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Amanda Vogelsanger; Bruna Eloiza Vilvert; Camila Flávia do Carmo; Mariana Meier
Centro Universitário Católica de Santa Catarina – Campus Joinville
Engenharia Civil – Noturno – Disciplina de Mecânica dos Solos I
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DA LITERATURA
𝜎′ = 𝜎 − 𝑢 (Equação 1)
Figura 1: Relação entre as tensões horizontais e verticais num ensaio de compressão edométrica
Estas relações apontadas acima são válidas apenas para solos sedimentares,
solos residuais que possam guardar estados de tensões da rocha da qual derivam
podem ter coeficientes de empuxo em repouso complexos de avaliar e prever
(SOUZA PINTO, 2006).
2.1.3 Atrito
onde o ângulo de atrito (𝜑′) é o ângulo definido entre a força normal e a resultante
obtida da própria e da força de atrito máxima (SILVA, 2012), como mostra a Figura
2. Atingido esse ângulo, a componente tangencial é maior do que a resistência ao
deslizamento, que depende da componente normal, como apresentado na Figura 2
(c).
𝜎1 +𝜎3 𝜎1 −𝜎3
𝜎= + cos(2𝛼) (Equação 6),
2 2
𝜎1 −𝜎3
𝜏= 𝑠𝑒𝑛(2𝛼) (Equação 7),
2
onde 𝛼 é o ângulo formado pelo plano cujas tensões deseja-se conhecer e o plano
principal maior (SOUZA PINTO, 2006).
Os resultados obtidos podem ser representados em função de 𝜎 e 𝜏 como
apresentado na Figura 3 abaixo:
1+𝑠𝑒𝑛𝜑
𝜎1 = 𝜎3 1−𝑠𝑒𝑛𝜑 (Equação 11),
2𝑠𝑒𝑛𝜑
(𝜎1 − 𝜎3 ) = 𝜎3 (Equação 12).
1−𝑠𝑒𝑛𝜑
Silva (2012) afirma não haver norma brasileira que regulamente as condições
e práticas a serem seguidas para a execução o ensaio de cisalhamento direto, por
isso tomou-se a norma ASTM D3080 como referência para se determinar os
procedimentos de ensaio, equipamento de dimensões convencionais, aplicáveis a
ensaios de cisalhamento direto considerados “padrão”.
Apesar de o ensaio ser muito prático, Souza Pinto (2006) apresenta questões
que mostram que a análise do estado de tensões durante o carregamento é
bastante complexa:
Além disso, o autor apresenta que este ensaio não permite a determinação de
parâmetros de deformabilidade do solo, nem mesmo do módulo de cisalhamento,
pois não é conhecida a distorção e explica que, para isto, seria necessária a
realização de ensaios de cisalhamento simples, que são de difícil execução.
Também há dificuldade no controle das condições de drenagem, pois não há como
impedi-la.
Souza Pinto (2006) justifica que pelas restrições apresentadas acima, o
ensaio de cisalhamento direto é considerado menos interessante do que o ensaio de
compressão triaxial. Entretanto, por ser um ensaio simples, é muito útil quando se
deseja medir apenas a resistência, e, principalmente, quando se deseja conhecer a
resistência residual.
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAIS/EQUIPAMENTOS
3.2 PROCEDIMENTO
Fonte: Os autores
Figura 7: Placa de aderência
Fonte: Os autores
Figura 8: Solo
Fonte: Os autores
Figura 9: Caixa montada
Fonte: Os autores
Fonte: Os autores
Figura 11: Aparato experimental
Fonte: Os autores
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Sabendo que tensão é calculada pela força a que a superfície está submetida,
dividido pela área da seção, tem-se que a tensão de cisalhamento será a força
horizontal 𝐹 dividida pela área da amostra 𝐴 corrigida a cada ponto pelo
deslocamento horizontal ∆ℎ vezes a largura 𝐿 da amostra:
𝐹
𝜏= (Equação 13)
𝐴−∆ℎ .𝐿
Fonte: Os autores
Fonte: Os autores
No gráfico anterior nota-se uma irregularidade, o Ensaio 2 apresentou um
resultado discrepante, e por este motivo foi desconsiderado do gráfico, para que
fosse possível aproximar os resultados de uma reta, como a seguir:
Fonte: Os autores
𝑡𝑔𝜑′ = 0,2685
𝜑′ = 15°
Além dos cálculos anteriores, também foi obtido o teor de umidade das
amostras de solo através das cápsulas mantidas em estufa. Conforme
procedimentos descritos neste relatório e com orientação da NBR 6457/1986 -
ABNT, pode-se calcular a umidade do solo através da equação:
𝑃𝑎
ℎ= ∗ 100 (Equação 16)
𝑃𝑠
onde,
ℎ = Teor de umidade
𝑃𝑎 = (Peso da cápsula e solo úmido) - (Peso da cápsula e solo seco)
𝑃𝑠 = (Peso da cápsula e solo seco) - (Peso cápsula)
SOUZA PINTO, Carlos de. Curso básico de Mecânica dos Solos. 3. ed. São
Paulo: Oficina de textos, 2006.