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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS

IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS


CURSO LICENCIATURA EM QUÍMICA
PROFESSOR SÉRGIO VIROLI
DISCIPLINA QUÍMICA GERAL II

RELATÓRIO SOBRE TRANSFORMAÇÕES GASOSAS ISOBÁRICA

DIVANES PEREIRA CAMPOS REIS


ISILMAN LEMES DO NASCIMENTO
LÁZARO AUGUSTO INÁCIO
ROGÉRIO JÚNIOR ALVES ROCHA

PARAÍSO DO TOCANTINS
2021
RESUMO

O presente relatório refere-se a prática experimental realizada para estudo do comportamento


de um gás confinado. Utilizando uma seringa de 20 mL estudamos o comportamento de um gás em
função do seu volume e temperatura, mantendo constante a pressão ao longo do experimento e
utilizando um cilindro graduado para determina todo o sistema, através dos dados obtidos foi possível
analisar afim de verificação a lei Charles e Gay-Lussac: “em um sistema sob pressão constante,
observa-se que o volume ocupado por determinada massa fixa de gás é diretamente proporcional à
temperatura termodinâmica”, e construir um gráfico para analisar o comportamento do volume
versus temperatura do gás confinado na seringa.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 04
2. DESENVOLVIMENTO 05
2.1 LEI DE CHARLES E GAY-LUSSAC 05
2.2 TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA 05
2.3 OBJETIVOS 07
2.3.1 Objetivo Geral 07
2.3.2 Objetivo Específicos 07
2.4 METODOLOGIA 08
2.5 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 08
2.5.1 Materiais e Reagentes 08
2.5.2 Procedimento 08
3. RESULTADOS 09
4. CONCLUSÃO 11
REFERÊNCIAS 12
ANEXOS 13
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1 INTRODUÇÃO

As transformações gasosas consistem em submeter uma massa fixa de um gás a


diferentes condições enquanto uma grandeza é mantida constante. Os tipos são: Transformação
isobárica: mudança com pressão constante; Transformação isotérmica: mudança com
temperatura constante; Transformação isocórica, isométrica ou isovolumétrica: mudança com
volume constante (ÇENGEL; BOLES, 2013).
As grandezas físicas associadas aos gases (pressão, temperatura e volume) são
denominadas variáveis de estado e uma transformação sofrida por um gás corresponde a
variação de pelo menos duas destas grandezas (HELOU; GUALTER; NEWTON, 2007).
Uma transformação isobárica ocorre quando o gás está com uma pressão constante. Por
exemplo, se for feito em um ambiente aberto, a transformação será isobárica, pois a pressão
será a pressão atmosférica que não mudará, nesse caso, a temperatura e o volume é que variam.
Dois cientistas principais estudaram como ocorre essa variação nas transformações
isobáricas. O primeiro a relacionar o volume e a temperatura dos gases foi Jacques Charles
(1746-1823), em 1787, e, depois, no ano de 1802, Joseph Gay-Lussac (1778-1850) quantificou
essa relação (ATKINS; PAULA, 2008).
O estudo dos gases foi difundido entre os séculos XVII e XIX por meio de cientistas
que desenvolveram as leis dos gases. As leis foram obtidas através da manipulação das
grandezas associadas e utilizando um modelo teórico chamado de gás perfeito, criado para
estudar o comportamento de substâncias no estado gasoso, onde neste relatório será discutido
sobre as transformações gasosas isotérmicas baseado em um roteiro experimental fornecido
pelo professor da disciplina de química geral II.
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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 LEI DE CHARLES E GAY-LUSSAC

A transformação isobárica é caracterizada por uma variação de volume e temperatura,


mantendo-se a pressão constante. Esse tipo de transformação é descrito matematicamente pela
lei de Charles e Gay-Lussac. Durante uma transformação isobárica, a temperatura e o volume
são diretamente proporcionais, isto é, mantendo-se constante a pressão de um gás, o volume
por ele ocupado aumentará de acordo com o aumento da temperatura desse gás (HELOU;
GUALTER; NEWTON, 2007).
Veja a fórmula utilizada pela lei de Gay-Lussac:

Ti e Tf – temperatura inicial e final.

2.2 TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA

De acordo com a Lei de Gay-Lussac, a razão entre o volume e a pressão de um gás,


durante uma transformação isobárica, é igual a uma constante (ATKINS; PAULA, 2008). Veja
o exemplo de experimento a seguir.

Figura 01 – Experimento Ilustrativo de Transformação Gasosa Isobárica.

Fonte: https://static.biologianet.com/conteudo/images/2014/12/balao-na-garrafa.jpg.
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O experimento do balão na garrafa para demonstrar a relação entre temperatura e


volume, onde nesse experimento, a pressão manteve-se constante, mas quando aumentamos a
temperatura (água quente), o volume da mistura gasosa (ar) dentro da garrafa PET também
aumentou, ou seja, expandiu-se e fez o balão inflar. O contrário aconteceu quando diminuímos
a temperatura (água gelada), isto é, a mistura gasosa contraiu-se e o volume ocupado por ela
diminuiu.
O que ocorreu nesse experimento? Esse é um exemplo de transformação isobárica e nos
mostra o seguinte: “Em um sistema sob pressão constante, observa-se que o volume ocupado
por determinada massa fixa de gás é diretamente proporcional à temperatura termodinâmica”.
Essa lei é conhecida como a primeira lei de Charles e Gay-Lussac, pois ela foi inicialmente
observada em 1787 pelo físico francês Jacques Charles (1746-1823) e, em 1802, foi
quantificada pelo químico francês Joseph Gay-Lussac (1778-1850).
Essa quantificação mostrou que se aumentarmos a temperatura para o dobro do seu valor
inicial, o volume também aumentará exatamente o dobro, e se diminuirmos pela metade a
temperatura, o volume ocupado pelo gás também diminuirá a metade. É importante ressaltar
que isso só vale se a temperatura for a termodinâmica, isto é, na escala Kelvin (ATKINS;
PAULA, 2008).
Isso acontece porque o aumento da temperatura eleva também a energia cinética das
moléculas ou átomos do gás, o que faz com que elas se movimentem ainda mais rapidamente,
expandindo o volume. Mas quando a temperatura diminui, as partículas constituintes do gás
movimentam-se mais lentamente, e o gás contrai-se (HELOU; GUALTER; NEWTON, 2007).
Sempre que duas grandezas são diretamente proporcionais, matematicamente temos que
a razão entre elas é igual a uma constante:
V/T = k

Para verificar se isso é verdade, considere os dados mostrados na tabela a seguir que
foram obtidos em transformações isobáricas:

Tabela 01 – Tabela com valores ilustrativos para uma experimentação Isobárica.

Fonte: https://static.biologianet.com/conteudo/images/2014/12/transformacao-isobarica.jpg.
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Colocando os dados mostrados acima em um gráfico, temos o seguinte:

Gráfico 01 – Exemplo de Gráfico para Transformação isobárica.

Fonte: https://static.biologianet.com/conteudo/images/2014/12/grafico-de-transformacao-isobarica.jpg.

Em todos os gráficos de transformações isobáricas, obtemos uma reta, pois o volume


varia proporcionalmente com a temperatura e vice-versa. Observe que o volume e a temperatura
aumentaram proporcionalmente e que a relação V/T deu o mesmo valor em todos os casos, ou
seja, é uma constante (ATKINS; PAULA, 2008). Com base nisso, podemos representar essa
relação também da seguinte forma:
Vinicial / Tinicial = Vfinal / Tfinal

2.3 OBJETIVOS

2.3.1 Objetivo Geral

O objetivo geral da experimentação tratou sobre a distinção das transformações gasosas


(isotérmicas, isobáricas e isovolumétricas), além de contribuir na construção e interpretação de
gráficos das transformações gasosas.

2.3.2 Objetivo Específicos

• Estabelecer como funciona na prática a transformação gasosa isobárica;


• Construção de gráfico de transformação isotérmica;
• Realizar uma experiência variando a temperatura e o volume, mas mantendo a
pressão constante.
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2.4 METODOLOGIA

O experimento foi realizado através de uma pesquisa descritiva quantitativa. Os dados


foram coletados a partir da variação do volume do gás dentro de uma seringa de 20 mL pelo
aumento da temperatura dentro da seringa. Os resultados foram quantificados e expostos em
uma tabela.

2.5 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

2.5.1 Materiais e Reagentes

• Termômetro de -10ºC a 150ºC;


• Seringa de 20 mL;
• Cola instantânea;
• Papel milimetrado.

2.5.2 Procedimento

1º - Puxe o embolo até a metade da seringa (preferencialmente em uma demarcação


exata da graduação volumétrica);
2º - Lacre a ponta da seringa com duas ou três gotas da cola instantânea;
3º - Determine o volume do gás dentro da seringa em diferentes temperaturas;
4º - Monte uma tabela para registrara variação do volume em relação a temperatura;
5º - Preencha a tabela;
6º - Construa um gráfico da variação do volume na seringa (L) em função da variação
da temperatura do gás (Kº).
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3. RESULTADOS

Seguindo o roteiro do experimento, os valores encontrados foram os seguintes:

TEMPERATURAS ENVOLVIDAS NO EXPERIMENTO COM SEUS


RESPECTIVOS VOLUMES
Temperatura (K) Volume (mL)
0ºC 4,5 mL
4ºC 4,6 mL
9ºC 4,7 mL
29ºC 5,0 mL
49ºC 5,3 mL
69ºC 5,7 mL
89ºC 5,9 mL
100ºC 6,2 mL

Logo após, todo o processo de experimentação, realizou-se o preenchimento da tabela


de valores gerais, como expresso no roteiro do experimento, assim, obtivemos os seguintes
valores para cada grandeza.

Temperatura (K) Volume (L) Variação do Volume (L) Razão entre variação do volume pela
temperatura
273 ºK 0,0045 L 0L 1
277 ºK 0,0046 L 0,001 L 0,987
282 ºK 0,0047 L 0,002 L 0,987
302 ºK 0,0050 L 0,005 L 0,993
322 ºK 0,0053 L 0,008 L 1
342 ºK 0,0057 L 0,012 L 0,987
362 ºK 0,0059 L 0,013 L 1,01
373 ºK 0,0062 L 0,016 L 0,987

Assim, foi possível evidenciar que, conforme o aumento da Temperatura (K) de água, o
Volume (L) aumentam, mantendo-se a pressão constante, fatores estes que ocasionam o
aumento do volume do gás do através do aumento da entropia.
Para tal apreciação, é possível verificar esta afirmação no gráfico de transformação
isobárica a seguir (gráfico 02).
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Gráfico 02 – Transformação Isobárica.


400

350
TEMPERATURA (ºK)
300

250

200

150

100

50

0
0,0045 0,0046 0,0047 0,0050 0,0053 0,0057 0,0059 0,0062
VOLUME (L)

Fonte: Autor.
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4. CONCLUSÃO

Através deste experimento foi possível evidenciar a relação das variáveis de estado com
a termodinâmica e as transformações dos gases. Além disto, é imprescindível estabelecer uma
ligação entre a teoria e a prática, uma vez que a prática reforça em vários aspectos os
conhecimentos previamente adquiridos na teoria.
Portanto, foi possível elucidar que a transformação gasosa isobárica depende de uma
pressão constante, e faz relação direta com o volume e a temperatura de onde se está inserido,
onde o “volume ocupado por uma determinada massa fixa de gás é diretamente proporcional à
temperatura termodinâmica, ou seja, a massa do gás aumenta conforme a temperatura aumenta,
podendo afirmar a verificação da lei de Charles e Gay-Lussac.
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REFERÊNCIAS

ATKINS, P. W.; PAULA, Julio de. Físico-química. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

ÇENGEL, Y.A.; BOLES, M. A. Termodinâmica. 7 ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.

HELOU; GUALTER; NEWTON. Tópicos de Física, vol. 2. São Paulo: Editora Saraiva, 2007.
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ANEXOS

ATIVIDADE

1. Quais são as variáveis de estado envolvidas nessa transformação gasosa?


As variáveis de estados envolvidas nessa transformação, são a Temperatura (ºK) e Volume (L),
sendo a pressão uma variável constante.

2. Qual a variável de estado que se mantem constante nessa transformação


gasosa?
A pressão.

3. Qual o nome da transformação gasosa ocorrida no experimento?


Transformação Gasosa Isobárica.

4. Explique porque o fenômeno segue a Primeira Lei de Charles e Gay-Lussac na


qual em pressão constante a variação do volume é diretamente proporcional a
variação da temperatura.
De acordo com Lussac, quando um gás é colocado em um recipiente a uma pressão constante,
verifica-se que, se o volume for modificado, ocorrerá um aumento proporcional da temperatura
absoluta desse gás. De forma geral, segundo a lei de Gay-Lussac, volume e temperatura de um
gás sempre serão diretamente proporcionais, desde que a pressão seja constante. Assim,
aumentando o volume, aumenta-se a temperatura; diminuindo o volume, diminui-se a
temperatura.

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