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Engenharia Produção
– consultoria –
1ª ediçã o
Campo Grande – MS
Academia de Letras Jurídicas do Estado de Mato Grosso do Sul – ALJ-MS
2021
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### Wilson José Gonçalves (org.) ###
Engenharia de Produção
– consultoria –
Editora
Academia de Letras Jurídicas do Estado de Mato Grosso do Sul
Conselho Editorial
Aires Gonçalves, ALJ-MS. ( in memoria )
André Puccinelli Júnior, Doutor/PUC-SP – UFMS / ALJ-MS.
Fadel Tajher Iunes, ALJ-MS. ( in memoria )
Helder Baruffi, Doutor/USP – UFGD / ALJ-MS.
Júlio Cesar Bebber, Doutor/USP – TRT 24ª Região / ALJ-MS.
Lúcio Flavio Joichi Sunakozawa, Mestre/UCDB – UEMS-MS.
Ruy Celso Barbosa Florence, Doutor/PUC-SP, ALJ-MS.
Sérgio Fernandes Martins, Mestre/UGF / ALJ-MS.
Tatiana Azambuja Ujacow, Mestre/UnB – UFMS / ALJ-MS.
Wilson José Gonçalves, Doutor/PUC-SP – UFMS / ALJ-MS.
Endereço:
Rua Joaquim Murtinho, 93 – Centro. Campo Grande-MS.
79.002-100
f. + 55 67 98419 1515
e-mail: academiadeletrasjuridicas@bol.com.br
Arte da Capa de Rayan Peixoto Fleming
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Engenharia da Produção – consultoria
Engenharia Produção
– consultoria –
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### Wilson José Gonçalves (org.) ###
Dedicatória
Aos Professores, Técnicos-Administrativos e Familiares.
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Engenharia da Produção – consultoria
Sumário
Apresentação................................................................................................................. 7
Estrutura da Cadeira: preocupação no fator de produção......................................12
Wilson José Gonçalves ............................................................................................12
Engenharia do Produto: viabilidade do pigmento extraído da flor azul feijão borboleta
(Clitoria Ternatea L. ) para a finalidade de cosméticos...........................................77
Ana Paula Lima Araújo ............................................................................................77
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Apresentação
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2 Objeto de Estudo
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO] = indicando o
conteúdo geral do tópico
§ - citação 1 (s) – no mínimo três autores citação direta
§ - comentário – aprende a dialogar com os autores
§ - citação 2 (s) – no mínimo três autores citação direta
§ - comentário – aprende a dialogar com os autores
§ - citação 3 (s) – no mínimo três autores citação direta
§ - comentário – aprende a dialogar com os autores
§ - análise – para compreensão do assunto
§ - conclusão = Assim, [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - gancho para próximo tópico [INDICAR COM AS MESMAS PALAVRAS
EXISTENTES NO PRÓXIMO TÓPICO]
3 Problema
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO] = indicando o
conteúdo geral do tópico
§ - descrever o problema = USAR O PROBLEMA (PERGUNTA?) DA
INTRODUÇÃO
§ - [...] se possível – citação para demonstrar o problema, sua origem ou demais
aspectos que despertam o interesse ao problema
§ - ao citar deve-se comentar
§ - reforçar o foco do problema na pergunta ou em seus detalhamentos
§ - conclusão = Assim, [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - gancho para próximo tópico [INDICAR COM AS MESMAS PALAVRAS]
4 Solução
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO] = indicando o
conteúdo geral do tópico.
§ - recuperar o problema de pesquisa.
§ - desenvolver as hipóteses indicada na INTRODUÇÃO e outras [...]
§ - primeira hipótese – indicar e demonstrar / refutar o porquê não é a resposta
mais adequada ao problema.
§ - refutar a hipótese.
§ - segunda hipótese – indicar e demonstrar / refutar o porquê não é a resposta
mais adequada ao problema.
§ - refutar a hipótese.
§ - terceira hipótese – indicar e demonstrar que é a resposta mais adequada ao
problema.
§ - a última hipótese é a solução mais adequada ao problema
§ - conclusão = Assim, [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - gancho para próximo tópico [INDICAR COM AS MESMAS PALAVRAS]
5 Metodologia
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - descrever os bancos de dados e demais informações de COMO foi feita a
pesquisa
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Engenharia da Produção – consultoria
§ - [...]
§ - conclusão = Assim, [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - gancho para próximo tópico [INDICAR COM AS MESMAS PALAVRAS]
6 Resultados
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO] – Balizar-se ou
ORIENTAR-SE pelo texto do RESUMO e da INTRODUÇÃO, de modo a manter a
coerência e coesão do texto agregando os dados reunidos no banco de dados ou
nas referências no qual se apoiou para realizar a pesquisa.
§ - descrever a síntese do banco de dados, ou seja, faça um apanhado de tudo
que pesquisou. Organizando de modo a demonstrar os textos de posição
contrária, se encontrou, bem como a posição favorável. Tanto do objeto de
estudo, do problema e da solução. Além da metodologia que pode ser incluída.
RECOMENDA-SE O USO DO TÍTULO E DO SUMÁRIO PARA COMPOR A
ORGANIZAÇÃO DO BANCO DE DADOS, SUA SINTÉSE E COMENTÁRIOS
§ - REPETIR ESSA ORIENTAÇÃO [PARÁGRAFO] PARA CADA REFERENCIA
CONSULTADA OU QUE JULGA IMPORTANTE PARA A CONSTRUÇÃO DO
TEXTO E DO ENTENDIMENTO DO TEMA [...] – comentar as principais
REFERENCIAS que consultou para elaborar o texto, indicando sua contribuição
§ - [...] – comentar as principais REFERENCIAS que consultou para elaborar o
texto, indicando sua contribuição
§ - REPETIR ESSA ORIENTAÇÃO [PARÁGRAFO] PARA CADA REFERENCIA
CONSULTADA OU QUE JULGA IMPORTANTE PARA A CONSTRUÇÃO DO
TEXTO E DO ENTENDIMENTO DO TEMA [...] – comentar as principais
REFERÊNCIAS que consultou para elaborar o texto, indicando sua contribuição
§ - fechar a ideia do que se encontrou, no banco de dados, com aquilo escrito no
resumo e na introdução
§ - conclusão = Assim, [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - gancho para próximo tópico [INDICAR COM AS MESMAS PALAVRAS]
7 Discussão
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - compreende na seleção dos resultados que garante a construção do Tópico 2,
3, 4 e 5 = discussão dos resultados (tópico anterior)
§ - [...] § - conclusão = Assim, [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - gancho para próximo tópico [INDICAR COM AS MESMAS PALAVRAS]
8 Conclusões
A conclusão deve conter os seguintes parágrafos:
§ - parágrafo de introdução com base no texto do resumo
§ - síntese do tópico 2 – objeto de estudo
§ - síntese do tópico 3 – problema
§ - síntese do tópico 4 – solução
§ - síntese do tópico 5 – metodologia de execução
§ - síntese do tópico 6 – resultados
§ - síntese do tópico 7 – discussão
§ - destacar o objetivo – [resumo, introdução] – indicando se alcançou ou não
§ - recuperar o problema a pergunta – [introdução]
§ - responder de forma clara a pergunta USANDO apenas elementos trabalho ou
visto no texto, NADA DE ELEMENTO NOVO.
§ - dizer por que essa solução é a melhor.
9 Referências
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Está estrutura pode ser vista, em sua aplicação, nos textos em que o
leitor tem em mãos, comprovando a viabilidade e executoriedade de um
texto técnico-científico, bem como o resultado do processo de ensino-
aprendizado. Reforçando a ideia que o conteúdo dos artigos, deve ou
deveria vincular sua temática com a ementa da disciplina, seja de forma
direta ou indireta. O que foi cumprindo.
O autor e autora deve sua dedicação e empenho na proposta de se
pensar a disciplina com base em uma questão prática e direta com a
proposta e a ementa da disciplina.
Com isto, finalizou-se a programação inicialmente feita e concluída
ao encerramento do semestre. Com isto, traz a alegria e felicidade da
missão cumprida.
O que demonstrar que o amor, a disciplina e a persistência
conduzem a perfeição e ao mesmo tempo um avanço, uma inovação no
campo das ideias que se projeta a mudança da realidade social.
Por fim, como professor e organizador da obra, gostaria de registrar
minha gratidão, pelo voto de confiança recebido, ao acreditar neste projeto.
Encerrando o semestre com chave de ouro, e demonstrando uma
viabilidade de uma ideia.
Muito obrigado, um grande e fraterno abraço a todos e todas.
Campo Grande-MS., Cidade Universitária, 21 de novembro de 2021.
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1 Introdução
A cadeira, em um primeiro momento, representa apenas um mobiliário no
contexto do uso e ocupação de um espaço durante um tempo dentro de uma
organização, empresa ou atividade produtiva. No entanto, a percepção e a
inteligência passaram a observar que a cadeira, em sua estrutura ou em seu
designer, possui algo diferente e além da estética. Mas, sobretudo, uma
funcionalidade e um desempenho dentro do contexto de produção, de bem-estar
e qualidade de vida dos colaboradores que do mobiliário se serve ou utiliza.
Observa-se que pensar a estrutura da cadeira, enquanto mobiliário e seu
designer, na integração humana e produção, implica, de modo necessário, o
domínio normativo, seja das normas de conhecimento, normas técnicas, normas
éticas, normas legais, normas legais e outras normativas de acordo com a
extensão da cultura e das circunstâncias de produção. Como é o caso das
normas religiosas, na produção de alimentos, por exemplo. Veja que a estrutura
da cadeira, assume também as dimensões de Direitos Humanos, de Cidadania,
no contexto da saúdo do trabalhador, das normas trabalhistas, das licitações, da
ética profissional, ao indicar, recomendar ou validar um tipo de cadeira, a
compreensão do biótipo corporal etc.
Neste sentido, observar e ter o conhecimento da estrutura da cadeira,
bem como de seu designer e os reflexos destes atributos. A estrutura da cadeira,
em seu formato e funcionalidade, conforto e ergometria são pontos sensíveis que
se revela ou acentuaram em tempos de Pandemia de Covid-19, pois, parte
significativa da população ativa laboral, deve seu deslocamento para o trabalho
home office, o que passou a ocupar de maneira sistemática, a cadeira, como
mobiliário integrado ao trabalho. O que ganhou atenção especial do profissional
da Engenharia de Produção, vez que despertou preocupação no fator de
produção, com indicadores de produção e reflexos corporais em decorrência de
má postura ou postura inadequada e imprópria que a estrutura da cadeira leva ao
colaborador durante o desenvolvimento da atividade laboral, e por consequência
reflete no bem-estar, na saúde humana, na longevidade laboral e, sobretudo, no
grau e fator de produção.
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estar do colaborador, por meio da estrutura da cadeira o qual passa seu período
produtivo, terá este revés como resultado da produção.
Para o registro do desenvolvimento da pesquisa, fixou-se a divisão em
nove tópicos que serão vistos da seguinte forma: i) uma introdução de natureza
geral e de apresentação de conteúdo, com a indicação do problema, das
hipóteses e do panorama das principais partes; ii) a conceituação e descrição do
que seja a estrutura da cadeira e seus detalhamentos ergonômicos; iii) a
descrição do problema que compreende na despreocupação no fator de
produção decorrente da não percepção da estrutura da cadeira; iv) no tópico 4,
reservou-se para descrever e apontar a solução ao problema, apresentando e
compreendendo as hipóteses, bem como, delimitando qual seria a hipótese mais
adequada; v) registrou-se o passo-a-passo da pesquisa com indicação da
metodologia utilizada; vi) no tópico dos resultados, buscou destacar os principais
pontos e textos encontrados ao longo da pesquisa que foram os mais
significativos para compreensão da temática da pesquisa; vii) no tópico da
discussão, procurou recuperar a síntese dos tópicos e fixar sua interligação de
modo a confirmar e consolidar a pesquisa; viii) apresentou as principais
conclusões de cada tópico e a resposta ao problema, bem como, se alcançou ou
não o objetivo proposto; e ix) por fim, reservou o tópico para o registro das
referências consultadas ao longo da pesquisa, servindo como fonte para novas
pesquisas.
Nas organizações ou nas empresas, um dos elementos essenciais de
produção, junto a matéria-prima, equipamentos, tecnologia, planejamento e
outros, destacam-se os colaboradores, a mão-de-obra. Por ser o elemento
essencial, a vinculação e integração com o ambiente e, com destaque, na
interação com o mobiliário ou adequação, por exemplo, do colaborador e a
plataforma ou estrutura da cadeira no qual desenvolve sua atividade laboral junto
a empresa. Precisa ter uma atenção especial, de forma diferenciada, com a
incidência ou aplicação da NR 17, que trata da ergonomia ou a busca pelas
condições ideias de trabalho e de eficiência produtiva. O que conduz a um ponto
específico que é a compreensão e preocupação com a estrutura da cadeira como
fator de produção.
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2 Estrutura da Cadeira
A compreensão da estrutura da cadeira, perpassa de modo inicial, na
etimologia da palavra “estrutura” e da “cadeira”, bem como ao ressignificado da
expressão “estrutura da cadeira”, sobretudo, no contexto da Engenharia de
Produção, bem como, extensão do corpo humano em sua atividade laboral.
Sendo necessário, para a compreensão, resgatar os conceitos de “estrutura da
cadeira”, para depois, estabelecer sua finalidade e efeito dentro do processo
produtivo, sob a perspectiva da Engenharia de Produção, cujo foco se opera, na
eficiência dos movimentos, na potencialidade do alcance e na economicidade da
energia para o sentido de produção, ou seja, compreender a estrutura da
cadeira, enquanto mobiliário, integrado ao colaborador pode ou não ditar
resultados na produção e no bem-estar do colaborador.
De início, a compreensão etimológica da palavra, em especial, a palavra
“estrutura”, pode contribuir para este entendimento. Para tanto, traz as preleções
de Laís Castro, com fonte em El Castellano, traz na etimologia as seguintes
informações:
A palavra latina estrutura foi formada a partir do verbo struere (acomodar
em pilhas, empilhar) que, por sua vez, provém da raiz indo-europeia ster-
(implantar). Uma vez que os romanos deram ao verbo struere a
denotação acima indicada, formou-se não só estrutura mas também uma
grande família de palavras na qual se contam verbos e substantivos cujos
significados determinam-se mediante o uso de sufixos, tais como
construir, mediante o prefixo con-; reconstruir, mediante o prefixos re- (de
novo) e con-; destruir, mediante o prefixo des-; instruir (fornecer a alguém
elementos internos, como o conhecimento), mediante o prefixo in-;
obstruir, mediante o prefixo ob- (contra).
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que seja negligenciado ou que não tenha uma preocupação devida, em razão
dos resultados finais de produção que se pode perder ou deixar de ganhar com o
conforto do colaborador, enquanto meio de produção.
Das normas técnicas, também desdobram as normas éticas, tanto do
usuário, como daqueles que disponibilizam o mobiliário e o meio ambiente do
trabalho, sobretudo, as normas éticas profissionais.
Enquanto as normativas legais, tem-se entre tantas, de acordo com a
organização, o tipo de negócio da empresa e seu sistema produtivo, pode-se
citar as normas legais estabelecida pela Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), como também, as normativas Constitucionais, expressa na Constituição
Federal e outras leis infraconstitucionais.
E as normativas internacionais, sejam tratados ou acordos, cuja
preocupação se tem na OIT – Organização Internacional do Trabalho, que é uma
agência multilateral da ONU – Organização das Nações Unidas, com foco
especializado nas questões do trabalho e no cumprimento das normativas
internacionais.
Observa-se que a despreocupação com as normativas leva a conduta do
profissional a violação normativa e as consequências de suas sanções. Isto se
percebe pela inobservância das exigências e quesitos necessários, que no caso,
a estrutura da cadeira, enquanto mobiliário ou equipamento de trabalho, cujas
dimensões e padrões estão estabelecidas na NR 17 que diz:
3. Mobiliário dos postos de trabalho
3.1 Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, deve
ser proporcionado ao trabalhador mobiliário que atenda ao disposto no
Capítulo 17.6 - Mobiliário dos postos de trabalho, da Norma
Regulamentadora nº 17 (NR 17), e que permita variações posturais, com
ajustes de fácil acionamento, de modo a prover espaço suficiente para
seu conforto, atendendo aos seguintes requisitos:
a) o monitor de vídeo e o teclado devem estar apoiados em superfícies
com mecanismos de regulagem independentes;
b) será aceita superfície regulável única para teclado e monitor quando
este for dotado de regulagem independente de, no mínimo, vinte e seis
centímetros no plano vertical;
c) a bancada sem material de consulta deve ter, no mínimo, profundidade
de setenta e cinco centímetros, medidos a partir de sua borda frontal, e
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Sempre que se utilizar o padrão, haverá margem de erro para mais ou para
menos, vez que o padrão é a média, considerando o desvio padrão. No entanto,
para linha de produção, sobretudo, aos fatores de produção, o desvio padrão,
resulta na produção de forma imprecisa com prejuízo para mais, ou para menos.
E mais, o mobiliário em questão, a estrutura da cadeira, precisa ter resistência e
durabilidade, mas, não como exigência e quesito únicos, vez que também
impõem a exigência e o quesito do conforto, da adequação e da integração. O
que leva a refutação da hipótese.
Na terceira hipótese tem-se que: As exigências e os quesitos necessários
para a compreensão, alcance e influência da estrutura da cadeira, enquanto
mobiliário ou equipamento de trabalho, perpassa por normas de conhecimento
ou perfil dos colaboradores, as normas técnicas que estabelece e defini o tipo de
equipamento para cada atividade, bem como tem-se a exigência da observância
da NR 17 – Ergonomia, que estabelece parâmetros e condições de trabalho que
respeita as características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
assegurar o conforto, segurança e desempenho eficiente. Pois, tais
observâncias, não só representa o cumprimento e recomendação normativa,
mas, reflete nos fatores e produção do colaborador e seus resultados a curto,
médio e longo prazo.
Esta hipótese contempla e indica as exigências e os quesitos para a
compreensão, alcance e influência da estrutura da cadeira, não só das normas
de conhecimento, mas, das normas técnicas, entre elas as exigências da NR 17
– Ergonomia, que impõem parâmetros e condições de trabalho, em especial,
com observância nas características psicofisiológicas dos trabalhadores, o que
sinaliza para o respeito as diferenças e contempla de modo a assegurar o
conforto, a segurança e o desempenho eficiente, quando ocorre a integração
entre o mobiliário e seu usuário.
Nota-se que a preocupação no fator de produção, pelos profissionais de
Engenharia de Produção, exige na integração corpo e objeto / ser humano e a
cadeira, uma preocupação com as funções motoras, de reflexos, de postura, de
equilíbrio, de coordenação motora e, especial, a execução dos movimentos. Com
isto, tem-se não só o conforto, a dignidade, a longevidade, mas, seu reflexo na
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produção seja a curto, médio ou longo prazo. É a hipótese que contempla como
solução ao problema de pesquisa.
Além disto, também se inclui programas de ginástica laboral, vez que em
atividade sobre cadeira, ainda que com toda preocupação da ergonomia, tem-se
a condição estática e dos movimentos, da circulação, da melhoria da postura, do
alongamento e da reativação da atenção e da concentração.
Ainda é importante, que o profissional de Engenharia de Produção, passe
a despertar sua atenção e preocupação em todos os fatores de produção.
Inserindo a cadeia produtiva, do insumo, sua transformação, embalagem ou
acondicionamento, armazenagem, transporte, gestão de pessoas, tecnológica,
contratos, matéria-prima, equipamentos, tecnologia, custos, cuidado com o meio
ambiente, metodologia de produção, sistema produtivo, responsabilidade,
comprometimentos e outros enganchamentos no processo de transformação,
conservação e consumo do produto disponibilizado no mercado consumidor. E o
foco, nesta macro-complexidade, exige uma forma de pensar, constatar e
verificar de maneira inversa, ou seja, é preciso compreender o alcance e a
influência de cada parte no todo, ou seja, verifica o todo, que é o resultado final,
mas focaliza cada parte do processo. Neste sentido, atividades produtivas que
envolve integração entre colaborador e mobiliário, no caso, estrutura da cadeira,
em uso do desenvolvimento do trabalho, precisa ser visto, como ponto ou
elemento de reflexo nos fatores de produção do colaborador, sobretudo, em
alcançar o conforto, bem-estar e condições de manter ou aumentar a produção.
Assim, é fundamental que o profissional de Engenharia de Produção
tenha, no exercício de suas atividades, seja de planejamento, execução,
manutenção, atualização e outras a preocupação no fator de produção, o que
recai ao longo da cadeia produtiva, em especial, no processo produtivo, que
envolve, não só insumo, matéria-prima, equipamentos, tecnologia, gestão de
pessoas e outros, mas, uma preocupação no fator de produção, com atenção
nos elementos de integração, no caso, a estrutura da cadeira e o colaborador de
tal modo, que possa exercer sua atividade produtiva com o devido conforto, bem-
estar, dignidade e respeito, fatores que promovem, por meio dos pressupostos
da ergonomia, o equilíbrio necessário entre a condição estática da estrutura da
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5 Metodologia
A metodologia compreende em uma ferramenta que permite o controle e o
andamento do trabalho de pesquisa em seu caráter científico. Ou seja, só com a
consciência metodológica pode-se controlar e ter a perspectiva do passo a passo
do trabalho de pesquisa científica.
Neste sentido, tem-se que:
A metodologia vai organizar a pesquisa, estabelecendo os caminhos a
serem seguidos a fim de que se alcancem os objetivos. Ao escolhermos a
metodologia, definimos o tipo de pesquisa a ser desenvolvida e como
esse trabalho seguirá até sua conclusão: os passos a serem dados, os
instrumentos utilizados e a forma como os dados de estudo serão
coletados.
Fonte: Denise Martins Bloise. A importância da metodologia científica na construção da
ciência. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 5, ed. 6, Vol. 6, pp.
105-122. Junho de 2020. ISSN: 2448-0959. Disponível em:
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/metodologia-cientifica. DOI:
10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/metodologia-cientifica. Acesso em: 27
set. 2021.
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6 Resultados
Os resultados que se destacam de modo significativos sobre a estrutura
da cadeira ou de seu designer no qual pode ou não contribuir ou afetar no
desempenho da produção, foram vistos, com especial atenção além da
adequação na ergometria necessária a boa prática de produção, ao bem-estar do
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• Caso você não ache o resultado que esperava, isso pode ser algum erro
na definição da hipótese ou precisa ser reformulada ou talvez tenha
tropeçado em algo inesperado que precisa ser melhor investigado. Em
qualquer um desses casos, os resultados são importantes mesmo que
eles não dêem suporte a sua hipótese. Não ache que resultados
diferentes do que você esperava são resultados ruins. Se você fez o
estudo com qualidade, mesmo resultados ruins podem gerar importantes
descobertas na área. Desta forma, escreva seus resultados
honestamente!!!
Fonte: FASTFORMAT. Escrevendo os Resultado e Discussão do TCC . Disponível em:
https://blog.fastformat.co/resultado-e-discussao/. Acesso em: 4 out. 2021.
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também é necessário que eles façam bom uso dela e adotem posturas
corretas. Isso diminuirá a incidência de funcionários que são afastados
por problemas de coluna.
A postura correta compreende braços apoiados, coluna reta, peso todo
transferido para o assento e pés no chão, assim a carga de pressão é
redistribuída ao corpo todo.
A cadeira correta proporcionará maior descanso, menos dores no corpo e
funcionários sem fadiga, aumentando a produtividade do ambiente.
Fonte: RS Design. O que é uma cadeira ergonômica? Disponível em:
https://www.rsdesign.com.br/o-que-e-uma-cadeira-ergonomica/. Acesso em: 5 out. 2021.
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iv) Metodologia
Na metodologia, entendida como sendo:
Metodologia é uma palavra derivada de “método”, do Latim “methodus”
cujo significado é “caminho ou a via para a realização de algo”. Método é
o processo para se atingir um determinado fim ou para se chegar ao
conhecimento. Metodologia é o campo em que se estuda os melhores
métodos praticados em determinada área para a produção do
conhecimento.
Fonte: Significados. O que é metodologia. Disponível em:
https://www.significados.com.br/metodologia/. Acesso em: 5 out. 2021.
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7 Discussão
A discussão se caracteriza pela troca de pensamento, ponto de vista e
conceitos adotados, de modo a alcançar ou obter um consenso parcial ou total
de um assunto ou tema apresentado. Com isto, o tópico da discussão
compreende no momento em que o pesquisador pode e deve estabelecer um
diálogo entre os autores pesquisados e as inferências que alcançou diante do
banco de dados e informações obtidas sejam elas confirmatórias, discrepantes
ou contraditórias.
Com a discussão tem-se, não só o local apropriado, mas, também o
momento de se proceder em análise, interpretação e a própria crítica, sempre
com uma inferência do pesquisador.
Sendo no caso, o foco de compreender o alcance e a influência da
estrutura da cadeira, como mobiliário corporativo e que integra a
complementariedade entre a atividade do colaborador e o mobiliário em seu
posto de trabalho. Fator que se não compreendido pode refletir na produção do
colaborador. Razão da questão problema em responder: quais as exigências e
quesitos necessários para a compreensão, alcance e influência da estrutura da
cadeira, enquanto mobiliário ou equipamento de trabalho, nos fatores de
produção do colaborador ou de seus resultados finais de produção?
Reafirmando que a “discussão”, conforme explica Paulo Saldiva:
Discussão
A discussão é a parte do artigo que se depara com o desafio de manter o
equilíbrio entre erudição e concisão. É importante apresentar ao leitor as
implicações dos resultados obtidos, e, ao mesmo tempo, não desviar
significativamente dos achados objetivos. Em outras palavras, algum nível
de especulação sobre o potencial dos achados é esperado, sem, no
entanto, permitir que as asas da imaginação conduzam o texto para o
etéreo domínio do devaneio, sem fundamento em dados obtidos no
estudo em discussão. Tendo em mente as dificuldades acima expostas,
serão feitas algumas sugestões orientadoras sobre como escrever uma
discussão.
Inicialmente, seria oportuno logo no começo do texto colocar, de maneira
objetiva e sucinta, um resumo dos resultados. Por exemplo, " Os dados
obtidos no presente estudo demonstram que o tratamento X mostrou ser
positivo para o tratamento da doença Y. Os efeitos positivos observados
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devem-se ser postos em uma integração no qual se redefine e troca parcelas das
dimensões e realidade, o que permite a força do colaborador a dinâmica para a
cadeira, e a estática da cadeira o repouso para o colaborador. Neste equilíbrio,
tem-se a otimização da produção, pois, na estrutura da cadeira o colaborador
tem o descanso necessário, enquanto que a cadeira recebe a energia para os
movimentos acertados e voltados a produção. Formando uma unidade produtiva
eficiente para o sistema de produção.
No sentido inverso, a despreocupação com o fator de produção leva a
uma estrutura da cadeira de forma simplificada com dois elementos básicos que
são o humano-colaborador e a cadeira mobiliária-corporativa, sem outras
preocupações. Partindo do que se denomina o que é possível ofertar. A estrutura
da cadeira, nesta perspectiva da despreocupação se apresenta de forma
verticalizada, de cima para baixo, como se ilustra na figura:
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8 Conclusões
Nas conclusões pode-se observar que os profissionais da Engenharia de
Produção, ao visualizar ou mesmo projetar ambiente de trabalho, em que os
colaboradores se utilizam em seus postos de trabalho mobiliário ou que incorpora
cadeira e similares, permitindo ou exigindo dos colaboradores que exerçam suas
atividades em uma postura sentada, tem que haver, nestes casos, uma
preocupação com este mobiliário de forma adequada, em especial, suas
estruturas ou designer, para garantir e propiciar tanto o momento estático, como
o momento dinâmico, ou seja, estabelecer um conforto para o momento de
repouso e de exigência no movimento, de forma a facilitar e contribuir com a
produção e a jornada de trabalho.
Reforçando a ideia que a estrutura da cadeira, vista como unidade do
mobiliário disponível e necessário na empresa ou organização, de modo que o
colaborador possa exercer sua atividade de forma integrada e com a devida
adequação, firmando na unidade da cadeira a extensão do corpo humano e o
resultado na atividade de produção.
É na percepção integrativa dos movimentos, entre a estrutura da cadeira e
o ser humano sobre ela, no qual se tem um estado constante de semi-
movimentação, e o encontro de oposições, ora a busca da posição estática ou
repouso, total ou parcial, e ao mesmo tempo, uma posição de exigência
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1 Introdução
Os cosméticos são produtos conhecidos por evitar odores, melhorar ou
proteger a aparência do corpo humano, porém há alguns séculos atrás o objetivo
principal era ocultar alguns defeitos físicos, cheiros desagradáveis ou sujeira.
Com a evolução dos hábitos de higiene proporcionou a esse segmento de
mercado uma expansão, com diferentes públicos, sendo ele um produto
essencial.
O uso desses produtos de beleza existe desde antes de Cristo quando os
egípcios pintavam os olhos com sais antimônio para proteger a pele do sol e do
clima seco da região. Na bíblia também é possível notar algumas passagens que
evidenciam o uso de carvão, óleos e perfumes, como a pintura dos cílios de
Jezebel e o banho dos pés de Jesus pela irmã de Lázaro, os gregos e romanos
também se destacaram por ser os primeiros a produzir sabão à base de vegetais
do Mediterrâneo.
No entanto um fator de preocupação que existe a um longo período é a
intoxicação ou alergia gerada pelo óxido de metais pesados de sua composição,
os atores romanos eram intoxicados ou mortos pelos pigmentos minerais que
possuíam chumbo ou mercúrio, usados para pintar os seus corpos como uma
forma de representar personagens. Na atualidade ainda é usado esse tipo de
pigmento, porém em uma quantidade menor, mas outro problema é que além
dos efeitos adversos à saúde, a sua extração gera poluição da água e do solo e
contribui para o esgotamento de recursos naturais.
Os pigmentos sintéticos podem ser substituídos por pigmentos naturais,
encontrados em flores, frutos, caule, raízes e folhas, devido a presença de
antocianinas, responsáveis pela maioria das tonalidades azuis, vermelhas e
roxas. As antocianinas apesar de apresentar uma instabilidade em temperaturas
elevadas, possui algumas vantagens a serem consideradas, quanto a sua
eficácia por apresentar características anticancerígena, antiviral e antioxidante.
Com base nessas informações, isto justifica uma investigação e detalhamento
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2 Engenharia do Produto
A atividade de Engenharia do Produto existe a décadas, um objeto
qualquer desenvolvido pelo ser humano é considerado um produto, um parafuso,
um avião, fita, alimento, dentre outros são produtos que foram elaborados para
atender certas necessidades, as quais são perceptíveis no dia-a-dia com grau
diferente de problemas. Essa compreensão é de suma importância para o
profissional de Engenharia de Produção, segundo os anais de ENEGEP esse
setor é uma subárea para a Gestão de Produto, essa gestão está ligada na
inovação, sendo a principal forma das empresas se sobressaírem entre a
concorrência.
Menegon e Andrade reafirma essa importância no desenvolvimento de
empresas, e descreve que:
A atividade de desenvolvimento do produto e o projeto do produto tem se
configurado como um dos elementos chave no estabelecimento da
competitividade industrial. É no lançamento de novos produtos que as
empresas expõem sua real capacidade competitiva. Desenvolvimento de
produto e projeto do produto são tratados ou como sinônimos ou como se
o segundo constituísse um subconjunto do primeiro. A primeira
denominação é mais abrangente e mais adequada no contexto da
Engenharia de Produção uma vez que se refere ao processo que vai
desde a identificação de necessidades ao lançamento do produto,
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5 Metodologia
A metodologia é uma ferramenta que permite fundamentar através de
uma base lógica o conhecimento científico, designando desta maneira
informações essenciais para um problema a qual o pesquisador está
intencionado a resolver.
Neste sentido tem se que:
Toda investigação nasce da observação cuidadosa de fatos que
necessitam de uma maior explicação. Essa é imaginada através da
hipótese. Em seguida, procura-se verificar a veracidade da solução
sugerida. Nas ciências experimentais, isso é feito por meio de ensaios e
experiências; nas ciências humanas, é feito através de demonstrações
racionais e lógicas por meio da argumentação. Descoberta a explicação
do fato, achada a relação da causalidade entre os fenômenos ou sua
coexistência, ou, ainda, sua finalidade, forma-se a lei.
Fonte: Núcleo de Pós-Graduação e Extensão – Faveni. Apostila Metodologia Científica
Espírito Santo. Disponível em: http://ava.institutoalfa.com.br/tcc/apostila-de-metodologia-
cient%C3%ADfica.pdf. Espírito Santo, sd. Acesso em: 20 out. 2021.
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6 Resultados
Quando se refere a pigmentos/indicadores naturais, podemos encontrar
uma gama de trabalhos discorrendo sobre e citando exemplos de extratos
vegetais que podem ser usados como tal. Porém esses extratos indicadores
possuem um curto tempo de conservação impossibilitando que ele seja utilizado
dias depois ou até em algumas horas.
Os resultados que se destacam nos testes realizados com o extrato da flor
azul feijão borboleta em solução de ácido e base apresentam uma boa variação
na sua coloração, confirmando sua capacidade indicadora e a presença da
antocianina. Em solução neutra o extrato apresenta coloração azul devido a cor
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Figura 6: Extrato da flor azul feijão borboleta (Ex), em solução ácida (Ac) e
básica (Ba).
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vi) Metodologia
A metodologia é formada por diferentes conhecimentos, refere-se ao
conhecimento na seguinte afirmação:
O conhecimento como forma de solução problemática, mais ou menos
complexa, ocorre em torno do fluxo e refluxo em que se dá a base da
idealização, pensamento, memorização, reflexão e criação, os quais
acontecem com maior ou menor intensidade, acompanhando parâmetros
cronológicos e de consciência do refletido e do irrefletido.
Fonte: Tatiana Engel Gerhardt; Densise Tolfo Silveira. Métodos de Pesquisa. Porto Alegre:
UFRGS, 2009. 120 p. apud T. J. A. Tartuce. Métodos de pesquisa. Fortaleza: UNICE –
Ensino Superior, 2006. Apostila.
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7 Discussões
A discussão dos resultados tem a finalidade de entender e esclarecer o
problema de pesquisa com base nos autores citados ao longo do texto.
Pautando-se em argumentos teóricos, indagações ou resultados encontrados a
partir do banco de dados. Com essa análise determina-se a perspectiva do autor,
juntamente com os resultados encontrados, ressaltando sua crítica e se
necessário discordando de referências bibliográficas.
Nesta pesquisa, o foco é compreender a viabilidade da flor azul feijão
borboleta para a finalidade de cosméticos, substituindo pigmentos/corantes
sintéticos, pois a longo prazo causam danos à saúde dos consumidores e
contribui para a degradação do meio ambiente. Razão da questão problema em
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viabilidade da espécie da flor azul feijão borboleta como pigmento natural para a
finalidade de cosméticos.
iv) Metodologia
A metodologia se baseou na pesquisa bibliográfica, seleção de banco de
dados, referências, periódicos, Google Acadêmico e Bibliotecas Digitais, sendo
esses o caminho investigativo. Respeitando a técnica da pesquisa,
preferencialmente, a técnica de leitura objetivada, de fichamento, de parágrafo e
da análise crítica.
No que se refere aos resultados, este representa a reunião de todos os
dados coletados de forma significativa sobre a Engenharia do Produto e a
viabilidade da espécie Clitoria como pigmento para aplicação de cosméticos.
Pontuando que a Engenharia do Produto, dentro da concepção
desenvolvimento de produtos de beleza, e na perspectiva da avaliação de
profissionais de Engenharia de Produção, nas boas práticas de produção, na
busca do bem-estar, aspecto mais jovial, saúde, asseguram, pelo conforto,
segurança, qualidade de vida e longevidade, ofertados ao consumidor quando
procura-se elaborar um produto, preocupando-se com as suas respectivas
necessidades.
Na discussão, reafirma que a indicação da “Engenharia do Produto” é
compreendida como a chave da competitividade entre as empresas, buscando
sempre um diferencial. Neste sentido ela não se limita apenas em desenvolver
um produto, mas sim atender as necessidades do mercado, com inovações e
avanço, para o setor de cosméticos, uma área que ainda não há avanços
consideráveis é o setor de produtos naturais, pelo custo elevado para o
desenvolvimento em larga escala, e pela instabilidade da matéria-prima, como é
o caso dos pigmentos naturais que sofre de rápida degradação quando exposto
ao ambiente.
No entanto, há estudos que buscam reverter essa situação, devido a
benefícios que estão à saúde agregados aos produtos naturais, e a partir dessa
problemática é subsidia-se essa pesquisa. Apresentando uma metodologia
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8 Conclusões
As conclusões são de que a espécie Clitoria ternatea linn além de
apresentar benefícios medicinais, se adequa como matéria-prima para a
produção de pigmentos naturais, sendo ela uma espécie predominante nas
regiões do Nordeste e do Mato Grosso do Sul, a qual só é utilizada para
complementar a alimentação animal na época de seca, descartando o seu uso
na alimentação humana.
Reforçando a ideia que a Engenharia do Produto se fixa a base para a
estruturação do projeto do produto, no desenvolvimento da metodologia
experimental dos pigmentos natura, englobando as gestões do Produto, Gestão
da Qualidade, Gestão Organizacional, Gestão Econômica, dentre outras, com o
intuito de destacar um avanço na área dos produtos naturais e minimizar o
consumo de pigmentos sintéticos na produção de cosméticos que gere danos à
saúde e ao meio ambiente.
No processo investigativo do processo do produto o trabalho se atentou
às limitações para a elaboração do pigmento para aplicação na indústria de
cosméticos. Estes pigmentos se degradam por exposição à luz e a temperatura
ambiente. Devido à presença da antocianina, substância responsável pela
mudança de cor dos extratos aquosos quando em presença de íons H + ou OH-,
aonde sofre degradação por oxidação quando em solução aquosa, o que leva a
um desgaste na coloração prejudicando o produto final e inviabilizando sua
produção.
Afim de solucionar essa problemática a pesquisa se subsidiou no
estudos sobre a produção de pigmentos naturais, sua conservação e aplicação
em cosméticos, na qual ganhou destaque para o desenvolvimento de uma
metodologia experimental, com a intenção de prolongar a vida útil dos pigmentos,
a pesquisa de campo desenvolvida pela autora entre os anos de 2017-2019 no
IFMS, sobre Produção de Pó Indicador Ácido Base a Partir da Flor Azul Feijão
Borboleta (Clitoria Ternatea L.), e um trabalho desenvolvido pelo IFSC sobre
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