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### Wilson José Gonçalves (org.) ###
Engenharia Física
– resoluçã o de problemas –
Volume 1
1ª ediçã o
Campo Grande – MS
Academia de Letras Jurídicas do Estado de Mato Grosso do Sul – ALJ-MS
2021
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Engenharia Física – resolução de problemas
Engenharia Física
– resolução de problemas –
Editora
Academia de Letras Jurídicas do Estado de Mato Grosso do Sul
Conselho Editorial
Aires Gonçalves, ALJ-MS. ( in memoria )
André Puccinelli Júnior, Doutor/PUC-SP – UFMS / ALJ-MS.
Fadel Tajher Iunes, ALJ-MS. ( in memoria )
Helder Baruffi, Doutor/USP – UFGD / ALJ-MS.
Júlio Cesar Bebber, Doutor/USP – TRT 24ª Região / ALJ-MS.
Ruy Celso Barbosa Florence, Doutor/PUC-SP, ALJ-MS.
Sérgio Fernandes Martins, Mestre/UGF / ALJ-MS.
Tatiana Azambuja Ujacow, Mestre/UnB – UFMS / ALJ-MS.
Wilson José Gonçalves, Doutor/PUC-SP – UFMS / ALJ-MS.
Endereço:
Rua Joaquim Murtinho, 93 – Centro. Campo Grande-MS.
79.002-100
f. + 55 67 98419 1515
e-mail: academiadeletrasjuridicas@bol.com.br
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– resoluçã o de problemas –
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Engenharia Física – resolução de problemas
Dedicatória
Aos Professores, Técnicos-Administrativos e Familiares.
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Sumário
1 Apresentação............................................................................................................. 7
Contribuição da Engenharia Física na Identificação de “Balas Perdidas”:
compreensão da balística externa no percurso inverso do repouso à saída da boca
do cano da arma.......................................................................................................... 12
Wilson José Gonçalves ............................................................................................12
Dinâmica de Treinamento dos Astronautas: compreensão de métodos físicos e
éticos............................................................................................................................ 69
João Felipe Weber Colman ......................................................................................69
Bianca Figueiredo de Oliveira Dias ..........................................................................69
Aplicabilidade da Engenharia Física no Campo da Economia: compreensão da
econofísica no mercado financeiro..........................................................................105
Anelise Nazareth Dantas Pessoa ...........................................................................105
Nanomedicina: conhecimento sobre segurança para uso da nanotecnologia na
saúde.......................................................................................................................... 129
Danilo Vaz Marques ...............................................................................................129
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1 Apresentação
2 Objeto de Estudo
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO] = indicando o
conteúdo geral do tópico
§ - citação 1 (s) – no mínimo três autores citação direta
§ - comentário – aprende a dialogar com os autores
§ - citação 2 (s) – no mínimo três autores citação direta
§ - comentário – aprende a dialogar com os autores
§ - citação 3 (s) – no mínimo três autores citação direta
§ - comentário – aprende a dialogar com os autores
§ - análise – para compreensão do assunto
§ - conclusão = Assim, [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - gancho para próximo tópico [INDICAR COM AS MESMAS PALAVRAS
EXISTENTES NO PRÓXIMO TÓPICO]
3 Problema
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4 Solução
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO] = indicando o
conteúdo geral do tópico.
§ - recuperar o problema de pesquisa.
§ - desenvolver as hipóteses indicada na INTRODUÇÃO e outras [...]
§ - primeira hipótese – indicar e demonstrar / refutar o porquê não é a resposta
mais adequada ao problema.
§ - refutar a hipótese.
§ - segunda hipótese – indicar e demonstrar / refutar o porquê não é a resposta
mais adequada ao problema.
§ - refutar a hipótese.
§ - terceira hipótese – indicar e demonstrar que é a resposta mais adequada ao
problema.
§ - a última hipótese é a solução mais adequada ao problema
§ - conclusão = Assim, [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - gancho para próximo tópico [INDICAR COM AS MESMAS PALAVRAS]
5 Metodologia
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - descrever os bancos de dados e demais informações de COMO foi feita a
pesquisa
§ - [...]
§ - conclusão = Assim, [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - gancho para próximo tópico [INDICAR COM AS MESMAS PALAVRAS]
6 Resultados
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO] – Balizar-se ou
ORIENTAR-SE pelo texto do RESUMO e da INTRODUÇÃO, de modo a manter a
coerência e coesão do texto agregando os dados reunidos no banco de dados ou
nas referências no qual se apoiou para realizar a pesquisa.
§ - descrever a síntese do banco de dados, ou seja, faça um apanhado de tudo
que pesquisou. Organizando de modo a demonstrar os textos de posição
contrária, se encontrou, bem como a posição favorável. Tanto do objeto de
estudo, do problema e da solução. Além da metodologia que pode ser incluída.
RECOMENDA-SE O USO DO TÍTULO E DO SUMÁRIO PARA COMPOR A
ORGANIZAÇÃO DO BANCO DE DADOS, SUA SINTÉSE E COMENTÁRIOS
§ - REPETIR ESSA ORIENTAÇÃO [PARÁGRAFO] PARA CADA REFERENCIA
CONSULTADA OU QUE JULGA IMPORTANTE PARA A CONSTRUÇÃO DO
TEXTO E DO ENTENDIMENTO DO TEMA [...] – comentar as principais
REFERENCIAS que consultou para elaborar o texto, indicando sua contribuição
§ - [...] – comentar as principais REFERENCIAS que consultou para elaborar o
texto, indicando sua contribuição
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7 Discussão
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - compreende na seleção dos resultados que garante a construção do Tópico 2,
3, 4 e 5 = discussão dos resultados (tópico anterior)
§ - [...] § - conclusão = Assim, [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - gancho para próximo tópico [INDICAR COM AS MESMAS PALAVRAS]
8 Conclusões
A conclusão deve conter os seguintes parágrafos:
§ - parágrafo de introdução com base no texto do resumo
§ - síntese do tópico 2 – objeto de estudo
§ - síntese do tópico 3 – problema
§ - síntese do tópico 4 – solução
§ - síntese do tópico 5 – metodologia de execução
§ - síntese do tópico 6 – resultados
§ - síntese do tópico 7 – discussão
§ - destacar o objetivo – [resumo, introdução] – indicando se alcançou ou não
§ - recuperar o problema a pergunta – [introdução]
§ - responder de forma clara a pergunta USANDO apenas elementos trabalho ou
visto no texto, NADA DE ELEMENTO NOVO.
§ - dizer por que essa solução é a melhor.
9 Referências
De cinco a oito referências – conforme ABNT. Colocar em ordem alfabética por
sobrenome (use o classificar no Word)
Use como base a NBR 6023
Está estrutura pode ser vista, em sua aplicação, nos textos em que o
leitor tem em mãos, comprovando a viabilidade e executoriedade de um
texto técnico-científico, bem como o resultado do processo de ensino-
aprendizado. Reforçando a ideia que o conteúdo dos artigos, deve ou
deveria vincular sua temática com a ementa da disciplina, seja de forma
direta ou indireta. O que foi cumprindo.
Cada autor e autora deve sua dedicação e empenho na proposta de
se pensar a disciplina com base em uma questão prática e direta com a
proposta e a ementa da disciplina.
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1 Introdução
A Engenharia Física pelo seu perfil multidisciplinar e de resolução de
problemas se apresenta no cenário com possibilidades de ofertar uma
contribuição no processo e na identificação de “balas perdidas”, que
representa, sobretudo, no Rio-São Paulo, por ser metrópoles e ter regiões
de conflito urbano, o que é um grave problema de instabilidade social, que
precisa de resolução técnica-científica, de modo a alcançar e obter o
esclarecimento da verdade técnica diante de situações em que se tem a
troca de tiros entre policiais e bandidos. E que nesta troca de tiros vítimas
inocentes são atingidas, e rotuladas de vítimas de “bala perdida”.
Situação que busca resolver ou justificar para sociedade como
inexplicável. Todavia, os profissionais de Engenharia Física podem
contribuir para o debate e a busca de solução. Uma afirmação técnica e
neutra, com os recursos tecnológicos existentes e o conhecimento balístico
em sua compreensão, pode-se pensar e compreender a balística externa no
seu percurso inverso, ou seja, do repouso ou trajeto deixado no corpo da
vítima à saída da boca do cano da arma. O que indicaria que a “bala
perdida” não seria atribuída em casos generalizados, mas, de forma
reduzida ou minimizada, de modo resolver a questão ou a dúvida.
Razão que justifica ou explica a proposta de uma contribuição da
Engenharia Física na identificação de “balas perdidas”, no qual se busca a
compreensão da balística externa, não mais a identificação da balística
interna no cano da arma, ou trajetórias verticalizadas. Mas, de um percurso
inverso, que partisse da situação em repouso da bala ao retorno da saída
da boca do cano da arma.
Esta inversão de percurso, pautaria na resolução, do material
balístico do corpo da vítima para identificar o ponto e a distância do
atirador, afastando o argumento da “bala perdida”.
A proposta se limita em compreender a identificação do percurso
balístico externo, de modo a indicar a provável localização e distância do
atirador. O calibre da arma ou a indicação de tiro ou munição em percurso
de queda com indicação imprecisa ou acerto de alvo aleatório.
Fixa-se os limites na busca de contribuir na realização e
reconstrução do percurso inverso da balística em que se tem como ponto
de repouso o corpo da vítima, a consideração do impacto e queda,
restabelecendo o reposicionamento do momento do impacto, de modo a
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Mas, não evidencia que seja uma bala sem identificação de origem.
É perdida na destinação e não na origem, que pode ser conhecida ou
identificada.
Por fim, o autor, destaca o problema social e o comparativo que no
passado este fenômeno era raro de acontecer, sendo que passou a ser
frequente e até cotidiano.
O que se infere é que a “bala perdida” é uma “bala sem rumo”, mas,
não sem origem, ou de trajetória provável. Na ideia de trajetória provável
pode-se verificar uma primeira contribuição do profissional de Engenharia
Física na tentativa de identificar a origem do disparo ou a boca da arma.
Em um sentido jurídico, a questão da “bala perdida”, se volta para o
campo da responsabilidade civil, e como preleciona Marina Rocha de
Souza, tem-se que:
A atividade administrativa da polícia que resulta em morte por bala perdida
deve culminar em responsabilização do Estado, uma vez que o dano não
teria ocorrido sem a oportunidade criada pelos seus agentes.
Em um confronto entre policiais e bandidos, a ação dos agentes é
determinante na criação deste episódio. Nestes casos o Estado responde
objetivamente pela morte de civil que decorre de balas perdidas provindas
de embates que envolvam agentes da segurança pública. Sobre esta pauta,
doutrina Sérgio Cavaliere Filho (2011, p. 14): em que pese o entendimento
em contrário, é desnecessário saber se a bala partiu da arma do policial ou
do bandido; relevante é o fato de ter o dano decorrido da ação desastrosa
do Poder Público.
Fonte: Marina Rocha de Souza. A Responsabilidade Civil do Estado por Danos
Advindos de Balas Perdidas Segundo os Tribunais Pátrios . Artigo científico
apresentado ao Curso de Direito do Centro Universitário Fametro. Fortaleza, 2020,
p. 14. Disponível em:
http://repositorio.unifametro.edu.br/bitstream/123456789/229/1/MARINA%20ROCHA
%20DE%20SOUZA%20TCC.pdf. Acesso em: 20 abr. 2021.
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como se a bala perdida fosse uma coisa que não tem o que se fazer para
evitar”, diz Bruno Langeani, coordenador da área de Sistemas de Justiça e
Segurança Pública do Instituto Sou da Paz. Segundo ele, a pesquisa
mostra que, conhecendo um pouco mais sobre como esses fenômenos
acontecem e quem eles vitimam, é possível propor soluções.
O especialista diz que é importante comparar os países e apresentar o
contexto em que as balas perdidas acontecem. “[Aqui] você tem uma
importância grande das operações da polícia em favela, que é algo que
está bastante em voga com a questão das Olimpíadas no Rio de Janeiro. A
própria escolha de qual arma de fogo você compra para as polícias
interfere na quantidade de casos de balas perdidas”, disse, ao explicar que
armas de alto calibre tem maior potencial de atravessar obstáculos e atingir
pessoas que não estão envolvidas na operação policial.
Motivação
Há um grande número de casos classificados como motivação não
identificada (31%) sobre o tipo de violência relacionado aos casos de balas
perdidas na América Latina e Caribe, pois, no momento da notícia e do
registro, não se tem, muitas vezes, elementos ou pistas que ajudem na
identificação.
Logo em seguida no ranking, aparece a violência de gangues com 15% dos
casos, seguida por criminalidade organizada, com 14%, e crimes comuns
ou roubos armados, com 12%. A violência social ou interpessoal foi a
causa de 10% dos casos e, em 9%, foi identificada a prática de disparar
para o alto em comemorações ou advertências, segundo a pesquisa.
Brasil
Rio de Janeiro - Policiais militares entram em confronto com manifestantes
e reagem sacando armas durante protesto contra desocupação do prédio
da Telemar
As ocorrências que envolvem intervenção legal contra alguma atividade
ilícita, como o roubo ou o crime organizado, é de 19% do total dos casos de
balas perdidas Vladimir Platonow/Agência Brasil
No Brasil, 30% dos casos tem motivação não identificada. No restante, as
três maiores causas são: crime organizado, com 24%, e violência de
gangues e roubos, que ficaram empatados com 16% cada. Os casos de
intervenção legal, ou seja, por parte do estado, ficaram em terceiro lugar,
com 7%. No entanto, esse número corresponde às ocorrências de
intervenção legal isoladas, ou seja, sem nenhum vínculo com algum crime,
devido à falta de especificação nas notícias divulgadas.
As ocorrências que envolvem intervenção legal contra alguma atividade
ilícita, como o roubo ou o crime organizado, é de 19% do total dos casos de
balas perdidas. Na média geral dos países, as intervenções legais isoladas
é 3%, enquanto aquelas combinadas com algum crime, é 11%.
O relatório do Unlirec informa que quase metade de todos os casos de
incidentes relacionados à chamada intervenção legal combinada na região
ocorreram do Brasil. O total de intervenções relacionadas a algum crime,
em todos os países da América Latina e no Caribe pesquisados, resultou
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Esse exame deve ser muito preciso, pois ele pode vir a condenar ou
absolver um réu. Ou seja, muitas vezes, a conclusão de um caso está nas
mãos do perito em balística.
A balística forense divide-se em:
– Balística interna: estuda os fenômenos que se dão no interior da arma de
fogo, até o momento da produção do tiro;
– Balística externa: estuda o que ocorre com o projétil em sua trajetória
pelo meio externo, até atingir o alvo humano;
– Balística médico-legal: também chamada de balística de efeito, estuda os
fenômenos que ocorrem com o projétil que se alojam no alvo humano;
– Balística terminal (o final): estuda os fenômenos que afetam o projétil ao
transfixar o alvo, até sua imobilização final.
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5 Metodologia
O trabalho científico de pesquisa exige domínio de linguagem
técnica-científica, ou seja, precisão, clareza e objetividade. Não comporta
uso de sinônimos e termos ou expressões subjetivas ou imprecisas. Como
também, a preocupação com a metodologia, seja na coleta de dados, seja
no desenvolvimento lógico da dinâmica investigativa. O que implica em
saber o conceito de metodologia, bem como o passo a passo realizado na
trajetória e realização da pesquisa.
Desta forma, por metodologia entende-se:
A disciplina Metodologia Científica é eminentemente prática e deve-se
estimular os alunos para que busquem respostas às suas dúvidas. Se nos
referimos a um curso superior, estamos naturalmente nos referindo a uma
Academia de Ciência e, como tal, as respostas aos problemas de aquisição
de conhecimento precisam ser buscadas através do rigor científico e
apresentadas através das normas acadêmicas vigentes.
Dito isto, fica claro que metodologia científica não é um simples conteúdo a
ser decorado pelos alunos, a ser verificado em um dia de prova. É preciso
fornecer aos alunos os instrumentos para que sejam capazes de atingir os
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6 Resultados
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lado, também estará preparado para levar em conta nas soluções desses
problemas técnicos.
Fonte: UNICAMP. Engenharia Física . Disponível em:
https://www.prg.unicamp.br/engenharia-fisica/. Acesso em: 24 maio 2021.
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fazer a solicitação do laudo pericial. Essa foi a segunda vez que uma bala
perdida atingiu o prédio em menos de sete meses.
Garota de sete anos foi baleada em Boa Viagem. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press
Com base na trajetória da bala e a posição onde a criança estava, os
peritos não tiveram dúvidas de que o tiro foi disparado de um prédio a 100
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Tradução livre:
Se uma arma com um alcance de 1.000 metros for disparada na minha
direção e eu estiver a 1.001 metros da arma, posso ver a bala pousar na
minha frente?
A física nos diz que qualquer objeto lançado em uma linha horizontal
percorre um caminho quase parabólico, com uma velocidade inicial paralela
ao solo. Por outro lado, existe a gravidade que adiciona um componente
vertical da velocidade, de natureza linear (aumenta proporcionalmente com
o tempo).
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Fonte: Frank Girona. Si se dispara en dirección mía un arma que tiene un alcance
de 1.000 metros, y estoy parado a 1.001 metros del arma, ¿puedo ver la bala caer
frente a mí? Disponível em: https://es.quora.com/Si-se-dispara-en-direcci%C3%B3n-
m%C3%ADa-un-arma-que-tiene-un-alcance-de-1-000-metros-y-estoy-parado-a-1-
001-metros-del-arma-puedo-ver-la-bala-caer-frente-a-m%C3%AD. Acesso em: 2 jun.
2021.
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iv) Metodologia
No tópico de metodologia, a primeira preocupação foi a compreensão
do conceito de metodologia, seu sentido, sua função como ferramenta de
produção de ciência. O acervo sobre metodologia, metodologia científica,
metodologia de produção de texto etc. apresentou-se de forma satisfatória
o quantitativo.
Em relação a pesquisa bibliográfica, a Universidade Estadual de
Goiás, traz um roteiro preciso e objetivo que é:
O que é Pesquisa Bibliográfica
A primeira pergunta que nos vem à cabeça quando temos que elaborar um
trabalho científico é: o que temos que fazer" Ou mesmo: o que vem em 1°
lugar" Para se adentrar a este mundo científico tão diferente, mas muito
fascinante, temos que ter em mente qual a finalidade desse estudo, para
daí partimos para a nossa grande aventura que é a descoberta desse novo
mundo em nossas vidas. O assunto ou tema que vamos estudar é a linha
mestra para a pesquisa que iremos desenvolver. A primeira coisa que
necessitamos fazer é a Pesquisa Bibliográfica ou Levantamento
Bibliográfico.
A Pesquisa Bibliográfica compreende o levantamento de toda a bibliografia
já publicada em forma de livros, periódicos (revistas), teses, anais de
congressos, indexados em bases de dados em formato on-line ou cd-rom.
Sua finalidade é proporcionar ao aluno ou ao pesquisador o acesso à
literatura produzida sobre determinado assunto, servindo de apoio para o
desenvolvimento de trabalhos científicos e análise das pesquisas.
Para a elaboração de uma pesquisa bibliográfica é necessário seguir os
seguintes passos:
1) Escolha do assunto;
2) Identificação;
3) Localização;
4) Compilação;
5) Leitura.
Sugerimos um roteiro para a elaboração de uma Pesquisa Bibliográfica:
a) Determinar, precisamente, o assunto ou tema a ser estudado;
b) Traduzir o assunto para a linguagem de indexação: palavras-chaves,
unitermos ou descritores, cujo objetivo é formular a estratégia de busca
para o levantamento bibliográfico. Em geral, as bibliotecas possuem listas
de termos pré-definidos para a utilização das bases de dados (vocabulários
controlados, catálogos de assuntos e outros).
c) Conhecer os recursos disponíveis na (s) biblioteca (s) onde se efetuará a
pesquisa;
d) Delimitar o período que a pesquisa deverá abranger;
e) Selecionar, a partir do levantamento bibliográfico, o material a ser
pesquisado.
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7 Discussão
O tópico da discussão compreende no momento em que o
pesquisador se interagem com a pesquisa, com os dados, com os
resultados e formula o entendimento encontrado na pesquisa, evidenciando
os elementos encontrados e deles promovendo o diálogo, já não na forma
de comentários, mas, firmando uma posição teórica, argumentativa e,
sobretudo, critica.
Desta feita, tem-se na discussão como sendo:
A discussão é a parte do artigo que se depara com o desafio de manter o
equilíbrio entre erudição e concisão. É importante apresentar ao leitor as
implicações dos resultados obtidos, e, ao mesmo tempo, não desviar
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Para o advogado da família de Sandra, Igor José Ogar, o laudo tira várias
dúvidas antes existentes no processo. “Entendemos que não haja mais
qualquer dúvida, pois esse laudo não fala, mas demonstra toda a verdade e
elimina todas as dúvidas e controvérsias que existiam anteriormente. Com
isso, esperamos que o Sr. Danir Garbossa venha a sentar no Tribunal do
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8 Conclusões
A Engenharia Física pode contribuir, na identificação de “balas
perdidas”, que é um problema social e de efeito retórico que leva a
incompetência, a impunidade pela falta da verdade que a perícia deveria
revelar. Esta contribuição advém da compreensão da balística externa, que
o profissional possa verificar e estabelecer uma trajetória da bala em
sentido inverso ou reverso, no qual parte a reconstrução da trajetória do
ponto de repouso (ponto A), passando pelo corpo da vítima, cujas marcas
indicam ponto de saída do projetil e ponto de entrada, destacando que se
está refazendo o percurso inverso (ponto B – saída da bala no corpo da
vítima. Trajetória dentro do corpo da vítima [balística médico legal]. Ponto C
– entrada da bala na vítima). O tracejado de percurso entre os pontos A, B
e C, autoriza, em conjunto com o calibre, a possível arma, as condições
climáticas e de relevo, a projetar um ponto D, que orienta, provável direção,
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9 Referências
AUGUSTO, Francisco. Causa mortis: bala perdida. Disponível em:
https://www.saibamais.jor.br/causa-mortis-bala-perdida/. Acesso em: 24
maio 2021.
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1 Introdução
O estudo da dinâmica de treinamento dos astronautas se baseia em
entender como são preparados os profissionais para exercer esta profissão.
O principal motivo para esta profissão existir, é para pesquisas realizadas
em microgravidade. A Estação Espacial Internacional é o principal
laboratório e centro de pesquisa em microgravidade existente, esta estação
recebe visitas anuais de astronautas para realizar pesquisas e projetos, tais
servidores que passam por treinamentos de adaptação à gravidade zero,
treinamentos esses que exigem um preparo físico, ético e psicológicos por
conta dos longos meses de serviço.
A compreensão acerca de como o ambiente para tal profissão ocorre
será necessária para pessoas que desejam entender a respeito sobre como
irão trabalhar. Com tudo, deve-se possuir o entendimento a respeito do
isolamento, por envolver algo que é considerado importante para o
desenvolvimento humano, também conhecer como ocorre a reação da
microgravidade, que envolve uma gravidade abaixo da qual está adequada.
A proposta se limita em compreender os métodos físicos e éticos
aplicados no treinamento de astronautas, de modo a indicar a dinâmica
exigida para a formação de um astronauta. Os equipamentos utilizados, os
métodos psicológicos e os acordos judiciais por questões de
confidencialidade. Fixa-se os limites na busca de contribuir com a
compreensão do treinamento dos astronautas e seus métodos físicos e
éticos aplicados. Este é o ponto ou a circunstância que se quer contribuir
para a formação de novos astronautas.
O objetivo definido na pesquisa é compreender a dinâmica de
treinamento de astronautas e seus métodos físicos e éticos utilizados e
como eles se aplicam na formação de novos profissionais.
Tendo em vista o desconhecimento sobre o assunto e com a
finalidade de ter mais conhecimento sobre tal, a pesquisa gira em torno da
seguinte pergunta: “quais são os métodos utilizados e em quais áreas estes
atuam no treinamento dos astronautas?”.
Para responder ao problema de pesquisa, de início, elencou-se três
hipóteses, ou prováveis respostas que são:
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tarefa, fazendo com que a pessoa sinta também a massa e a inércia dos
objetos manipulados durante a simulação.”
Nesta hipótese temos um dos métodos de treinamento utilizados
para simular serviços em microgravidade, sendo utilizado neste treinamento
aparelhos de realidade virtual, com uma variedade de equipamentos para
que o candidato passe pela experiência de simulação. Toda parte elétrica
fica ligada a dispositivos robóticos com a intenção de colocar realismos na
tarefa simulada.
O treinamento em microgravidade é um bom método de treinamento,
entretanto, considerando o custo, a dificuldade de reprodução e, como a
realidade virtual não seria o método mais realista para uma boa
preparação, não seria o método mais conveniente.
A terceira hipótese é “treinamento em meio subaquático: a fim de
superar o impacto da microgravidade, eles treinam convencionalmente
debaixo d'água para aprender os movimentos que realizarão durante sua
missão (treinamento EVA subaquático; Bolender et al., 2006). Este método
de treinamento explora a flutuabilidade (por meio do Princípio de
Arquimedes), que deve reduzir o impacto da gravidade no corpo,
fornecendo "natural de ponderação".
Esta hipótese sinaliza que o meio de treinamento subaquático
utilizado para o preparo de um profissional astronauta, tem por finalidade
superar o impacto da microgravidade, proporcionando uma experiência
submersa em água para o candidato. Enquanto submerso o candidato deve
realizar tarefas, com a infeção explorar a flutuabilidade, utilizando o
princípio de Arquimedes como meio de simulação para seu serviço no
espaço.
Assim, os métodos de treinamento mostrados implicam a dificuldade
de se tornar astronauta, antes de um primeiro treinamento físico, a seleção
ética que ocorre já limita as opções de candidatos possíveis, e com o
decorrer dos treinos práticos, são usados conhecimentos tecnológicos e
físicos, para simulações de impactos gravitacionais causados pela
microgravidade do espaço. Esta compreensão dos métodos físicos e éticos
aplicados no treinamento de astronautas, identificando todos os processos
de seleção e preparo de um profissional astronauta, equacionando o
problema dos métodos utilizados e suas áreas de atuação.
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5 Metodologia
A pesquisa exige o conhecimento da linguagem técnica-científica,
logo deve-se ter precisão, clareza e objetividade. Deve-se atentar a
preocupação com a metodologia, no banco de dados ou no
desenvolvimento da lógica durante a escrita. O que implica em conhecer o
conceito de metodologia, e como é aplicado no processo de pesquisa.
Desta forma, por metodologia entende-se:
A disciplina Metodologia Científica é eminentemente prática e deve-se
estimular os alunos para que busquem respostas às suas dúvidas. Se nos
referimos a um curso superior, estamos naturalmente nos referindo a uma
Academia de Ciência e, como tal, as respostas aos problemas de aquisição
de conhecimento precisam ser buscadas através do rigor científico e
apresentadas através das normas acadêmicas vigentes.
Dito isto, fica claro que metodologia científica não é um simples conteúdo a
ser decorado pelos alunos, a ser verificado em um dia de prova. É preciso
fornecer aos alunos os instrumentos para que sejam capazes de atingir os
objetivos da Academia, que são o estudo e a pesquisa em qualquer área de
estudo. Trata-se então de se aprender fazendo, como sugerem os
conceitos mais modernos da Pedagogia. Este conhecimento fundamenta
práticas e direciona atitudes profissionais mais concisas, buscando ensaios
e acertos, não ensaios e erros.
Procuramos seguir rigorosamente as normas definidas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT para elaboração de trabalhos
científicos.
Qualquer Faculdade nada mais é do que o local próprio da busca
incessante do saber científico. Neste sentido, esta disciplina tem uma
importância fundamental na formação do profissional. Se os alunos
procuram a Academia para buscar saber, precisamos entender que
Metodologia Científica nada mais é do que a disciplina que “estuda os
caminhos do saber”, sendo que “método” quer dizer caminho, “logia” quer
dizer estudo, e “ciência” quer dizer saber. Mas aprender a pesquisar pode
ser prazeroso e, cá entre nós, não é tão difícil assim.
Fonte: Fabiana da Silva Kauark; Fernanda Castro Manhães; Carlos Henrique
Medeiros. Metodologia da pesquisa: guia prático. Itabuna: Via Litterarum, 2010.
Disponível em: https://www.unirv.edu.br/conteudos/fckfiles/files/NDC214%20%20-
%20M%C3%89TODOS%20E%20T%C3%89CNICAS%20DE%20PESQUISA.pdf.
Acesso em: 9 jun. 2021.
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6 Resultados
Os resultados da pesquisa compreendem a explicação do
treinamento de astronautas e seus métodos, os quais serão apresentados
neste tópico utilizando novas fontes ainda não utilizadas.
Lorenna Machado, em texto, “Como escrever os resultados e
discussão do seu trabalho acadêmico”, traz uma visão sobre como escrever
a seção ou tópico resultado, que passa a transcrever abaixo:
Seção de Resultados
Os principais resultados da sua pesquisa são descritos aqui, incluindo as
análises estatísticas e se os achados são significativos ou não. Os
resultados são descritos no passado, pois, você estará descrevendo o que
já foi feito.
Uma apresentação organizada facilita o entendimento da sua linha de
raciocínio pelo leitor. Portanto, a maneira como você organiza a descrição
dos seus resultados precisa ser coerente. Você pode seguir a mesma
ordem descrita na seção de metodologia ou uma ordem de relevância, da
resposta mais para menos importante em relação às suas perguntas de
pesquisa ou hipóteses. Seguir a ordem apresentada na seção de
metodologia é muitas vezes mais fácil, pois, assim você garante que cada
método descrito possui resultados relevantes a serem apresentados. Caso
você opte por excluir os resultados de algum experimento, remova também
toda a descrição relacionada ao experimento da metodologia.
Algumas pesquisas geram muitos dados e nesses casos você precisa focar
somente naqueles mais relevantes. Caso você não tenha certeza quais
dados são os mais relevantes para sua pesquisa, releia seus objetivos e
perguntas iniciais para decidir quais precisam ser descritos com mais
detalhes. Independente dos resultados serem favoráveis ou
estatisticamente significantes, se seus achados forem relevantes para sua
pesquisa, eles deverão ser inclusos no trabalho. Os resultados observados
muitas vezes não são os esperados, mas se você conduziu seus
experimentos com qualidade, esses resultados podem gerar dados
importantes para sua área de pesquisa.
A inclusão de tabelas e figuras é importante para ilustrar seus resultados,
auxiliando a visualização da informação descrita no texto pelo leitor. Elas
devem ser enumeradas consecutivamente, na mesma ordem em que são
mencionadas no texto. Capriche na produção destes itens considerando a
clareza e a facilidade de visualizar as informações importantes do seu
trabalho.
A maioria dos leitores, principalmente de artigos científicos, apenas
examinam as tabelas e figuras sem ler o texto. Portanto, certifique-se de
88
Engenharia Física – resolução de problemas
que cada item tenha um título claro e descritivo o suficiente para ser
entendidas sem o auxílio do texto. Além disso, o texto deve complementar
as figuras e tabelas e não repetir a mesma informação. Descreva as
similaridades, diferenças, correlações e tendências implícitas nos
resultados. Compare os dados sem repetir os valores já reportados. Inclua
as informações sobre os testes estatísticos realizados, como os valores de
p ou intervalos de confiança e limites.
Fonte: Lorenna Machado. Como escrever os resultados e discussão do seu trabalho
acadêmico . Disponível em: http: http://proficienciaconsultoria.com.br/como-
escrever-os-resultados-e-discussao-do-seu-trabalho-academico/. Acesso em: 24
maio 2021.
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calcâneo mostra uma tendência para aumento das perdas dos minerais
ósseos com viagens espaciais mais prolongadas (16,17). Os valores são
variáveis devido a heterogeneidade individual e diferentes métodos de
medição, no entanto as perdas são o dobro das observadas em acamados,
portanto a taxa de perda óssea durante uma viagem espacial é superior à
verificada nos análogos terrestres (18,19).
Há pouca evidência que mostre diferenças relacionadas com sexo na taxa
de perda óssea. Certamente, algumas diferenças individuais podem estar
relacionadas com fatores hormonais específicos de sexo, no entanto a
variabilidade dentro do próprio género é grande e tem de ser investigada
melhor. Efetivamente, os homens têm em média, uma maior massa
esquelética, no entanto um estudo de 17 semanas em acamados, mostrou
que a perda óssea era menor em mulheres do que em homens (20)
(medição no calcâneo). No entanto, num estudo durante 60 dias em
acamados (21), em que se avaliou a densidade mineral óssea ao nível da
anca, as mulheres mostravam perda substancial nesse local enquanto os
homens não (22). Usando TAC, avaliou-se a densidade mineral óssea do
osso trabecular e cortical da tíbia após bed rest. Não foram observadas
diferenças significativas entre homens (22,23) e mulheres (24). Estudos
realizados em roedores com suspensão dos membros posteriores,
mostraram uma maior perda de osso trabecular em ratos fêmea (25) e um
efeito distinto nos valores iniciais (ratos que tinham maior volume ósseo
inicial, perdiam menos massa óssea).
Para além da perda óssea, parece haver alterações nas propriedades dos
ossos que os tornam mais fracos. A zona trabecular do osso é mais
suscetível à microgravidade. Por exemplo, no fémur a perda de densidade
mineral óssea é maior nesta zona do que na zona cortical (26). A
densidade mineral óssea está reduzida principalmente nos pontos de
suporte do peso corporal, nomeadamente: pescoço, coluna vertebral, pélvis
e fêmur. Em contraste, os membros superiores não mostram alterações na
densidade mineral óssea (27). Já no crânio, verifica-se um aumento da
densidade óssea (28,29).
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7 Discussão
O tópico de discussão tem como objetivo à interação do pesquisador
com a pesquisa, usando dos dados e resultados obtidos na pesquisa,
visando formular um diálogo, não em forma de comentários, mas sim em
posição teórica, argumentativa e crítica.
De tal maneira, se tem a discussão como:
A discussão é a parte do artigo que se depara com o desafio de manter o
equilíbrio entre erudição e concisão. É importante apresentar ao leitor as
implicações dos resultados obtidos, e, ao mesmo tempo, não desviar
significativamente dos achados objetivos. Em outras palavras, algum nível
de especulação sobre o potencial dos achados é esperado, sem, no
entanto, permitir que as asas da imaginação conduzam o texto para o
etéreo domínio do devaneio, sem fundamento em dados obtidos no estudo
em discussão. Tendo em mente as dificuldades acima expostas, serão
feitas algumas sugestões orientadoras sobre como escrever uma
discussão.
Inicialmente, seria oportuno logo no começo do texto colocar, de maneira
objetiva e sucinta, um resumo dos resultados. Por exemplo, "Os dados
obtidos no presente estudo demonstram que o tratamento X mostrou ser
positivo para o tratamento da doença Y. Os efeitos positivos observados
foram consistentes e se mantiveram inalterados frente a diferentes
procedimentos de controle, tais como X, Y e Z.". Logo após essa pequena
revisão da seção de resultados, é importante apontar as potenciais
implicações do estudo, como "o conjunto de achados indicam que, nas
circunstâncias e limitações definidas no presente estudo, o tratamento X
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8 Conclusões
O estudo da dinâmica de treinamento dos astronautas tem como
função preparar um astronauta para sua missão no qual foi selecionado,
baseado em estudos gravitacionais notasse as diferenças de ambiente
afetado pela gravidade, e o ambiente onde se está em microgravidade, não
só este aspecto é influente na dinâmica de treinamento, se tem também o
isolamento. Tendo em vista estes assuntos, a dinâmica de treinamento dos
astronautas tem a função de preparar o profissional para suprir esta
diferença de ambiente e o período de isolamento. O serviço exercido por
um astronauta é importante para a ciência, tornando necessário a
compreensão do tema em questão.
Tendo em vista o ambiente em que o astronauta enfrentará, as
habilidades necessárias para trabalhar neste ambiente serão adquiridas
através do treinamento rigoroso. Com tudo, a empresa fornecedora deste
serviço, tem por sua vez que cumprir com termos de segurança, visando
proteger a saúde física do profissional. O treinamento ocorre com objetivo
de simulação, visando diminuir a diferença física que ocorre no corpo
humano ao estar sobre muito tempo em microgravidade.
Após ter conhecimento da ambientação que o astronauta irá
enfrentar com a ida ao espaço. É criado um problema na pesquisa, onde
prioriza compreender os métodos utilizados no treinamento de astronautas,
abrindo possibilidade de melhora nesse treinamento e também contribuindo
com futuros profissionais que tem o objetivo de se tornar um astronauta.
Com o banco de dados foi possível descobrir os métodos utilizados
no treinamento de astronautas, tais métodos que limitaram as
possibilidades de um profissional se tornar um astronauta. Já na seleção de
profissionais, a empresa fornecedora do serviço exige um currículo de
muita experiência para o cargo, não apenas o currículo como a saúde
corporal e mental do participante. Após o processo de seleção os
concorrentes ao cargo passam por treinamentos e simulações, através de
equipamentos de alta tecnologia e treinamentos com conceitos físicos,
todos estes com fins de preparar o profissional para a microgravidade. Após
o processo de pesquisa usando banco de dados, tem-se a compreensão
dos métodos físicos e éticos aplicados no treinamento de astronautas.
102
Engenharia Física – resolução de problemas
9 Referências
ALBUQUERQUE, Marcelo Possamai; ALVES, Cloer Vescia; FALCÃO,
Felipe Prehn; ORSOLIN, Denver Marchese; RUSSOMANO, Thais.
Desenvolvimento de um sistema para quantificação da desorientação
espacial em pilotos. In LUME UFRGS. Disponível em:
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/51425/Resumo_2008030
0.pdf?sequence=1 Acesso em: 19 maio 2021.
BLOOMERG, Jacob J.; PETERS, Brian T.; COHEN, Helen S.; MALUVARA,
Ajitkumar P. Enhancing astronaut performance using sensorimotor
adaptability training In Frontiers in Systems Neuroscience. Disponível em:
https://doi.org/10.3389/fnsys.2015.00129. Acesso em: 16 jun. 2021.
GARCIA, Angelica D.; SCHLUETER, Jonathan; PADDOCK, Eddie. Training
Astronauts using Hardware-in-the-Loop Simulations and Virtual Reality . In
Aerospace research central. Disponível em: https://doi.org/10.2514/6.2020-
0167. Acesso em: 19 maio 2021.
GREENLEAF; BULBULIAN, R.; BERNAUER; HASKELL; MOORE, T.
Exercise-training protocols for astronauts in microgravity In Journal of
Applied Physiology. Disponível em:
https://doi.org/10.1152/jappl.1989.67.6.2191 Acesso em: 15 jun. 2021.
KAUARK, Fabiana da Silva; MANHÃES, Fernanda Castro; MEDEIROS,
Carlos Henrique. Metodologia da pesquisa: guia prático . Itabuna: Via
Litterarum, 2010. Disponível em:
https://www.unirv.edu.br/conteudos/fckfiles/files/NDC214%20%20-%20M
104
Engenharia Física – resolução de problemas
%C3%89TODOS%20E%20T%C3%89CNICAS%20DE%20PESQUISA.pdf.
Acesso em: 9 jun. 2021.
LISZKA, Michael; ASHMORE, Matthew; BEHNKE, Mark; SMITH, Walter;
WATERMAN, Tod of ATK Spacecraft, Systems and Services for Goddard
Space Flight Center. NBL Pistol Grip Tool for Underwater Training of
Astronauts . In NTRS - Servidor de relatórios técnicos da NASA. Disponível
em: https://ntrs.nasa.gov/citations/20⁹120006613. Acesso em: 19 maio
2021.
MACHADO, Lorenna. Como escrever os resultados e discussão do seu
trabalho acadêmico . Disponível em: http:
http://proficienciaconsultoria.com.br/como-escrever-os-resultados-e-
discussao-do-seu-trabalho-academico/. Acesso em: 24 maio 2021.
RAMOS, Marta Viúla. Alterações musculoesqueléticas em ambiente de
microgravidade In Universidade de Lisboa. Disponível em:
http://hdl.handle.net/10451/47200 Acesso em: 15 jun. 2021.
SALDIVA, Paulo. Discussão In Editorial • Rev. Assoc. Med. Bras. 58 (5) •
Out 2012. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ramb/a/fqq56kGQhrj6vLSJKjbBKgq/?lang=pt. Acesso
em: 23 jun. 2021.
WHITLOCK, Laura A. Astronautas In StarChild. Disponível em:
https://heasarc.gsfc.nasa.gov/nasap/docs/shadow/space2_p/astro_p.html
Acesso em: 2 jun. 2021.
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1 Introdução
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Tradução Livre
A Econofísica é um campo de pesquisa interdisciplinar, aplicando teorias e
métodos originalmente desenvolvidos por físicos para resolver problemas
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Tradução Livre
Passados vinte anos da sua existência, a econofísica alargou
significativamente o seu âmbito de investigação e hoje em dia trata com
praticamente a maioria da economia contempor ânea questões. Embora não
corresponda totalmente ao de Kuhn esquema de revoluções científicas, seu
dilema diz respeito a todas as ciências transdisciplinares. No entanto, a
perspectiva de Kuhn, após certas modificações, incluindo a introdução da
noção de uma matriz transdisciplinar, fornece para avaliação das
realizações anteriores da econofísica e determinar as condições de sua
integração com economia. No entanto, podemos falar sobre o sucesso da
econofísica como ciência e a aplicação adequada de suas conquistas
quando ela cria um impacto sobre o curso dos processos econômicos reais.
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5 Metodologia
Para que o texto possua exatidão e assertividade, é necessário o
conhecimento da linguagem técnica- científica. É importante atentar- se à
metodologia, como a pesquisa que foi realizada e ao banco de dados, de
forma que haja coerência durante a escrita.
A metodologia serve para dar praticidade ao texto e mostrar como foi
realizada a pesquisa. A partir da pesquisa, informações compõe a
metodologia a fim de mostrar que o conteúdo apresentado ao longo do
texto é verídico.
A pesquisa foi realizada observando os tópicos a seguir:
I) Estabeleceu-se uma temática-econofísica- na qual se apresenta o
problema da incompreensão da temática relacionada ao mercado
financeiro. Em uma pesquisa rápida no Google com a expressão
“econofísica no mercado financeiro”, apresentaram aproximadamente 4.210
resultados em 0,42 segundos, indicado pela imagem a seguir:
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6 Resultados
O tópico dos resultados compreende na apresentação da análise dos
dados relevantes e complementares que foram encontrados e selecionados
no banco de dados, indicando em uma sequência lógica os tópicos como o
objeto de estudo, problema, solução e metodologia.
Mauricio Gomes Pereira traz a visão de uma forma de escrever o
tópico dos resultados:
1. Apresentar os resultados em sequência lógica no texto e nas
ilustrações. 3, p. 97
Ilustrações compreendem tabelas e figuras. Ilustrações têm a propriedade
de resumir importantes informações que, de outra forma, seriam difíceis de
redigir e enfadonhas de ler. Se bem compostas, concorrem para simplificar
o texto que, de outra maneira, conteria excesso de números e de
explicações. Tabelas e figuras têm especificidades. As tabelas são
utilizadas quando se necessita apresentar dados precisos, grande
quantidade de valores numéricos e informações muito complexas para
serem descritas no texto ou mostradas em figuras. 3, p. 276-97 As figuras são
mais bem empregadas para mostrar cenários, fluxos, tendências ou relação
entre eventos. 3, p. 299-325
2. Enfatizar somente informações importantes e não repetir no texto o que
consta nas ilustrações. 3, p. 97
Menciona-se brevemente o que foi encontrado na pesquisa sem emitir
opinião ou comparação com outros estudos. A parte interpretativa dos
achados estará confinada à discussão, a parte final da estrutura do artigo.
Como a função da seção de resultados é conter os achados da
investigação, é conveniente o autor facilitar seu entendimento pela
elaboração de um texto coerente, no qual guie o leitor para os pontos
principais das ilustrações. Um texto de boa qualidade não contém
duplicação de resultados em ilustrações e no texto. Duplicações mais
entendiam o leitor do que o esclarecem.
3. Indicar a significância estatística dos resultados. 3, p. 97
Os principais achados são expostos acompanhados do respectivo
tratamento estatístico, se dele houver necessidade. Esse procedimento é
comumente necessário, visto a variabilidade inerente aos resultados de
pesquisas clínicas e epidemiológicas. 3, p. 88 Desvios- padrão, intervalos de
confiança, testes estatísticos e valores p serão alguns termos que
aparecem nessa parte do artigo para esclarecer a variabilidade das
estimativas ou levar em conta o papel do acaso nos resultados. 3, p. 255-273
Em conclusão, o leitor espera encontrar na seção de resultados somente
as informações relevantes que o autor reuniu em sua pesquisa. O texto
será o mais simples, objetivo, claro, conciso, ordenado e rigoroso possível,
seguindo-se as regras de comunicação científica habitualmente aceitas. 3,
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Tradução Livre
Entre as áreas importantes da pesquisa em física lidam com finanças e
sistemas econômicos, uma diz respeito à caracterização estatística
completa do processo estocástico de variações de preço de um ativo
financeiro. Vários estudos foram realizados com foco em diferentes
aspectos da análise estocástica processo, por exemplo, a forma da
distribuição das mudanças de preço [22,64,67,105,111,135], a memória
temporal [35,93,95,112], e a estatística de ordem superior propriedades
[6.31.126]. Esta ainda é uma área ativa e as tentativas estão em
andamento para desenvolver o modelo estocástico mais satisfatório
descrevendo todas as características encontrados em análises empíricas.
Uma conquista importante nessa área é um consenso quase completo
sobre a finitude do segundo momento das mudanças de preço. Este tem
sido um problema antigo nas finanças, e sua resolução surgiu devido ao
interesse renovado no estudo empírico de sistemas financeiros.
Fonte: Rosario Mantegna e H. Eugene Stanley. An Introduction to Econophysics:
Correlations and Complexity in Finances. Disponível em:
http://image.sciencenet.cn/olddata/kexue.com.cn/upload/blog/file/2008/6/200862824
414226176.pdf. Acesso em: 23 jun. 2021.
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7 Discussão
O tópico da discussão é fundamentado na síntese dos outros tópicos,
de modo a relacionar os mesmos entre si.
De acordo com Mauricio Gomes Pereira, tem-se a discussão como:
A discussão é o local do artigo que abriga os comentários sobre o
significado dos resultados, a comparação com outros achados de
pesquisas e a posição do autor sobre o assunto. Uma discussão sem
estrutura coerente desagrada, daí a conveniência de organizar os temas
em tópicos. Estrutura passível de ser utilizada consta do quadro. Cada um
dos tópicos informa sobre uma faceta da discussão e seu conjunto fornece
os subsídios para se julgar a adequação dos argumentos, da conclusão e
de todo o texto.
Fonte: Mauricio Gomes Pereira. A seção de discussão de um artigo científico.
Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/pdf/ess/v22n3/v22n3a20.pdf. Acesso em: 26
jun. 2021.
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8 Conclusões
Conclui-se que a contribuição da Engenharia Física no campo da
economia é possível. Essa contribuição se dá à compreensão da
econofísica no mercado financeiro, que o profissional da Engenharia Física,
a partir de suas habilidades e sua capacidade de lidar com assuntos
multidisciplinares, desenvolva modelos matemáticos de modo a relacionar
os conceitos da física e da economia para estabelecer os riscos e retornos
no mercado financeiro.
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9 Referências
CELESTE, Aléssio Tony Batista; MAGALHÃES, Alex Souza; SANTOS,
Daniel de Souza. Introdução à Econofísica: Uma proposta de atividade para
o ensino médio . Disponível em:
https://periodicos.unb.br/index.php/rpf/article/view/18728/21488. Acesso
em: 17 jun. 2021.
COSTA, Fernando Nogueira da. Econofísica: Mudança de Paradigma na
Ciência Econômica . Disponível em:
https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2015/09/30/econofisica-
mudanca-de-paradigma-na-ciencia-economica/. Acesso em: 23 jun. 2021.
JAKIMOWICZ, A. Econophysics as a New School of Economic Thought:
Twenty Years of Research . Disponível em:
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1 Introdução
A nanotecnologia, refere-se à manipulação da matéria em sua escala
atômica ou molecular, o que possibilita criar materiais para diversas áreas,
dentre elas a Medicina. Essas nanoestruturas têm diversas aplicações, pois
consolidam-se como mais estáveis e podem ser incrementadas de vários
componentes conforme a sua finalidade de uso, atuando de maneira
seletiva no organismo. Nesse contexto da fusão entre nanotecnologia e a
área biomédica, surge a Nanomedicina, considerada uma das promessas
quando se fala em medicina do futuro, ao possibilitar ações de prevenção,
diagnóstico, tratamento e reabilitação efetivos. Todavia, são consideradas
tecnologias recentes, em que padrões de produção e uso não estão
regulamentados e os estudos de segurança são escassos.
Apesar de existirem diversos nanomateriais voltados para
diagnóstico e tratamento de doenças, observou-se que há lacunas com
relação aos potenciais riscos que o uso dessa biotecnologia pode trazer as
pessoas, o que torna um tema apropriado para discussão. Com isto,
justifica-se a proposta de pesquisa que se volta para demonstrar
conhecimento sobre a segurança no uso da nanotecnologia no contexto
biomédico.
Ainda que para o uso da nanotecnologia existem diversos fatores
limitantes, tais como falta de investimento, nível de desenvolvimento
tecnológico de um país, estes não serão considerados objeto de pesquisa,
parametrizando a segurança nos aspectos legislativo, normativo e estudos
de toxicidade.
Diante do exposto cabe destacar que a pesquisa foi realizada com o
objetivo de conhecer aspectos pontuais das nanoctenologias que evidencie
sua segurança para uso na área da saúde.
O questionamento baseia-se em: o que é necessário conhecer para
que a nanotecnologia seja considerada segura para uso na área da saúde?
Para solucionar ao problema de pesquisa estabeleceram-se três
prováveis hipóteses, como resposta, que são:
a) A primeira hipótese se fundamenta na falta de investimento para o
desenvolvimento de pesquisa;
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2 Nanomedicina
A interligação entre nanotecnologia e as ciências da saúde,
possibilitou o surgimento de um novo ramo de atuação das nanoestruturas,
a Nanomedicina, tendo como foco o desenvolvimento de estruturas para
prevenir, diagnosticar e tratar doenças.
A Nanomedicina permite a utilização de materiais e estruturas em
escala reduzida o que facilita a interação entre os diversos componentes do
corpo humano, que estão na mesma medida.
A alta prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e o
surgimento de doenças infecçiosas com potencialidade pandêmica
ressaltam a importância do desenvolvimento de tecnologias assertivas na
prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças. Neste sentido, a
insegurança no uso da Nanomedicina na atualidade é uma perda para a
saúde, sobretudo para os sistemas públicos, haja vista as suas
potencialidades e a redução de custo que a mesma proporciona.
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5 Metodologia
A metodologia concretiza-se como um meio para adquirir
determinado conhecimento, auxiliando na formação do pensamento de
modo a organizar as fundamentações utilizadas em uma dissertação.
A metodologia científica é capaz de proporcionar uma compreensão e
análise do mundo através da construção do conhecimento. O conhecimento
só acontece quando o estudante transita pelos caminhos do saber, tendo
como protagonismo deste processo o conjunto ensino/aprendizagem. Pode-
se relacionar então metodologia com o “caminho de estudo a ser
percorrido” e ciência com “o saber alcançado”.
O conhecimento científico obtido no processo metodológico tem como
finalidade, na maioria das vezes, explicar e discutir um fenômeno baseado
na verificação de uma ou mais hipóteses. Sendo assim, está diretamente
vinculado a questões específicas na qual trata de explicá-las e relacioná-
las com outros fatos.
O caminho pelo qual se propõem a obter o conhecimento científico deve
sempre ser direcionado por procedimentos técnicos e metodológicos bem
definidos visando fornecer subsídios necessários na busca de um resultado
provável ou improvável para a hipótese pesquisada, além de auxiliar na
detecção de erros e na tomada de decisão do cientista.
Fonte: Fabíola Silva Garcia Praça. Metodologia da pesquisa científica: organização
estrutural e os desafios para redigir o trabalho de conclusão. Disponível em:
http://uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20170627112856.pdf. Acesso em: 19
abr. 2021.
6 Resultados
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7 Discussão
A discussão consiste na sedimentação dos dados pesquisados,
momento em que o objeto de estudo, o problema, a solução, a metodologia
e os resultados são interligados e analisados com um olhar crítico e ao
mesmo tempo reflexivo sobre o tema, denotando o que se avança ou
acrescenta para o contexto pesquisado. Nessa perspectiva pode-se citar
que:
A discussão é o local do artigo que abriga os comentários sobre o
significado dos resultados, a comparação com outros achados de
pesquisas e a posição do autor sobre o assunto. Uma discussão sem
estrutura coerente desagrada, daí a conveniência de organizar os temas
em tópicos. Estrutura passível de ser utilizada consta do quadro. Cada um
148
Engenharia Física – resolução de problemas
dos tópicos informa sobre uma faceta da discussão e seu conjunto fornece
os subsídios para se julgar a adequação dos argumentos, da conclusão e
de todo o texto.
Fonte: Mauricio Gomes Pereira. A seção de discussão de um artigo científico .
Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-
49742013000300020. Acesso em: 5 maio 2021.
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8 Conclusões
No estudo do tema “Nanomedicina: conhecimento sobre a segurança
no uso na área da saúde” conclui-se que há um obscurantismo sobre a
segurança no uso dos nanomaterais de um modo geral o que permite inferir
a mesma premissa para a área da saúde. Pode-se categorizar que urge a
necessidade da criação de leis e parâmetros normativos para a das
nanoestruturas a serem utilizadas. Ademais, há uma carência em estudos
conclusivos sobre toxicidade dos nanomateriais, interligada as lacunas das
interações dessas nanoestruturas com biomoléculas.
A nanomedicina é uma área promissora no contexto biomédico,
apresentando aplicações em diversas especialidades, com metodologias
efetivas e superiores as convencionais. Por estarem na mesma escala das
moléculas constituintes do corpo humano, essas estruturas são eficientes e
versáteis, devido a possibilidade de incrementar em um mesmo material
diferentes compostos, o que permite potencializar sua atividade e torna-las
seletivas para um sítio de ação. Contudo esses fatores não podem ser
considerados sinônimos de segurança, haja vista essa temática ser
complexa e recente.
Portanto, essas questões motivam o problema levantado que é a
falta de conhecimento sobre parâmetros de segurança com relação ao uso
da nanotecnologia na área da sáude.
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Engenharia Física – resolução de problemas
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