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Volume 1
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### Wilson José Gonçalves (org.) ###
Engenharia Química
– compromisso com a sustentabilidade –
Volume 1
1ª ediçã o
Campo Grande – MS
Academia de Letras Jurídicas do Estado de Mato Grosso do Sul – ALJ-MS
2021
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Engenharia Química – compromisso com a sustentabilidade
Engenharia Química
– compromisso com a sustentabilidade –
Editora
Academia de Letras Jurídicas do Estado de Mato Grosso do Sul
Conselho Editorial
Aires Gonçalves, ALJ-MS. ( in memoria )
André Puccinelli Júnior, Doutor/PUC-SP – UFMS / ALJ-MS.
Fadel Tajher Iunes, ALJ-MS. ( in memoria )
Helder Baruffi, Doutor/USP – UFGD / ALJ-MS.
Júlio Cesar Bebber, Doutor/USP – TRT 24ª Região / ALJ-MS.
Lúcio Flavio Joichi Sunakozawa, Mestre/UCDB – UEMS-MS.
Ruy Celso Barbosa Florence, Doutor/PUC-SP, ALJ-MS.
Sérgio Fernandes Martins, Mestre/UGF / ALJ-MS.
Tatiana Azambuja Ujacow, Mestre/UnB – UFMS / ALJ-MS.
Wilson José Gonçalves, Doutor/PUC-SP – UFMS / ALJ-MS.
Endereço:
Rua Joaquim Murtinho, 93 – Centro. Campo Grande-MS.
79.002-100
f. + 55 67 98419 1515
e-mail: academiadeletrasjuridicas@bol.com.br
Arte da Capa de Rayan Peixoto Fleming
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– compromisso com a sustentabilidade –
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Engenharia Química – compromisso com a sustentabilidade
Dedicatória
Aos Professores, Técnicos-Administrativos e Familiares.
Corpo Docente
Adilson Beatriz João Batista Gomes de Souza
Adriana Pereira Duarte Juliano Carvalho Cardoso
Airton Carlos Notari Júlio Alberto Peres Ferencz Júnior
Amilcar Machulek Júnior Larissa Gabriela Ávila
Ana Camila Micheletti Lilian Ferreira Berti
Andre Luis Soares da Fonseca Lilian Milena Ramos Carvalho
Bruno Dias Amaro Lincoln Carlos Silva de Oliveira
Bruno Gabriel Lucca Marco Antônio Utrera Martines
Carlos Eduardo Domingues Martha Janete de Giz
Nazário Nadya Kalache
Cassio Pinho dos Reis Nidia Cristiane Yoshida
Celso Cardoso Olivier Francois Vilpoux
Charlene Marcondes Avelar Onofre Salgado Siqueira
Clóvis Lasta Fritzen Patrícia de Oliveira Figueiredo
Dario Xavier Pires Paulo de Sousa Carvalho Júnior
Diego Carvalho Barbosa Alves Rafael Lucas de Arruda
Elen Viviani Pereira Spreafico Rebeca Yndira Cabrera Padilla
Elias Tayar Galante Saulo Gomes Moreira
Fabio Mallmann Zimmer Sérgio Carvalho de Araújo
Fernanda Rodrigues Garcez Sergio Leandro Espindola Preza
Geraldo Vicente Martins Silvio Cesar de Oliveira
Glaucia Braz Alcantara Sônia Maria Monteiro da Silva
Glaucius Lahnke de Oliveira Burigato
Glauder Guimarães Ghinozzi Thiago Pedro Pinto
Isabela Porto Cavalcante Walmir Silva Garcez
Jamal Rafique Khan Widinei Alves Fernandes
Janusa Soares de Araújo Wilson José Gonçalves
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Sumário
1 Apresentação............................................................................................................. 7
Engenharia Química no Processamento de Fertilizante Orgânico: observação das
normativas para certificação de produtos.................................................................12
Wilson José Gonçalves ............................................................................................12
Engenharia Química na Produção de Maquiagens Hipoalergênicas: controle de
riscos alérgicos na utilização de produtos para pele..............................................74
Andriely Costa de Mattos .........................................................................................74
Isabela dos Santos Corrêa Crivelli ...........................................................................74
Engenharia Química na Farmacologia Fitoterápica: viabilidade do potencial
terapêutico dos canabinoides..................................................................................109
Amanda Bernardes de Lima ...................................................................................109
Engenharia Química na Nanotecnologia: regulamentação nos impactos à saúde e ao
meio ambiente........................................................................................................... 150
Vitória Corrêa Barbosa ...........................................................................................150
Engenharia Química na Produção de Nanomateriais: atenção para os métodos de
descarte com avaliação de toxicidade....................................................................182
Matheus Rocha de Souza Silva..............................................................................182
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Engenharia Química – compromisso com a sustentabilidade
1 Apresentação
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Engenharia Química – compromisso com a sustentabilidade
2 Objeto de Estudo
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO] = indicando o
conteúdo geral do tópico
§ - citação 1 (s) – no mínimo três autores citação direta
§ - comentário – aprende a dialogar com os autores
§ - citação 2 (s) – no mínimo três autores citação direta
§ - comentário – aprende a dialogar com os autores
§ - citação 3 (s) – no mínimo três autores citação direta
§ - comentário – aprende a dialogar com os autores
§ - análise – para compreensão do assunto
§ - conclusão = Assim, [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - gancho para próximo tópico [INDICAR COM AS MESMAS PALAVRAS
EXISTENTES NO PRÓXIMO TÓPICO]
3 Problema
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO] = indicando o
conteúdo geral do tópico
§ - descrever o problema = USAR O PROBLEMA (PERGUNTA?) DA
INTRODUÇÃO
§ - [...] se possível – citação para demonstrar o problema, sua origem ou demais
aspectos que despertam o interesse ao problema
§ - ao citar deve-se comentar
§ - reforçar o foco do problema na pergunta ou em seus detalhamentos
§ - conclusão = Assim, [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - gancho para próximo tópico [INDICAR COM AS MESMAS PALAVRAS]
4 Solução
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO] = indicando o
conteúdo geral do tópico.
§ - recuperar o problema de pesquisa.
§ - desenvolver as hipóteses indicada na INTRODUÇÃO e outras [...]
§ - primeira hipótese – indicar e demonstrar / refutar o porquê não é a resposta
mais adequada ao problema.
§ - refutar a hipótese.
§ - segunda hipótese – indicar e demonstrar / refutar o porquê não é a resposta
mais adequada ao problema.
§ - refutar a hipótese.
§ - terceira hipótese – indicar e demonstrar que é a resposta mais adequada ao
problema.
§ - a última hipótese é a solução mais adequada ao problema
§ - conclusão = Assim, [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - gancho para próximo tópico [INDICAR COM AS MESMAS PALAVRAS]
5 Metodologia
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - descrever os bancos de dados e demais informações de COMO foi feita a
pesquisa
§ - [...]
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6 Resultados
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO] – Balizar-se ou
ORIENTAR-SE pelo texto do RESUMO e da INTRODUÇÃO, de modo a manter a
coerência e coesão do texto agregando os dados reunidos no banco de dados ou
nas referências no qual se apoiou para realizar a pesquisa.
§ - descrever a síntese do banco de dados, ou seja, faça um apanhado de tudo
que pesquisou. Organizando de modo a demonstrar os textos de posição
contrária, se encontrou, bem como a posição favorável. Tanto do objeto de
estudo, do problema e da solução. Além da metodologia que pode ser incluída.
RECOMENDA-SE O USO DO TÍTULO E DO SUMÁRIO PARA COMPOR A
ORGANIZAÇÃO DO BANCO DE DADOS, SUA SINTÉSE E COMENTÁRIOS
§ - REPETIR ESSA ORIENTAÇÃO [PARÁGRAFO] PARA CADA REFERENCIA
CONSULTADA OU QUE JULGA IMPORTANTE PARA A CONSTRUÇÃO DO
TEXTO E DO ENTENDIMENTO DO TEMA [...] – comentar as principais
REFERENCIAS que consultou para elaborar o texto, indicando sua contribuição
§ - [...] – comentar as principais REFERENCIAS que consultou para elaborar o
texto, indicando sua contribuição
§ - REPETIR ESSA ORIENTAÇÃO [PARÁGRAFO] PARA CADA REFERENCIA
CONSULTADA OU QUE JULGA IMPORTANTE PARA A CONSTRUÇÃO DO
TEXTO E DO ENTENDIMENTO DO TEMA [...] – comentar as principais
REFERÊNCIAS que consultou para elaborar o texto, indicando sua contribuição
§ - fechar a ideia do que se encontrou, no banco de dados, com aquilo escrito no
resumo e na introdução
§ - conclusão = Assim, [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - gancho para próximo tópico [INDICAR COM AS MESMAS PALAVRAS]
7 Discussão
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - compreende na seleção dos resultados que garante a construção do Tópico 2,
3, 4 e 5 = discussão dos resultados (tópico anterior)
§ - [...] § - conclusão = Assim, [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - gancho para próximo tópico [INDICAR COM AS MESMAS PALAVRAS]
8 Conclusões
A conclusão deve conter os seguintes parágrafos:
§ - parágrafo de introdução com base no texto do resumo
§ - síntese do tópico 2 – objeto de estudo
§ - síntese do tópico 3 – problema
§ - síntese do tópico 4 – solução
§ - síntese do tópico 5 – metodologia de execução
§ - síntese do tópico 6 – resultados
§ - síntese do tópico 7 – discussão
§ - destacar o objetivo – [resumo, introdução] – indicando se alcançou ou não
§ - recuperar o problema a pergunta – [introdução]
§ - responder de forma clara a pergunta USANDO apenas elementos trabalho ou
visto no texto, NADA DE ELEMENTO NOVO.
§ - dizer por que essa solução é a melhor.
9 Referências
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Está estrutura pode ser vista, em sua aplicação, nos textos em que o
leitor tem em mãos, comprovando a viabilidade e executoriedade de um
texto técnico-científico, bem como o resultado do processo de ensino-
aprendizado. Reforçando a ideia que o conteúdo dos artigos, deve ou
deveria vincular sua temática com a ementa da disciplina, seja de forma
direta ou indireta. O que foi cumprindo.
Cada autor e autora deve sua dedicação e empenho na proposta de
se pensar a disciplina com base em uma questão prática e direta com a
proposta e a ementa da disciplina.
Com isto, finalizou-se a programação inicialmente feita e concluída
ao encerramento do semestre. Com isto, traz a alegria e felicidade da
missão cumprida.
O que demonstrar que o amor, a disciplina e a persistência
conduzem a perfeição e ao mesmo tempo um avanço, uma inovação no
campo das ideias que se projeta a mudança da realidade social.
Por fim, como professor e organizador da obra, gostaria de registrar
minha gratidão, pelo voto de confiança recebido, ao acreditar neste projeto.
Encerrando o semestre com chave de ouro, e demonstrando uma
viabilidade de uma ideia.
Muito obrigado, um grande e fraterno abraço a todos e todas.
Campo Grande-MS., Cidade Universitária, 10 de julho de 2021.
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1 Introdução
A visão holística traz em seu bojo um olhar diferente sobre as
questões do mundo, na relação com o ser humano. Está concepção,
sobretudo, para as Engenharias que tem por função e missão, a resolução
de problemas sociais. E a Engenharia Química, em seu destaque e
abrangência de atuação, tem agregado o sentido de revisar seus produtos e
processos, na denominada “Engenharia ‘Química’ Verde”, não só para
corrigir fatos preteridos, mas, para atender e adequar fatos presente e
futuros, de modo a sintonizar com a Agenda 2030, para o Desenvolvimento
Sustentável. Nesta linha de pensamento, a Engenharia Química, pode e
deve contribuir entre tantas atividades, atuar no processamento de
fertilizantes orgânicos, em especial com as normativas para certificação de
processo e produto. Observando as exigências, especificações, garantias,
grau de tolerância, registro junto aos órgãos competentes, embalagem,
rotulagem e o controle de qualidade. Este é o foco que se busca ao
desenvolver a “ Engenharia Química no Processamento de Fertilizante
Orgânico: observação das normativas para certificação de produtos ”.
A justificativa para a proposta de “ Engenharia Química no
Processamento de Fertilizante Orgânico: observação das normativas para
certificação de produtos ”, incide numa visão da Química Verde, no qual se
tem a preocupação com a sustentabilidade, meio ambiente e qualidade de
vida para as gerações presentes e futuras. E a obtenção da certificação
pela observação das normativas são um indicador significativo que o
processo e produto obedece uma sistematização, controle e
compatibilidade com o meio a ser aplicado. Com isto, justifica-se a
preocupação com o processamento de fertilizante orgânico.
A proposta se restringe aos fertilizantes orgânicos e as normativas
para certificação de produtos. Não sendo objeto de investigação a inovação
tecnológica, outros tipos de fertilizantes, sobretudo, os inorgânicos,
sintéticos etc. Também, não será estendido as normativas internacionais ou
aos padrões de outros países, mas, da regulamentação interna brasileira.
O objetivo da proposta é conhecer as normativas e os procedimentos
de registro e demais documentação, junto ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento –MAPA, para a certificação de processamento de
fertilizante orgânico.
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http://www.agricultura.gov.br/assuntos/insumos-agropecuarios/insumos-
agricolas/fertilizantes/legislacao/in-53-2013-com-as-alteracoes-da-in-6-de-
10-3-16.pdf
Solicitar registro do produto
O responsável técnico do estabelecimento produtor ou importador que teve
o registro do estabelecimento deferido solicita o registro do produto. Ao
enviar, o Responsável Técnico da empresa receberá um e-mail automático
do SIPEAGRO, informando do deferimento. O próprio Responsável Técnico
poderá emitir o certificado de registro do produto.
Fonte: Governo do Brasil. Obter certificado de registro automático de produto
fertilizante, corretivo, condicionador de solo e substrato para plantas. SIPEAGRO –
Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuarios. Disponível em:
https://www.gov.br/pt-br/servicos/obter-certificado-de-registro-automatico-de-
produto-fertilizante-corretivo-condicionador-de-solo-e-substrato-para-plantas.
Acesso em: 22 abr. 2021.
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Quando usar?
Você pode usar o Composto Orgânico Adubare para aumentar a fertilidade
do seu solo de acordo com recomendação técnica ou segundo o seu
hábito. Lembre-se: matéria orgânica nunca é demais para o solo e é
indispensável para uma boa produção.
Aprovado pela ECOCERT Insumos
O registro RS 12379 10010-3: possui resíduos de agroindústria, serragem
de madeira e resíduos de criação e abate de animais de acordo com as
exigências fitossanitárias ou sanitárias estabelecidas pelo Serviço de
Defesa Agropecuária - SEDESA/DT e órgão ambiental. Produto não
conforme segundo os regulamentos orgânicos internacionais Europa, USA
e Japão, logo não poderão ser utilizados em lavouras com certificação
orgânica sob tais regulamentos.
O registro RS 12379 10012-0: possui em sua composição resíduos de
agroindústria (precisamente torta de filtro, engaço de uva), fosfato natural e
aparas de fumo. Produto em conformidade com os regulamentos orgânico
nacional (Lei 10.831/03) e internacional (Europa, USA e Japão).
Fonte: Adubare. Fertilizante Orgânico Classe A. Disponível em:
http://www.adubare.com.br/produtos_fert_organico_certificado.html. Acesso em: 2
maio 2021.
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5 Metodologia
A metodologia compreende a ferramenta ou instrumental que permite
e qualifica o trabalho como ciência, distinguindo de texto livre, redação ou
de literatura. A metodologia compreende no encaminhamento e
norteamento do passo a passo para resolver um problema de forma
consciente e controlado.
Na conceituação tem-se que a metodologia, segundo William Costa
Rodrigues, é:
Conceitos e Definições
• Metodologia Científica:
– É um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados pela
ciência para formular e resolver problemas de aquisição objetiva do
conhecimento, de uma maneira sistemática.
Fonte: William Costa Rodrigues. Metodologia Científica. FAETEC/IST. Paracambi.
2007. Disponível em:
http://pesquisaemeducacaoufrgs.pbworks.com/w/file/fetch/64878127/Willian
%20Costa%20Rodrigues_metodologia_cientifica.pdf. Acesso em: 17 maio 2021.
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6 Resultados
Os resultados, como o próprio nome indica, consiste na somatória
dos dados obtidos durante a pesquisa. Nota-se que estes podem
apresentar de forma distinta, observando o tipo de pesquisa. Para pesquisa
de campo ou levantamento de informações, os resultados podem ser
apresentados de maneira quantitativa ou qualitativa. Será quantitativa com
a indicação de dados números que se expressa na amostra o percentual
significativo de um determinado dado. Enquanto que a pesquisa qualitativa
os resultados se revestem nos pontos relevantes e emblemáticos que
contribuíram para a formação e compreensão da pesquisa, em seu objeto
de estudo, na problemática e na solução.
Por resultados entende-se e deve ressaltar os seguintes aspectos:
A importância da seção de Resultados em artigos acadêmicos
A função da seção de Resultados é apresentar objetivamente os seus
resultados-chave, sem interpretação, em uma sequência ordenada e lógica,
usando tanto materiais ilustrativos (tabelas e figuras) quanto texto.
Enquanto a seção de Métodos explica como os dados foram coletados, a
seção de Resultados apresenta quais dados foram reunidos. Resumos de
análises estatísticas podem aparecer no texto ou nas tabelas ou figuras
pertinentes.
A seção de Resultados deve ser organizada em torno de uma série de
tabelas e/ou figuras em sequência, para apresentar suas principais
descobertas em uma ordem lógica. O texto da seção de Resultados segue
essa sequência e fornece respostas para as perguntas ou hipóteses que
você investigou. Resultados negativos importantes também devem ser
relatados. Os autores geralmente escrevem o texto da seção de Resultados
com base nessa sequência de tabelas e figuras.
Um erro comum é que os autores confundam as informações das seções
de Resultados e de Discussão. No geral, há duas maneiras básicas de
organizar os resultados:
– Apresentando todos os resultados em uma seção, seguidos pela
discussão (talvez em uma seção diferente);
– Apresentando os resultados e a discussão em partes.
O método de organização que você deverá usar dependerá da quantidade
e do tipo de resultados obtidos em sua pesquisa. Você deve procurar um
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iv) Metodologia
Na metodologia a base foi a pesquisa bibliográfica e documental,
razão que o foco deve por fundamento e orientação a pesquisa
bibliográfica.
Angélica Silva de Sousa, Guilherme Saramago de Oliveira e Laís
Hilário Alves, apresenta na abertura do texto uma citação que resume o
sentido geral da pesquisa bibliográfica que é:
A Pesquisa Bibliográfica: princípios e fundamentos
[...] elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente
de: livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais,
boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico, internet,
com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo
material já escrito sobre o assunto da pesquisa. Na pesquisa bibliográfica,
é importante que o pesquisador verifique a veracidade dos dados obtidos,
observando as possíveis incoerências ou contradições que as obras
possam apresentar (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 54).
Fonte: Angélica Silva de Sousa, Guilherme Saramago de Oliveira e Laís Hilário
Alves. A Pesquisa Bibliográfica: princípios e fundamentos . Disponível em:
https://www.google.com/search?q=Pesquisa+bibliogr
%C3%A1fica+segundo+autores&rlz=1C1GCEA_enBR948BR948&ei=_QuxYJaFNd-
n5OUP_sGVuA4&start=10&sa=N&ved=2ahUKEwjW9-
mp2OzwAhXfE7kGHf5gBecQ8tMDegQIAhA7&biw=1920&bih=880. Acesso em: 28
maio 2021.
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7 Discussão
O tópico ou seção de discussão compreende o momento ápice da
pesquisa, no qual o pesquisador reflete os dados encontrados com sua
visão de mundo e os parâmetros, o problema e objetivo, de modo, literal,
promover a discussão é compreender a totalidade, tanto do objeto de
estudo, de seu problema, solução e a fórmula pesquisada.
Confirma este pensamento nas preleções de Lorenna Machado que
diz:
SEÇÃO DE DISCUSSÃO
A discussão é a parte mais importante do seu trabalho. É aqui que você irá
interpretar e analisar criticamente os resultados obtidos. Nesta seção você
responde as suas perguntas de pesquisa e justifica a sua abordagem. A
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8 Conclusões
Dentro da atuação do exercício profissional de Engenharia Química,
tem-se o processamento de fertilizante orgânico, cuja exigência legal
impõem a observância normativa, tanto para o registro junto ao MAPA,
como acatamento das diretrizes para certificação de produtos que se deseja
receber o selo de controle de qualidade.
O entendimento do conceito legal de fertilizante orgânico é “ produto
de natureza fundamentalmente orgânica, obtido por processo físico,
químico, físico-químico ou bioquímico, natural ou controlado, a partir de
matérias-primas de origem industrial, urbana ou rural, vegetal ou animal,
enriquecido ou não de nutrientes minerais ” (cf. Art. 2º, inciso III, letra “b”, do
Anexo ao Decreto nº 4.954, de 14 de janeiro de 2004, que Regulamenta a
Lei nº 6.894, de 16 de dezembro de 1980). Observa-se que o controle do
processo de produção, do produto, do registro, da certificação e
acompanhamento por profissional habilitado e com Responsabilidade
Técnica é uma exigência para garantir o tipo de fertilizante e sua
manutenção no mercado consumidor, de modo que o produto não ofereça
risco para a saúde humano e ao meio ambiente.
Todavia, a problemática se estabelece a partir que ocorre ou se
identifica a inobservância das normativas para o processamento, o produto,
o registro e a certificação, sem tais cuidados pelos profissionais de
Engenharia Química ou a inobservação das normativas que rege a matéria
não se tem um produto, posto no mercado consumidor, tido como
“verdadeiramente” orgânico.
Sendo necessário e indispensáveis aos profissionais de Engenharia
Química a estrita observância das normativas no processamento de
fertilizante orgânico em toda extensão do processo. Pois, a garantia e
continuidade do registro e da certificação, depende da observação do rigor
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9 Referências
ADUBARE. Fertilizante Orgânico Classe A. Disponível em:
http://www.adubare.com.br/produtos_fert_organico_certificado.html. Acesso
em: 2 maio 2021.
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Processo de
fabricação de biofertilizante . Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-
de-solucoes-tecnologicas/-/produto-servico/804/processo-de-fabricacao-de-
biofertilizante. Acesso em: 26 maio 2021.
ENAGO ACADEMY. A importância da seção de Resultados em artigos
acadêmicos. Disponível em:
https://www.enago.com.br/academy/importance-of-results-section-in-
academic-papers/. Acesso em: 26 maio 2021.
GALVÃO, Maria Cristiane Barbosa. O levantamento bibliográfico e a
pesquisa científica. Disponível em:
http://www2.eerp.usp.br/nepien/disponibilizararquivos/levantamento_bibliogr
afico_cristianegalv.pdf. Acesso em: 17 maio 2021.
GOVERNO DO BRASIL. Obter certificado de registro automático de produto
fertilizante, corretivo, condicionador de solo e substrato para plantas.
SIPEAGRO – Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos
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1 Introdução
As diferentes formas com que os indivíduos entendem o mundo
refletem nas Engenharias, as quais consistem na aplicação de
conhecimentos técnicos, matemáticos, sociais e econômicos na resolução
de problemas práticos, tendo em vista aprimorar algo existente ou
desenvolver novas tecnologias. Pela sua importância e extensão
profissional, a Engenharia Química tem integrado a verificação de suas
produções à globalização que a indústria sofre a cada dia não só para
reparar ocorrências postergadas, mas atender e adequar ocorrências
presentes e futuras a fim de conciliar com o tripé da sustentabilidade, isto é,
sociedade, ambiente e economia. Neste raciocínio, a Engenharia Química
tem de colaborar entre sua dimensão de atividades, operar na produção de
maquiagens hipoalergênicas, em particular no controle de riscos alérgicos
na utilização de produtos para pele, atentando-se ao planejamento,
componentes químicos, embalagem e rotulagem próprias, grau de
toxicidade e registro junto aos órgãos competentes. Este é o cerne que se
procura ao elaborar a “Engenharia Química na Produção de Maquiagens
Hipoalergênicas: controle de riscos alérgicos na utilização de produtos para
pele” .
A escolha de “Engenharia Química na Produção de Maquiagens
Hipoalergênicas: controle de riscos alérgicos na utilização de produtos para
pele” como proposta, advém da preocupação com possíveis reações
alérgicas entre os consumidores, refletindo uma necessidade de fiscalizar a
produção dessas mercadorias, visando bem-estar e conforto. O
acompanhamento e controle dos componentes utilizados na produção é um
fator importante que passa segurança na utilização. Com isso, expõe-se a
importância da produção de maquiagens hipoalergênicas.
A proposta limita-se às maquiagens hipoalergênicas e aos riscos
alérgicos na utilização destes produtos para pele. Dessa forma, não será
objeto de estudo outros tipos de maquiagens, como as antialérgicas,
veganas, sintéticas, dentre outras. Em conjunto, serão analisadas alergias
da epiderme, excluindo as análises de demais categorias de alergia.
O objetivo do tema escolhido é analisar a composição química das
maquiagens, verificando a viabilidade do uso de certos elementos de
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Fonte: Neusa Dias de Macedo. Iniciação à Pesquisa Bibliográfica . São Paulo. 1995.
Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=2z0A3cc6oUEC&oi=fnd&pg=PA7&dq=inicia%C3%A7%C3%A3o+
%C3%A0+pesquisa+bibliogr%C3%A1fica&ots=SD-jbfvpGE&sig=ZGFfnGPDsO64x-
m9sYopathH6Fk. Acesso em: 23 maio 2021.
6 Resultados
O item que aborda os resultados compõe-se na exposição do que foi
obtido e separado no banco de dados, apontando dados pertinentes e
adicionais que até o momento não foram usados nos itens anteriores, mas
que são de apoio à pesquisa.
Fauze Najib Mattar, Fábio Roberto Fowler, Mauro Calixta Tavares e
Robert Wright Pieren, no texto, “Redação de Documentos Acadêmicos -
Conteúdo e Forma”, trazem um entendimento de como proceder no item
dos resultados de um trabalho acadêmico:
Resultados
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desde leves até as graves, que é dada não pelo próprio produto, mas sim
por alguma substância presente em sua fórmula.
Para combater esse descontrole de riscos alérgicos na utilização de
produtos para pele, é necessária uma alteração na composição da fórmula,
não fazendo uso desnecessário de componentes com potencial de reação.
No entanto, a Engenharia Química e os estudos realizados acerca da
composição química dos produtos para pele, como as maquiagens, indicam
a probabilidade de se produzir produtos hipoalergênicos que possibilitem a
utilização frequente e segura pois é composto por componentes inofensivos
mesmo que sejam utilizados durante anos. Entretanto, é adequado que
comece o uso após a infância.
Tem-se produtos que utilizam parabenos em suas composições o
que pode acarretar reações alérgica aos usuários, é o que Suzana Maria do
Nascimento. et al , discorre no texto “Cosméticos faciais que contém
parabeno: Quais efeitos colaterais podem causar na pele?”:
Atualmente existem vários produtos faciais disponíveis no mercado, com
múltiplos benefícios. Ao serem aplicados sobre a pele, os cosméticos
interagem com os queratinócitos presentes na epiderme, com os folículos
pilosos e as glândulas sudoríparas. Este processo é chamado de
permeação cutânea, no qual o ativo estabelece sua função desejada na
pele. (LEONARDI, 2008).
Para conservar os produtos e mantê-los livres de microrganismos, bem
como, prolongar sua boa qualidade, a indústria utiliza conservantes, em
especial a classe dos parabenos (REBELLO, 2005). Os mais comuns entre
as formulações são o metilparabeno e o propilparabeno e devem respeitar
o limite de porcentagem que os conservantes devem ter ao serem
adicionados nos cosméticos (SONI et al., 2002). Um produto ao ser
aplicado pode causar irritabilidade na pele, isso é chamado de reação
imunológica e as principais disfunções são as dermatites (SANTOS, 2008).
Este estudo analisa os conservantes da classe parabenos nas formulações
cosmetológicas, visto que, muitas pessoas sofrem reações alérgicas ou
desencadear patologias cutâneas como dermatites e acne ao utilizar
cosméticos faciais com esses compostos. Além disso, o profissional da
estética deve compreender as reações adversas que podem ocorrer na
pele antes de adquirir produtos com estes ingredientes. O esteticista deve
compreender toda fisiologia da pele e os diferentes tipos antes de aplicar
qualquer ativo.
Apesar das reações que possam ser desencadeadas por tais ativos, é
necessário que os produtos cosméticos contenham conservantes, para
inibir a proliferação de microrganismos e mantê-los seguros para uso por
um determinado tempo.
Fonte: Suzana Maria do Nascimento. et al . Cosméticos faciais que contém
parabeno: Quais efeitos colaterais podem causar na pele? . Disponível em:
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iv) Metodologia
No item de metodologia, em seu primeiro momento atentou-se a
evidenciar o conceito de metodologia, sua função como instrumento na
elaboração da ciência, para que obtivesse compreensão do termo. O
método que se demonstrou aceitável para a pesquisa foi o quantitativo.
Em entendimento acerca da pesquisa bibliográfica, Marcos Eduardo
Zambanini, Rosângela Sarmento Silva, Rúbia Oliveira Corrêa e Thaís
Ettinger Oliveira Salgado, trazem o conceito que é:
Bibliográfica - A pesquisa bibliográfica é baseada em materiais já
elaborados, em especial, livros e artigos científicos. Sua principal
vantagem é permitir, ao investigador, uma ampla cobertura dos fenômenos.
A elaboração da fundamentação teórica não caracteriza a pesquisa como
bibliográfica. Um exemplo de pesquisa bibliográfica é a bibliometria, onde
se é levantada a publicação acerca de determinado tema, em determinado
local em determinado espaço temporal, com metodologia clara de seleção
do material.
Fonte: Marcos Eduardo Zambanini, Rosângela Sarmento Silva, Rúbia Oliveira
Corrêa e Thaís Ettinger Oliveira Salgado. Manual para Elaboração e Normalização
de Trabalhos Acadêmicos . Disponível em:
https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/14040/2/ManualTCC-DAD.pdf. Acesso em: 31 maio
2021.
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Engenharia Química – compromisso com a sustentabilidade
A realização dessa forma de pesquisa, por meio dos passos por ela
exigidos, contribuem para que o trabalho científico obtenha uma
observação metódica, que leva a busca do aprimoramento e da descrição
em detalhes.
Não esquecendo da pesquisa documental que compõe o banco de
dados, de modo significativo, para que se compreenda a realização do
trabalho do profissional de Engenharia Química seguindo as diretrizes e
protocolos impostos pelos órgãos reguladores.
Deste modo, os resultados obtidos pelo banco de dados, que
configuram a pesquisa, da qual o suporte possibilitará a discussão e por
esta razão responder ao problema de pesquisa.
Assim, os resultados alcançados após pesquisas acerca da temática
e problemática, indicam que o profissional de Engenharia Química, que
tenha conhecimento das normativas e que possa auxiliar na fiscalização,
deve atuar nas indústrias cosméticas no controle de qualidade de acordo
com a Câmara Técnica de Cosméticos da ANVISA, contribuindo com
inovações nas fórmulas, analisando possíveis falhas, substâncias que
reagem com frequência em consumidores de cosméticos, substituindo
componentes agressivos, com isso, controlando as reações alérgicas
causadas pelas maquiagens. Garantindo o registro, a rotulagem, que deve
conter o modo de uso a fim de evitar utilização de forma errada, e a
certificação necessárias na comercialização.
Com a apresentação dos principais resultados obtidos no banco de
dados, passa-se a realizar a discussão.
7 Discussão
O item da discussão é entendido como o diálogo entre o pesquisador
e os dados, a problemática, e as resoluções. Desenvolve a compreensão da
pesquisa, esclarecendo tudo o que foi obtido através dela resultando em
interação e esclarecimento. Agora não por comentários, mas impondo um
posicionamento crítico com base teórica e argumentação.
Mário Sérgio Oliveira Swerts, em texto, “Manual para Elaboração de
Trabalhos Científicos” , traz uma visão sobre como elaborar o item
discussão, transcrito abaixo:
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8 Conclusões
Ao findar a apresentação dos tópicos acima, conclui-se que, se faz
necessário um profissional da Engenharia Química que seja responsável
pela fiscalização e seguimento das normativas impostas pela ANVISA na
produção de maquiagens hipoalergênicas, selecionando os componentes
ideais à fórmula e realizando os devidos.
Dentre as atuações do Engenheiro Químico, encontra-se a
cosmetologia, e como esse profissional está ligado a inovações, padrão de
qualidade, segurança e eficiência, sua atuação na produção de cosméticos
hipoalergênicos é ideal. Uma vez que trabalha para disponibilizar em
mercado um produto com riscos à saúde erradicados, além de realizar sua
produção conforme as leis, as normas, a rotulagem adequada, impostas
pelos órgãos responsáveis por estes produtos.
Perante análise do descontrole dos riscos alérgicos na utilização de
produtos para pele, observou-se que a falta de atenção aos conservantes e
suas quantidades, rotulagem indevida levando ao uso inapropriado e a
utilização de componentes agressivos à pele, resultou em tal problema. É
possível que estas falhas sejam evitadas com a presença de um
profissional da Engenharia Química para fiscalizar o processo, inovar e
substituir o necessário, realizar os devidos testes exigidos pelos órgãos
responsáveis e analisar quais são os problemas recorrentes, para que
sejam resolvidos.
Em relação ao controle de riscos alérgicos na utilização de produtos
para pele, pode concluir-se que é necessário um profissional da Engenharia
Química como responsável, que tenha pleno entendimento na área de
cosméticos hipoalergênicos, esteja atualizado quanto às normas, leis e
exigências impostas, utilize de componentes com análise prévia e seguros,
faça os devidos testes e aplique todas as fiscalizações necessárias durante
a produção inteira. Desta forma, chegando ao produto ideal e seguro para
os consumidores.
A metodologia, pautada em artigos obtidos nos sites confiáveis por
meio da pesquisa bibliográfica e documental, foi essencial para o
entendimento pleno da proposta, análise dos possíveis problemas que
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9 Referências
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA. Classificação
de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. Disponível
em:https://www.gov.br/anvisa/pt-br/acessoainformacao/perguntasfrequentes
/cosmeticos/conceitos-e-definicoes. Acesso em: 2 maio 2021.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA. Guia para
Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos. Disponível em:
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/cosmeticos/
manuais-e-guias/guia-para-avaliacao-de-seguranca-de-produtos-
cosmeticos.pdf. Acesso em: 2 maio 2021.
BENVENUTTI, Airyne DE SOUZA; VEIGA, Andressa; ROSSA, Luciane
SILVIA e MURAKAMI, Fábio SEIGI. Avaliação da Qualidade Microbiológica
de Maquiagens de Uso. Avaliação da Qualidade Microbiológica de
Maquiagens de Uso Coletivo. Disponível em:
https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/5701. Acesso em: 31
maio 2021.
CUNICO, Miriam MACHADO e LIMA, Cristina PEITZ DE. Os Cosméticos e
o Risco da Vaidade Precoce. Disponível em:
DEMO, Pedro. Introdução à Metodologia da Ciência . São Paulo. 1985.
Disponível em:
http://maratavarespsictics.pbworks.com/w/file/fetch/74301206/DEMO-
Introducao-a-Metodologia-da-Ciencia.pdf. Acesso em: 23 maio 2021.
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1 Introdução
Desde o nascimento, o ser humano está em constante contato com o
ambiente que o cerca e, durante a sua trajetória, busca compreender o
funcionamento da natureza de modo a usufruir dos recursos cedidos por
ela. Dessa forma definem-se as engenharias, pautadas no propósito de
compreender os sistemas físico, químico e biológico a fim de transformar as
matérias-primas extraídas do meio em formas úteis para a sociedade. A
Engenharia Química, por sua vez, realça-se pela imposição na averiguação
dos processos utilizados na obtenção de bens e pelo controle de qualidade
dos produtos finais. Seguindo essa lógica, a Farmacologia configura-se
como uma vertente da Engenharia Química cujo papel é analisar a
produção, formulação e efeitos colaterais provocados por medicamentos;
em específico na Farmacologia Fitoterápica busca-se investigar os
fitoterápicos, que foram conceituados pela ANVISA como medicamentos
obtidos a partir do emprego exclusivo de matérias-primas vegetais, ou seja,
a Engenharia Química na Farmacologia Fitoterápica contribui para a
determinação da viabilidade do potencial terapêutico de substâncias
oriundas de plantas, em especial os canabinoides, derivados da planta
Cannabis sativa . A Cannabis sativa , também conhecida como Maconha, é
aplicada com fins medicinais desde a antiguidade, para tratar doenças
como a malária e as convulsões, além de amenizarem as dores do parto.
Contudo, a utilização recreativa da Maconha provocou uma mudança de
ótica sobre a planta, restringindo-a apenas às suas propriedades
psicoativas. Apesar dos tabus acerca da Cannabis sativa , no momento
atual, um número significativo de pessoas faz uso da planta para prevenir
ou tratar enfermidades.
A proposta “Engenharia Química na Farmacologia Fitoterápica:
viabilidade do potencial terapêutico dos canabinoides” tem por alvo a
utilização dos recursos analíticos da Engenharia Química, em destaque a
inspeção pautada no controle de qualidade do produto final. Desse modo, a
associação entre a Engenharia Química e a Farmacologia Fitoterápica é
fundamentada na apuração dos efeitos gerados por canabinoides no
organismo a fim de constatar suas propriedades terapêuticas de modo a
classificá-los como uma praticável medicamentação alternativa aos
tratamentos clínicos tradicionais cujos resultados demonstram a ineficácia
dos fármacos usuais.
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5 Metodologia
A metodologia configura-se como um mecanismo que estrutura os
recursos aplicados numa análise. No contexto da pesquisa científica, eleger
uma metodologia significa definir uma estratégia de investigação de modo a
conduzir a pesquisa de maneira eficiente e objetiva, visando alcançar
respostas de uma determinada incógnita.
Ademais da definição formal de metodologia científica, Mirian
Goldenberg, em seu livro “ A arte de pesquisar ”, aponta uma nova ótica
acerca dos processos envolvidos em estudos:
[...] Metodologia Científica é muito mais do que algumas regras de como
fazer uma pesquisa. Ela auxilia a refletir e propicia um “novo” olha sobre o
mundo: um olhar científico, curioso, indagador e criativo. [...]
Fonte: Mirian Goldenberg. A arte de pesquisar . Disponível em:
http://www.unirio.br/cchs/ess/Members/lobelia.faceira/ensino/programa-de-pos-
graduacao-em-memoria-social/seminario-de-pesquisa-doutorado-memoria-social/
textos/goldenberg-a-arte-de-pesquisar. Acesso em: 25 maio 2021.
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uma lista ordenada das obras de uma coleção pública ou privada. Há vários
tipos de catálogos, que podem ser classificados de acordo com o critério de
disposição de seus elementos; os tipos mais importantes são: alfabético
por autores, alfabético por assunto e sistemático. Neste último, as obras
são ordenadas segundo as referências lógicas de seu conteúdo.
Publicações periódicas são aquelas editadas em fascículos, em intervalos
regulares ou irregulares, com a colaboração de vários autores, tratando de
assuntos diversos, embora relacionados a um objetivo mais ou menos
definido. As principais publicações periódicas são os jornais e as revistas.
Estas últimas representam nos tempos atuais uma das mais importantes
fontes bibliográficas. Enquanto a matéria dos jornais se caracteriza
principalmente pela rapidez, a das revistas tende a ser muito mais profunda
e mais bem elaborada. [...]
Fonte: Antônio Carlos Gil. Como Elaborar Projetos de Pesquisa . Disponível em:
http://www.uece.br/nucleodelinguasitaperi/dmdocuments/gil_como_elaborar_projeto
_de_pesquisa.pdf. Acesso em: 25 maio 2021.
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6 Resultados
Os resultados configuram-se como os dados obtidos que promovem
o fundamento da pesquisa, fornecendo-lhe sustentação. Tratando-se de
investigação bibliográfica, os resultados equivalem às referências
encontradas no desenvolvimento da pesquisa que possibilitaram a
efetividade da execução da análise.
Na obra “ Como escrever uma tese, monografia ou livro científico
usando o word” , os autores trazem a seguinte descrição acerca do tópico
Resultados:
O corpo principal do texto conclui com a apresentação dos Resultados.
Este capítulo é composto por uma secção de conclusões, no qual é feita
uma súmula dos principais resultados obtidos, em particular, a verificação
das hipóteses apresentadas no início; uma secção referente às limitações
do estudo; e outra com recomendações para pesquisa futura.
Fonte: Alexandre Pereira; Carlos Poupa. Como escrever uma tese, monografia ou
livro científico usando o word . Disponível em:
https://static.fnac-static.com/multimedia/PT/pdf/9789726189466.pdf. Acesso em: 1
jun. 2021.
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experimento clínico onde foram tratados oito pacientes com doses diárias
de canabidiol (nos quais foram administrados cerca de 200 a 300 mg/dia
durante quatro meses), entre os oito pacientes, quatro relataram estarem
livres de convulsões, três relataram uma melhora significativa e apenas um
paciente não apresentou resposta ao composto. Em contraposição, apenas
um paciente que recebeu placebo relatou melhora clínica. [...]. Foram
realizados vários exames para constatarem ausência de efeitos tóxicos do
composto.
A ausência de efeitos adversos e tóxicos se torna um ponto positivo do uso
terapêutico do canabidiol, o que foi comprovado em vários estudos in vivo e
in vitro (ZUARDI et al., 2012). Além disso, o uso do canabidiol, sendo
administrado por diversas vias, não apresentou efeitos tóxicos
significativos em testes com humano. A utilização do composto em
voluntários saudáveis, durante um mês (doses diárias entre 10 a 400 mg),
não provocou alterações em exames psiquiátricos, neurológicos ou clínicos
(CUNHA et al., 1980).
Fonte: Franciele Castilhos Medeiros; Priscilla Bazzo Soares; Renan Almeida de
Jesus; Débora Gafuri Teixeira; Mônica Michele Alexandre; Giuliana Zardeto-Sabec.
Uso medicinal da Cannabis sativa (Cannabaceae) como alternativa no tratamento
da epilepsia . Disponível em: https://doi.org/10.34117/bjdv6n6-623. Acesso em: 1
jun. 2021.
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7 Discussão
A discussão pode ser descrita como uma recapitulação dos
resultados obtidos a partir do material bibliográfico visando à interpretação
dos dados de modo a elaborar a concepção da investigação. Por
conseguinte, a discussão define-se como a observação minuciosa do objeto
de estudo, problema e solução da pesquisa.
Mauricio Gomes Pereira descreve a discussão:
A discussão é o local do artigo que abriga os comentários sobre o
significado dos resultados, a comparação com outros achados de
pesquisas e a posição do autor sobre o assunto. Uma discussão sem
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8 Conclusões
É concebível concluir que os fármacos obtidos empregando a
Cannabis sativa são eficazes em tratamentos alternativos, e que a forma
correta de administração desses fitoterápicos demandam inspeção médica
qualificada para comtemplar a minimização dos sintomas adversos.
O profissional da Engenharia Química é habilitado a operar em todas
as fases da produção de um produto, desde a apuração das matérias-
primas até a averiguação do produto final. Desse modo, o perito em
Química atuante na Farmacologia Fitoterápica – estudo de medicamentos a
base de vegetais – possui conhecimentos multidisciplinares incluindo a
química, a biologia e a farmacologia, por conseguinte, ele é apto a executar
investigações e testes laboratoriais que direcionem ao apontamento da
efetividade de uma planta como matéria-prima para fitoterápicos e as suas
prováveis atividades terapêuticas, ademais o Engenheiro Químico deve
deliberar acerca da forma farmacêutica cabível ao desígnio do fármaco de
modo a garantir a imutabilidade de sua composição química. Promovendo,
então, uma nova ferramenta a medicina alternativa.
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9 Referências
BARRETO, Luiz A. S. A Maconha (Cannabis sativa) e Seu Valor
Terapêutico . Disponível em:
https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/123456789/2435. Acesso em: 1
jun. 2021.
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1 Introdução
Existem dezenas de tipos de Engenharias e estão presentes na
sociedade em âmbito social, científico e econômico. A Engenharia Química
possui uma abrangente gama de funções, dentre elas, a participação no
processo de fabricação: a qual fiscaliza as etapas do processo, averigua a
regulamentação e faz o controle de qualidade do produto. A nanotecnologia
está crescendo, e da mesma maneira que a Engenharia essa ciência é
multidisciplinar - química, física, direito, biologia -, ou seja, traz impactos
em diversas áreas. A evolução da ciência, segurança dos seres humanos e
a preservação do meio ambiente devem correr em harmonia. Os materiais
nanotecnológicos já são presentes na sociedade atual, sendo utilizados e
descartados sem possuir a devida regulamentação necessária, podendo
então trazer riscos tanto para geração atual quanto para as próximas. Este
é o foco que se busca ao desenvolver a “Engenharia Química na
Nanotecnologia: regulamentação nos impactos à saúde e ao meio
ambiente”.
A explicação para a proposta “Engenharia Química na
Nanotecnologia: regulamentação nos impactos à saúde e ao meio
ambiente” envolve uma parte da química que é denominada Química Verde
sendo o “desenvolvimento de produtos químicos e processos que buscam a
redução ou eliminação do uso e da geração de substâncias perigosas”,
definição aceita pela IUPAC em 1993. Portanto, a incerteza de que essa
inovação tecnológica não traz riscos e impactos a sociedade e ao meio
ambiente justifica a necessidade de uma regulamentação.
A proposta será específica apenas para os materiais que usufruem
da tecnologia de nanopartículas e a regulamentação de seus impactos. Irá
abordar a regulamentação em outros países, contudo o foco principal será a
regulamentação no Brasil.
O objetivo é conhecer as leis e projetos apresentados no Brasil,
sobre como está a questão da regulamentação dos nanomateriais. Analisar
quais são as necessidades do país e o papel do governo junto com o
Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação.
A questão discutida na pesquisa se pauta na seguinte dúvida: A
nanotecnologia no Brasil possui regulamentação?
Na pesquisa e busca da resposta à questão discutida, encontrou se
as seguintes hipóteses:
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6 Resultados
O material selecionado como base da pesquisa documental teve
como resultado a ênfase na falta de regulamentação. Por ser uma inovação
do século XXI, tinha como esperado resultados contrários aos obtidos, pela
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7 Discussão
A parte da discussão é onde são argumentados todos os dados
coletados durante a formação do artigo.
Tem-se como discussão o seguinte:
A discussão é o local do artigo que abriga os comentários sobre o
significado dos resultados, a comparação com outros achados de
pesquisas e a posição do autor sobre o assunto. Uma discussão sem
estrutura coerente desagrada daí a conveniência de organizar os temas em
tópicos. Estrutura passível de ser utilizada consta do quadro. Cada um dos
tópicos informa sobre uma faceta da discussão e seu conjunto fornece os
subsídios para se julgar a adequação dos argumentos, da conclusão e de
todo o texto.
Maneira conveniente de iniciar a Discussão consiste em realçar, com
poucas palavras, os achados mais importantes ou os conhecimentos novos
desvendados pela pesquisa. Essa síntese, útil em relatos complexos, é
omitida nos textos curtos.
A discussão, habitualmente, constitui uma seção de difícil preparação. É
aquela em que o iniciante mais se complica em sua redação e, comumente,
elabora um texto extenso e confuso. Seu tamanho não deveria ultrapassar
um terço do artigo. Se ocupar mais da metade do texto correspondente à
estrutura IMRD (introdução, método, resultado e discussão), a discussão é
longa e, provavelmente, mal feita.
Compor um texto adequado decorre de aprendizado. A associação entre
iniciante e pesquisador experiente em comunicação científica reflete-se
positivamente. A escrita na forma aqui sugerida, estruturada, facilita o
trabalho e evita a omissão de partes essenciais. Utilize-a ou alguma outra
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8 Conclusões
Ter uma regulamentação para a nanotecnologia presando por
segurança e preservação da saúde e do meio ambiente é uma necessidade
no Brasil, que inda carece por investimentos voltados nesta área de
tecnologia.
O profissional da Engenharia Química possui um currículo
multidisciplinar, tendo como possibilidade a atuação em diversas áreas,
dentre elas, o controle de qualidade e o processo de produção. A
regulamentação da nanotecnologia conta com as especificações do
engenheiro químico, tendo como objetivo conhecer os impactos a saúde e
ao meio ambiente para combater contra.
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9 Referências
A NOVA LEGISLAÇÃO DA NANOTECNOLOGIA NO BRASIL - um estudo
recente projeto lei n 880 que cria a primeira lei no Brasil sobre
nanotecnologia. Disponível em:
http://engemausp.submissao.com.br/22/arquivos/669.pdf. Acesso em: 1 jun.
2021.
BRUYNE. PUC – RJ. Disponível em:
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/9443/9443_4.PDF. Acesso em: 26 maio
2021.
CÂMARA MUNICIPAL CAJAMAR – ESTADO DE SÃO PAULO. Disponível
em: https://www.cmdc.sp.gov.br/texto/12. Acesso em: 27 maio 2021
CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA – CONFEA.
ENGENHARIA QUÍMICA - Os Profissionais e as suas Atribuições.
Disponível em:
https://www.confea.org.br/sites/default/files/uploads/cartilha_eng_quim_PDF
site_compact.pdf. Acesso em: 11 jun. 2021.
FERREIRA, Aldo Pacheco; SANT’ANNA, Leonardo da Silva. A
Nanotecnologia e a Questão da sua Regulação no Brasil: Impactos à Saúde
e ao Ambiente. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.18024/1519-5694/revuniandrade.v16n3p119-128.
Acesso em: 11 maio 2021.
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1 Introdução
Com o desenvolvimento das teorias físico-químicas surge um novo
âmbito na ciência como um todo, a criação de novas substâncias, novos
compostos, como os nanomateriais. Sobretudo a Engenharia Química tem
papéis importantes referentes à fiscalização, controle de qualidade, não
excludente os métodos de descarte e avaliação da toxicidade desses
materiais. Com isso destaca-se a importância de cumprir com o cronograma
estabelecido pela ONU até o ano de 2030, pois mediante o consumo e
produção responsáveis adapta-se os nanomateriais ao mercado. Vista a
periculosidade no manuseio de nanomateriais, métodos que reforçam a
segurança laboratorial, são necessários para evitar a contaminação por
manipulação indevida dos nanomateriais, seguindo as devidas normas da
ABNT NBR 14725 (Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente).
Este é o foco que se busca ao desenvolver a “Engenharia Química na
Produção de Nanomateriais: atenção para os métodos de descarte com
avaliação de toxicidade”.
A justificativa para a proposta de “Engenharia Química na Produção
de Nanomateriais: atenção para os métodos de descarte com avaliação de
toxicidade” incide em uma visão sustentável da química, onde materiais têm
um papel fundamental, e ao mesmo tempo fazem com que o meio ambiente
não seja degradado. Sendo que os nanomateriais também podem chegar
nesse pensamento com desenvolvimento nos métodos de descarte e
avaliação da toxicidade. Com isto, justifica-se a preocupação com a
produção de nanomateriais, pois quando se analisa os danos em nível
celular, estes podem ser irreparáveis.
A proposta se restringe à produção de nanomateriais com atenção
para os métodos de descarte e avaliação da toxicidade. Não sendo objeto
de estudo novos tipos de nanofármacos, sobretudo nanodispositivos e
nanossensores. Também não será estendido às normativas internacionais,
mas, da regulamentação interna brasileira, com acréscimo da Agência
Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho.
O objetivo da proposta é reforçar as medidas de biossegurança com
foco na produção de nanomateriais, descartar os resíduos químicos de
modo adequado, com controle de pH e analisar o grau de toxicidade de
acordo com as diretrizes de rotulagem dos produtos químicos, segundo a
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5 Metodologia
A metodologia é algo essencial para o desenvolvimento de artigos
científicos, pois permite avaliar a veracidade dos fatos, ou comprovação
destes, já que está ligada a observação de um problema, interpretação de
conceitos e produção de textos.
De modo a conceituar a metodologia, explica Carina Oliveira, o que
vem a sê-la, sua importância e seus objetivos:
“Metodologia são passos . O conhecimento para ser feito precisa de uma
ordem e a metodologia te dá essa ordem, fazendo com que você consiga
chegar ao fim de uma forma mais organizada. O objetivo da metodologia é
a organização do pensamento científico. É um instrumento que vai te
ajudar a ficar mais organizado dentro do processo” , explica Carina Oliveira,
fisioterapeuta especializada em dermatofuncional.
Podemos descrever a metodologia como uma série de procedimentos
realizados para desenvolver uma pesquisa que visa responder uma
pergunta de investigação. Vale destacar que a disciplina é responsável por
produzir ciência e ainda acompanhar o seu modelo de tratamento.
De acordo com Luciana Bilitário, coordenadora do curso de Fisioterapia da
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, a “metodologia científica
deve ser um conteúdo muito prazeroso. Você vai aplicar não só na
graduação, mas também em sua pós-graduação. E na prática clínica, pois
é onde você aprende a escolher uma técnica, um artigo para validar o que
você faz”.
Fonte: Carina Oliveira; Luciana Bilitário; e Érika Pedreira. Por que é importante
estudar Metodologia Científica? Disponível em:
https://www.sanarsaude.com/portal/carreiras/artigos-noticias/metodologia-cientifica-
fisioterapia-importante-estudar. Acesso em: 27 maio 2021.
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6 Resultados
No tópico dos resultados, são levados em consideração as ideias
obtidas com o desenvolvimento do banco de dados, além de buscar e
indicar dados relevantes e complementares que não foram utilizados em
tópicos anteriores, sendo estes importantes para a solução do problema de
pesquisa.
Mauricio Gomes Pereira, discorre sobre como progredir no tópico de
resultados em um artigo científico, por meio de sua proposta: “A seção de
resultados de um artigo científico”.
Primeiramente, apresentam-se as características dos sujeitos do estudo.
São informações demográficas, socioeconômicas, clínicas ou de outra
natureza que descrevem o grupo ou os grupos estudados. Em geral, essa
comunicação é feita sob a forma de tabela. O leitor, ao inspecionar esses
dados, poderá verificar se os procedimentos de seleção adotados
produziram a amostra adequada para o estudo ou, no caso de estudos
analíticos, se os grupos são comparáveis. Serve também para indicar a que
população os resultados são generalizáveis. Outra conduta recomendada,
para compor a parte inicial da seção de resultados, é relatar como se
chegou à amostra final utilizada na análise dos dados. Se a descrição for
complexa para aparecer no texto, sugere-se que seja inserido um gráfico
de fluxo (ou fluxograma) contendo o detalhamento da seleção dos sujeitos
da pesquisa e os motivos de exclusão de participantes.
Após a apresentação de detalhes descritivos da amostra investigada, tem
lugar a especificação dos resultados principais obtidos. Resultados
principais são os diretamente relacionados ao objetivo do artigo. Se esse
objetivo puder ser transformado em pergunta, tem-se nesta parte do texto a
resposta a essa pergunta. O autor revelará o que encontrou, na forma mais
adequada de apresentação: diferenças de médias, medidas de associação
(risco relativo, razão de chances, razão de prevalências) ou o que for mais
apropriado para expressar os resultados.
Na sequência, há ainda lugar para expor os achados secundários
relevantes ou inesperados que mereçam menção.
Fonte: Mauricio Gomes Pereira. A seção de resultados de um artigo científico.
Universidade de Brasília. Brasília- DF. Brasil. Disponível em:
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-
49742013000200017. Acesso em: 2 jun. 2021.
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7 Discussão
No tópico da discussão, após a análise dos resultados de pesquisa,
observa-se a necessidade de mostrar um posicionamento mediante a
pesquisa, com uso da comparação, argumentação, e exposição de dados.
Vale lembrar que para uma boa discussão é necessário manter a coerência
dos fatos, e da própria pesquisa, de modo a compreendê-la por completo.
Com o propósito de mostrar a importância da discussão em um artigo
científico, menciona-se o artigo de Maurício Gomes Pereira, que diz:
A discussão é o local do artigo que abriga os comentários sobre o
significado dos resultados, a comparação com outros achados de
pesquisas e a posição do autor sobre o assunto. Uma discussão sem
estrutura coerente desagrada, daí a conveniência de organizar os temas
em tópicos. Estrutura passível de ser utilizada consta do quadro. Cada um
dos tópicos informa sobre uma faceta da discussão e seu conjunto fornece
os subsídios para se julgar a adequação dos argumentos, da conclusão e
de todo o texto.
Maneira conveniente de iniciar a Discussão consiste em realçar, com
poucas palavras, os achados mais importantes ou os conhecimentos novos
desvendados pela pesquisa.
Essa síntese, útil em relatos complexos, é omitida nos textos curtos.
Após essa parte inicial, comenta-se o método empregado, de modo que o
autor informe quão válida a pesquisa lhe parece. Considera-se boa prática
o próprio autor apontar as carências em vez de omiti-las propositadamente,
à espera de que passem despercebidas. Limitações importantes não
assinaladas no texto diminuem a credibilidade da investigação. Merecem
ser apontadas as limitações que possam influenciar substancialmente os
resultados e alterar as conclusões da investigação. Essas limitações estão
relacionadas ao tipo de delineamento empregado ou a detalhes da própria
investigação. Também são comentados aspectos positivos, entre os quais
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8 Conclusões
As empresas, por meio dos profissionais de Engenharia Química,
devem seguir as normas propostas relacionadas à segurança, saúde e meio
ambiente, para que se desenvolva um cenário industrial sustentável perante
à produção de nanomateriais, junto com a diminuição da ecotoxicidade,
favorecendo na propagação da fauna e flora.
Vale observar o papel dos profissionais de Engenharia Química nas
etapas da produção dos nanomateriais, com isso deve-se analisar o
comportamento das empresas, pesquisadores e demais profissionais, ao se
tratar do descarte de nanocompostos, nanopartículas, ou nanofibras de
maneira correta, de modo que sejam obedecidas as regras de segurança,
além de orientações propostas pelas normativas e leis impostas. Não
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9 Referências
AGÊNCIA SENADO; Marco Legal da Nanotecnologia é aprovado na CCJ.
Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2020/02/19/marco-legal-da-
nanotecnologia-avanca. Acesso em: 9 jun. 2021.
CASSALI, Nina Koja. A Responsabilidade Empresarial Prevista no Art. 931
do Código Civil de 2002 Aplicada à Progressiva Inclusão de Nanotecnologia
no Setor de Ar Condicionado Automotivo: Uma Proposta para Aplicação do
Princípio da Precaução e Gestão do Risco Inerente ao uso e Descarte de
Materiais Nanoestruturados . Universidade do Vale do Rio dos Sinos –
UNISINOS. Disponível em:
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/6901. Acesso em: 3
jun. 2021.
CENTRO UNIVERSITÁRIO FEI. Engenharia Química Uma área de fácil
adaptação aos avanços da ciência e dos grandes desafios da sociedade
moderna. Disponível em:
https://fei.edu.br/engenhariadofuturo/quimica.html#:~:text=Esses
%20profissionais%20s%C3%A3o%20fundamentais%20no,envolvidos%20na
%20gera%C3%A7%C3%A3o%20de%20energia. Acesso em: 3 jun. 2021.
DELGADO, Isabella Fernandes; e PAUMGARTTEN, Francisco J.R .
Desafios atuais da pesquisa em toxicologia: Avaliação da toxicidade de
nanomateriais manufaturados para o desenvolvimento. Instituto Nacional de
Controle de Qualidade em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz
(INCQS/Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Disponível em:
https://visaemdebate.incqs.fiocruz.br/index.php/visaemdebate/article/
download/114/109/. Acesso em: 5 maio 2021.
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