e conexos, julgados pelo Tribunal ou
no julgamento.
pelos Juízes Eleitorais.
Art. 133 - Das decisões do Presidente em matéria rela-
Parágrafo único - A revisão poderá ser requerida
tiva a interesses de servidores, caberá pedido de recon-
pelo próprio réu ou por procurador com pode-
sideração a ser interposto no prazo de trinta (30) dias,
res especiais ou, em caso de morte do réu, pelo
a contar da publicação ou da ciência do interessado,
cônjuge, descendente, ascendente ou irmão.
não podendo ser renovado.
Art. 127 - O requerimento será distribuído a um Rela-
Art. 134 - Do indeferimento do pedido de reconsidera-
tor e a um Revisor, devendo a relatoria ficar a cargo de
ção caberá recurso para o Tribunal, a ser interposto no
Juiz que não tenha proferido decisão em qualquer fase
prazo de trinta (30) dias.
do processo.
§ 1º - Interposto recurso será aberta vista dos au-
§ 1º - O pedido de revisão será instruído com
certidão do trânsito em julgado da decisão con- tos à Procuradoria Regional Eleitoral.
denatória e com as peças necessárias à compro- § 2º - O recurso poderá ser recebido com efeito
vação dos fatos argüidos. suspensivo, a juízo da autoridade competente.
§ 2º - O Relator poderá determinar que se apen- § 3º - Após o parecer da Procuradoria, o Presi-
sem ao pedido os autos do processo revisando, dente relatará o feito e o encaminhará à Mesa
se não advier dificuldade n a execução da sen- independente de pauta, sem tomar parte no jul-
tença. gamento.
Art. 128 - O pedido de revisão poderá ser indeferido § 4º - Na hipótese de provimento do pedido de
“in limine” pelo Relator, se insuficientemente instruí- reconsideração ou do recurso, os efeitos da deci-
do.
são retroagirão à data d o ato impugnado.
Parágrafo único - Se o requerimento não for in-
CAPÍTULO XV
deferido “in limine”, abrir-se-á vista dos autos
ao Procurador Regional Eleitoral, que dará pa- DA SINDICÂNCIA
recer no prazo de dez (10) dias. Em seguida, se-
rão examinados os autos, sucessivamente, pelo SEÇÃO I
Relator e Revisor, em igual prazo, após o que
DA SINDICÂNCIA CONTRA JUIZ ELEITORAL
será o processo levado a julgamento.
Art. 135 - As reclamações e representações formuladas
Art. 129 - Julgada procedente a revisão, o Tribunal po-
derá alterar a classificação da infração, absolver o réu, contra Juízes Eleitorais e eventuais determinações do
modifica r a pena ou anular o processo. Tribunal para apurar infringência disciplinar serão en-
caminhadas ao Corregedor Regional Eleitoral e trami-
Parágrafo único - A pena imposta pela decisão tarão pela Secretaria da Corregedoria.
revisada não poderá ser agravada.
Art. 136 - Recebida a reclamação, representação ou
Art. 130 - Procedente a revisão, a execução do julgado expediente do Tribunal o Corregedor determinará no
será imediata. prazo de quarenta e oito (48) horas a expedição de ofí-
cio ao reclamado, que será remetido por meio de fa-
Art. 131 - Anulado o processo revisando, será determi- c-símile, para que preste esclarecimentos no prazo de
nada sua renovação. cinco (5) dias.
CAPÍTULO XIV § 1º - Juntados os esclarecimentos do reclamado,
DA MATÉRIA ADMINISTRATIVA o Corregedor verificando a inconsistência da re-
clamação ou representação arquivará o procedi-
Art. 132 - Dos atos de natureza administrativa, de mento liminarmente.
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§ 2º - Verificada a pertinência da reclamação ou afastados das funções eleitorais, pelo voto da maioria
representação será instaurada sindicância. de seus Membros, mesmo no curso do processo.
Art. 137 - A sindicância será iniciada com a expedição Parágrafo único – O afastamento será comuni-
de Portaria do Corregedor e será processada em segre- cado ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Tribu-
do de justiça. nal de Justiça, ou ao Tribunal Regional Federal,
ou a Ordem dos Advogados do Brasil, conforme
Art. 138 - O feito tramitará com a presença do Procu- o caso.
rador Regional.
CAPÍTULO XVI
Art. 139 - O sindicado será notificado em quarenta e
oito 48)( horas para apresentar defesa no prazo de cin- DOS RECURSOS PERANTE O TRIBUNAL
co (5) dias, podendo instruí-la com prova documental, REGIONAL
rol de testemunhas e requerimento de diligências.
SEÇÃO I
Art. 140 - Apresentada ou não a defesa, serão ouvidas
as testemunhas arroladas, inclusive as indicadas pelo DISPOSIÇÕES GERAIS
acusado, até o número de cinco (5), e proceder-se-á às Art. 149 - Dos atos, resoluções e despachos dos Juízes
diligências que se tornarem necessárias. ou Juntas Eleitorais caberá recurso para o Tribunal,
conforme dispuserem o Código Eleitoral, outras leis
Art. 141 - Encerrada a instrução será concedido o
especiais e resoluções do Tribunal Superior Eleitoral.
prazo de cinco (5) dias à defesa para apresentação de
alegações finais , com posterior encaminhamento da § 1º - No processamento dos recursos aplicam-
sindicância à Procuradoria Regional, que opinará no se, subsidiariamente, as normas dos Códigos de
mesmo prazo. Processo Civil e Processo Penal.
Art. 142 - Devolvidos os autos, o Corregedor fará rela- § 2º - Dos atos sem conteúdo decisório não ca-
tório e os encaminhará ao Tribunal para julgamento. berá recurso.
Art. 143 - Ao Juiz Eleitoral poderá ser aplicada a pena Art. 150 - Sempre que a lei não fixar prazo especial, o
de advertência e censura, conforme a gravidade da in- recurso deverá ser interposto em três (3) dias da publi-
fração. cação do ato, resolução ou decisão.
Parágrafo único - A pena de advertência ou cen- Art. 151 - Contra a votação ou apuração não serão ad-
sura será comunicada por meio de ofício reser- mitidos recursos, se não tiver havido protesto contra
vado. as irregularidades ou nulidades argüidas perante as
mesas receptoras, no ato da votação, ou perante as
Art. 144 - O Tribunal poderá determinar o afastamento
Juntas Eleitorais, no ato da apuração.
do Juiz do exercício das funções eleitorais mesmo no
curso do processo. Art. 152 - São preclusivos os prazos para interposição
de recursos, salvo quando nestes se discutir matéria
Parágrafo único - Julgada improcedente a sindi-
constitucional.
cância, fica reservado ao Juiz afastado o direito
de completar o período para o qual havia sido Art. 153 - No Tribunal nenhuma alegação escrita ou
designado. documento poderá ser oferecido por quaisquer das
partes, salvo o disposto no art. 270 do Código Eleitoral.
Art. 145 - Aplicada pena disciplinar, o Tribunal comu-
nicará aos Presidentes do Tribunal Superior e do Tri- Art. 154 - O recurso independerá de termo e será in-
bunal de Justiça e ao Corregedor-Geral da Justiça. terposto por petição devidamente fundamentada, di-
rigida ao Juiz Eleitoral e acompanhada, se entender o
Art. 146 - No caso de omissão serão aplicadas as nor- recorrente, de novos documentos.
mas da Resolução TSE nº 7.651/65 e da Lei Orgânica da
Magistratura Nacional. Art. 155 - Os recursos eleitorais não terão efeito sus-
pensivo.
SEÇÃO II
SEÇÃO II
DA SINDICÂNCIA CONTRA MEMBRO DO
TRIBUNAL DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Art. 147 - Recebida reclamação ou representação con- Art. 156 - Cabem embargos de declaração quando
tra Juiz Membro do Tribunal, os autos serão encami- houver no acórdão obscuridade, contradição e omis-
nhados ao Presidente que processará e relatará o feito, são que devam ser sanadas.
submetendo-o a julgamento pelo Tribunal, obedecidos
os prazos da seção anterior. Parágrafo único - Os embargos declaratórios se-
rão interpostos no prazo de três (3) dias, conta-
Art. 148 - Os Juízes Membros do Tribunal poderão ser dos da data da publicação do acórdão.
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§ 1º - Se o Juiz que redigiu o acórdão, nesse ínte- Art. 164 - Caberá recurso especial contra decisão termi-
rim, houver deixado de integrar o Tribunal, ou nativa do Tribunal que for proferida contra expressa
se afastar por prazo superior a quinze (15) dias, disposição de lei ou da Constituição Federal, e quando
a substituição se fará pelo Juiz sucessor ou subs- ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois
tituto na cadeira. ou mais Tribunais Eleitorais.
§ 2º - Se o afastamento for inferior a quinze (15) Parágrafo único - O prazo para interpor o recur-
so é de três (3) dias.
dias, o julgamento aguardará o retorno do Rela-
tor, salvo em casos de urgência, em que será ob- Art. 165 - Interposto recurso especial contra decisão
servado o procedimento do parágrafo anterior. do Tribunal, a petição será juntada nas quarenta e oito
(48) horas seguintes e os autos conclusos ao Presidente
Art. 158 - Vencido o Relator dos embargos, outro será
dentro de vinte e quatro (24) horas.
designado para lavrar o acórdão.
§ 1º - O Presidente, em quarenta e oito (48) horas
Art. 159 - Os embargos de declaração suspendem o
do recebimento dos autos conclusos, proferirá
prazo para interposição de outros recursos, salvo se
despacho fundamentado, admitindo ou não o
manifesta mente protelatórios e assim declarados na
recurso.
decisão que os rejeitar.
§ 2º - Admitido o recurso, será aberta vista dos
SEÇÃO III
autos ao recorrido para que, no prazo de três (3)
DO AGRAVO dias, apresente as suas contrarrazões.
Art. 160 - Caberá agravo contra as decisões singulares § 3º - Transcorrido o prazo do parágrafo ante-
dos membros do Tribunal que causarem prejuízo ao rior, serão os autos conclusos ao Presidente, que
direito da parte. mandará remetê-los ao Tribunal Superior.
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dos autos ao Tribunal Superior, podendo, ain- concreto, sob a orientação do Juiz Relator ou do
da, ordenar a extração e a juntada de peças não Presidente d o Tribunal.
indicadas pelas partes.
§ 2º - Quando as partes estiverem representadas
§ 6º - O Presidente do Tribunal não poderá ne- por dois ou mais Advogados, a intimação indi-
gar seguimento ao agravo, ainda que interposto viduará um deles, preferencialmente o que tiver
fora do prazo legal. subscrito as alegações dirigidas ao Tribunal ou
pra ticado atos em Segunda Instância, acrescen-
CAPÍTULO XVIII do-se a expressão “e outro(s)” na publicação da
DA RESTAURAÇÃO DE AUTOS Imprensa Oficial.
Art. 173 - Nos processos submetidos a segredo de jus-
Art. 167 - A restauração de autos desaparecidos após o
tiça, p ara que as eventuais intimações pela Imprensa
protocolo no Tribunal será determinada pelo Relator,
Oficial não o violem, serão indicados a natureza da
de ofício ou a requerimento da parte interessada e, em
ação, o número e a classe do processo, as iniciais das
se tratando de processo findo, pelo Presidente.
partes e o nome completo do Advogado.
§ 1º - Observar-se-á, no que aplicável, conforme
Art. 174 - Havendo mais de uma pessoa no pólo ativo
natureza da matéria, a lei processual civil ou pe-
ou no passivo, será mencionado o nome da primeira,
nal.
acrescido da expressão “e outro(s)”, aplicando-se a
§ 2º - Estando o processo em condições de julga- mesma regra para os casos de litisconsórcio ulterior
mento, o Relator apresentará o feito em Mesa, ou intervenção de terceiros.
fazendo sucinta exposição dos autos desapare-
Art. 175 - Feita a publicação, a Secretaria competente
cidos e da prova em que se baseia a restauração.
fará a conferência e lançará a correspondente certidão
Art. 168 - Julgada e homologada a restauração, os au- nos autos.
tos respectivos suprirão os originais, seguindo o pro- Art. 176 - Só haverá republicação quando a irregula-
cesso os seus trâmites normais. ridade a notada afetar a substância do ato praticado,
Parágrafo único - Se, no curso da restauração, inclusive por omissão ou incorreção de nome dos Ad-
aparecerem os autos originais, nestes continua- vogados das partes e interessados.
rá o processo, apensados a eles os autos da res- § 1º - Havendo republicação a Secretaria juntará
tauração. aos autos o recorte do ato publicado incorreta-
CAPÍTULO XIX mente para exame do órgão julgador e das partes.
§ 2º - A republicação pela Imprensa Oficial
DISPOSIÇÕES COMUNS AOS PROCESSOS
quando desnecessária não acarretará restituição
Art. 169 - A Secretaria do Tribunal lavrará termo de re- de prazo.
cebimento dos autos em seguida ao último que houver
Art. 177 - A intimação do Ministério Público, da Ad-
sido exarado no juízo de origem, conferindo e retifi-
vocacia Geral da União, do defensor nomeado e do
cando a numeração das respectivas folhas.
defensor público será sempre pessoal.
Parágrafo único - Os termos serão subscritos
CAPÍTULO XXI
pelo Diretor-Geral ou por quem para tal tenha
delegação. DAS AUDIÊNCIAS
Art. 170 - Após o trânsito em julgado das decisões do Art. 178 - O Relator realizará as audiências necessárias
Tribunal, os autos serão conclusos ao Presidente para à instrução dos feitos, presidindo-as em dia e hora por
os fins de direito. ele designados, intimadas as partes e ciente o Procura-
dor Regional.
Art. 171 - A execução de qualquer acórdão poderá ser
feita imediatamente através de comunicação por ofí- Parágrafo único - Das audiências lavrar-se-á ter-
cio, telegrama, fac-simile, ou por outro meio, a critério mo próprio que será juntado aos autos.
do Presidente.
Art. 179 - As audiências serão públicas, salvo quando
CAPÍTULO XX o processo correr em segredo de justiça.
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§ 1º - As custas da perícia correrão por conta da Art. 187 - Os eleitos para cargos federais e estaduais,
parte que a requereu. assim como os respectivos suplentes, receberão diplo-
ma em sessão solene do Tribunal, convocada pelo Pre-
§ 2º - As partes podem indicar assistentes, até o sidente.
início da perícia, para acompanhar os trabalhos
técnicos. Parágrafo único - Os diplomas serão assinados
pelo Presidente do Tribunal e conterão os dados
§ 3º - O perito apresentará laudo escrito e os as-
previstos na legislação eleitoral vigente.
sistentes técnicos oferecerão seus pareceres no
prazo que lhes houver sido concedido. TÍTULO V
CAPÍTULO XXII DA SECRETARIA
DO USO DE FAC-SÍMILE
Art. 188 - A Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral
Art. 182 - É autorizado o uso de fac-símile para o enca- funcionará sob a direção do Diretor-Geral, bacharel
minhamento de petições e recursos, estes acompanha- em Direito, designado ou nomeado para esse fim, sob
dos das razões respectivas. a supervisão do Presidente; e seus cargos, criados por
lei, serão preenchidos na forma determinada pela le-
§ 1º - Os riscos de não obtenção de linha, ou de
gislação e disposições pertinentes.
defeitos de transmissão ou recepção, serão de
responsabilidade do remetente e não escusarão Parágrafo único - As atribuições do Diretor-Ge-
do cumprimento dos prazos legais. ral e dos servidores da Secretaria, bem como as
§ 2º - Sob pena de ser desconsiderada a prática disposições sobre a ordem interna, constarão do
do ato, o original da transmissão deverá ser pro- Regimento Interno da Secretaria, aprovado pelo
tocolizado na Secretaria do Tribunal no prazo Tribunal.
de cinco (5) dias. TÍTULO VI
§ 3º - Sem prejuízo de outras sanções, o usuário
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
do sistema será considerado litigante de má-fé
se não houver perfeita consonância entre o ori- Art. 189 - Não há protocolo integrado na circunscrição
ginal remetido por fac-símile e o original entre- eleitoral do Estado, devendo ser as petições protocoli-
gue em juízo. zadas diretamente no juízo a que se destinam.
Art. 183 - Recebido o fac-símile, dele será extraída có-
Parágrafo único. As petições protocolizadas em
pia, se necessário, que será protocolizada e juntada aos
desconformidade com o previsto no “caput”, se-
autos.
rão restituídas ao interessado mediante recibo.
Art. 184 - As decisões decorrentes de petições trans-
mitidas por fac-símile somente serão cumpridas após Art. 190 - A disponibilização de andamentos proces-
o recebimento d o respectivo original, salvo quando a suais na Internet tem caráter meramente informativo,
espera puder acarretar dano iminente à parte, ou tor- não produzindo efeitos legais.
nar ineficaz a providência requerida, caso em que o Art. 191 - Salvo disposição em contrário, aplicam-se as
Juiz determinará o imediato cumprimento. regras comuns de direito na contagem dos prazos a
Parágrafo único – Se o original da petição não que se refere este Regimento.
for apresentado no prazo de cinco (5) dias, ces-
§ 1º - Não correm os prazos nos períodos em que
sará a eficácia da decisão.
houver interrupção das atividades do Tribunal,
Art. 185 - É facultado o uso de fac-símile para encami- obstáculo judicial, ou motivo de força maior
nhamento de cartas de ordem e precatórias, ofícios e comprovado e reconhecido pelo Tribunal.
outros expedientes aos Juízos Eleitorais, quando a ur-
gência do ato determinar. § 2º - No dia em que reaberto o Tribunal os pra-
zos começam ou continuam a fluir.
TÍTULO IV
Art. 192 - Os prazos contados em hora, se vencidos
DA APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES E DA após o horário do expediente normal, consideram-se
EXPEDIÇÃO DOS DIPLOMAS prorrogados até o final da primeira hora do expedien-
Art. 186 - As eleições serão apuradas com observância te do dia útil seguinte, salvo disposições em contrário.
do disposto na legislação eleitoral e nas instruções bai-
Art. 193 - Será de dez (10) dias o prazo para que os
xadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Juízes Eleitorais prestem as informações, cumpram
Parágrafo único - O Tribunal, por proposta de requisições ou procedam às diligências determinadas
qualquer de seus Juízes, também proverá sobre pelo Tribunal, por seu Presidente, pelo Corregedor ou
a expedição de instruções, sempre que necessá- Relator, se outro não for o prazo previsto em lei ou
rio. neste Regimento.
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Art. 194 - São isentos de custas os processos, certidões nos do Tribunal Superior Eleitoral e do Tribunal
e quaisquer outros papéis fornecidos para fins eleito- de Justiça do Estado de São Paulo, na ordem
rais, ressalvadas as exceções legais. indicada.
Art. 195 - As certidões de documentos existentes na Art. 202 - Os feitos autuados e distribuídos até a data
Secreta ria do Tribunal, serão fornecidas mediante re- da entrada em vigor deste Regimento, permanecerão
querimento, e m que o interessado prove seu legítimo nas classes em que se encontram registrados, não sen-
interesse. do aplicável a regra do art. 36.
Art. 196 - É defeso às partes e a seus procuradores em- Art. 203 - Este Regimento entrará em vigor no prazo de
prega rem expressões injuriosas nos escritos apresen- trinta (30) dias contados de sua publicação, revogadas
tados no processo, cabendo ao Relator, de ofício ou a as disposições em contrário.
requerimento do ofendido, mandar riscá-las, oficiando
ao Conselho da Ordem dos Advogados quando lança-
das por Advogados.
02 PORTARIA N. 214/2015
Art. 197 - O Tribunal usará o Diário Oficial do Estado Institui o Código de Ética dos servidores do
de São Paulo - Caderno do Poder Judiciário, para a pu- Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo
blicação de seus atos oficiais, como atas das sessões,
acórdãos, despachos, provimentos, editais, portarias,
CAPÍTULO I
comunicados e instruções eleitorais, entre outros.
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II - resguardar, em sua conduta pessoal, a inte- nal e que possam contribuir para a eficiência dos
gridade, a honra e a dignidade de sua função trabalhos realizados pelos demais servidores;
pública, agindo em harmonia com os deveres
éticos assumidos neste Código e com os valores XIII - assumir clara e objetivamente a responsa-
institucionais; bilidade pessoal pela execução do seu trabalho
e pelos pareceres e opiniões emitidos;
III – desempenhar, com zelo e eficácia, as atri-
buições do cargo ou função que exerça; XIV - respeitar a autoria de iniciativas, trabalhos
ou soluções de problemas apresentados por co-
IV – proceder com honestidade, retidão, pro- legas, ou chefias anteriores, conferindo-lhes os
bidade e tempestividade, escolhendo sempre, respectivos créditos;
quando estiver diante de mais de uma opção le-
gal, a que melhor se coadunar com a ética e com XV - manter sob sigilo dados e informações de
o interesse público; natureza confidencial obtidos no exercício de
suas atividades ou, ainda, de natureza pessoal
V - tratar autoridades, colegas de trabalho, su- de colegas e subordinados que só a eles digam
periores, subordinados e demais pessoas com respeito, às quais, porventura, tenha acesso em
quem se relacionar em função do trabalho, com decorrência do exercício profissional, informan-
urbanidade, cortesia, respeito, educação e con- do à chefia imediata ou à Comissão de Ética
sideração, abstendo-se de atos que caracterizem quando tomar conhecimento de que assuntos
intimidação, hostilidade, ameaça ou assédio sigilosos estejam ou venham a ser revelados;
moral ou sexual;
XVI – manter a neutralidade político-partidária,
VI – tratar os usuários do serviço público com
religiosa e ideológica no exercício de suas funções;
cortesia, urbanidade, disponibilidade e atenção,
respeitando a condição e as limitações de cada XVII - observar, no exercício de seus misteres, a
qual, sem qualquer espécie de preconceito ou responsabilidade social e ambiental, no primei-
distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, ida- ro caso, privilegiando, no ambiente de trabalho,
de, religião, orientação sexual, condição física a adoção de práticas que favoreçam a inclusão
especial, cunho político e posição social, absten- social e, no segundo, de práticas que combatam
do-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral; o desperdício de recursos naturais e materiais e
VII – representar contra comprometimento in- evitem danos ao meio ambiente;
devido da estrutura da Administração Pública,
XVIII - acompanhar e indicar à unidade com-
independentemente da hierarquia a que esteja
petente as situações de risco nos ambientes e
subordinado;
nos processos de trabalho, apresentar sugestões
VIII – resistir a pressões de superiores hierár- para melhorias e atender às recomendações re-
quicos, de contratantes e de outros que visem lacionadas à segurança individual e coletiva;
à obtenção de favores, benesses ou vantagens
indevidas em decorrência de ações ou omissões XIX - apresentar-se de forma condizente com a
imorais, ilegais ou antiéticas, e denunciá-las; instituição, portando vestimentas adequadas ao
exercício do cargo ou função e evitando o uso de
IX - cumprir as normas relativas à política de se- vestuário e adereços que comprometam a boa
gurança da informação definida pelo Tribunal, apresentação pessoal, a imagem institucional
zelando pela proteção das senhas de acesso e ou a neutralidade profissional, observando as
pela utilização adequada dos recursos tecnoló- normas estabelecidas sobre uso de uniforme ou
gicos; equipamentos de proteção individual (EPI); e
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II – prestar consultoria técnica ou qualquer tipo XIV – deixar, injustificadamente, qualquer pes-
de serviço a partidos políticos, candidatos ou a soa à espera de solução na unidade em que exer-
qualquer pessoa física ou jurídica, ligada dire- ça suas funções, permitindo a formação de lon-
ta ou indiretamente ao processo eleitoral, bem gas filas, ou outra espécie de atraso na prestação
como a empresas licitantes ou que prestem ser- do serviço;
viços ao TRESP;
XV – ausentar-se injustificadamente de seu local
III - exercer advocacia administrativa, exceto de trabalho;
nas hipóteses previstas nos artigos 117, XI e 164,
§ 2º, da Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990; XVI – fazer ou extrair cópias de relatórios ou de
quaisquer outros trabalhos ou documentos, per-
IV – usar cargo ou função, facilidades, amiza- tencentes ao Tribunal, para utilização em fins
des, tempo, posição, influências e informações estranhos aos seus objetivos ou à execução dos
privilegiadas obtidas no âmbito do TRE-SP para trabalhos a seu encargo, sem prévia autorização
favorecimento próprio ou de outrem; da autoridade competente;
V – ser conivente com erro ou infração a este XVII – divulgar ou facilitar a divulgação, por
Código de Ética ou à legislação disciplinar per- qualquer meio, de informações incorretas, inve-
tinente; rídicas ou de caráter sigiloso, obtidas por qual-
quer forma em razão do cargo ou função;
VI – praticar ou compactuar com ato contrário
XVIII – alterar ou deturpar, por qualquer forma,
à ética e ao interesse público, por ação ou omis-
o exato teor de documentos, informações, cita-
são, direta ou indiretamente, mesmo observan-
ção de obra, lei, decisão judicial ou do próprio
do as formalidades legais e não cometendo vio-
Tribunal;
lação expressa à lei;
XIX – utilizar sistemas e canais de comunicação
VII – usar de artifícios para procrastinar ou di-
do Tribunal para a propagação e divulgação de
ficultar o exercício regular de direito por qual- trotes, boatos, pornografia, propaganda comer-
quer pessoa; cial, religiosa ou político-partidária;
VIII – desviar servidor, colaborador, prestador XX– apoiar ou filiar-se a instituição que atente
de serviço ou estagiário para atendimento a in- contra a moral, a honestidade ou a dignidade da
teresse particular; pessoa humana;
IX - adotar qualquer conduta que interfira no XXI – manifestar-se em nome do Tribunal, quan-
desempenho do trabalho ou que crie ambiente do não autorizado e habilitado para tal, nos ter-
hostil, ofensivo ou de intimidação, tais como mos da política interna de comunicação social;
ações tendenciosas geradas por simpatias, anti-
patias ou interesses de ordem pessoal, sobretu- XXII - apresentar-se embriagado ou sob efeito
do e especialmente o assédio sexual ou moral, de quaisquer drogas ilegais no ambiente de tra-
no sentido de desqualificar outros, por meio balho ou, fora dele, em situações que compro-
de palavras, gestos ou atitudes que ofendam a metam a imagem pessoal e, por via reflexa, a
autoestima, a segurança, o profissionalismo e a institucional;
imagem;
XXIII - comercializar bens e serviços nas depen-
X - discriminar colegas de trabalho, superiores, dências do TRE-SP;
subordinados e demais pessoas com que se re- XXIV – manter sob subordinação hierárquica,
lacionar em função do trabalho, em razão de em cargo em comissão ou função comissionada,
preconceito ou distinção de raça, sexo, orienta- cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,
ção sexual, nacionalidade, cor, idade, religião, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau,
posição social ou quaisquer outras formas de inclusive;
discriminação;
XXV – receber salário ou qualquer outra remu-
XI – prejudicar deliberadamente a reputação de neração de fonte privada que esteja em desacor-
outros servidores ou de cidadãos, bem como do com a lei;
persegui-los ou submetê-los a situação humi-
lhante; XXVI – solicitar, sugerir, provocar ou receber,
para si ou para outrem, transporte, hospeda-
XII – atribuir a outrem erro próprio; gem, desconto, favores ou qualquer tipo de aju-
da financeira, gratificação, comissão, doação,
XIII – apresentar como de sua autoria ideias ou presentes ou vantagens de qualquer natureza,
trabalhos de outrem; de pessoa física ou jurídica interessada na ativi-
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dade do servidor, de forma a permitir situação Art. 7º Os servidores nomeados para o exercício de
que possa gerar dúvida sobre sua probidade ou cargos em comissão de direção e chefia ou designados
honorabilidade. para funções comissionadas de natureza gerencial obe-
decerão a regras específicas, além das demais normas
§ 1º Não se consideram presentes para os fins do constantes deste Código. Parágrafo único. Conside-
inciso XXVI do art. 6º deste código:
ram-se funções comissionadas de natureza gerencial
I – brindes que não tenham valor comercial; aquelas em que haja vínculo de subordinação e poder
de decisão, especificados em regulamento.
II – brindes distribuídos por entidades de
qualquer natureza a título de cortesia, pro- Art. 8º É dever dos servidores ocupantes de cargos em
paganda, divulgação habitual ou por ocasião comissão de direção e chefia ou de funções de nature-
de eventos especiais ou datas comemorati- za gerencial:
vas, desde que não ultrapassem ao corres-
pondente a cinco por cento do vencimento I – demonstrar o compromisso com a ética, de
básico do cargo de técnico judiciário, classe forma clara e inequívoca, devendo ser vistos
A, padrão I; como exemplo de moralidade e profissionalis-
mo;
III – prêmio em dinheiro ou bens concedido
ao servidor por entidade acadêmica, cientí- II – buscar meios de propiciar ambiente de tra-
fica ou cultural, em reconhecimento por sua balho harmonioso, cooperativo, participativo e
contribuição de caráter intelectual; livre de concessões que possam ser vistas como
obrigação ou compromisso pessoal, principal-
IV – prêmio concedido em razão de concurso mente se advindos das relações entre chefes e
de acesso público a trabalho de natureza aca-
subordinado;
dêmica, científica, tecnológica ou cultural;
III – incentivar o constante aperfeiçoamento dos
V – bolsa de estudos vinculada ao aperfei-
servidores em exercício na unidade.
çoamento profissional ou técnico do ser-
vidor, desde que o patrocinador não tenha
Art. 9º Na ausência de lei sobre prazo diverso, será de
interesse em decisão que possa ser tomada
seis meses, contados da exoneração, o período de in-
pelo servidor, em razão do cargo ou função
terdição para atividade incompatível com o cargo em
que exerce.
comissão de direção ou chefia anteriormente exercido,
§ 2º Nos casos em que o presente não possa, obrigando-se o servidor a observar, nesse prazo, as se-
por qualquer razão, ser recusado ou devolvido guintes regras:
sem ônus para o servidor, este deve comunicar
o fato por escrito à autoridade superior, que se I – não prestar, direta ou indiretamente, qual-
pronunciará quanto a uma das seguintes desti- quer tipo de serviço a pessoa física ou jurídica
nações: com quem tenha estabelecido relacionamento
relevante em razão do exercício do cargo;
I – incorporação ao patrimônio do TRE-SP;
II – não aceitar cargo de administrador ou con-
II – doação para entidade assistencial ou fi- selheiro ou estabelecer vínculo profissional com
lantrópica reconhecida como de utilidade pessoa física ou jurídica que desempenhe ativi-
pública, desde que, tratando-se de bem não dade relacionada à área de competência do car-
perecível, se comprometa a aplicar o bem ou go ocupado;
o produto da sua alienação em suas ativida-
des fim; ou III - não celebrar com órgãos ou entidades do
Poder Judiciário federal contratos de serviço,
III – destruição, de acordo com as normas es- consultoria, assessoramento ou atividades simi-
tabelecidas sobre o assunto. lares, vinculados, ainda que indiretamente, ao
TRE-SP;
§ 3º O servidor pode aceitar convites para even-
tos sociais ou esportivos, por razão institucio- IV – não intervir, direta ou indiretamente, em
nal, quando o exercício da função pública reco- favor de interesse privado perante o TRE-SP ou
mendar a sua presença. outro órgão ou entidade o qual tenha estabeleci-
do relacionamento relevante em razão do exer-
SEÇÃO IV cício do cargo.
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Art. 11. O atendimento ao público deve ser realizado Art. 17. As auditorias e inspeções devem ser realiza-
com agilidade, presteza e cordialidade, fornecendo-se das, preferencialmente, em equipe, observando-se as
as orientações solicitadas, certificando-se de que os es- normas estabelecidas sobre o assunto.
clarecimentos foram compreendidos e o atendimento
SEÇÃO VI
foi conclusivo.
DA CONDUTA EM AUDIÊNCIAS
Parágrafo único. Caso o assunto não seja de
competência do servidor, o cidadão que buscar Art. 18. Quando da concessão de audiências ou por
os serviços do TRE-SP deve ser encaminhado à ocasião de reuniões com particulares, o servidor deve,
área responsável pelo assunto para atendimen- preferencialmente, fazer-se acompanhar de pelo me-
to conclusivo. nos um outro servidor público.
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§ 3º O servidor do TRE-SP deve zelar para que b) organismo internacional do qual o Brasil faça
seja mantido, na unidade administrativa, regis- parte;
tro específico das audiências, com a relação das
pessoas presentes e dos assuntos tratados. c) governo estrangeiro e suas instituições;
Art. 19. É dever do servidor reportar ao superior ime- g) empresa, entidade ou associação de classe
diato, por escrito, as reuniões, eventos e encontros ex- que não tenha interesse em decisão de caráter
ternos dos quais participou na qualidade de represen- individual ou coletivo da qual participe o servi-
tante do TRE-SP. dor indicado;
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Art. 25. Os membros e suplentes da Comissão serão e aplicação deste Código e deliberar sobre os ca-
designados pelo Presidente do Tribunal, para manda- sos omissos, bem como, se entender necessário,
to de um ano, contado ininterruptamente em qualquer fazer recomendações ou sugerir ao Presidente
caso, sendo permitida apenas uma recondução. do Tribunal normas complementares, interpre-
tativas e orientadoras das suas disposições;
Parágrafo único. Os membros e suplentes da
Comissão não poderão ser designados simulta- IV – receber propostas e sugestões para o apri-
neamente para compor Comissão de Sindicân- moramento e modernização deste Código e pro-
cia ou Processo Administrativo Disciplinar. por a elaboração ou a adequação de normativos
internos aos seus preceitos;
Art. 26. Ficará suspenso da Comissão, até a conclusão
do processo, o membro que vier a ser indiciado penal V – apresentar relatório anual das atividades da
ou administrativamente ou transgredir a qualquer dos Comissão; e
preceitos deste Código.
VI – solicitar informações a respeito de matérias
Parágrafo único. Caso o servidor venha a ser submetidas à sua apreciação.
responsabilizado, será automaticamente excluí-
do da Comissão. Parágrafo único. A apuração de quaisquer irre-
gularidades que possam configurar violação aos
Art. 27. Quando o assunto a ser apreciado envolver preceitos deste código será realizada pelas Co-
cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou missões Permanentes de Sindicância ou de Pro-
afim, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau, cesso Administrativo Disciplinar do TRE-SP, a
inclusive, de integrante da Comissão, este ficará impe- critério da autoridade competente.
dido de participar do processo.
CAPÍTULO VI
Art. 28. Os integrantes da Comissão desempenharão
suas atribuições sem prejuízo daquelas inerentes a DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
seus cargos efetivos, cargos em comissão ou funções
comissionadas. Art. 32. Todo ato de posse em cargo efetivo deverá ser
acompanhado da prestação de compromisso de aca-
Parágrafo único. Não haverá remuneração pelos tamento e observância das regras estabelecidas pelo
trabalhos desenvolvidos na Comissão, os quais Código de Ética do TRE-SP.
serão considerados prestação de relevante ser-
viço público e constarão na ficha funcional do § 1º O servidor nomeado para cargo em comis-
servidor. são ou designado para ocupar função comissio-
nada assinará declaração sobre a observância
Art. 29. Havendo necessidade, o Presidente do Tri- dessas regras.
bunal autorizará a dedicação integral e exclusiva dos
integrantes da Comissão, os quais poderão ser substi- § 2º Este Código de Ética integrará o Conteúdo
tuídos nos termos do art. 38 da Lei n. 8.112, de 1990. Programático do Edital de Concurso Público
para provimento de cargos no TRE-SP.
Art. 30. Eventuais conflitos de interesse que possam
surgir em função do exercício das atividades profissio- § 3º O Programa Permanente de Capacitação
nais dos integrantes da Comissão deverão ser informa- e Desenvolvimento dos Servidores do TRE-SP
dos aos demais membros. contemplará Programa Permanente de Cons-
cientização Ético-Profissional do Servidor Pú-
SEÇÃO II
blico, tendo por objetivo promover atividades
DAS COMPETÊNCIAS que permitam o exercício consciente das fun-
ções a que o servidor está submetido e, conse-
Art. 31. Compete à Comissão Permanente de Ética do quentemente, a valorização da função pública.
TRE-SP:
Art. 33. Este Código integrará todos os contratos de es-
I – elaborar plano de trabalho específico, envol- tágio e de prestação de serviços, de forma a assegurar
vendo, se for o caso, unidades do Tribunal, ob- o alinhamento de condutas destes agentes, durante a
jetivando criar eficiente sistema de informação, prestação contratual.
educação, acompanhamento e avaliação de re-
sultados da gestão de ética no Tribunal; Art. 34. Em caso de dúvida sobre a aplicação deste Có-
digo e situações que possam configurar desvio ético, o
II – propor a organização de cursos, manuais, servidor pode oficializar consulta à Comissão Perma-
cartilhas, palestras, seminários e outras ações de nente de Ética do TRE-SP.
treinamento e disseminação deste Código;
Art. 35. Os casos omissos serão submetidos ao Presi-
III – dirimir dúvidas a respeito da interpretação dente pela Comissão Permanente de Ética do TRE-SP.
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V - comunicação: forma de interação dos cida- XI - moradia para a vida independente da pes-
dãos que abrange, entre outras opções, as lín- soa com deficiência: moradia com estruturas
guas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais adequadas capazes de proporcionar serviços de
(Libras), a visualização de textos, o Braille, o apoio coletivos e individualizados que respei-
sistema de sinalização ou de comunicação tátil, tem e ampliem o grau de autonomia de jovens e
os caracteres ampliados, os dispositivos multi- adultos com deficiência;
mídia, assim como a linguagem simples, escrita
e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz XII - atendente pessoal: pessoa, membro ou não
digitalizados e os modos, meios e formatos au- da família, que, com ou sem remuneração, as-
mentativos e alternativos de comunicação, in- siste ou presta cuidados básicos e essenciais à
cluindo as tecnologias da informação e das co- pessoa com deficiência no exercício de suas ati-
municações; vidades diárias, excluídas as técnicas ou os pro-
cedimentos identificados com profissões legal-
VI - adaptações razoáveis: adaptações, modi- mente estabelecidas;
ficações e ajustes necessários e adequados que
não acarretem ônus desproporcional e indevi- XIII - profissional de apoio escolar: pessoa que
do, quando requeridos em cada caso, a fim de exerce atividades de alimentação, higiene e lo-
assegurar que a pessoa com deficiência possa comoção do estudante com deficiência e atua
gozar ou exercer, em igualdade de condições e em todas as atividades escolares nas quais se
fizer necessária, em todos os níveis e modalida-
oportunidades com as demais pessoas, todos os
des de ensino, em instituições públicas e priva-
direitos e liberdades fundamentais;
das, excluídas as técnicas ou os procedimentos
VII - elemento de urbanização: quaisquer com- identificados com profissões legalmente estabe-
ponentes de obras de urbanização, tais como os lecidas;
referentes a pavimentação, saneamento, enca-
XIV - acompanhante: aquele que acompanha a
namento para esgotos, distribuição de energia
pessoa com deficiência, podendo ou não desem-
elétrica e de gás, iluminação pública, serviços
penhar as funções de atendente pessoal.
de comunicação, abastecimento e distribuição
de água, paisagismo e os que materializam as
CAPÍTULO II
indicações do planejamento urbanístico;
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Legislação e Documentos Específicos
Art. 35. É finalidade primordial das políticas públicas § 6o A habilitação profissional pode ocorrer em
de trabalho e emprego promover e garantir condições empresas por meio de prévia formalização do
de acesso e de permanência da pessoa com deficiência contrato de emprego da pessoa com deficiên-
no campo de trabalho. cia, que será considerada para o cumprimento
da reserva de vagas prevista em lei, desde que
Parágrafo único. Os programas de estímulo ao por tempo determinado e concomitante com a
empreendedorismo e ao trabalho autônomo, inclusão profissional na empresa, observado o
incluídos o cooperativismo e o associativismo, disposto em regulamento.
devem prever a participação da pessoa com de-
ficiência e a disponibilização de linhas de crédi- § 7o A habilitação profissional e a reabilitação
to, quando necessárias. profissional atenderão à pessoa com deficiência.
Seção III
Seção II
Da Inclusão da Pessoa com Deficiência no Trabalho
Da Habilitação Profissional e Reabilitação
Profissional Art. 37. Constitui modo de inclusão da pessoa com
deficiência no trabalho a colocação competitiva, em
Art. 36. O poder público deve implementar serviços igualdade de oportunidades com as demais pessoas,
e programas completos de habilitação profissional nos termos da legislação trabalhista e previdenciária,
e de reabilitação profissional para que a pessoa com na qual devem ser atendidas as regras de acessibilida-
deficiência possa ingressar, continuar ou retornar ao de, o fornecimento de recursos de tecnologia assistiva
campo do trabalho, respeitados sua livre escolha, sua e a adaptação razoável no ambiente de trabalho.
vocação e seu interesse.
Parágrafo único. A colocação competitiva da
§ 1o Equipe multidisciplinar indicará, com base pessoa com deficiência pode ocorrer por meio
em critérios previstos no § 1o do art. 2o desta de trabalho com apoio, observadas as seguintes
Lei, programa de habilitação ou de reabilitação diretrizes:
que possibilite à pessoa com deficiência restau-
rar sua capacidade e habilidade profissional ou I - prioridade no atendimento à pessoa com
adquirir novas capacidades e habilidades de deficiência com maior dificuldade de inser-
trabalho. ção no campo de trabalho;
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IV. Assessoria de Planejamento Estratégico e de Obs.: A seguir, está anexado o Plano Estratégico.
Eleições;
X. Secretaria Judiciária;
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Escritório de Projetos e Processos Organizacionais
Nov/2015
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Plano Estratégico 2016-2021
Nov/2015
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Tribunal Regional Eleitoral de SP
Revisão: EPP
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização dos seus autores.
A violação de direitos autorais está prevista na Lei nº 9.610/98.
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Sumário
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Quadro de Siglas Utilizadas
Outras
PETIC Plano Estratégico de Tecnologia da Informação e Comunicação
TIC Tecnologia da Informação e Comunicação
TI Tecnologia da Informação
Órgãos Externos
CNJ Conselho nacional de Justiça
TSE Tribunal Superior Eleitoral
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6
Ao longo de 2015, foram realizadas uma série de encontros, reuniões e ações de capacitação a fim
de propiciar a construção de um Plano Estratégico que representasse os reais desejos de avanço
em temas estratégicos do TRE-SP frente ao cenário delineado, cuja construção se deu de forma
colaborativa por gestores e demais servidores da Secretaria e dos Cartórios Eleitorais.
a) O Plano Estratégico do Judiciário, definido pelo Conselho Nacional de Justiça, por meio da
Resolução CNJ 198/2014;
Em conjunto com o presente Plano, outros dois documentos comporão o núcleo da Gestão da
Estratégia do TRE-SP: o Caderno de Planejamento que norteará as futuras revisões e elaborações
de Planos Estratégicos e o Caderno de Indicadores do Planejamento Estratégico que subsidiará as
medições dos indicadores estratégicos e a elaboração dos Relatórios de Desempenho da Estratégia.
Para a elaboração do presente Plano, utilizou-se a metodologia BSC – Balanced Scorecard – que
aloca os diversos objetivos estratégicos (aqui chamados de macrodesafios) em perspectivas de análise.
1. Recursos;
2. Processos Internos e
3. Sociedade.
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Mapa Estratégico
Garantir os direitos de
cidadania
PROCESSOS INTERNOS
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Perspectivas
Perspectiva da Sociedade
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Descrição: Refere-se ao desafio de garantir no plano concreto os direitos da cidadania (CF, art. 1º,
inc. II), em sua múltipla manifestação social: cidadão-administrado (usuário dos serviços públicos),
cidadão-eleitor, cidadão trabalhador-produtor, cidadão-consumidor e cidadão-contribuinte, buscando-
se atenuar as desigualdades sociais e garantir os direitos de minorias, observando-se, para tanto, práticas
socioambientais sustentáveis e uso de tecnologia limpa.
1. Indicador de Resultado
Indicador Responsável
2. Indicadores de Esforço
Indicador Responsável
1.1 Índice de matérias institucionais positivas DG-CCS
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3. Iniciativas Estratégicas
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Processos Internos são conjuntos de atividades realizadas em uma organização que buscam
transformar insumos em saídas, ou resultados. São as rotinas de trabalho realizadas em uma
Instituição. No caso da Justiça Eleitoral, podemos citar como exemplo de processo interno o
alistamento eleitoral ou a emissão de uma certidão de quitação eleitoral. Claramente, otimizar os
processos de trabalho pode ser um ótimo instrumento para que a organização caminhe rumo à
concretização de sua visão de futuro.
Daí a importância de se colocar os processos internos como uma das perspectivas do BSC.
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Descrição: Conjunto de atos que visem à proteção da coisa pública, à lisura nos processos eleitorais,
à preservação da probidade administrativa e à persecução dos crimes contra a Administração Pública e
eleitorais, entre outros. Para tanto, deve-se priorizar a tramitação dos processos judiciais que tratem do
desvio de recursos públicos e de improbidade e de crimes eleitorais, além de medidas administrativas
relacionadas à melhoria do controle e fiscalização do gasto público no âmbito do Poder Judiciário.
1. Indicador de Resultado
Indicador Responsável
2. Indicadores de Esforço
Indicador Responsável
2.1 Índice de agilidade no julgamento das ações relativas à lei da ficha limpa SJ
2.2 Percentual de auditoria nos processos de prestação de contas anuais dos
SCI
partidos políticos
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Descrição: Tem por finalidade materializar, na prática judiciária, o comando constitucional da razoável
duração do processo. Trata-se de garantir a prestação jurisdicional efetiva e ágil, com segurança jurídica
e procedimental na tramitação dos processos judiciais, bem como elevar a produtividade dos servidores
e magistrados.
1. Indicador de Resultado
Indicador Responsável
2. Indicadores de Esforço
Indicador Responsável
3.1 Taxa de congestionamento CRE/SJ
3. Iniciativas Estratégicas
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Descrição: Está relacionado a objetivos e iniciativas que visem garantir à sociedade o aprimoramento
contínuo da segurança dos pleitos eleitorais, com utilização de tecnologias e com a melhoria de processos
de trabalho.
1. Indicador de Resultado
Indicador Responsável
2. Iniciativas Estratégicas
Indicador Responsável
4.1 Gestão de Riscos da Eleição ASSPE
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Perspectiva Recursos
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1. Indicador de Resultado
Indicador Responsável
2. Indicadores de Esforço
Indicador Responsável
5.1 Grau de satisfação com o Programa de Qualidade de Vida no Trabalho (PQVT) SGP
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1. Indicador de Resultado
Indicador Responsável
2. Indicadores de Esforço
Indicador Responsável
6.1 Aderência da execução ao planejamento orçamentário SOF
6.5 Índice de agilidade na tramitação dos processos de aquisição de bens e serviços SAM
3. Iniciativa Estratégica
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1. Indicador de Resultado
1. Indicador de Resultado
Indicador Responsável
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1. Indicador de Resultado
Indicador Responsável
1. Indicadores de Esforço
Indicador Responsável
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NOÇÕES DE DIREITO
05
CONSTITUCIONAL
01 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
02 DIREITOS FUNDAMENTAIS
03 DIREITOS SOCIAIS
04 NACIONALIDADE
05 DIREITOS POLÍTICOS E PARTIDOS POLÍTICOS
06 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
07 FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
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Noções de Direito Constitucional
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, Para a doutrina tradicional e para a jurisprudência,
que o exerce por meio de representantes eleitos apenas a Constituição é fonte dos direitos fundamen-
ou diretamente, nos termos desta Constituição. tais – ou, aqueles tratados internacionais introduzidos
no ordenamento pátrio como EC, na forma da cons-
Art. 2º São Poderes da União, independentes e har- tituição. No entanto, há doutrina que também aceita
mônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Ju- como fonte dos direitos fundamentais:
diciário.
i. Constituição Federal;
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Limitáveis:
03 DIREITOS SOCIAIS
Os direitos fundamentais não são absolutos (po-
dem ser ponderados). Alguns autores dizem que a ve- Nos termos do art. 6º da CF “são direitos sociais a
dação da tortura e a observação da dignidade da pes- educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a mora-
soa humana são direitos absolutos. dia, o lazer, a segurança, a previdência social, a pro-
teção à maternidade e à infância, a assistência aos de-
ü Princípio da proporcionalidade: samparados, na forma desta Constituição”.
Ao limitar os direitos fundamentais através da
ponderação de princípios, o Estado deve observar SEGURIDADE SOCIAL
o princípio da proporcionalidade.
O Estado somente poderá mitigar tais direitos A Constituição Federal, em seu art. 194, descreve a
quando for absolutamente necessário. seguridade social como sendo “um conjunto integrado
de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da so-
Nestes casos, o Estado deve escolher o meio ade-
ciedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à
quado a esta situação. Para Robert Alexy, propor-
cionalidade não é princípio, mas sim uma técnica saúde, à previdência e à assistência social”.
de resolução de conflitos entre princípios. O professor Flávio Zambitte Ibrahim observa que a
Proporcionalidade = necessidade + adequação + definição constitucional nada mais é do que a descri-
proibição do excesso + justa medida. ção dos componentes da seguridade social, e não pode
A justa medida é a proporcionalidade em sentido ser encarada como um conceito técnico.
estrito.
Leciona então que “a seguridade social pode ser
Lembre-se que a razoabilidade remete ao fato de conceituada como a rede protetiva formada pelo
haver devido processo legal em sentido material. Estado e por particulares, com contribuições de todos,
4
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Noções de Direito Constitucional
O tema está minuciosamente descrito no estudo É um princípio voltado principalmente para o le-
dos direitos difusos e coletivos. gislador. O Estado não possui recursos para univer-
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Gestão democrática é gestão com todas as camadas IV - do importador de bens ou serviços do exterior,
que têm interesse em administrá-la (trabalhadores, ou de quem a lei a ele equiparar.
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Noções de Direito Constitucional
E, para criar contribuição com base na competência ii. Todos os originários de países de língua por-
residual, deve haver lei complementar. Medida provi- tuguesa, exceto os portugueses;
sória não pode versar sobre matéria reservada à com- iii. Portugueses (quase nacionais);
plementar.
iv. Por determinação legal.
Medida provisória, no entanto, pode majorar con-
tribuição prevista em lei ordinária. Nesse caso os no-
venta dias passam a contar a partir da primeira medi- BRASILEIROS NATOS (NACIONALIDADE
da provisória, e não a partir da data em que é conver- ORIGINÁRIA)
tida em lei.
São considerados brasileiros natos:
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ü Criança adotada: se uma criança for adotada b) Todos os estrangeiros originários de Estados
no exterior por pai ou mãe que está a serviço do que falam português, exceto Portugal:
Brasil, será brasileiro nato. Isto porque a Constitui- Os países que falam a língua portuguesa (exceto
ção veda qualquer tipo de discriminação entre os Portugal) são: Angola, Moçambique, Guiné-Bissau,
filhos naturais e os adotivos. Cabo Verde, Príncipe, Goa, Macau, Açores e Timor
Leste.
c) Os nascidos no estrangeiro, filhos de brasilei- Requisitos para naturalização:
ros, desde que registrados nas repartições diplomáti-
cas do Brasil, ou que venham a residir no Brasil e op- i. Residência ininterrupta por um ano;
tem pela nacionalidade brasileira a qualquer tempo,
depois da maioridade: ii. Idoneidade moral.
a) Todos os estrangeiros oriundos de países que Se votar no Brasil o indivíduo deixa de votar em
não falam português: segundo o art. 112 da Lei 6.815 Portugal, pois não pode exercer seus direitos políticos
(Estatuto do estrangeiro) são requisitos para a natu- em 2 (dois) Estados.
ralização:
i. Mínimo de quatro anos de residência no Brasil; ü O quase nacional não é obrigado a se alistar
nas forças armadas. Já os brasileiros naturalizados
ii. Saber ler e escrever em português; possuem essa obrigação.
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Noções de Direito Constitucional
Essas duas hipóteses estavam previstas na mente privado de sua nacionalidade, nem do direito
Constituição de 1967. Hoje, não há mais previsão expres- de mudá-la.
sa na Carta Maior. No entanto, elas ainda existem, uma
vez que a CF fala que existem hipóteses de naturaliza- Apesar disso, não se encontrou ainda mecanismo
ção, e as supracitadas hipóteses aparecem na Lei 6.815. adequado para impedir que surjam os heimatlos, sem
falar no arbítrio ditatorial de alguns países que, sem o
menor escrúpulo, desrespeitam a dignidade humana
NATURALIZAÇÃO EXPRESSA e violam aqueles preceitos universais, cassando nacio-
EXTRAORDINÁRIA nalidade de pessoas que ousam opor, a seus desígnios,
as inquietantes – para eles – ideias democráticas”.
A principal diferença entre a ordinária e a ex-
traordinária é que a ordinária não cria direito público O sistema constitucional brasileiro prevê mecanis-
subjetivo, pois é ato discricionário do Presidente da mos para que não ocorra esse conflito negativo de na-
República – não cabe Mandado de Segurança. Já a ex- cionalidade com os filhos de brasileiros.
traordinária cria direito público subjetivo. É ato vincu-
lado, passível de Mandado de Segurança.
RENATURALIZAÇÃO DO BRASILEIRO NATO
Requisitos: QUE OPTOU POR OUTRA NACIONALIDADE
i. Quinze anos de residência no Brasil; Existe doutrina no sentido de que, quando um bra-
sileiro nato optar, poderá voltar a ser brasileiro nato
ii. Inexistência de condenação penal. após a naturalização. No entanto, outra parcela da
doutrina diz que poderá ser apenas brasileiro naturali-
PERDA DA NACIONALIDADE zado, após o preenchimento dos requisitos.
José Afonso da Silva diz que: A CF, como regra, não admite a diferenciação entre
os brasileiros natos e os naturalizados. No entanto, a
“O conflito negativo é que se afigura intolerável, por- própria Constituição traz algumas situações onde exis-
que impõe a determinada pessoa, por circunstância te diferença no tratamento.
alheia à sua vontade, uma situação de apátrida, de
sem nacionalidade, que lhe cria enormes dificulda- a) Exercício de cargos:
des, porque lhe gera restrições jurídicas de monta
em qualquer Estado em que viva”. Em razão da segurança nacional, os cargos que es-
tão na linha sucessória do Presidente da República e
Ora, a nacionalidade é um direito fundamental do os cargos de relação com os Estados estrangeiros são
homem, sendo inadmissível uma situação, indepen- privativos nos brasileiros natos. São eles:
dente da vontade do indivíduo, que o prive desse di-
reito. A Declaração Universal dos Direitos Humanos i. Presidentes da Câmara e do Senado (a regra
bem o reconhece, quanto estatui que toda pessoa tem não se aplica aos deputados e senadores em ge-
direito a uma nacionalidade e ninguém será arbitraria- ral);
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ii. Ministros do STF (nos demais tribunais é pos- CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESTRANGEIRO
sível, exceto nas vagas de militares do STM, que
deverão ser brasileiros natos); O Estrangeiro e os vistos:
iii. Cargos da carreira diplomática; Tem-se por estrangeiro aquele indivíduo que não
possui nacionalidade brasileira, seja originária, seja
iv. Oficiais das forças armadas (com patente su- derivada. O Estatuto do Estrangeiro (Lei 6.815/80) dis-
perior a de tenente); ciplina a situação jurídica desses indivíduos no Brasil.
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Noções de Direito Constitucional
A extradição no Brasil é regulamentada pelos arti- Quem trata da deportação é o Ministro da Justiça,
gos 76 a 84 do Estatuto do Estrangeiro. através da Polícia Federal, que notificará o estrangei-
ro para que deixe o território Brasileiro no prazo de 3
O juízo competente para avaliar a extradição é o (três) a 8 (oito) dias. Se o estrangeiro não sair esponta-
STF. No entanto, o STF não poderá entrar no mérito neamente no prazo fixado, ocorre a deportação.
da decisão que motivou o pedido de extradição pelo
Estado que a solicitou, deve apenas verificar a existên- O deportado poderá escolher se será deportado para
cia dos requisitos da extradição. o seu país de origem, para o Estado de procedência ou
para algum outro que o acolha. Após a deportação, ele
Após a autorização do STF o Presidente da poderá voltar ao Brasil se estiver em situação regular.
República decidirá se extradita ou não o indivíduo.
Nota-se que somente poderá extraditar se houver au-
torização, no entanto, dada a autorização, ele não é ü Somente estrangeiro poderá ser deportado.
obrigado a extraditar.
Expulsão:
Para que seja concedida, o fato imputado ao extra-
ditando deve ser considerado crime também no Brasil. Está presente nos artigos 65 a 75 do Estatuto do
É a consagração do princípio da dupla incriminação. Estrangeiro. Ocorre quando o estrangeiro comete cri-
me dentro do território nacional, é preso, condenado,
ü Não cabe extradição quando o fato for conside- e após cumprir a pena é expulso. Em alguns casos, o
rado contravenção penal no Brasil, ou se conside- estrangeiro poderá ser expulso por cometer atentado à
rado crime, este estiver prescrito. segurança nacional, mesmo que o fato não seja penal-
mente tipificado.
Pena de morte e prisão perpétua: se a pena apli- O estrangeiro poderá ser expulso antes do término
cada no Estado requerente for a pena de morte do cumprimento da pena quando existir tratado inter-
ou a prisão perpétua, o Brasil somente poderá nacional ou acordo de reciprocidade. Quem decreta a
extraditar o indivíduo mediante a alteração da prisão para a expulsão é o juiz. Quem viabiliza a expul-
pena para no máximo 30 anos de reclusão. são após o cumprimento da pena, através da Polícia
Federal, é o Ministro da Justiça. A expulsão também só
Tribunal de exceção: o STF não admite a extra- pode afetar os estrangeiros, pois a Constituição veda
dição quando o requerente for submetido a juí- expressamente o exílio de brasileiros natos ou natura-
zo ou tribunal de exceção. lizados.
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CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
REFÚGIO ASILO
Alcance universal Concedido na América La- a) Ser brasileiro;
tina
b) Estar no pleno exercício dos direitos políticos;
Perseguição generalizada Perseguição política indivi-
dual c) Possuir alistamento eleitoral;
Motivos religiosos, raciais, Perseguição por crime po-
etc. lítico d) Domicílio eleitoral na circunscrição;
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Noções de Direito Constitucional
DO SISTEMA ELEITORAL
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E
REGRA: O voto (sufrágio) é universal e direto, 06
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
obrigatório e secreto!
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FEDERAÇÃO ü Territórios:
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Noções de Direito Constitucional
Em regra, a competência dos municípios se refere a Ao longo da história, todas as constituições brasi-
tudo aquilo que for de interesse tipicamente local. leiras adotaram a divisão orgânica de Montesquieu.
Exceção ocorreu na Constituição de 1824, que adotou
a Teoria do Poder Moderador (Benjamim Constant).
ü O STF entende que a regulação de atividade
Assim, além do Judiciário, Executivo e Legislativo, ha-
econômica é sempre da União. Assim, leis muni-
via o Poder Moderador, exercido pelo monarca.
cipais que estabelecem distâncias mínimas no co-
mércio são inconstitucionais. Diz a Constituição de 1988 que os poderes no Brasil
Por outro lado, os municípios podem regular a “são harmônicos e independentes entre si”. O país
qualidade dos serviços, motivo pelo qual a lei que adotou um “sistema dos freios e contrapesos”, onde
define tempo de espera em fila de banco é cons- cada um dos poderes mantém sua independência, po-
titucional. rém, em colaboração e sob a fiscalização dos demais
poderes.
Por fim, o Distrito federal acumula competências A separação de poderes é uma doutrina muito an-
estaduais e municipais. tiga (1748), que atualmente tem sido posta à prova,
uma vez que existem instituições de difícil alocação
Competências legislativas: são competências dentro do sistema tradicional. Exemplo é a situação do
para legislar sobre temas definidos. Ministério Público, que para alguns é poder indepen-
dente. No entanto, o Ministério Público é uma função
Competências materiais: são competências para essencial à justiça. Certo é que a tripartição de poderes
fazer coisas. clássica não atende à organização atual dos Estados de
forma completa.
Competência legislativa imprópria: é a compe-
tência derivada das competências materiais co-
muns (competência de todos os entes).
PODER JUDICIÁRIO
Intervenção: confirma a igualdade entre os en-
tes federados. Excepcionalmente a União po- Supremo Tribunal Federal:
derá intervir nos Estados. O mesmo ocorre nos O STF é ao mesmo tempo órgão de cúpula do
Estados em relação aos municípios. Judiciário, Tribunal Federativo (Corte Federal) e Corte
Constitucional. A CF previu a elaboração de lei com-
ü Somente os Estados podem intervir nos seus plementar de iniciativa do STF para a organização do
Municípios. A União não pode interferir nos mu- Poder Judiciário. Tal estatuto não foi editado, mas a EC
nicípios, exceto naqueles situados em territórios 45 adiantou vários comandos.
federais.
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A Justiça Comum Estadual é composta pelos juízes a criação de novas varas deverá ser aprovada por lei. O
de direito, e pelos juizados especiais, em seu primeiro mesmo ocorre para a criação de novos cargos.
grau.
Julgamento originário pelos Tribunais:
ü Nos Estados onde o efetivo militar é superior a
20 (vinte) mil membros pode ser proposta pelo TJ A competência será do Tribunal mesmo quando
a criação de Tribunal Militar Estadual. o juiz ou membro do MP comete o crime em outro
Estado.
A Justiça Federal é composta pelos juízes federais
e pelos juizados especiais federais, em primeiro grau.
Juizados especiais cíveis e criminais:
Justiça do Trabalho: São órgãos de primeira instância, que terão seus re-
Existe um TRT em cada Estado, exceto no Acre, cursos julgados pelas suas próprias turmas recursais.
Tocantins, Roraima e Amapá. Em São Paulo existem MS e HC provenientes de juizados especiais deverão
dois Tribunais Regionais do Trabalho. ser julgados pelos Tribunais locais.
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A Constituição prevê que a Ordem dos Advogados Conselho Nacional do Ministério Público:
do Brasil participará do concurso e dos candidatos
será exigido o diploma de bacharel em Direito e o mí- Composição:
nimo de três anos de atividades jurídicas.
A CF estabelece que o Conselho Nacional do
Ministério Público compõe-se de quatorze membros
Garantias funcionais dos membros do MP: nomeados pelo Presidente da República, depois de
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado
a) Inamovibilidade: o membro do MP não poderá Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma
ser removido ou promovido unilateralmente. Isto só recondução, sendo:
poderá ocorrer mediante decisão da maioria absoluta
do Conselho Superior do Ministério Público, assegura- i. O Procurador-Geral da República, que o pre-
da a ampla defesa. side;
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cias necessárias ao exato cumprimento da lei, Para concretizar esse direito, a própria CF, em seu
sem prejuízo da competência dos Tribunais de art. 134, previu que “a Defensoria Pública é institui-
Contas; ção essencial à função jurisdicional do Estado, incum-
bindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os
iii. Receber e conhecer das reclamações contra
graus, dos necessitados”.
membros ou órgãos do Ministério Público da
União ou dos Estados, inclusive contra seus Ainda nos termos da CF, deveria ser editada uma
serviços auxiliares, sem prejuízo da competên- lei complementar para organizar a Defensoria Pública
cia disciplinar e correicional da instituição, po- da União e do Distrito Federal e dos Territórios e
dendo avocar processos disciplinares em curso, prescrever normas gerais para sua organização nos
determinar a remoção, a disponibilidade ou a Estados. Essa lei é a LC 80/94, que foi substancialmente
aposentadoria com subsídios ou proventos pro- alterada pela LC 132/09. Os cargos da carreira de de-
porcionais ao tempo de serviço e aplicar outras fensor devem ser providos, na classe inicial, mediante
sanções administrativas, assegurada ampla de- concurso público de provas e títulos.
fesa;
iv. Rever, de ofício ou mediante provocação, os ü Os membros da Defensoria possuem a garan-
processos disciplinares de membros do Ministé- tia da inamovibilidade e lhes é vedado o exercício
rio Público da União ou dos Estados julgados há da advocacia fora das atribuições institucionais.
menos de um ano;
v. Elaborar relatório anual, propondo as provi- Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas
dências que julgar necessárias sobre a situação autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de
do Ministério Público no País e as atividades do sua proposta orçamentária dentro dos limites estabe-
Conselho, o qual deve integrar a mensagem pre- lecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
vista no art. 84, XI.
ü O Presidente do Conselho Federal da OAB ofi- ü Autonomia funcional e administrativa:
ciará junto ao Conselho.
Nos Estados, as Defensorias possuem autono-
Corregedor nacional: mia funcional e administrativa; já a Defensoria
da União é vinculada ao Ministério da Justiça. A
O Conselho escolherá, em votação secreta, um autonomia funcional e administrativa diz respeito
Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério ao fato de que será a própria Defensoria Estadual
Público que o integram, vedada a recondução, compe- que, por exemplo, definirá as frentes de atuação,
tindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferi- as localidades geográficas onde colocarão suas se-
das pela lei, as seguintes: des e outras questões relacionadas à administra-
ção do órgão.
i. Receber reclamações e denúncias, de qualquer
interessado, relativas aos membros do Ministé- A autonomia administrativa remete-se também
rio Público e dos seus serviços auxiliares; ao fato de que o poder normativo da Defensoria
é realizado pelo Conselho Superior, ou seja, a re-
ii. Exercer funções executivas do Conselho, de gulamentação das leis (decretos) emanam da pró-
inspeção e correição geral; pria Defensoria, e não de ato do governador.
iii. Requisitar e designar membros do Ministério A proposta orçamentária é de iniciativa da Defen-
Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar soria, mas o projeto de lei é feito pelo governador.
servidores de órgãos do Ministério Público.
A CF previu a criação (por lei) de ouvidorias do O art. 3º da LC 80/94 diz que “são princípios insti-
Ministério Público da União e dos Estados, competen- tucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisi-
tes para receber reclamações e denúncias de qualquer bilidade e a independência funcional”.
interessado contra membros ou órgãos do Ministério
Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, re- Princípios da Unidade e da Indivisibilidade:
presentando diretamente ao Conselho Nacional do
Ministério Público. A Defensoria Pública é una. Embora existam divi-
sões administrativas a Defensoria Pública é indivisível
no aspecto funcional. Alguns doutrinadores afirmam
DEFENSORIA PÚBLICA
que a unidade diz respeito a todas as defensorias do
A CF, ao tratar dos direitos fundamentais diz que país, no entanto não é uma ideia aceita pela maioria
“o Estado prestará assistência jurídica integral e gra- da doutrina. Decorre da unidade que o Defensor não
tuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”. atua em seu nome, mas em nome da Defensoria.
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Possibilidade do Defensor Público agir confor- “A Constituição desfez o bifrontismo que sempre
me a sua consciência na atividade fim da Defensoria existiu no Ministério Público Federal, cujos mem-
Pública. Desta forma, o Defensor não poderá sofrer bros exerciam cumulativamente as funções de Mi-
restrições em relação às teses defendidas no cotidiano. nistério Público e de Procuradores da República no
exercício da advocacia da União. Agora o Ministério
Público da União com seus Ministérios Públicos es-
ü Lembre-se que administrativamente existe peciais só cumpre as funções típicas da instituição.
uma hierarquia na carreira. Não são mais advogados da União.
(...) As funções de advocacia pública da União foram
Objetivos da Defensoria no Brasil: outorgadas a uma nova instituição que a Consti-
tuição denominou Advocacia Geral da União”(José
i. Primazia pela dignidade da pessoa humana e Afonso da Silva).
redução das desigualdades sociais;
Advocacia Geral da União (AGU):
ii. Afirmação do Estado Democrático de Direito;
“A Advocacia-Geral da União é a instituição que,
iii. Prevalência e efetividade dos direitos huma- diretamente ou através de órgão vinculado, repre-
nos; senta a União, judicial e extrajudicialmente, caben-
do-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser
iv. Garantia da ampla defesa e do contraditório. sobre sua organização e funcionamento, as atividades
de consultoria e assessoramento jurídico do Poder
Executivo (CF, art. 131)”.
Prazo em dobro e intimação pessoal:
O chefe da AGU é o Advogado geral da União, que
No processo civil o Defensor Público sempre go- é nomeado livremente pelo Presidente da República
zará dos benefícios do prazo em dobro e da intimação dentre os cidadãos maiores de trinta e cinco anos, no-
pessoal no exercício das suas atribuições. No processo tável saber jurídico e reputação ilibada.
penal a intimação pessoal também ocorre, mas o STF
entendeu que, levando-se em consideração o fato do O ingresso nas classes inicias das carreiras da AGU
Ministério Público não contar com o prazo em dobro, se faz por concurso público de provas e títulos.
este somente poderá ser observado para a Defensoria Nos termos do art. 132 da CF, os Procuradores dos
enquanto ela não estiver totalmente organizada. Estados e do Distrito Federal, exercerão a represen-
Assim, quando a Defensoria for satisfatoriamente tação judicial e a consultoria jurídica das respectivas
estruturada, esse prazo deixará de existir. É a chamada unidades federadas.
“inconstitucionalidade progressiva” da possibilidade
do prazo em dobro para a Defensoria Pública no pro- ü Aos procuradores é assegurada estabilidade
cesso penal. após três anos de efetivo exercício, mediante ava-
liação de desempenho perante os órgãos próprios,
Advogados dativos: o STF entendeu que: após relatório circunstanciado das corregedorias.
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ANOTAÇÕES
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NOÇÕES DE DIREITO
06
ADMINISTRATIVO
01 DIREITO ADMINISTRATIVO
02 REGIME JURÍDICO DO DIREITO ADMINISTRATIVO
03 PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
04 ATOS ADMINISTRATIVOS
05 ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
06 CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
07 LICITAÇÕES
08 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
09 SERVIDORES PÚBLICOS
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Noções de Direito Administrativo
I- Diretrizes Gerais (artigos 1º a 3º); Remete à ideia de que o administrador não poderá
agir senão para garantir o interesse público. Não cabe
II- Dos Instrumentos da Política Urbana (artigos
a ele dispor do interesse coletivo, seja para tirar algum
4º a 38);
proveito pessoal, seja para beneficiar outrem.
III- Do Plano Diretor (artigos 39 a 42);
IV- Da Gestão Democrática da Cidade (artigos PRINCÍPIOS EXPRESSOS NO ART. 37 DA CF
43 a 45); e
O caput do art. 37 da Constituição Federal elenca
V- Disposições Gerais (artigos 46 a 58).
os cinco princípios básicos da Administração Pública.
ü Recomenda-se a leitura integral do texto atu- Tais princípios são muito cobrados nos concursos
alizado no site http://www.planalto.gov.br/cci- públicos, razão pela qual os professores e doutrina-
vil_03/leis/leis_2001/l10257.htm dores, quando tratam do tema se referem ao famoso
“LIMPE” para ajudar na fixação. Esta sigla traz a letra
inicial de cada um dos princípios que passamos a ana-
lisar.
REGIME JURÍDICO DO DIREITO
02
ADMINISTRATIVO
L EGALIDADE
I MPESSOALIDADE
A expressão “regime jurídico do Direito M ORALIDADE
Administrativo” é utilizada pela doutrina para P UBLICIDADE
descrever o conjunto de princípios que regem a
Administração Pública. E FICIÊNCIA
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Noções de Direito Administrativo
mandado para cumprimento da finalidade de interes- Embora seja utilizada a expressão “poder”, é unâ-
se público a que estão atreladas”. Ou seja, a atuação nime o entendimento de que os poderes conferidos
estatal não pode ir além do necessário para atingir sua aos agentes públicos são “poderes-deveres”. Tal en-
finalidade. tendimento possui base nos princípios basilares da
Administração Pública (pedras de toque), que impos-
sibilitam o administrador de dispor do interesse co-
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa: letivo. Desta feita, uma vez conferidos ao agente, ele
possui o dever de fazer uso dos seus poderes, sob pena
O contraditório, em suma, é dar ciência à parte so-
de ser responsabilizado por omissão.
bre a existência de um processo e dos atos praticados
no mesmo. Já a ampla defesa é garantir à parte a possi- No entanto, dentro do dever de se utilizar dos po-
bilidade de oferecimento da sua defesa sem quaisquer deres, pode-se dizer que os agentes públicos possuem
restrições autoritárias e ilegais. graus diferentes de obrigatoriedade. Em alguns casos,
o agente deve agir exatamente conforme dita a lei, e
não lhe cabe nenhum juízo de oportunidade ou con-
Princípio da Segurança Jurídica: veniência (o poder é vinculado – exemplo: emitir a cé-
O administrado não poderá ficar à mercê da von- dula de identidade de alguém que preencheu todos os
tade do Poder Público eternamente. Assim, situações requisitos). Por outro lado, existem situações onde o
consolidadas no tempo e que resultaram da boa-fé do administrador pode, dentro da lei, optar por uma ou
indivíduo não podem ser revistas pela Administração. outra forma de agir, de acordo com a conveniência e a
Tal princípio pode ser facilmente observado na leitura oportunidade (poder discricionário – exemplo: nome-
do art. 54 da Lei 9.784: “O direito da Administração de ação para cargo em comissão).
anular os atos administrativos de que decorram efei-
tos favoráveis para os destinatários decai em 5 (cinco) PODER REGULAMENTAR (NORMATIVO)
anos, contados da data em que foram praticados, salvo
comprovada má-fé. Carvalho Filho diz que “é a prerrogativa conferi-
da à Administração Pública de editar atos gerais para
complementar as leis e permitir a sua efetiva aplica-
ção”. Deve-se notar que a prerrogativa é de apenas
complementar a lei dentro dos limites por ela estabele-
cidos. Não há que se falar em alteração do texto legal
03 PODERES DA ADMINISTRAÇÃO ou de inovação no ordenamento jurídico.
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Finalidade: ATRIBUTOS
Para Celso Antônio “é o bem jurídico objetivado Imperatividade:
com o ato”. O requisito da finalidade traz a ideia de
O Poder Público pode determinar a realização do
que todo ato administrativo deve atender ao interesse
ato sem a concordância do particular. Encontra base
público. Como visto anteriormente, o desvio de finali-
na supremacia do interesse público.
dade é tido como vício na vontade.
Presunção de legitimidade e veracidade:
Objeto:
O ato administrativo é tido como legal até que exis-
Alguns autores preferem chamar esse requisito de ta prova em contrário. Legitimidade está relacionada
“conteúdo”. Conceitualmente “é a alteração no mundo com o fundamento legal (de acordo com a lei); e ve-
jurídico que o autor se propõe a processar” (Carvalho racidade se relaciona com os fatos, ou seja, diz que o
Filho). Para que seja válido, o objeto deve ser lícito administrador aplicou a lei no fato concreto.
(previsto em lei, e não apenas ‘não proibido’, como
É uma presunção relativa, que está calcada no prin-
ocorre no Direito Privado), possível e determinado. cípio da legalidade, uma vez que o administrador so-
mente poderá agir dentro do que a lei expressamente o
Motivo: autoriza (é o que fundamenta a presunção). Na prática
o que ocorre é uma inversão do ônus da prova para o
O motivo é a situação de fato ou de direito que le- reconhecimento da legalidade do ato.
vou à realização do ato. Difere de “motivação”, que é
a explicação da realização do ato, ou seja, é a demons- Auto-executoriedade:
tração de que os motivos realmente existem (requisito
de forma). É o atributo que permite ao Poder Público executar
materialmente suas decisões sem necessidade de re-
Teoria dos motivos determinantes: uma vez decla- correr ao Poder Judiciário. Não é um atributo presen-
rado o motivo para prática do ato pelo administrador, te em todos os atos administrativos. Somente estará
este fica preso ao motivo exteriorizado. presente quando decorrer da lei ou de uma situação
emergencial ou de urgência. A doutrina divide esse
Como visto, nos atos discricionários o administra- atributo em:
dor não está preso em relação aos objetos e motivos.
Porém, pela teoria dos motivos determinantes, uma Exigibilidade: forma de execução pela Admi-
vez declarado, o motivo fica vinculado, não há mais nistração Pública fundada em meios coercitivos
discricionariedade. indiretos. Exemplo: Poder Público dá o prazo
para que o particular construa um muro em seu
MÉRITO ADMINISTRATIVO terreno, sob pena de multa.
Executoriedade: utilização de meios coercitivos
Lecionou-se anteriormente que nos atos adminis- diretos. A Administração executa o ato necessá-
trativos discricionários o agente público poderá fazer rio. Exemplo: implode um prédio que coloca a
juízo de oportunidade e conveniência em relação aos população em risco.
motivos e ao objeto do ato. Esse juízo é o que a doutri-
na chama de análise do mérito administrativo. Grave-
Tipicidade:
se, outra vez, que não há discricionariedade em rela-
ção à forma, finalidade e competência. É o atributo que determina que para cada ato prati-
cado pela Administração Pública corresponde um pro-
cedimento próprio previsto no ordenamento jurídico.
IMPOSSIBILIDADE DE CONTROLE DO MÉRITO
ADMINISTRATIVO PELO PODER JUDICIÁRIO
CLASSIFICAÇÃO
Esse é um tema recorrente nos concursos públicos. São inúmeras as classificações encontradas na dou-
Deve ficar bem clara a posição do STF em relação ao trina administrativista. Eis as mais cobradas:
fato: não é possível o controle judicial sobre o mérito
do ato administrativo. ATOS GERAIS Atingem todos os administra-
Os magistrados não podem fazer juízo de opor- dos que estiverem na mesma
situação. Não possuem des-
tunidade e conveniência sobre o objeto e os motivos
tinatários pré-determinados.
do ato. Tal fato quebra a separação dos poderes. O
controle do Judiciário recai apenas sobre a legalidade ATOS Visam destinatários determi-
do ato. Quando o Judiciário anula um ato por falta de INDIVIDUAIS nados. O destinatário pode
razoabilidade, o vício em questão é de legalidade e, ser singular (apenas um) ou
neste caso, o Judiciário não faz análise de mérito ad- plúrimo (vários destinatários
ministrativo. determinados).
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Responsabilidade: será objetiva, independente Criação: autorização por meio de lei e criação
da personalidade jurídica, pois prestam servi- por registro no órgão competente.
ços públicos. A responsabilidade da Adminis-
tração Pública direta será subsidiária. Privilégios: não possuem privilégios processu-
ais. Há corrente que afirma ser possível privi-
Falência: as fundações não se submetem à falên- légio tributário quando prestadora de serviço
cia, em nenhum caso. público sem cobrança de contraprestação.
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Noções de Direito Administrativo
São requisitos específicos para que as entidades ü O Poder Executivo poderá proceder à des-
privadas habilitem-se à qualificação como organização qualificação da entidade como organização so-
social: cial, quando constatado o descumprimento das
disposições contidas no contrato de gestão. Tal
I - comprovar o registro de seu ato constitutivo, desqualificação será precedida de processo admi-
dispondo sobre: nistrativo, assegurado o direito de ampla defesa,
respondendo os dirigentes da organização so-
a) natureza social de seus objetivos relativos cial, individual e solidariamente, pelos danos ou
à respectiva área de atuação; prejuízos decorrentes de sua ação ou omissão. A
b) finalidade não-lucrativa, com a obrigato- desqualificação importará reversão dos bens per-
riedade de investimento de seus excedentes mitidos e dos valores entregues à utilização da or-
financeiros no desenvolvimento das pró- ganização social, sem prejuízo de outras sanções
prias atividades; cabíveis.
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f) dos poderes controladores privativos do Con- Basta uma breve pesquisa nas provas de Direito
gresso, como, por exemplo, a aprovação dos no- Administrativo dos concursos públicos nos últimos
mes indicados pelo Presidente da República ao anos para se verificar que o tema “licitações”, ao lado
cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal; dos “servidores públicos”, é um dos mais cobrados.
Por essa razão haverá um estudo mais aprofundado.
g) do julgamento das contas do Executivo;
Neste ponto a obra do Professor José dos Santos
h) da possibilidade de destituição do Presidente Carvalho Filho – doutrinária e didaticamente rica no
ou dos Ministros através do impeachment. tema – serviu como base de pesquisa. No entanto, se-
guindo a linha proposta, outros doutrinadores consa-
grados aparecerão durante o estudo, que é inaugura-
do pelo conceito de Celso Antônio Bandeira de Mello.
Tribunal de Contas:
Para o sempre aplaudido doutrinador a licitação “é
Preconiza o art. 70 da CF que o Congresso Nacional um certame que as entidades governamentais devem
realizará o controle externo da Administração direta e promover e no qual abrem disputa entre interessados
indireta com o auxílio do Tribunal de Contas. em com elas travar determinadas relações de conteúdo
patrimonial, para escolher a proposta mais vantajosa
O órgão é integrado por nove Ministros, que de-
às conveniências públicas. Estriba-se na ideia de com-
vem ter mais de 35 e menos de 65 anos de idade, ido-
petição, a ser travada isonomicamente entre os que
neidade moral, reputação ilibada, e possuir notório preencham os atributos e aptidões necessários ao bom
conhecimento jurídico, contábil, econômico, financeiro cumprimento das obrigações que se propõe assumir”.
ou de administração pública, além de contar com mais
de dez anos de atividade profissional em alguma das A leitura do art. 3º da Lei das Licitações (8.666/93)
áreas referidas. traz a noção exata da finalidade de uma licitação, bem
como elenca alguns princípios a serem observados
Entre as atribuições do Tribunal de Contas da durante o processo licitatório. Diz o art.: “A licitação
União (TCU) destacam-se duas: ele deverá emitir pare- destina-se a garantir a observância do princípio consti-
cer prévio sobre as contas do Presidente da República; tucional da isonomia, a seleção da proposta mais van-
e julgar as contas dos demais administradores públi- tajosa para a administração e a promoção do desen-
cos da Administração direta, indireta e fundacional. volvimento nacional sustentável e será processada e
julgada em estrita conformidade com os princípios bá-
Os Estados-membros também possuem seus sicos da legalidade, da impessoalidade, da moralida-
Tribunais de Contas, com funcionamento semelhan- de, da igualdade, da publicidade, da probidade admi-
te ao TCU. Nestes, os membros são denominados nistrativa, da vinculação ao instrumento convocatório,
“Conselheiros” e não Ministros. do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos”.
Já os municípios não poderão criar tribunais seme-
lhantes. No entanto, São Paulo e Rio de Janeiro os pos- PRINCÍPIOS APLICÁVEIS ÀS LICITAÇÕES
suem, pois a formação das Casas de Contas ocorreu
antes do advento da Constituição de 1988.
Além dos princípios aplicáveis à Administração
Pública em geral (legalidade, impessoalidade, mora-
lidade, publicidade e eficiência) existem alguns outros
Controle Judicial: específicos para os processos licitatórios. Entre esses
Em países que adotam o Sistema Francês, as deci- se destacam:
sões administrativas podem ser definitivas.
Princípio da vinculação ao instrumento convo-
No entanto, o Brasil adotou o sistema da “jurisdi- catório: o edital é a lei interna da licitação (Mei-
ção una”, razão pela qual a Administração Pública está relles), assim, deve ser amplamente respeitado
sujeita ao controle judicial. Assim, as decisões admi- pelas partes;
nistrativas podem ser revistas quanto à sua legalidade.
Princípio do julgamento objetivo: nenhuma
Lembra-se, porém, que a atuação do Judiciário é li- restrição ou condição diferenciadora deve ser
mitada ao controle de legalidade. colocada no edital se não for indispensável. Os
critérios de julgamento devem ser objetivos;
Os magistrados não podem interferir no chamado
“mérito administrativo”, ou seja, não podem fazer ju- Princípio da adjudicação compulsória: a Ad-
ízo a respeito da oportunidade e da conveniência dos ministração não é obrigada a contratar, mas se
atos administrativos. contratar deve ser com o vencedor da licitação;
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Noções de Direito Administrativo
Princípio da ampla defesa: os licitantes podem Casos de dispensa (estruturação proposta por
utilizar todo tipo de prova para comprovar o Carvalho Filho):
seu direito. Todo e qualquer interessado pode
impugnar a licitação ou pedir esclarecimentos à 1. Critério de Valor: casos previstos nos incisos I e II
comissão de licitação. do art. 24 da Lei 8.666. São duas faixas de valores: uma
José dos Santos Carvalho Filho aponta como corre- para obras e serviços de engenharia; e, outra, para ser-
latos os princípios: da competitividade (relacionado a viços comuns e compras. Os valores são atualizados
igualdade), onde destaca a situação das cooperativas, anualmente. As faixas de valores correspondem a 10%
que quando gozam de benesses legais, e devem ter sua dos valores máximos da licitação na modalidade con-
situação nivelada com os demais competidores; da in- vite. No entanto, as agências executivas, sociedades
distinção (também conexo à igualdade); da inalterabi- de economia mista e empresas públicas, estão dis-
lidade do edital; do sigilo das propostas; do formalis- pensadas quando os valores forem de até 20% sobre
mo procedimental; da vedação a oferta de vantagens; a mesma base de cálculo. Entende-se que o mesmo se
e o princípio da obrigatoriedade. aplica aos consórcios públicos.
Celso Antônio faz referências ao princípio da con- 2. Situações excepcionais: é dispensável a licitação em
corrência, que é intimamente ligado ao princípio da casos de flagrante excepcionalidade. É o que ocorre
igualdade, e, ao princípio da possibilidade do dispu- nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem
tante fiscalizar a aplicação dos demais princípios. (estado de defesa e estado de sítio). Nota-se que não
é qualquer comoção interna que autoriza a dispensa
DISPENSA DA LICITAÇÃO da licitação, a perturbação deve ser grave. Também
pode haver a dispensa nos casos de calamidade pú-
A obrigatoriedade da licitação é um princípio blica, emergência (assim como na calamidade públi-
jurídico-constitucional que vincula a Administração ca os contratos podem ter no máximo a vigência de
Pública no momento de contratar. Estabelecida pela CF, 180 dias), segurança nacional (decretada a dispensa
art. 37, XXI, obriga todos os órgãos da Administração pelo Presidente, ouvido o Conselho de Defesa), bens e
Pública, direta ou indireta, a realizar o procedimento serviços com alta complexidade tecnológica voltados
licitatório para os seus contratos, obras, serviços, com- para a defesa nacional.
pras e alienações. No entanto, existem casos onde a li-
citação é dispensada ou inexigível. 3. Gêneros perecíveis e obras de arte: nos gêneros pere-
cíveis a dispensa não é permanente: somente é admis-
“A dispensa da licitação caracteriza-se pela cir-
cunstância de que, em tese, poderia o procedimento sível no tempo necessário para realização da licitação.
ser realizado, mas que, pela particularidade do caso, o No caso das obras de arte (aquisição e restauração) a
legislador decidiu não torná-lo obrigatório” (Carvalho licitação é dispensável, desde que as obras sejam au-
Filho). Trata-se de exceção ao princípio da obriga- tênticas e que a aquisição ou restauração seja compa-
toriedade. Neste caso, se o administrador entender tível com a finalidade dos órgãos contratantes ou ad-
conveniente poderá realizar o processo licitatório. quirentes, o que ocorre, por exemplo, com museus e
bibliotecas.
Taxatividade: os casos em que a dispensa ocorre
são taxativos. Os casos legais são os únicos que 4. Desinteresse na contratação: é dispensável a lici-
o legislador considerou convenientes para o in- tação quando não houver interessados na licitação já
teresse público. processada e a realização de uma nova trouxer pre-
juízos para o Estado se mantidas as mesmas regras.
Licitação dispensável X Licitação dispensada: a Nota-se que a Administração não pode celebrar o con-
primeira é o instituto ora estudado, que remete trato direto se houver profundas alterações das regras
às hipóteses de dispensa do art. 24 da Lei 8.666. anteriores, pois nesse caso haveria burla ao princípio
Nesse caso a licitação era juridicamente viável. da legalidade.
Já a licitação dispensada ocorre nos casos do art.
17, I e II da mesma lei, onde, em alguns casos
LICITAÇÃO DESERTA LICITAÇÃO FRUSTRADA
de alienação de bens públicos, não pode ocorrer
licitação, pois a lei proíbe. Quando nenhum particular Quando nenhum concor-
atende à convocação. rente possui idoneidade.
Princípio da motivação dos atos administrati-
vos: em razão deste princípio a dispensa deve
ser expressamente justificada. Assim, o adminis- 5. Entidades sem fins lucrativos: a licitação pode ser
trador deve comunicar a situação de dispensa dispensada quando a Administração quiser contratar
ao seu superior em três dias. Este deve ratificá instituição brasileira que tenha o objetivo estatutário
-lo e publicar na imprensa oficial em cinco dias. de pesquisa, ensino ou desenvolvimento institucional,
Tal publicação é condição de eficácia do ato. O ou que exerça atividade de recuperação social de preso.
mesmo exige-se nos casos de inexigibilidade da Neste caso, a instituição não pode ter fins lucrativos e
licitação. deve possuir indubitável reputação ético-profissional.
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6. Disparidade de propostas: quando todas as pro- 11. Negócios internacionais: existem acordos interna-
postas forem feitas acima do valor de mercado (por cionais que possibilitam vantagens na contratação de
provável conluio entre os licitantes), a Administração bens e serviços. Nestes, existe dispensa da licitação,
poderá, com base nos valores de mercado, dispensar a mas o acordo deve ser aprovado pelo Congresso Na-
licitação e efetuar a compra direta. cional.
7. Intervenção no domínio econômico: a União pode 12. Pesquisa científica e tecnológica: pode ser dispen-
intervir no domínio econômico para garantir o abas- sada à licitação para compra de bens destinados ex-
tecimento ou regular os preços. Nestes casos age re- clusivamente à pesquisa científica e tecnológica, com
gulando a atividade econômica e pode contratar sem recursos concedidos por entidades de fomento à pes-
licitação, pois tal procedimento inviabilizaria o objeti- quisa (CAPES, CNPq, etc).
vo proposto. Carvalho Filho entende que tal dispensa
ocorre somente quando a União for contratante, pois Ressalta-se que existem dois requisitos: entidades
é esta que tem competência para intervir no domínio com finalidade específica de fomento à pesquisa, e
econômico. aquisição de bens exclusivamente para pesquisa. Não
vale para recursos obtidos junto às instituições priva-
das, como bancos e empresas de crédito.
8. Complementação do objeto: a Administração pode
dispensar a licitação quando houver a necessidade de
complementar obra, serviço ou fornecimento anterior. 13. Energia elétrica: não é obrigatória a licitação para
Porém, só se justifica essa contratação direta quando contratação do serviço de energia elétrica. Porém, a
foi rescindido contrato anterior sem a conclusão do Administração deve celebrar o contrato com o fornece-
seu objeto. A Administração deve observar a ordem dor que for mais eficiente e oferecer as menores tarifas.
de classificação dos participantes no certame licitató- Assim, não é caso de dispensa sem qualquer requisito,
rio e o convocado deve aceitar as mesmas condições pois a Administração Pública deverá sempre justificar
do contrato anterior, em caso de impossibilidade deve suas escolhas. Carvalho Filho critica esta dispensa.
haver nova licitação.
14. Transferência de tecnologia: é dispensável a licita-
9. Pessoas administrativas: a licitação é dispensada ção nas contratações realizadas por instituição cientí-
nos contratos entre pessoas da própria Administração. fica e ou por agência de fomento, quando o objeto do
Porém, os preços devem estar condizentes com a re- ajuste for a transferência de tecnologia ou o licencia-
alidade do mercado. José dos Santos Carvalho Filho mento de direito de uso ou de exploração de criação
entende que esta previsão alcança somente as pessoas protegida.
da mesma órbita federativa (contratante e contratado).
Por outro lado, afirma também que não se pode dis-
15. Consórcios públicos e convênios de coopera-
pensar a licitação em face de empresas públicas que
ção: também “é dispensável a licitação no caso de
atuem na exploração de atividade econômica, pois es-
ser celebrado contrato de programa entre consórcio
tas possuem caráter empresarial.
público e entidade da administração direta e indireta,
Empresas públicas e sociedades de economia mista visando a prestação de serviços públicos de forma as-
não gozam da dispensa da licitação quando contratam sociada, na forma prevista no instrumento do consór-
entre si. No entanto, tais empresas podem contratar di- cio ou convênio de cooperação” (Carvalho Filho).
retamente com suas subsidiárias e controladas para a
aquisição e alienação de bens ou prestação e obtenção 16. Navios, embarcações, aeronaves e tropas: essa dis-
de serviços, desde que o preço ajustado esteja dentro pensa da licitação refere-se ao abastecimento dos na-
dos padrões de mercado. vios, embarcações, aeronaves e tropas quando houver
“estada eventual de curto período” fora da sua sede.
10. Locação e compra de imóvel: A Administração Nestes casos devem ser observados alguns requisitos:
pode dispensar a licitação para locar ou adquirir imó-
veis destinados à realização de suas finalidades legal- a) Valor máximo de R$ 80.000,00. No entanto,
mente descritas. Neste caso, o imóvel deve ser real- quando a demora possa resultar em prejuízo ou
mente indispensável à Administração e o preço pago comprometer a segurança das pessoas ou dos
deve estar dentro das condições normais de mercado. serviços, esse valor poderá ser superado;
b) As embarcações, navios, aeronaves ou tropas
Moradia funcional: parte da doutrina sustenta que
deverão estar no exercício do serviço público
a dispensa não ocorre no caso de moradia funcional,
administrativo.
ou qualquer outro tipo de utilização de imóvel por
terceiro. No entanto, José dos Santos Carvalho Filho
discorda, com o fundamento de que não há qualquer 17. Peças no período de garantia técnica: deve haver
previsão legal nesse sentido e que, com a motivação a condição de exclusividade para à contratação da
reconhecida, pode haver a dispensa também nesses garantia. A dispensa é na compra das peças, e não na
casos. compra de equipamentos.
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18. Materiais de uso militar: pode ser feita a contra- ou seja, um artista reconhecido em certa cidade e certo
tação direta para a compra de materiais de uso das tempo, pode não ser reconhecido em outra cidade ou
Forças Armadas se houver necessidade de “manter a em outra época.
padronização exigida pela estrutura de apoio logís-
tico”. Não se incluem nessa hipótese de dispensa os 3. Serviços técnicos especializados: ocorre a inexigibi-
materiais de uso pessoal (ex: higiene) e administrativo, lidade da licitação quando se tratarem de serviços téc-
onde deverá haver licitação. nicos especializados (que dependem de habilitação es-
pecífica), executados por profissionais de notória espe-
19. Catadores de materiais recicláveis: a Administração cialização. A lei também prevê que os serviços tenham
pode contratar diretamente associações ou cooperati- natureza singular (segundo características próprias do
vas constituídas exclusivamente atadores de matérias executor, com determinado grau de confiabilidade).
recicláveis. Neste caso deve haver ato de regulamen- Exemplo: contratação de um advogado parecerista.
tação do que se entende por catadores, e do que seria
considerada baixa renda para efeitos da lei. “O intui-
MODALIDADES
to da norma é claramente social, pois além de gerar
renda para estas pessoas ainda contribui com o sanea- Concorrência pública:
mento básico e com a saúde pública” (Carvalho Filho).
É a modalidade com maior amplitude. Permite que
todo e qualquer interessado possa participar da lici-
INEXIGIBILIDADE DA LICITAÇÃO tação, desde que preencha os requisitos do edital. É
modalidade destinada aos contratos de grande vulto.
Ao contrário dos casos de dispensa da licitação, É usada para venda de bens imóveis.
onde, embora possa ser inconveniente, ela é material-
mente possível, nos casos de inexigibilidade a compe- Cabimento: depende do valor e do objeto. Grave-se
tição é possível. que nas licitações internacionais caberá concorrência;
Prazo do edital: em regra o prazo da concorrência será
“Aplica-se aos casos de inexigibilidade, na forma de trinta dias. No entanto, quando envolver empreita-
do art. 26 do Estatuto, a mesma exigência fixada para da integral, ou critério de melhor técnica ou técnica e
os casos de dispensa: a hipótese deve ser formalmente preço, o edital passará a ter prazo de 45 dias;
justificada e comunicada em três dias à autoridade su-
perior, a esta cabendo ratificar e publicar a justificativa
Tomada de preço:
no prazo de cinco dias, a fim de que o ato tenha eficá-
cia. (...) Em situações especiais a lei pode vedar que Podem participar os cadastrados na Administração
o administrador declare a inexigibilidade da licitação, e aqueles que, embora não cadastrados, possam reali-
como ocorre nas concessões florestais, onde a contrata- zar o cadastramento no máximo três dias antes da data
ção direta pode ocorrer apenas por dispensa, e nunca da apresentação das propostas. É modalidade que se
por inexigibilidade” (Carvalho Filho). destina aos contratos de vulto médio.
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Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada com a XI - examinada a proposta classificada em pri-
convocação dos interessados e observará as seguintes meiro lugar, quanto ao objeto e valor, caberá ao
regras: pregoeiro decidir motivadamente a respeito da
sua aceitabilidade;
I - a convocação dos interessados será efetuada
por meio de publicação de aviso em diário ofi- XII - encerrada a etapa competitiva e ordenadas
cial do respectivo ente federado ou, não existin- as ofertas, o pregoeiro procederá à abertura do
do, em jornal de circulação local, e facultativa- invólucro contendo os documentos de habilita-
mente, por meios eletrônicos e conforme o vulto ção do licitante que apresentou a melhor pro-
da licitação, em jornal de grande circulação, nos posta, para verificação do atendimento das con-
termos do regulamento de que trata o art. 2º; dições fixadas no edital;
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XVIII - declarado o vencedor, qualquer licitante Art. 9º Aplicam-se subsidiariamente, para a modali-
poderá manifestar imediata e motivadamente a dade de pregão, as normas da Lei nº 8.666, de 21 de
intenção de recorrer, quando lhe será concedido junho de 1993.
o prazo de 3 (três) dias para apresentação das
razões do recurso, ficando os demais licitantes Art. 10. Ficam convalidados os atos praticados com
desde logo intimados para apresentar contra base na Medida Provisória nº 2.182-18, de 23 de agosto
-razões em igual número de dias, que começa- de 2001.
rão a correr do término do prazo do recorrente,
Art. 11. As compras e contratações de bens e serviços
sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos;
comuns, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito
XIX - o acolhimento de recurso importará a in- Federal e dos Municípios, quando efetuadas pelo sis-
validação apenas dos atos insuscetíveis de apro- tema de registro de preços previsto no art. 15 da Lei nº
veitamento; 8.666, de 21 de junho de 1993, poderão adotar a mo-
dalidade de pregão, conforme regulamento específico.
XX - a falta de manifestação imediata e motiva-
da do licitante importará a decadência do direi- Art. 12. A Lei nº 10.191, de 14 de fevereiro de 2001,
to de recurso e a adjudicação do objeto da licita- passa a vigorar acrescida do seguinte artigo:
ção pelo pregoeiro ao vencedor;
“Art. 2-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
XXI - decididos os recursos, a autoridade com-
Municípios poderão adotar, nas licitações de registro
petente fará a adjudicação do objeto da licitação
de preços destinadas à aquisição de bens e serviços co-
ao licitante vencedor;
muns da área da saúde, a modalidade do pregão, in-
XXII - homologada a licitação pela autoridade clusive por meio eletrônico, observando-se o seguinte:
competente, o adjudicatário será convocado
para assinar o contrato no prazo definido em I - são considerados bens e serviços comuns da
edital; e área da saúde, aqueles necessários ao atendi-
mento dos órgãos que integram o Sistema Úni-
XXIII - se o licitante vencedor, convocado den- co de Saúde, cujos padrões de desempenho e
tro do prazo de validade da sua proposta, não qualidade possam ser objetivamente definidos
celebrar o contrato, aplicar-se-á o disposto no no edital, por meio de especificações usuais do
inciso XVI. mercado.
Art. 5º É vedada a exigência de: II - quando o quantitativo total estimado para
I - garantia de proposta; a contratação ou fornecimento não puder ser
atendido pelo licitante vencedor, admitir-se-á a
II - aquisição do edital pelos licitantes, como convocação de tantos licitantes quantos forem
condição para participação no certame; e necessários para o atingimento da totalidade
III - pagamento de taxas e emolumentos, salvo do quantitativo, respeitada a ordem de classifi-
os referentes a fornecimento do edital, que não cação, desde que os referidos licitantes aceitem
serão superiores ao custo de sua reprodução praticar o mesmo preço da proposta vencedora.
gráfica, e aos custos de utilização de recursos de III - na impossibilidade do atendimento ao dis-
tecnologia da informação, quando for o caso. posto no inciso II, excepcionalmente, poderão
Art. 6º O prazo de validade das propostas será de 60 ser registrados outros preços diferentes da pro-
(sessenta) dias, se outro não estiver fixado no edital. posta vencedora, desde que se trate de objetos
de qualidade ou desempenho superior, devida-
Art. 7º Quem, convocado dentro do prazo de validade mente justificada e comprovada a vantagem, e
da sua proposta, não celebrar o contrato, deixar de en- que as ofertas sejam em valor inferior ao limite
tregar ou apresentar documentação falsa exigida para máximo admitido.”
o certame, ensejar o retardamento da execução de seu
objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publi-
execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo cação.
ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e
contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou
Municípios e, será descredenciado no Sicaf, ou nos sis- DECRETO Nº 5.450, DE 31 DE MAIO DE 2005.
temas de cadastramento de fornecedores a que se re- Regulamenta o pregão, na forma eletrônica,
fere o inciso XIV do art. 4o desta Lei, pelo prazo de até para aquisição de bens e serviços comuns, e dá
5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas em outras providências.
edital e no contrato e das demais cominações legais.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribui-
Art. 8º Os atos essenciais do pregão, inclusive os de- ção que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição,
correntes de meios eletrônicos, serão documentados e tendo em vista o disposto na Lei no 10.520, de 17 de
no processo respectivo, com vistas à aferição de sua julho de 2002,
regularidade pelos agentes de controle, nos termos do
regulamento previsto no art. 2º. DECRETA:
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Art. 1o A modalidade de licitação pregão, na forma § 2o No caso de pregão promovido por órgão
eletrônica, de acordo com o disposto no § 1o do art. integrante do SISG, o credenciamento do lici-
2o da Lei no 10.520, de 17 de julho de 2002, destina- tante, bem assim a sua manutenção, dependerá
-se à aquisição de bens e serviços comuns, no âmbito de registro atualizado no Sistema de Cadastra-
da União, e submete-se ao regulamento estabelecido mento Unificado de Fornecedores - SICAF.
neste Decreto.
§ 3o A chave de identificação e a senha poderão
Parágrafo único. Subordinam-se ao disposto ser utilizadas em qualquer pregão na forma ele-
neste Decreto, além dos órgãos da administra- trônica, salvo quando cancelada por solicitação
ção pública federal direta, os fundos especiais, do credenciado ou em virtude de seu descadas-
as autarquias, as fundações públicas, as empre- tramento perante o SICAF.
sas públicas, as sociedades de economia mista e § 4o A perda da senha ou a quebra de sigilo
as demais entidades controladas direta ou indi- deverá ser comunicada imediatamente ao pro-
retamente pela União. vedor do sistema, para imediato bloqueio de
acesso.
Art. 2o O pregão, na forma eletrônica, como moda-
lidade de licitação do tipo menor preço, realizar-se-á § 5o O uso da senha de acesso pelo licitante é de
quando a disputa pelo fornecimento de bens ou ser- sua responsabilidade exclusiva, incluindo qual-
viços comuns for feita à distância em sessão pública, quer transação efetuada diretamente ou por seu
por meio de sistema que promova a comunicação pela representante, não cabendo ao provedor do sis-
internet. tema ou ao órgão promotor da licitação respon-
sabilidade por eventuais danos decorrentes de
§ 1o Consideram-se bens e serviços comuns, uso indevido da senha, ainda que por terceiros.
aqueles cujos padrões de desempenho e quali-
§ 6o O credenciamento junto ao provedor do
dade possam ser objetivamente definidos pelo
sistema implica a responsabilidade legal do li-
edital, por meio de especificações usuais do
citante e a presunção de sua capacidade técnica
mercado.
para realização das transações inerentes ao pre-
§ 2o Para o julgamento das propostas, serão gão na forma eletrônica.
fixados critérios objetivos que permitam aferir
o menor preço, devendo ser considerados os Art. 4o Nas licitações para aquisição de bens e serviços
prazos para a execução do contrato e do forneci- comuns será obrigatória a modalidade pregão, sendo
mento, as especificações técnicas, os parâmetros preferencial a utilização da sua forma eletrônica.
mínimos de desempenho e de qualidade e as
§ 1o O pregão deve ser utilizado na forma ele-
demais condições definidas no edital.
trônica, salvo nos casos de comprovada invia-
§ 3o O sistema referido no caput será dotado de bilidade, a ser justificada pela autoridade com-
recursos de criptografia e de autenticação que petente.
garantam condições de segurança em todas as
§ 2o Na hipótese de aquisições por dispensa de
etapas do certame.
licitação, fundamentadas no inciso II do art. 24
§ 4o O pregão, na forma eletrônica ,será con- da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, as unida-
duzido pelo órgão ou entidade promotora da des gestoras integrantes do SISG deverão ado-
licitação, com apoio técnico e operacional da tar, preferencialmente, o sistema de cotação ele-
Secretaria de Logística e Tecnologia da Informa- trônica, conforme disposto na legislação vigente.
ção do Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão, que atuará como provedor do sistema Art. 5o A licitação na modalidade de pregão é con-
eletrônico para os órgãos integrantes do Sistema dicionada aos princípios básicos da legalidade, im-
de Serviços Gerais - SISG. pessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade,
eficiência, probidade administrativa, vinculação ao
§ 5o A Secretaria de Logística e Tecnologia da instrumento convocatório e do julgamento objetivo,
Informação poderá ceder o uso do seu sistema bem como aos princípios correlatos da razoabilidade,
eletrônico a órgão ou entidade dos Poderes da competitividade e proporcionalidade.
União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
mediante celebração de termo de adesão. Parágrafo único. As normas disciplinadoras da
licitação serão sempre interpretadas em favor
Art. 3o Deverão ser previamente credenciados peran- da ampliação da disputa entre os interessados,
te o provedor do sistema eletrônico a autoridade com- desde que não comprometam o interesse da ad-
petente do órgão promotor da licitação, o pregoeiro, os ministração, o princípio da isonomia, a finalida-
membros da equipe de apoio e os licitantes que partici- de e a segurança da contratação.
pam do pregão na forma eletrônica.
Art. 6o A licitação na modalidade de pregão, na forma
§ 1o O credenciamento dar-se-á pela atribuição eletrônica, não se aplica às contratações de obras de
de chave de identificação e de senha, pessoal e engenharia, bem como às locações imobiliárias e alie-
intransferível, para acesso ao sistema eletrônico. nações em geral.
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Art. 12. Caberá à equipe de apoio, dentre outras atri- XIII do art. 7o da Constituição e no inciso XVIII
buições, auxiliar o pregoeiro em todas as fases do pro- do art. 78 da Lei no 8.666, de 1993.
cesso licitatório.
Parágrafo único. A documentação exigida para
atender ao disposto nos incisos I, III, IV e V des-
Art. 13. Caberá ao licitante interessado em participar
te artigo poderá ser substituída pelo registro ca-
do pregão, na forma eletrônica:
dastral no SICAF ou, em se tratando de órgão ou
I - credenciar-se no SICAF para certames pro- entidade não abrangida pelo referido Sistema,
movidos por órgãos da administração pública por certificado de registro cadastral que atenda
federal direta, autárquica e fundacional, e de aos requisitos previstos na legislação geral.
órgão ou entidade dos demais Poderes, no âm-
Art. 15. Quando permitida a participação de empresas
bito da União, Estados, Distrito Federal e Muni-
estrangeiras na licitação, as exigências de habilitação
cípios, que tenham celebrado termo de adesão;
serão atendidas mediante documentos equivalentes,
II - remeter, no prazo estabelecido, exclusiva- autenticados pelos respectivos consulados ou embai-
mente por meio eletrônico, via internet, a pro- xadas e traduzidos por tradutor juramentado no Bra-
posta e, quando for o caso, seus anexos; sil.
III - responsabilizar-se formalmente pelas tran-
sações efetuadas em seu nome, assumindo Art. 16. Quando permitida a participação de consórcio
como firmes e verdadeiras suas propostas e lan- de empresas, serão exigidos:
ces, inclusive os atos praticados diretamente ou
I - comprovação da existência de compromisso
por seu representante, não cabendo ao provedor
público ou particular de constituição de consór-
do sistema ou ao órgão promotor da licitação
cio, com indicação da empresa-líder, que deve-
responsabilidade por eventuais danos decor-
rá atender às condições de liderança estipuladas
rentes de uso indevido da senha, ainda que por
no edital e será a representante das consorcia-
terceiros;
das perante a União;
IV - acompanhar as operações no sistema ele-
II - apresentação da documentação de habilita-
trônico durante o processo licitatório, responsa-
ção especificada no instrumento convocatório
bilizando-se pelo ônus decorrente da perda de
por empresa consorciada;
negócios diante da inobservância de quaisquer
mensagens emitidas pelo sistema ou de sua des- III - comprovação da capacidade técnica do con-
conexão; sórcio pelo somatório dos quantitativos de cada
consorciado, na forma estabelecida no edital;
V - comunicar imediatamente ao provedor do
sistema qualquer acontecimento que possa IV - demonstração, por empresa consorciada,
comprometer o sigilo ou a inviabilidade do uso do atendimento aos índices contábeis definidos
da senha, para imediato bloqueio de acesso; no edital, para fins de qualificação econômico-
-financeira;
VI - utilizar-se da chave de identificação e da
senha de acesso para participar do pregão na V - responsabilidade solidária das empresas
forma eletrônica; e consorciadas pelas obrigações do consórcio, nas
fases de licitação e durante a vigência do con-
VII - solicitar o cancelamento da chave de iden-
trato;
tificação ou da senha de acesso por interesse
próprio. VI - obrigatoriedade de liderança por empresa
brasileira no consórcio formado por empresas
Parágrafo único. O fornecedor descredenciado
brasileiras e estrangeiras, observado o disposto
no SICAF terá sua chave de identificação e se-
no inciso I; e
nha suspensas automaticamente.
VII - constituição e registro do consórcio antes
Art. 14. Para habilitação dos licitantes, será exigida, da celebração do contrato.
exclusivamente, a documentação relativa:
Parágrafo único. Fica impedida a participação
I - à habilitação jurídica; de empresa consorciada, na mesma licitação,
por intermédio de mais de um consórcio ou iso-
II - à qualificação técnica;
ladamente.
III - à qualificação econômico-financeira;
Art. 17. A fase externa do pregão, na forma eletrônica,
IV - à regularidade fiscal com a Fazenda Nacio- será iniciada com a convocação dos interessados por
nal, o sistema da seguridade social e o Fundo de meio de publicação de aviso, observados os valores es-
Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; timados para contratação e os meios de divulgação a
seguir indicados:
V - à regularidade fiscal perante as Fazendas Es-
taduais e Municipais, quando for o caso; e I - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil
VI - ao cumprimento do disposto no inciso XX- reais):
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para troca de mensagens entre o pregoeiro e os Art. 25. Encerrada a etapa de lances, o pregoeiro
licitantes. examinará a proposta classificada em primeiro lugar
quanto à compatibilidade do preço em relação ao es-
Art. 23. O sistema ordenará, automaticamente, as pro-
timado para contratação e verificará a habilitação do
postas classificadas pelo pregoeiro, sendo que somen-
licitante conforme disposições do edital.
te estas participarão da fase de lance.
§ 1o A habilitação dos licitantes será verifica-
Art. 24. Classificadas as propostas, o pregoeiro dará
da por meio do SICAF, nos documentos por ele
início à fase competitiva, quando então os licitantes
abrangidos, quando dos procedimentos licitató-
poderão encaminhar lances exclusivamente por meio
rios realizados por órgãos integrantes do SISG
do sistema eletrônico.
ou por órgãos ou entidades que aderirem ao
§ 1o No que se refere aos lances, o licitante será SICAF.
imediatamente informado do seu recebimento e § 2o Os documentos exigidos para habilitação
do valor consignado no registro. que não estejam contemplados no SICAF, in-
§ 2o Os licitantes poderão oferecer lances suces- clusive quando houver necessidade de envio de
sivos, observados o horário fixado para abertura anexos, deverão ser apresentados inclusive via
da sessão e as regras estabelecidas no edital. fax, no prazo definido no edital, após solicitação
do pregoeiro no sistema eletrônico.
§ 3o O licitante somente poderá oferecer lance
inferior ao último por ele ofertado e registrado § 3o Os documentos e anexos exigidos, quando
pelo sistema. remetidos via fax, deverão ser apresentados em
original ou por cópia autenticada, nos prazos
§ 4o Não serão aceitos dois ou mais lances estabelecidos no edital.
iguais, prevalecendo aquele que for recebido e
registrado primeiro. § 4o Para fins de habilitação, a verificação pelo
órgão promotor do certame nos sítios oficiais de
§ 5o Durante a sessão pública, os licitantes se- órgãos e entidades emissores de certidões cons-
rão informados, em tempo real, do valor do me- titui meio legal de prova.
nor lance registrado, vedada a identificação do
licitante. § 5o Se a proposta não for aceitável ou se o li-
citante não atender às exigências habilitatórias,
§ 6o A etapa de lances da sessão pública será o pregoeiro examinará a proposta subseqüente
encerrada por decisão do pregoeiro. e, assim sucessivamente, na ordem de classifica-
§ 7o O sistema eletrônico encaminhará avi- ção, até a apuração de uma proposta que atenda
so de fechamento iminente dos lances, após o ao edital.
que transcorrerá período de tempo de até trinta § 6o No caso de contratação de serviços comuns
minutos, aleatoriamente determinado, findo o em que a legislação ou o edital exija apresenta-
qual será automaticamente encerrada a recep- ção de planilha de composição de preços, esta
ção de lances. deverá ser encaminhada de imediato por meio
§ 8o Após o encerramento da etapa de lances eletrônico, com os respectivos valores readequa-
da sessão pública, o pregoeiro poderá encami- dos ao lance vencedor.
nhar, pelo sistema eletrônico, contraproposta ao § 7o No pregão, na forma eletrônica, realizado
licitante que tenha apresentado lance mais van- para o sistema de registro de preços, quando a
tajoso, para que seja obtida melhor proposta, proposta do licitante vencedor não atender ao
observado o critério de julgamento, não se ad- quantitativo total estimado para a contratação,
mitindo negociar condições diferentes daquelas respeitada a ordem de classificação, poderão ser
previstas no edital. convocados tantos licitantes quantos forem ne-
§ 9o A negociação será realizada por meio do cessários para alcançar o total estimado, obser-
sistema, podendo ser acompanhada pelos de- vado o preço da proposta vencedora.
mais licitantes. § 8o Os demais procedimentos referentes ao sis-
§ 10. No caso de desconexão do pregoeiro, no tema de registro de preços ficam submetidos à
decorrer da etapa de lances, se o sistema eletrô- norma específica que regulamenta o art. 15 da
nico permanecer acessível aos licitantes, os lan- Lei no 8.666, de 1993.
ces continuarão sendo recebidos, sem prejuízo § 9o Constatado o atendimento às exigências
dos atos realizados. fixadas no edital, o licitante será declarado ven-
§ 11. Quando a desconexão do pregoeiro persis- cedor.
tir por tempo superior a dez minutos, a sessão
do pregão na forma eletrônica será suspensa e Art. 26. Declarado o vencedor, qualquer licitante po-
reiniciada somente após comunicação aos par- derá, durante a sessão pública, de forma imediata e
ticipantes, no endereço eletrônico utilizado para motivada, em campo próprio do sistema, manifestar
divulgação. sua intenção de recorrer, quando lhe será concedido o
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prazo de três dias para apresentar as razões de recur- direito à ampla defesa, ficará impedido de licitar e de
so, ficando os demais licitantes, desde logo, intimados contratar com a União, e será descredenciado no SI-
para, querendo, apresentarem contra-razões em igual CAF, pelo prazo de até cinco anos, sem prejuízo das
prazo, que começará a contar do término do prazo do multas previstas em edital e no contrato e das demais
recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos cominações legais.
elementos indispensáveis à defesa dos seus interesses.
Parágrafo único. As penalidades serão obriga-
§ 1o A falta de manifestação imediata e moti- toriamente registradas no SICAF.
vada do licitante quanto à intenção de recorrer,
Art. 29. A autoridade competente para aprovação do
nos termos do caput, importará na decadência
procedimento licitatório somente poderá revogá-lo em
desse direito, ficando o pregoeiro autorizado a
face de razões de interesse público, por motivo de fato
adjudicar o objeto ao licitante declarado vence-
superveniente devidamente comprovado, pertinente e
dor.
suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-lo
§ 2o O acolhimento de recurso importará na in- por ilegalidade, de ofício ou por provocação de qual-
validação apenas dos atos insuscetíveis de apro- quer pessoa, mediante ato escrito e fundamentado.
veitamento.
§ 1o A anulação do procedimento licitatório in-
§ 3o No julgamento da habilitação e das pro- duz à do contrato ou da ata de registro de pre-
postas, o pregoeiro poderá sanar erros ou falhas ços.
que não alterem a substância das propostas, dos
documentos e sua validade jurídica, mediante § 2o Os licitantes não terão direito à indeniza-
despacho fundamentado, registrado em ata e ção em decorrência da anulação do procedimen-
acessível a todos, atribuindo-lhes validade e efi- to licitatório, ressalvado o direito do contratado
cácia para fins de habilitação e classificação. de boa-fé de ser ressarcido pelos encargos que
tiver suportado no cumprimento do contrato.
Art. 27. Decididos os recursos e constatada a regula-
ridade dos atos praticados, a autoridade competente Art. 30. O processo licitatório será instruído com os
adjudicará o objeto e homologará o procedimento li- seguintes documentos:
citatório.
I - justificativa da contratação;
§ 1o Após a homologação referida no caput,
II - termo de referência;
o adjudicatário será convocado para assinar o
contrato ou a ata de registro de preços no prazo III - planilhas de custo, quando for o caso;
definido no edital. IV - previsão de recursos orçamentários, com a
§ 2o Na assinatura do contrato ou da ata de indicação das respectivas rubricas;
registro de preços, será exigida a comprovação V - autorização de abertura da licitação;
das condições de habilitação consignadas no
edital, as quais deverão ser mantidas pelo lici- VI - designação do pregoeiro e equipe de apoio;
tante durante a vigência do contrato ou da ata VII - edital e respectivos anexos, quando for o
de registro de preços. caso;
§ 3o O vencedor da licitação que não fizer a VIII - minuta do termo do contrato ou instru-
comprovação referida no § 2o ou quando, in- mento equivalente, ou minuta da ata de registro
justificadamente, recusar-se a assinar o contrato de preços, conforme o caso;
ou a ata de registro de preços, poderá ser con-
vocado outro licitante, desde que respeitada a IX - parecer jurídico;
ordem de classificação, para, após comprovados X - documentação exigida para a habilitação;
os requisitos habilitatórios e feita a negociação,
assinar o contrato ou a ata de registro de preços, XI - ata contendo os seguintes registros:
sem prejuízo das multas previstas em edital e a) licitantes participantes;
no contrato e das demais cominações legais.
b) propostas apresentadas;
§ 4o O prazo de validade das propostas será
de sessenta dias, salvo disposição específica do c) lances ofertados na ordem de classificação;
edital. d) aceitabilidade da proposta de preço;
Art. 28. Aquele que, convocado dentro do prazo de e) habilitação; e
validade de sua proposta, não assinar o contrato ou
ata de registro de preços, deixar de entregar documen- f) recursos interpostos, respectivas análises e
tação exigida no edital, apresentar documentação fal- decisões;
sa, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, XII - comprovantes das publicações:
não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execu-
a) do aviso do edital;
ção do contrato, comportar-se de modo inidôneo, fizer
declaração falsa ou cometer fraude fiscal, garantido o b) do resultado da licitação;
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II - consolidar informações relativas à estimativa I - garantir que os atos relativos a sua inclusão
individual e total de consumo, promovendo a no registro de preços estejam formalizados e
adequação dos respectivos termos de referência aprovados pela autoridade competente;
ou projetos básicos encaminhados para atender
II - manifestar, junto ao órgão gerenciador, me-
aos requisitos de padronização e racionalização;
diante a utilização da Intenção de Registro de
III - promover atos necessários à instrução pro- Preços, sua concordância com o objeto a ser li-
cessual para a realização do procedimento lici- citado, antes da realização do procedimento li-
tatório; citatório; e
IV - realizar pesquisa de mercado para identi- III - tomar conhecimento da ata de registros de
ficação do valor estimado da licitação e, conso- preços, inclusive de eventuais alterações, para o
lidar os dados das pesquisas de mercado rea- correto cumprimento de suas disposições.
lizadas pelos órgãos e entidades participantes,
§ 1º Cabe ao órgão participante aplicar, garan-
inclusive nas hipóteses previstas nos §§ 2º e 3º
tida a ampla defesa e o contraditório, as penali-
do art. 6º deste Decreto;
dades decorrentes do descumprimento do pac-
V - confirmar junto aos órgãos participantes a tuado na ata de registro de preços ou do des-
sua concordância com o objeto a ser licitado, cumprimento das obrigações contratuais, em re-
inclusive quanto aos quantitativos e termo de lação às suas próprias contratações, informando
referência ou projeto básico; as ocorrências ao órgão gerenciador.
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§ 2º No caso de compra nacional, o órgão geren- § 2º Na situação prevista no § 1º, deverá ser
ciador promoverá a divulgação da ação, a pes- evitada a contratação, em um mesmo órgão ou
quisa de mercado e a consolidação da demanda entidade, de mais de uma empresa para a exe-
dos órgãos e entidades da administração direta cução de um mesmo serviço, em uma mesma
e indireta da União, dos Estados, do Distrito Fe- localidade, para assegurar a responsabilidade
deral e dos Municípios. contratual e o princípio da padronização.
§ 3º Na hipótese prevista no § 2º, comprovada a
vantajosidade, fica facultado aos órgãos ou en- Art. 9º O edital de licitação para registro de preços
tidades participantes de compra nacional a exe- observará o disposto nas Leis nº 8.666, de 1993, e nº
cução da ata de registro de preços vinculada ao 10.520, de 2002, e contemplará, no mínimo:
programa ou projeto federal.
I - a especificação ou descrição do objeto, que
§ 4º Os entes federados participantes de compra explicitará o conjunto de elementos necessários
nacional poderão utilizar recursos de transferên- e suficientes, com nível de precisão adequado
cias legais ou voluntárias da União, vinculados para a caracterização do bem ou serviço, inclusi-
aos processos ou projetos objeto de descentrali- ve definindo as respectivas unidades de medida
zação e de recursos próprios para suas deman- usualmente adotadas;
das de aquisição no âmbito da ata de registro de
II - estimativa de quantidades a serem adquiri-
preços de compra nacional.
das pelo órgão gerenciador e órgãos participan-
§ 5º Caso o órgão gerenciador aceite a inclusão tes;
de novos itens, o órgão participante demandante
III - estimativa de quantidades a serem adquiri-
elaborará sua especificação ou termo de referên-
das por órgãos não participantes, observado o
cia ou projeto básico, conforme o caso, e a pesqui-
disposto no § 4º do art. 22, no caso de o órgão
sa de mercado, observado o disposto no art. 6º.
gerenciador admitir adesões;
§ 6º Caso o órgão gerenciador aceite a inclusão de
IV - quantidade mínima de unidades a ser cota-
novas localidades para entrega do bem ou execu-
da, por item, no caso de bens;
ção do serviço, o órgão participante responsável
pela demanda elaborará, ressalvada a hipótese V - condições quanto ao local, prazo de entre-
prevista no § 2º, pesquisa de mercado que con- ga, forma de pagamento, e nos casos de servi-
temple a variação de custos locais ou regionais. ços, quando cabível, frequência, periodicidade,
características do pessoal, materiais e equipa-
CAPÍTULO V mentos a serem utilizados, procedimentos, cui-
dados, deveres, disciplina e controles a serem
DA LICITAÇÃO PARA REGISTRO DE PREÇOS adotados;
Art. 7º A licitação para registro de preços será reali- VI - prazo de validade do registro de preço, ob-
zada na modalidade de concorrência, do tipo menor servado o disposto no caput do art. 12;
preço, nos termos da Lei nº 8.666, de 1993, ou na moda-
VII - órgãos e entidades participantes do regis-
lidade de pregão, nos termos da Lei nº 10.520, de 2002,
tro de preço;
e será precedida de ampla pesquisa de mercado.
VIII - modelos de planilhas de custo e minutas
§ 1º O julgamento por técnica e preço, na mo- de contratos, quando cabível;
dalidade concorrência, poderá ser excepcional-
mente adotado, a critério do órgão gerenciador IX - penalidades por descumprimento das con-
e mediante despacho fundamentado da autori- dições;
dade máxima do órgão ou entidade. X - minuta da ata de registro de preços como
§ 2o Na licitação para registro de preços não é anexo; e
necessário indicar a dotação orçamentária, que XI - realização periódica de pesquisa de merca-
somente será exigida para a formalização do do para comprovação da vantajosidade.
contrato ou outro instrumento hábil.
§ 1º O edital poderá admitir, como critério de
Art. 8º O órgão gerenciador poderá dividir a quanti- julgamento, o menor preço aferido pela oferta
dade total do item em lotes, quando técnica e economi- de desconto sobre tabela de preços praticados
camente viável, para possibilitar maior competitivida- no mercado, desde que tecnicamente justifica-
de, observada a quantidade mínima, o prazo e o local do.
de entrega ou de prestação dos serviços.
§ 2º Quando o edital previr o fornecimento de
§ 1º No caso de serviços, a divisão considera- bens ou prestação de serviços em locais diferen-
rá a unidade de medida adotada para aferição tes, é facultada a exigência de apresentação de
dos produtos e resultados, e será observada a proposta diferenciada por região, de modo que
demanda específica de cada órgão ou entidade aos preços sejam acrescidos custos variáveis por
participante do certame. região.
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§ 3º A estimativa a que se refere o inciso III do § 4º O anexo que trata o inciso II do caput con-
caput não será considerada para fins de qualifi- siste na ata de realização da sessão pública do
cação técnica e qualificação econômico-financei- pregão ou da concorrência, que conterá a infor-
ra na habilitação do licitante. mação dos licitantes que aceitarem cotar os bens
ou serviços com preços iguais ao do licitante
§ 4º O exame e a aprovação das minutas do ins-
vencedor do certame.
trumento convocatório e do contrato serão efe-
tuados exclusivamente pela assessoria jurídica Art. 12. O prazo de validade da ata de registro de pre-
do órgão gerenciador. ços não será superior a doze meses, incluídas eventu-
ais prorrogações, conforme o inciso III do § 3º do art.
Art. 10. Após o encerramento da etapa competitiva,
15 da Lei nº 8.666, de 1993.
os licitantes poderão reduzir seus preços ao valor da
proposta do licitante mais bem classificado. § 1º É vedado efetuar acréscimos nos quantitati-
vos fixados pela ata de registro de preços, inclu-
Parágrafo único. A apresentação de novas pro-
sive o acréscimo de que trata o § 1º do art. 65 da
postas na forma do caput não prejudicará o re-
Lei nº 8.666, de 1993.
sultado do certame em relação ao licitante mais
bem classificado. § 2º A vigência dos contratos decorrentes do
Sistema de Registro de Preços será definida nos
CAPÍTULO VI instrumentos convocatórios, observado o dis-
posto no art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993.
DO REGISTRO DE PREÇOS E DA VALIDADE DA
§ 3º Os contratos decorrentes do Sistema de Re-
ATA
gistro de Preços poderão ser alterados, observa-
Art. 11. Após a homologação da licitação, o registro de do o disposto no art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
preços observará, entre outras, as seguintes condições:
§ 4º O contrato decorrente do Sistema de Regis-
I - serão registrados na ata de registro de preços tro de Preços deverá ser assinado no prazo de
os preços e quantitativos do licitante mais bem validade da ata de registro de preços.
classificado durante a fase competitiva;
CAPÍTULO VII
II - será incluído, na respectiva ata na forma de
anexo, o registro dos licitantes que aceitarem
DA ASSINATURA DA ATA E DA CONTRATAÇÃO
cotar os bens ou serviços com preços iguais aos
COM FORNECEDORES REGISTRADOS
do licitante vencedor na sequência da classifica-
ção do certame, excluído o percentual referente Art. 13. Homologado o resultado da licitação, o for-
à margem de preferência, quando o objeto não necedor mais bem classificado será convocado para
atender aos requisitos previstos no art. 3º da Lei assinar a ata de registro de preços, no prazo e nas con-
nº 8.666, de 1993; dições estabelecidos no instrumento convocatório, po-
dendo o prazo ser prorrogado uma vez, por igual pe-
III - o preço registrado com indicação dos forne-
ríodo, quando solicitado pelo fornecedor e desde que
cedores será divulgado no Portal de Compras
ocorra motivo justificado aceito pela administração.
do Governo Federal e ficará disponibilizado du-
rante a vigência da ata de registro de preços; e Parágrafo único. É facultado à administração,
IV - a ordem de classificação dos licitantes re- quando o convocado não assinar a ata de regis-
gistrados na ata deverá ser respeitada nas con- tro de preços no prazo e condições estabeleci-
tratações. dos, convocar os licitantes remanescentes, na
ordem de classificação, para fazê-lo em igual
§ 1º O registro a que se refere o inciso II do ca- prazo e nas mesmas condições propostas pelo
put tem por objetivo a formação de cadastro de primeiro classificado.
reserva no caso de impossibilidade de atendi-
mento pelo primeiro colocado da ata, nas hipó- Art. 14. A ata de registro de preços implicará compro-
teses previstas nos arts. 20 e 21. misso de fornecimento nas condições estabelecidas,
após cumpridos os requisitos de publicidade.
§ 2º Se houver mais de um licitante na situação
de que trata o inciso II do caput, serão classifica- Parágrafo único. A recusa injustificada de for-
dos segundo a ordem da última proposta apre- necedor classificado em assinar a ata, dentro do
sentada durante a fase competitiva. prazo estabelecido neste artigo, ensejará a apli-
cação das penalidades legalmente estabelecidas.
§ 3º A habilitação dos fornecedores que compo-
rão o cadastro de reserva a que se refere o inciso Art. 15. A contratação com os fornecedores registra-
II do caput será efetuada, na hipótese prevista dos será formalizada pelo órgão interessado por inter-
no parágrafo único do art. 13 e quando houver médio de instrumento contratual, emissão de nota de
necessidade de contratação de fornecedor rema- empenho de despesa, autorização de compra ou outro
nescente, nas hipóteses previstas nos arts. 20 e instrumento hábil, conforme o art. 62 da Lei nº 8.666,
21. de 1993.
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Art. 16. A existência de preços registrados não obriga IV - sofrer sanção prevista nos incisos III ou IV do ca-
a administração a contratar, facultando-se a realização put do art. 87 da Lei nº 8.666, de 1993, ou no art. 7º da
de licitação específica para a aquisição pretendida, Lei nº 10.520, de 2002.
assegurada preferência ao fornecedor registrado em
igualdade de condições. Parágrafo único. O cancelamento de registros
nas hipóteses previstas nos incisos I, II e IV do
caput será formalizado por despacho do órgão
CAPÍTULO VIII gerenciador, assegurado o contraditório e a am-
pla defesa.
DA REVISÃO E DO CANCELAMENTO DOS
Art. 21. O cancelamento do registro de preços poderá
PREÇOS REGISTRADOS
ocorrer por fato superveniente, decorrente de caso for-
Art. 17. Os preços registrados poderão ser revistos em tuito ou força maior, que prejudique o cumprimento
decorrência de eventual redução dos preços pratica- da ata, devidamente comprovados e justificados:
dos no mercado ou de fato que eleve o custo dos ser- I - por razão de interesse público; ou
viços ou bens registrados, cabendo ao órgão gerencia-
dor promover as negociações junto aos fornecedores, II - a pedido do fornecedor.
observadas as disposições contidas na alínea “d” do
inciso II do caput do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993. CAPÍTULO IX
Art. 18. Quando o preço registrado tornar-se superior DA UTILIZAÇÃO DA ATA DE REGISTRO DE
ao preço praticado no mercado por motivo superve- PREÇOS POR ÓRGÃO OU ENTIDADES NÃO
niente, o órgão gerenciador convocará os fornecedores PARTICIPANTES
para negociarem a redução dos preços aos valores pra-
ticados pelo mercado. Art. 22. Desde que devidamente justificada a vanta-
gem, a ata de registro de preços, durante sua vigência,
§ 1º Os fornecedores que não aceitarem reduzir poderá ser utilizada por qualquer órgão ou entidade
seus preços aos valores praticados pelo merca- da administração pública federal que não tenha par-
do serão liberados do compromisso assumido, ticipado do certame licitatório, mediante anuência do
sem aplicação de penalidade. órgão gerenciador.
§ 2º A ordem de classificação dos fornecedores § 1º Os órgãos e entidades que não participa-
que aceitarem reduzir seus preços aos valores ram do registro de preços, quando desejarem
de mercado observará a classificação original. fazer uso da ata de registro de preços, deverão
Art. 19. Quando o preço de mercado tornar-se supe- consultar o órgão gerenciador da ata para mani-
rior aos preços registrados e o fornecedor não puder festação sobre a possibilidade de adesão.
cumprir o compromisso, o órgão gerenciador poderá: § 2º Caberá ao fornecedor beneficiário da ata de
registro de preços, observadas as condições nela
I - liberar o fornecedor do compromisso assumi-
estabelecidas, optar pela aceitação ou não do
do, caso a comunicação ocorra antes do pedido
fornecimento decorrente de adesão, desde que
de fornecimento, e sem aplicação da penalidade
não prejudique as obrigações presentes e futu-
se confirmada a veracidade dos motivos e com-
ras decorrentes da ata, assumidas com o órgão
provantes apresentados; e
gerenciador e órgãos participantes.
II - convocar os demais fornecedores para asse-
§ 3º As aquisições ou contratações adicionais a
gurar igual oportunidade de negociação.
que se refere este artigo não poderão exceder,
Parágrafo único. Não havendo êxito nas nego- por órgão ou entidade, a cem por cento dos
ciações, o órgão gerenciador deverá proceder à quantitativos dos itens do instrumento convo-
revogação da ata de registro de preços, adotan- catório e registrados na ata de registro de preços
do as medidas cabíveis para obtenção da contra- para o órgão gerenciador e órgãos participantes.
tação mais vantajosa.
§ 4º O instrumento convocatório deverá pre-
Art. 20. O registro do fornecedor será cancelado quan- ver que o quantitativo decorrente das adesões
do: à ata de registro de preços não poderá exceder,
na totalidade, ao quíntuplo do quantitativo de
I - descumprir as condições da ata de registro cada item registrado na ata de registro de preços
de preços; para o órgão gerenciador e órgãos participantes,
II - não retirar a nota de empenho ou instrumen- independente do número de órgãos não partici-
to equivalente no prazo estabelecido pela Admi- pantes que aderirem.
nistração, sem justificativa aceitável; § 6º Após a autorização do órgão gerenciador,
III - não aceitar reduzir o seu preço registrado, o órgão não participante deverá efetivar a aqui-
na hipótese deste se tornar superior àqueles sição ou contratação solicitada em até noventa
praticados no mercado; ou dias, observado o prazo de vigência da ata.
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Porém, a maioria da doutrina, ainda nesses Para que se possa entrar com ação de regresso deve
casos não admite a teoria do risco integral, haver sentença definitiva obrigando o Estado a recom-
pois sempre o Estado pode alegar causas ex- por o dano.
cludentes;
Dano: Nomeação:
O dano deve ser certo, especial e anormal. “O provimento autônomo ou originário é aquele em
que alguém é preposto no cargo independentemen-
Certo porque não pode ser um dano hipotético; te do fato de ter, não ter, haver ou não tido algum
especial por abarcar pessoas individualizadas; e anor- vínculo com cargo público. Vale dizer, o provimento
mal porque o dano deve sair do que normalmente não guarda qualquer relação com a anterior situa-
acontece. ção de provido. Por isto se diz autônomo ou, então,
originário. (...) A única forma de provimento originá-
Nexo de causalidade: rio é a nomeação, a qual se define, pois, como provi-
mento autônomo de um servidor em cargo público”
A doutrina diz que o nexo de causalidade substi- (Celso Antônio).
tuiu o dolo e a culpa. Basta que haja relação de causa e
efeito entre a conduta do Estado e o dano. Nomeação em caráter efetivo: é a nomeação daque-
le que passou em concurso público para um cargo de
CAUSAS EXCLUDENTES E ATENUANTES carreira.
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Noções de Direito Administrativo
Nos últimos anos, houve muita discussão sobre o É o retorno à atividade do servidor em disponibili-
período do estágio probatório. Hoje, a jurisprudência dade (o servidor fica em disponibilidade quando o car-
dos tribunais superiores entende que é inconstitucio- go dele for declarado extinto ou desnecessário. Neste
nal existir diferença ente o tempo necessário para o caso, fica fora da Administração recebendo proporcio-
servidor adquirir estabilidade e a duração do estágio nalmente ao tempo de serviço. Difere da aposentado-
probatório. ria, onde a remuneração é proporcional ao tempo de
contribuição). O aproveitamento pode ocorrer tanto
em cargo idêntico como em cargo semelhante.
Readaptação:
4. Falecimento;
Recondução:
5. Promoção;
Ocorre quando o servidor estável retorna ao cargo
anteriormente ocupado. Pode acontecer nos casos de:
6. Readaptação;
a) Inabilitação em estágio probatório de outro
cargo; 7. Posse em outro cargo inacumulável.
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SISTEMA REMUNERATÓRIO
ü Remuneração = vencimento +
vantagens permanentes
Vantagens pecuniárias:
1. Indenizações: não se incorporam ao vencimento
do servidor, pois têm caráter reparatório. Exemplo de
indenização é a ajuda de custo. Tal ajuda destina-se a
compensar despesas de instalação do servidor em caso
de mudança em caráter permanente.
ANOTAÇÕES
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NOÇÕES DE DIREITO
07
ELEITORAL
01 CONCEITO E FONTES
02 PREVISÃO LEGAL NA CF
03 CÓDIGO ELEITORAL
04 DOS RECURSOS
05 DISPOSIÇÕES PENAIS
06 SÚMULAS DO TSE
07 RESOLUÇÃO TSE 21.538/03
08 LEI DA FICHA LIMPA
09 LEI DOS PARTIDOS POLÍTICOS
10 LEI DAS ELEIÇÕES
11 TRANSPORTE DE ELEITORES
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Noções de Direito Eleitoral
PRINCÍPIOS
01 CONCEITO E FONTES
Fundamentais:
CONCEITO
- Democrático
Define-se o Direito Eleitoral como no dizer de Joel
José Cândido “o ramo do Direito Público que trata de - Soberania Popular
institutos relacionados com os direitos políticos e as
- Republicano
eleições, em todas as suas fases, como forma de esco-
lha dos titulares dos mandatos políticos e das institui- - Federativo
ções do Estado”.
- Sufrágio Universal
Outra definição muito utilizada é a de Djalma
- Legitimidade
Pinto, que conceitua o Direito Eleitoral como “o ramo
do Direito Público que disciplina a criação dos parti- - Moralidade
dos, o ingresso do cidadão no corpo eleitoral para frui- - Probidade
ção dos direitos políticos, o registro das candidaturas,
a propaganda eleitoral, o processo eletivo e a investi- - Isonomia
dura no mandato”.
Já, Fávila Ribeiro, conceitua o Direito Eleitoral como Processuais:
a área do Direito dedicada “ao estudo das normas e
- Devido Processo Legal (contraditório e ampla de-
procedimentos que organizam e disciplinam o funcio-
fesa)
namento do poder de sufrágio popular, de modo a que
se estabeleça a precisa adequação entre a vontade do - Celeridade: em vista da necessidade de os assun-
povo e a atividade governamental”. tos afetos ao Direito Eleitoral serem decididos em exí-
guo espaço de tempo, sob pena de perder-se o objeto
FONTES da demanda, como ocorre no período eleitoral (Ex.:
Direito de Resposta em Propaganda Eleitoral), e, de
As fontes do Direito Eleitoral são classificadas pela outro lado, garantir a segurança jurídica da sociedade
maior parte da doutrina como diretas, indiretas e sub- em relação ao pleito (Ex.: Impugnação contra Registro
sidiárias. de Candidatura).
- Imparcialidade
FONTES DIRETAS
- Dispositivo
- A Constituição Federal;
- As leis eleitorais (especialmente o Código Eleitoral; a - Impulso Oficial
Lei das Eleições; as Leis dos Partidos Políticos; a Lei das
Inelegibilidades; a Lei da Ficha Limpa, além das demais - Motivação
correlatas). - Publicidade
- Os princípios.
- A Resoluções do TSE, que têm força de lei, conforme - Instrumentalidade
dispõem os arts. 1º, parágrafo único e 23, IX do Código - Gratuidade
Eleitoral.
- Anualidade: a lei que alterar o processo eleitoral
FONTES INDIRETAS entrará em vigor na data de sua publicação, não se
aplicando à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data
- a doutrina;
de sua vigência. Este princípio, não se aplica às resolu-
- a jurisprudência dos Tribunais Eleitorais. ções emanadas do TSE e nem às decisões judiciais, mas
também é aplicável às emendas constitucionais.
FONTES SUBSIDIÁRIAS (APLICADAS NA AUSÊNCIA DE
REGRA ESPECÍFICA DO DIREITO ELEITORAL) - Irrecorribilidade das decisões dos tribunais elei-
torais: “São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior
- Código Civil,
Eleitoral, salvo as que contrariarem a Constituição e as de-
- Código de Processo Civil, negatórias de habeas corpus e ou mandado de segurança”.
- Código Penal e
- Código de Processo Penal. A competência para legislar sobre Direito Eleitoral
é privativa da União. Não obstante incumbe à União
legislar sobre Direito Eleitoral. Nada impede que os
P Importante destacar que para parte da doutri-
Estados e o Distrito Federal legislem especifica e su-
na as fontes subsidiárias supramencionadas es-
pletivamente sobre os mecanismos de democracia di-
tão inseridas nas fontes indiretas.
reta nos seus respectivos territórios.
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a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Pre- Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja
sidente da República e Senador; perda ou suspensão só se dará nos casos de:
b) trinta anos para Governador e Vice-Governa- I - cancelamento da naturalização por sentença
dor de Estado e do Distrito Federal; transitada em julgado;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, De- II - incapacidade civil absoluta;
putado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Pre-
feito e juiz de paz; III - condenação criminal transitada em julgado,
enquanto durarem seus efeitos;
d) dezoito anos para Vereador.
IV - recusa de cumprir obrigação a todos impos-
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfa-
ta ou prestação alternativa, nos termos do art.
betos.
5º, VIII;
§ 5º O Presidente da República, os Governado-
V - improbidade administrativa, nos termos do
res de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos
art. 37, § 4º.
e quem os houver sucedido, ou substituído no
curso dos mandatos poderão ser reeleitos para
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará
um único período subseqüente.
em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Pre- eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
sidente da República, os Governadores de Es-
tado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem
renunciar aos respectivos mandatos até seis me- CAPÍTULO V
ses antes do pleito.
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição DOS PARTIDOS POLÍTICOS
do titular, o cônjuge e os parentes consangüíne-
os ou afins, até o segundo grau ou por adoção, Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extin-
do Presidente da República, de Governador de ção de partidos políticos, resguardados a soberania
Estado ou Território, do Distrito Federal, de Pre- nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo,
feito ou de quem os haja substituído dentro dos os direitos fundamentais da pessoa humana e obser-
seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular vados os seguintes preceitos:
de mandato eletivo e candidato à reeleição.
I - caráter nacional;
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as
seguintes condições: II - proibição de recebimento de recursos finan-
ceiros de entidade ou governo estrangeiros ou
I - se contar menos de dez anos de serviço, deve- de subordinação a estes;
rá afastar-se da atividade;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será
agregado pela autoridade superior e, se eleito, IV - funcionamento parlamentar de acordo com
passará automaticamente, no ato da diploma- a lei.
ção, para a inatividade.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autono-
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos mia para definir sua estrutura interna, organiza-
de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, ção e funcionamento e para adotar os critérios
a fim de proteger a probidade administrativa, de escolha e o regime de suas coligações elei-
a moralidade para exercício de mandato con- torais, sem obrigatoriedade de vinculação entre
siderada vida pregressa do candidato, e a nor- as candidaturas em âmbito nacional, estadual,
malidade e legitimidade das eleições contra a distrital ou municipal, devendo seus estatutos
influência do poder econômico ou o abuso do estabelecer normas de disciplina e fidelidade
exercício de função, cargo ou emprego na admi- partidária.
nistração direta ou indireta.
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado personalidade jurídica, na forma da lei civil,
ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias registrarão seus estatutos no Tribunal Superior
contados da diplomação, instruída a ação com Eleitoral.
provas de abuso do poder econômico, corrup-
ção ou fraude. § 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos
do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tra- à televisão, na forma da lei.
mitará em segredo de justiça, respondendo o
autor, na forma da lei, se temerária ou de ma- § 4º - É vedada a utilização pelos partidos políti-
nifesta má-fé. cos de organização paramilitar.
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O alistamento se faz mediante a qualificação e ins- b) os que se encontrem fora do seu domicílio;
crição do eleitor. A qualificação é o ato pelo qual o in- c) os funcionários civis e os militares, em serviço
divíduo fornece seus dados e os mesmos são inseridos que os impossibilite de votar.
no cadastro de eleitores.
O requerimento de alistamento segue modelo do Sanções ao não alistamento ou ao não exercício do
TSE e deverá ser encaminhado ao escrivão, funcioná- voto:
rio ou preparador, que recebendo a fórmula e docu-
mentos determinará que o alistando date e assine a pe- O eleitor que deixar de votar e não se justificar pe-
tição e em ato contínuo atestará terem sido a data e a rante o Juiz Eleitoral até trinta dias após a realização
assinatura lançados na sua presença. O requerimento da eleição incorrerá na multa de três a dez por cento
será submetido ao despacho do juiz nas 48 (quarenta e sobre o salário mínimo da região, imposta pelo Juiz
oito), horas seguintes. Eleitoral e cobrada na forma prevista no art. 367 do
Código Eleitoral.
Poderá o juiz se tiver dúvida quanto à identidade
do requerente ou sobre qualquer outro requisito para Sem a prova de que votou na última eleição, pagou
o alistamento, converter o julgamento em diligência a respectiva multa ou de que se justificou devidamen-
para que o alistando esclareça ou complete a prova te, não poderá o eleitor:
ou, se for necessário, compareça pessoalmente à sua I – inscrever-se em concurso ou prova para car-
presença. Quinzenalmente o juiz eleitoral fará publicar go ou função pública, investir-se ou empossar-
pela imprensa, onde houver ou por editais, a lista dos -se neles;
pedidos de inscrição, mencionando os deferidos, os in-
II – receber vencimentos, remuneração, salário
deferidos e os convertidos em diligência, contando-se
ou proventos de função ou emprego público,
dessa publicação o prazo para os recursos.
autárquico ou paraestatal, bem como fundações
Conforme a informação e comprovação de seu governamentais, empresas, institutos e socieda-
domicílio eleitoral, o eleitor ficará vinculado perma- des de qualquer natureza, mantidas ou subven-
nentemente à seção eleitoral indicada no seu título, cionadas pelo governo ou que exerçam serviço
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- quando ocorrer a suspensão ou perda dos di- a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Pre-
reitos políticos; sidente da República e Senador;
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b) trinta anos para Governador e Vice-Governa- datura terminará, improrrogavelmente, às dezoito ho-
dor de Estado e do Distrito Federal; ras do nonagésimo dia anterior à data marcada para a
eleição e até o septuagésimo dia anterior à data marca-
c) vinte e um anos para Deputado Federal, De- da para a eleição, todos os requerimentos devem estar
putado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Pre- julgados, inclusive os que tiverem sido impugnados.
feito e juiz de paz;
As convenções partidárias para a escolha dos can-
d) dezoito anos para Vereador. didatos serão realizadas, no máximo, até dez dias an-
tes do término do prazo do pedido de registro no car-
P Importante ressaltar que o momento para a tório eleitoral ou na Secretaria do Tribunal.
configuração dos requisitos da elegibilidade é o
do registro da candidatura. Pode qualquer candidato requerer, em petição com
firma reconhecida, o cancelamento do registro do seu
nome. Desse fato, o presidente do Tribunal ou o juiz,
DO REGISTRO DE CANDIDATURA conforme o caso, dará ciência imediata ao partido que
tenha feito a inscrição, ao qual ficará ressalvado o di-
Serão registrados no Tribunal Superior Eleitoral
reito de substituir por outro o nome cancelado, desde
os candidatos a presidente e vice-presidente da
que o novo pedido seja apresentado até 60 (sessenta)
República; nos Tribunais Regionais Eleitorais os can-
dias antes do pleito.
didatos a senador, deputado federal, governador e
vice-governador e deputado estadual e nos Juízos Em caso de morte, renúncia, inelegibilidade e pre-
Eleitorais os candidatos a vereador, prefeito e vice enchimento de vagas existentes nas respectivas cha-
-prefeito. pas, tanto em eleições proporcionais quanto majoritá-
rias, as substituições e indicações se processarão pelas
Somente poderão inscrever candidatos os partidos
Comissões Executivas
que possuam diretório devidamente registrado na cir-
cunscrição em que se realizar a eleição.
O registro pode ser promovido por delegado de A deliberação sobre coligação caberá à Convenção
partido, autorizado em documento autêntico, inclusi- Regional de cada Partido, quando se tratar de elei-
ve telegrama de quem responda pela direção partidá- ção para a Câmara dos Deputados e Assembleias
ria e sempre com assinatura reconhecida por tabelião, Legislativas, e à Convenção Municipal, quando se
instruído com os seguintes documentos: tratar de eleição para a Câmara de Vereadores, e será
aprovada mediante a votação favorável da maioria,
I - com a cópia autêntica da ata da convenção presentes 2/3 (dois terços) dos convencionais, estabele-
que houver feito a escolha do candidato, a qual cendo-se, na mesma oportunidade, o número de can-
deverá ser conferida com o original na Secreta- didatos que caberá a cada Partido.
ria do Tribunal ou no cartório eleitoral;
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Ao presidente da mesa receptora e ao juiz eleitoral A Justiça eleitoral é órgão de natureza federal. Os
cabe a polícia dos trabalhos eleitorais. A força armada servidores são federais, portanto adequados às regras
conservar-se-á a cem metros da seção eleitoral e não da União. O orçamento é aprovado pelo Congresso
poderá aproximar-se do lugar da votação, ou dele pe- Nacional. Em matéria criminal é a Polícia Federal
netrar, sem ordem do presidente da mesa. quem detém a competência para instaurar e conduzir
inquéritos policiais para apurar o cometimento de cri-
Na data marcada para a eleição, às 8 (oito) horas,
mes eleitorais.
supridas as deficiências declarará o presidente inicia-
dos os trabalhos, procedendo-se em seguida à votação, Juízes e promotores recebem da União gratificação
que começará pelos candidatos e eleitores presentes, pecuniária especial por desempenhares as funções
encerrando-se a votação às 17 (dezessete) horas. eleitorais.
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Ao contrário dos demais órgãos do Poder Os mandatos nas Cortes Eleitorais são de dois anos,
Judiciário, a Justiça Eleitoral não apresenta corpo pró- sendo possível apenas uma recondução.
prio e independente de magistrados. Assim, nela atu-
am juízes oriundos de diversos Tribunais (Supremo É vedada a participação no TSE de: cidadãos que
Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Justiça tenham até o 4º grau, ainda que por afinidade, com ou-
Comum Estadual, Justiça Comum Federal e Ordem tro integrante; e no caso dos advogados, aqueles que
dos Advogados do Brasil). ocupem cargo público de demissão ad nuttum; que seja
diretor ou proprietário de empresa que detenha sub-
Disso decorre o princípio cooperativo, na medida venção, privilégio ou isenção em virtude de contrato
em que vários órgãos disponibilizam integrantes para com a Administração Pública ou que exerça mandato
assegurar o bom funcionamento da Justiça Eleitoral. político eletivo.
A Justiça Eleitoral possui as funções administrati-
va, jurisdicional, normativa e ainda consultiva, que é
DA COMPETÊNCIA
uma função incomum às demais áreas judicantes. A
função consultiva está consubstanciada na regra de
que os tribunais eleitorais devem responder, sobre Compete ao Tribunal Superior:
matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em
tese, por autoridade pública ou partido político. I - Processar e julgar originariamente:
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II - julgar os recursos interpostos das decisões dos XV - organizar e divulgar a Súmula de sua ju-
Tribunais Regionais nos termos do Art. 276 inclusive risprudência;
os que versarem matéria administrativa.
XVI - requisitar funcionários da União e do Dis-
trito Federal quando o exigir o acúmulo ocasio-
Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Su- nal do serviço de sua Secretaria;
perior,
XVII - publicar um boletim eleitoral;
I - elaborar o seu regimento interno;
XVIII - tomar quaisquer outras providências
II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria que julgar convenientes à execução da legisla-
Geral, propondo ao Congresso Nacional a cria- ção eleitoral.
ção ou extinção dos cargos administrativos e a
fixação dos respectivos vencimentos, provendo
-os na forma da lei; DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL:
III - conceder aos seus membros licença e férias
Os TRE’s representam a segunda instância da
assim como afastamento do exercício dos cargos
Justiça Eleitoral. São dotados de competência originá-
efetivos;
ria para diversas matérias. A jurisdição dos TRE’s é es-
IV - aprovar o afastamento do exercício dos car- tadual. Ou seja, para cada Estado (e o Distrito Federal)
gos efetivos dos juízes dos Tribunais Regionais há um Tribunal Regional Eleitoral.
Eleitorais;
V - propor a criação de Tribunal Regional na Nos termos da Constituição cada TRE é composto
sede de qualquer dos Territórios; de 7 membros assim escolhidos:
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Os mandatos e vedações são similares aos do TSE: ta dias da sua conclusão para julgamento,
formulados por partido candidato Ministé-
- Mandatos de 2 anos, com apenas uma recon- rio Público ou parte legitimamente interes-
dução (biênio) e sada sem prejuízo das sanções decorrentes
do excesso de prazo.
- Não podem fazer parte do Tribunal Regional
pessoas que tenham entre si parentesco, ainda
II - julgar os recursos interpostos:
que por afinidade, até o 4º grau, excluindo-se
nesse caso a que tiver sido escolhida por último. a) dos atos e das decisões proferidas pelos
(A única diferença é que no TSE a vedação men- juízes e juntas eleitorais.
ciona “cidadão” e no TRE “pessoa”).
b) das decisões dos juízes eleitorais que con-
- De mesma forma, a nomeação de advogado cederem ou denegarem habeas corpus ou
para o TRE não poderá recair em cidadão que mandado de segurança.
ocupe cargo público que seja admissível ad nu-
tum; que seja diretor, proprietário ou sócio de As decisões dos Tribunais Regionais são irrecorrí-
empresa beneficiada com a subvenção, privi- veis, salvo nos casos do Art. 276. (veremos com mais
légio, isenção ou favor em virtude de contrato detalhe no tópico específico sobre recursos)
com a Administração Pública ou exerça manda-
to político eletivo.
Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais
Deliberam por maioria, em sessão pública, com a Regionais:
maioria de seus membros.
I - elaborar o seu regimento interno;
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eleitorais, submetendo essa divisão, assim como mapas de apuração a fim de que estes aten-
a criação de novas zonas, à aprovação do Tribu- dam as peculiaridade locais, encaminhando
nal Superior; os modelos que aprovar, encaminhando os
modelos que aprovar, acompanhados das
X - aprovar a designação do Ofício de Justiça sugestões ou impugnações formuladas pelos
que deva responder pela escrivania eleitoral du- partidos, à decisão do Tribunal Superior.
rante o biênio;
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VIII - dirigir os processos eleitorais e determi- do Tribunal Regional, pelo presidente deste, a quem
nar a inscrição e a exclusão de eleitores; cumpre também designar-lhes a sede. Até 10 (dez)
dias antes da nomeação os nomes das pessoas indica-
IX- expedir títulos eleitorais e conceder transfe- das para compor as juntas serão publicados no órgão
rência de eleitor; oficial do Estado, podendo qualquer partido, no prazo
de 3 (três) dias, em petição fundamentada, impugnar
X - dividir a zona em seções eleitorais;
as indicações.
XI mandar organizar, em ordem alfabética, re-
A competência desse órgão está vinculada à apura-
lação dos eleitores de cada seção, para remessa
ção dos votos nas eleições realizadas sob sua jurisdição
a mesa receptora, juntamente com a pasta das
(Exemplo: impugnações de urna, na contagem e apura-
folhas individuais de votação;
ção dos votos, expedição de boletins de urna e expedi-
XII - ordenar o registro e cassação do registro ção de diploma aos eleitos para os cargos municipais).
dos candidatos aos cargos eletivos municiais e Ocorre que, com a implantação da urna eletrônica, as
comunicá-los ao Tribunal Regional; juntas eleitorais perderam o poder, pois a contagem,
apuração e a totalização dos votos são feitas automa-
XIII - designar, até 60 (sessenta) dias antes das ticamente pelo sistema. Contudo, apesar da qualidade
eleições os locais das seções; do sistema de votação por urnas eletrônicas há a possi-
bilidade de falhas técnicas que somente serão supridas
XIV - nomear, 60 (sessenta) dias antes da elei-
através das juntas eleitorais, permanecendo assim as
ção, em audiência pública anunciada com pelo
suas funções, mesmo porque nas eleições municipais a
menos 5 (cinco) dias de antecedência, os mem-
diplomação dos eleitos permanece sob a competência
bros das mesas receptoras;
das Juntas Eleitorais.
XV - instruir os membros das mesas receptoras
Não podem ser nomeados membros das Juntas, es-
sobre as suas funções;
crutinadores ou auxiliares:
XVI - providenciar para a solução das ocorrên-
cias para a solução das ocorrências que se verifi- I - os candidatos e seus parentes, ainda que por
carem nas mesas receptoras; afinidade, até o segundo grau, inclusive, e bem
assim o cônjuge;
XVII - tomar todas as providências ao seu al-
cance para evitar os atos viciosos das eleições; II - os membros de diretorias de partidos polí-
ticos devidamente registrados e cujos nomes te-
XVIII-fornecer aos que não votaram por motivo nham sido oficialmente publicados;
justificado e aos não alistados, por dispensados
do alistamento, um certificado que os isente das III - as autoridades e agentes policiais, bem
sanções legais; como os funcionários no desempenho de cargos
de confiança do Executivo;
XIX - comunicar, até às 12 horas do dia seguinte
a realização da eleição, ao Tribunal Regional e IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.
aos delegados de partidos credenciados, o nú-
mero de eleitores que votarem em cada uma das Poderão ser organizadas tantas Juntas quantas
seções da zona sob sua jurisdição, bem como o permitir o número de juízes de direito que gozem das
total de votantes da zona. garantias do Art. 95 da Constituição, mesmo que não
sejam juízes eleitorais. Nas zonas em que houver de
DAS JUNTAS ELEITORAIS ser organizada mais de uma Junta, ou quando estiver
vago o cargo de juiz eleitoral ou estiver este impedido,
A Constituição em seu art. 121 prevê a criação de o presidente do Tribunal Regional, com a aprovação
juntas eleitorais. Aos integrantes de aludidas juntas deste, designará juízes de direito da mesma ou de ou-
são reservadas as mesmas garantias e prerrogativas tras comarcas, para presidirem as juntas eleitorais.
dos membros da Corte Eleitoral e Juízes.
Ao presidente da Junta é facultado nomear, den-
As juntas eleitorais são compostas de um juiz de tre cidadãos de notória idoneidade, escrutinadores e
direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (qua- auxiliares em número capaz de atender a boa marcha
tro) cidadãos de notória idoneidade. Sua existência é dos trabalhos. É obrigatória essa nomeação sempre
provisória, vez que constituída apenas durante o perí- que houver mais de dez urnas a apurar. Na hipótese
odo eleitoral, sendo extinta após a apuração dos traba- do desdobramento da Junta em Turmas, o respectivo
lhos de apuração de votos. Ressalte-se que apenas nas presidente nomeará um escrutinador para servir como
eleições municipais as juntas eleitorais permanecem secretário em cada turma.
ativas até a diplomação dos eleitos.
Além dos secretários a que se refere o parágrafo
Os membros das juntas eleitorais serão nomeados anterior, será designado pelo presidente da Junta um
60 (sessenta) dia antes da eleição, depois de aprovação escrutinador para secretário-geral competindo-lhe;
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Enquanto ato de certificação dos resultados do Importante frisar que salvo as ressalvas trazidas pe-
pleito, a proclamação dos eleitos não comporta las normas dispostas nos artigos 283 à 288 do Código
nenhuma impugnação por via de recurso, consu- Eleitoral, a parte geral do Código Penal é praticamente
mando-se no instante de sua realização, muito em- toda aplicável ao sistema penal eleitoral. Isto porque
bora viabilize a ulterior realização da diplomação. o Código Eleitoral traz algumas especificidades acerca
das quais o Código Penal não trata. Sendo assim, aqui-
Já a diplomação é um ato formal que prevê pro- lo que não estiver expressamente previsto pelo Código
cedimento próprio para a sua impugnação. Eleitoral ou Leis Especiais Eleitorais, será regido pelo
Código Penal Brasileiro.
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Ainda, o § 2º deste mesmo artigo, dispõe que ainda Consonante com a doutrina e jurisprudência majo-
equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, ritárias, a tradicional classificação dos crimes eleitorais
emprego ou função em entidade paraestatal ou em so- é feita da seguinte maneira:
ciedade de economia mista.
Sendo assim, obviamente o sujeito passivo dos cri- P IMPORTANTE: Essas pessoas convocadas para
mes eleitorais sempre será o Estado, todavia, nada im- prestar serviços à Justiça Eleitoral, embora sejam
pede que em alguns casos específicos haja mais de um particulares, são equiparadas à servidores públi-
sujeito passivo, ou seja, outro cidadão que se sentiu cos de acordo com o artigo 283, IV, Código Elei-
lesado ou ameaçado no exercício de seu direito. toral.
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Sendo assim, considera-se um crime funcional, que Artigo 318. Efetuar a Mesa Receptora a contagem
somente poderá ser praticado por funcionário público. dos votos da urna quando qualquer eleitor houver
votado sob impugnação (art. 190):
Considerando a grande importância do exercício
de voto, e a necessidade de perfeita condução dos tra- Pena - detenção até um mês ou pagamento de 30
balhos no dia da votação, o legislador preferiu enqua- a 60 dias-multa.
drar esta conduta como crime e estabelecer punição Sujeito Ativo: SOMENTE os integrantes da mesa
aos componentes da mesa receptora. receptora poderão praticar a infração. Trata-se de cri-
me funcional e de mão própria, pois não é qualquer
servidor (por equiparação) que poderá praticá-lo. Ali-
Artigo 310. Praticar, ou permitir o membro da ás, cumpre ressaltar que, a figura do artigo em comen-
Mesa Receptora que seja praticada, qualquer to é plurisubjetiva, pois não faz menção a um sujeito e
irregularidade que determine a anulação de sim “à mesa receptora”, que segundo a lei, é composta
votação, salvo no caso do art. 311: de um presidente, dois mesários, dois secretários e um
Pena - detenção até seis meses ou pagamento de suplente (artigo 120, Código Eleitoral). Sendo assim
90 a 120 dias-multa. todos os componentes respondem pela infração.
O delito pode ser praticado por qualquer pessoa II) CRIMES CONTRA OS SERVIÇOS DA JUSTI-
desde que esta pessoa seja eleitor. Já na segunda parte, ÇA ELEITORAL:
o crime é funcional, ou seja, o sujeito ativo somente po-
derá ser o presidente da mesa receptora, que por sua Artigo 289. Inscrever-se fraudulentamente eleitor:
vez é tratado como funcionário público por equipara- Pena - reclusão até 5 anos e pagamento de 5 a 15
ção (artigo 283, IV, CE). dias-multa.
A intenção clara do legislador foi proteger a regu- Sujeito Ativo: Somente poderá ser cometido pelo
laridade da votação. próprio sujeito interessado em inscrever-se como elei-
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tor, ou seja, o alistando. É preciso que haja dolo, consistente na intenção de-
liberada de negar, a inscrição eleitoral requerida.
Se o sujeito for menor de 18 anos, embora possa ser
eleitor, ficará sujeito às medidas socioeducativas esta-
Artigo 293. Perturbar ou impedir de qualquer
belecidas no artigo 27 do ECA.
forma o alistamento:
Demonstrou o legislador grande preocupação com Pena - detenção de 15 dias a 6 meses ou
o alistamento das pessoas como eleitores, recebendo pagamento de 30 a 60 dias-multa.
do Estado o status de eleitor e podendo votar e con-
tribuir para a eleição dos nossos contribuintes e legis- Sujeito Ativo: Comete o crime, não só aquele que
ladores. causa embaraço ou dificuldade, mas também aquele
que impossibilita a sua execução, opondo-se de tal for-
ma que impossibilite a pessoa de se alistar.
Artigo 290. Induzir alguém a se inscrever eleitor A intenção do legislador, sem dúvidas foi o resguar-
com infração de qualquer dispositivo deste do e normalidade dos trabalhos da Justiça Eleitoral,
Código: bem como a garantia de liberdade para que a pessoa
Pena - reclusão até 2 anos e pagamento de 15 a se torne cidadão e possa exercer todas as prerrogativas
30 dias-multa. . de sua cidadania.
Objeto da Norma: Preocupação extrema com a ins- Artigo 296. Promover desordem que prejudique
crição de eleitores, buscando coibir toda e qualquer os trabalhos eleitorais:
prática que possa conduzir à fraude ou impedir o alis- Pena - detenção até dois meses e pagamento de
tamento. 60 a 90 dias-multa.
Sujeito Ativo: Será a autoridade judiciária, ou seja, Artigo 304. Ocultar, sonegar, açambarcar ou
o juiz eleitoral ou magistrado que tenha atribuição recusar no dia da eleição o fornecimento,
para conceder ou negar pedidos de inscrição. normalmente a todos, de utilidades, alimentação
Neste crime, não é suficiente que haja indeferimen- e meios de transporte, ou conceder exclusividade
to da inscrição eleitoral para que se possa constituir dos mesmos a determinado partido ou candidato:
o crime em apreço, mesmo que a decisão denegatória Pena - pagamento de 250 a 300 dias-multa
seja considerada improcedente em julgamento na su-
perior instância. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.
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Este artigo visa assegurar a regularidade do pro- Artigo 345. Não cumprir a autoridade judiciária,
cesso eleitoral, no dia da votação eleitoral. É, portanto, ou qualquer funcionário dos órgãos da Justiça
norma penal temporária, que só produz eficácia no dia Eleitoral, nos prazos legais, os deveres impostos
das eleições. por este Código, se a infração não estiver sujeita
a outra penalidade:
Artigo 341. Retardar a publicação ou não publicar, Pena - pagamento de 30 a 90 dias-multa.
o diretor ou qualquer outro funcionário de órgão
oficial federal, estadual, ou municipal, as decisões, Sujeito Ativo: Pune-se tanto a autoridade judici-
citações ou intimações da Justiça Eleitoral: ária ou ainda, o Ministro do TSE, assim como qual-
Pena - detenção até um mês ou pagamento de 30 quer funcionário dos órgãos da Justiça Eleitoral. Além
a 60 dias-multa. desses, os particulares convocados e requisitados para
atuar no dia da votação e no dia da apuração, embora
Sujeito Ativo: É o servidor lotado na Justiça Elei- não sejam servidores típicos são assim considerados
toral encarregado da divulgação externa dos atos pro- por equiparação.
cessuais. Trata-se de um crime funcional, pois somente
poderá ser praticado por funcionário público típico ou
por equiparação.
Artigo 346. Violar o disposto no art. 377:
Pena - detenção até seis meses e pagamento de
Artigo 342. Não apresentar o órgão do Ministério 30 a 60 dias-multa.
Público, no prazo legal, denúncia ou deixar de Parágrafo único. Incorrerão na pena, além da
promover a execução de sentença condenatória: autoridade responsável, os servidores que
Pena - detenção até dois meses ou pagamento de prestarem serviços e os candidatos, membros ou
60 a 90 dias-multa. diretores de partido que derem causa à infração.
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Noções de Direito Eleitoral
Parágrafo único. Nas Seções Eleitorais em que a funcional. Os sujeitos ativos SOMENTE poderão ser as
contagem for procedida pela Mesa Receptora pessoas requisitadas pela Justiça Eleitoral para prestar
incorrerão na mesma pena o Presidente e os serviços nas eleições e que são consideradas servido-
Mesários que não expedirem imediatamente o res públicos por equiparação. Serão portanto, os inte-
respectivo boletim. grantes da mesa receptora de votos e junta eleitoral.
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Sujeito Ativo: Poderá ser praticado por qualquer Artigo 354. Obter, para uso próprio ou de outrem,
pessoa penalmente imputável. Todavia, se a falsifica- documento público ou particular, material ou
ção for realizada por um servidor público, então este ideologicamente falso para fins eleitorais:
será o sujeito ativo, com a definição e extensão prevista
no artigo 283 do código Eleitoral. Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.
No delito em comento, não se considera o falso do- Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.
cumento como fora estudado, mas sim a o seu conteú- A norma visa coibir a conduta daquele que con-
do intelectual ou ideativo. segue documento falso, público ou particular, com a
finalidade de proceder a sua utilização em proveito
próprio ou de terceiros na seara eleitoral.
Artigo 351. Equipara-se a documento (348, 349 e
350), para os efeitos penais, a fotografia, o filme Pune a ação daquele que, não realizando ele pró-
cinematográfico, o disco fonográfico ou fita de prio a falsificação, consegue encontrar quem o faça, ou
ditafone a que se incorpore declaração ou imagem então, por qualquer meio, alcança um documento que
destinada à prova de fato juridicamente relevante. já se encontrava falsificado. O crime é formal e de mera
conduta. Este artigo contenta-se com a potencialidade
O dispositivo é claro e procurou não deixar dúvi- lesiva da intermediação, não exigindo a ocorrência de
das, elencando expressamente o que se equipara à do- um resultado para que o crime se materialize.
cumento.
IV) CRIMES CONTRA A PROPAGANDA ELEI-
TORAL:
Artigo 352. Reconhecer, como verdadeira, no
exercício da função pública, firma ou letra que o Artigo 323. Divulgar, na propaganda, fatos que
não seja, para fins eleitorais: sabe inverídicos, em relação a partidos ou
Pena - reclusão até cinco anos e pagamento de candidatos e capazes de exercerem influência
5 a 15 dias-multa se o documento é público, e perante o eleitorado:
reclusão até três anos e pagamento de 3 a 10 dias- Pena - detenção de dois meses a um ano ou
multa se o documento é particular. pagamento de 120 a 150 dias-multa.
Parágrafo único. A pena é agravada se o crime é
Sujeito Ativo: Será em regra, o serventuário ou no-
cometido pela imprensa, rádio ou televisão.
tário, a quem a lei delegou, dentre outras, as funções
de proceder o reconhecimento de firmas, emprestan- Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.
do-lhe fé pública para este fim.
Nos dias de hoje, o mais comum em épocas de
Também será considerado sujeito ativo, o empre- eleição é a divulgação de partido político, candidato
gado da serventia, a quem eventualmente tenha sido ou coligação interposta pessoa, espontaneamente ou
delegada a função de atestar a autenticidade das as- contratada para tal. Sendo assim, comprovado que o
sinaturas em documentos.Este artigo é de muita im- terceiro divulgou fatos inverídicos, a mando de candi-
portância para o Direito Eleitoral. O legislador teve a dato, haverá concurso de agentes.
intenção de diminuir as possibilidades de fraude, seja
o falso material em documento público ou particular, O legislador em relação a este artigo elevou à con-
seja o falso ideológico, ou ainda, o uso de documento dição de crime a propaganda eleitoral através da qual
falso. se divulgam os fatos sabidamente inverídicos, com re-
lação a candidatos ou partidos. Sua intenção foi tutelar
a dignidade da propaganda eleitoral, enaltecendo os
valores da honra e ética, valores que os participantes
Artigo 353. Fazer uso de qualquer dos documentos
dos embates não podem se distanciar.
falsificados ou alterados, a que se referem os arts.
348 a 352:
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. Artigo 324. Caluniar alguém, na propaganda
eleitoral, ou visando fins de propaganda,
Sujeito Ativo: Poderá ser qualquer pessoa. O cri- imputando-lhe falsamente fato definido como
me é comum. Caso o usuário seja também o autor da crime:
falsificação responderá apenas pelo crime de uso, até Pena - detenção de seis meses a dois anos e
porque a pena é a mesma. pagamento de 10 a 40 dias-multa.
Segundo a doutrina majoritária, somente haverá § 1º Nas mesmas penas incorre quem, sabendo
uso de documento falso se este foi ou não, produzido falsa a imputação, a propala ou divulga.
para este fim, desde que o uso que dele se fizer for para § 2º A prova da verdade do fato imputado exclui o
fins eleitorais. crime, mas não é admitida:
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Noções de Direito Eleitoral
I - se, constituindo o fato imputado crime de II - no caso de retorsão imediata, que consista em
ação privada, o ofendido, não foi condenado por outra injúria.
sentença irrecorrível; § 2º Se a injúria consiste em violência ou vias de
II - se o fato é imputado ao Presidente da República fato, que, por sua natureza ou meio empregado,
ou chefe de governo estrangeiro; se considerem aviltantes:
III - se do crime imputado, embora de ação pública, Pena - detenção de três meses a um ano e
o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível. pagamento de 5 a 20 dias-multa, além das penas
correspondentes à violência prevista no Código
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa. Penal.
A diferença entre calúnia e difamação está na na- O artigo 327 do Código Eleitoral dispõe sobre as
tureza do fato imputado. Na calúnia imputa-se fato causas de aumento de pena nos crimes contra a honra
definido como crime, e na difamação imputa-se fato de forma assemalhada ao artigo 141 do Código Penal.
ofensivo a reputação de alguém, mas que não pode es- Todavia, no Código Eleitoral não há menção quanto
tar caracterizado em lei como crime. ao aumento de pena se o crime é praticado mediante
paga ou promessa de recompensa, conforme é dispos-
P LEMBRETE: No crime de calúnia, a “falsidade” to no parágrafo único do artigo 141 do Código Penal.
da imputação é elementar do crime. No crime de
difamação, ser ou não verdadeira a imputação é
irrelevante. Artigo 330. Nos casos dos arts. 328 e 329 se o
agente repara o dano antes da sentença final, o
Juiz pode reduzir a pena.
Artigo 326. Injuriar alguém, na propaganda Disposição prejudicada diante da revogação dos
eleitoral, ou visando a fins de propaganda, artigos 328 e 329.
ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção até seis meses, ou pagamento de
30 a 60 dias-multa. Artigo 331. Inutilizar, alterar ou perturbar meio de
§ 1º O Juiz pode deixar de aplicar a pena: propaganda devidamente empregado:
I - se o ofendido, de forma reprovável, provocou Pena - detenção até seis meses ou pagamento de
diretamente a injúria; 90 a 120 dias-multa.
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Sujeito Ativo: Qualquer pessoa fazer uma propaganda eleitoral em língua estrangeira
incide na pena do artigo em comento.
Preocupou-se o legislador em assegurar o direito
dos candidatos de divulgar suas candidaturas livre-
Artigo 336. Na sentença que julgar ação penal
mente de acordo com a legislação regente. A propa-
pela infração de qualquer dos arts. 323, 324, 325,
ganda eleitoral é direito assegurado aos candidatos,
326, 331, 332, 334 e 335, deve o Juiz verificar,
partidos e coligações. Desde que realizadas de acordo
de acordo com o seu livre convencimento, se o
com a lei, não há porque impedir o seu exercício, sen-
Diretório local do partido, por qualquer dos seus
do punível tal reprimenda.
membros, concorreu para a prática de delito, ou
dela se beneficiou conscientemente.
P IMPORTANTE: Leitura dos artigos que discipli-
nam a propaganda eleitoral. 246 a 250 do Códi- Parágrafo único. Nesse caso, imporá o Juiz ao
go Eleitoral; artigos 36 a 58 da Lei das Eleições e Diretório responsável pena de suspensão de sua
nas Resoluções editadas pelo TSE em cada ano atividade eleitoral por prazo de 6 a 12 meses,
de eleição. agravada até o dobro nas reincidências.
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Noções de Direito Eleitoral
Sujeito Ativo: ATENÇÃO: Este crime pode ocorrer Sujeito Ativo: Qualquer pessoa. Poderá ser tanto o
em qualquer época, não somente na durante o período particular como o agente público.
de propaganda eleitoral.
O objetivo jurídico é o mesmo do artigo 300 do
Neste crime, o legislador buscou resguardar o di- Código Eleitoral, qual seja assegurar o livre exercício
reito a voto, uma vez que o porte do título de eleitor é do voto.
condição para exercê-lo.
Para a consumação do crime a coação deve ser
exercida mediante violência ou grave ameaça. O medo
Artigo 297. Impedir ou embaraçar o exercício do
do eleitor deve ser de tamanha gravidade que influen-
sufrágio:
cie na vontade do mesmo, sendo feita a vontade do
Pena - detenção até seis meses e pagamento de coator.
60 a 100 dias-multa.
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Pena – detenção até 06 (seis) meses ou pagamento Pena - detenção até um mês ou pagamento de 30
de 90 (noventa) a 120 (cento e vinte) dias – multa. a 60 dias-multa.
Sujeito Ativo: Qualquer dos integrantes da mesa Artigo 321. Colher assinatura do eleitor em mais
receptora, fiscais e delegados de partidos e coligações de uma ficha de registro de partido:
credenciados para exercer a fiscalização dos trabalhos.
Pena - detenção até dois meses ou pagamento de
O objetivo deste artigo é preservar o sigilo do voto. 20 a 40 dias-multa.
Artigo 339. Destruir, suprimir ou ocultar urna OS CRIMES NA LEI DAS ELEIÇÕES (Lei 9.504/97)
contendo votos, ou documentos relativos à
eleição:
Art. 33, § 4º A divulgação de pesquisa fraudulenta
Pena - reclusão de dois a seis anos e pagamento constitui crime, punível com detenção de seis
de 5 a 15 dias-multa. meses a um ano e multa no valor de cinqüenta mil
Parágrafo único. Se o agente é membro ou a cem mil UFIR.
funcionário da Justiça Eleitoral e comete o crime
prevalecendo-se do cargo, a pena é agravada. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, especialmente os
responsáveis pelo instituto de pesquisa.
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa. Basta que alguém
Para divulgação de pesquisa eleitoral o instituto
consiga ter acesso às urnas não somente antes ou de-
deve registrá-la previamente com uma série de requi-
pois da votação, mas também durante o processo elei-
sitos que visam dar credibilidade e confiabilidade nas
toral.
informações nela contidas. Assim, a criminalização da
Todavia a prática deste delito é mais comum por divulgação de pesquisa fraudulenta visa proteger o li-
pessoas requisitadas pela Justiça eleitoral, uma vez vre convencimento e informação do eleitor.
que tem acesso aos votos.
Art. 34 (...)
§ 2º O não-cumprimento do disposto neste artigo
VI) CRIMES CONTRA OS PARTIDOS POLÍTI- ou qualquer ato que vise a retardar, impedir ou
COS dificultar a ação fiscalizadora dos partidos constitui
crime, punível com detenção, de seis meses a um
Artigo 318. Efetuar a Mesa Receptora a contagem ano, com a alternativa de prestação de serviços à
dos votos da urna quando qualquer eleitor houver comunidade pelo mesmo prazo, e multa no valor
votado sob impugnação (art. 190): de dez mil a vinte mil UFIR.
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Noções de Direito Eleitoral
§ 3º A comprovação de irregularidade nos dados representantes o requeiram até uma hora após a
publicados sujeita os responsáveis às penas expedição.
mencionadas no parágrafo anterior, sem prejuízo § 2º O descumprimento do disposto no parágrafo
da obrigatoriedade da veiculação dos dados anterior constitui crime, punível com detenção, de
corretos no mesmo espaço, local, horário, página, um a três meses, com a alternativa de prestação
caracteres e outros elementos de destaque, de de serviço à comunidade pelo mesmo período, e
acordo com o veículo usado. multa no valor de um mil a cinco mil UFIR.
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.
Sujeito Ativo: SOMENTE o Presidente da Mesa
O objetivo do Legislador foi a proteção dos parti- Receptora, considerado servidor público por equipa-
dos políticos em seu direito de fiscalizar o processo ração.
eleitoral e, em especial, as pesquisas de opinião, de
Trata-se de crime funcional consubstanciado na
modo a se respeitar a higidez do pleito.
omissão do Presidente da Mesa em não entregar a có-
pia do boletim de urna ao final da votação, conforme
previsto.
Art. 39 (...)
§ 5º Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis
com detenção, de seis meses a um ano, com a
alternativa de prestação de serviços à comunidade Art. 72. Constituem crimes, puníveis com reclusão,
pelo mesmo período, e multa no valor de cinco mil de cinco a dez anos:
a quinze mil UFIR: I - obter acesso a sistema de tratamento
I - o uso de alto-falantes e amplificadores de som automático de dados usado pelo serviço eleitoral,
ou a promoção de comício ou carreata; a fim de alterar a apuração ou a contagem de
votos;
II - a arregimentação de eleitor ou a propaganda
de boca de urna; Sujeito Ativo: Qualquer pessoa que consiga burlar
III - a divulgação de qualquer espécie de o sistema para alterar a contagem de votos e a apura-
propaganda de partidos políticos ou de seus ção.
candidatos.
Releva notar que este dispositivo é mais rigoroso
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive os candi- que os demais em razão da lesividade da conduta des-
datos beneficiários. crita.
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Art. 87. Na apuração, será garantido aos fiscais e DOS CRIMES NA LEI Lei 6.091/74: TRANSPORTE
delegados dos partidos e coligações o direito de GRATUITO
observar diretamente, a distância não superior a
um metro da mesa, a abertura da urna, a abertura Art. 11. Constitui crime eleitoral:
e a contagem das cédulas e o preenchimento do I - descumprir, o responsável por órgão, repartição
boletim. ou unidade do serviço público, o dever imposto
§ 4º O descumprimento de qualquer das no art. 3º, ou prestar, informação inexata que vise
disposições deste artigo constitui crime, punível a elidir, total ou parcialmente, a contribuição de
com detenção de um a três meses, com a que ele trata:
alternativa de prestação de serviços à comunidade Pena - detenção de quinze dias a seis meses e
pelo mesmo período e multa, no valor de um mil pagamento de 60 a 100 dias - multa;
a cinco mil UFIR.
Sujeito Ativo: Responsável por órgão, repartição
Sujeito Ativo: Presidente e qualquer dos integran- ou unidade de serviço público (municipal, estadual ou
tes da Junta Eleitoral. federal).
Trata do limite legal para que os fiscais e delegados Trata-se de crime por conduta decorrente da ativi-
dos partidos e coligações possam acompanhar os tra- dade administrativa do servidor.
balhos da Junta Eleitoral, que deverá fazer cumprir tal
direito, sob pena de incidir em crime.
II - desatender à requisição de que trata o art. 2º:
Pena - pagamento de 200 a 300 dias-multa, além
Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição da apreensão do veículo para o fim previsto;
eleitoral ou de transferência será recebido dentro
dos cento e cinqüenta dias anteriores à data da Sujeito Ativo: Qualquer pessoa.
eleição.
Esse inciso faz remissão ao artigo 2° da mesma
Parágrafo único. A retenção de título eleitoral ou
lei, que prevê a requisição de veículos e embarca-
do comprovante de alistamento eleitoral constitui
ções de particulares visando preencher as lacunas da
crime, punível com detenção, de um a três meses,
Administração na busca pela eficiência do processo
com a alternativa de prestação de serviços à
eleitoral.
comunidade por igual período, e multa no valor
de cinco mil a dez mil UFIR.
III - descumprir a proibição dos artigos 5º, 8º e
Sujeito Ativo: Apenas o servidor lotado na unida- 10º;
de eleitoral, ou seja, somente pode ser cometido por
funcionário público típico. Pena - reclusão de quatro a seis anos e pagamento
de 200 a 300 dias-multa (art. 302 do Código
Eleitoral);
DOS CRIMES NA LEI DAS INELEGIBILIDADES Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive candida-
tos.
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Art. 361. Decorrido esse prazo, e conclusos os Súmula Nº 4 - Publicada no DJ de 28, 29 e 30/10/92.
autos ao Juiz dentro de quarenta e oito horas, terá Não havendo preferência entre candidatos que
o mesmo 10 (dez) dias para proferir a sentença. pretendam o registro da mesma variação nominal,
defere-se o do que primeiro o tenha requerido.
Art. 362. Das decisões finais de condenação ou
absolvição cabe recurso para o Tribunal Regional,
a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias. Súmula Nº 5 - Publicada no DJ de 28, 29 e 30/10/92.
Serventuário de cartório, celetista, não se inclui na
exigência do art. 1°, II, l, da LC no 64/90.
Art. 363. Se a decisão do Tribunal Regional for
condenatória, baixarão imediatamente os autos
à instância inferior para a execução da sentença,
que será feita no prazo de 5 (cinco) dias, contados Súmula Nº 6 - Publicada no DJ de 28, 29 e 30/10/92.
da data da vista ao Ministério Público. É inelegível, para o cargo de prefeito, o cônjuge e os
Parágrafo único. Se o órgão do Ministério Público parentes indicados no § 7o do art. 14 da Constituição, do
deixar de promover a execução da sentença serão titular do mandato, ainda que este haja renunciado ao
aplicadas as normas constantes dos parágrafos 3º, cargo há mais de seis meses do pleito.
4º e 5º do art. 357. P Comentário: O Tribunal assentou que o Cônjuge e os
parentes do chefe do Executivo são elegíveis para o mes-
mo cargo do titular, quando este for reelegível e tiver se
Art. 364. No processo e julgamento dos crimes
afastado definitivamente até seis meses antes do pleito
eleitorais e dos comuns que lhes forem conexos,
(Acórdão nº 19.442, de 21/08/2001, Resolução nº 20.931,
assim como nos recursos e na execução, que lhes
de 20/11/2001 e Acórdão nº 3043. de 27/11/2001).
digam respeito, aplicar-se-á, como lei subsidiária
ou supletiva, o Código de Processo Penal.
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RESOLVE:
Súmula Nº 18 - Publicada no DJ de 21, 22 e 23/8/2000.
Conquanto investido de poder de polícia, não tem Art. 1º O alistamento eleitoral, mediante processamen-
legitimidade o juiz eleitoral para, de ofício, instaurar to eletrônico de dados, implantado nos termos da Lei
procedimento com a finalidade de impor multa pela nº 7.444/85, será efetuado, em todo o território nacio-
veiculação de propaganda eleitoral em desacordo com a nal, na conformidade do referido diploma legal e desta
Lei no 9.504/97. resolução.
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com as informações pertinentes, para aprecia- segunda via do seu título eleitoral, sem nenhuma al-
ção do juiz eleitoral. teração.
Art. 3º Para preenchimento do RAE, devem ser obser- Art. 8º Nas hipóteses de REVISÃO ou de SEGUNDA
vados os procedimentos especificados nesta resolução VIA, o título eleitoral será expedido automaticamente
e nas orientações pertinentes. e a data de domicílio do eleitor não será alterada.
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a) os oito primeiros algarismos serão seqüen- los órgãos criados por lei federal, controladores
ciados, desprezando-se, na emissão, os zeros à do exercício profissional;
esquerda;
b) certificado de quitação do serviço militar;
b) os dois algarismos seguintes serão represen-
c) certidão de nascimento ou casamento, extraí-
tativos da unidade da Federação de origem da
da do Registro Civil;
inscrição, conforme códigos constantes da se-
guinte tabela: d) instrumento público do qual se infira, por
direito, ter o requerente a idade mínima de 16
01 – São Paulo
anos e do qual constem, também, os demais ele-
02 – Minas Gerais mentos necessários à sua qualificação.
03 – Rio de Janeiro Parágrafo único. A apresentação do documen-
to a que se refere a alínea b é obrigatória para
04 – Rio Grande do Sul
maiores de 18 anos, do sexo masculino.
05 – Bahia
Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se
06 – Paraná
realizarem eleições, do menor que completar 16 anos
07 – Ceará até a data do pleito, inclusive.
08 – Pernambuco § 1º O alistamento de que trata o caput poderá
09 – Santa Catarina ser solicitado até o encerramento do prazo fixa-
do para requerimento de inscrição eleitoral ou
10 – Goiás transferência.
11 – Maranhão § 2º O título emitido nas condições deste artigo
12 – Paraíba somente surtirá efeitos com o implemento da
idade de 16 anos (Res.-TSE nº 19.465, de 12.3.96).
13 – Pará
14 – Espírito Santo Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19
anos ou o naturalizado que não se alistar até um ano
15 – Piauí depois de adquirida a nacionalidade brasileira incor-
16 – Rio Grande do Norte rerá em multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no
ato da inscrição.
17 – Alagoas
18 – Mato Grosso Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não
-alistado que requerer sua inscrição eleitoral até
19 – Mato Grosso do Sul o centésimo qüinquagésimo primeiro dia ante-
20 – Distrito Federal rior à eleição subseqüente à data em que com-
pletar 19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. a Lei
21 – Sergipe nº 9.504/97, art. 91).
22 – Amazonas
Art. 16. O alistamento eleitoral do analfabeto é faculta-
23 – Rondônia
tivo (Constituição Federal, art. 14, § 1º, II, a).
24 – Acre
Parágrafo único. Se o analfabeto deixar de sê
25 – Amapá -lo, deverá requerer sua inscrição eleitoral, não
26 – Roraima ficando sujeito à multa prevista no art. 15 (Códi-
go Eleitoral, art. 8º).
27 – Tocantins
28 – Exterior (ZZ) Art. 17. Despachado o requerimento de inscrição pelo
juiz eleitoral e processado pelo cartório, o setor da Se-
c) os dois últimos algarismos constituirão dí- cretaria do Tribunal Regional Eleitoral responsável pe-
gitos verificadores, determinados com base no los serviços de processamento eletrônico de dados en-
módulo 11, sendo o primeiro calculado sobre o viará ao cartório eleitoral, que as colocará à disposição
número seqüencial e o último sobre o código da dos partidos políticos, relações de inscrições incluídas
unidade da Federação seguido do primeiro dí- no cadastro, com os respectivos endereços.
gito verificador.
§ 1º Do despacho que indeferir o requerimento
Art. 13. Para o alistamento, o requerente apresentará de inscrição, caberá recurso interposto pelo alis-
um dos seguintes documentos do qual se infira a na- tando no prazo de cinco dias e, do que o deferir,
cionalidade brasileira (Lei nº 7.444/85, art. 5º, § 2º): poderá recorrer qualquer delegado de partido
político no prazo de dez dias, contados da co-
a) carteira de identidade ou carteira emitida pe- locação da respectiva listagem à disposição dos
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Art. 32. O uso dos dados de natureza estatística do Art. 36. Todo eleitor que tiver sua inscrição não libe-
eleitorado ou de pleito eleitoral obriga a quem os te- rada em decorrência do cruzamento de informações
nha adquirido a citar a fonte e a assumir responsabi- deverá ser notificado para, se o desejar, requerer regu-
lidade pela manipulação inadequada ou extrapolada larização de sua situação eleitoral, no prazo de 20 dias,
das informações obtidas. contados da data de realização do batimento.
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Noções de Direito Eleitoral
I – No tocante às duplicidades, ao juiz da zona Art. 42. O juiz eleitoral só poderá determinar a regu-
eleitoral onde foi efetuada a inscrição mais re- larização, o cancelamento ou a suspensão de inscrição
cente (Tipo 1D), ressalvadas as hipóteses previs- que pertença à sua jurisdição.
tas nos §§ 1º a 3º deste artigo;
Parágrafo único. A autoridade judiciária que
II – No tocante às pluralidades: tomar conhecimento de fato ensejador do can-
celamento de inscrição liberada ou regular, ou
a) ao juiz da zona eleitoral, quando envolver
da necessidade de regularização de inscrição
inscrições efetuadas em uma mesma zona elei-
não liberada, cancelada ou suspensa, efetuada
toral (Tipo 1P);
em zona eleitoral diferente daquela em que tem
b) ao corregedor regional eleitoral, quando en- jurisdição, deverá comunicá-lo à autoridade ju-
volver inscrições efetuadas entre zonas eleito- diciária competente, para medidas cabíveis, por
rais de uma mesma circunscrição (Tipo 2P); intermédio da correspondente Corregedoria
c) ao corregedor-geral, quando envolver inscri- Regional.
ções efetuadas em zonas eleitorais de circunscri-
ções diversas (Tipo 3P). Art. 43. Nas duplicidades e pluralidades de sua com-
petência, o corregedor-geral ou o corregedor regional
§ 1º As decisões de situação relativa a pessoa poderão se pronunciar quanto a qualquer inscrição
que perdeu seus direitos políticos (Tipo 3D) e agrupada.
de pluralidades decorrentes do agrupamento
de uma ou mais inscrições, requeridas em cir-
cunscrições distintas, com um ou mais registros Art. 44. A competência para decidir a respeito das du-
de suspensão da Base de Perda e Suspensão de plicidades e pluralidades, na esfera penal, será sempre
Direitos Políticos (Tipo 3P) serão da competên- do juiz eleitoral da zona onde foi efetuada a inscrição
cia do corregedor-geral. mais recente.
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lidade, encaminhada à respectiva secretaria re- dido de dilação de prazo, o inquérito policial a
gional de informática, por intermédio das corre- que faz alusão o § 1º deverá ser encaminhado,
gedorias regionais; pela autoridade policial que o presidir, ao juiz
eleitoral a quem couber decisão a respeito na
II – pelas corregedorias regionais, com o apoio
esfera penal.
das secretarias regionais de informática, no que
não lhes for possível proceder; § 4º Arquivado o inquérito ou julgada a ação pe-
nal, o juiz eleitoral comunicará, sendo o caso, a
III – pela própria Corregedoria-Geral.
decisão tomada à autoridade judiciária que de-
terminou sua instauração, com a finalidade de
Art. 46. As informações necessárias ao exame e decisão
tornar possível a adoção de medidas cabíveis na
das duplicidades e pluralidades deverão ser prestadas
esfera administrativa.
no prazo de dez dias, contados do recebimento da re-
quisição, por intermédio do ofício INFORMAÇÕES § 5º A espécie, no que lhe for aplicável, será re-
PRESTADAS PELA AUTORIDADE JUDICIÁRIA. gida pelas disposições do Código Eleitoral e,
subsidiariamente, pelas normas do Código de
Parágrafo único. Ainda que o eleitor não tenha Processo Penal.
sido encontrado, o ofício de que trata o caput
deverá ser preenchido, assinado, instruído e en- § 6º Não sendo cogitada a ocorrência de ilícito
viado, no prazo estipulado, à autoridade judici- penal eleitoral a ser apurado, os autos deverão
ária competente para decisão. ser arquivados na zona eleitoral onde o eleitor
possuir inscrição regular.
Art. 47. A autoridade judiciária competente deverá se
pronunciar quanto às situações de duplicidade e plu- Art. 49. Os procedimentos a que se refere esta resolu-
ralidade detectadas pelo batimento em até 40 dias con- ção serão adotados sem prejuízo da apuração de res-
tados da data de realização do respectivo batimento. ponsabilidade de qualquer ordem, seja de eleitor, de
servidor da Justiça Eleitoral ou de terceiros, por inscri-
§ 1º Processada a decisão de que trata o caput, a ção fraudulenta ou irregular.
situação da inscrição será automaticamente atu-
alizada no cadastro. Parágrafo único. Qualquer eleitor, partido polí-
tico ou Ministério Público poderá se dirigir for-
§ 2º Inscrição agrupada em duplicidade ou plu- malmente ao juiz eleitoral, corregedor regional
ralidade, com situação não liberada, que não ou geral, no âmbito de suas respectivas compe-
for objeto de decisão da autoridade judiciária tências, relatando fatos e indicando provas para
no prazo especificado no caput, decorridos dez pedir abertura de investigação com o fim de
dias, será automaticamente cancelada pelo sis- apurar irregularidade no alistamento eleitoral.
tema.
§ 3º Após o transcurso de seis anos, contados do DOS CASOS NÃO APRECIADOS
processamento do código FASE próprio, as ins-
crições canceladas serão excluídas do cadastro. Art. 50. Os requerimentos para regularização de ins-
crição (RRI) recebidos após o prazo previsto no caput
do art. 36 serão indeferidos pela autoridade judiciária
DA HIPÓTESE DE ILÍCITO PENAL competente, por intempestivos, e o eleitor deverá ser
orientado a procurar o cartório da zona eleitoral para
Art. 48. Decidida a duplicidade ou pluralidade e to- regularizar sua situação.
madas as providências de praxe, se duas ou mais ins-
crições em cada grupo forem atribuídas a um mesmo
DA RESTRIÇÃO DE DIREITOS POLÍTICOS
eleitor, excetuados os casos de evidente falha dos ser-
viços eleitorais, os autos deverão ser remetidos ao Mi-
Art. 51. Tomando conhecimento de fato ensejador de
nistério Público Eleitoral.
inelegibilidade ou de suspensão de inscrição por mo-
§ 1º Manifestando-se o Ministério Público pela tivo de suspensão de direitos políticos ou de impedi-
existência de indício de ilícito penal eleitoral a mento ao exercício do voto, a autoridade judiciária de-
ser apurado, o processo deverá ser remetido, terminará a inclusão dos dados no sistema mediante
pela autoridade judiciária competente, à Polícia comando de FASE.
Federal para instauração de inquérito policial.
§ 1º Não se tratando de eleitor de sua zona elei-
§ 2º Inexistindo unidade regional do Departa- toral, o juiz eleitoral comunicará o fato, por in-
mento de Polícia Federal na localidade onde termédio das correspondentes corregedorias
tiver jurisdição o juiz eleitoral a quem couber regionais, à zona eleitoral a que pertencer a ins-
decisão a respeito, a remessa das peças informa- crição.
tivas poderá ser feita por intermédio das respec-
§ 2º Quando se tratar de pessoa não inscrita pe-
tivas corregedorias regionais eleitorais.
rante a Justiça Eleitoral ou com inscrição can-
§ 3º Concluído o apuratório ou no caso de pe- celada no cadastro, o registro será feito direta-
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Noções de Direito Eleitoral
mente na base de perda e suspensão de direitos petente, a respeito da cessação do gozo de direi-
políticos pela Corregedoria Regional Eleitoral tos políticos em Portugal, na forma da lei.
que primeiro tomar conhecimento do fato.
III – Nos casos de inelegibilidade: certidão ou
§ 3º Comunicada a perda de direitos políticos outro documento.
pelo Ministério da Justiça, a Corregedoria-Geral
providenciará a imediata atualização da situa- DA FOLHA DE VOTAÇÃO E DO
ção das inscrições no cadastro e na base de per- COMPROVANTE DE COMPARECIMENTO À
da e suspensão de direitos políticos. ELEIÇÃO
§ 4º A outorga a brasileiros do gozo dos direi-
tos políticos em Portugal, devidamente comu- Art. 54. A folha de votação, da qual constarão apenas
nicada ao Tribunal Superior Eleitoral, importa- os eleitores regulares ou liberados, e o comprovante de
rá suspensão desses mesmos direitos no Brasil comparecimento serão emitidos por computador.
(Decreto nº 70.391, de 12.4.72). § 1º A folha de votação, obrigatoriamente, de-
verá:
Art. 52. A regularização de situação eleitoral de pessoa
com restrição de direitos políticos somente será possí- a) identificar as eleições, a data de sua realiza-
vel mediante comprovação de haver cessado o impe- ção e o turno;
dimento. b) conter dados individualizadores de cada elei-
tor, como garantia de sua identificação no ato
§ 1º Para regularização de inscrição envolvida
de votar;
em coincidência com outra de pessoa que per-
deu ou está com seus direitos políticos suspen- c) ser emitida em ordem alfabética de nome de
sos, será necessária a comprovação de tratar-se eleitor, encadernada e embalada por seção elei-
de eleitor diverso. toral.
§ 2º Na hipótese do artigo, o interessado deverá § 2º O comprovante de comparecimento (canho-
preencher requerimento e instruir o pedido com to) conterá o nome completo do eleitor, o núme-
declaração de situação de direitos políticos e do- ro de sua inscrição eleitoral e referência à data
cumentação comprobatória de sua alegação. da eleição.
§ 3º Comprovada a cessação do impedimento,
será comandado o código FASE próprio e/ou DA CONSERVAÇÃO DE DOCUMENTOS
inativado(s), quando for o caso, o(s) registro(s)
correspondente(s) na base de perda e suspensão Art. 55. Os formulários utilizados pelos cartórios e
de direitos políticos. tribunais eleitorais, em pleitos anteriores à data desta
resolução e nos que lhe seguirem, deverão ser conser-
vados em cartório, observado o seguinte:
Art. 53. São considerados documentos comprobatórios
de reaquisição ou restabelecimento de direitos políti- I – os protocolos de entrega do título eleitoral
cos: (PETE) assinados pelo eleitor e os formulários
(Formulário de Alistamento Eleitoral – FAE ou
I – Nos casos de perda: Requerimento de Alistamento Eleitoral – RAE)
a) decreto ou portaria; relativos a alistamento, transferência, revisão ou
segunda via, por, no mínimo, cinco anos;
b) comunicação do Ministério da Justiça.
II – as folhas de votação, por oito anos, descar-
II – Nos casos de suspensão:
tando-se a mais antiga somente após retornar
a) para interditos ou condenados: sentença ju- das seções eleitorais a mais recente;
dicial, certidão do juízo competente ou outro
III – os formulários de atualização da situação
documento;
do eleitor (FASE) e os comprovantes de compa-
b) para conscritos ou pessoas que se recusaram recimento à eleição (canhotos) que permanece-
à prestação do serviço militar obrigatório: Cer- rem junto à folha de votação poderão ser des-
tificado de Reservista, Certificado de Isenção, cartados depois de processados e armazenados
Certificado de Dispensa de Incorporação, Certi- em meio magnético;
ficado do Cumprimento de Prestação Alternati-
IV – os cadernos de revisão utilizados durante
va ao Serviço Militar Obrigatório, Certificado de
os serviços pertinentes, por quatro anos, conta-
Conclusão do Curso de Formação de Sargentos,
dos do encerramento do período revisional;
Certificado de Conclusão de Curso em Órgão de
Formação da Reserva ou similares; V – os boletins de urna, por quatro anos, conta-
dos da data de realização do pleito correspon-
c) para beneficiários do Estatuto da Igualdade:
dente;
comunicação do Ministério da Justiça ou de re-
partição consular ou missão diplomática com- VI – as relações de eleitores agrupados, até o en-
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cerramento do prazo para atualização das deci- III – o eleitorado for superior a sessenta e cinco
sões nas duplicidades e pluralidades; por cento da população projetada para aquele
ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es-
VII – os títulos eleitorais não procurados pelo
tatística (IBGE) (Lei nº 9.504/97, art. 92).
eleitor, os respectivos protocolos de entrega e as
justificativas eleitorais, até o pleito subseqüen- § 2º Não será realizada revisão de eleitorado em
te ou, relativamente a estas, durante o período ano eleitoral, salvo em situações excepcionais,
estabelecido nas instruções específicas para o quando autorizada pelo Tribunal Superior Elei-
respectivo pleito; toral.
VIII – as relações de filiados encaminhadas pe- § 3º Caberá à Secretaria de Informática apresen-
los partidos políticos, por dois anos. tar, anualmente, até o mês de outubro, à presi-
dência do Tribunal Superior Eleitoral, estudo
DAS INSPEÇÕES E CORREIÇÕES comparativo que permita a adoção das medidas
concernentes ao cumprimento da providência
Art. 56. O corregedor-geral ou regional, no âmbito prevista no § 1º.
de sua jurisdição, sempre que entender necessário ou
que tomar conhecimento da ocorrência de indícios de Art. 59. O Tribunal Regional Eleitoral, por intermédio
irregularidades na prestação dos serviços eleitorais, da Corregedoria Regional, inspecionará os serviços de
pessoalmente ou por intermédio de comissão de ser- revisão (Res.-TSE nº 7.651/65, art. 8º).
vidores especialmente por ele designada, como provi-
dência preliminar à correição, inspecionará os serviços
eleitorais da circunscrição, visando identificar eventu- Art. 60. O juiz eleitoral poderá determinar a criação de
ais irregularidades. postos de revisão, que funcionarão em datas fixadas
no edital a que se refere o art. 63 e em período não in-
Parágrafo único. A comissão apresentará relató- ferior a seis horas, sem intervalo, inclusive aos sábados
rio circunstanciado da inspeção ao corregedor, e, se necessário, aos domingos e feriados.
que determinará providências pertinentes, obje-
tivando a regularização dos procedimentos ou a § 1º Nas datas em que os trabalhos revisionais
abertura de correição. estiverem sendo realizados nos postos de revi-
são, o cartório sede da zona poderá, se houver
Art. 57. O corregedor regional realizará correição ordi- viabilidade, permanecer com os serviços eleito-
nária anual na circunscrição e extraordinária, sempre rais de rotina.
que entender necessário ou ante a existência de indí-
§ 2º Após o encerramento diário do expediente
cios de irregularidades que a justifique, observadas as
nos postos de revisão, a listagem geral e o cader-
instruções específicas do Tribunal Superior Eleitoral e
no de revisão deverão ser devidamente guarda-
as que subsidiariamente baixar a Corregedoria Regio-
dos em local seguro e previamente determinado
nal Eleitoral.
pelo juiz eleitoral.
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Noções de Direito Eleitoral
todas as seções eleitorais referentes à zona ou três dias consecutivos, por meio da imprensa es-
município objeto da revisão e serão encaminha- crita, falada e televisada, se houver, e por quais-
dos, por intermédio da respectiva Corregedoria quer outros meios que possibilitem seu pleno
Regional, ao juiz eleitoral da zona onde estiver conhecimento por todos os interessados, o que
sendo realizada a revisão. deverá ser feito sem ônus para a Justiça Eleito-
ral.
Art. 62. A revisão do eleitorado deverá ser sem-
pre presidida pelo juiz eleitoral da zona subme-
Art. 64. A prova de identidade só será admitida se fei-
tida à revisão.
ta pelo próprio eleitor mediante apresentação de um
§ 1º O juiz eleitoral dará início aos procedimen- ou mais dos documentos especificados no art. 13 desta
tos revisionais no prazo máximo de 30 dias, resolução.
contados da aprovação da revisão pelo Tribunal
competente. Art. 65. A comprovação de domicílio poderá ser feita
§ 2º A revisão deverá ser precedida de ampla mediante um ou mais documentos dos quais se infi-
divulgação, destinada a orientar o eleitor quan- ra ser o eleitor residente ou ter vínculo profissional,
to aos locais e horários em que deverá se apre- patrimonial ou comunitário no município a abonar a
sentar, e processada em período estipulado pelo residência exigida.
Tribunal Regional Eleitoral, não inferior a 30
§ 1º Na hipótese de ser a prova de domicílio fei-
dias (Lei nº 7.444/85, art. 3º, § 1º).
ta mediante apresentação de contas de luz, água
§ 3º A prorrogação do prazo estabelecido no ou telefone, nota fiscal ou envelopes de corres-
edital para a realização da revisão, se necessá- pondência, estes deverão ter sido, respectiva-
ria, deverá ser requerida pelo juiz eleitoral, em mente, emitidos ou expedidos nos 3 (três) meses
ofício fundamentado, dirigido à presidência do anteriores ao preenchimento do RAE, ressalva-
Tribunal Regional Eleitoral, com antecedência da a possibilidade de exigir-se documentação
mínima de cinco dias da data do encerramento relativa a período anterior, na forma do § 3º des-
do período estipulado no edital. te artigo.
§ 2º Na hipótese de ser a prova de domicílio fei-
Art. 63. De posse da listagem e do caderno de revisão, ta mediante apresentação de cheque bancário,
o juiz eleitoral deverá fazer publicar, com antecedên- este só poderá ser aceito se dele constar o ende-
cia mínima de cinco dias do início do processo revi- reço do correntista.
sional, edital para dar conhecimento da revisão aos § 3º O juiz eleitoral poderá, se julgar necessário,
eleitores cadastrados no(s) município(s) ou zona(s), exigir o reforço, por outros meios de convenci-
convocando-os a se apresentarem, pessoalmente, no mento, da prova de domicílio quando produzi-
cartório ou nos postos criados, em datas previamente da pelos documentos elencados nos §§ 1º e 2º.
especificadas, atendendo ao disposto no art. 62, a fim
de procederem às revisões de suas inscrições. § 4º Subsistindo dúvida quanto à idoneidade
do comprovante de domicílio apresentado ou
Parágrafo único. O edital de que trata o caput ocorrendo a impossibilidade de apresentação
deverá: de documento que indique o domicílio do elei-
tor, declarando este, sob as penas da lei, que tem
I – dar ciência aos eleitores de que:
domicílio no município, o juiz eleitoral decidirá
a) estarão obrigados a comparecer à revisão a de plano ou determinará as providências neces-
fim de confirmarem seu domicílio, sob pena de sárias à obtenção da prova, inclusive por meio
cancelamento da inscrição, sem prejuízo das de verificação in loco.
sanções cabíveis, se constatada irregularidade;
Art. 66. A revisão de eleitorado ficará submetida ao
b) deverão se apresentar munidos de documen-
direto controle do juiz eleitoral e à fiscalização do re-
to de identidade, comprovante de domicílio e
presentante do Ministério Público que oficiar perante
título eleitoral ou documento comprobatório
o juízo.
da condição de eleitor ou de terem requerido
inscrição ou transferência para o município ou
zona (Código Eleitoral, art. 45). Art. 67. O juiz eleitoral deverá dar conhecimento aos
partidos políticos da realização da revisão, facultando-
II – estabelecer a data do início e do término da -lhes, na forma prevista nos arts. 27 e 28 desta resolu-
revisão, o período e a área abrangidos, e dias e ção, acompanhamento e fiscalização de todo o trabalho.
locais onde serão instalados os postos de revi-
são;
Art. 68. O juiz eleitoral poderá requisitar diretamente
III – ser disponibilizado no fórum da comarca, às repartições públicas locais, observados os impedi-
nos cartórios eleitorais, repartições públicas mentos legais, tantos auxiliares quantos bastem para o
e locais de acesso ao público em geral, dele se desempenho dos trabalhos, bem como a utilização de
fazendo ampla divulgação, por um mínimo de instalações de prédios públicos.
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Art. 69. O juiz eleitoral determinará o registro, no ca- Ministério Público, o juiz eleitoral deverá determinar
derno de revisão, da regularidade ou não da inscrição o cancelamento das inscrições irregulares e daquelas
do eleitor, observados os seguintes procedimentos: cujos eleitores não tenham comparecido, adotando as
medidas legais cabíveis, em especial quanto às inscri-
a) o servidor designado pelo juiz eleitoral proce- ções consideradas irregulares, situações de duplicida-
derá à conferência dos dados contidos no cader- de ou pluralidade e indícios de ilícito penal a exigir
no de revisão com os documentos apresentados apuração.
pelo eleitor;
Parágrafo único. O cancelamento das inscrições
b) comprovados a identidade e o domicílio elei-
de que trata o caput somente deverá ser efetiva-
toral, o servidor exigirá do eleitor que aponha
do no sistema após a homologação da revisão
sua assinatura ou a impressão digital de seu
pelo Tribunal Regional Eleitoral.
polegar no caderno de revisão, e entregar-lhe
-á o comprovante de comparecimento à revisão
Art. 74. A sentença de cancelamento deverá ser especí-
(canhoto);
fica para cada município abrangido pela revisão e pro-
c) o eleitor que não apresentar o título eleitoral latada no prazo máximo de dez dias contados da data
deverá ser considerado como revisado, desde do retorno dos autos do Ministério Público, podendo o
que atendidas as exigências dos arts. 64 e 65 des- Tribunal Regional Eleitoral fixar prazo inferior.
ta resolução e que seu nome conste do caderno
de revisão; § 1º A sentença de que trata o caput deverá:
d) constatada incorreção de dado identificador I – relacionar todas as inscrições que serão can-
do eleitor constante do cadastro eleitoral, se celadas no município;
atendidas as exigências dos arts. 64 e 65 desta II – ser publicada a fim de que os interessados e,
resolução, o eleitor deverá ser considerado revi- em especial, os eleitores cancelados, exercendo
sado e orientado a procurar o cartório eleitoral a ampla defesa, possam recorrer da decisão.
para a necessária retificação;
§ 2º Contra a sentença a que se refere este artigo,
e) o eleitor que não comprovar sua identidade caberá, no prazo de três dias, contados da publi-
ou domicílio não assinará o caderno de revisão cidade, o recurso previsto no art. 80 do Código
nem receberá o comprovante revisional; Eleitoral e serão aplicáveis as disposições do art.
f) o eleitor que não constar do caderno de revi- 257 do mesmo diploma legal.
são, cuja inscrição pertença ao período abrangi- § 3º No recurso contra a sentença a que se refere
do pela revisão, deverá ser orientado a procurar este artigo, os interessados deverão especificar
o cartório eleitoral para regularizar sua situação a inscrição questionada, relatando fatos e forne-
eleitoral, na forma estabelecida nesta resolução. cendo provas, indícios e circunstâncias enseja-
doras da alteração pretendida.
Art. 70. Na revisão mediante sistema informatizado,
observar-se-ão, no que couber, os procedimentos pre- Art. 75. Transcorrido o prazo recursal, o juiz eleitoral
vistos no art. 69. fará minucioso relatório dos trabalhos desenvolvidos,
que encaminhará, com os autos do processo de revi-
Parágrafo único. Nas situações descritas nas alí-
são, à Corregedoria Regional Eleitoral.
neas d e f do art. 69, o eleitor poderá requerer,
desde que viável, regularização de sua situação Parágrafo único. Os recursos interpostos deve-
eleitoral no próprio posto de revisão. rão ser remetidos, em autos apartados, à presi-
dência do Tribunal Regional Eleitoral.
Art. 71. Se o eleitor possuir mais de uma inscrição li-
berada ou regular no caderno de revisão, apenas uma Art. 76. Apreciado o relatório e ouvido o Ministério
delas poderá ser considerada revisada. Público, o corregedor regional eleitoral:
Parágrafo único. Na hipótese do caput, I – indicará providências a serem tomadas, se
deverá(ão) ser formalmente recolhido(s) e verificar a ocorrência de vícios comprometedo-
inutilizado(s) o(s) título(s) encontrado(s) em po- res à validade ou à eficácia dos trabalhos;
der do eleitor referente(s) à(s) inscrição(ões) que
exigir(em) cancelamento. II – submetê-lo-á ao Tribunal Regional, para ho-
mologação, se entender pela regularidade dos
Art. 72. Compete ao Tribunal Regional Eleitoral auto- trabalhos revisionais.
rizar, excetuadas as hipóteses previstas no § 1º do art.
58 desta resolução, a alteração do período e/ou da área DA ADMINISTRAÇÃO DO CADASTRO
abrangidos pela revisão, comunicando a decisão ao ELEITORAL
Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 77. A execução dos serviços de processamento
Art. 73. Concluídos os trabalhos de revisão, ouvido o eletrônico de dados, na Justiça Eleitoral, será realizada
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Noções de Direito Eleitoral
por administração direta do Tribunal Regional Eleito- § 4º A fixação do valor da multa pelo não-exer-
ral, em cada circunscrição, sob a orientação e supervi- cício do voto observará o que dispõe o art. 85
são do Tribunal Superior Eleitoral e na conformidade desta resolução e a variação entre o mínimo de
de suas instruções. 3% e o máximo de 10% do valor utilizado como
base de cálculo.
Art. 78. Para a execução dos serviços de que trata esta § 5º A justificação da falta ou o pagamento da
resolução, os tribunais regionais eleitorais, sob super- multa serão anotados no cadastro.
visão e coordenação do Tribunal Superior Eleitoral,
poderão celebrar convênios ou contratos com entida- § 6º Será cancelada a inscrição do eleitor que se
des da administração direta ou indireta da União, es- abstiver de votar em três eleições consecutivas,
tados, Distrito Federal, territórios ou municípios, ou salvo se houver apresentado justificativa para a
com empresas cujo capital seja exclusivamente nacio- falta ou efetuado o pagamento de multa, fican-
nal (Lei nº 7.444/85, art. 7º, parágrafo único). do excluídos do cancelamento os eleitores que,
por prerrogativa constitucional, não estejam
obrigados ao exercício do voto (suprimido).
Art. 79. O cadastro eleitoral e as informações resultan-
tes de sua manutenção serão administrados e utiliza- § 7º Para o cancelamento a que se refere o § 6º,
dos, exclusivamente, pela Justiça Eleitoral, na forma a Secretaria de Informática colocará à disposi-
desta resolução. ção do juiz eleitoral do respectivo domicílio, em
meio magnético ou outro acessível aos cartórios
§ 1º Às empresas contratadas para a execução eleitorais, relação dos eleitores cujas inscrições
de serviços eleitorais, por processamento eletrô- são passíveis de cancelamento, devendo ser afi-
nico, é vedada a utilização de quaisquer dados xado edital no cartório eleitoral.
ou informações resultantes do cadastro eleito-
ral, para fins diversos do serviço eleitoral, sob § 8º Decorridos 60 dias da data do batimento que
pena de imediata rescisão do contrato e sem identificar as inscrições sujeitas a cancelamento,
prejuízo de outras sanções administrativas, ci- mencionadas no § 7º, inexistindo comando de
vis e criminais. quaisquer dos códigos FASE “078 – Quitação
mediante multa”, “108 – Votou em separado”,
§ 2º O Tribunal Superior Eleitoral, em todo o ter- “159 – Votou fora da seção” ou “167 – Justifi-
ritório nacional, e os tribunais regionais eleito- cou ausência às urnas”, ou processamento das
rais, no âmbito das respectivas jurisdições, fisca- operações de transferência, revisão ou segunda
lizarão o cumprimento do disposto neste artigo. via, a inscrição será automaticamente cancelada
§ 3º Caso recebam pedidos de informações so- pelo sistema, mediante código FASE “035 – Dei-
bre dados constantes do cadastro eleitoral, as xou de votar em três eleições consecutivas”, ob-
empresas citadas no § 1º deverão encaminhá-los servada a exceção contida no § 6º.
à presidência do Tribunal Eleitoral competente,
para apreciação. Art. 81. O documento de justificação formalizado pe-
rante a Justiça Eleitoral, no dia da eleição, prova a au-
sência do eleitor do seu domicílio eleitoral.
DA JUSTIFICAÇÃO DO NÃO-
COMPARECIMENTO À ELEIÇÃO § 1º A justificação será formalizada em impresso
próprio fornecido pela Justiça Eleitoral ou, na
Art. 80. O eleitor que deixar de votar e não se justificar falta do impresso, digitado ou manuscrito.
perante o juiz eleitoral até 60 dias após a realização da § 2º O encarregado do atendimento entregará ao
eleição incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral e eleitor o comprovante, que valerá como prova
cobrada na forma prevista nos arts. 7º e 367 do Código da justificação, para todos os efeitos legais (Lei
Eleitoral, no que couber, e 85 desta resolução. nº 6.091/74, art. 16 e parágrafos).
§ 1º Para eleitor que se encontrar no exterior na § 3º Os documentos de justificação entregues
data do pleito, o prazo de que trata o caput será em missão diplomática ou repartição consular
de 30 dias, contados do seu retorno ao país. brasileira serão encaminhados ao Ministério das
Relações Exteriores, que deles fará entrega ao
§ 2º O pedido de justificação será sempre diri-
Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal
gido ao juiz eleitoral da zona de inscrição, po-
para processamento.
dendo ser formulado na zona eleitoral em que
se encontrar o eleitor, a qual providenciará sua § 4º Os documentos de justificação preenchidos
remessa ao juízo competente. com dados insuficientes ou inexatos, que im-
possibilitem a identificação do eleitor no cadas-
§ 3º Indeferido o requerimento de justificação
tro eleitoral, terão seu processamento rejeitado
ou decorridos os prazos de que cuidam o caput
pelo sistema, o que importará débito para com a
e os §§ 1º e 2º, deverá ser aplicada multa ao elei-
Justiça Eleitoral.
tor, podendo, após o pagamento, ser-lhe forne-
cida certidão de quitação. § 5º Os procedimentos estipulados neste artigo
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serão observados sem prejuízo de orientações temporariamente (até que cesse o impedimen-
específicas que o Tribunal Superior Eleitoral to), em virtude de restrição de direitos políticos,
aprovar para o respectivo pleito. para o exercício do voto e não poderá ser objeto
de transferência, revisão e segunda via;
Art. 82. O eleitor que não votar e não pagar a multa,
c) cancelada – a inscrição atribuída a eleitor que
caso se encontre fora de sua zona e necessite prova de
incidiu em uma das causas de cancelamento
quitação com a Justiça Eleitoral, poderá efetuar o pa-
previstas na legislação eleitoral, que não poderá
gamento perante o juízo da zona em que estiver (Códi-
ser utilizada para o exercício do voto e somen-
go Eleitoral, art. 11).
te poderá ser objeto de transferência ou revisão
§ 1º A multa será cobrada no máximo previsto, nos casos previstos nesta resolução;
salvo se o eleitor quiser aguardar que o juiz da d) coincidente – a inscrição agrupada pelo bati-
zona em que se encontrar solicite informações mento, nos termos do inciso I, sujeita a exame e
sobre o arbitramento ao juízo da inscrição. decisão de autoridade judiciária e que não po-
§ 2º Efetuado o pagamento, o juiz que recolheu a derá ser objeto de transferência, revisão e segun-
multa fornecerá certidão de quitação e determi- da via:
nará o registro da informação no cadastro. – não liberada – inscrição coincidente que não
§ 3º O alistando ou o eleitor que comprovar, na está disponível para o exercício do voto;
forma da lei, seu estado de pobreza, perante – liberada – inscrição coincidente que está dis-
qualquer juízo eleitoral, ficará isento do paga- ponível para o exercício do voto.
mento da multa (Código Eleitoral, art. 367, § 3º).
VI – Inexistente – a inscrição cuja inserção no
§ 4º O eleitor que estiver quite com suas obriga- cadastro foi inviabilizada em decorrência de de-
ções eleitorais poderá requerer a expedição de cisão de autoridade judiciária ou de atualização
certidão de quitação em zona eleitoral diversa automática pelo sistema após o batimento;
daquela em que é inscrito (Res.-TSE nº 20.497,
de 21.10.99). VII – Eleição – cada um dos turnos de um pleito,
para todos os efeitos, exceto para os fins de apli-
cação do disposto no parágrafo único do art. 15
DA NOMENCLATURA UTILIZADA
desta resolução (Código Eleitoral, art. 8º, c.c. a
Art. 83. Para efeito desta resolução, consideram-se: Lei nº 9.504/97, art. 91).
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Art. 89. Os fichários manuais existentes nas zonas e atentem contra os princípios da administração pública
nos tribunais regionais eleitorais, relativos aos regis- se forem praticados de forma dolosa.
tros dos eleitores, anteriores ao recadastramento de
que cuidam a Lei nº 7.444/85 e a Res.-TSE nº 12.547, de Outro aspecto de relevante mudança em relação à
28.2.86, poderão, a critério do Tribunal Regional res- LC n° 64/90 original foi o de que a Lei da Ficha Limpa
pectivo, ser inutilizados, preservando-se os arquivos incorporou ao texto legal da alínea “g” do inciso I do
relativos à filiação partidária e os documentos que, art. 1º a interpretação firmada a respeito do tema pelo
também a critério do Tribunal Regional, tenham valor TSE, que passou a exigir, para os fins de se ter por sus-
histórico. pensa a inelegibilidade, a obtenção de tutela antecipa-
da ou liminar suspendendo os efeitos da decisão de
rejeição de contas.
Art. 90. Considerado o estágio de automação dos ser-
viços eleitorais, a Corregedoria-Geral expedirá provi- A Lei da Ficha Limpa também passou a possibilitar
mentos destinados a regulamentar a presente resolu- a condenação de inelegibilidade mesmo sem ter uma
ção, aprovando os formulários e tabelas cujos modelos sentença condenatória transitada em julgado, como
por ela não tenham sido regulamentados, necessários era antes de sua edição. Atualmente, a partir da altera-
a sua fiel execução. ção, basta para a configuração da inelegibilidade que
se tenha uma sentença condenatória proferida por ór-
Art. 91. A Secretaria de Informática providenciará a gão colegiado, portanto de segunda instância.
transformação dos atuais códigos FASE de cancela-
mento de inscrições em decorrência de revisão de elei- Outra alteração diz respeito ao fato de que houve
torado em códigos FASE 469 e, até a data em que en- um aumento no prazo da inelegibilidade por rejeição
trar em vigor esta resolução, a adequação do sistema de contas.
necessária à implementação desta norma.
Originariamente, a inelegibilidade se aplicava para
as eleições a serem realizadas nos cinco anos seguin-
Art. 92. Esta resolução entra em vigor no dia 1º de janei- tes, contados a partir da data da decisão (da data em
ro de 2004, revogadas a Res.-TSE nº 20.132, de 19.3.98, que a decisão do órgão competente se tornou irrecor-
e as demais disposições em contrário e ressalvadas as rível). Com o advento da Lei da Ficha Limpa o prazo
regras relativas à disciplina da revisão de eleitorado e estendeu-se às eleições que sejam realizadas nos oito
à fixação de competência para exame de duplicidades anos seguintes à data da decisão do órgão competen-
e pluralidades, que terão aplicação imediata. te.
Como no item 5 foram elencadas as hipóteses de A questão passa pelo estudo das diferenças entre
inelegibilidade, agora serão arroladas as principais al- contas de governo e contas de gestão e, também, sobre
terações trazidas pela Lei da Ficha Limpa, de modo a os órgãos competentes para seu julgamento.
complementarem-se os tópicos entre si.
A prestação de contas de governo é o meio pelo
Pode-se citar como importante alteração o fato de qual, anualmente, o Presidente da República, os
que se passou a exigir para a configuração da inelegi- Governadores de Estado e do Distrito Federal e os
bilidade, que a irregularidade que acarretou a rejeição Prefeitos Municipais expressam os resultados da atu-
da prestação de contas caracterize ato doloso de im- ação governamental no exercício financeiro a que se
probidade administrativa. referem.
A partir de tal alteração, não tem o poder de ge- As contas de administradores e gestores públicos,
rar a inelegibilidade prevista na alínea “g”, I do art. 1° dizem respeito ao dever de prestar contas de todos
da LC n° 64/90 os atos de improbidade administrativa aqueles que lidam com recursos públicos, captam re-
praticados de forma culposa, como ocorria anterior- ceitas, ordenam despesas (art. 70, parágrafo único da
mente. CF/88).
Ao contrário, podem gerar inelegibilidade os atos Submetem-se a julgamento direto pelos Tribunais
de improbidade administrativa que importem em en- de Contas, podendo gerar imputação de débito e mul-
riquecimento ilícito, que causem lesão ao erário e que ta (art. 71, II e § 3º da CF/88).
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O Escrivão Eleitoral dá imediato recibo de cada lis- II - filiação e desligamento de seus membros;
ta que lhe for apresentada e, no prazo de quinze dias,
lavra o seu atestado, devolvendo-a ao interessado. III - direitos e deveres dos filiados;
IV - modo como se organiza e administra, com a
Protocolado o pedido de registro no Tribunal
definição de sua estrutura geral e identificação,
Superior Eleitoral, o processo respectivo, no prazo de
composição e competências dos órgãos partidá-
quarenta e oito horas, é distribuído a um Relator, que,
rios nos níveis municipal, estadual e nacional,
ouvida a Procuradoria-Geral, em dez dias, determi-
duração dos mandatos e processo de eleição dos
na, em igual prazo, diligências para sanar eventuais
seus membros;
falhas do processo. Se não houver diligências a deter-
minar, ou após o seu atendimento, o Tribunal Superior V - fidelidade e disciplina partidárias, processo
Eleitoral registra o estatuto do partido, no prazo de para apuração das infrações e aplicação das pe-
trinta dias. nalidades, assegurado amplo direito de defesa;
A cada alteração programática ou estatutária (Ex: VI - condições e forma de escolha de seus candi-
eleição de novos membros e mudança de quórum para datos a cargos e funções eletivas;
as deliberações partidárias) as mesmas devem ser re-
VII - finanças e contabilidade, estabelecendo,
gistradas no Ofício Civil competente e após encami-
inclusive, normas que os habilitem a apurar as
nhadas ao TSE nos mesmos moldes.
quantias que os seus candidatos possam des-
Quando as alterações forem de cunho estadual, pender com a própria eleição, que fixem os li-
municipal ou zonal (integrantes dos órgãos) as mes- mites das contribuições dos filiados e definam
mas devem ser comunicadas ao TRE respectivo. as diversas fontes de receita do partido, além
daquelas previstas nesta Lei;
O partido com registro no Tribunal Superior
Eleitoral pode credenciar, respectivamente, que VIII - critérios de distribuição dos recursos do
poderão representar o partido na respectiva Fundo Partidário entre os órgãos de nível muni-
circunscrição a que foram credenciados: cipal, estadual e nacional que compõem o par-
tido;
I - delegados perante o Juiz Eleitoral;
IX - procedimento de reforma do programa e do
II - delegados perante o Tribunal Regional Elei- estatuto.
toral;
RESPONSABILIDADE
III - delegados perante o Tribunal Superior Elei-
toral. Responde para todos os fins de direito o órgão par-
tidário municipal, estadual ou nacional que tiver dado
causa ao não cumprimento da obrigação, à violação
DAS BANCADAS
de direito, a dano a outrem ou a qualquer ato ilícito,
Os partidos políticos funcionam nas Casas excluída a solidariedade de outros órgãos de direção
Legislativas (Câmaras de Vereadores, Assembleias partidária.
Legislativas, Câmaras dos Deputados, Senado) por
intermédio de uma bancada, que deve constituir suas DA FILIAÇÃO E DESFILIAÇÃO
lideranças de acordo com o estatuto do partido, as dis-
posições regimentais das respectivas Casas e as nor- Para filiar-se a partido o eleitor deve estar no pleno
mas da Lei. gozo de seus direitos políticos. Deferida a filiação do
eleitor, será entregue comprovante ao interessado, no
Tem direito a funcionamento parlamentar, em to- modelo adotado pelo partido.
das as Casas Legislativas para as quais tenha elegido
representante, o partido que, em cada eleição para a Já, como regra para que o cidadão possa concorrer
Câmara dos Deputados obtenha o apoio de, no mí- a cargo político, o mesmo deve estar filiado ao respec-
nimo, cinco por cento dos votos apurados, não com- tivo partido pelo menos um ano da data fixada para
putados os brancos e os nulos, distribuídos em, pelo as eleições.
menos, um terço dos Estados, com um mínimo de dois
por cento do total de cada um deles. No termos do calendário eleitoral aprovado anu-
almente via Resolução do TSE, na segunda semana
dos meses de abril e outubro de cada ano, o partido,
DO PROGRAMA E DO ESTATUTO por seus órgãos de direção municipais, regionais ou
nacional, deverá remeter, aos juízes eleitorais, para ar-
O Estatuto do partido deve conter, entre outras, quivamento, publicação e cumprimento dos prazos de
normas sobre: filiação partidária para efeito de candidatura a cargos
eletivos, a relação dos nomes de todos os seus filiados,
I - nome, denominação abreviada e o estabeleci- da qual constará a data de filiação, o número dos títu-
mento da sede na Capital Federal; los eleitorais e das seções em que estão inscritos.
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Caso a relação não seja remetida nos prazos men- poderá estabelecer, além das medidas disciplinares
cionados, considera-se a anteriormente remetida como básicas de caráter partidário, normas sobre penalida-
válida. De todo o modo, aqueles que se sintam preju- des, inclusive com desligamento temporário da banca-
dicados por desídia ou má-fé poderão requerer, dire- da, suspensão do direito de voto nas reuniões internas
tamente à Justiça Eleitoral, a observância desta regra ou perda de todas as prerrogativas, cargos e funções
(Ex.: Ocorre quando o cidadão pede sua desfiliação, que exerça em decorrência da representação e da pro-
mas o partido não envia a relação atualizada e o mes- porção partidária.
mo continua como filiado perante o TSE e, em conse-
quência perante terceiros).
P IMPORTANTE: Perde automaticamente a fun-
Os órgãos de direção nacional dos partidos políti- ção ou cargo que exerça, na respectiva Casa Le-
cos terão pleno acesso às informações de seus filiados gislativa, em virtude da proporção partidária, o
constantes do cadastro eleitoral. parlamentar que deixar o partido sob cuja legen-
da tenha sido eleito.
CUIDADO: O partido político pode estabele-
cer, em seu estatuto, prazos de filiação parti- Tal regra, que visou o fortalecimento dos partidos e
dária superiores aos previstos nesta Lei, com o respeito ao ideário partidário (a partir da Resolução
vistas a candidatura a cargos eletivos. Tal regra 22610/07 do TSE) passou a permitir que o partido po-
só vale se os prazos forem superiores, nunca lítico interessado possa pedir a perda do cargo eletivo
inferiores aos legais. em decorrência da desfiliação sem justa causa. O man-
dato pertence ao partido e não ao candidato.
Contudo, também é importante destacar que os
prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do As únicas hipóteses de justa causa que permitem ao
partido, com vistas à candidatura a cargos eletivos, candidato trocar de partido sem a perda do mandato são:
não podem ser alterados no ano da eleição (regra ade-
quada ao princípio da anualidade). a) Incorporação ou fusão do partido;
A desfiliação é realizada em duas etapas: a) comu- b) Criação de novo partido;
nicação escrita ao partido (Diretório Municipal onde
estiver registrado) e ao Juízo Eleitoral da Zona em que c) Mudança substancial ou desvio reiterado do
for inscrito. programa partidário;
REGRA: O vínculo considera-se extinto depois
d) Grave discriminação pessoal.
de transcorridos dois dias da comunicação.
EXCEÇÃO: O cancelamento imediato da filia-
ção partidária verifica-se nos casos de: morte; DA FUSÃO, INCORPORAÇÃO E EXTINÇÃO DOS
perda dos direitos políticos; expulsão; outras PARTIDOS POLÍTICOS
formas previstas no estatuto (com comunicação
obrigatória ao atingido no prazo de 48 horas da O partido que se dissolva, se incorpore ou se funda,
decisão). fica cancelado perante o Ofício Civil e o TSE.
Nos casos de filiação em outro partido, a comuni- O TSE, após trânsito em julgado de decisão, deter-
cação da desfiliação ao partido e ao juiz da respectiva mina o cancelamento do registro civil e do estatuto do
Zona Eleitoral, se não for realizada até o dia da nova partido contra o qual se prove uma das seguintes cir-
filiação, configurará dupla filiação, sendo ambas con- cunstâncias:
sideradas nulas para todos os efeitos. I - ter recebido ou estar recebendo recursos fi-
nanceiros de procedência estrangeira;
FIDELIDADE II - estar subordinado à entidade ou governo es-
O estatuto de cada partido deve prever as formas trangeiros;
para configuração e apuração da responsabilidade por III - não ter prestado as devidas contas à Justiça
violação dos deveres partidários. O certo é que filia- Eleitoral;
do algum pode sofrer medida disciplinar ou punição
por conduta que não esteja tipificada no estatuto do IV - que mantém organização paramilitar.
partido político. Ao processo para apuração da infra-
ção partidária é assegurado o contraditório e a ampla O partido político, em nível nacional, não sofrerá a
defesa. suspensão das cotas do Fundo Partidário, nem qual-
quer outra punição como consequência de atos prati-
O integrante da bancada de partido deve subordi- cados por órgãos regionais ou municipais.
nar sua ação parlamentar aos princípios doutrinários
e programáticos e às diretrizes estabelecidas pelos ór- Despesas realizadas por órgãos partidários mu-
gãos de direção partidários, na forma do estatuto, que nicipais ou estaduais ou por candidatos majoritários
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Noções de Direito Eleitoral
nas respectivas circunscrições devem ser assumidas - discriminação dos valores e destinação dos re-
e pagas exclusivamente pela esfera partidária corres- cursos oriundos do fundo partidário;
pondente, salvo acordo expresso com órgão de outra
- origem e valor das contribuições e doações;
esfera partidária.
- despesas de caráter eleitoral, com a especifica-
Por decisão de seus órgãos nacionais de delibera- ção e comprovação dos gastos com programas
ção, dois ou mais partidos poderão fundir-se num só no rádio e televisão, comitês, propaganda, pu-
ou incorporar-se um ao outro. Na fusão os órgãos de blicações, comícios, e demais atividades de cam-
direção dos partidos elaborarão projetos comuns de panha;
estatuto e programa em reunião conjunta, por maioria
absoluta dos partidos; já, na incorporação, caberá ao - discriminação detalhada das receitas e despe-
partido incorporando deliberar por maioria absoluta sas
de votos, em seu órgão nacional de deliberação, sobre a No ano em que ocorrem eleições, o partido deve
adoção do estatuto e do programa de outra agremiação. enviar balancetes mensais à Justiça Eleitoral, durante
os quatro meses anteriores e os dois meses posteriores
Na fusão, a existência legal do novo partido tem
ao pleito.
início com o registro, no Ofício Civil competente da
Capital Federal, do estatuto e do programa, cujo reque- A Justiça Eleitoral exerce a fiscalização sobre a es-
rimento deve ser acompanhado das atas das decisões crituração contábil e a prestação de contas do partido
dos órgãos competentes e posteriormente ser levado a e das despesas de campanha eleitoral, observando as
registro no TSE para verificação dos requisitos legais. seguintes regras:
Anualmente os partidos são obrigados a enviar á A falta de prestação de contas ou sua desaprovação
Justiça Eleitoral o balanço contábil do exercício até o total ou parcial implica a suspensão de novas cotas do
dia 30 de abril do ano imediatamente posterior. Os ba- Fundo Partidário e sujeita os responsáveis às penas da
lanços são publicados em Diário Oficial e devem con- lei, podendo a Justiça Eleitoral determinar diligências
ter os seguintes itens: para sanar eventuais irregularidades.
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A sanção de suspensão do repasse de novas quotas II - noventa e nove por cento do total do Fundo
do Fundo Partidário, por desaprovação total ou parcial Partidário serão distribuídos aos partidos que
da prestação de contas de partido, deverá ser aplicada tenham preenchido as condições do art. 13, na
de forma proporcional e razoável, pelo período de 1 proporção dos votos obtidos na última eleição
(um) mês a 12 (doze) meses, ou por meio do descon- geral para a Câmara dos Deputados.
to, do valor a ser repassado, da importância apontada
como irregular. Ocorre a prescrição de aludida sanção
P Importante: 5% (cinco por cento) do total do
em 5 anos da apresentação das contas, caso não seja
Fundo Partidário será destacado para entrega,
julgada nesse período.
em partes iguais, a todos os partidos que tenham
Da decisão que desaprovar total ou parcialmente a seus estatutos registrados no Tribunal Superior
prestação de contas dos órgãos partidários caberá re- Eleitoral e 95% (noventa e cinco por cento) do
curso para os Tribunais Regionais Eleitorais ou para total do Fundo Partidário será distribuído a eles
o Tribunal Superior Eleitoral, conforme o caso, o qual na proporção dos votos obtidos na última eleição
deverá ser recebido com efeito suspensivo, mas só po- geral para a Câmara dos Deputados.
derão ser revistas para fins de aplicação proporcional
da sanção.
Os recursos oriundos do Fundo Partidário serão
aplicados:
DO FUNDO PARTIDÁRIO
I - na manutenção das sedes e serviços do parti-
O Fundo Partidário é denominado Fundo Especial do, permitido o pagamento de pessoal, a qual-
de Assistência Financeira aos Partidos Políticos e é quer título, observado neste último caso o limite
constituído por: máximo de 50% (cinquenta por cento) do total
recebido;
I - multas e penalidades pecuniárias aplicadas
nos termos do Código Eleitoral e leis conexas; II - na propaganda doutrinária e política;
II - recursos financeiros que lhe forem destina- III - no alistamento e campanhas eleitorais;
dos por lei, em caráter permanente ou eventual;
IV - na criação e manutenção de instituto ou
III - doações de pessoa física ou jurídica, efetua- fundação de pesquisa e de doutrinação e edu-
das por intermédio de depósitos bancários dire- cação política, sendo esta aplicação de, no míni-
tamente na conta do Fundo Partidário; mo, vinte por cento do total recebido.
IV - dotações orçamentárias da União em valor V - na criação e manutenção de programas de
nunca inferior, cada ano, ao número de eleito- promoção e difusão da participação política das
res inscritos em 31 de dezembro do ano anterior mulheres conforme percentual que será fixado
ao da proposta orçamentária, multiplicados por pelo órgão nacional de direção partidária, ob-
trinta e cinco centavos de real, em valores de servado o mínimo de 5% (cinco por cento) do
agosto de 1995. total.
O partido político pode receber doações de pesso- Na prestação de contas dos órgãos de direção par-
as físicas e jurídicas para constituição de seus fundos tidária de qualquer nível devem ser discriminadas as
e seus diretórios deverão remeter à Justiça Eleitoral despesas realizadas com recursos do Fundo Partidário,
o demonstrativo de seu recebimento e sua respectiva de modo a permitir o controle da Justiça Eleitoral que
destinação, quando do balanço contábil. Em ano elei- pode a qualquer tempo, investigar sobre a aplicação
toral, os partidos políticos poderão aplicar ou distri- de recursos oriundos do Fundo Partidário.
buir pelas diversas eleições os recursos financeiros re-
cebidos de pessoas físicas e jurídicas. PENALIDADE: Como sanção, o partido que
não cumprir a destinação de no mínimo 5% a
Como é oriunda do Poder Judiciário, a previsão programas de promoção e difusão de participa-
orçamentária de recursos para o Fundo Partidário ção das mulheres, deverá, no ano subsequente,
deve ser consignada, na rubrica destinada ao Tribunal acrescer o percentual de 2,5% (dois inteiros e
Superior Eleitoral, que dentro de cinco dias, a con- cinco décimos por cento) do Fundo Partidário
tar da data do depósito realizado mensalmente pelo para essa destinação, ficando impedido de utili-
Tesouro Nacional, fará a respectiva distribuição aos ór- zá-lo para finalidade diversa.
gãos nacionais dos partidos, obedecendo aos seguintes
critérios:
DA PROPAGANDA PARTIDÁRIA
I - um por cento do total do Fundo Partidário A propaganda partidária consiste na divulgação
será destacado para entrega, em partes iguais, das ideias e do programa do partido. A Constituição
a todos os partidos que tenham seus estatutos Federal prevê aos partidos o acesso gratuito ao rádio
registrados no Tribunal Superior Eleitoral; e à televisão. Importante dizer que já está consagrada
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Noções de Direito Eleitoral
pela jurisprudência que esse acesso também se estende Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais
a outras formas de mídia, respeitados os limites da lei, que julgarem procedente a representação, cassando o
ressaltando-se que é vedada a propaganda partidária direito de transmissão de propaganda partidária, ca-
em dias e horários diversos daqueles definidos/defe- berá recurso para o Tribunal Superior Eleitoral, que
ridos pela Justiça Eleitoral, sendo vedada também a será recebido com efeito suspensivo.
propaganda paga.
As emissoras de rádio e de televisão ficam obriga-
A propaganda partidária gratuita, gravada ou ao das a realizar (com o benefício de compensação fiscal
vivo, efetuada mediante transmissão por rádio e tele- pela cedência do horário) para os partidos políticos, na
visão será realizada entre as dezenove horas e trinta forma desta Lei, transmissões gratuitas em âmbito na-
minutos e as vinte e duas horas para tratar exclusiva- cional e estadual, por iniciativa e sob a responsabilida-
mente de: de dos respectivos órgãos de direção, transmitidas em
bloco em cadeia nacional ou estadual e em inserções
I - difundir os programas partidários;
de 30 segundos nos intervalos da programação normal
II - transmitir mensagens aos filiados sobre a das emissoras, conforme a requisição do TSE, quan-
execução do programa partidário, dos eventos do solicitadas pelos diretórios nacionais e pelo TRE,
com este relacionados e das atividades congres- quando solicitada pelos diretórios estaduais.
suais do partido;
São os partidos quem requerem a reserva das da-
III - divulgar a posição do partido em relação a tas por semestre conforme sua conveniência, porém a
temas político-comunitários. Justiça Eleitoral em havendo coincidência de data dará
prioridade àquele que apresentou o requerimento an-
IV - promover e difundir a participação política tes.
feminina, dedicando às mulheres o tempo que
será fixado pelo órgão nacional de direção par- Em cada rede somente serão autorizadas até dez
tidária, observado o mínimo de 10% (dez por inserções de trinta segundos ou cinco de um minuto
cento). por dia.
A lei específica tratou de expressamente vedar as O partido registrado no Tribunal Superior Eleitoral
hipóteses tendentes a romper com os ditames da pro- que não tenha a representação parlamentar de, no mí-
paganda partidária, quais sejam: nimo, cinco por cento dos votos apurados, não com-
putados os brancos e os nulos, distribuídos em, pelo
I - a participação de pessoa filiada a partido que menos, um terço dos Estados, com um mínimo de dois
não o responsável pelo programa; por cento do total de cada um deles, tem assegurada
a realização de um programa em cadeia nacional, em
II - a divulgação de propaganda de candidatos a
cada semestre, com a duração de dois minutos.
cargos eletivos e a defesa de interesses pessoais
ou de outros partidos; Em contrapartida, o partido que atende a represen-
tação parlamentar acima tem assegurada a realização
III - a utilização de imagens ou cenas incorretas
ou incompletas, efeitos ou quaisquer outros re- de um programa, em cadeia nacional e de um progra-
cursos que distorçam ou falseiem os fatos ou a ma, em cadeia estadual em cada semestre, com a dura-
sua comunicação. ção de vinte minutos cada e a utilização do tempo total
de quarenta minutos, por semestre, para inserções de
As sanções para a transgressão dessas regras são: trinta segundos ou um minuto, nas redes nacionais, e
a cassação do direito de transmissão no semestre se- de igual tempo nas emissoras estaduais.
guinte (quando em bloco) e a cassação de tempo equi-
valente a 5 (cinco) vezes ao da inserção ilícita, no se- Também decorre da Lei dos Partidos Políticos que
mestre seguinte (quando em inserção). ao partido político com estatuto registrado no Tribunal
Superior Eleitoral é assegurado o direito à utilização
gratuita de escolas públicas ou Casas Legislativas para
REPRESENTAÇÃO a realização de suas reuniões ou convenções, respon-
sabilizando-se pelos danos porventura causados com
É pessoa legítima para representar contra a realização do evento.
propaganda política, o partido político. A representação
será julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral quando A fundação ou instituto de direito privado, criado
se tratar de programa nacional e pelos Tribunais por partido político, destinado ao estudo e pesquisa,
Regionais Eleitorais quando se tratar de programas à doutrinação e à educação política, rege-se pelas nor-
transmitidos nos Estados correspondentes. O prazo mas da lei civil e tem autonomia para contratar com
para o oferecimento encerra-se no último dia do instituições públicas e privadas, prestar serviços e
semestre em que for veiculado o programa impugnado manter estabelecimentos de acordo com suas finalida-
ou, caso tenha sido transmitido nos últimos 30 dias des, podendo, ainda, manter intercâmbio com institui-
do semestre, até o décimo quinto dia do semestre ções não nacionais (Ex.: Instituto Teotônio Vilella do
seguinte. PSDB e Instituto Ulysses Guimarães do PMDB).
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Em um pleito para Presidente e Vice-Presidente da O partido político integrante de uma coligação so-
República, Governador e Vice-Governador de Estado mente possui legitimidade para atuar de forma isolada
e do Distrito Federal, Senador, Deputado Federal, no processo eleitoral quando questionar a validade da
Deputado Estadual e Deputado Distrital; e em outro própria coligação, durante o período compreendido
para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador. Ou seja, uma entre a data da convenção e o termo final do prazo
eleição é para os cargos de âmbito federal e estadual e para a impugnação do registro de candidatos. A figura
na outra para os cargos de âmbito municipal. jurídica criada para o pleito, só deixa de existir após
seu término, quando passam os partidos novamente a
Estabelece que, para os cargos majoritários será responderem pelos atos decorrentes.
considerado eleito aquele que dentre os candidatos
obtiver a maioria absoluta de votos, não computados
DAS CONVENÇÕES E ESCOLHA DOS
os em branco e os nulos, importando também na elei-
CANDIDATOS
ção do vice respectivo.
A escolha dos candidatos é formulada nos termos
Nos casos em que nenhum candidato alcançar
dos estatutos partidários e regras da Lei das Eleições.
maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova
Em caso de omissão do estatuto, caberá ao órgão de di-
eleição no último domingo de outubro, concorrendo
reção nacional do partido estabelecer as normas a que
os dois candidatos mais votados, e considerando-se
se refere este artigo, publicando-as no Diário Oficial da
eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos. Já,
União até cento e oitenta dias antes das eleições.
nos casos em que antes de realizado o segundo turno,
ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de Caso a convenção partidária de nível inferior se
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o opuser, na deliberação sobre coligações, às diretrizes
de maior votação. Em caso de empate o eleito é o mais legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção na-
idoso. Tais regras se aplicam às eleições para Prefeito cional, nos termos do respectivo estatuto, poderá esse
apenas nos municípios com mais de 200 mil habitan- órgão anular a deliberação e os atos dela decorrentes,
tes. Para os de menos a regra é de nova eleição. que deverão ser comunicadas á Justiça Eleitoral no
prazo de 30 dias após a data limite para o registro dos
Poderá participar das eleições o partido que, até
candidatos e, se, da anulação, decorrer a necessidade
um ano antes do pleito, tenha registrado seu estatu-
de escolha de novos candidatos, o pedido de registro
to no Tribunal Superior Eleitoral, conforme o dispos-
deverá ser apresentado à Justiça Eleitoral nos 10 (dez)
to em lei, e tenha, até a data da convenção, órgão de
dias seguintes à deliberação.
direção constituído na circunscrição, de acordo com o
respectivo estatuto. O prazo para a escolha dos candidatos pelos parti-
dos e a deliberação sobre coligações deverão ser feitas
Nas eleições proporcionais, contam-se como váli-
no período de 10 a 30 de junho do ano em que se re-
dos além dos votos aos candidatos, os dados às legen-
alizarem as eleições, lavrando-se a respectiva ata em
das partidárias.
livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral.
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Nas eleições majoritárias, se o candidato for de co- A responsabilidade sobre a arrecadação e das des-
ligação, a substituição deverá fazer-se por decisão da pesas é dos partidos ou de seus candidatos.
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No momento do registro dos candidatos os parti- A doação de quantia acima dos limites da Lei sujei-
dos e coligações informarão aos respectivos Tribunais ta o infrator ao pagamento de multa no valor de cinco
os valores máximos de gastos previstos na sua cam- a dez vezes a quantia em excesso. É obrigatória a iden-
panha e caso haja gasto além do limite informado, o tificação do doador e a emissão do recibo eleitoral para
responsável fica sujeito ao pagamento de multa de 5 a cada doação realizada.
10 vezes o valor em excesso.
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V - veicular ou divulgar filmes, novelas, minis- Televisão: das 13:25 horas às 13:50 horas e das 20:55
séries ou qualquer outro programa com alusão horas às 21:20 horas.
ou crítica a candidato ou partido político, mes-
mo que dissimuladamente, exceto programas Governador de Estado e do Distrito Federal: às segundas,
jornalísticos ou debates políticos; quartas e sextas-feiras:
VI - divulgar nome de programa que se refira a Rádio: das 7 horas às 7:20 horas e das 12 horas às 12:20
candidato escolhido em convenção, ainda quan- horas, nos anos em que a renovação do Senado Federal
do preexistente, inclusive se coincidente com o se der por 1/3 (um terço);
nome do candidato ou com a variação nominal Televisão: das 13 horas às 13:20 horas e das 20:30 horas
por ele adotada. Sendo o nome do programa o às 20:50 horas, na televisão, nos anos em que a renovação
mesmo que o do candidato, fica proibida a sua do Senado Federal se der por 1/3 (um terço).
divulgação, sob pena de cancelamento do res-
pectivo registro. Quando as eleições para o Senado ocorrerem para duas
cadeiras, ou seja, dois terços, os horários se modificam
da seguinte forma:
Debates:
Rádio: das 7:00 horas às 7:18 horas e das 12:00 horas às
As emissoras de rádio ou televisão (as transmissões 12:18 horas;
via internet também) podem realizar debates para as
eleições majoritária ou proporcional, sendo assegu- Televisão: das 13:00 horas às 13:18 horas e das 20:30
rada a participação de candidatos dos partidos com horas às 20:48 horas.
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Deputado Estadual e Deputado Distrital, às segundas, III –aos partidos que obtiverem direito a parcela
quartas e sextas-feiras: do horário eleitoral inferior a trinta segundos,
será assegurado o direito de acumulá-lo para
Rádio: das 7:20 horas e vinte minutos às 7:40 horas e das uso em tempo equivalente.
12:20 horas às 12:40 horas, nos anos em que a renovação
do Senado Federal se der por 1/3 (um terço); Nos Municípios onde ocorra segundo turno, as
Televisão: das 13:20 horas às 13:40 horas e das 20:50 emissoras de rádio e televisão reservarão, a partir de
horas às 21:10 horas, nos anos em que a renovação do quarenta e oito horas da proclamação dos resultados
Senado Federal se der por 1/3 (um terço); do primeiro turno e até a antevéspera da eleição, horá-
rio dividido em dois períodos diários de vinte minutos
Quando as eleições para o Senado ocorrerem para duas (divididos igualitariamente entre os candidatos) para
cadeiras, ou seja, dois terços, os horários se modificam cada eleição (das 7:00 e às 12:00 horas no rádio e às
da seguinte forma: 13:00 horas e às 20 horas na televisão).
Rádio: das 7:18 horas às 7:35 horas e das 12: 18 horas às
12:35 horas.
Das Inserções:
Televisão: das 13:18 horas às 13:35 horas e das 20:48
horas às 21:05 horas. As emissoras de rádio e televisão no mesmo pra-
zo já mencionado para propaganda eleitoral também
reservarão, trinta minutos diários para a propaganda
Senador, às segundas, quartas e sextas-feiras: eleitoral gratuita, a serem usados em inserções de até
Rádio: das 7:40 horas às 7:50 horas e das 12:40 horas às sessenta segundos, a critério do respectivo partido ou
12:50 horas, nos anos em que a renovação do Senado coligação, assinadas obrigatoriamente pelo partido ou
Federal se der por 1/3 (um terço); coligação, e distribuídas, ao longo da programação
veiculada entre as oito e as vinte e quatro horas (con-
Televisão: das 13:40 horas às 13:50 horas e das 21:10 forme divisão dos blocos de horários de audiência).
horas às 21:20 horas, nos anos em que a renovação do
Senado Federal se der por 1/3 (um terço); Nas inserções o tempo será dividido em partes
iguais entre majoritárias e proporcionais, bem como
Quando as eleições para o Senado ocorrerem para duas entre os partidos e coligações.
cadeiras, ou seja, dois terços, os horários se modificam
da seguinte forma: É vedada nesta modalidade de propaganda eleito-
ral a veiculação das inserções, a utilização de grava-
Rádio: das 7:35 horas às 7:50 horas e das 11:35 horas às
ções externas, montagens ou trucagens, computação
12:50. gráfica, desenhos animados e efeitos especiais, e a vei-
Televisão: das 13:35 horas às 13:50 horas e das 21:05 culação de mensagens que possam degradar ou ridi-
horas às 21:20 horas. cularizar candidato, partido ou coligação.
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Noções de Direito Eleitoral
Propaganda Na Internet:
11 TRANSPORTE DE ELEITORES
Atualmente a propaganda eleitoral na internet vem
recebendo contornos de mídia autônoma, tamanha é
(LEI 6091/74)
sua complexidade e dificuldade de fiscalização por
Os veículos e embarcações, devidamente abas-
parte da Justiça Eleitoral. A propaganda eleitoral na
internet é permitida após o dia 5 de julho do ano da tecidos e tripulados, pertencentes à União, Estados,
eleição e poderá ser realizada no sítio eletrônico do Territórios e Municípios e suas respectivas autarquias
candidato, partido ou coligação, comunicada a Justiça e sociedades de economia mista, excluídos os de uso
Eleitoral; por mensagens eletrônicas para endereços militar, ficarão à disposição da Justiça Eleitoral para
previamente cadastrados e em blogs, redes sociais e o transporte gratuito de eleitores em zonas rurais, em
assemelhados. dias de eleição. Excetuam-se do disposto neste artigo
os veículos e embarcações em número justificadamen-
te indispensável ao funcionamento de serviço público
Vedações de Propaganda Eleitoral na Internet: insusceptível de interrupção.
É vedada na internet qualquer propaganda Até quinze dias antes das eleições, a Justiça Eleitoral
eleitoral paga e, ainda que gratuita, no sítio eletrônico requisitará dos órgãos da administração direta ou in-
de pessoas jurídicas com ou sem fins lucrativos e em direta da União, dos Estados, Territórios, Distrito
sitos eletrônicos oficiais dos entes da Administração Federal e Municípios os funcionários e as instalações
Pública. É vedado o anonimato. Também é vedada a de que necessitar para possibilitar a execução dos ser-
venda de cadastro de endereços eletrônicos com fito viços de transporte e alimentação de eleitores previs-
eleitoral. tos nesta Lei.
O infrator/beneficiário de qualquer das vedações Se a utilização de veículos pertencentes às entida-
fica sujeito à multa se comprovado seu prévio conhe- des previstas no art. 1º não for suficiente para atender
cimento. A requerimento de candidato, partido ou ao disposto nesta Lei, a Justiça Eleitoral requisitará ve-
coligação, a Justiça Eleitoral poderá determinar a sus- ículos e embarcações a particulares, de preferência os
pensão, por vinte e quatro horas, do acesso a todo con- de aluguel.
teúdo informativo dos sítios da internet que deixarem
de cumprir as disposições da Lei. Os serviços requisitados serão pagos, até trinta dias
depois do pleito, a preços que correspondam aos cri-
térios da localidade. A despesa correrá por conta do
Do Direito de Resposta: Fundo Partidário.
É assegurado o direito de resposta via ação Até cinquenta dias antes da data do pleito, os res-
autônoma à Justiça Eleitoral, sendo legitimados ativos ponsáveis por todas as repartições, órgãos e unida-
o candidato, partido ou coligação atingidos, ainda que des do serviço público federal, estadual e municipal
de forma indireta, por conceito, imagem ou afirmação oficiarão à Justiça Eleitoral, informando o número, a
caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente espécie e lotação dos veículos e embarcações de sua
inverídica, difundidos por qualquer veículo de propriedade, e justificando, se for o caso, a ocorrência
comunicação social. O prazo para interposição é de 24 da exceção prevista no parágrafo 1º do art. 1º desta Lei.
horas se a ofensa ocorrer no horário eleitoral gratuito;
48 horas se ocorrer na programação normal de rádio e Os veículos e embarcações à disposição da Justiça
televisão e 72 horas quando se tratar de órgão de im- Eleitoral deverão, mediante comunicação expressa
prensa escrita. de seus proprietários, estar em condições de ser uti-
lizados, pelo menos, vinte e quatro horas antes das
O rito para a representação do direito de resposta eleições e circularão exibindo de modo bem visível,
é extremamente célere, e tem tratamento privilegiado dístico em letras garrafais, com a frase: “A serviço da
em relação aos demais feitos ajuizados, vez que o ofen- Justiça Eleitoral.”
sor tem 24 horas para apresentar defesa e a decisão é
prolatada no máximo em 72 horas da data da formu- A Justiça Eleitoral, à vista das informações recebi-
lação do pedido. Caso seja deferido, a divulgação da das, planejará a execução do serviço de transporte de
resposta será veiculada no mesmo veículo da ocorrên- eleitores e requisitará aos responsáveis pelas reparti-
cia da ofensa. O ofensor deverá comprovar o cumpri- ções, órgãos ou unidades, até trinta dias antes do plei-
mento do direito de resposta no prazo de 24 horas da to, os veículos e embarcações necessários.
comunicação do deferimento.
Quinze dias antes do pleito, a Justiça Eleitoral di-
Ressalte-se que para propaganda na Internet tam- vulgará, pelo órgão competente, o quadro geral de
bém se aplicam as regras do direito de resposta. percursos e horários programados para o transporte
de eleitores, dele fornecendo cópias aos partidos po-
O não-cumprimento integral ou em parte da de- líticos. O transporte de eleitores somente será feito
cisão que conceder a resposta sujeitará o infrator ao dentro dos limites territoriais do respectivo município
pagamento de multa no valor de cinco mil a quinze e quando das zonas rurais para as mesas receptoras
mil UFIR, duplicada em caso de reiteração de conduta. distar pelo menos dois quilômetros.
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Os partidos políticos, os candidatos, ou eleitores III - descumprir a proibição dos artigos 5º, 8º e
em número de vinte, pelo menos, poderão oferecer 10º;(Pena - reclusão de quatro a seis anos e pa-
reclamações em três dias contados da divulgação do gamento de 200 a 300 dias-multa (art. 302 do
quadro. Código Eleitoral);
As reclamações serão apreciadas nos três dias sub- IV - obstar, por qualquer forma, a prestação dos
sequentes, delas cabendo recurso sem efeito suspen- serviços previstos nos arts. 4º e 8º desta Lei, atri-
sivo. Decididas as reclamações, a Justiça Eleitoral di- buídos à Justiça Eleitoral: (Pena - reclusão de 2
vulgará, pelos meios disponíveis, o quadro definitivo. (dois) a 4 (quatro) anos);
Nenhum veículo ou embarcação poderá fazer trans-
porte de eleitores desde o dia anterior até o posterior V - utilizar em campanha eleitoral, no decurso
à eleição, salvo: dos 90 (noventa) dias que antecedem o pleito,
veículos e embarcações pertencentes à União,
I - a serviço da Justiça Eleitoral; Estados, Territórios, Municípios e respectivas
II - coletivos de linhas regulares e não fretados; autarquias e sociedades de economia mista:
(Pena - cancelamento do registro do candidato
III - de uso individual do proprietário, para o ou de seu diploma, se já houver sido proclama-
exercício do próprio voto e dos membros da sua do eleito).
família;
O responsável, pela guarda do veículo ou da em-
IV - o serviço normal, sem finalidade eleitoral, barcação, será punido com a pena de detenção, de 15
de veículos de aluguel não atingidos pela requi- (quinze) dias a 6 (seis) meses, e pagamento de 60 (ses-
sição de que trata o art. 2º. senta) a 100 (cem) dias-multa. A propaganda eleitoral,
no rádio e na televisão, circunscrever-se-á, única e
A indisponibilidade ou as deficiências do trans-
exclusivamente, ao horário gratuito disciplinado pela
porte de que trata esta Lei não eximem o eleitor do
Justiça Eleitoral, com a expressa proibição de qualquer
dever de votar. Verificada a inexistência ou deficiência
propaganda paga.
de embarcações e veículos, poderão os órgãos partidá-
rios ou os candidatos indicar à Justiça Eleitoral onde Será permitida apenas a divulgação paga, pela im-
há disponibilidade para que seja feita a competente prensa escrita, do curriculum vitae do candidato e do
requisição. número do seu registro na Justiça Eleitoral, bem como
O eleitor que deixar de votar e não se justificar pe- do partido a que pertence.
rante o Juiz Eleitoral até sessenta dias após a realização
São vedados e considerados nulos de pleno direi-
da eleição incorrerá na multa de três a dez por cento
to, não gerando obrigação de espécie alguma para a
sobre o salário mínimo da região, imposta pelo Juiz
pessoa jurídica interessada, nem qualquer direito para
Eleitoral e cobrada na forma prevista no art. 367, do
o beneficiário, os atos que, no período compreendido
Código Eleitoral.
entre os noventa dias anteriores à data das eleições
Somente a Justiça Eleitoral poderá, quando impres- parlamentares e o término, respectivamente, do man-
cindível, em face da absoluta carência de recursos de dato do Governador do Estado importem em nomear,
eleitores da zona rural, fornecer-lhes refeições, corren- contratar, designar, readaptar ou proceder a quaisquer
do, nesta hipótese, as despesas por conta do Fundo outras formas de provimento de funcionário ou ser-
Partidário. É facultado aos Partidos exercer fiscaliza- vidor na administração direta e nas autarquias, em-
ção nos locais onde houver transporte e fornecimento presas públicas e sociedades de economia mista dos
de refeições a eleitores. Estados e Municípios, salvo os cargos em comissão, e
da magistratura, do Ministério Público e, com aprova-
É vedado aos candidatos ou órgãos partidários, ou
ção do respectivo Órgão Legislativo, dos Tribunais de
a qualquer pessoa, o fornecimento de transporte ou re-
Contas e os aprovados em concursos públicos homolo-
feições aos eleitores da zona urbana.
gados até a data da publicação desta lei.
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ANOTAÇÕES
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