05 - Livro de Engenharia Física - Volume 2 - 2021-1

 Engenharia Física – resolução de problemas 
1
 ### Wilson José Gonçalves (org.) ### 
Wilson José Gonçalves

(organizador)
Engenharia Física
– resoluçã o de problemas –
Volume 2
1ª ediçã o
Campo Grande – MS
Academia de Letras Jurídicas do Estado de Mato Grosso do Sul – ALJ-MS
2021
2
Engenharia Física
– resolução de problemas –
Editora
Academia de Letras Jurídicas do Estado de Mato Grosso do Sul
Conselho Editorial
Aires Gonçalves, ALJ-MS. ( in memoria )
André Puccinelli Júnior, Doutor/PUC-SP – UFMS / ALJ-MS.
Fadel Tajher Iunes, ALJ-MS. ( in memoria )
Helder Baruffi, Doutor/USP – UFGD / ALJ-MS.
Júlio Cesar Bebber, Doutor/USP – TRT 24ª Região / ALJ-MS.
Ruy Celso Barbosa Florence, Doutor/PUC-SP, ALJ-MS.
Sérgio Fernandes Martins, Mestre/UGF / ALJ-MS.
Tatiana Azambuja Ujacow, Mestre/UnB – UFMS / ALJ-MS.
Wilson José Gonçalves, Doutor/PUC-SP – UFMS / ALJ-MS.
Ficha Catalográ fica

GONÇALVES, Wilson José (org.).
Engenharia Física – resolução de problemas. Volume 2. Campo Grande-MS: ALJ-
MS, 2021.
161 p.
Inclui referê ncias
1. É tica. 2. Legislaçã o. 3. Profissã o.
CDD
Endereço:
Rua Joaquim Murtinho, 93 – Centro. Campo Grande-MS.
79.002-100
f. + 55 67 98419 1515
e-mail: academiadeletrasjuridicas@bol.com.br
3
Wilson José Gonçalves
Engenharia Física
– resoluçã o de problemas –
Academia de Letras Jurídicas do Estado de Mato Grosso do Sul

2021
4
Dedicatória
Aos Professores, Técnicos-Administrativos e Familiares.
5
Sumário
1 Apresentação............................................................................................................. 7
Redução do Gasto de Combustível em Veículos: compreensão da aerodinâmica
veicular como ferramenta........................................................................................... 12
Victoria de Almeida Magalhães ................................................................................12
Vinicius Souza Franco .............................................................................................12
Engenharia Física na Prevenção de Desastres Ambientais: acompanhamento da
conservação da natureza por tecnologia..................................................................39
Beatriz Battistotti Meireles .......................................................................................39
Tiago Mendonça Souza Lima ...................................................................................39
Atenuação em Fibras Ópticas: compreensão do fenômeno que diminui o potencial
de propagação do sinal.............................................................................................. 72
João Marcos da Cruz Madruga Dutka ......................................................................72
Energia Eólica Aerotransportada: compreensão dos métodos de geração..........91
Sophia Pimenta Brück Varjão ...................................................................................91
Engenharia Física em Projetos de Moderação do Depósito de Plásticos no Meio
Ambiental: conhecimento da ciência dos materiais no desenvolvimento de plásticos
biodegradáveis.......................................................................................................... 126
Daniel dos Santos Oliveira .....................................................................................126
Mateus Nunes César Ferraz ..................................................................................126
6
1 Apresentação
Fechando o primeiro semestre de 2020, um semestre atípico, no

qual, mais do de repente, o presencial se transformou em remoto, no início
de uma Pandemia. A incerteza, insegurança e demais “in” possíveis surgem
no isolamento social e nas atividades remotas ou home office. Literalmente
a Educação Superior se viu obrigada a se transformar, a se reinventar.
Neste caldeirão de expectativas, emoções, sonhos, as primeiras
aulas foram presenciais, todos juntos e misturados. Uma euforia sem
tamanho. Primeira aula, da disciplina “ Legislação, Ética Profissional e
Cidadania ”, para o curso de Engenharia Química, ocorreu no dia 27 de
fevereiro de 2020, as 15:13, todos empolgados e felizes. Começam as
primeiras orientações. Avisos e recomendações. O Plano de Ensino foi
detalhado e as atividades explicadas.
Porém, após o terceiro encontro houve a suspensão das aulas
presenciais, por estudos dirigidos, não havia mais aulas presenciais na
UFMS, a partir de 17 de março de 2020. Somente, aulas remotas, pelo
WhatsApp.
A realidade da Pandemia do Covid-19, impôs o isolamento social, em
preservação a saúde e a vida. Mas, a missão de educar e continuar as
atividades docentes, bem como o cumprimento do planejamento feito era
um desafio, mas, nada desviou a meta. Tornou o desafio mais difícil que é.
Mas, afinal de conta, nunca foi dito que a tarefa era fácil. Dedicação,
empenho, força, foco e meta. Os dias vão se passando, as orientações, a
comunicação era via WhatsApp.
Para desenvolver está atividade avaliativa, foram necessárias
pesquisa, reflexões, orientações, escrita, correções, revisões e mais
revisões até que os livros estivessem prontos para apresentá-los a
comunidade em geral.
7
Ensinar a técnica de parágrafo e construção de textos técnicos, no

qual o objetivismo predomina, bem como, as exigências científicas se
impõem, permite o exercício da consciência da Legislação (toda atividade
da engenharia é permeada por comandos normativos), da Ética
Profissional, para com os eixos de obrigações do Código de Ética, como a
condenação do plágio em todos os sentidos. Promovendo com isto, a
cidadania, ao refletir sobre a profissão e sua atuação em prol da sociedade.
Para desenvolver a atividade, elegeu-se a técnica de parágrafo, que
em sua composição exige-se uma lógica e sequencialidade rigorosa em sua
forma e, principalmente, em seu conteúdo, como pode-se observar:
Título: subtítulo (objeto de estudo: solução)
Nome do Autor
e-mail:
Resumo: [cinco elementos: 1 Contexto; 2 Objetivo; 3 Método; 4 Resultado; 5
Conclusões].
Palavras-chave: 1 Uma. 2 Duas. 3 Três. 4 Quatro. 5 Cinco.
Sumário: 1 Introdução. 2 Objeto de Estudo. 3 Problema. 4 Solução. 5 Metodologia.
6 Resultado. 7 Discussão. 8 Conclusões. 9 Referência.
1 Introdução
§ - contextualização do tema de modo a situar o leitor;
§ - justificar ou explicar o título;
§ - estabelecer os limites ou a delimitação do texto;
§ - quais os objetivos;
§ - o problema;
§ - as hipóteses a serem trabalhadas;
§ - o método utilizado;
§ - a fundamentação ou revisão bibliográfica;
§ - indicar os principais resultados;
§ - a provável solução;
§ - as principais partes do trabalho e como foram apresentadas;
§ - as razões de se ler o trabalho ou a sua contribuição.
2 Objeto de Estudo
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO] = indicando o
conteúdo geral do tópico
§ - citação 1 (s) – no mínimo três autores citação direta
§ - comentário – aprende a dialogar com os autores
§ - análise – para compreensão do assunto
§ - conclusão = Assim, [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - gancho para próximo tópico [INDICAR COM AS MESMAS PALAVRAS
EXISTENTES NO PRÓXIMO TÓPICO]
3 Problema
8

conteúdo geral do tópico
§ - descrever o problema = USAR O PROBLEMA (PERGUNTA?) DA
INTRODUÇÃO
§ - [...] se possível – citação para demonstrar o problema, sua origem ou demais
aspectos que despertam o interesse ao problema
§ - ao citar deve-se comentar
§ - reforçar o foco do problema na pergunta ou em seus detalhamentos
§ - gancho para próximo tópico [INDICAR COM AS MESMAS PALAVRAS]
4 Solução
conteúdo geral do tópico.
§ - recuperar o problema de pesquisa.
§ - desenvolver as hipóteses indicada na INTRODUÇÃO e outras [...]
§ - primeira hipótese – indicar e demonstrar / refutar o porquê não é a resposta
mais adequada ao problema.
§ - refutar a hipótese.
§ - segunda hipótese – indicar e demonstrar / refutar o porquê não é a resposta
mais adequada ao problema.
§ - refutar a hipótese.
§ - terceira hipótese – indicar e demonstrar que é a resposta mais adequada ao
problema.
§ - a última hipótese é a solução mais adequada ao problema
5 Metodologia
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - descrever os bancos de dados e demais informações de COMO foi feita a
pesquisa
§ - [...]
6 Resultados
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO] – Balizar-se ou
ORIENTAR-SE pelo texto do RESUMO e da INTRODUÇÃO, de modo a manter a
coerência e coesão do texto agregando os dados reunidos no banco de dados ou
nas referências no qual se apoiou para realizar a pesquisa.
§ - descrever a síntese do banco de dados, ou seja, faça um apanhado de tudo
que pesquisou. Organizando de modo a demonstrar os textos de posição
contrária, se encontrou, bem como a posição favorável. Tanto do objeto de
estudo, do problema e da solução. Além da metodologia que pode ser incluída.
RECOMENDA-SE O USO DO TÍTULO E DO SUMÁRIO PARA COMPOR A
ORGANIZAÇÃO DO BANCO DE DADOS, SUA SINTÉSE E COMENTÁRIOS
§ - REPETIR ESSA ORIENTAÇÃO [PARÁGRAFO] PARA CADA REFERENCIA
CONSULTADA OU QUE JULGA IMPORTANTE PARA A CONSTRUÇÃO DO
TEXTO E DO ENTENDIMENTO DO TEMA [...] – comentar as principais
REFERENCIAS que consultou para elaborar o texto, indicando sua contribuição
§ - [...] – comentar as principais REFERENCIAS que consultou para elaborar o
texto, indicando sua contribuição
9
§ - REPETIR ESSA ORIENTAÇÃO [PARÁGRAFO] PARA CADA REFERENCIA

CONSULTADA OU QUE JULGA IMPORTANTE PARA A CONSTRUÇÃO DO
TEXTO E DO ENTENDIMENTO DO TEMA [...] – comentar as principais
REFERÊNCIAS que consultou para elaborar o texto, indicando sua contribuição
§ - fechar a ideia do que se encontrou, no banco de dados, com aquilo escrito no
resumo e na introdução
7 Discussão
§ - introdução [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
§ - compreende na seleção dos resultados que garante a construção do Tópico 2,
3, 4 e 5 = discussão dos resultados (tópico anterior)
§ - [...] § - conclusão = Assim, [USAR AS PALAVRAS DO TÍTULO DO TÓPICO]
8 Conclusões
A conclusão deve conter os seguintes parágrafos:
§ - parágrafo de introdução com base no texto do resumo
§ - síntese do tópico 2 – objeto de estudo
§ - síntese do tópico 3 – problema
§ - síntese do tópico 4 – solução
§ - síntese do tópico 5 – metodologia de execução
§ - síntese do tópico 6 – resultados
§ - síntese do tópico 7 – discussão
§ - destacar o objetivo – [resumo, introdução] – indicando se alcançou ou não
§ - recuperar o problema a pergunta – [introdução]
§ - responder de forma clara a pergunta USANDO apenas elementos trabalho ou
visto no texto, NADA DE ELEMENTO NOVO.
§ - dizer por que essa solução é a melhor.
9 Referências
De cinco a oito referências – conforme ABNT. Colocar em ordem alfabética por
sobrenome (use o classificar no Word)
Use como base a NBR 6023
Está estrutura pode ser vista, em sua aplicação, nos textos em que o
leitor tem em mãos, comprovando a viabilidade e executoriedade de um
texto técnico-científico, bem como o resultado do processo de ensino-
aprendizado. Reforçando a ideia que o conteúdo dos artigos, deve ou
deveria vincular sua temática com a ementa da disciplina, seja de forma
direta ou indireta. O que foi cumprindo.
Cada autor e autora deve sua dedicação e empenho na proposta de
se pensar a disciplina com base em uma questão prática e direta com a
proposta e a ementa da disciplina.
10
Com isto, finalizou-se a programação inicialmente feita e concluída

ao encerramento do semestre. Com isto, traz a alegria e felicidade da
missão cumprida.
O que demonstrar que o amor, a disciplina e a persistência
conduzem a perfeição e ao mesmo tempo um avanço, uma inovação no
campo das ideias que se projeta a mudança da realidade social.
Por fim, como professor e organizador da obra, gostaria de registrar
minha gratidão, pelo voto de confiança recebido, ao acreditar neste projeto.
Encerrando o semestre com chave de ouro, e demonstrando uma
viabilidade de uma ideia.
Muito obrigado, um grande e fraterno abraço a todos e todas.
Campo Grande-MS., Cidade Universitária, 7 de julho de 2021.
Prof. Dr. Wilson José Gonçalves
11
Redução do Gasto de Combustível em Veículos: compreensão da

aerodinâmica veicular como ferramenta
Victoria de Almeida Magalhães

victoria_magalhaes@ufms.br
Vinicius Souza Franco

vinicius_s_franco@ufms.br
Resumo: O combustível fóssil é uma das principais fontes de energia
do mundo, tendo sua principal utilização os meios de transporte,
entretanto na última década os preços se tornaram instáveis
aumentando de forma que trouxe prejuízo aos consumidores, tanto os
portadores de veículos próprios quanto aos que necessitam de
transporte compartilhado, pois com o aumento do combustível o preço
das passagens também se elevou, os caminhoneiros também foram
afetados com o aumento do preço do combustível. Além de que, por
ser um combustível não renovável e seu meio de extração um fator
poluente formas de diminuir sua utilização estão sendo consideradas, o
estudo da aerodinâmica veicular pode ser um meio da diminuição da
utilização de tal combustível de forma prática até que soluções efetivas
sejam implementadas. O objetivo é estudar o uso de ferramentas da
aerodinâmica veicular como uma ferramenta para redução de
combustível dos meios de transporte terrestres. A metodologia
consistiu em pesquisas bibliográficas acerca do conteúdo abordado no
artigo. Os resultados encontrados apontam que ao reduzir o coeficiente
de arrasto de automóveis utilizando de ferramentas que auxiliam na
aerodinâmica do veículo é possível reduzir de forma significativa o
consumo de combustível fóssil dos mesmos se levado em consideração a quilometragem
média rodada por ano. Ao realizar esse cálculo deve ser analisada sua velocidade, o
comprimento e o peso do veículo. As conclusões obtidas foram que alterações
aerodinâmicas veiculares exercem influência no consumo de combustível, ocasionando um
impacto importante tanto na questão ambiental quanto na financeira dos detentores de
veículos;
Palavras-chave: Combustível; Aerodinâmica Veicular; Veículos; Coeficiente de Arrasto.
Sumário: 1 Introdução. 2 Redução do Gasto de Combustível em Veículos. 3 Incompreensão

da Aerodinâmica Veicular como Ferramenta. 4 Compreensão da Aerodinâmica Veicular
como Ferramenta. 5 Metodologia. 6 Resultados. 7 Discussão. 8 Conclusões. 9 Referências.
12
1 Introdução
O combustível fóssil é uma das principais fontes de energia do
mundo, em específico o petróleo que nas últimas 3 décadas apresentou um
acréscimo na sua utilização. No entanto, por ser uma fonte de energia não
renovável a exageração de seu uso é uma preocupação, por conta de seus
impactos ambientais e econômicos.
Um dos principais impactos ambientais causados é a emissão de
CO2 causado pela queima de combustível automobilístico. A queima de CO 2
resulta na poluição da atmosfera, em especial centros urbanos,
contribuindo para o aquecimento global e efeito estufa. A degradação
causada pela poluição do ar não afeta apenas ecossistemas, mas também
a saúde humana, visto que as substâncias liberadas pela queima de
combustível têm alta concentração nociva. Um dos efeitos da liberação de
substâncias nocivas na atmosfera é conhecida como “chuva-ácida”,
prejudicial ao meio ambiente uma vez que provoca sérios danos
ambientais, acidificando rios, causando alterações em solos e podendo
causar a deterioração de construções.
Quando se trata do impacto econômico, na última década os preços
dos combustíveis se tornaram instáveis aumentando de maneira
considerável trazendo prejuízo aos consumidores, tanto os portadores de
veículos próprios quanto aos que necessitam de transporte compartilhado,
pois com o aumento do combustível o preço das passagens também se
elevou, os caminhoneiros também foram afetados com o aumento do preço
do combustível.
No Brasil, vem sendo pesquisado formas de substituir este tipo de
combustível não renovável, um exemplo é o carro movido a eletricidade. No
entanto, esse meio ainda necessita de adaptações no setor de produção
para ser implantado de maneira efetiva.
Contudo, a aerodinâmica veicular possui ferramentas que podem
contribuir para a redução do gasto de gasolina, ajudando o consumidor a
economizar e o meio ambiente até que as soluções efetivas sejam
implementadas.
A proposta deste projeto limita-se a compreender as ferramentas da
aerodinâmica veicular que podem auxiliar na redução do gasto de
13
combustíveis em automóveis, levando em consideração como é possível

diminuir o coeficiente de arrasto dos veículos.
Diante disso, o objetivo definido para essa pesquisa é compreender o
uso da aerodinâmica veicular e as ferramentas que esse recurso
proporciona para redução de combustível dos meios de transporte
terrestres.
O problema da pesquisa se baseou na seguinte pergunta: “ É
possível utilizar a aerodinâmica veicular como uma ferramenta para a
redução do gasto de combustível em automóveis? Caso for possível, de
que maneira seria eficiente? ”
Para responder ao problema da pesquisa foram, de início, levantadas
3 hipóteses são elas:
a) É inviável a utilização da aerodinâmica veicular como
ferramenta para a economia de combustível, pois para isso deveria ser
modificada toda a carcaça do carro tornando o procedimento caro e sem
retorno.
b) A falta de conhecimento sobre a aerodinâmica veicular
tornaria inviável a aplicação da mesma no cotidiano da população.
c) A utilização da aerodinâmica veicular como uma ferramenta é
viável, acarretando em uma quantidade expressiva de economia de
combustível, por meio da diminuição coeficiente de arrasto e da utilização
de dispositivos aerodinâmicos.
A metodologia aplicada para concepção deste projeto consistiu em
pesquisas bibliográficas, com base em diversos artigos encontrados nos
seguintes banco de dados: SciELO, Google Acadêmico, Periódico Capes,
teses, dissertações e monografias acerca do tema abordado no artigo.
Para realizar a fundamentação bibliográfica da pesquisa, utilizou-se
os seguintes autores e respectivas obras que são: Cicero Janderson
Tavares Neves. “O uso do defletor de ar em caminhões pesados na
economia de combustível: Uma análise de viabilidade econômica e
ambiental, 2019”; Danilo Vieira Castejon, “Método de redução de arrasto e
seus impactos sobre a estabilidade veicular”; Paula Duarte Araújo,
“Impactos ambientais e na matriz de consumo de combustíveis pela
introdução de uma frota de veículos leves com células a combustível na
cidade de São Paulo-SP ”; Turan Dias, Luzia Aparecida Tofaneli e Yuri
14
Guerrieri. “Análise de Desempenho Aerodinâmico de Defletores de Ar para

Veículos de Carga Rodoviários”.
Os principais resultados encontrados indicam que ao utilizar
defletores de ar, ferramentas que auxiliam na aerodinâmica do veículo, é
possível diminuir o coeficiente de arrasto do carro o que resulta na redução
do consumo de gasolina dos mesmos se for levado em consideração a
quilometragem média rodada em 1 ano. Este cálculo deve ser realizado
levando em consideração sua velocidade, o comprimento e o peso do
veículo.
Ao decorrer do projeto foi possível observar que, a redução do
consumo de combustível de automóveis utilizando de ferramentas da
aerodinâmica veicular é possível, com a diminuição do coeficiente de
arrasto utilizando defletores.
Para o desenvolvimento deste projeto, foram estabelecidos nove
blocos para o registro são eles: 1) introdução, onde se apresenta de forma
categórica os principais tópicos; 2) a definição do objeto de estudo, que
consistiu na redução de gasto de combustível de automóveis; 3) o problema
que a pesquisa visa responder, que é a incompreensão da aerodinâmica
veicular; 4) a solução do problema, a compreensão da utilização da
aerodinâmica veicular como ferramenta para a redução do gasto de
combustível; 5) a metodologia onde foi descrito como o projeto foi
realizado; 6) os resultados, em que foram colocados o que foi encontrado
nos banco de dados; 7) na discussão foi desenvolvido, um diálogo entre os
resultados, o objeto de estudo, o problema, a solução e a metodologia para
se encaminhar para as conclusões; 8) nas conclusões se encontra a
resposta ao problema da pesquisa; e 9) por fim, tem-se o registro das
referências utilizadas durante a pesquisa.
Com isso, este trabalho tem como relevância a contribuição para
redução do consumo de combustíveis não renováveis em automóveis
utilizando ferramentas da aerodinâmica veicular, ocasionando impactos
positivos nas áreas ambiental e econômica. Portanto, mostrando a razão de
se ler este projeto.
2 Redução do Gasto de Combustível em Veículos
15
A gasolina e o etanol são combustíveis não renováveis utilizados de

modo amplo no mundo, o Brasil não fica de fora disso. O país por ter sua
frota de transporte de produtos baseada em transporte rodoviário de
cargas, além dos carros, motos e transportes públicos movidos a gasolina
serem o principal meio de transporte usufruído pelos brasileiros.
Portanto, o Brasil se tornou um refém da gasolina, que por conta de
sua instabilidade econômica acaba sendo um problema para diversos
indivíduos. Com isso, a redução do gasto de combustível auxiliaria a vida
de diversos brasileiros detentores de veículos.
Conforme os autores Taruan Dias, Luzia Aparecida Tofaneli e Yuri
Guerrieri, o transporte rodoviário de cargas é importante para o Brasil pois:
O Brasil é, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT),
possuidor de 1.581.105 quilômetros de rodovias nacionais, estaduais ou
municipais, número bem superior aos 44.000 quilômetros de hidrovia (dos
quais apenas 19.000 são utilizados economicamente) ou aos 29.637
quilômetros de malha ferroviária. Enquanto esses números evidenciam o
alcance do transporte rodoviário, a CNT também o evidencia como principal
meio de transporte de cargas no país por possuir participação maior que
60% em TKUs (produto de toneladas por quilômetros) transportados, bem a
frente do transporte ferroviário, segundo colocado, possuidor de
participação inferior a 21%. Diante da relevância do transporte rodoviário,
otimizações no setor que reduzam os custos operacionais têm, em nível
nacional, um grande impacto financeiro. Focando o consumo de
combustível como objetivo da otimização, logo surge outra grande área de
relevância: a minimização de impactos ambientais.
Fonte: Turan Dias, Luzia Aparecida Tofaneli, Yuri Guerrieri. Análise de
Desempenho Aerodinâmico de Defletores de Ar para Veículos de Carga Rodoviários
Via CFD. In: Congresso Nacional de Engenharia Mecânica -CONEM, 7., 2012. São
Luís: 2012. Disponível em: http://repositoriosenaiba.fieb.org.br/handle/fieb/240.
Acesso em: 14 maio 2021.
Percebe-se que formas de reduzir o gasto de combustível em

veículos traria um impacto positivo que seria de ajuda e traria benefícios
tanto para os caminhoneiros que utilizam do diesel quanto para quem
consome este serviço e para os que utilizam carros de passeio cujo
combustível é a gasolina no geral.
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética que apresenta dados
sobre o consumo de gasolina no Brasil:
A demanda de gasolina A, no período avaliado, destina-se tanto ao
atendimento à frota dedicada a gasolina, quanto à parcela da frota flex fuel,
que consome este combustível. Em 2017, esta demanda foi de 32,2
milhões de m³ (EPE, 2018b). Estima-se que, em 2030, o volume deste
16
combustível seja de 33,7 milhões de m³. A taxa no período entre 2017 e

2030 será de 0,3% a.a.. Em relação à demanda nacional de gasolina C,
com a adição obrigatória de etanol anidro, projeta-se uma taxa análoga ao
observado para gasolina A de 0,3% a.a., passando de 44,3 bilhões de litros
em 2017 para 46,1 bilhões de litros no final do período.
Fonte: Empresa de Pesquisa Energética. Demanda de Energia dos Veículos Leves:
2018-2030 . Número 01. Rio de Janeiro, Outubro de 2018. Disponível em:
https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/
PublicacoesArquivos/publicacao-331/topico-421/Demanda_Veiculos_Leves_2018-
2030.pdf. Acesso em: 14 maio 2021.
Conforme os dados disponibilizados pela Empresa de Pesquisa

Energética, o Brasil apresenta um consumo acentuado de gasolina por
parte dos veículos de passeio e conforme projeções se nenhuma atitude for
tomada em relação a algum consumo a tendência de aumento a cada ano
se concretizará.
Nota-se que Paula Araújo ao discorrer sobre o impacto do uso
excessivo de combustível evidencia que:
O processo de urbanização, a expansão da produção industrial, o aumento
excessivo do uso de automóveis (Hogan, 2000) e da geração de energia
expõem os habitantes das grandes cidades a níveis de poluição do ar que
excedem os limites máximos admitidos pela Organização Mundial de Saúde
– OMS, causando vários problemas à saúde da população. Além disso, a
elevada emissão de compostos de carbono, resultante da queima de
combustíveis fósseis, contribui para o aumento do efeito estufa, que tem
sido apontado como um dos responsáveis pela mudança climática global.
Percebe-se, atualmente, em todo o planeta, que as grandes cidades
enfrentam problemas de poluição do ar derivados do crescimento do
tráfego de veículos urbanos. Além disso, já vem sendo divulgado que as
fontes de petróleo se tornarão escassas para as próximas gerações
(Ramage, 1997), existindo então uma necessidade de se estabelecer
medidas preventivas como: conservação dos produtos de petróleo,
desenvolvimento de combustíveis alternativos e de fontes renováveis de
energia.
Fonte: Paula Duarte Araújo, Impactos ambientais e na matriz de consumo de
combustíveis pela introdução de uma frota de veículos leves com células a
combustível na cidade de São Paulo-SP. 2004. Disponível em:
http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/263927. Acesso em: 14 maio
2021.
Nota-se que Paula Duarte ao ressaltar sobre a elevada emissão de

gás carbônico causada por veículos, deixa evidente que medidas
preventivas devem começar a ser tomadas de maneira urgente para que
haja a diminuição de poluição causado pelo uso excessivo de combustível
utilizado.
17
A alta do consumo de combustível, por conta do constante aumento

do número de carros de passeio em circulação e veículos rodoviários de
carga vem causando uma crescente preocupação do ponto de vista
econômico, em função da possível escassez do produto matriz para a
confecção do combustível, e ambiental por conta da alarmante quantidade
de CO2 e outras substâncias sendo liberadas na atmosfera, comprometendo
a ecologia, fauna e saúde humana.
Assim, é possível notar que maneiras de diminuir o gasto de
combustível gasto por veículos devem começar a ser estudadas e aplicadas
o quanto antes, para que seja minimizado os impactos ambientais
relacionados à emissão de CO 2 e outras substâncias nocivas na atmosfera,
assim como os impactos econômicos que afetam tanto a economia do país
como um todo quanto o orçamento mensal de cada indivíduo que não teria
como prever a variação de preço. Dessa forma, sendo positivo para a fauna
e flora, a economia, a sociedade e a saúde humana.
Portanto, medidas para que isso aconteça devem começar a ser
pensadas e aplicadas no cotidiano da sociedade. A incompreensão da
aerodinâmica veicular como ferramenta é um obstáculo para que isso
aconteça, já que se estudada e amplamente utilizada pode ajudar a diminuir
de forma incisiva os impactos causados pela ampla utilização do
combustível em veículos.
3 Incompreensão da Aerodinâmica Veicular como Ferramenta

Mesmo sendo fundamental para o funcionamento dos veículos, o
estudo da aerodinâmica veicular empregada limita-se a estabilidade do
veículo. No entanto, pode ser usada como uma ferramenta para a
diminuição do combustível utilizado pelos veículos.
Com isso, surge a pergunta: “ É possível utilizar a aerodinâmica
veicular como uma ferramenta para a redução do gasto de combustível em
veículos? ”.
Conforme indicado por Danilo Vieira:
Ao final da Segunda Guerra Mundial a América do Norte e a Europa
começaram a apresentar tendências distintas com relação à aerodinâmica
veicular. Concomitantemente, no continente europeu continuava-se a
aprimorar geometrias propostas no período pré-guerra e cada vez mais, a
aplicá-los no mercado. Já no continente americano, surgiu um novo
18
conceito geométrico baseado na divisão do veículo em três volumes. A

princípio, este conceito parecia retroceder nos avanços propostos nos anos
30, porém, detalhes como extremidades arredondadas, faróis e rodas
embutidas na carroceria fizeram com que essa geometria apresentasse um
coeficiente de arrasto em torno de 0,55, compatível com os modelos
europeus (HUCHO, 1998, Capítulo 1).
Após esse período, a aerodinâmica passou por uma fase de estagnação
durante a década de 50 e pouco avanço se deu em relação à redução de
arrasto. Difundia-se o pensamento que não era possível obter coeficientes
de arrasto menores que 0,5 através da adoção de contornos suaves. Os
consumidores não se interessavam por veículos eficientes e sim pelo estilo
apresentado pelo veículo. Os responsáveis por conferir este estilo
ganharam cada vez mais poder de decisão sobre a geometria do veículo
em detrimento das questões ligadas à aerodinâmica (HUCHO, 1998,
Capítulo 1).
Fonte: Danilo Vieira Castejon, Método de redução de arrasto e seus impactos sobre
a estabilidade veicular. 2011. Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade
de São Paulo.Dissertação. Disponível em:
file:///C:/Users/55679/Downloads/dissertacao.DaniloCastejon_final.pdf. Acesso em:
17 maio 2021.
Com isso, Danilo enfatiza que por décadas o estudo da aerodinâmica

veicular com ênfase na melhoria da eficiência energética dos veículos se
manteve de certa forma estagnado por considerarem que seria possível
alterando o formato do veículo e isso não iria agradar os consumidores.
A utilização da aerodinâmica veicular apesar de importante para
sustentação do veículo não é aproveitada para melhoria de eficiência
energética, o que ocasionaria em uma redução no gasto de combustível.
Assim, pelo estudo a aerodinâmica veicular como uma ferramenta
para melhoria da eficiência energética ter ficado estagnado durante anos a
sua incompreensão se faz presente nos dias de hoje fazendo com que
ocorra uma limitação com relação à aerodinâmica ser utilizada como
ferramenta de redução do uso de combustíveis fósseis em veículo. Isso
mostra que mesmo sendo possível sua aplicação faz-se necessário que
mais estudos sejam realizados na área.
Da Incompreensão da aerodinâmica veicular como ferramenta, passa
a descrever o passo para compreensão da aerodinâmica veicular como
ferramenta.
4 Compreensão da Aerodinâmica Veicular como Ferramenta
19
A compreensão da aerodinâmica veicular como ferramenta para

redução do uso de gasolina já foi estudada em décadas passadas, porém
foi um estudo que esteve estagnado, passando anos sem aplicação no
cotidiano da sociedade. Todavia, nos anos atuais criou-se uma necessidade
de utilizar novos meios para que ocorra a melhoria da eficiência energética
dos veículos ajudando o consumidor e o meio ambiente.
Como apontam os autores Neves, Cavalcante, Bertoncini, Teixeira e
Pinheiro:
Os veículos automotores são responsáveis por 10% das emissões de
dióxido de carbono no meio ambiente em nível global (GUARIEIRO;
VASCONCELLOS; SOLCI, 2011). O CO2 é tido como um gás de efeito
estufa, contribuindo com o aquecimento global e distúrbios ambientais,
porém poluentes como: monóxido de carbono, óxido de nitrogênio e
material particulado também são lançados na atmosfera e causam danos a
diversos ecossistemas e a saúde dos seres humanos.
Neste sentido, ações aplicadas que elevam a eficiência energética, ou seja,
a redução da energia efetiva (proveniente do combustível) permitindo o
deslocamento do caminhão representam vantagens financeiras, além de
conservar este recurso fóssil não renovável e reduzir a poluição
atmosférica no âmbito ambiental.
Diante desse cenário, estudos aerodinâmicos contribuem para elevar a
eficiência energética de caminhões através da utilização do acessório,
defletor de ar, proporcionando avanços no segmento de transporte
rodoviário de cargas, tanto em meio econômico como ambiental. Porém, o
desenvolvimento de novas pesquisas na área reflete a necessidade de
aprimorar o rendimento operacional de veículos de transporte com o intuito
de reduzir custos. Conforme, Carregari (2006) são necessários avanços em
relação à aerodinâmica devido à ampla área frontal e a velocidade de
percurso do veículo que transportam pessoas e cargas.
Fonte: Cícero Neves, Antônio Cavalcante, Bruno Bertoncini, Rafael Teixeira, Davi
Pinheiro. (2019). O uso do defletor de ar em caminhões pesados na economia de
combustível: Uma análise de viabilidade econômica e ambiental . Brazilian Journal of
Development. 5. 19658-19669. 10.34117/bjdv5n10-182. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/337267576_O_uso_do_defletor_de_ar_em
_caminhoes_pesados_na_economia_de_combustivel_Uma_analise_de_viabilidade_
economica_e_ambiental. Acesso em: 24 maio 2021.
Apesar dos autores focarem em caminhões, o estudo também pode

valer para carros de passeio, e como pode-se observar a aerodinâmica
pode ser entendida não só como uma ferramenta que auxilia na eficiência
energética de veículos, mas também como algo que auxiliaria na redução
de custo de vida de um indivíduo, o que faria com que seu dinheiro fosse
investido em sua qualidade de vida, e como uma ferramenta para a
20
diminuição de gases poluentes na atmosfera, o que ajudaria não só na

saúde da população como de outros seres vivos que ali habitam.
A aerodinâmica veicular mesmo que por algum tempo sendo
estudada somente para a fixação do veículo no solo pode ser utilizada para
o aprimoramento do coeficiente energético, nesse ramo possui um déficit
em pesquisas pois, só se é procurado sobre maneiras que diminuem o
coeficiente de arrasto. No entanto, a aerodinâmica veicular possui
dispositivos que contribuem com a eficiência do carro.
De acordo com Danilo Vieira Castejon:
Outro aspecto que tem contribuído para um crescente destaque da
aerodinâmica veicular é a conscientização ambiental. As pessoas estão se
conscientizando de que os recursos naturais estão cada vez mais
escassos, para uma população mundial que cresce continuamente.
Portanto é preciso criar meios para que se comprometa o mínimo possível
o meio ambiente e, por isso, há a necessidade de se obter veículos cada
vez mais eficientes em termos de aproveitamento energético.
Um dos pontos chaves para alcançar esta eficiência nos veículos é a
aerodinâmica veicular, mais especificamente um de seus principais
fundamentos, o Arrasto Aerodinâmico.
Este pode ser definido como uma força resistiva imposta pelo ar ambiente a
um objeto, que por ele se locomove. Em outras palavras, no caso dos
veículos rodoviários, é a força que, aliada ao atrito existente entre os
pneumáticos e o pavimento, devido a sua deformação, contrapõe a força
propulsiva oriunda do motor.
A aerodinâmica, além do arrasto, possui diversos outros aspectos que
devem ser estudados para conferir segurança, conforto e qualidade ao
veículo. Entre estes, pode-se citar: a estabilidade direcional; a acústica do
vento circundante; uso do escoamento de ar para conter superaquecimento
do motor, freio e transmissão; retenção de umidade nos faróis e vidros; e
circulação de ar no interior do veículo. Todos estes parâmetros juntos
compõem o estudo aerodinâmico a ser feito durante o projeto do veículo.
de São Paulo.Dissertação. Disponível em:
file:///C:/Users/55679/Downloads/dissertacao.DaniloCastejon_final.pdf. Acesso em:
24 maio 2021.
Como proposto pelo autor a aerodinâmica veicular possui ramos a

serem explorados para que ocorra a diminuição do gasto de combustível
em veículos. Entre elas: a estabilidade direcional, a acústica do vento
circundante, entre outros.
Dessa forma, a pesquisa se baseou no seguinte problema: caso seja
possível da aerodinâmica veicular como uma ferramenta para a redução do
21
gasto de combustível em automóveis, qual seria a maneira eficaz para que

isso ocorra.
Para resolver o problema encontrado na pesquisa foram
desenvolvidas três hipóteses de início: 1) A primeira hipótese afirma que o
processo de otimização veicular por meio da aerodinâmica é um processo
caro e ineficiente; 2) A segunda hipótese acentua a falta de conhecimento
sobre a utilização da aerodinâmica; 3) A terceira hipótese aponta que a
utilização da aerodinâmica é viável e ajuda na diminuição de gasto e
poluição.
As hipóteses desenvolvidas serão discutidas de forma detalhada
neste tópico.
A primeira hipótese indica que: “É inviável a utilização da
aerodinâmica veicular como ferramenta para a economia de combustível,
pois para isso deveria ser modificada toda a carcaça do carro tornando o
procedimento caro e sem retorno.
De fato, a carcaça do carro possui um impacto na aerodinâmica de
um veículo e sua troca traria um prejuízo. No entanto, existem outras
formas de aprimorar a aerodinâmica de um veículo já existente, adicionar
dispositivos aerodinâmicos como: defletores de ar, aerofólios, túneis de
vento e entre outros; seria uma maneira prática e que não traria tantos
gastos.
A segunda hipótese aponta que: “A falta de conhecimento sobre a
aerodinâmica veicular tornaria inviável a aplicação da mesma no cotidiano
da população.”
A falta de conhecimento sobre a aerodinâmica se fez presente no
início do século XX, porém com o aumento da demanda para
aperfeiçoamento da eficiência energética de veículos novas pesquisas vêm
sendo feitas. Portanto, meios para implementação de dispositivos
aerodinâmicos em veículos estão à disposição.
A terceira hipótese mostra que: “A utilização da aerodinâmica
veicular como uma ferramenta é viável, acarretando em uma quantidade
expressiva de economia de combustível, por meio da diminuição coeficiente
de arrasto e da utilização de dispositivos aerodinâmicos.”
Essa hipótese é pertinente para a resolução do problema, pois como
apontado ao longo do artigo a aerodinâmica veicular se utilizada com o
22
intuito de contribuir com a eficiência energética, possui dispositivos e

métodos que diminuiriam de forma expressiva ao longo prazo a quantidade
de combustível gasto em veículos.
Assim, a compreensão da aerodinâmica veicular como ferramenta
para a redução do gasto de combustível faz-se necessária pois, como
apontado é um ramo que possui diversos métodos para um
aperfeiçoamento da eficiência energética de um veículo, utilizando
dispositivos como defletores de ar, aerofólios, dutos de vento e também
utilizando o coeficiente de arrasto para a diminuição de combustível.
Portanto, se melhor estudada, pode ser aplicada em grande escala
diminuindo a utilização de combustível em veículos.
Da questão da solução problema passa ao tópico de passo a passo
da metodologia utilizada.
5 Metodologia
Para a realização de um projeto de pesquisa é necessário seguir
normas para que seja atestado a confiança, a importância e a clareza de
um trabalho. A metodologia tem um papel fundamental, pois é nela em que
se estrutura e caracteriza um trabalho científico e se tem a segurança de
como será realizado e a qualidade do que está sendo escrito e pesquisado.
Conforme destaca Eduardo Moresi:
O primeiro conceito destaca que o método, mesmo que não prefixado, é um
fator de segurança e economia para a consecução do objetivo, sem
descartar a inteligência e o talento. Esses aspectos têm de estar presentes
ao lado da sistematização no agir. O segundo e o terceiro conceitos
tendem a enfatizar que as regras (que obtêm êxito) discerníveis na prática
científica não são cânones intocáveis: não garantem a obtenção da
verdade, mas facilitam a detecção de erros, sendo fruto de decisões
tomadas de forma sistemática para ordenar a atividade científica. Quando,
na quarta definição, Jolivet afirma que método é o caminho a seguir para
chegar à verdade nas ciências, coloca o caminho traçado pelas decisões
do cientista como condição necessária, mas não suficiente, para atingir a
verdade. Em outras palavras, sem ordem, na atividade científica, não se
chega à verdade; mas a ordem, por si só, não é suficiente. O mesmo se
pode depreender do conceito seguinte, assim como do sexto. Não há
conhecimento válido (verdadeiro) sem procedimentos ordenados e
racionais. Na sétima definição, Bunge introduz o conceito de "repetição"
dos procedimentos científicos que conduzem a um objetivo para, na oitava,
afirmar que o método facilita a apresentação de problemas científicos e a
23
comprovação de hipóteses. Estas, como veremos posteriormente, são

supostas, prováveis e provisórias respostas para os problemas e, para
serem incorporadas ao "todo" do conhecimento científico, devem ser
comprovadas. Por sua vez, esta "comprovação" não pode ser "singular":
outros cientistas, repetindo os mesmos procedimentos, precisam chegar à
mesma "verdade". Finalmente, no último conceito, Kaplan indica que o
método deve permitir, a todos os cientistas, retraçar os procedimentos
daquele que alcança um resultado válido, permitindo a compreensão do
caminho seguido no processo de investigação.
Fonte: Eduardo Moresi. Metodologia da Pesquisa. Brasília: Universidade Católica de
Brasília, v. 108, n. 24, p. 5, 2003. Disponível em:
http://www.inf.ufes.br/~pdcosta/ensino/2010-2-metodologia-de-pesquisa/
MetodologiaPesquisa-Moresi2003.pdf. Acesso em: 28 maio 2021.
Conforme o autor demonstra, a metodologia é um fator de segurança

para chegar ao objetivo da pesquisa e exige procedimentos ordenados e
racionais. E passa a ideia de que não são o caminho da verdade, mas sim
um passo para que isso seja atingido, ou seja, sem a metodologia não se
irá chegar na verdade.
A pesquisa foi realizada seguindo os seguintes passos:
1) O estabelecimento de uma temática, o gasto de gasolina
em veículos. No qual se apresentavam problemas ambientais e sociais
devido ao elevado preço;
2) Com a temática definida, começou-se a pensar em uma
proposta que englobasse o objeto de estudo e que seria a solução para os
problemas estabelecidos pela temática. Fixando-se a seguinte Proposta:
Redução do Gasto de Combustível em Veículos: Compreensão da
aerodinâmica veicular como ferramenta. Título: Redução do Gasto de
Combustível em Veículos. Subtítulo: Compreensão da aerodinâmica
veicular como ferramenta. Problema: Incompreensão da aerodinâmica
veicular como forma de redução do gasto de combustível. Solução:
Compreensão da aerodinâmica veicular como forma de redução do gasto
de combustível. Com estas definições foram estabelecidas as palavras-
chave para iniciar pesquisas para a criação do banco de dados;
3) Com a proposta, título, problema e solução definidos,
iniciou-se o processo de verificação da viabilidade da pesquisa através da
coleta de dados. A viabilidade da proposta seria provocada pela quantidade
de material de referências que contribuiriam com a pesquisa;
24
4) A proposta foi guiada na estruturação pré-estabelecida de

parágrafo e na pesquisa bibliográfica e de revisão. Ou seja, a solução do
problema estabelecido seria respondida através de pesquisas já publicadas.
5) Na pesquisa bibliográfica, usou-se a internet como principal
ferramenta e foi dividida nas seguintes etapas: a) visão geral determinando
quais palavras-chave seriam utilizadas, além das previstas anteriormente;
b) estabeleceu-se uma meta de pesquisa (cinquenta artigos); c) foi
escolhido os bancos de dados oficiais que seriam utilizados entre eles,
SciELO, Google Acadêmico e Periódico Capes; d) criou-se uma pasta no
Google Drive denominada “Banco de Dados da Pesquisa”; e) em seguida
foram realizadas as pesquisas com as palavras-chave estabelecidas e
leitura objetiva para ter-se uma ideia da quantidade dos projetos utilizados.
Os resultados obtidos foram:
6) Foi atingido a meta estabelecida de arquivos, teses,
dissertações, monografias e livros acerca do tema abordado no artigo. Com
isso, foi possível prosseguir para a próxima etapa com consciência da
viabilidade do projeto, devido a existência de material suficiente para a
realização da pesquisa;
7) Com os materiais selecionados foi realizado uma leitura
objetiva que consistia em: a) reconhecer o conteúdo presente no material;
b) selecionar os materiais que seriam utilizados; c) fichamento dos
materiais utilizados;
8) Já com o fichamento dos materiais selecionados obteve-se
um a melhor visão do objeto de estudo, da problemática e da provável
solução;
9) Com tudo devidamente selecionado passou-se para a
redação do texto com técnica de parágrafo.
Para a escrita da pesquisa, utilizou-se da técnica de parágrafo,
orientando-se na sequência de título e subtítulo, em seguida, resumo,
sumário, introdução e as demais partes.
Observando a todo momento a escrita científica e a busca de
dialogação entre os parágrafos e com as fontes de pesquisa.
Assim, a metodologia utilizada foi a pesquisa e revisão bibliográfica,
no qual foram utilizados banco de dados oficiais para obter-se informações
25
sobre a temática escolhida, sua estruturação por técnica de parágrafo,

tendo atenção aos dados coletados que de forma crítica empenhou-se para
responder o problema proposto pela pesquisa.
Da metodologia escrita, passasse para os principais resultados
encontrados durante a pesquisa.
6 Resultados
Os resultados, como o próprio nome indica, têm a função de
manifestar aquilo que foi encontrado durante as pesquisas, neste caso,
bibliográficas acerca do objeto de estudo. No contexto aqui presente objeto
de estudo foi a aerodinâmica e seu uso a fim de diminuir o consumo de
combustíveis de origem fóssil.
O material bibliográfico utilizado foi selecionado com base no
objetivo específico do trabalho, sendo ele a necessidade de encontrar uma
forma de reduzir o consumo de combustíveis utilizando a aerodinâmica
veicular. Com o objetivo de pesquisa já determinado foi realizada a busca
por artigos e periódicos.
Aerodinâmica
O estudo focou na aerodinâmica, abordando sua utilização com
propósito de diminuir o consumo de combustível fóssil a partir do
aprimoramento aerodinâmico a partir de novos métodos, ocasionando
impactos positivos, tanto econômicos quanto ambientais.
De acordo com o autor Danilo Vieira Castejon no artigo “Métodos de
Redução do Arrasto e Seus Impactos Sobre a Estabilidade Veicular” foi
destacado um trecho em que é afirmado a eficácia da atuação da
aerodinâmica como ferramenta de redução:
A definição de um veículo aerodinamicamente bem projetado está
intimamente ligada ao seu arrasto. Uma razão para isto é o fato do arrasto
influenciar diretamente no consumo de combustível do automóvel. Foux et
al (1985) evidenciou esta relação ao realizar modificações geométricas em
um veículo de produção, modelo 1973 e obter uma variação no coeficiente
de arrasto de 51%, o que condizia a uma redução de 12,7% no consumo de
combustível. Hucho (1998, Capítulo 3) demonstrou que um veículo (massa
= 1000 kg) submetido ao ciclo de emissões, determinado pela EPA
(Environmental Protection Agency), apresenta cerca de 40% da variação do
arrasto convertida em variação no consumo para um motor Otto.
26
Esta estimativa justifica o interesse da indústria automotiva em se reduzir o

arrasto veicular. Para que esta redução seja possível e efetiva, sem
comprometer a estabilidade do veículo é preciso saber como ele é formado,
sua composição e a partir de então, traçar métodos para sua redução.
de São Paulo. Dissertação. Disponível em:
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18148/tde-25082011-205657/publico/
dissertacao_Danilo_Castejon_final.pdf. Acesso em: 28 maio 2021.
O artigo acima referido evidencia um dos principais métodos de

desenvolvimento aerodinâmico veicular, o coeficiente de arrasto, e
apresentou uma margem de redução do consumo de combustível e emissão
de substâncias poluentes na atmosfera.
Utilização da aerodinâmica com o propósito de de diminuir o
coeficiente de arrasto
Seguindo pelo mesmo artigo, o autor Danilo Vieira comenta sobre a
aerodinâmica veicular e se aprofunda nos métodos para redução do
arrasto:
A maior parte do arrasto veicular é devido ao arrasto de forma, o qual é
oriundo da perda de energia que os vórtices impõem ao escoamento nas
regiões de separação da camada limite. Estas regiões podem ser abertas,
como a esteira do veículo, ou fechadas, como regiões posteriores aos
retrovisores e entre o capô e o pára-brisa do veículo. Estima-se que entre
75 a 80% do arrasto seja ocasionado pelo descolamento da camada limite
e, portanto é de grande importância tentar minimizar estas regiões para se
obter veículos aerodinamicamente mais eficientes. Uma forma de se
minimizar o arrasto total do veículo é determinar os locais onde ocorrem
estes descolamentos e buscar uma geometria que impeça que isto
aconteça. Este é o método de “Otimização dos Detalhes e/ou da Forma”, já
mencionados anteriormente. Ao incidir no veículo em sua região frontal, o
ar tende a escoar por seus vértices superiores e laterais, uma vez que,
devido ao efeito solo, o ponto de estagnação tende a se localizar na parte
inferior da seção frontal do veículo. Buchhein et al (1981) estudou a
relação entre o posicionamento do ponto mais adiantado do veículo, pára-
choque, tomando o solo como referência e a variação do coeficiente de
arrasto. Este estudo evidenciou que o melhor posicionamento seria a uma
distância menor ou igual a 10% da distância entre o capô e o solo.
dissertacao_Danilo_Castejon_final.pdf. Acesso em: 28 maio 2021.
27
O autor compreende que há diferentes formas de minimizar o

consumo de combustíveis fósseis e recorre à aerodinâmica veicular como
um jeito de solucionar o problema, uma vez que seria necessário apenas
alterações ou então implantação de componentes.
Impactos Econômicos e Ambientais ocasionados pelo aprimoramento
aerodinâmico
O artigo “O uso do defletor de ar em caminhões pesados na
economia de combustível: Uma análise de viabilidade econômica e
ambiental” medita sobre a importância ambiental e financeira dos novos
métodos aerodinâmicos para a redução de combustível, usando como
material de estudo caminhões e defletor de ar como ferramenta para a
redução do consumo de combustível:
Neste sentido, ações aplicadas que elevam a eficiência energética, ou seja,
a redução da energia efetiva (proveniente do combustível) permitindo o
deslocamento do caminhão representam vantagens financeiras, além de
conservar este recurso fóssil não renovável e reduzir a poluição
atmosférica no âmbito ambiental. Diante desse cenário, estudos
aerodinâmicos contribuem para elevar a eficiência energética de
caminhões através da utilização do acessório, defletor de ar,
proporcionando avanços no segmento de transporte rodoviário de cargas,
tanto em meio econômico como ambiental.
Fonte: Cicero Janderson Tavares Neves. O uso do defletor de ar em caminhões
pesados na economia de combustível: Uma análise de viabilidade econômica e
ambiental, 2019. Em Brazilian Journal of Development, Curitiba, 2019. Disponível
em: https://doi.org/10.34117/bjdv5n10-182. Acesso em: 31 maio 2021.
Em acordo com o artigo acima, o autor Danilo Vieira também fala

sobre a importância da diminuição do emprego de combustível fóssil, porém
utiliza o coeficiente de arrasto como ferramenta:
O crescente apelo ambientalista aos altos índices de poluição mundial
aliado as especulações acerca do volume restante das reservas de
petróleo, impulsionam a indústria automotiva à busca por motores e
automóveis mais eficientes. Por estas razões, pesquisas acerca de novos
lubrificantes e combustíveis advindos de fontes renováveis, como é o caso
do etanol no Brasil, buscam melhorar o desempenho dos motores atuais
sem, contudo, comprometer o meio ambiente. Um exemplo é o estudo
sobre o aquecimento do etanol a fim de garantir sua flamabilidade em
temperaturas abaixo de 20°C. Castejon et al (2010) demonstrou a
aplicabilidade deste conceito a motores monocilíndricos, que operam
segundo o ciclo Otto. Além de motores, a necessidade de se obter veículos
com maior penetrabilidade no ar atmosférico, mais eficientes, uma vez que
dissipam menor quantidade de energia gerada pelo grupo moto-propulsor,
28
é o motivo pelo qual o desenvolvimento aerodinâmico tem ganhado maior

importância durante o projeto e concepção de um novo modelo.
dissertacao_Danilo_Castejon_final.pdf. Acesso em: 31 maio de 2021.
Em paralelo com o artigo “O uso do defletor de ar em caminhões

pesados na economia de combustível: Uma análise de viabilidade
econômica e ambiental” os autores Turan Dias, Luzia Aparecida Tofaneli e
Yuri Guerrieri publicaram o artigo “ Análise de Desempenho Aerodinâmico
de Defletores de Ar para Veículos de Carga Rodoviários Via CFD ” sobre
seu experimento na cidade de São Paulo:
Diante da relevância do transporte rodoviário, otimizações no setor que
reduzam os custos operacionais têm, em nível nacional, um grande impacto
financeiro. Focando o consumo de combustível como objetivo da
otimização, logo surge outra grande área de relevância: a minimização de
impactos ambientais. [...] nota-se que, no estado de São Paulo, veículos
pesados, classificação na qual se inserem os veículos de transporte de
carga, são responsáveis por parcelas significativas de diversos poluentes.
Apesar da relevância na emissão de monóxido de carbono (CO), de
hidrocarbonetos (HC) e de material particulado (MP), a responsabilidade
por 67,2% das emissões de NOx, causador de diversas doenças
respiratórias e dermatológicas, é notória.
Assim, o melhoramento aerodinâmico de veículos de carga focado em
redução e consumo de combustível, além de reduzir custos operacionais do
principal meio de transporte de cargas do país, reduzirá emissões
atmosféricas nocivas de uma fonte com significativa participação relativa
das emissões totais. Dentre as diversas ações para o melhoramento
aerodinâmico pode-se citar proporções ótimas entre a largura e o raio das
bordas do veículo (Hucho, 1998) e a instalação de saias e flaps (Ortega e
Salari, 2004). Defletores de ar, também utilizados para esse melhoramento,
são dispositivos instalados na parte superior da cabine [...].
Fonte: Turan Dias, Luzia Aparecida Tofaneli, Yuri Guerrieri. Análise de
Desempenho Aerodinâmico de Defletores de Ar para Veículos de Carga Rodoviários
Via CFD. In: Congresso Nacional de Engenharia Mecânica -CONEM, 7., 2012. São
Luís: 2012. Disponível em: http://repositoriosenaiba.fieb.org.br/handle/fieb/240.
É notável a preocupação ambiental e econômica que permeia as

citações nos artigos, e por isso é comum o aumento de estudos,
possibilitando assim uma gama de referências bibliográficas, já que o
aprimoramento da aerodinâmica é visto como um meio mais prático de
resolver os problemas.
29
Portanto, por meio da revisão bibliográfica mostrou que é possível

compreender o aproveitamento da aerodinâmica veicular de diferentes
formas, mas com o mesmo propósito.
Assim, a utilização da aerodinâmica é de fato uma opção
encorajadora para com o objetivo de melhorar a eficiência energética de um
veículo fazendo com que seja possível reduzir o consumo de combustível,
portanto por possuir diversos equipamentos e métodos capazes de diminuir
o gasto de combustível em veículos é uma ferramenta a ser considerada e
aplicada.
Com os resultados por fim apresentados é momento de considerar a
discussão no próximo tópico.
7 Discussão
A discussão é o tópico onde será abordado aquilo que foi escrito
anteriormente, realizando uma integração entre a introdução, o problema,
os objetivos, o objeto de estudo, as hipóteses e os resultados encontrados
ao longo da pesquisa. Evidenciando as principais partes de forma crítica,
objetiva e argumentativa.
Dessa forma, entende-se por discussão:
A discussão é a alma do artigo científico. Expressa as opiniões dos autores
em relação ao tema em estudo e permite comparações dos resultados
obtidos com os dados disponíveis na literatura. Existe uma ordem bem
definida que torna sua compreensão mais fácil, entretanto, erroneamente,
nem sempre é seguida em trabalhos científicos. Deve-se iniciar pela
discussão da introdução. Nessa fase é discutido, em profundidade, o
cenário atual do problema estudado, citando a importância da aplicação
prática do estudo. A seguir, deve-se discutir o porquê da escolha do
material ou casuística. No caso de estudo com animais, por quais motivos o
animal em questão foi selecionado. No caso de cadáveres, o que levou o
pesquisador a utilizá-los e quais suas vantagens em relação a seres vivos
(estudos musculares podem variar com anestésicos, sendo de difícil
avaliação em seres vivos). Cada item do método utilizado na avaliação em
questão deve ser comentado. Após essa análise, os resultados obtidos
devem ser discutidos e analisados. Os valores obtidos devem ser
confrontados com dados da literatura e as comparações devem ser
discutidas. A discussão continua com a expressão livre dos autores em
relação aos resultados e seus potenciais desdobramentos e aplicações. É
nesse momento que o autor pode discorrer com maior liberdade sobre o
tema, apresentando suas hipóteses e considerações. São colocados os
futuros caminhos a serem estudados sobre o assunto.
30
Fonte: Fabio Xerfan Nahas, Lydia Masak Ferreira, Miguel Sabino Neto, Elvio Bueno
Garcia. Elaboração de trabalho científico . Rev Bras Cir Plast, v. 19, n. 2, p. 11-28,
2004. Disponível em: http://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:-
ExXyehOBswJ:scholar.google.com/+discussão+artigo+cientifico&hl=pt-
BR&as_sdt=0,5. Acesso em: 14 jun. 2021.
Conforme apresentado pelos autores, a discussão é a exposição de

forma crítica a opinião dos escritores sobre cada tópico abordado no artigo
tendo início na introdução e dando continuidade até os resultados.
Explicando também a importância do tema abordado e da metodologia
utilizada, também é colocado quais os possíveis caminhos podem ser
abordados no futuro sobre o tema abordado.
O autor evidencia a importância de realizar a discussão de forma
categorizada dando início na introdução e seguindo a ordem do artigo para
que seja de fácil compreensão.
Portanto, seguindo estas orientações, têm-se os seguintes pontos a
serem recuperados:
A) Redução do Gasto de Combustível em Veículos
Os combustíveis utilizados por veículos terrestres no Brasil tanto
para transporte rodoviário de carga, quanto os veículos de passeio e
transporte público são em maioria não reutilizáveis, estando entre eles a
gasolina, o etanol e o diesel. Isso faz com que o país seja um refém de
produtos que possuem “data de validade” e que trazem consigo diversos
impactos sejam eles ambientais, econômicos e sociais.
Outro fator é que as questões econômicas em torno do combustível
fazem com que ocorra uma alteração no preço sem aviso prévio, causando
impactos na bolsa de valores e também causando prejuízo ao consumidor
que não teria como prever o gasto adicional em seu orçamento mensal.
Com isso, formas de reduzir o gasto de combustível dos meios de
transporte utilizados trariam vantagens para a população pois, uma vez que
tenha um decaimento na utilização de combustíveis fósseis o preço de
produtos; fretes e locomoção sofreriam redução da mesma forma. Isso
ocasionaria na melhor qualidade de vida da sociedade que teria menos
gastos podendo investir em si mesmos.
O fator ambiental gerado pela utilização em massa de combustível
fóssil vai desde sua forma de extração que traz malefícios aos locais
explorados, interferindo na fauna e flora do local além dos frequentes
31
vazamentos de petróleo no mar chegando até em sua utilização que

acarreta em produção de gases poluentes na atmosfera.
Portanto, os estudos que estão sendo realizados em larga escala
para a implementação de veículos elétricos a longo prazo trariam
benefícios, mas estudos que gerariam um impacto imediato como a
aerodinâmica veicular que é uma ferramenta que traz benefícios nessa área
mesmo sendo pouco utilizada e pesquisada.
B) Incompreensão da Aerodinâmica Veicular como Ferramenta
Contudo, a incompreensão da aerodinâmica veicular como
ferramenta para a redução do gasto de combustível fez com que outras
partes da construção de carros evoluíssem e a aerodinâmica ficasse
estagnada sendo utilizada somente para a estabilidade veicular.
Portanto, a questão problema proposta neste artigo foi: “ É possível
utilizar a aerodinâmica veicular como uma ferramenta para a redução do
gasto de combustível em veículos? ”.
A problemática ao entorno da aerodinâmica veicular deu-se pela
incompreensão de seu uso para melhoria da eficiência energética de carros
e caminhões, por ser uma área que ficou estagnada por décadas o artigo
visa compreender se é possível sua utilização para este fator em específico
e caso possível como seria feita sua aplicação.
C) Compreensão da Aerodinâmica Veicular como Ferramenta
Entender a aerodinâmica veicular como ferramenta para reduzir o
consumo de gasolina tem sido estudado nas últimas décadas, mas foi um
estudo que estagnou e passou anos sem aplicação no dia a dia da
sociedade. Nos últimos anos, porém, tem havido necessidade de utilizar
novos meios para melhorar a eficiência energética dos veículos e ajudar os
consumidores e o meio ambiente.
A aerodinâmica pode ser vista não apenas como uma ferramenta
para auxiliar na eficiência energética dos veículos, mas também como algo
para ajudar, contribuindo na redução do custo dos combustíveis, diminuindo
a emissão de substâncias poluentes na atmosfera oriundas da queima de
combustíveis fósseis, modificando sua qualidade de sua vida, o que
ajudaria na saúde dos habitantes de todo aquele ambiente.
32
Em vista disso, partindo do problema presente no artigo foi atribuído

desenvolver um estudo sobre o tema e encontrar soluções para solucionar
o problema pertinente e a partir de estudos bibliográficos se deu a possível
solução de que para que haja a redução do consumo de combustíveis
fósseis, sendo ela reduzir o coeficiente de arrasto do automóvel.
Porém, a aerodinâmica do veículo possui dispositivos que
contribuem para a eficiência do carro. Como o autor sugere, a aerodinâmica
do veículo deve ser investigada para reduzir o consumo de combustível
dentro do automóvel. A carroceria afeta a aerodinâmica do veículo e sua
substituição causaria perdas. O desconhecimento da aerodinâmica estava
presente no início do século 20, mas com a crescente demanda por
melhoria da eficiência energética dos veículos, novas pesquisas foram
realizadas.
Portanto, meios estão disponíveis para a implementação de
dispositivos aerodinâmicos em veículos. Essa hipótese é relevante para a
solução do problema, pois, conforme enfatizado ao longo do artigo, a
aerodinâmica veicular, quando utilizada para contribuir para a eficiência
energética, possui equipamentos e métodos que reduziriam a quantidade
de combustível utilizada no longo prazo.
D) Metodologia
A metodologia escolhida para a realização do artigo foi a pesquisa
bibliográfica e crítica reflexiva. O que tornou possível encontrar formas de
solucionar o problema proposto de forma fundamentada e sólida.
A utilização de um banco de dados, no qual se encontravam diversos
artigos relacionados ao tema que foram fundamentais para a realização da
pesquisa, e da forma de escrita construtiva de parágrafo facilitou o
andamento do trabalho em que desde o início já se havia um norte a ser
seguido ao longo da pesquisa.
Os resultados encontrados da pesquisa, proporcionaram uma visão
ampla sobre a utilização da aerodinâmica como uma ferramenta para
redução do gasto de combustível fóssil em veículos.
Sendo, o gasto de combustível fóssil tanto no Brasil como no mundo,
tendo os veículos como principal razão, um potencializador de problemas
ambientais também como um causador de problemas econômicos.
Problemas citados pelos artigos “Método de redução de arrasto e seus
33
impactos sobre a estabilidade veicular” de Danilo Castejon e “Impactos

ambientais e na matriz de consumo de combustíveis pela introdução de
uma frota de veículos leves com células a combustível na cidade de São
Paulo-SP.” de Paula Araújo como aumento do efeito estufa, escassez de
fontes de petróleo e instabilidade financeira causada pelo mesmo.
Dessa forma, fazendo-se necessário estudar e incentivar meios de
reduzir a utilização de combustíveis fósseis em carros e caminhões, a
pesquisa em torno de motores elétricos faz-se presente e avançada nessa
questão. No entanto, por sua implementação ser demorada e de difícil
alcance faz-se presente meios acessíveis e que causem impactos de forma
rápida, nesse momento que a aerodinâmica veicular se torna uma
alternativa.
A incompreensão da aerodinâmica veicular causada por uma
estagnação no ramo que perdurou por décadas se torna um impasse para
que sua utilização em larga escala seja possível. Porém, o banco de dados
comprova que sua utilização é possível com métodos já existentes.
A compreensão da aerodinâmica, sendo algo que pode ser
combatido com estudos e investimento tornando essa uma área promissora,
pois o ramo mesmo tendo pouca visibilidade já apresenta diversas
ferramentas e métodos para melhoria da eficiência energética em veículos.
Tendo como os principais métodos: a diminuição do coeficiente de arrasto,
defletores de ar e instalação de saias e flaps.
Dessa maneira, é possível afirmar que a redução do gasto de
combustível fóssil em veículos utilizando da aerodinâmica veicular como
ferramenta é possível, possuindo diversos métodos e beneficiando o meio
ambiente e a sociedade.
Estabelece-se que a ampla utilização de combustível fóssil em
veículos causa impactos em diferentes âmbitos, e a sua redução é algo
inevitável e formas para que isso aconteça devem ser amplamente
debatidas.
Com a pergunta problema sendo: “ É possível utilizar a aerodinâmica
veicular como uma ferramenta para a redução do gasto de combustível em
automóveis? Caso for possível, de que maneira seria eficiente? ”
A solução proposta pela pesquisa foi que, a partir da a aerodinâmica
veicular é possível conferir soluções que ofereçam métodos viáveis para
34
que ocorra uma diminuição expressiva na quantidade de combustível gasta

por veículos, e isso será por meio da realizado através da diminuição do
coeficiente de arrasto e/ou com a utilização de dispositivos de
aprimoramento aerodinâmico.
Portanto, o estudo para a compreensão da aerodinâmica veicular
para a redução de combustível em veículos de transporte terrestre, uma vez
que pesquisas nesta área esteve por décadas estagnado e havendo algum
estudo relacionado, apesar de que nas vezes em que houve um estudo na
área tenha sido focado em caminhões não abrangendo a pequenos
veículos, mas foram objetivos na contribuição para elucidar e enriquecer a
pesquisa bibliográfica.
Diante dessas informações o objetivo da pesquisa foi alcançado, pois
foi possível compreender e estabelecer métodos, técnicas e a utilização de
ferramentas para que o uso da aerodinâmica veicular proporcione redução
de combustível dos meios de transporte terrestres.
A aerodinâmica veicular tem um papel importante no
aperfeiçoamento da eficiência energética de veículos sendo eles caminhões
ou automóveis de pequeno porte, mesmo sendo uma área que passou anos
sem estudos aprofundados nos últimos anos possui diversos métodos para
diminuição do coeficiente de arrasto e apetrechos como aerofólios e
defletores de ar que otimizam a na eficiência dos veículos. Isso faz com que
a aerodinâmica veicular se torne uma ferramenta para a diminuição do
gasto de combustível, dessa forma diminuindo os impactos causados pela
alta utilização de combustíveis fósseis causam e se estudada de forma
ampla poderia proporcionar um melhor auxílio.
A partir do que foi dito, pode-se afirmar que a compreensão da
aerodinâmica veicular é essencial para que ocorra uma diminuição mais
significativa de combustíveis fósseis gasto por veículos, pois se mesmo
com anos de estagnação é uma ferramenta que possui diversos métodos
para auxiliar na redução do gasto de combustíveis e com isso diminuindo os
impactos causados pelo uso do mesmo.
Assim, a discussão acerca da utilização da aerodinâmica veicular
como ferramenta para redução no gasto de combustível, que se baseou nos
resultados das pesquisas bibliográficas apontou que, com a utilização de
métodos e equipamentos a aerodinâmica veicular proporciona é possível
melhorar a eficiência energética de transportes de pequeno ou grande porte
35
fazendo com que ocorra uma redução no gasto de combustível e desse

modo trazendo benefícios para o meio ambiente e para a sociedade. No
entanto, são necessários estudos para que possa ser implementada em
larga escala e com o máximo de aproveitamento.
Do tópico de discussões segue para as conclusões.
8 Conclusões
A aerodinâmica veicular pode contribuir de forma significativa para
reduzir o consumo de combustível fóssil, utilizando de meios que auxiliam
na passagem do vento e fazem com que ocorra uma melhora do coeficiente
energético, com a diminuição do coeficiente de arrasto de carros e
caminhões utilizando de ferramentas que essa área proporciona. Se levado
em consideração a média de quilômetros percorridos por ano, a redução
alcançada causaria um impacto suficiente para minimizar os problemas
ambientais e o financeiro de proprietários de veículos.
Percebe-se, portanto, que formas de reduzir o uso de combustível
gasto nos veículos devem ser estudadas e implementadas o mais rápido
possível para que os impactos ambientais associados às emissões de CO2
e outros poluentes na atmosfera, bem como os impactos ocasionados na
economia do país quanto o orçamento mensal de cada indivíduo, que não
conseguiria prever o desvio de preços, sejam minimizados. Sendo uma
maneira positiva para a fauna e a flora, a economia, a sociedade e a saúde
humana como um todo.
Portanto, essas questões motivam o problema levantado que é a
falta de conhecimento sobre a utilização da aerodinâmica com propósito
para redução do uso de combustíveis fósseis.
Logo, é necessária uma compreensão da aerodinâmica veicular
como meio de reduzir o consumo de combustível, pois, conforme
observado, é uma área com vários métodos para aumentar a eficiência
energética de um veículo utilizando dispositivos como defletores de ar,
aerofólios, dutos de vento. E também usando o coeficiente de atrito para
reduzir o combustível. Portanto, se melhor estudado, poderia ser
implementado em larga escala, reduzindo o uso de combustível nos
veículos.
36
A metodologia utilizada foi a pesquisa e levantamento bibliográfico,

em que se utilizaram bases de dados oficiais para obter informações sobre
o tema selecionado, sua estruturação por meio de técnicas de parágrafo,
prestando-se atenção aos dados coletados, que procuraram responder de
maneira criteriosa o problema apresentado.
Desse modo, com a junção dos textos bibliográficos que contribuíram
para a resolução do problema, é possível afirmar que a aerodinâmica
possui ferramentas e métodos que se aplicados possuem a capacidade de
melhorar a eficiência energética de veículos, o que causaria uma redução
no gasto de combustível tanto em carros quanto em caminhões.
Na discussão realizada acerca desse tema, foi apontado que caso
utilizado a métodos e equipamentos aerodinâmicos nos veículos já
existentes é possível realizar a melhoria da eficiência energética sendo eles
de pequeno ou grande porte, isso ocasionaria em uma redução no gasto de
combustível fóssil. No entanto, para que fosse implementada com a maior
taxa de eficiência e em larga escala são necessários estudos aprofundados.
Com o objetivo estabelecido que se refere a compreender a
utilização da aerodinâmica veicular como uma ferramenta para redução de
combustível em meio de transportes terrestres. Além de averiguar os
impactos causados pela utilização de combustível em massa e procurar
alternativas para que isso seja reduzido.
O problema se baseou na seguinte pergunta: “ É possível utilizar a
aerodinâmica veicular como uma ferramenta para a redução do gasto de
combustível em automóveis? Caso for possível, de que maneira seria
eficiente ?”
O alto consumo de combustível fóssil presente na sociedade provém
em sua maioria de veículos terrestres como carros e caminhões. Por ser
uma fonte de energia que causa danos nas esferas ambientais, econômicas
e sociais, formas de reduzir o uso deste elemento estão sendo estudadas
diariamente. No entanto, as maneiras que tem chamado a atenção são de
difícil implementação e são pensadas a longo prazo, porém medidas
precisam ser tomadas de forma urgente para que haja uma minimização
dos danos causados.
Dessa maneira, a aerodinâmica veicular se faz presente como uma
ferramenta acessível com efeitos imediatos. Possuindo diversos apetrechos
e métodos que diminuem o coeficiente de arrasto fazendo com que o
37
veículo possua um melhor coeficiente energético e reduzindo de forma

significativa a utilização de combustível.
O uso da aerodinâmica veicular como ferramenta traria resultados
rápidos e que se manteriam a longo prazo trazendo benefícios na redução
de emissão de CO2 e outros gases nocivos na atmosfera, impactando de
forma positiva não só o meio ambiente, mas também a saúde da população,
além da redução do gasto de um indivíduo com o seu veículo.
9 Referências
ARAÚJO, Paula Duarte et al . Impactos ambientais e na matriz de consumo
de combustiveis pela introdução de uma frota de veiculos leves com celulas
a combustivel na cidade de São Paulo-SP. 2004 . Disponível em:
http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/263927. Acesso em: 14
maio 2021.
CASTEJON, Danilo Vieira. Métodos de redução do arrasto e seus impactos
sobre a estabilidade veicular. 2011. Tese de Doutorado. Universidade de
São Paulo. Disponível em:
file:///C:/Users/55679/Downloads/dissertacao.DaniloCastejon_final.pdf.
DIAS, Turan; TOFANELI, Luzia Aparecida; GUERRIERI, Yuri. Análise de
desempenho aerodinâmico de defletores de ar para veículos de carga
rodoviários via CFD . 2012. Disponível em:
http://repositoriosenaiba.fieb.org.br/handle/fieb/240. Acesso em: 14 maio
2021.
EPE. Empresa de Pesquisa Energética. Demanda de energia dos veículos
leves 2018-2030 . Disponível em:
http://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dadosabertos/publicacoes/
PublicacoesArquivos/publicacao-331/topico-421/
Demanda_Veiculos_Leves_2018-2030.pdf. Acesso em: 14 maio 2021.
NAHAS, Fabio Xerfan et al. Elaboração de trabalho científico . Rev Bras Cir
Plast, v. 19, n. 2, p. 11-28, 2004. Disponível em:
http://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:-
ExXyehOBswJ:scholar.google.com/+discussão+artigo+cientifico&hl=pt-
BR&as_sdt=0,5. Acesso em: 14 jun. 2021.
38
NEVES, Cicero Janderson Tavares et al. O uso do defletor de ar em

caminhões pesados na economia de combustível: Uma análise de
viabilidade econômica e ambiental . Brazilian Journal of Development, v. 5,
n. 10, p. 19658-19669, 2019. Disponível em
https://doi.org/10.34117/bjdv5n10-182. Acesso: 31 maio 2021.
Apresentação disponível em: https://www.youtube.com/watch?

v=tF0N3nwgfkU
39
Engenharia Física na Prevenção de Desastres Ambientais:

acompanhamento da conservação da natureza por tecnologia
Beatriz Battistotti Meireles

b_battistotti@ufms.br
Tiago Mendonça Souza Lima

tiago.m.s.lima@ufms.br
Resumo: A degradação do meio ambiente, a cada dia, está
aumentando de forma exponencial, causando danos para o planeta,
chegando a comprometer a sobrevivência da fauna e da flora. Deste
modo, nota-se que a falta de acompanhamento da conservação da
natureza por meio da tecnologia se tornou um problema, entretanto a
Engenharia Física se destaca na resolução deste impasse com a
interconexão de diversas áreas de conhecimento. O objetivo é
apresentar formas de monitoramento do ecossistema para evitar a
progressão desenfreada do desgaste da natureza, uma vez que seus
recursos estão sendo utilizados de maneira inconsequente, o que
pode prejudica a economia. A metodologia utilizada para a confecção
foi baseada em pesquisas literárias e correlacionando textos
científicos oficiais de um banco de dados. Os resultados foram que a
tecnologia não é utilizada de modo eficiente para o monitoramento e
para a prevenção da natureza, ademais, percebe-se que existe a
necessidade de utilizar recursos tecnológicos já existentes que podem
ser aprimorados para fins de evitar uma catástrofe. A geotecnologia
apresentou eficácia na utilização de aparelhos tecnológicos para o
monitoramento de fenômenos da natureza e ecossistemas, com o
intuito de mitigar os impactos ambientais. As conclusões são que para que a sociedade
atual tenha as suas necessidades supridas, do mesmo modo que as gerações futuras, é
preciso que haja um desenvolvimento sustentável, fazendo a utilização correta dos
recursos naturais, o descarte de resíduos sólidos de modo apropriado e panejando as
consequências do desenvolvimento humano, e isso será realizado com o auxílio da
tecnologia.
Palavras-chave: Engenharia Física; Geotecnologia; Desenvolvimento Sustentável;

Conservação da Natureza.
Sumário: 1 Introdução. 2 Engenharia Física na Prevenção de Desastres Ambientais. 3

Desacompanhamento da Conservação da Natureza por Tecnologia. 4 Acompanhamento da
40
Conservação da Natureza por Tecnologia. 5 Metodologia. 6 Resultados. 7 Discussão. 8

Conclusões. 9 Referências.
1 Introdução
A degradação ambiental, a cada dia que passa, está aumentando de
forma exponencial, o que causa danos para o planeta, chegando a
comprometer a sobrevivência da fauna e da flora. O termo conservação,
está associado ao conceito de sustentabilidade, e preconiza que as gestões
dos recursos devem ser feitas de forma racional, de forma que garanta sua
viabilidade de exploração/utilização e também para as futuras gerações. As
ferramentas adequadas para esse tipo de manejo, com viés na prevenção
de desastres naturais, são os instrumentos de geoprocessamento, tais
como o sensoriamento remotos gerados por sensores diversos, ópticos ou
multiespectrais. Deste modo, nota-se que a falta de acompanhamento da
conservação da natureza por meio da tecnologia vem se tornando um
problema, entretanto a Engenharia Física se destaca na resolução deste
impasse com a interconexão de diversas áreas de conhecimento.
A epígrafe mostra que o conhecimento do engenheiro físico, em
campo, atuando em conjunto com as ferramentas disponíveis e a
interconexão de áreas que, até então, não se conectariam farão a diferença
para preservar, amenizar e remediar lugares dos impactos ambientais à que
estariam sujeitos.
A proposta se limita em fazer o acompanhamento da natureza
através do uso de tecnologias com o intuito de mitigar desastres
ambientais, fazer uma utilização dos recursos disponíveis no planeta e
diminuir o impacto econômico negativo. Este monitoramento pode ser feito
por meio dos geoprocessadores: imagens de satélites, drones e aeronaves.
Tem-se como objetivo apresentar maneiras de monitorar o
ecossistema por meio de recursos tecnológicos para evitar a progressão de
desastres ambientais, uma vez que os recursos naturais estão sendo
utilizados de modo inadequado, que além de ser prejudicial para o planeta,
também é para a economia, sendo que a Engenharia Física pode colaborar
para a mitigação de tais problemas.
Portanto, tem-se que o problema de pesquisa ou investigação se
volta para a seguinte pergunta: Físicos podem contribuir para o
41
monitoramento e preservação do meio ambiente visando um

desenvolvimento sustentável para as futuras gerações?
Para resolver tal problema serão apresentadas três hipóteses:
a) Devido ao caráter multidisciplinar os engenheiros físicos
são aptos a desenvolver novas tecnologias que poderão ser usadas para a
resolução de desastres ambientais, tais como desmatamentos, queimadas,
deslizamentos, entre outros.
b) A Engenharia Física tem o potencial de substituir o uso de
recursos naturais não renováveis, tais como o petróleo, por produtos que
contribuem para desenvolvimento sustentável, como a energia solar, eólica,
carros híbridos, etc.
c) A Engenharia física é capaz de fazer a correlação entre o
uso de instrumentos de geoprocessamento, tais como o sensoriamento
remoto, com a análise de dados para monitor e estabelecer um
planejamento de como as matérias primas podem ser aproveitadas com o
fim de impedir uma recessão econômica e de estabelecer um equilíbrio
entre os desenvolvimentos humanos e a sobrevivência do planeta e seus
residentes.
Este artigo pautou-se em pesquisas literárias feitas no Google
Acadêmico, SciELO, EBSCO entre outros, para fazer um banco de dados
que obtivesse os conhecimentos necessários para a dissertação do tema.
A partir das fontes e referência formou-se a fundamentação teórica
com os respectivos autores e obras: Ricardo Abad Meireles de Mendonça,
Paula Bernasconi, Roberta dos Santos, Marcos Scaranello, Uso das
geotecnologias para gestão ambiental Experiências na Amazônia
Meridional; Omar Yazbek Bitarwil, Wilson Shoji Iyomasa, Marsis Cabral JR.,
Geotecnologia: tendências e desafios; Sady Júnior Martins da Costa de
Menezes, Carlos Antonio Alvares Soares Ribeiro, Cleverson Alves de Lima ,
Maria Odete Alves de Souza, Gestão Ambiental: Perspectivas, Conceitos e
Casos; Crisla Maciel Pott, Carina Costa Estrela , Histórico ambiental:
desastres ambientais e o despertar de um novo pensamento ; Alexandre
Lima Raslan,Thais sele Torres, Ciomara de Souza Miranda, Fabíola
Moreira Fernandes, Antonio Conceição Paranhos Filho, Jamil Alexandre
Ayach Anache, Roni Berto Medina Espíndola, Diego Lanza Lima, Brychtn
Ribeiro De Vasconcelos, O uso de geotecnologias aplicadas à conservação
das áreas de vegetação remanescente e áreas de preservação permanente
de hidrografia no Município de Caracol – MS; Roberto Rosa,
42
Geotecnologias na Geografia aplicada; Vinicius da Silva , Geotecnologias e

Estudos Ambientais: Conceitos e Aplicações.
Os resultados iniciais apresentados foram que a tecnologia não é
manejada da maneira possível para o monitoramento e preservação da
holocenose, também se notou que há a necessidade de redirecionar
tecnologias já existentes para fins de evitar uma catástrofe global. A
geotecnologia apresentou eficácia na utilização de aparelhos tecnológicos
para o monitoramento de fenômenos da natureza e ecossistemas, com o
intuito de mitigar os impactos ambientais e aliado com o conhecimento do
engenheiro físico atuando em conjunto com as ferramentas disponíveis fará
toda a diferença para preservar, amenizar e remediar lugares dos impactos
ambientais à que estariam sujeitos além de colaborar com a economia, uma
vez que os recurso naturais não serão usados de modo displicente
aspirando um futuro para as próximas gerações
Tem-se que o acompanhamento da conservação da natureza por
meios da tecnologia é a solução para garantir um desenvolvimento
sustentável, uma vez que a falta de planejamento junto ao uso desenfreado
dos insumos está prejudicando o a vida útil do planeta.
Para facilitar a compreensão deste artigo, dividiu-se em: I)
Introdução- possui o intuito de contextualizar o tema para situar o leitor; II)
demonstra o objeto de estudo que será abordado, que neste caso é
Engenharia Física na Prevenção de Desastres Ambientais e visa introduzir
o engenheiro físico na resolução de problemas como o desenvolvimento
sustentável; III) é a problematização, que é feita em forma de
questionamento para delimitar as possibilidades do desacompanhamento
da conservação da natureza por tecnologia; IV) a solução do problema é
voltada para o acompanhamento da conservação da natureza por
tecnologia que aspira garantir um desenvolvimento sustentável, uma vez
que a falta de planejamento junto ao uso desenfreado dos insumos está
prejudicando o a vida útil do planeta; V) a metodologia utilizada para a
confecção foi baseada em pesquisas literárias e correlacionando textos
científicos oficiais de um banco de dados; VI) os resultados foram que a
tecnologia não é utilizada de modo eficiente para o monitoramento e para a
prevenção da natureza, ademais, percebe-se que existe a necessidade de
utilizar recursos tecnológicos já existentes que podem ser aprimorados para
fins de evitar uma catástrofe global. A geotecnologia apresentou eficácia na
utilização de aparelhos tecnológicos para o monitoramento de fenômenos
43
da natureza e ecossistemas, com o intuito de mitigar os impactos

ambientais; VII) neste tópico discute-se os demais pontos, visando
fundamentar um ponto de vista que é fortalecido através das referências
para que assim o objetivo possa ser atingido; VIII). As conclusões são que
para que a sociedade atual tenha as suas necessidades supridas, do
mesmo modo que as gerações futuras, é preciso que haja um
desenvolvimento sustentável, fazendo a utilização correta dos recursos
naturais, o descarte de resíduos sólidos de modo apropriado e panejando
as consequências do desenvolvimento humano, e isso será realizado com o
auxílio da tecnologia; IX) as referências são para fundamentar os
argumentos utilizados ao decorrer do texto.
Deste modo, tem-se que alertar as pessoas sobre como o mal
planejamento e monitoramento dos recursos naturais podem afetar todas as
esferas, seja ela econômica, ambiental ou social. Apresentar meios de
obter um desenvolvimento que seja bom tanto para a humanidade quanto
para a natureza, onde os impactos sofridos serão mínimos. Tais objetivos
só podem ser alcançados com a introdução dos conhecimentos dos
engenheiros físicos na resolução de problemas das ciências ambientais.
2 Engenharia Física na Prevenção de Desastres Ambientais

As Revoluções Industriais permitiram o desenvolvimento tecnológico,
e mesmo após anos ela vem evoluindo de forma exponencial. Entretanto, a
falta de planejamento se tornou um problema de âmbito mundial, pois os
desastres naturais causam problemas, tanto econômicos, quanto sociais.
Deste modo, percebe-se que há a necessidade de monitorar a
natureza para conservá-la. Para tal, a tecnologia é uma opção, sendo capaz
de fazer o acompanhamento do ecossistema, com o viés de prevenir
desastres ambientais, uma vez que a geotecnologia permite observar o
planeta olhando o panorama, o que permite desenvolver um planejamento
adequado para a situação do mundo. Isso só será possível caso a
Engenharia Física faça a correlação das áreas, buscando atingir o ápice da
eficiência.
Estes não são problemas atuais e já assolando a humanidade a
algum tempo. O artigo de Crisla Maciel Potte e Carina Costa Estrela,
Histórico ambiental: desastres ambientais e o despertar de um novo
pensamento, nos mostra isso. Tal situação pode ser observada no trecho:
44
A Revolução Industrial iniciada na Inglaterra, em meados do século XVIII,

com a transição da manufatura para a indústria mecânica, gerando o
aumento da Histórico ambiental: desastres ambientais e o despertar de um
novo pensamento CRISLA MACIEL POTT I e CARINA COSTA ESTRELA II
A 10.1590/s0103-40142017.31890021 272 ESTUDOS AVANÇADOS 31
(89), 2017 produção e a ascensão de novas tecnologias, alterou o modo de
vida no planeta. Por sua vez, a evolução da medicina possibilitou o
tratamento para inúmeras doenças, antes tidas como fatais, aumentando a
expectativa de vida da população, assim como a mão de obra disponível.
Quase três séculos se passaram desde a Revolução Industrial, porém a
questão ambiental começou a ser levantada somente no final da década de
1960 e início da de 1970. Anteriormente, alguns episódios demonstravam a
influência do crescimento desordenado na vida da população e na saúde
do meio ambiente, tidos como mal necessário para o progresso
(Goldemberg; Barbosa, 2004). Hogan (2007) descreve alguns eventos de
poluição atmosférica, como o que ocorreu no Vale do Meuse, na Bélgica,
em 1930, provocando a morte de 60 pessoas; em 1952, o smog em
Londres, conhecido como “A Névoa Matadora”, que ocasionou mais de
quatro mil mortes, sendo o primeiro a promover a movimentação das
autoridades de saúde e a atenção quanto à qualidade do ar. Esse mesmo
autor ainda comenta sobre alguns casos de contaminação de água, como o
da Baía de Minamata no Japão, em 1956, que até dezembro de 1974
registrou 107 mortes oficiais e quase três mil casos em verificações. Em
1956, segundo Goldemberg e Barbosa (2004) foi aprovada a Lei do Ar Puro
na Inglaterra e novas Leis foram aprovadas, na América do Norte e em
diversos países da Europa Ocidental, além do Japão, propiciando a criação
de agências de monitoramento, regulamentação e avaliação da qualidade
ambiental. Em 1962 foi publicado o livro Primavera silenciosa de Rachel
Carson (1969), que alertou para o aumento do uso de compostos químicos
no pós- -guerra, e o quanto esses são danosos à vida, tornando-se o
estopim para a percepção da população em relação à causa ambiental e
levando à proibição do uso do defensivo agrícola DDT – Dicloro-Difenil-
Tricloroetano (Hogan, 2007). Como uma das primeiras políticas públicas do
século XX referentes a meio ambiente, a Lei Federal 4.771 de 1965 alterou
o código florestal brasileiro existente desde 1934, visando preservar os
diferentes biomas, porém se mostrando incoerente por permitir o total
desmatamento de florestas desde que fossem replantadas, mesmo que
com espécies exóticas. A Lei Federal n.4.771/1965 foi precedida, pela Lei
601 de 1850, promulgada por Dom Pedro II, que, conhecida como Lei das
Terras, proibia a exploração florestal em terras descobertas, tendo sido em
grande parte ignorada, naquele período, perante a demanda de terras para
a implantação da monocultura de café (MMA, 2015). De acordo com dados
do Ibama (2014), o desenrolar da questão ambiental foi promovido pela
pressão popular, e em 1968 a Unesco (United Nations Educational,
Scientific and Cultural Organization) realizou uma conferência internacional
na qual foi abordada a utilização racional e a conservação dos recursos da
biosfera, dando origem ao programa “Man and Biosphere” [O Homem e a
45
Biosfera] que contou com a participação, dentre outras nações, do Brasil.

ESTUDOS AVANÇADOS 31 (89), 2017 273 Em 1969 os Estados Unidos da
América formalizaram a Lei da Política Ambiental (Nepa – National
Environmental Policy Act) que, entre outros pontos, inovou com a Avaliação
de Impacto Ambiental (AIA), para incluir, sob intensa participação pública e
de forma obrigatória, os processos políticos de tomada de decisões, e a
variável ambiental na análise interdisciplinar de planos, programas e
projetos de intervenção na área ambiental (Winther, 2002). Por iniciativa da
Comissão Especial sobre Poluição Ambiental da Câmara dos Deputados,
em 1971, foi realizada no Brasil, em Brasília, o I Simpósio sobre Poluição
Ambiental, no entanto nenhuma atitude significativa, local ou global, foi
tomada a partir desse evento.
Fonte: Crisla Maciel Potte e Carina Costa Estrela. Histórico ambiental: desastres
ambientais e o despertar de um novo pensamento . Artigo científico, p.271.
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ea/v31n89/0103-4014-ea-31-89-0271.pdf
O debate da responsabilidade humana com a natureza tem tomado

força recentemente, mesmo que as causas dos desastres ambientais sejam
bem antigas. Fica evidente no excerto que a transição da manufatura para a
indústria não levou em consideração os impactos que a extração de
recursos naturais e a emissão de carbono na atmosfera. Há, portanto, quem
diga que o vilão desta história é a tecnologia, pois apenas com a sua
implementação que os efeitos se acentuaram, mas ela é apenas um meio
para facilitar a vida humana, e o modo que é manejado e seus resultados
são responsabilidades dos seres humanos.
A má utilização da tecnologia pode ter causado diversos problemas,
mas ela também é fundamental para restaurar e preservar o meio ambiente.
Junto à Engenharia Física podem fazer o planejamento de como os
recursos vão ser administrados e monitorar o os desastres ambientais,
visando impedi-los.
Observa que Ricardo Abad Meireles de Mendonça, Paula
Bernasconi, Roberta dos Santos e Marcos Scaranello também concordam
em usar tecnologia para gerir o meio ambiente, em especial, a
geotecnologia. Ela, do mesmo modo que a como a Engenharia Física, é
multidisciplinar, como é explicado no trecho:
A sinergia entre as ciências e um avanço tecnológico sem precedentes,
possibilita a integração de dados em um ambiente computadorizado
conhecido como Sistema de Informação Geográfica, e permite a
reprodução de feições e fenômenos terrestres. Também possibilitam por
meio de análises, a sua interpretação em relação a um objetivo específico.
Somado a isso, a enorme disponibilidade de dados de sensores remotos,
bases cartográficas e diversos softwares livres, possibilita de uma maneira
46
mais abrangente cada vez mais reunir, processar e entender melhor as

informações ambientais de forma integrada. As imagens de satélite estão
sendo amplamente disponibilizadas gratuitamente na rede mundial. Este
vasto catálogo de imagens permite o monitoramento de grandes áreas em
diversas escalas, fornecendo dados para o mapeamento da dinâmica da
vegetação, ocupação e outras características do terreno. Estas imagens
possuem características que permitem extrairmos estas informações a
partir da caracterização espectral dos alvos. As diversas bases
cartográficas também disponíveis na internet possuem a característica de
estarem em formato vetorial, ou seja, representam feições através de
pontos, linhas ou polígonos. Mas talvez a característica mais relevante
destas bases seja a possibilidade de relacionar estas feições espaciais a
uma enorme quantidade de dados em forma de tabelas. Desta forma,
podemos, por exemplo, ter um vetor que representa a área de um
município (vetor poligonal) associado a uma série histórica de indicadores
econômicos (tabelas).
Fonte: Abad Meireles de Mendonça, Paula Bernasconi, Roberta dos Santos e
Marcos Scaranello. Uso das geotecnologias para gestão ambiental: experiências na
Amazônia Meridional . Artigo científico. p. 5. Disponível em:
https://www.icv.org.br/drop/wp-content/uploads/2013/08/uso-das-geocnologias-para-
gest%C3%A3o-ambiental.pdf Acesso em: 9 maio 2021.
A aplicabilidade da geotecnologia é abrangente, sendo capaz de

mapear o território em questão e usar o sistema de monitoramento da
recuperação de áreas degradadas (RAD) para fazer levantamento em
campo e restaurar parte da flora que foi destruída por causa pelas
atividades antrópicas.
Esta tecnologia pode criar uma base cartográfica e selecionar os
sítios de intervenção que é uma etapa importante para os projetos de RAD
vinculados a um mecanismo financeiro de mercado de carbono. Tal
comércio, por sua vez, é um mecanismo de flexibilização previsto no artigo
17 do Protocolo de Quioto pelo qual os países compromissados com a
redução de emissões de gases do efeito estufa podem negociar o
excedente das metas de emissões entre si.
Mesmo que os problemas tenham começado em meados do século
XIX, desde de 1988, com a promulgação da constituição foram instituídas
leis que visam diminuir a degradação ambiental, tal como punir aqueles não
as seguirem. Neste contexto, nota-se que no artigo ‘’O uso de
geotecnologias aplicadas à conservação das áreas de vegetação
remanescente e áreas de preservação permanente de hidrografia no
Município de Caracol – MS’’ os autores explicam tais normas, como fica
explícito no excerto:
47
A Constituição Federal de 1988 admite nos procedimentos administrativos

ou nos processos judiciais todas as provas que forem obtidas por meios
lícitos, consoante o art. 5º, LVI. No patamar infraconstitucional a Lei nº
5.869/1973 (Código de Processo Civil) também admite todos os meios de
prova legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não
especificados no referido Código, admitindo-os hábeis para provar a
verdade dos fatos alegados tanto pelo autor quanto pelo réu, nos termos do
art. 332. Em resumo: todo aquele que buscar o Poder Judiciário ou
qualquer instância administrativa para restabelecimento ou manutenção de
direito tem a faculdade de instruir o processo com todas as provas que
possam confirmar suas alegações, cabendo ao réu a mesma possibilidade,
nos termos dos arts. 396 e 397 do CPC. E mais: as partes que litigam têm
a possibilidade de infirmar a prova produzida, desconstituindo-a, no
exercício da ampla defesa e do contraditório, corolários do devido processo
legal, exigido no art. 5º, LIV e LV, da CF/88. Os trabalhos resultantes da
aplicação de ferramentas de geotecnologia podem ser enquadrados como
prova documental e juntados aos autos por quaisquer das partes na defesa
de seus argumentos, mas, ressalte-se, que a outra parte no processo ou o
Ministério Público poderão alegar, motivada e fundamentadamente, a
ocorrência de adulteração, nos moldes do art. 365, VI, do CPC.
Obviamente, que os trabalhos periciais também podem ser instruídos com
subsídios auferidos com a geotecnologia, havendo a possibilidade de o
Juiz exigir dos peritos e assistentes técnicos esclarecimentos em audiência
com a presença das partes, conforme os arts. 420 e 435 do CPC. 4276 Na
Lei nº 9.605/1998 (Lei dos Crimes Ambientais), especificamente, admite-se
que uma vez produzida prova por quaisquer das partes individualmente, no
inquérito civil ou policial ou no juízo civil, deve haver possibilidade de a
outra parte conhecê-la e questioná-la, exercendo o contraditório, conforme
reza do parágrafo único do art. 19. Importante ressaltar também que no
âmbito administrativo, especialmente nos inquéritos civis instaurados pelo
Ministério Público a prova geotecnológica é extremamente útil para a
formação do convencimento do Membro do Ministério Público que presida o
procedimento, o que se faz nas hipóteses do § 1º do art. 8º da Lei nº
7.347/1985 (Lei da Ação Civil Pública). Analogamente, este tipo de prova
pode instruir inquérito policial que venha ser presidido por Delegado de
Polícia, na figura do art. 6º, III e VII, do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de
Outubro de 1941 (Código de Processo Penal).
Fonte: Alexandre Lima Raslan, Thais Gisele Torres, Ciomara de Souza Miranda,
Fabíola Moreira Fernandes, Antonio Conceição Paranhos Filho, Jamil Alexandre
Ayach Anache, Roni Berto Medina Espíndola, Diego Lanza Lima e Brychtn Ribeiro
De Vasconcelos. O uso de geotecnologias aplicadas à conservação das áreas de
vegetação remanescente e áreas de preservação permanente de hidrografia no
Município de Caracol – MS. p. 4276 . Disponível em:
http://marte.sid.inpe.br/col/dpi.inpe.br/sbsr%4080/2008/11.17.22.26/doc/4271-
4278.pdf Acesso em: 9 maio 2021.
O fato da geotecnologia já estar de acordo com a constituição é

ótimo para o processo de direcioná-la para o monitoramento e prevenção
48
de desastres naturais, evitando de mudar as leis ou achar uma brecha para

utilizá-la. Também é evidente que ela pode ser usada em perícias, como foi
feito após os desastres ocorridos em Mariana e Brumadinho, uma vez que a
tecnologia utilizada na construção da barragem de Brumadinho foi a
barragem de montante, que embora seja a mais rentável, também é a
menos segura. Ao ser instalada ela alterou alguns aspectos ambientais
como a degradação da qualidade da água, o assoreamento dos cursos
d'água, a alteração da vazão dos rios e a degradação da paisagem, sendo
que elas estão associadas às atividades da Vale, além da redução da
disponibilidade de minerais, redução da biodiversidade poluição,
contaminação e compactação do solo. Após o desastre de Mariana, o
governo de Minas Gerais proibiu, em decreto de 2016, o licenciamento de
novas barragens e ampliações de estruturas que utilizem ou que tenham
utilizado o método de alteamento para montante. Em nota, a Semad
(Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) disse que “é
favorável a ampliação desta medida” e que “discute tecnicamente a questão
com especialistas para não sobrepor competências federais”.
Observa-se que a discussão da preservação do meio ambiente,
mesmo que não seja atual ainda é relevante, uma vez que o modo com que
os avanços humanos estão ocorrendo ainda são precários e causam
impactos ambientais. Entretanto, a geotecnologia pode fazer com que este
método seja eficiente, o que além de reduzir as degradações ambientais
também pode ser utilizada para reconstruir o estrago causado no passado.
Mas é evidente que tal realização é difícil e precisa de tempo para
acontecer e é neste aspecto que a Engenharia Física se destaca, já que
fazendo a correlação de áreas facilitará e acelerará o processo.
Ao aliar estes dois elementos pode-se gerar um desenvolvimento
sustentável, que é fundamental para que a espécie humana possa
prosperar e viver nos próximos séculos, tendo em vista que sem o
planejamento e a utilização correta dos recursos disponíveis na Terra, logo,
o planeta se tornará inabitável e não poderá prover nada para as futuras
gerações.
Também é necessário que a geotecnologia monitore os crimes
ambientais, como as queimadas e desmatamentos ilegais, assim ajudando
a preservar o meio ambiente. Outra função que pode ser desempenhada é
rastrear resíduos que foram descartados de forma incorreta, e deste modo
49
mapeando-os para que possam ser coletados e depois reutilizados ou

reciclados.
Assim, pode-se afirmar que o Engenheiro Físico pode ser a peça
final para reestabelecer o equilíbrio entre a humanidade e a natureza, e
estabelecer uma relação de igualdade entre esses dois pontos. Utilizar a
tecnologia neste processo é fundamental pelo modo e velocidade que tais
processos possam ocorrer, sendo a geotecnologia é a principal forma de
monitorar os desastres ambientais e quando a Engenharia Física
correlacioná-la com análises de dados e com a Engenharia Ambiental, o
desenvolvimento sustentável ocorrerá, garantindo recursos para as futuras
gerações.
Visto concepção da contribuição da Engenharia Física na prevenção
de desastres ambientais, tem-se que o problema a ser trabalhado no
próximo tópico será desacompanhamento da conservação da natureza por
tecnologia.
3 Desacompanhamentos da Conservação da Natureza por Tecnologia

Os profissionais da Engenharia Física, devido ao seu caráter
multidisciplinar, são capazes de atuar em diversas áreas e, desta forma,
podem contribuir para a conservação da natureza. Hoje, almeja-se o
desenvolvimento sustentável pois apenas deste modo será possível garantir
que as futuras gerações possuam recursos para sobreviver e continuar
inovando. No entanto, o rumo da humanidade não é este, uma vez que a
falta de acompanhamento da conservação do meio ambiente contrapõe a
ideia aspirada. Tal problema dá-se pela negligência com a matéria-prima
fornecida pelo planeta e sua disponibilidade, o que resulta em diversos
desastres ambientais.
Esta situação nos faz refletir sobre a seguinte questão: Como os
Engenheiros Físicos podem contribuir para o monitoramento e preservação
do meio ambiente visando um desenvolvimento sustentável para as futuras
gerações?
Portanto, pode-se refletir sobre como tais profissionais podem se
inserir neste meio. O caráter multidisciplinar e a facilidade em compreender
as demais áreas facilitam o trabalho em grupo. Este aspecto pode ser
utilizado na implementação do desenvolvimento sustentável, sendo que
50
combinar a geotecnologia de monitoramento com a análise de dados e

planejamentos garantiram a preservação do meio ambiente.
No artigo “Brumadinho: muito mais do que um desastre tecnológico”
os autores contemplam como a falta de planejamento e a
interdisciplinaridade podem culminar em graves problemas. Naquele
contexto fala-se sobre o rompimento da barragem de Brumadinho e os
esforços para minimizar as suas consequências, entre tanto, as soluções
propostas não foram capazes de contemplar os danos causados. Isso fica
evidente no trecho:
Membranas de contenção, tecido filtrante, para evitar a dispersão das
partículas sólidas, foram instaladas, pela empresa, em Pará de Minas.
Segundo o Instituto SOS Mata Atlântica, retêm apenas 50% dos rejeitos. A
princípio, a membrana teria por objetivo proteger o sistema de captação de
água do município. No entanto, a tecnologia utilizada pela empresa, só
retém os sólidos em suspensão na profundidade de alcance da membrana,
a saber de 2 a 3 metros, conforme informada pela Vale, em seu site[11].
Isso significa que metais diluídos e sólidos abaixo do alcance das
membranas não são retidos. No caso de Mariana, quando as empresas e
outros pesquisadores falavam em rápida recuperação do rio Doce, as
pesquisas realizadas pelo LEA-AUEPAS apontavam um horizonte de tempo
de 30 à 50 anos para recuperação parcial, considerando que fossem
conduzidos todos os processos de biorremediação, precaução, prevenção,
renaturalização de áreas e retirada da lama dos locais onde estava
inicialmente estagnada e sua alocação em espaços adequados, além de
processos seguros para se evitar a maximização de contaminações.
Fonte: Dulce Maria Pereira, Suzy Magaly Cabral de Freitas, Hellen Oscarina Ramos
Guimarães, André Alckmin Magalhães Mângia. Brumadinho: muito mais do que um
desastre tecnológico. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Dulce-
Pereira-2/publication/331653523_Brumadinho_muito_mais_do_que_um_desastre_te
cnologico/links/5c86c9bb92851c831973a42e/Brumadinho-muito-mais-do-que-um-
desastre-tecnologico.pdf . p. 7. Acesso em: 10 maio 2021.
Este é um exemplo de como a falta de planejamento pode causar

resultados inesperados. Neste caso, a solução garantiu apenas um aspecto
do problema, o que resultou em uma melhora, porém outros fatores que não
foram considerados continuaram afetando o meio ambiente.
Garantir um desenvolvimento sustentável é fundamental para a
sociedade contemporânea. Para tal a geotecnologia é necessária,
sobretudo, na questão do monitoramento, visando garantir a conservação
da natureza.
Com o intuito de acelerar o processo de implementação da
tecnologia para acompanhar a conservação da natureza pode-se utilizar
51
dos conhecimentos dos Engenheiros Físicos, que devido a sua ampla base
de conhecimento é capaz de correlacionar áreas de conhecimento, como,
por exemplo, fazer a relação de GPS com as análises de dados.
Desta forma, necessita-se da implementação do Engenheiro Físico e
seus conhecimentos neste mercado, para que se possa evitara o
desacompanhamento da conservação da natureza por meio da tecnologia,
conseguindo assim preservar o meio ambiente de modo eficiente. Unir
áreas de conhecimento é fundamental para garantir um desenvolvimento
sustentável, pois desastres ambientais englobam mais do que apenas o
meio ambiente, mas também o setor sociopolítico, econômico e científico.
Com isso fica explícito que apenas a Engenharia Física aliada à tecnologia
pode prever os possíveis desastres ambientais.
Da questão problema passa ao tópico de solução que é a
Desacompanhamento da conservação da natureza por tecnologia, a seguir.
4 Acompanhamento da Conservação da Natureza por Tecnologia

Encontrar soluções para tal problema é fundamental, uma vez que
descobrir resoluções, até então não pensadas, é necessário para o avanço
da humanidade. Neste caso em específico, nota-se que a importância de
monitorar a natureza por meio da tecnologia, almejando conservar o meio
ambiente.
A geotecnologia apresentou destaque neste setor, já que possui
maneiras de observar grandes áreas de uma só vez, facilitando a
fiscalização de locais, empresas ou atividades que apresentam riscos de
causar desastres ambientais. Além disso ela é capaz de prever catástrofes
naturais, como tsunamis, terremotos e tornados, o que permite avisar os
moradores de determinada região, para que possam se preparar e mitigar
os danos.
Para auxiliá-la a Engenharia Física, devido ao seu caráter
multidisciplinar, pode adicionar outros elementos. Por exemplo, para
monitorar locais onde a há queimadas com frequência o Engenheiro Físico
é apto a desenvolver um aplicativo que notifique os bombeiros quando o
GPS encontrar fogo nas florestas, evitando a perda de espécies animais e
vegetais.
52
Desta forma, tem-se a questão da implementação do Engenheiro

Físico para contribuir na conservação do meio ambiente, de modo a
aprimorar a geotecnologia por meio da interconexão das áreas de
conhecimento ou aplicá-la em outro setor, visando aumentar a eficiência e
um desenvolvimento sustentável.
Partindo deste ponto, firma-se o questionamento: Como os
Engenheiros Físicos podem contribuir para o monitoramento e preservação
do meio ambiente visando um desenvolvimento sustentável para as futuras
gerações?
Para responder ao problema de pesquisa, formulou-se, de início, três
hipóteses, que passa a discutir cada uma delas.
A primeira hipótese indica que ‘’ao caráter multidisciplinar os
engenheiros físicos são aptos a desenvolver novas tecnologias que
poderão ser usadas para a resolução de desastres ambientais, tais como
desmatamentos, queimadas, deslizamentos, entre outros.’’
Tal hipótese indica que a profissão de Engenheiro Físico possui
habilidades para desenvolver novas tecnologias a fim de resolver o
problema de monitoramento que resultaria em desenvolvimento sustentável.
Apesar do curso de Engenharia Físcia conceder o conhecimento
necessário para desenvolver novas tecnologias, este não é o caminho que
apresenta maior grau de eficiência, tendo em vista que, criar algo inusitado,
demanda tempo e dinheiro e atualmente já existem tectonologia que podem
atuar nesta área caso sejam aprimoradas, o que poupará recursos.
A segunda hipótese mostra que “ a Engenharia Física tem o potencial
de substituir o uso de recursos naturais não renováveis, tais como o
petróleo, por produtos que contribuem para desenvolvimento sustentável,
como a energia solar, eólica, carros híbridos, etc.”
Neste trecho observa-se que substituir o combustível fóssil por fontes
de energia renováveis, para diminuir a poluição por CO 2, o que, por
consequência, mitigaria os desastres ambientais.
Mesmo que a diminuir a emissão de gás carbônico mitigue a
degradação ambiental, este não é a uma forma eficiente, pois a degradação
ambiental advém de outras fontes além desta. Deste modo, tem-se que
apenas isto não solucionará a questão da contribuição do Engenheiro
Físico para conservar o meio ambiente.
53
Por fim, tem-se a terceira hipótese, que consiste em “A Engenharia

física é capaz de fazer a correlação entre o uso de instrumentos de
geoprocessamento, tais como o sensoriamento remoto, com a análise de
dados para monitor e estabelecer um planejamento de como as matérias
primas podem ser aproveitadas com o fim de impedir uma recessão
econômica e de estabelecer um equilíbrio entre os desenvolvimentos
humanos e a sobrevivência do planeta e seus residentes.”
Nesta suposição tem-se que a multidisciplinaridade é capaz de
resolver a questão do monitoramento da natureza com intuído de evitar a
degradação ambiental. Assim, o Engenheiro Físico o profissional
qualificado para tal, uma vez que sua formação abrange uma vasta gama
de conhecimentos, permitindo, portanto, implementar diversos conceitos
nas geotecnologias para aumentar a eficiência para este propósito.
A hipótese mostra como a aplicação do engenheiro físico no neste
meio trará vantagens para o meio ambiente, já que o trabalho do deste
profissional facilitará o monitoramento da natureza por meio da tecnologia,
com o objetivo de alcançar um desenvolvimento sustentável. Chegar neste
ponto é preciso para que os seres humanos possam perpetuar no planeta e,
quem sabe, em outros mundos também. Mas para isso necessita-se mudar
o quanto antes, pois com o passar do tempo a situação ficará cada vez pior.
Portanto, a geotecnologia tem destaque para alcançar tal meta, uma
vez que utiliza diversos tipos tecnologias para mapear e monitorar o
planeta, além de permitir estudos sobre radiação e magnetismo, que são
conceitos da física que podem ser aplicados para diversas áreas, como
saúde, aparelhos de comunicação e outros. Também permite uma visão
geral do planeta, que pode tanto ser utilizada para entender sobre o local
que habitamos, quanto para ensinar os conceitos geofísico, e combater os
desastres ambientais e, por ventura, o negaciosismo.
54
Figura 1. O globo terrestre, seus meridianos e paralelos. Fonte: Google Earth.
Além disto, a geotecnologia pode ser utilizada para comparar

imagens do antes e depois do desastre ambiental, e, deste modo, contribui
para calcular o percurso adequado para resolver determinada situação.
Pode-se citar o desastre ocorrido em Brumadinho, que após o acidente
imagens foram feitas e analisadas e como resultado teve a proibição de tal
método de barragem no estado de Minas Gerais. Caso houvesse a
aplicação do Engenheiro Físico neste caso, outras medidas poderiam ter
sido tomadas.
Figura 2. Dados preliminares obtidos por meio de imagens de satélite indicam que o rompimento de
barragem da mineradora Vale em Brumadinho (MG) causou a destruição de pelo menos 269,84
hectares. Fonte: https://www.gov.br/ibama/pt-br/assuntos/noticias/copy_of_noticias/noticias-2019/
rompimento-de-barragem-da-vale-em-brumadinho-mg-destruiu-269-84-hectares
55
Figura 3. O antes e o depois da tragédia, nas imagens do satélite da SCCON/Planet, cedidos pelo
projeto MapBiomas. Fonte: https://piaui.folha.uol.com.br/o-movimento-da-lama/
Assim, nota-se que, o Engenheiro Físico e seus conhecimentos

aplicados, junto a geotecnologia para mapear, monitorar, analisar os dados
obtidos, executando o acompanhamento da conservação da natureza por
tecnologia eficiente na prevenção de desastres ambientais e também na
conservação do meio ambiente. Ademais, quando comenta de
desenvolvimento sustentável está além do que apenas garantir a
conservação da natureza, mas também fazer a utilização desses bens e
recursos sem causar a escassez às futuras gerações, e, para que isso
ocorra é necessário que haja uma boa gestão, planejamento sustentável,
fiscalização eficiente e medidas de conservação, que de fato melhore e
mitigue os danos já causados em nosso planeta.
Deste modo, a presença de um Engenheiro Físico nesse processo
dá-se a sua capacidade de planejamento, análise, gestão e pelo seu caráter
multidisciplinar em sua formação, e ao se juntar às tecnologias já existentes
nesse meio de preservação e conservação do meio ambiente, como o
sensoriamento remoto já citado, demonstra ser útil para que tal objetivo
seja alcançado de maneira eficiente.
Da compreensão do acompanhamento da natureza por tecnologia
passa a descrever o passo a passo da metodologia da pesquisa.
5 Metodologia
Para construir um artigo científico é preciso o domínio da linguagem
utilizada, neste caso, do português, ou seja, clareza e objetividade. Utilizar
palavras coloquiais, apresentar pleonasmo, falta de concordância ou erros
gramaticais não convém. Do mesmo modo a preocupação com utilizar a
metodologia adequada. Para este, foram feitas pesquisas de artigos
científicos, que formam um banco de dados para fundamentar os
argumentos.
Em princípio, determinou-se o tema e a partir daí foram feitas
pesquisas para ver a viabilidade desta temática, no navegador, uma rápida
busca para ver a factibilidade de utilizá-lo.
Depois disto, pensou-se na aplicação do tema em uma proposta
(íntegra), achando um problema e desenvolver uma solução, a fim de
56
apresentar um modo de aplicar está situação, que neste caso, é introduzir a

Engenharia Física na prevenção de desastres ambientais e o
acompanhamento da conservação da natureza por tecnologia. Então,
definiu-se como proposta = Engenharia Física na Prevenção de Desastres
Ambientais: acompanhamento da conservação da natureza por tecnologia.
Título = Engenharia Física na Prevenção de Desastres Ambientais.
Problema = desacompanhamento da conservação da natureza por
tecnologia. Solução = acompanhamento da conservação da natureza por
tecnologia. A partir destas definições, estabeleceu-se as palavra-chave
para pesquisa no banco de dados.
Com a proposta, título, problema e solução estabelecidos dentro da
estrutura e compreensão de parágrafo, foi-se atrás de artigos científicos
que dessem base e comprovassem a veracidade da temática, e com a
identificação de tais textos montou-se um banco de dados. Em virtude da
pandemia que assola o todo o mundo, a pesquisa foi feita por meio da
internet. Eles foram retirados de sites como o Google acadêmico, SciELO e
Science.gov para ter certeza que os dados encontrados sejam confiáveis e
verídicos. No Google Acadêmico, por exemplo, foram encontrados,
aproximadamente, 265.000 resultados em 0,06 segundos:
57
Dentre as dezenas de artigos encontrados, selecionou-se, por meio

de uma leitura objetivada, aqueles que condizem com a problemática e
seriam eficientes na resolução da mesma e, portanto, reduziu-se o número
de artigos, entretanto, a qualidade foi ampliada.
Com a conclusão do banco de dados, deu-se inicio à próxima etapa;
redação do texto, com técnica de parágrafo, pautando-se na sequência do
título e subtítulo, depois, resumo, sumário, introdução e demais partes.
A escrita científica e a busca de fundamentação foram almejadas a
todo momento, além do diálogo com as fontes de pesquisa.
Na reflexão crítica, sobretudo, com a noção de como o profissional
de Engenharia Física poderia atuar e contribuir para a efetivar a resolução
da problemática, e portanto, deu-se destaque a grande variedade de
conhecimento que tais engenheiros possuem e os diversos modos que eles
podem ser aplicados.
Assim, a metodologia que foi usada pautou-se na pesquisa
bibliográfica, no qual desenvolveu-se um banco de dados com artigos
científicos que foram utilizados como base de conhecimento e citações. A
estruturação foi feita por técnica de parágrafos, analisando de forma crítica
os conteúdos encontrados, e buscou-se responder ao problema proposto.
Após a metodologia, partiu-se para a observação dos principais
resultados encontrados ao decorrer da pesquisa.
58
6 Resultados
Neste tópico serão pautados os principais resultados encontrados,
apresentados no banco de dados e foram a base para escrever o artigo,
indicando os s dados relevantes e complementares até então não utilizados
nos tópicos anteriores, entretanto, que são suporte da pesquisa.
Aqui objetiva-se identificar os resultados obtidos durante a pesquisa
bibliográfica, refinando os dados para se adequar ao entendimento da
temática. Além disso, organizar a apresentação e estabelecer a linha de
raciocínio, com o intuito de facilitar o entendimento dos leitores.
Complementar a isto, também é o local para registrar similaridades,
diferenças, correlações, tendências, contradições e contrariedades.
Os frutos da pesquisa devem mostrar e analisar o que foi obtido a
partir do refinamento das informações encontradas, destacando as ideias e
como ela pode ser aplicada à temática. Desta forma, para atingir esta meta
o texto foi organizado em tópicos sequenciais; objeto de estudo, a
problemática, a solução e a metodologia. Dando ênfase na maneira de
como foram apresentados.
i) Contribuição da Engenharia Física na Prevenção de Desastres
Ambientais
O profissional de Engenharia Física possui uma ampla formação e,
por isso, pode atuar em várias áreas. A Universidade Estadual de
Campinas possui descrição do curso, para apresentá-lo para os
vestibulandos. Tal explicação diz:
O curso de Engenharia Física tem como principal diferencial uma formação
mais sólida e diferenciada em Física/Matemática, complementada com
noções imprescindíveis e generalizadas de engenharia, o que torna o
Engenheiro Físico um profissional multiespecialista com sólida formação
técnica e visão de gerenciamento e de mercado, capaz de atuar nas mais
variadas áreas de desenvolvimento e inovação tecnológica, tanto na
indústria quanto em centros de pesquisa.
Mantendo o perfil de engenheiro, mas com uma formação mais completa
em Física contemporânea, o Engenheiro Físico é preparado para lidar com
problemas tecnológicos de fronteira envolvendo geração de energia,
nanotecnologia, novos materiais e dispositivos, da mesma forma que ele
pode atuar no gerenciamento de uma linha de produção, na área de gestão
de pessoal ou no estudo de mercado.
Através do domínio de ferramentas básicas e, do conhecimento específico
adquirido nas áreas de Física avançada e atual, o Engenheiro Físico terá
plena capacidade em propor soluções para os mais diversos problemas
59
enfrentados pelos setores de produção e de desenvolvimento. Por outro

lado, também estará preparado para levar em conta nas soluções desses
problemas técnicos.
Fonte: UNICAMP. Engenharia Física . Disponível em:
https://www.prg.unicamp.br/engenharia-fisica/. Acesso em: 24 maio 2021.
Neste viés, a Engenharia Física desenvolve um profissional

multidisciplinar capaz de desempenhar diversas funções e inovar ou
adaptar tecnologias para achar soluções. Deste modo tais engenheiros
podem utilizar geotecnologias para monitorar a natureza, visando diminuir
os impactos ambientais ou até restaurar os danos já causados.
No âmbito da gestão ambiental, Sady Júnior Martins da Costa de
Menezes, Carlos Antonio Alvares Soares Ribeiro, Cleverson Alves de Lima
e Maria Odete Alves de Souza, explicam que:
Gestão Ambiental Define-se Gestão Ambiental como o braço da
administração que reduz o impacto das atividades econômicas sobre a
natureza. Ela deve estar presente em todos os projetos de uma
organização, desde o seu planejamento e execução até a sua completa
desativação. Por isto, o Gestor Ambiental é indispensável. Conhecedor da
legislação, ele planeja as atividades dentro dos moldes exigidos por lei,
evitando ações judiciais e outros problemas decorrentes da exploração
irresponsável da natureza e da comunidade local. Além disso, o Gestor
Ambiental também escolhe equipamentos menos poluidores para diminuir o
impacto ambiental provocado pela empresa. Afinal, o bom Gestor
Ambiental conhece o velho ditado: "prevenir é melhor que remediar"
(PEARSON, 2011, p. 97-98). De acordo com Barbieri (2004, p. 19), a
Gestão Ambiental é entendida como sendo “as diretrizes e atividades
administrativas e operacionais realizadas objetivando obter efeitos
positivos sobre o meio ambiente, quer reduzindo os danos causados pelas
ações humanas, quer evitando que eles surjam”. Para o mesmo autor,
qualquer iniciativa de gestão ambiental envolve três dimensões: a
dimensão espacial, ou seja, a área ou região-alvo da iniciativa; a dimensão
temática, relativa às questões ambientais às quais as ações se destinam; e
por último, a dimensão institucional, que diz respeito aos agentes que
tomam as iniciativas de gestão ambiental, como por exemplo, o governo,
empresas, sociedade civil, etc. O Gestor Ambiental deve ter clareza sobre
as três dimensões da sua atuação, delimitando o espaço, os temas e os
agentes que terá a sua disposição (BARBIERI, 2004, p. 19). Conforme
Projeto do Plano Pedagógico do curso de Gestão Ambiental (Bacharelado)
do Instituto Três Rios da UFRRJ (PPC-GA, 2013, p. 10), o bacharel em
Gestão Ambiental busca a consolidação do desenvolvimento sustentável,
através da melhor integração entra as ações de conservação dos sistemas
naturais, da harmonia entre as sociedades e as atividades humanas. O
profissional deverá intervir em processos de produção, no uso dos recursos
naturais, deve ainda estar habilitado para diagnosticar e resolver
60
problemas ambientais, tendo capacidade de identificar novas áreas de

atuação profissional, utilizando conhecimentos já existentes ou produzindo
novos, de forma a contribuir para o desenvolvimento de práticas
sustentáveis. Ele deve ser capaz de trabalhar em equipes multidisciplinares
para desenvolver projetos de maior complexidade, além de gerenciar
processos participativos de organizações públicas e privadas. Trata-se de
um profissional capacitado para planejar e executar ações que visam os
avanços científico e tecnológico. Seguindo esta linha de ação, o referido
capítulo propõe a conceituar e elucidar o uso de Geotecnologias aplicadas
à Gestão Ambiental como ferramenta de apoio à tomada de decisão a este
profissional.
Fonte: Sady Júnior Martins da Costa de Menezes, Carlos Antonio Alvares Soares
Ribeiro, Cleverson Alves de Lima e Maria Odete Alves de Souza. Gestão Ambiental:
Perspectivas, Conceitos e Casos . Disponível em:
http://www.itr.ufrrj.br/diversidadeegestao/wp-content/uploads/2017/07/05-
Geotecnologias_Sady_revisado_20_05_17.pdf . Acesso em: 6 jun. 2021.
Os autores mostram a importância da gestão ambiental, e como o

uso da geotecnologia é fundamental. Por outro lado, também revelam as
capacidades do Gestor Ambiental e como atuam no mercado. Tais
profissionais aliados com os Engenheiros Físicos podem ampliar o alcance
deste trabalho e aliando os serviços destes profissionais com a
geotecnologia serão capazes empenhar o monitoramento e gestão dos
recursos naturais.
ii) Desacompanhamento da conservação da natureza por tecnologia
A falta de acompanhamento do meio ambiente causa danos ao
planeta, uma vez que o uso desenfreado de matéria-prima compromete a
evolução e perpetuação dos seres humanos e dos demais seres vivos.
Crisla Maciel Pott e Carina Costa Estrela, discorre em texto sobre:
Atualmente, apesar desse afastamento governamental dos pareceres da
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento, os reflexos da evolução nas políticas ambientais iniciada
principalmente após a década de 1960 são visíveis. O enfrentamento
quanto à problemática ambiental por meio dos instrumentos de gestão
instituídos por políticas públicas, que surgiram no auge das discussões
sobre o meio ambiente, mostrou-se como a possível saída para a redução
e mitigação da degradação ambiental. No Brasil, o licenciamento
ambiental, desde sua regulamentação em 1997, se mostrou como uma
poderosa ferramenta por promover o planejamento das atividades antes da
sua implantação, a redução, compensação e aumento da responsabilidade
e, consequentemente, o cuidado com o meio ambiente. As atividades
poluidoras que antes assombravam e causavam grandes danos ambientais
e humanos agora passam por processos reguladores e licenciatórios antes
mesmo de serem implantadas, promovendo o planejamento em todas as
61
suas fases, da concepção à operação de qualquer empreendimento,

reduzindo consideravelmente os potenciais impactos e proporcionando
mitigação ou mesmo compensação em torno de passivos ambientais
inerentes. Quando se estuda a história das políticas públicas ambientais no
mundo, nota-se um padrão: grandes desastres ambientais, com
consequentes contaminações ambientais, atingindo centenas de pessoas
antecedem a mobilização da sociedade e tomadas de decisão, ou seja,
primeiro têm-se descaracterização de ambientes e perdas vidas humanas e
depois de um período de tempo, por vezes anos, chegam as soluções. Uma
característica fundamental do estilo de vida da humanidade sempre se deu
sobre o enfoque da remediação, ao invés da prevenção. Graças à
ascensão das Políticas Ambientais, esse paradigma começa a tomar rumos
de mudança. Os fatos históricos demonstram que desde o início dos anos
2000 observa-se a diminuição da ocorrência de desastres ambientais, pelo
menos os que são diretamente ligados à ação humana. Poder-se-ia dizer
que esse fato é resultado das atitudes tomadas no passado? E que
finalmente a espécie humana busca a prevenção dos problemas
ambientais? De fato, o modo de pensar e agir da população mundial mudou
em parte. Há uma maior consciência ecológica em relação à produção e
utilização de energia elétrica, combustíveis e formas de obtenção desses, a
redução na produção de resíduos sólidos e sua reciclagem caminha a
passos lentos, porém constantes, envolvendo um número cada vez maior
de atores nesse processo. Em contrapartida, as florestas, apesar da ampla
legislação, seguem sendo amplamente suprimidas e a gestão das águas,
que preconiza a ampla participação da sociedade nas tomadas de decisão,
é deficiente no que tange à manutenção da qualidade e quantidade de
água comprometendo o abastecimento e conservação desses recursos e
aos ecossistemas associados. Então, como responder a essas questões?
De fato, as políticas públicas por meio de suas leis, resoluções e
regimentos originados a partir de catástrofes ocorridas serviram para
proteção contra novos acidentes, os quais, mesmo assim, ainda ocorreram,
como o de Fukushima no Japão em 2011; nesse caso, a descoberta e
utilização de novas tecnologias, assim como a proposição de diversas leis
não impediram o vazamento de material radioativo, mas minimizaram muito
sua gravidade. Quanto à segunda questão, a prevenção, nesse caso a
sustentabilidade à qual a sociedade se propõe buscar sempre tende de
uma forma desproporcional para os benefícios do crescimento econômico.
Sendo, muito além de uma medida de segurança, necessária para a
manutenção da qualidade de vida humana no planeta, a prevenção, a
adoção de medidas compensatórias e a responsabilidade ambiental são
também um atrativo econômico, hoje conhecido e utilizados como
marketing verde. O ser humano ainda atualmente vem se colocado à parte
do meio ambiente, percebendo-o como recurso, unicamente como um
intermédio para atingir seu crescimento; para que a verdadeira mudança
ocorra deve-se no mínimo reconhecer que a vida na terra é insustentável
se o ambiente estiver degradado, e para isso todos devem conservá-lo. A
gestão ambiental tem cumprido seu papel, trabalhando ao lado dos
62
interesses econômicos e conduzindo o desenvolvimento dessa economia

de forma mais equilibrada com o meio ambiente. Ainda que talvez não seja
a forma ideal, são inegáveis os sinais observados de que um novo tipo de
comportamento está sendo lentamente moldado. Chega a hora de
abandonar o pessimismo e colocar mais esforços, para que os propósitos –
que não mudaram com o tempo – possam ser alcançados e a
sustentabilidade se torne efetiva.
Fonte: Crisla Maciel Pott e Carina Costa Estrela. Histórico ambiental: desastres
ambientais e o despertar de um novo pensamento . Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ea/a/pL9zbDbZCwW68Z7PMF5fCdp/?lang=pt#. Acesso em: 6
jun. 2021.
Neste trecho os autores mostram as consequências das origens

histórias da falta de monitoramento e preocupação com o meio ambiente
nas décadas anteriores. Além disto também evidenciam possíveis soluções
e o modo de como proceder.
As origens históricas do uso desacompanhado dos recursos naturais
culminaram na cultura atual, que não se importam com os impactos
ambientais, tento em vista que não são diretamente afetados de forma
imediata e por isso não ligam para as futuras consequências. Deste modo
entra como parte do trabalho do Engenheiro Físico atuar em mais uma
área: modificar e desmitificar o modo de como que são usados os recursos
naturais e mostra que utilizá-los de maneira inconsequente visando apenas
lucrar gera mais malefícios do que benefícios. Para tal, a tecnologia é
fundamental, já que também é utilizada para disseminar informação e
alterar o pensamento das futuras gerações.
No quesito de geotecnologias, o artigo; Uso das geotecnologias para
gestão ambiental Experiências na Amazônia Meridional, do Ricardo Abad,
Meireles de Mendonça, Paula Bernasconi, Roberta dos Santos e Marcos
Scaranello evidencia como as geotecnologias funcionam e como podem ser
utilizadas. Pode-se observar isto no trecho:
Um sistema de informação geográfica é o ambiente de trabalho para
analisar os dados geográficos em uma variedade de formatos. Neste
ambiente reunimos imagens de satélite com dados cartográficos e também
bancos de dados, e podemos realizar muitas análises com estas
informações. Nestes sistemas podemos diagnosticar a situação atual da
cobertura florestal e planejar ações que visem a otimização deste recurso.
Um bom exemplo é o mapeamento da área potencial para atividades de
manejo florestal, que pode ser feito com base em series históricas de
produtos de imagens de satélite, bases cartográficas e fundiárias e dados
de campo coletados com gps. Os SIGs são ideais para o planejamento e
gestão ambiental territorial e está muito acessível pelo avanço dos
softwares livres. Dentre os diversos, destacamos o software GVSIG como
63
um SIG livre poderoso e fácil de utilizar. Este programa está em constante

aperfeiçoamento e possui uma enorme variedade de extensões, que
funcionam acrescentando funcionalidades e ferramentas de
geoprocessamento. O programa apresenta um ambiente que suporta os
formatos mais comuns e opera diversas ferramentas para análises
espaciais. Sua versão móvel (link) já vem com a caixa de ferramentas
Sextante que possui mais de 200 algoritmos para imagens e vetores. Neste
programa é possível montar uma imagem em composição colorida,
georeferenciar esta imagem, realizar correção radiométrica e atmosférica e
ainda realizar interpolação e classificação. As operações mais utilizadas
em vetores como recorte (clip), área de influência (buffer), ligação (join),
sobreposição (intersect), apagar (erase), e cálculos de área e distância
também estão entre as possibilidades. Estas operações serão detalhadas a
seguir, demonstrando algumas possibilidades de análises que podem ser
feitas em um ambiente como os Sistemas de Informação Geográfica.
Fonte: Ricardo Abad, Meireles de Mendonça, Paula Bernasconi, Roberta dos Santos
e Marcos Scaranello. Uso das geotecnologias para gestão ambiental Experiências
na Amazônia Meridional . Disponível em:
https://www.icv.org.br/drop/wp-content/uploads/2013/08/uso-das-geocnologias-para-
gest%C3%A3o-ambiental.pdf. Acesso em: 6 jun. 2021.
Partindo deste princípio, fica claro que a geotecnologia pode ser

usada para monitorar o meio ambiente e coletar dados para planejar
projetos sustentáveis que não agridam o meio ambiente e, de modo
concomitante, alcance os objetivos propostos.
Por fim, fica evidente que a contribuição do Engenheiro Físico no
monitoramento da natureza por meio da tecnologia. O profissional é capaz
de fazer a inter-relação de áreas, permitindo alcançar os objetivos, já que
juntar a gestão ambiental com a geotecnologia, programação e análise de
dados para planejar obter o melhor resultado possível e poder evoluir de
modo sustentável e possibilitar que a humanidade prospere.
Assim, os resultados obtidos na pesquisa bibliográfica permitiram a
formação de um banco de dados cuja somatória propiciou a resolução do
problema proposto, na pesquisa, indicando a possibilidade da atuação do
profissional de Engenharia Física, em equipe multidisciplinar de gestão
ambiental com o intuito de mitigar, restaurar e monitorar o meio ambiente
para que desta forma, garanta-se um desenvolvimento sustentável, pois
deste modo não faltarão recursos para a evolução e desenvolvimento das
gerações futuras. Para tal, a utilização da geotecnologia é imprescindível,
já que ela é o meio de concluir estas ações, pois facilita e acelera o
processo e junto ao conhecimento do Engenheiro Físico permitirão o
planejamento para que os erros cometidos no passado não se repitam e a
64
humanidade possa entrar em uma nova era tecnológica, a era espacial,

sem comprometer o planeta.
Apresentados os principais resultados obtidos no banco de dados,
passa para a discussão.
7 Discussão
Neste tópico será trabalhado e comentado os principais resultados,
visando concluir o raciocínio, ou seja, alcançar a solução proposta, o qual
será construído em forma de parágrafos. A discussão se trata do local o
qual serão pautados e comentados o que os resultados significam.
Tal parte é considera o núcleo do artigo uma vez que nele existe a
inter-relação entre os pesquisadores e as fontes pesquisadas. Na
perspectiva do Trabalho de Conclusão de Curso afirma-se, por analogia
com texto científico que:
O que é discussão de TCC?
Em primeiro lugar, antes de entender efetivamente como fazer a discussão
do TCC, é necessário compreender o conceito dessa seção tão importante
para o seu trabalho científico. No geral, o tópico da discussão vem como
última parte do desenvolvimento do trabalho, próximo à conclusão e trata
da apresentação e, posteriormente, a análise dos resultados. Mas qual é a
diferença entre apresentar e analisar? As duas denominações são
complementares, mas tem distinções fundamentais. Na apresentação, o
universitário deve expor e comentar tudo o que descobriu durante o
processo de pesquisa, de forma direta. Já na análise, o dever é interpretar
os dados coletados, identificando e explicando as relações entre eles. A
qualidade da análise interferirá diretamente na nota que você receberá no
seu projeto e o quanto ele terá de valor científico. Por isso, é necessário
capricho e atenção aos detalhes.
Fonte: Projeto Acadêmico. Como Fazer uma Discussão de TCC . Disponível em:
https://projetoacademico.com.br/como-fazer-uma-discussao-de-tcc/. Acesso em: 13
maio 2021.
Percebe-se que na discussão é permitida a interpretação das

informações, da formulação do objeto de estudo, do problema, da proposta
de solução e do uso do método utilizado. Tal processo leva o nome de
coroamento da pesquisa.
Para executar a pesquisa, fundamentou-se como objetivo apresentar
formas de monitoramento do ecossistema para evitar a progressão
desenfreada do desgaste da natureza a qual será otimizada com a
65
participação do Engenheiro Físico devido ao seu caráter multidisciplinar,

uma vez que seus recursos estão sendo utilizados de maneira
inconsequente.
No tópico 2, apresentou-se a construção do objeto de pesquisa, que
é a Engenharia Física na Prevenção de Desastres Ambientais, o qual
manteve-se o foco no conceito de Engenheiro Físico, mesmo que seja um
curso recente, é regulamentado de acordo com a Lei nº 5.194/66.
Entretanto, com a evolução exponencial da tecnologia, as Engenharias,
visam resolver problemas e neste quesito a Engenharia Física se destaca
devido ao seu caráter multidisciplinar, que permite a conexão de áreas
distintas, facilitando a resolução destes empecilhos.
No tópico 3, estabeleceu-se a problemática na seguinte questão:
Como os Engenheiros Físicos podem contribuir para o monitoramento e
preservação do meio ambiente visando um desenvolvimento sustentável
para as futuras gerações?
No tópico 4, buscou-se a solução a partir de três hipóteses: a) ao
caráter multidisciplinar os engenheiros físicos são aptos a desenvolver
novas tecnologias que poderão ser usadas para a resolução de desastres
ambientais, tais como desmatamentos, queimadas, deslizamentos, entre
outros. b) A Engenharia Física tem o potencial de substituir o uso de
recursos naturais não renováveis, tais como o petróleo, por produtos que
contribuem para desenvolvimento sustentável, como a energia solar, eólica,
carros híbridos, etc. c) A Engenharia física é capaz de fazer a correlação
entre o uso de instrumentos de geoprocessamento, tais como o
sensoriamento remoto, com a análise de dados para monitor e estabelecer
um planejamento de como as matérias primas podem ser aproveitadas com
o fim de impedir uma recessão econômica e de estabelecer um equilíbrio
entre os desenvolvimentos humanos e a sobrevivência do planeta e seus
residentes. Contudo, apenas a terceira prevaleceu, pois ela contempla
melhor todos os aspectos do problema e, deste modo, é capaz de
responder a indagação.
No tópico 5, indicou-se a metodologia, no passo a passo, para
realização da pesquisa, sobretudo, o banco de dados.
No debate da Engenharia Física na Prevenção de Desastres
Ambientais tem-se que tal profissional é apto a atuar em nestas áreas, uma
66
vez que ele, durante a sua formação, aprende a aprender e com isto pode
contribuir para atingir o objetivo.
O objetivo, por sua vez, trata-se do acompanhamento da
conservação da natureza por tecnologia. Durante o avanço da humanidade
pouco se pensou nas questões de racionamento e planejamento da
utilização de recursos, e hoje, vemos os resultados destas ações. Apesar
disto, a tecnologia pode ser utilizada de modo mitigador dos desastres
naturais, como, por exemplo, a geotecnologia, que se destaca no
monitoramento da natureza.
Com isso, o Desacompanhamento da Conservação da Natureza por
Tecnologia é um problema para a sociedade atual, pois a continuidade dos
desastres ambientais é preocupante e caso nenhuma medida seja tomada a
humanidade será incapaz de prosperar, já que não terá recursos suficientes
ou o planeta pode torna-se inabitável.
Para tal, tem-se como solução a capacidade da Engenharia Física
em fazer a relação entre os aparelhos tecnológicos cuja utilização é feita
em outras áreas do conhecimento, tal como mapeamento, para o
acompanhamento da conservação da natureza, que, desta forma, será
observada e, portanto, os danos causados poderão ser reparados e
utilizados como exemplo para que novos não sejam cometidos
Ademais, a geotecnologia tem destaque para alcançar tal meta, uma
vez que utiliza diversos tipos tecnologias para mapear e monitorar o
planeta, além de permitir estudos sobre radiação e magnetismo, que são
conceitos da física que podem ser aplicados para diversas áreas, como
saúde, aparelhos de comunicação e outros. Ela aliada ao caráter
multidisciplinar dos Engenheiros Físicos corroboram na prevenção de
desastres ambientais, tendo em vista que permitem um planejamento
adequado para determinada situação, possibilitando, portanto, um
desenvolvimento sustentável.
O que leva ao objeto de estudo, que é apresentar formas de
monitoramento da natureza, a fim de mitigar a progressão desenfreada do
planeta, já que seus recursos não são ilimitados e estão sendo usados de
modo inconsequente. Tal maneira de utilizar as matérias-primas acarreta
em diversos problemas, tanto no âmbito econômico quanto no sociopolítico,
já que eles fazem parte da economia de diversos países, tal qual como
67
Brasil e Índia. Além disto, são feitos produtos a partir deles, e o consumo
incontrolado pode levá-las a extinção.
Com isto, tem-se que o objetivo almejado foi alcançado, já que foi
possível apresentar e estabelecer formas de monitoramento do ecossistema
para evitar o avanço exponencial do uso dos recursos naturais de modo
desenfreado, que pode culminar no fim da humanidade.
Estabelecer o desenvolvimento sustentável é fundamental, pois
apenas deste modo será possível garantir que as futuras gerações
possuam recursos para sobreviver e continuar inovando. Os profissionais
da Engenharia Física, devido ao seu caráter multidisciplinar, são capazes
de atuar em diversas áreas e, desta forma, são capazes de utilizar novas
tecnologias ou readequar antigas tecnologias para contribuir com a
conservação da natureza e alcançar o desenvolvimento sustentável. No
entanto, o rumo da humanidade não é este, uma vez que a falta de
acompanhamento da conservação do meio ambiente contrapõe a ideia
aspirada. Tal problema dá-se pela negligência com a matéria-prima
fornecida pelo planeta e sua disponibilidade, o que resulta em diversos
desastres ambientais.
Com isto em mente, pode-se concluir que o acompanhamento da
conservação da natureza por tecnologia é de suma importância para o
estabelecimento do desenvolvimento sustentável e a geotecnologia
apresenta destaque nesta área, podendo facilitar a fiscalização de locais,
empresas ou atividades que apresentam riscos de causar desastres
ambientais. Ademais, a Engenharia Física é capaz auxiliá-la, devido ao seu
caráter multidisciplinar, pode adicionar outros elementos, como programas
de rastreamento, monitoramento e fiscalização, mesclando os
conhecimentos de diferentes áreas.
Assim, conclui-se que o Engenheiro Físico é imprescindível para
reestabelecer o equilíbrio entre a humanidade e o meio ambiente, e
estabelecer uma relação de igualdade entre esses dois pontos. Utilizar a
tecnologia neste processo é fundamental pelo modo e velocidade que tais
processos possam ocorrer, sendo a geotecnologia é a principal forma de
monitorar os desastres ambientais e quando a Engenharia Física a
correlacionar com análises de dados e com a Engenharia Ambiental, o
desenvolvimento sustentável ocorrerá, garantindo recursos para as futuras
gerações.
68
Do tópico de discussões segue para as conclusões.
8 Conclusões
O estudo da temática “ Engenharia Física na Prevenção de Desastres
Ambientais: acompanhamento da conservação da natureza por tecnologia ”
mostrou que a atuação dos profissionais de Engenharia Física é viável,
tendo em vista que eles apresentam embasamento e conhecimento
necessários para garantir um desenvolvimento sustentável, uma vez que é
possível utilizar a tecnologia para fazer a utilização correta dos recursos
naturais, o descarte de resíduos sólidos de modo apropriado e panejar as
consequências do desenvolvimento humano. Desta maneira, tem-se que a
multidisciplinaridade destes profissionais garante uma análise da relação
risco versus retorno, com o intuito de alcançar um retorno maior com
menores riscos, e, para tal, pode-se utilizar os recursos da geotecnologia.
A construção do objeto de pesquisa deu-se por meio de uma análise
dos recentes acontecimentos no planeta, que geraram desastres naturais e,
portanto, observou-se a necessidade de preveni-los, já que, caso contrário,
a humanidade não seria capaz de prosperar. Além disto, também se
observou que base a multidisciplinar existente na Engenharia Física poderia
ser atribuída para a resolução de tal empecilho e, por consequência,
alcançar o desenvolvimento sustentável.
Com a definição do objeto de estudo, estabeleceu-se a problemática,
sendo está o desacompanhamento da conservação da natureza por
tecnologia, a qual gera danos ao meio ambiente, pelo fato das ações serem
mal planejadas e após a execução não serem observados os impactos
gerados. Também cabe ressaltar a participação do Engenheiro Físico nesta
situação, visto que a ampla base de conhecimento destes profissionais
permite atuar neste setor e corroborar com a conservação do meio
ambiente.
Como resposta ao problema de pesquisa tem-se como solução o
acompanhamento da conservação da natureza por tecnologia, sendo que
deste modo poderá alcançar um estágio no qual o avanço da humanidade
não contribuirá para a extinção das matérias-primas e do planeta como um
todo. Ademais, vale ressaltar, também, a capacidade de unir múltiplas
áreas por parte dos Engenheiros Físicos, como, por exemplo, mesclar
conhecimentos da gestão ambiental com a geotecnologia, programação e
69
análise de dados para planejar obter o melhor resultado possível e otimizar

os resultados.
A metodologia utilizada pautou-se na pesquisa bibliográfica, no qual
desenvolveu-se um banco de dados com artigos científicos Tal lista de
obras foi desenvolvida a partir do Google Acadêmico, Domínio Público,
SciELO, Redalyc e a rede mundial de computadores. Com o refinamento
dos artigos coletados, seguiu-se para a leitura objetiva dos materiais para
que fossem utilizados como base de conhecimento e citações, além de
métodos de paragrafação para registro de pesquisa e argumentação.
Com a metodologia em mente, foi possível partir para os
resultados perante as informações presentes no banco de dados, cuja
somatória propiciou a resolução do problema proposto na pesquisa
indicando que é viável a atuação do profissional de Engenharia Física
em equipe multidisciplinar de gestão ambiental com o intuito de
mitigar, restaurar e monitorar o meio ambiente para que desta forma,
garanta-se um desenvolvimento sustentável, pois deste modo não
faltarão recursos para a evolução e desenvolvimento das gerações
futuras. Isso posto, fica evidente as vantagens da ação dos
Engenheiros Físicos na prevenção de desastres ambientais por meio
das geotecnologias.
A base da discussão sobre a aplicabilidade da Engenharia Física na
prevenção de desastres ambientais e o acompanhamento da conservação
da natureza por tecnologia norteia a atuação do profissional da engenharia
em reestabelecer o equilíbrio entre a humanidade e o meio ambiente, e
estabelecer uma relação de igualdade entre esses dois pontos. Ademais, o
conhecimento multiespectral deste profissional contribui para a
geotecnologia ser a principal forma de monitorar e prevenir os desastres
ambientais e correlacioná-la com análises de dados, estabelecendo o
desenvolvimento sustentável. Dito isso, tem-se que a observação dos
aspectos supraditos indica a aplicabilidade do curso na prevenção de
desastres ambientais e o acompanhamento da conservação da natureza
por tecnologia.
Retomando para o objetivo, tem-se que ele visava apresentar formas
de monitoramento do ecossistema para evitar a progressão desenfreada do
desgaste da natureza. De modo que se atingiu o objetivo ao compreender a
eficácia e amplitude da atuação do profissional de Engenharia Física no
70
processo de planejamento, análise, gestão e pelo seu caráter

multidisciplinar em sua formação, e ao se juntar às tecnologias já existentes
para monitorar, preservar e conservar o meio ambiente.
A problemática da pesquisa tinha seu foco na questão: Como
os Engenheiros Físicos podem contribuir para o monitoramento e
preservação do meio ambiente visando um desenvolvimento
sustentável para as futuras gerações?
A Engenharia Física é definida como aplicação de conhecimentos da
Física na pesquisa e no desenvolvimento de materiais e tecnologias. Deste
modo os Engenheiros Físicos podem contribuir para o monitoramento e
preservação da natureza desenvolvendo novas tecnologias e
programações. Além disso, é capaz de fazer a conexão de setores distintos,
como, por exemplo, aliar a gestão ambiental com linguagens de
programação e geotecnologias.
A resposta se apresenta como a mais adequada, tendo em vista que
os conhecimentos dos Engenheiros Físicos aplicados, junto a
geotecnologia, podem ser utilizados para mapear, monitorar, analisar os
dados obtidos, executando o acompanhamento da conservação da natureza
por tecnologia eficiente na prevenção de desastres ambientais e também na
conservação do meio ambiente. Além de que, quando se comenta de
desenvolvimento sustentável garantir a conservação da natureza é
fundamental, mas também fazer a utilização desses bens e recursos sem
causar a escassez às futuras gerações.
Deste modo, tem-se que o acompanhamento da conservação da
natureza por tecnologia visando evitar desastres naturais é possível através
da aplicação Engenharia Física nesta área, já que ela pode desenvolver
novas tecnologias e programações, além de fazer a conexão de setores
distintos, como, por exemplo, aliar a gestão ambiental com linguagens de
programação e geotecnologias.
9 Referências
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Roberta dos & SCARANELLO, Marcos. Uso das geotecnologias para
gestão ambiental Experiências na Amazônia Meridional. Disponível em:
71
https://www.icv.org.br/drop/wp-content/uploads/2013/08/uso-das-
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RASLAN, Alexandre Lima, TORRES, Thais Gisele, MIRANDA, Ciomara de
Souza, FERNANDES Fabíola Moreira, FILHO, Antonio Conceição
Paranhos, ANACHE Jamil Alexandre Ayach, ESPÍNDOLA, Roni Berto
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de geotecnologias aplicadas à conservação das áreas de vegetação
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http://marte.sid.inpe.br/col/dpi.inpe.br/sbsr%4080/2008/11.17.22.26/doc/
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https://www.revistas.usp.br/rdg/article/view/47288 . Acesso em: 9 maio
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72
UNICAMP. Engenharia Física . Disponível em:

https://www.prg.unicamp.br/engenharia-fisica/ .Acesso em: 9 maio 2021.

v=o01KN9V0ke0
73
Atenuação em Fibras Ópticas: compreensão do fenômeno que diminui

o potencial de propagação do sinal
João Marcos da Cruz Madruga Dutka

joao_dutka@ufms.br
Resumo: Observa-se um aumento na demanda de informação na
última década, dessa forma, as fibras ópticas ganharam uma
notoriedade na área pelo seu potencial de transporte de dados, mas
como uma nova tecnologia ela sofreu com a limitação teórica da
época, porem algumas dessas problemáticas mantiveram persistentes
pelo fato de haver limitação teórica, como exemplo o espelhamento
que ocorre por haver imprecisões nos núcleos dos filamentos de vidro
ou se tiver impurezas nos materiais. O objetivo é compreender o
quanto esta atenuação prejudica na largura de banda e como promove
perda de informação em longas distancias. A metodologia utilizada
para realização do trabalho foi analisar revisões bibliográficas de artigos e publicações
oficiais em bancos de dados. Os resultados obtidos mostram que quando as fibras ópticas
sofre fenômeno de atenuação o formato de sua onda não modificasse, mas sim sua direção
e sentido por conta de sua diferença de índices, dessa maneira formando o espelhamento
de Brillouin que aparece quando a onda tem potencial suficiente, realizar pequenas
vibrações acústicas. As conclusões obtidas nos mostram que em uma sociedade conectado
a necessidade de fibras ópticas eficientes será importante, por conta de a demanda no
transporte e distribuição de informação tende a um crescimento exponencial. Dessa forma,
investir na pesquisa desta área faria com que o desenvolvimento teórico ficasse com
eficácia e rapidez, deste modo fazendo a tecnologia evoluir pelo fato de a análise de dados
ser a base da ciência contemporânea e uma fibra óptica eficiente traria um elevado fluxo
de dados transmitidos.
Palavras-chave: Atenuação em Fibra Ópticas; Espelhamento; Potencial de Propagação do

Sinal; Perda de Sinal.
Sumário: 1 Introdução. 2 Atenuação em Fibras Ópticas. 3 Incompreensão do Fenômeno

que Diminui o Potencial de Propagação do Sinal. 4 Compreensão do Fenômeno que
Diminui o Potencial de Propagação do Sinal. 5 Metodologia. 6 Resultados. 7 Discussão. 8
Conclusões. 9 Referências.
1 Introdução
74
Com os dados sendo um expressivo fator para a comunicação global;

a sua transmissão tornou-se um mecanismo importância ,em virtude disso
houve o desenvolvimento das fibras óptica a qual eliminou déficits que
tinham no antigo sistema ,porem mantiveram determinados problemas em
relação ao seu transporte por conta de limitações teóricas da época
fazendo com que mantivessem presentes partes do fenômeno da
atenuação; embora esta tecnologia já tenha se aperfeiçoado, este
fenômeno estudado interfere de maneira expressiva no potencial de
propagação do sinal do mesmo, dessa forma o desenvolvimento da ciência
torna-se vagaroso e custoso .
A razão que justifica propor entender como também buscar mitigar o
fenômeno da atenuação o qual limita o potencial de propagação do sinal de
propagação do sinal é mantida, pelo fato da demanda na transmissão da
informação, desse jeito o estudo do mesmo tornasse de suma importância
para o desenvolvimento cientifico global.
A proposta se limita na compreensão do fenômeno que diminui o
potencial de propagação do sinal, de modo a identificar os fenômenos
envolvidos nesta dispersão, como também analisar estudos os quais
catalogam problemáticas que as fibras ópticas tem, desta forma realizando
um conglomerado dessas informações, por conseguinte a limitação teórica
que há ficara evidenciada.
A questão do objetivo desta pesquisa é compreender o quanto esta
atenuação prejudica na largura de banda e promove perda de informação
em longas distancias, dessa forma melhorando a estabilidade do sinal de
internet em fibras ópticas.
A problemática enfrentada nesta área do conhecimento se dá por
uma limitação teórica e ainda catalisada pelo um baixo índice de
investimento no mesmo, em virtude disso a pesquisa é voltada para a
seguinte pergunta : Como minimizar do fenômeno que diminui o potencial de
propagação do sinal?
Para responder a problemática da pesquisa, foram feitas três
prováveis respostas que são:
a) como as atenuações que ocorrem nas fibras ópticas não sendo
determinadas pela distância entre os pontos de entrada e saída do sinal,
pois alongando-a esta distancia não prejudica na distribuição do sinal, como
também o potencial óptico se mantem constante no percurso.
75
b) A impureza do material utilizado não influencia na eficiência das

fibras, pois com um alto nível de resíduos na mesma, o índice de refração
total se mantem constante, logo as escalas das atenuações dos efeitos
não-lineares, de absorção e dispersão não são alterados, dessa forma
deixando estável o transporte de dados.
c) As fibras ópticas sofrem o fenômeno da atenuação pelo fato que
no ambiente no qual foram colocadas elas sofrem micro curvaturas, ou seja,
estimulando a perca a potência de seu sinal de maneira exponencial por
mudanças drásticas no índice de refração ou pela troca de foco.
A metodologia aplicada pautou-se na pesquisa bibliográfica, cujo
embasamento se opera nas referências e publicações extraídas dos bancos
de dados oficiais, como o site do Google Acadêmico, Domínio Público,
Revistas científicas, dissertações e monografias relativas à temática.
Para a fundamentação teórica da pesquisa, utilizou-se os seguintes
autores e suas respectivas obras: Dykson Henrique Silva. Efeitos não
lineares em fibras ópticas ; Odarley Fernandes Pereira. Caracterização de
fibras ópticas altamente não lineares ; André Luis da Rocha Abbade e Maria
Regina Campos Caputo. Aplicação do OTDR na Análise de problemas de
atenuação em fibras ópticas: Estudo de Casos ; José Antônio Justino
Ribeiro. Características da propagação em fibras ópticas ; DELTA EU.
Atenuação da fibra óptica ; Paulo C. Dainese jr. Espalhamento Brillouin em
fibras fotônicas ; Felipe Rudge Barbosa. Efeitos não-lineares .
Os principais resultados obtidos, indicam que as fibras óptica sofrem
o fenômeno da atenuação, porem ele não prejudica a sua forma, mas sim
sua direção e sentido por conta de não ocorrer a reflexão total a qual é
necessária na propagação do sinal.
Observa-se que a compreensão do fenômeno de atenuação em
fibras óptica, no qual diminui a potencial do sinal, fazendo uma análise do
mesmo pode-se determinar como mitiga-lo. E para desenvolver e registrar o
conteúdo investigado, estabeleceu nove blocos ou tópicos que são: i)
introdução – de caráter geral, apresentando a visão dos principais pontos a
serem desenvolvidos; ii) a definição do objeto de estudo, que é Atenuação
em Fibras ópticas, cuja temática se envolve numa obscuridade que o
domínio do conhecimento teórico pode lançar luzes ao problema ou
contribuir com parcela da solução do problema; iii) o problema de pesquisa,
estabelecido como pergunta e se limita a incompreensão do fenômeno que
76
diminui o potencial de propagação do sinal. Situação que parece

desconhecida ou ignorada; iv) a solução do problema se volta na
entendimentos do quanto o estudo das fibras ópticas é de suma importância
para o desenvolvimento da ciência contemporânea; iv) no tópico da
metodologia foi descrito as técnicas e procedimentos de levantamento e
coleta dos dados nos banco de dados oficiais; vi) nos resultados
registraram o conteúdo significativo dos dados obtidos nos bancos de
dados; vii) no tópico da discussão desenvolveu, pela técnica de diálogo
com as fontes ou dos resultados, com o objeto de estudo, o problema, a
solução e a metodologia como fazer os encaminhamentos a solução do
problema, o alcance dos objetivos e a preparação para as conclusões; viii)
nas conclusões tem-se a síntese de cada tópico, bem como a resposta ao
problema de pesquisa formulado e sua confirmação; e ix) por fim, o registro
das referências utilizada para a fundamentação da pesquisa.
Com isto, reafirmasse a importância da temática na melhoria na
conexão a Wi-fi como também na contribuindo em estudos científicos, cuja
deixaria com uma maior eficiência setores nos quais não utilizam altos
transportes de dados, deste jeito a mitigação do fenômeno faria com que
interligação entre impressas ficasse mais precisa, como resultado a
sociedade se conectaria em uma rede estável com baixo índice flutuação. O
que indica na contribuição, a própria razão de se ler e conhecer o conteúdo
desenvolvido.
2 Atenuação em Fibras Ópticas

Sendo a atenuação um limitante no transporte de dados,
compreender este fenômeno contribuirá na mitigação desta problemática,
pois diminuirá a flutuação decorrente nas fibras ópticas, dessa forma,
entregando um sinal de banda larga de maneira constante e eficaz, como
também prolongando as distancias de colocação de receptores do sinal o
qual irá diminuir a probabilidade de haver uma atenuação, uma vez que
esses locais são onde há o crescimento dos efeitos de espelhamentos e
absorção.
Para compreender o fenômeno da atenuação, e para isto, André Luiz
da Rocha Abbade e Maria Regina Campos Caputo apresenta uma visão
geral do assunto, em texto que expressa:
77
a dispersão linear de Rayleigh, a dispersão linear de Mie, a dispersão

estimulada de Raman e o espalhamento estimulado de Brillouin.
Em termos quantitativos, o espalhamento de Rayleigh é o mais importante
e resulta em consequência de irregularidades sub microscópicas na
composição e na densidade do material. O resultado dessas
irregularidades é uma flutuação no valor do índice de refração do material
ao longo da fibra óptica.
Como existe o espalhamento do pulso enquanto a luz viaja pelo núcleo,
uma quantidade dessa luz espalhada será refletida de volta à fonte óptica
(luz retro espalhada).
Fonte: André Luis da Rocha Abbade e Maria Regina Campos Caputo. Aplicação do
OTDR na Análise de Problemas de Atenuação em Fibras Ópticas: Estudo de Casos .
Instituto Nacional de Telecomunicações. Disponível em:
http://i9ti.com/wa_files/Aplicacao_do_OTDR.pdf. Acesso em: 14 abr. 2021 .
Tem que o autor apresenta características gerais sobre o assunto

que é o limitante do transporte de dados mundial, dessa forma ele nos
mostra que as principais problemáticas enfrentadas são as impurezas e as
micro irregularidades que há no material utilizado.
Isto infere que esta área de transporte de dados, é limitada por de
não ter o controle da pureza do material utilizado, como também da sua
teórica que diminui a distância das fibras.
Observa que José Antônio Justino Ribeiro, por sua ver preleciona os
paramentos que influencias na atenuação:
Os parâmetros que influem na atenuação global da fibra óptica relacionam-
se à qualidade na sua fabricação, ao comprimento de onda da luz guiada,
ao grau de pureza do material utilizado, à perfeição das emendas e dos
conectores, e assim por diante.
Na curvatura de uma fibra óptica podem ser originados modos de ordens
superiores, que são mais fracamente guiados do que os de ordem mais
baixa. A análise com a óptica geométrica, mostra uma incidência com
ângulo muito próximo do ângulo crítico ou mesmo inferior a ele e a energia
da luz é transferida para a casca.
Por conseguinte, o campo de um modo guiado puro, contido em uma
distância maior do que o valor crítico deveria propagar-se na casca com
uma velocidade superior à velocidade da luz no vácuo. Como isto não é
fisicamente possível, significa que para uma distância radial maior do que o
valor crítico o campo não pode ser constituído somente por modos guiados,
surgindo os modos de irradiação. Portanto, uma parcela da energia óptica
é perdida para o ambiente externo.
Fonte: José Antônio Justino Ribeiro. Características da Propagação em Fibras
Ópticas. Departamento de Telecomunicações. Disponível em:
https://researchgate.net/profile/Jose-Justino-Ribeiro/publication/
228600236_Caracteristicas_da_Propagacao_em_Fibras_Opticas/links/
78
54511e8a0cf24884d886f936/Caracteristicas-da-Propagacao-em-Fibras-Opticas.pdf.
Acesso em: 27 abr. 2021.
A questão da atenuação, o autor visualiza as curvaturas que é o fator

que acarreta as problemáticas das fibras ópticas, pois com as curvaturas o
efeito de espelhamento é visível de maneira precoce pelo fato de mudar o
sentido de propagação, como também ocorre a perda de parte do sinal para
o meio, por conta da mudança do índice de refração total decorrente da
curvatura.
Nota-se que Odarley Fernandes Pereira ao referenciar ao assunto,
traz uma nova visão para a utilização da atenuação:
Nesta secção descreveremos alguns dos fenómenos que ocorrem como
consequência da modificação das propriedades ópticas dos materiais na
presença da luz. Para elevados valores da intensidade do campo
eletromagnético, a resposta dos materiais dielétricos torna-se não linear,
como acontece, por exemplo, com a sílica. Apesar de a sílica não ser
intrinsicamente um material altamente não linear, o confinamento da luz
que ocorre numa fibra óptica de sílica faz com que a concentração da
potência óptica seja muito elevada numa pequena secção transversal. Esta
concentração de potência por sua vez faz com que os efeitos não lineares
se tornem importantes para projetos de sistemas de transmissão óptica.
Fonte: Odarley Fernandes Pereira. Caracterização de Fibras Ópticas Altamente Não
Lineares. Dissertação de Projeto realizada no âmbito do Mestrado Integrado em
Engenharia Eletrotécnica e de Computadores Major Telecomunicações. Disponível
em: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/63288/1/000151475.pdf . Acesso
em: 4 maio 2021.
Com as atenuações sendo um mecanismo no qual diminuía

propagação do sinal, ele pode ser utilizado de maneira a beneficiar
experimentos como por exemplo os que precisam de pequenas incidências
de luz, desse jeito este método contribui de maneira positiva na ciência.
Nota-se que na discussão do assunto atenuação em fibras ópticas, é
notório as restrições na teoria que se tem, desse modo o estudo de
mecanismos que realizem a contenção dos efeitos provenientes da
curvatura e da impureza que há nas fibras ópticas realizaria uma ampliação
frenética nesta área do conhecimento, mas, estes problemas que tem nelas
podem ser utilizados em outras aplicações, logo podendo desenvolver
ramificações em áreas da óptica que estavam estagnadas.
Assim, pode-se afirmar que o fenômeno da atenuação em relação ao
transporte de dados causa um déficit na condução, como também na
distribuição, deste modo compreende-lo e buscar mitiga-lo tornasse algo
79
benéfico a sociedade, pois levaria o desenvolvimento há regiões periféricas

do território, como também disponibilizaria novas experiencias.
Visto concepção do fenômeno da atenuação nas fibras ópticas,
passa a discutir e descrever o problema que é a incompreensão do
fenômeno que diminui o potencial de propagação do sinal, no próximo
tópico.
3 Incompreensão do Fenômeno da Atenuação

A atenuação no qual ocorre em fibras óticas é um fator limitante para
o transporte de dados, desta forma tendo o retro espalhamento sendo o
principal fator para se tenha os fenômenos da atenuação, pois
acontecendo-o ele acaba cominando na mudança de índice de refração e
fazendo com que quando haja uma micro curvatura aumente sua perda
informacional, em virtude disso a incompreensão destes fenômenos faz a
ciência contemporânea ser limitada no transporte de dados.
A indagação ou problema de pesquisa, acima mencionada, tem o
foco em compreender maneiras que minimizam a perda no potencial de
propagação do sinal, no qual acorre quando se tem determinadas
atenuações, como por exemplo micro curvaturas, mudança no índice
refração total e retro espelhamento, desta forma, prejudicando no
transporte do sinal óptico, que por sua vez não deixando a tecnologia com
redução no preço, como também limitando o estuda de dados.
o espalhamento de Rayleigh é o mais importante e resulta em
consequência de irregularidades sub microscópicas na composição e na
densidade do material. Estas alterações podem surgir durante o processo
de fabricação da fibra ou em função de defeitos próprios na estrutura
molecular do vidro. O resultado dessas irregularidades é uma flutuação no
valor do índice de refração do material ao longo da fibra óptica.
Fonte: André Luiz da Rocha Abbade e Maria Regina Campos Caputo. Aplicação do
OTDR na Análise de Problemas de Atenuação em Fibras Ópticas: Estudo de Casos.
http://i9ti.com/wa_files/Aplicacao_do_OTDR.pdf. Acesso em: 14 maio 2021.
O que se infere é que o espelhamento de Rayleigh resulta nos

principais fenômenos de atenuação que ocorre nas fibras ópticas, como por
exemplo a absorção da energia de transporte que acontece pela presença
de impurezas no meio de propagação, a mudança do índice de refração
total e quando há curvaturas se tem escape de potencial óptico, dessa
80
forma, proporcionando uma instabilidade no sinal por conta da flutuação

decorrente das atenuações.
Os fenômenos nos quais diminuem o potencial de propagação do
sinal óptico em suma é a absorção, o retro espelhamento e as curvaturas,
que dissipam o potencial óptico em calor ao meio, em virtude disto se tem a
necessidade ao longo da fibra conexões com função de mitigar estas
problemáticas, porém não resolvendo-as por conta das solda não estabilizar
o material, dessa forma tendo a compreensão do problema, faz com que
amplie a área de pesquisa, proporcionando desta maneira um diminuição
na ocorrência do fenômeno.
Assim, firma-se o entendimento que a problemática da
incompreensão do fenômeno que diminui o potencial de propagação do
sinal, o qual se limita por conta da falta de investimento que há nesta área,
desta forma, a problemática se manterá presente diminuindo o transporte
de sinal óptico na fibra, em virtude disto não deixando a tecnologia ser
comercializada com menor valor e mantendo a flutuação que há nelas.
Da questão problema passa ao tópico de solução que é a
compreensão do fenômeno que diminui o potencial de propagação do sinal,
a seguir.
4 Compreensão do Fenômeno da Atenuação

A compreensão dos fenômenos que ocorrem nas fibras ópticas, faz
com que se amplie o investimento nesta área, pois tendo uma melhoria na
performance delas diminuirá as atenuações que acontecem, desta forma
tendo uma transmissão do sinal óptico de maneira constante sem haver
drásticas flutuações no percurso, como também diminuindo custo de sua
instalação, pelo fato de mitigar a utilização de conectores nos quais fazem
a retransmissão da informação e demandam mecanismos especializados.
Com isto, a questão de analisar métodos nos quais minimizam os
fenômenos da atenuação, de modo a identificar métodos que façam com
que a fibras ópticas tenha a perda de suas impurezas, em virtude disso as
atenuações que ela sofre diminuirá, pois são as impurezas que possibilitam
o pulso de luz sofrer absorção, retro espelhamento e mudança no índice de
refração.
81
Firma-se, deste modo, a questão problema que é: “Como minimizar

‘o fenômeno que diminui o potencial de propagação do sinal?”
A primeira hipótese indica que: “como as atenuações que ocorrem
nas fibras ópticas não sendo determinadas pela distância entre os pontos
de entrada e saída do sinal, pois alongando-a esta distancia não prejudica
na distribuição do sinal, como também o potencial óptico se mantem
constante no percurso.”
A hipótese indica que as atenuações, que ocorrem nas fibras ópticas
não são determinadas pela distância do cabeamento utilizado, porem
distancia de instalação do cabo é o principal fator de ocorrência de
atenuações.
No entanto, esta hipótese é erronia pelo fato de a distância ser o
requisito primordial quando acontece uma atenuação, pois com uma ampla
extensão de cabos os fenômenos da atenuação têm um crescimento
exponencial, por conta disto tem a necessidade de instalar receptores do
sinal óptico, mitigando a probabilidade de perder a informação.
A segunda hipótese expressa que: “A impureza do material utilizado
não influencia na eficiência das fibras, pois com um alto nível de resíduos
na mesma, o índice de refração total se mantem constante, logo as escalas
das atenuações dos efeitos não-lineares, de absorção e dispersão não são
alterados, dessa forma deixando estável o transporte de dados.”
Nesta hipótese se tem a indicação que as impurezas no material não
influenciam no transporte de dados, mas isto não ocorrem, por conta de a
impureza modificar o transporte do sinal óptico, como também estimular a
flutuação dela.
De forma aparente, esta hipótese cometeu um erro quando comentou
que “ A impureza do material utilizado não influencia na eficiência das
fibras”, mas quando há requisitos no material, ela proporciona os efeitos de
absorção, espelhamento e mudança de índices, dessa forma as impurezas
prejudicam na eficiência da fibra, como também limitando o potencial
óptico.
Na terceira hipótese tem-se que: “As fibras ópticas sofrem o
fenômeno da atenuação pelo fato que no ambiente no qual foram colocadas
82
elas sofrem micro curvaturas, ou seja, estimulando a perca do potencial de

seu sinal de maneira exponencial por mudanças drásticas no índice de
refração ou pela troca de foco.”
Esta hipótese nos mostra que as curvaturas que ocorrem na
instalação dela prejudicam na propagação do sinal, desta maneira a
tentativa de mitiga-la faria com que a ocorrência de atenuações diminuísse,
pois haveria a diminuição do potencial óptico e faria a locomoção do sinal
ficar sem interferências.
Assim, a compreensão desses fenômenos facilitaria o transporte de
dados, desta forma podendo transmitir um conglomerado informacional pra
regiões antes não possíveis, desse jeito deixando as áreas das ciências
visíveis para a população, como também fazendo esta tecnologia ficar
acessível comercialmente.
Da Compreensão do Fenômeno da Atenuação, passa a descrever o
passo a passo da metodologia da pesquisa.
5 Metodologia
O trabalho científico de pesquisa exige domínio de linguagem
técnica-científica, ou seja, precisão, clareza e objetividade. Não comporta
uso de sinônimos e termos ou expressões subjetivas ou imprecisas. Como
também, a preocupação com a metodologia, seja na coleta de dados, seja
no desenvolvimento lógico da dinâmica investigativa. O que implica em
saber o conceito de metodologia, bem como o passo a passo realizado na
trajetória e realização da pesquisa.
A pesquisa foi realizada observando os seguintes pontos:
i) Estabeleceu-se uma temática - fibra óptica - na qual representa um
problema em relação as flutuações no sinal óptico que ocorrem atenuações.
ii) a partir da temática, iniciou-se o pensamento de uma proposta, no
qual se contemplasse o objeto de estudo, o todo, e qual seria a solução ao
problema social indicado no primeiro momento. Fixando-se a Proposta =
Atenuação em Fibras Ópticas. Título= compreensão do fenômeno que
diminui o potencial de propagação do sinal, Problema = Incompreensão do
fenômeno que diminui o potencial de propagação do sinal. Solução =
Compreensão do fenômeno que diminui o potencial de propagação do sinal.
83
iii) com a proposta, título, problema e solução, com isto foi

estabelecido uma nova etapa, na qual consistia em viabilizar a proposta,
desta forma se baseando em pesquisas.
iv) a proposta era focada em pesquisas bibliográficas, em virtude
disto a pesquisa busca entender a problemática e desse jeito se baseando
em outras publicações.
v) na pesquisa, foi realizada buscas no Google Acadêmico utilizando
palavras chaves, como por exemplo: fibra ópticas, termodinâmica, índice de
reflexão no silício.
vi) com as bibliografias revisadas, a proposta foi viabilizada, pois
havia material satisfatório a ser embasado.
vii) como o banco de dados estava completo, foi realizado a pratica
de leitura dinâmica, a qual proporcionou a visualização detalhada das
bibliografias.
viii) com o desenvolvimento da pesquisa teve a ampliação do banco
de dados, dessa forma houve a especialização do tema há determinadas
atenuações que ocorre na fibra óptica.
ix) realizado o embasamento teórico, como também analisado as
citações que será utilizada para fundamentar a proposta.
Assim, a metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, focada em
bancos de dados oficiais, o qual ofereceu embasamento teórica para o
tema, dessa forma utilizando o material selecionado foi feito uma revisão
crítica, buscando responder a problemática da pesquisa.
Da metodologia descrita, passa para a indicação dos principais
resultados encontrados durante a pesquisa.
6 Resultados
O tópico dos resultados compreende em apresentar uma análise do
que foi encontrado e apresentar as informações utilizadas do banco de
dados. Dessa forma, a organização dos principais pontos das revisões
bibliográficas será feita na sequência lógica dos tópicos, como por exemplo
o objeto de estudo, a problemática, a solução e a metodologia.
i) Compreensão do fenômeno da atenuação
84
Entender as causas e as consequências do fenômeno da atenuação

nas fibras ópticas, dessa forma podemos analisar a sua problemática.
A atenuação aumenta, exponencialmente, com o aumento do comprimento
da fibra, reduzindo assim o alcance da transmissão. O aumento da
atenuação de 3 dB corresponde à queda na intensidade do sinal propagado
de 50%.
As perdas de potência causadas pela atenuação incluem fenômenos
baseados no material, relacionados com as propriedades físicas do
material do núcleo, e perdas de guia de onda, devidas a estrutura de fibra
óptica. As perdas de materiais incluem todos os tipos de absorção e
dispersão. As perdas de guia de onda são as perdas de energia causadas,
nomeadamente, por micro curvaturas e macro curvaturas, não uniformidade
da distribuição do índice de refração de luz, no limite entre o núcleo e a
casca ou flutuações no diâmetro ou na forma deste limite.
Fonte: DELTA EU. Atenuação da fibra óptica . Disponível em:
shopdelta.eu/atenuacao-da-fibra-optica_l7_aid811.html. Acesso em: 5 jun. 2021.
Como indica, as atenuações ocorrem por fatores internos e externos,

dessa maneira se tem a necessidade de haver receptores nos quais fazem
com que o sinal óptico não perca o seu potencial, porem tendo áreas com
curvaturas este sinal óptico iria ter mudanças drástica no seu índice,
proporcionando desta forma uma troca de calor com o meio.
ii) Incompreensão do fenômeno da atenuação
Ocorrem reflexões internas no núcleo advindas de diversos fenômenos e se
estendem ao longo de toda a fibra. Ocorrem também reflexões no fim da
fibra (interface vidro/ar) e em outras interfaces como, por exemplo,
conectores, emendas mecânicas e também em locais onde a densidade do
material da fibra varia. Se a interface no conector for ideal, isto é, clivada
perpendicularmente ao eixo do núcleo.
Fonte: André Luis da Rocha Abbade e Maria Regina Campos Caputo. Aplicação do
OTDR na Análise de Problemas de Atenuação em Fibras Ópticas: Estudo de Casos.
http://i9ti.com/wa_files/Aplicacao_do_OTDR.pdf. Acesso em: 8 jun. 2021.
Como indica, o estudo de processos os quais mitigam a presença de

atenuações no transporte da informação, faria com que esta tecnologia
ficasse barateada, pois a perda do potencial óptico tenderia reduziria pelo
fato da melhoria na pureza do material, como também por não haver
necessidade de utilizar conectores, emendas nas fibras ópticas.
iii) Metodologia
No tópico da metodologia, a primeira medida adotada foi entender a
sua estruturação, quais eram a sua função na produção do texto cientifico e
85
qual era sua montagem logica, desta maneira podendo realizar uma
metodologia dinâmica.
A metodologia faz com se tenha uma roteirização das partes feitas
no trabalho, desta forma podendo ser repetido os experimentos deixando-o
aperfeiçoado contra erros, em virtude disto tendo uma vasta aplicação em
áreas de estudo distintas, deste modo contribuindo na ampliação da
pesquisa cientifica.
Desta forma, os resultados obtidos no banco de dados, formativo da
pesquisa, cuja base e subsídio permitirá a discussão, e por consequência
responder ao problema de pesquisa.
Assim, com os resultados obtidos na pesquisa bibliográfica, fez com
que se montasse um banco de dados solido, desta forma contribuindo na
compreensão das atenuações que ocorrem nas fibras ópticas, nesse
sentido havendo a mitigação nesta problemática podendo realizar
transporte do sinal óptico de maneira constante sem ter drásticas flutuações
nela.
7 Discussão
O tópico da discussão compreende o momento no qual o
pesquisador se relacionasse com a pesquisa expondo os dados
encontrados e seus resultados, desta forma proporcionando a formulação
do entendimento encontrado na pesquisa, em virtude disto contribuindo o
diálogo, desse jeito tendo uma posição teórica em relação ao assunto por
conta de seu embasamento teórico.
i) Atenuação em Fibras Ópticas
Neste sentido, a questão problema a qual envolve as atenuações que
ocorrem nas fibras ópticas, tem como fator a limitação no transporte do
sinal, desta forma contribuindo para que haja a perda de dados por conta
de haver impurezas no meio de propagação, como também mitigando a
velocidade na qual o sinal é distribuído, em virtude disto disponibilizando
um sinal que foi imerso há flutuações.
O espalhamento linear de Rayleigh é um dos mais importantes, originado
em defeitos sub microscópicos na composição e na densidade do material.
86
Essas alterações podem surgir durante o processo de fabricação da fibra

ou em função de irregularidades próprias na estrutura molecular do vidro.
Fonte: José Antônio Juéstino Ribeiro. Características da Propagação em Fibras
Ópticas . Departamento de Telecomunicações. Disponível em:
https://researchgate.net/profile/Jose-Justino-Ribeiro/publication/
54511e8a0cf24884d886f936/Caracteristicas-da-Propagacao-em-Fibras-Opticas.pdf .
Acesso em: 21 jun. 2021.
ii) Incompreensão do fenômeno da atenuação

Havendo incompreensão dos fenômenos da atenuação que ocorre
nas fibras ópticas, tende a acontecer a absorção e espelhamento no meio
de propagação, pois o sinal é transportado por do índice de reflexão total,
deste modo quando se tem impurezas e curvaturas este índice não é
respeitado.
Está problemática, conduz para a seguinte indagação: Como
minimizar do fenômeno que diminui o potencial de propagação do sinal?
O problema de pesquisa, tem como foco em compreender os
fenômenos não-lineares, como por exemplo o espelhamento de Brollouin,
que acarretam nas atenuações, como também analisar o déficit em que isto
causa no transporte dos dados.
Estas redes têm, em muitos casos, grande ramificação e baixa
sensitividade de modo que é necessário injetar na fibra óptica sinais de alta
potência (tipicamente maiores que 1 mW). Como veremos ao longo desta
tese, potências acima do chamado “limiar de Brillouin”, resultam numa forte
reflexão do sinal óptico, que, portanto, não alcança o destino. Pela mesma
razão, o espalhamento Brillouin também é indesejado em dispositivos
baseados em fibras ópticas que façam necessário a utilização de alta
potência na fibra.
Fonte: Paulo C. Dainese jr. Espalhamento Brillouin em fibras fotônicas . Instituto de
Fisíca. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/277881.
iii) Compreensão do Fenômeno da Atenuação

Com a compreensão dos fenômenos os quais acometem as
atenuações no sinal óptico, faria com que houvesse a mitigação na perda
de potencial óptico, pois isto faria com que o transporte dos dados fosse de
maneira constante sem haver interferências que o meio proporciona, com
por exemplo absorção e retro espelhamento, os quais são os principais
fatores na observação do fenômeno.
A primeira conclusão desta análise é que, o retro espalhamento Brillouin é
permitido por considerações de conservação de momento e energia.
87
Isto implica que o espalhamento Brillouin, ao contrário do Raman é alterado

pelas características do guia de onda. No caso do Raman, características
muito similares entre co e retro espalhamento, ambos são permitidos e em
ambos a frequência é independente de k, e, portanto, independente do
guia.
Fonte: Paulo C. Dainese jr. Espalhamento Brillouin em fibras fotônicas . Instituto de
Fisíca. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/277881.
iv) Metodologia
No trabalho científico, há a necessidade de uma linguagem técnica e
precisa, desta forma não podendo utilizar termos ou expressões com
caráter subjetivo; Diante disto, a construção de um banco de dados solido
faz com se tenha um embasamento em diferentes vertentes de um mesmo
assunto, deste modo contribuindo no desenvolvimento logico e dinâmico da
pesquisa.
Desta forma, pode-se afirmar que a atenuação em fibras ópticas,
causa perdas no sinal de propagação do sinal, em virtude disto a
compreensão desses fenômenos contribuiria para mitigação desse déficit
que ocorre nelas.
Firma-se a atenuação em fibras ópticas, com a compreensão do
fenômeno que diminui o potencial de propagação do sinal. Desta forma
realizar um analise em torno dessa temática contribuiria na mitigação das
atenuações, pois haveria materiais sem impurezas, desse jeito não se
tendo as problemáticas em relações há mudança de índice de reflexão total
e a absorção da energia do meio.
Sendo o problema de pesquisa a pergunta : Como minimizar do
fenômeno que diminui o potencial de propagação do sinal?
A solução da pesquisa é que as atenuações que ocorrem nas fibras
ópticas é um limitante para a propagação do potencial óptico, dessa forma
o meio em que a fibra foi instalada é o principal fator para que ocorra as
atenuações, como por exemplo micro curvaturas, mudança no índice de
refração.
Entender estes fenômenos permitirá compreender, quais são os
meios para mitiga-los, dessa forma tendo redes de instalação de fibras
88
ópticas sem haver a necessidade conectores, pois não terá interferência no

meio de propagação.
O objetivo estabelecido é compreender e realizar uma análise do
motivo pelo qual acorre as atenuações no meio de propagação do sinal
óptico, diante disto se tem as principais causas de atenuação que são
curvaturas, como também impurezas no material, desta forma tendo que
haver desenvolvimento teórico na área.
Compreender os motivos de ocorrências desses fenômenos, farai
com que o investimento na área de pesquisa se especializasse em um
determinado assunto, desta forma contribuído na mitigação da limitação
teórica que ocorre neste setor. E com isso, não havendo as atenuações
como absorção e mudança no índice de refração.
Com estas perspectivas e compreensões das causas e
consequências em relação as atenuações que ocorrem nas fibras ópticas,
pode-se afirmar que isso é o principal limitador para no transporte de
conglomerados informacionais, dessa forma em determinadas distancias a
perda informacional se comporta de maneira exponencial, pois se torna
evidente os efeitos não lineares.
Assim, a discussão sobre as atenuações nas quais ocorrem nas
fibras ópticas, faz com que esta problemática se torne visível, pois as fibras
óptica são a base da ciência contemporânea, pelo fato de todo estudo
necessitar de análise de dados informacionais, diante disto uma fibra óptica
eficiente farai com que pudesse mitigar as imprecisões na pesquisa, por
conta de haver uma solida base de dados.
Da discussão passa para as conclusões da pesquisa.
8 Conclusões
As atenuações que ocorrem nas fibras ópticas tendem a limitar a sua
propagação do sinal, em virtude disto contribuindo na ocorrência de
flutuações no meio de transporte, desta forma disponibilizando um sinal
instável em determinadas distancias, ademais não possibilitando a
realização de análise de dados de forma eficiente.
Um ponto a ser destacado em relação as atenuações é o seu déficit
no investimento em pesquisa, pois com as fibras ópticas sendo um dos
89
principais meios de transporte de dados se tem métodos ineficazes para a

realização de analises criteriosas que busquem mitigar esta problemática
que ocorrem no sinal de propagação delas, desta forma prejudicando a
colaboração entre os pesquisadores.
A problemática da incompreensão do fenômeno que diminui o
potencial de propagação do sinal óptico, está ligada de acordo com as
mudanças que ocorrem nela, desta forma a ampliação desta área do
conhecimento permitiria que a base da ciência contemporânea fortificasse,
pelo fato de ter um conjunto de dados sem haver ruídos por conta da
mitigação das atenuações que ocorrem nelas.
A proposta de solução da atenuação em fibras ópticas, sobretudo,
com uma análise técnica acerca das causas de atenuação, como também
de mecanismos nos quais mitigam o meio de ocorrência de interferências,
dessa forma contribuindo na acessibilidade na distribuição desses dados.
Na análise feita, foi utilizado pesquisas bibliográficas, em função do
banco de dados, dessa forma houve um embasamento solido, o qual
buscava entender os meios que causam a problemática, desse jeito teve a
seleção criteriosa de revisões para responder a problema proposto e sua
solução.
A partir da metodologia utilizada se obtém os resultados, desta forma
viabilizando a seleção feita no banco de dados. Ademais, contribuindo para
que ocorra uma análise criteriosa em relação as ocorrências de atenuações
nas fibras ópticas, desse modo mitigando as suas causas, proporcionando
um sinal estável.
Com o entendimento das causas de atenuações, pode ser aplicado
métodos que modificam os fundamentos que geram as problemáticas no
meio de propagação do sinal, pois com a pesquisa bibliográfica se tornou
possível entrelaçar a temática de pesquisa com as matérias da física
clássica e contemporânea, dessa forma podendo ter meios que produzam
matérias sem impurezas, desse jeito mitigando a principal atenuação que é
a absorção.
Ao estabelecer o objetivo de compreender o fenômeno que diminui o
potencial de propagação do sinal o qual causa interferências no meio de
propagação, dessa forma ocorrendo as atenuações nas fibras ópticas que
prejudicam na largura de banda. Todavia o objetivo de compreender e
90
analisar, se tem mecanismo que possibilitam a construção de fibras ópticas

sem haver flutuações.
O que se questiona como problema foi: Como minimizar o fenômeno
que diminui o potencial de propagação do sinal?
Na sociedade e em seus problemas socias, o transporte de dados
está presente, pois limita determinadas colaborações pelo fato de não
haver redes de fibra óptica eficientes, desta forma a mitigação desses
fenômenos, possibilitaria não haver a ocorrência de determinadas
atenuações que ocorre na rede, desta forma a compreensão deste
fenômeno faria com que houvesse um desenvolvimento de mecanismos que
contribuam para não ter as principais atenuações como por exemplo a
absorção e mudança de índice.
Esta é melhor solução para esta problemática, pelo fato de não só
contribuir no setor informacional, como também favorecer outras áreas do
conhecimento, pois esta análise feita no trabalho envolve conhecimentos de
elementos da física clássica e contemporânea e os princípios da
computação.
9 Referências
ABBADE, André Luis da Rocha; CAPUTO, Maria Regina Campos.
Aplicação do OTDR na análise de problemas de atenuação em fibras
ópticas: estudo de casos . Disponível em: https://docplayer.com.br/4436952-
Aplicacao-do-otdr-na-analise-de-problemas-de-atenuacao-em-fibras-
opticas-estudo-de-casos.html. Acesso em: 29 jun. 2021.
BARBOSA, Felipe Rudge. Efeitos não-lineares . Disponível em:
https://www.dsif.fee.unicamp.br/~rudge/pdf/IE008-b3_Efeit-
NLinear=f217_vF.pdf. Acesso em: 29 jun. 2021.
DAINESE, Paulo C. Espalhamento Brillouin em fibras fotônicas. Disponível
em: http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/277881. Acesso em: 29
jun. 2021.
Delta eu. Atenuação da fibra óptica . Disponível em:
shopdelta.eu/atenuacao-da-fibra-optica_l7_aid811.html. Acesso em: 29 jun.
2021.
91
PEREIRA, Odarley Fernandes. Caracterização de fibras ópticas altamente

não lineares . Disponível em:
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/63288/1/000151475.pdf.
RIBEIRO, José Antônio Justino. Características da propagação em fibras
ópticas . Disponível em: https://researchgate.net/profile/Jose-Justino-
Ribeiro/publication/
54511e8a0cf24884d886f936/Caracteristicas-da-Propagacao-em-Fibras-
Opticas.pdf. Acesso em: 29 jun. 2021.
SILVA, Dykson Henrique. Efeitos não lineares em fibras ópticas . Disponível
em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/41641/41641.PDF. Acesso em: 29
jun. 2021.

v=0Lx3IX89uJs
92
Energia Eólica Aerotransportada: compreensão dos métodos de

geração
Sophia Pimenta Brück Varjão

sophia.bruck@ufms.br
Resumo: Observa-se que a energia eólica aerotransportada,
também conhecida por AWE (Airborne Wind Energy), é uma nova
tecnologia de energia renovável que visa substituir o modelo das
turbinas com hélices movidas pelo vento, que compreende altitudes
superiores e apresenta possibilidade de maior geração, visto que a
demanda por energia aumenta de modo progressivo e evidente nas
sociedades a cada ano. Dessa forma, o aprimoramento da
utilização do recurso prevê a diminuição da mão de obra, do custo
financeiro e a facilitação para encontrar locais ideais para instalar,
o que o tornaria superior em quantidade se comparado aos outros
geradores de energia vigentes, como a turbina convencional, usinas hidrelétricas, e
extração de recursos naturais. A compreensão dos métodos de geração, isto é, o processo
de estudar o novo dispositivo, suas condições, possibilidades e desenvolvimento do
sistema, é imprescindível. O objetivo é apresentar a alterativa recém evidenciada e
entender suas vantagens, problemáticas, capacidade, viabilidade e atual situação no
cenário da pesquisa científica. A metodologia aplicada foi a pesquisa bibliográfica, com
publicações acadêmicas disponíveis em endereços virtuais, pautada em bancos de dados
oficiais. Os resultados obtidos indicam um cenário positivo para a nova forma de produção
sustentável de energia eólica. As conclusões são no sentido de que a Airborne Wind
Energy pretende suprir a gradativa necessidade por produção de energia nas proporções
em que a demanda cresce e ser capaz de substituir fontes conflitantes com o meio
ambiente, que cooperam com a degradação de recursos naturais sem considerar o futuro
com dedicação e cautela.
Palavras-chave: Energia. Aerotransportada. Eólica. Renovável. Airborne.
Sumário: 1 Introdução. 2 Energia Aerotransportada. 3 Incompreensão dos Métodos de

Geração. 4 Compreensão dos Métodos de Geração. 5 Metodologia. 6 Resultados. 7
Discussão. 8 Conclusões. 9 Referências.
1 Introdução
Observa-se na sociedade atual a crescente demanda por energia e,
ao mesmo tempo, uma notável preocupação com a preservação de
93
recursos naturais para as próximas gerações. O desenvolvimento da

energia eólica aerotransportada faz com que esses dois aspectos não se
invalidem durante o processo de geração de energia, sendo uma nova
tecnologia com instalação facilitada, custo inferior às turbinas
convencionais e maior amplitude local para atuação. Nesse sentido, o
entendimento do método seria esclarecedor para explicitar a importância da
AWE.
O entendimento dos métodos de geração de Energia Eólica
Aerotransportada é necessário para tornar as vantagens e possibilidades do
desenvolvimento da tecnologia conhecidos. Dessa forma, o assunto ligado
à questão ambiental e uso de energia é de interesse na sociedade atual.
A proposta se limita em analisar e compreender as condições para
instalação dos geradores, as vantagens em comparação às turbinas eólicas
com hélices movidas pelo vento e aos outros geradores convencionais.
Além disso, busca apresentar os recursos inovadores desenvolvidos e
aperfeiçoados visando a produção de energia limpa e diminuindo custos.
A questão do objetivo definido na pesquisa é compreender os
métodos desenvolvidos para a geração de Energia Eólica Aerotransportada,
visando o entendimento da tecnologia desenvolvida e analisada.
Portanto, com incompreensão do tema e a busca pelo conhecimento,
a pesquisa visa a resolução da pergunta: ‘‘Quais são os métodos utilizados
na geração de Energia Aerotransportada?’’.
Para responder o problema da pesquisa, a priori, elencou-se três
prováveis respostas, sendo elas:
a) Desenvolvimento de turbinas mais altas e com melhor captação do
vento.
b) Estudo meticuloso de locais para instalação, sendo o respectivo
local bastante específico, porém com vantagens que tornem o investimento
compensador.
c) Utilização de dispositivos aéreos que alcançam maiores altitudes
que as turbinas aero geradoras em formato de moinhos e exigem menor
custo para atuação, propiciando um aproveitamento superior dos ventos
com maior força e estabilidade.
94
A metodologia aplicada foi baseada na pesquisa bibliográfica, cujo

embasamento se opera nas referências e publicações extraídas dos bancos
de dados oficiais, como o site do Google Acadêmico, Periódicos Capes,
tese, dissertações relativas à temática.
Como fundação bibliográfica para o estudo, foram utilizados os
seguintes artigos: Airborne Wind Energy Systems: A review of the
Technologies de Antonello Cherubini, Andrea Papini, Rocco Vertechy e
Marco Fontana, Optimization of airborne wind energy generators de
Lorenzo Fagiano, Mario Milanese, e Dario Piga, Airborne Wind Energy
Resource Analysis de Philip Bechtle, Mark Schelbergen, Roland Schmehl,
Udo Zillmann e Simon Watson, Energia Eólica Aerotransportada: Uma
Revisão da Tecnologia de Anny Key de Souza Mendonça e Antonio Cesar
Bornia e On the take-off of airborne wind energy systems based on rigid
wings de L. Fagiano e S.Schnez.
Os principais resultados encontrados, ao decorrer da pesquisa e
análise, foram que os possíveis métodos utilizados para a geração de
Energia Aerotransportada utilizam novos dispositivos aéreos, envolvendo a
facilitação de custo, localidade e aproveitamento do vento.
Observa-se que a compreensão da geração de Energia
Aerotransportada baseia-se no estudo do projeto de desenvolvimento dos
dispositivos de AWE, evidenciando as novas tecnologias aplicadas.
E para desenvolver e registrar o conteúdo investigado, estabeleceu-
se nove blocos ou tópicos, que são: i) introdução – de caráter geral,
apresentando a visão dos principais pontos a serem desenvolvidos; ii) a
definição do objeto de estudo, que é Energia Eólica Aerotransportada:
compreensão dos métodos de geração, cuja temática se encontra a parte
de conhecimento da sociedade; iii) o problema de pesquisa, estabelecido
como pergunta e que fixa ou se limita a incompreensão do tema e a busca
pelo conhecimento, visa a responder quais são os métodos utilizados na
geração de Energia Aerotransportada, suas vantagens e possibilidades; iv)
a solução do problema se volta na compreensão dos métodos de geração
da AWE; análise e estudo dos projetos desenvolvidos, v) no tópico da
metodologia foram descrito o processo do uso dos dados dos banco de
dados oficiais; vi) nos resultados está o relevante contido nos dados obtidos
nos bancos de dados; vii) no tópico da discussão desenvolveu se, pela
técnica de diálogo entre as fontes, os resultados, o objeto de estudo, o
problema e a metodologia, como alcançar a solução do problema,
95
chegando nos objetivos e obtendo caminho para as conclusões; viii) nas

conclusões tem-se a síntese de cada tópico, da mesma forma a resposta ao
problema de pesquisa formulada e sua validação; e ix) as referências
utilizadas como base para a pesquisa.
Com isso, reitera-se a importância do tema na compreensão dos
métodos de geração de Energia Eólica Aerotransportada, onde a questão
da preservação ambiental e a crescente demanda por energia são
presentes e apresentadas de forma positiva com relação a tecnologia em
evidência. Portanto, devido a influência e importância que o tema tem no
cotidiano da sociedade, há a razão de se ler e conhecer o assunto.
2 Energia Eólica Aerotransportada

A respeito dos métodos de geração de Energia Aerotransportada, é
preciso entender suas diferenças e vantagens em comparação as turbinas
convencionais. Isso é, em evidencia, o custo e capacidade de geração.
Para compreender os métodos de geração, faz-se necessário expor a
razão do estudo, assim Antonello Cherubini, Andrea Papini, Rocco Vertechy
e Marco Fontana dizem:
Since the beginning of 2000s, industrial research is investing on offshore
installations. In locations that are far enough from the coast, wind resources
are generally greater than those on land, with the winds being stronger and
more regular, allowing a more constant usage rate and accurate production
planning, and providing more power available for conversions. The foreseen
growth rate of offshore installations is extremely promising.
Fonte: Antonello Cherubini, Andrea Papini, Rocco Vertechy, Marco Fontana.
Airborne Wind Energy Systems: A review of the Technologies . Disponível em:
Airborne Wind Energy Systems: A review of the technologies - ScienceDirect.
Desse o início dos anos 2000, a pesquisa industrial está investindo em

instalações offshore. Em locais distantes o suficiente da costa os recursos
eólicos são geralmente maiores do que aqueles em terra, com os ventos
sendo mais fortes e regulares, permitindo uma taxa de uso mais constante
e planejamento de produção preciso, além de fornecendo mais potência
disponível para conversões. A previsão para a taxa de crescimento das
instalações offshore é extremamente promissora.
96
Como apresentado pelos autores, a indústria busca desenvolver uma

tecnologia capaz de aproveitar um recurso ainda não explorado em seu
completo potencial, o vento, em uma altitude superior ao que é possível ser
aproveitado.
Evidenciam também fatores positivos de precisão, potência, força, e
melhor planejamento. Por fim, enfatizam a valorização que pesquisadores
atribuíram à tecnologia AWE na última década, além de que tende a
aumentar.
No que diz respeito as testagens do método de geração, Lorenzo
Fagiano, Mario Milanese, e Dario Piga afirmam:
An AWE technology, indicated here as Kitenergy, has been extensively
investigated through modeling, computer simulation, and experimental
verification on a prototype. The main conclusion emerging from these
studies is that Kitenergy technology has the potential to achieve energy
generation costs that are lower than those of fossil energy and an amount
of yearly generated energy per unit area of occupied land that is 5–15 times
higher than that of the present wind technology.
Fonte: Lorenzo Fagiano, Mario Milanese, and Dario Piga. Optimization of airborne
wind energy generators . Disponível em: Optimization of airborne wind energy
generators - Fagiano - 2012 - International Journal of Robust and Nonlinear Control
- Wiley Online Library . Acesso em: 11 maio 2021.
Uma tecnologia AWE, indicada aqui como Kitenergy, foi extensivamente

investigado por meio de modelagem, simulação de computador e
verificação experimental em um protótipo. A principal conclusão desses
estudos é que a tecnologia Kitenergy tem potencial para atingir custos de
geração de energia inferiores aos da energia fóssil e uma quantidade de
energia gerada anualmente por unidade de área de terra ocupada que é 5-
15 vezes maior do que a atual tecnologia eólica.
Fonte: Lorenzo Fagiano, Mario Milanese, and Dario Piga. Optimization of airborne
wind energy generators. Disponível em: Optimization of airborne wind energy
generators - Fagiano - 2012 - International Journal of Robust and Nonlinear Control
- Wiley Online Library . Acesso em: 11 maio 2021.
Por meio de testes e previsões teóricas, empresas e pesquisadores

concluem, segundo os autores, que a geração de Energia Aerotransportada
tem custos inferiores inclusive aos métodos de utilização de energia fóssil.
Vantagem considerada importante diante de um dos métodos presentes na
atualidade e influência significativa no meio ambiente.
Além disso, expõem o dado de que, por ano, a geração é 5-15 vezes
maior por área do que as turbinas eólicas convencionais têm capacidade de
97
produção. Dessa forma, evidenciando maior rendimento e menor custo em

diferentes fatores.
Sobre o decrescimento do custo e o desenvolvimento dos
dispositivos, Philip Bechtle, Mark Schelbergen, Roland Schmehl, Udo
Zillmann e Simon Watson discorrem:
Airborne wind energy (AWE) systems use tethered flying devices to access
higher altitudes where wind is generally stronger and more persistent. The
combination of cost savings due to lower material consumption and the
ability to continuously adjust the harvesting height to the wind conditions
bears the potential to substantially decrease the cost of energy and to
access an energy resource that has not been used so far. A majority of the
currently pursued development projects aims at ground-based conversion
employing crosswind operation in a pumping cycle.
Fonte: Philip Bechtle, Mark Schelbergen, Roland Schmehl, Udo Zillmann, Simon
Watson. Airborne Wind Energy Resource Analysis . Disponível em: (PDF) Airborne
Wind Energy Resource Analysis (researchgate.net). Acesso em: 11 maio 2021.
Os sistemas de energia eólica aerotransportada (AWE) usam dispositivos

voadores amarrados para acessar altitudes mais elevadas onde o vento é
geralmente mais forte e persistente. A combinação de economia de custo
devido ao menor consumo de material e a capacidade de ajustar
continuamente a colheita altura às condições do vento tem o potencial de
diminuir substancialmente o custo de energia e para acessar um recurso de
energia que não foi usado até agora. A maioria dos projetos de
desenvolvimento atualmente perseguidos visa a conversão baseada em
solo empregando operação de vento cruzado em um ciclo de
bombeamento.
Watson. Airborne Wind Energy Resource Analysis . Disponível em: (PDF) Airborne
Wind Energy Resource Analysis (researchgate.net). Acesso em: 11 maio 2021.
Reforçando a economia de investimentos, os autores descreveram o

processo de ação dos dispositivos. Eles são amarrados e alcançam a
altitude desejada, situação que propicia o aproveitamento de ventes fortes
e constantes, e, por consequência, maior rendimento.
Ademais, a tecnologia conta com a capacidade de se ajustar
conforme às condições em que está tendo como identificar a melhor forma
de atuação e de modo automático, se ajustar.
Observa-se na discussão da temática de geração de Energia
Aerotransportada, a relevância do entendimento e incentivo para
desenvolvimento dos dispositivos aéreos de AWE, pois, compreender que
existe uma nova possibilidade de geração de energia, sendo ela
considerada limpa, e vantajosa nos fatores custo de investimento e
98
rendimento anual é relevante para uma sociedade engajada na questão

ambiental e que segue a tendência de aumento no consumo de energia.
O estudo expõe a técnica visando mostrar as vantagens de substituir
a atual utilização de modelos de geração limitada pelo alcance de área, que
é o caso das turbinas com hélices movidas pelo vento, por exemplo. Como
afirmado por Antonello Cherubini, Andrea Papini, Rocco Vertechy e Marco
Fontana, as empresas e indústrias almejam essa tecnologia e já estão há
mais de uma década investindo e constantemente patenteando suas
pesquisasse descobertas na área.
Assim, pode-se afirmar que a compreensão dos métodos de Geração
de Energia Aerotransportada é importante, de forma que além de propiciar
o entendimento da tecnologia em si, seja um incentivo para mais e maiores
pesquisas na área do AWE. Visando ser uma possibilidade de substituir
energias não limpas, que requer menos investimento financeiro e,
comprovadamente, possui um rendimento superior aos geradores
convencionais que são efetivos na atualidade.
Visto a relevância da aplicação da tecnologia AWE, passa-se a
discutir o problema que é a incompreensão dos métodos de geração de
Energia Aerotransportada no próximo tópico.
3 Incompreensão dos Métodos de Geração

Existe a tendência por parte da população mundial aumentar, de
forma progressiva, o consumo de energia, ao mesmo tempo que
acompanha o movimento de sustentabilidade. No entanto, não é de
conhecimento geral o entendimento a respeito da tecnologia AWE e seus
métodos de geração, que atendem aos requisitos mencionados.
Este problema conduz para a seguinte indagação, tendo em vista o
desconhecimento sobre o assunto e com a finalidade de ter mais
conhecimento sobre tal: ‘‘Quais são os métodos utilizados na geração de
Energia Aerotransportada?’’
A pergunta ou problema da pesquisa, acima mencionada, tem o foco
em questionar quais são as possibilidades e métodos utilizados para a
geração de energia Aerotransportada, e pode-se afirmar que existem
vantagens, com relação aos métodos convencionais, em diferentes fatores.
99
A energia na sociedade é explicada em face da constante expansão da

economia mundial e do crescimento populacional. A energia é uma das
entradas fundamentais para o desenvolvimento econômico de um país e o
bem-estar humano. As fontes de energia evoluíram ao longo do tempo, e
para atender a grande demanda, fontes fósseis são amplamente utilizadas.
A energia através da força da água, do vento, da energia do sol, do carvão,
petróleo, gás natural entre outros são utilizadas atualmente para geração
de energia elétrica (IEA, 2015). Recentemente um grande esforço vem se
fazendo para reduzir o uso de combustíveis fósseis como carvão, petróleo
e gás natural, como forma de evitar o aumento do aquecimento global e
seu impacto nas mudanças climáticas (IPCC, 2014; IEA, 2015). Por esta
razão, a geração de energia através de fontes alternativas vem ganhando
cada vez mais espaço no mundo inteiro, ocupando progressivamente uma
fatia maior na matriz energética. Entre elas está a energia eólica, cujo
potencial global estimado excede a produção mundial de energia elétrica
do ano de 2012 (IPCC, 2012). Segundo Archer e Jacobson (2005); Archer e
Caldeira (2009), a energia eólica global tem potencial para atender a
demanda de energia do mundo, e estudos indicam que, em camadas mais
elevadas da atmosfera, quase todas as localidades no mundo apresentam
potencial energético significativo. O Brasil, que possui uma matriz
energética que conta com a participação de 70% de fontes renováveis,
sendo 62% atribuída à fonte hidrelétrica, vem passando por uma escassez
de energia devido à falta de água nas usinas hidrelétricas (ANEEL, 2018).
Alterações climáticas importantes têm causado diminuição no nível de água
dos reservatórios das usinas hidrelétricas e, em situações extremas,
termelétricas são acionadas para suprir a demanda de eletricidade. Para
não perder sua posição de destaque no cenário mundial, em relação ao uso
de fontes renováveis, políticas de incentivo tem ocasionado um rápido
aumento da indústria de energia eólica. A energia eólica no Brasil está se
expandindo rapidamente, nos últimos 8 anos, e é a fonte de energia que
mais cresce nas participações dos leilões de energia, contribuindo com
cerca de 8,04% de toda a capacidade de energia elétrica do país. Hoje o
Brasil possui 521 parques eólicos instalados com 12.798 MW de potência
outorgada, 116 parques eólicos em construção com 2.611 MW de potência
e outros 91 parques eólicos com 1.977 MW de potência cujas construções
ainda não iniciaram (ANEEL, 2018). No entanto, as localidades com ventos
adequados na altura das torres para a instalação de novos parques eólicos
num cenário mundial, são limitadas. Para contornar essa limitação, torres
eólicas cada vez mais altas têm sido construídas (IEA, 2013), conseguindo
assim, explorar ventos mais fortes e frequentes nas camadas mais altas da
atmosfera. Infelizmente, estudos apontam que esse aumento das torres
deve torná-las economicamente inviáveis, devido ao alto custo de material,
transporte e montagem que essas grandes torres e suas hélices acarretam
(FAGIANO, 2009). Nesse contexto, a tecnologia inovadora de exploração
de energia renovável denominada Airborne Wind Energy tem sido
estudada.
100
Fonte: Anny Key de Souza Mendonça, Antonio Cesar Bornia. Energia Eólica
Aerotransportada: Uma Revisão da Tecnologia . Disponível em:
https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2020.v6.n1.105-121. Acesso em 11 maio
2021.
Desse modo, foram evidenciadas as razões para buscar conhecer,

entender, e despertar o interesse no assunto em questão, de forma que
seja resolvida a problemática de falta de compreensão dos métodos de
geração de Energia Aerotransportada.
A tecnologia AWE possui a problemática de não de conhecimento
público, e levando em consideração o impacto positivo que ela é capaz de
gerar na sociedade, se torna essencial o estudo do assunto e que seja
despertado o interesse da população. A compreensão dos métodos de
geração é capaz de evidenciar a importância do recurso, demonstrando o
maior rendimento com menor custo do que é investido em outros recursos
energéticos na atualidade.
Assim, firma-se a necessidade da compreensão dos métodos
utilizados na geração de Energia Aerotransportada. Para que, dessa forma,
a tecnologia seja conhecida e mais visada em pesquisas.
Da questão problema, passa ao tópico de solução, que é a
compreensão dos métodos de geração de Energia Aerotransportada, a
seguir.
4 Compreensão dos Métodos de Geração de Energia Aerotransportada

Com os atuais recursos tecnológicos e tendo em vista a
problemática, o entendimento se permite encontrar a respectiva solução.
Compreensão esta que explicita o modo de desenvolvimento e pesquisa
dos dispositivos aéreos utilizados. Além disso, o recurso natural, o vento,
que é aproveitado de forma otimizada nas altitudes elevadas.
Com isto, a questão da compreensão dos métodos possíveis para
geração de Energia Aerotransportada, com o objetivo de tornar conhecida a
nova tecnologia, considerando pesquisas desenvolvidas e patenteadas nas
últimas décadas, e por consequência, gerar maior interesse na área de
estudo.
Firma-se, desse modo, a questão problema, que é: Quais são os
métodos utilizados na geração de Energia Aerotransportada?
101

A primeira hipótese indica que: “o desenvolvimento de turbinas altas
e com melhor captação do vento é a solução.”
A hipótese indica que a solução para melhor captação de ventos, os
fortes e constantes, que se situam em altitudes mais elevadas, seja a
construção de turbinas com altura elevada, complementando e aprimorando
as turbinas eólicas com hélices (o modelo convencional). Para que dessa
forma a geração seja produtiva.
No entanto, a ideia de aprimorar as turbinas convencionais é uma
possibilidade muito restritiva, pois, já compreendem um porte de tamanho
elevado, o que faz com a estrutura demande custo também já elevado e
que seria ampliado dentro da hipótese em questão, razão por qual é
refutada.
A segunda hipótese indica: “um estudo meticuloso de locais para
instalação, sendo o respectivo local bastante específico, porém com
vantagens que tornem o investimento compensador”.
A hipótese indica uma problemática, sendo ela um fator limitante na
implementação da atuação dos novos dispositivos de capitação de ventos,
mesmo que o projeto em sua totalidade seja favorável, expressa um fator
negativo.
Todavia, o uso dos dispositivos aéreos permite a abrangência de
opções de instalação, não ocupando o solo da mesma forma que as
turbinas convencionais e não requisitando tanto fatores com relação à área
terrestre, pois alcança e utiliza altitudes mais elevadas e ainda não
exploradas. O que leva a refutação da hipótese como provável resposta
adequada a atender o problema proposto.
Na terceira hipótese tem-se que: “a utilização de dispositivos aéreos
que alcançam maiores altitudes que as turbinas aero geradoras em formato
de moinhos e exigem menor custo para atuação, propiciando um
aproveitamento superior dos ventos com maior força e estabilidade”.
A hipótese sinaliza que, com os recursos tecnológicos e de estudo de
pesquisas, a utilização de dispositivos aéreos AWE é capaz de alcançar
maiores altitudes por custos reduzidos em comparação as turbinas aero
102
geradoras em formato de moinhos. Hipótese que se apresenta como

adequada ao problema de pesquisa.
O problema da pesquisa questiona qual seria os métodos de geração
e suas respectivas possibilidades, os levantamentos na hipótese estão de
acordo. Em texto de Anny Key Souza Mendonça e Antonio Cezar Bornia é
estabelecido que:
A ideia da tecnologia de energia eólica com aerofólios cabeados é gerar
energia elétrica explorando ventos em altitudes elevadas com estruturas
simples, leves e com baixo custo, de forma a ser competitiva com a
tecnologia convencional baseada em torres suportando turbinas de eixo
horizontal. De acordo com Fagiano et al. (2010a), nas torres eólicas
convencional, 20% da superfície na ponta da hélice contribui com 80% da
potência elétrica gerada. Isso ocorre porque a velocidade tangencial da
ponta da hélice é maior e consequentemente a velocidade efetiva do vento
é maior na parte externa da hélice. Esta é uma informação importante,
dado que a energia extraída cresce com o cubo da velocidade efetiva do
vento. Portanto, a torre e a estrutura interna das hélices não contribuem
significativamente para a geração de energia, servindo basicamente para
manter a ponta da hélice suspensa no ar e girando com velocidade. Para
superar as principais dificuldades que surgem com o aumento de tamanho
e massa de uma torre eólica convencional, o paradigma da energia eólica
com dispositivos cabeados se propõe a eliminar os elementos estruturais
que não estão diretamente envolvidos na geração de energia (ZANON et
al., 2014). Desta forma, para entender o conceito de energia eólica com
aerofólios cabeados, pode-se imaginar remover toda a estrutura volumosa
de uma torre de um aerogerador eólico convencional mantendo apenas a
extremidade das hélices, a qual se deslocaria no ar como se fosse um
aerofólio cabeado que voa rapidamente na presença do vento (FAGIANO et
al., 2010a). A ideia é substituir as torres das turbinas eólicas por cabos, e
as hélices por aerofólios cabeados como uma pipa ou uma asa de avião.
Pode-se ainda substituir as hélices por um balão, cujo papel é sustentar um
gerador embarcado. O aerofólio é conectado ao solo por um ou mais cabos
cujo papel é transferir a energia para o solo, seja mecânica, quando o
gerador está no solo, ou elétrica, quando o gerador está embarcado. Os
aerofólios conseguem extrair energia do vento em altitudes elevadas onde
o vento é mais forte e mais frequente, e isto é inacessível para as turbinas
eólicas convencionais.
Fonte: Anny Key de Souza Mendonça, Antonio Cesar Bornia . Energia Eólica
2021.
Dessa forma, como explicitado pelos autores, a hipótese

corresponde à uma resolução correta da problemática estudada.
103
Assim, a geração de Energia Aerotransportada, por meio da

continuidade de pesquisas e investimentos, é possível ser implementada de
forma que exija menos custo e proporcione maior rendimento com
dispositivos aéreos cabeados. Dispositivos esses com aerofólios que
transferem a energia para o solo ou mesmo com o gerador já embarcado.
Para a compreensão dos métodos de geração de Energia
Aerotransportada, passa a descrever o passo a passo da metodologia de
pesquisa.
5 Metodologia
O trabalho científico de pesquisa exige domínio de linguagem
técnica-científica, ou seja, precisão, clareza e objetividade. Além disso, a
preocupação com a metodologia, o banco de dados e o processo
desenvolvimento lógico da dinâmica da pesquisa. O que implica em saber o
conceito de metodologia.
Dessa forma, por metodologia, entende-se:
A disciplina Metodologia Científica é eminentemente prática e deve-se
estimular os alunos para que busquem respostas às suas dúvidas. Se nos
referimos a um curso superior, estamos naturalmente nos referindo a uma
Academia de Ciência e, como tal, as respostas aos problemas de aquisição
de conhecimento precisam ser buscadas através do rigor científico e
apresentadas através das normas acadêmicas vigentes.
Dito isto, fica claro que metodologia científica não é um simples conteúdo a
ser decorado pelos alunos, a ser verificado em um dia de prova. É preciso
fornecer aos alunos os instrumentos para que sejam capazes de atingir os
objetivos da Academia, que são o estudo e a pesquisa em qualquer área de
estudo. Trata-se então de se aprender fazendo, como sugerem os
conceitos mais modernos da Pedagogia. Este conhecimento fundamenta
práticas e direciona atitudes profissionais mais concisas, buscando ensaios
e acertos, não ensaios e erros.
Procuramos seguir rigorosamente as normas definidas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT para elaboração de trabalhos
científicos.
Qualquer Faculdade nada mais é do que o local próprio da busca
incessante do saber científico. Neste sentido, esta disciplina tem uma
importância fundamental na formação do profissional. Se os alunos
procuram a Academia para buscar saber, precisamos entender que
Metodologia Científica nada mais é do que a disciplina que “estuda os
caminhos do saber”, sendo que “ método ” quer dizer caminho, “ logia ” quer
dizer estudo, e “ ciência ” quer dizer saber. Mas aprender a pesquisar pode
ser prazeroso e, cá entre nós, não é tão difícil assim.
Fonte: Fabiana da Silva Kauark; Fernanda Castro Manhães; Carlos Henrique
Medeiros. Metodologia da pesquisa: guia prático . Itabuna: Via Litterarum, 2010.
104
Disponível em: https://www.unirv.edu.br/conteudos/fckfiles/files/NDC214%20%20-

%20M%C3%89TODOS%20E%20T%C3%89CNICAS%20DE%20PESQUISA.pdf.
As autoras enfatizam a busca por responder as dúvidas e problemas

da vida profissional e acadêmica, a procura pela resolução por meio do
caminho do saber, sendo ele o método e o estudo, ferramentas essenciais
para alcançar a compreensão de determinada problemática em sua
totalidade.
A pesquisa foi realizada observando os seguintes pontos:
i) Estabeleceu-se uma temática – energia- na qual se apresenta o
problema de grande demanda da sociedade, ao mesmo tempo em que
questões ambientalistas estão tendo visibilidade.
ii) A partir da temática, iniciou-se o pensamento de uma
proposta completa, que contemplasse o objeto de estudo. Fixando-se a
Proposta = Energia Eólica Aerotransportada: compreensão dos métodos de
geração. Título [objeto de estudo] = Energia Eólica Aerotransportada.
Problema = incompreensão dos métodos de geração. Solução =
compreensão dos métodos de geração. Com estas definições, estabeleceu-
se as palavras-chave para a pesquisa no banco de dados;
iii) Com a proposta, título, problema e solução, analisou-se a
viabilidade da proposta, através da coleta de dados, pois é necessário o
material de referência para subsidiar a pesquisa;
iv) A proposta se pautava a estrutura de parágrafo e pesquisa
bibliográfica para encontrar a solução da problemática, a partir de outras
pesquisas publicadas;
v) Na pesquisa bibliográfica foi utilizada a rede mundial de
computador, em razão da pandemia e isolamento social, propiciando os
seguintes passos: definição de palavras-chave, formação do banco de
dados, sendo eles, o Google Acadêmico, SciELO e o Portal Periódico
Capes, e depois, a leitura e estudo do conteúdo;
vi) Com o banco de dados formado por TCC, artigos e livros, e
a consciência de que a pesquisa seria viável diante da suficiência do
material coletado, procedeu a leitura objetiva para reconhecer e selecionar
o material;
vii) Após estudo e análise do material, passou-se para a fase
de redação do texto, com a técnica de parágrafo, seguindo a sequência do
título, subtítulo, resumo, sumário e demais partes.
105
Assim, a metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, na

qual pautou-se nos bancos de dados oficiais a busca sobre o tema,
observando os conteúdos encontrados de forma crítica e reflexiva.
Da metodologia descrita passa para a indicação dos principais
resultados encontrados durante a pesquisa.
6 Resultados
O tópico dos resultados compreende o que foi selecionado no banco
de dados, indicando os dados relevantes e complementares, até então não
expostos, mas que são suporte da pesquisa.
Lorenna Machado, em texto, “ Como escrever os resultados e
discussão do seu trabalho acadêmico ”, traz uma visão sobre como escrever
a seção ou tópico resultado, que passa a transcrever abaixo:
Seção de Resultados
Os principais resultados da sua pesquisa são descritos aqui, incluindo as
análises estatísticas e se os achados são significativos ou não. Os
resultados são descritos no passado, pois, você estará descrevendo o que
já foi feito.
Uma apresentação organizada facilita o entendimento da sua linha de
raciocínio pelo leitor. Portanto, a maneira como você organiza a descrição
dos seus resultados precisa ser coerente. Você pode seguir a mesma
ordem descrita na seção de metodologia ou uma ordem de relevância, da
resposta mais para menos importante em relação às suas perguntas de
pesquisa ou hipóteses. Seguir a ordem apresentada na seção de
metodologia é muitas vezes mais fácil, pois, assim você garante que cada
método descrito possui resultados relevantes a serem apresentados. Caso
você opte por excluir os resultados de algum experimento, remova também
toda a descrição relacionada ao experimento da metodologia.
Algumas pesquisas geram muitos dados e nesses casos você precisa focar
somente naqueles mais relevantes. Caso você não tenha certeza quais
dados são os mais relevantes para sua pesquisa, releia seus objetivos e
perguntas iniciais para decidir quais precisam ser descritos com mais
detalhes. Independente dos resultados serem favoráveis ou
estatisticamente significantes, se seus achados forem relevantes para sua
pesquisa, eles deverão ser inclusos no trabalho. Os resultados observados
muitas vezes não são os esperados, mas se você conduziu seus
experimentos com qualidade, esses resultados podem gerar dados
importantes para sua área de pesquisa.
A inclusão de tabelas e figuras são importantes para ilustrar seus
resultados, auxiliando a visualização da informação descrita no texto pelo
leitor. Elas devem ser enumeradas consecutivamente, na mesma ordem em
que são mencionadas no texto. Capriche na produção destes itens
106
considerando a clareza e a facilidade visualizar as informações importantes

do seu trabalho.
A maioria dos leitores, principalmente de artigos científicos, apenas
examinam as tabelas e figuras sem ler o texto. Portanto, certifique-se de
que cada item tenha um título claro e descritivo o suficiente para ser
entendidas sem o auxílio do texto. Além disso, o texto deve complementar
as figuras e tabelas e não repetir e mesma informação. Descreva as
similaridades, diferenças, correlações e tendências implícitas nos
resultados. Compare os dados sem repetir os valores já reportados. Inclua
as informações sobre os testes estatísticos realizados, como os valores de
p ou intervalos de confiança e limites.
Fonte: Lorenna Machado. Como escrever os resultados e discussão do seu trabalho
acadêmico . Disponível em: http://proficienciaconsultoria.com.br/como-escrever-os-
resultados-e-discussao-do-seu-trabalho-academico/. Acesso em: 24 maio 2021.
A autora expõe e enfatiza os seguintes tópicos: indicação dos

resultados obtidos através do banco de dados (pois se trata de uma
pesquisa bibliográfica), estabelecimento de uma organização para a
apresentação dos dados pautada na linha de raciocínio e de modo coerente
e espaço para realce das similaridades, diferenças, correlações, tendências
e contrariedades.
I) Métodos de Geração da Energia Aerotransportada
Para compreensão dos métodos de geração de Energia Aerotransportada, é
necessário conhecer os dispositivos aéreos. O que pode ser encontrado no
artigo de Anny Key Souza Mendonça e Antonio Cezar Bornia:
Com intenção de gerar energia limpa e a um baixo custo de geração,
instituições de pesquisas e empresas envolvidas em P&D com a tecnologia
AWE vêm investigando várias alternativas. Em geral, as diferentes
soluções encontradas podem ser classificadas de várias formas, por
exemplo, pelo tipo do aerofólio, número de cabos de força e de comando
do aerofólio e a localização do gerador (no aerofólio ou no solo). Pode-se
também classificar as diferentes soluções através de como as
componentes ‘força de sustentação’ e ‘força de arrasto’, provocadas pelo
vento aparente no aerofólio, são exploradas na geração de energia. A
figura ilustra algumas soluções baseadas no Modo de Sustentação (lift
mode) e no Modo de Arrasto (drag mode) Figura – Possíveis configuração
do sistema AWE.
107
Aerotransportada: Uma Revisão da Tecnologia. Disponível em:
2021.
Como indicado, os dispositivos vêm sendo desenvolvidos com baixo

custo e gerando uma energia limpa, que não se esgota em sua utilização e
tende a ser explorada.
No quesito modo sustentação e modo de arrasto, os autores
continuam:
Na configuração em modo de sustentação, um aerofólio é preso através de
um cabo de comprimento variável a um sistema eletromecânico no solo
(fixo ou móvel) responsável por gerar energia elétrica. Para maximizar a
tração no cabo, e consequentemente a potência extraída do vento, o
aerofólio é controlado para executar manobras num plano
aproximadamente perpendicular à direção do vento, o que caracteriza as
chamadas manobras de vento cruzado. A força de tração no cabo depende
da velocidade do vento e da velocidade com que o aerofólio cruza o fluxo
de vento. Várias estruturas usando aerofólios cabeados têm sido propostas
na literatura, algumas delas discutidas por (AHMED et al., 2012;
CHERUBINI et al., 2015). No modo de sustentação, entre as diversas
formas de estrutura mecânica, associadas às diferentes formas de
conversão da força do cabo em torque no eixo do gerador, pode-se
mencionar três abordagens principais: a configuração Pumping Kite , a
configuração om Múltiplos-Aerofólios e a configuração em Carrossel. 4.1.1.
Configuração Pumping Kite. A configuração mais estudada na geração de
energia através de aerofólios cabeados é a configuração Pumping Kite.
Nessa configuração o aerofólio é conectado ao solo através de um cabo de
comprimento variável, enrolado num tambor, cujo eixo é conectado ao
gerador. Com o afastamento do aerofólio pelo vento o cabo é desenrolado,
provocando o giro do tambor e do gerador, gerando assim energia. Além
disso, de modo a evitar o acúmulo de torção no cabo, uma trajetória do tipo
"oito deitado"(∞) é utilizada. Note que, uma trajetória circular também
poderia ser utilizada, se for usada um destorcedor de cabo. O aerofólio
percorre essa trajetória com velocidade muito maior que a do vento, o que
permite aumentar de forma marcante a eficiência no aproveitamento da
108
energia dos ventos. Ao se atingir o comprimento máximo do cabo a

geração de energia é interrompida, reconfigura-se o aerofólio para reduzir
ao máximo a tração no cabo e o aerofólio é recolhido gastando-se uma
pequena parte da energia gerada. Assim que o aerofólio é trazido ao ponto
de partida (comprimento inicial do cabo), o aerofólio é novamente
reconfigurado para aumentar a tração no cabo e a fase de geração é
reiniciada. A energia produzida na fase de geração menos a energia gasta
na fase de recolhimento é a energia que efetivamente o sistema Pumping
Kite consegue fornece. Este ciclo de tração e recolhimento do aerofólio é
conhecido como operação pumping kite. A Figura 03 apresenta um sistema
operando no modo de sustentação na configuração pumping kite.
Figura 03 – Princípio de funcionamento do sistema pumping kite.

Fonte: (AHRENS et al., 2014a), p 404
A configuração em modo de arrasto consiste em um aerofólio cabeado com
um ou mais geradores embarcados, ligado ao solo por um cabo especial
que, além de manter o aerofólio em trajetória desejada, possui cabos
elétricos embutidos responsáveis pela transmissão da energia gerada para
o solo, como apresentada na Figura 07
109
Figura 07 - Sistemas AWE com geradores embarcados. Fonte: Adaptado de

(Cherubini et al., 2015), p 1470.
O aerofólio é mantido suspenso no ar pela força de sustentação enquanto a
energia é gerada pela força de arrasto, como no caso das turbinas eólicas
convencionais, onde o aerogerador é mantido suspenso pelo uso de uma
torre e a geração de energia ocorre pela força de empuxo na turbina. Os
aerofólios usados na exploração do modo de arrasto para gerar energia
podem ser uma asa, que em geral são rígidas para poder sustentar o
gerador embarcado. As unidades de geração apresentadas na Figura 07
mostram diferentes soluções. No item A, o aerofólio consiste em uma asa
rígida com quatro turbinas, protótipo da empresa Makani Power Inc,
enquanto no item B, duas asas rígidas e turbinas são utilizadas, projeto da
Joby Energy , Inc. No item C, um balão inflado com hélio é utilizado para
manter o gerador suspenso numa certa altura com turbina eólica no centro,
projetada pela Altaeros Energies Inc. Já no item D, um sistema similar a um
quadrotor é utilizado num modo de operação diferente dos anteriores
conhecido como modo de empuxo do rotor.
https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2020.v6.n1.105-121. Acesso em: 11 maio
2021.
Os autores explicam o funcionamento da tecnologia AWE, além

de exporem o funcionamento dos equipamentos mostraram também suas
possibilidades e aplicações. Demonstrando o avanço das pesquisas e a
busca pelo uso dos novos dispositivos. As imagens ilustram os respectivos
dispositivos.
II) Incompreensão dos métodos de geração
110
As qualidades atribuídas à geração de Energia Aerotransportada

são expostas com excelência quando colocadas no âmbito de comparação
com as turbinas convencionais. Philip Bechtle, Mark Schelbergen, Roland
Schmehl, Udo Zillmann e Simon Watson afirmam:
Previous resource assessments have shown that the wind energy available
in the atmosphere could theoretically power the world [1]. The precise
extend of this energy potential is however still a subject of scientific debate.
Uncertain is, for example, what effect a large-scale energy extraction would
have on the overall resource and how the vertical energy exchange
between the wind layers would influence an extraction on this scale. Miller
et al. [2] estimate a maximum of 18 to 68 TW that can be extracted over
land. Jacobson and Archer [3] include also coastal ocean regions outside
Antarctica and revise the saturation wind power potential to 80 TW. Adams
and Keith [4] use a mesoscale model and predict that the energy potential
is significantly lower, at 20 TW, a result that is roughly confirmed by Miller
et al. [5]. On the other hand, Emeis [6] estimates the total extractable wind
power potential to be about 61 TW. Dupont et al. [7] review these estimates
and conclude that the global wind energy potential is substantially lower
than previously established when both physical limits and a high cut-off
value for the energy returned on energy invested (EROI > 10) is applied.
Most of these studies account only for an energy extraction close to the
surface, using conventional wind turbines. Airborne wind energy (AWE)
systems use tethered flying devices to access higher altitudes where wind
is generally stronger and more persistent. The combination of cost savings
due to lower material consumption and the ability to continuously adjust the
harvesting height to the wind conditions bears the potential to substantially
decrease the cost of energy and to access an energy resource that has not
been used so far [8]. The two different AWE conversion concepts are
illustrated in Figure 1 next to a conventional horizontal axis wind turbine
(HAWT). A majority of the currently pursued development projects aims at
ground-based conversion employing crosswind operation in a pumping
cycle [9, 10, 11]. Technological challenges are the reliability and robustness
of the flying systems [12, 13], reducing the land surface use [14] and the
regulatory framework [15, 16]. Because they harvest energy at heights
beyond the reach of conventional tower-based windturbines, AWE systems
are exposed to different regions of the atmospheric boundary layer. The
evolution of these regions along a day is illustrated schematically in Figure
2. The boundary layer flow is driven by the geostrophic wind at 1000 – 1500
m altitude, which is in turn driven by horizontal pressure gradients and the
Coriolis force. The boundary layer consists of three different regions: a very
turbulent mixed layer, which transitions into a less turbulent residual layer,
and a growing nocturnal boundary layer, which is only sporadically turbulent
[17]. The mixed layer can be further subdivided into cloud and subcloud
layers. While wind turbines operate predominantly in the surface layer up to
100 – 200 m, which is also denoted as Prandtl layer, AWE systems operate
predominantly in the Ekman layer, in which the flow adjusts from the
111
surface layer to the geostrophic wind A first global assessment of wind

power at high altitudes has been performed by Archer and Caldeira [18].
The study, based on 28 years of NCEP/DOE reanalysis data, resulted in a
global high-altitude wind atlas [19] and was one of the scientific drivers for
the exploration of airborne wind energy. As part of the study, the optimal
harvesting height has been determined, the effect of intermittency has been
investigated as well as global climate effects of large-scale energy
extraction from higher atmospheric layers. Miller et al. [2] estimate the
maximum sustainable extraction from jet streams of the global atmosphere
to be about 7.5 TW and according to Miller et al. [20] jet stream wind power
does not have the potential to become a significant source of renewable
energy. Using a climate model, Marvel et al. [21] found that ground-based
wind turbines could extract at least 400 TW, whereas high-altitude wind
power could extract more than 1800 TW. They further state that uniformly
distributed wind turbines generating the entire global primary power
demand of 18 TW are unlikely to substantially affect the climate. Archer et
al. [22] explore the global wind power potential by accounting for the
specific operational characteristics of AWE systems. Although they allow a
variable harvesting height, they also conclude that the optimal locations are
where temporally consistent and high wind speeds occur at lowest possible
altitudes, to minimize the drag losses of the tether.
Watson. Airborne Wind Energy Resource Analysis . Disponível em: 1808.07718
(arxiv.org). Acesso em: 11 maio 2021.
Avaliações de recursos anteriores mostraram que a energia eólica

disponível na atmosfera poderia, teoricamente, fornecer energia ao mundo.
A extensão precisa deste potencial de energia é, no entanto, ainda um
assunto de debate científico. Incerto é, por exemplo, o efeito que uma
energia em grande escala extração teria sobre o recurso geral e como a
troca vertical de energia entre as camadas de vento influenciariam uma
extração nesta escala. Miller estima um máximo de 18 a 68 TW que podem
ser extraídos por terra. Jacobson e Archer incluem também o oceano
costeiro, regiões fora da Antártica e revisaram o potencial de saturação da
energia eólica para 80 TW. Adams e Keith usam um modelo de mesoescala
e prevêm que o potencial de energia é significativamente menor, em 20
TW, resultado que é aproximadamente confirmado por Miller. Por outro
lado, Emeis estima o potencial total de energia eólica extraível em cerca de
61 TW. Dupont revisa essas estimativas e conclui que o potencial global de
energia eólica é substancialmente menor do que previamente estabelecido
quando ambos os limites físicos e um alto valor de corte para a energia
devolvida na energia investida é aplicada. A maioria desses estudos
contabiliza apenas uma extração de energia próxima à superfície, usando
turbinas eólicas convencionais. Os sistemas de energia eólica
aerotransportada (AWE) usam dispositivos voadores amarrados para
acessar altitudes mais elevadas onde o vento é geralmente mais forte e
persistente. A combinação de custo economia devido ao menor consumo
112
de material e a capacidade de ajustar continuamente a colheita altura às

condições do vento tem o potencial de diminuir substancialmente o custo
de energia e para acessar um recurso de energia que não foi usado até
agora. As duas conversões AWE são diferentes conceitos que estão
ilustrados na Figura 1 ao lado de uma turbina eólica de eixo horizontal
convencional (HAWT). A maioria dos projetos de desenvolvimento
atualmente persegue e visa a conversão baseada em solo empregando
operação de vento cruzado em um ciclo de bombeamento. Os desafios
tecnológicos são a confiabilidade e a robustez dos sistemas voadores,
reduzindo o uso da superfície terrestre e o quadro regulamentar. Como
eles coletam energia em alturas além do alcance das turbinas eólicas
convencionais baseadas em torres, os sistemas AWE são expostos a
diferentes regiões da camada limite atmosférica. A evolução dessas
regiões ao longo de um dia é ilustrada esquematicamente na Figura 2. O
fluxo da camada limite é impulsionado pelo vento geostrófico a 1000 - 1500
m de altitude, que por sua vez é impulsionado por gradientes de pressão
horizontais e a força de Coriolis. A camada limite consiste em três regiões
diferentes: uma camada mista muito turbulenta, que faz a transição para
um resíduo menos turbulento e uma crescente camada limite noturna, que
é apenas esporadicamente turbulenta. A camada mista pode ainda ser
subdividida em camadas de nuvem e sub-nuvem. Enquanto turbinas eólicas
operam predominantemente na camada superficial de até 100 - 200 m, que
também é denominado Prandtl camada, os sistemas AWE operam
predominantemente na camada Ekman, na qual o fluxo se ajusta a partir de
a camada superficial ao vento geostrófico. Uma primeira avaliação global
da energia eólica em grandes altitudes foi realizada por Archer e Caldeira.
O estudo, baseado em 28 anos de dados de reanálise do NCEP / DOE,
resultou em uma análise global atlas de vento de alta altitude e foi um dos
condutores científicos para a exploração de aeronaves aerotransportadas
energia eólica. Como parte do estudo, a altura ideal de colheita foi
determinada, o efeito de intermitência foi investigado, bem como os efeitos
climáticos globais da energia em grande escala extração de camadas
atmosféricas superiores. Miller estima o máximo de sustentabilidade na
extração de jatos da atmosfera global a ser cerca de 7,5 TW e de acordo
com Miller a energia eólica da corrente de jato não tem potencial para se
tornar uma fonte significativa de energia renovável. Usando um modelo
climático, Marvel descobriu que o vento baseado no solo turbinas poderiam
extrair pelo menos 400 TW, enquanto a energia eólica de alta altitude
poderia extrair mais de 1800 TW. Eles afirmam ainda que as turbinas
eólicas uniformemente distribuídas, gerando toda a demanda de energia
primária global de 18 TW, provavelmente não afetará substancialmente o
clima. Arqueiro explora o potencial global de energia eólica, levando em
consideração o funcionamento específico características dos sistemas
AWE. Embora permitam uma altura de colheita variável, eles também
concluem que os locais ideais são onde ocorrem velocidades de vento
temporalmente consistentes e altas nas altitudes mais baixas possíveis,
para minimizar as perdas por arrasto da corda.
113
Watson. Airborne Wind Energy Resource Analysis. Disponível em: 1808.07718
Figure 1: AWE systems replace the tips of a conventional wind turbine (left)
by tethered flying devices. Electricity is generated either continuously
onboard and transmitted to the ground by a conducting tether (center), or
on the ground, with the tether transmitting the alternating mechanical power
of a pumping cycle (right).
Figura 1: Os sistemas AWE substituem as pontas de uma turbina eólica
convencional (à esquerda) por dispositivos voadores amarrados.
Eletricidade é gerado continuamente a bordo e transmitido para o solo por
uma corda condutora (centro), ou no solo, com a corda transmitindo a
energia mecânica alternada de um ciclo de bombeamento (direita).
Figure 2: Temporal evolution of different regions of the atmospheric

boundary layer in high pressure regions overland (adapted from Stull [17]).
Figura 2: Evolução temporal de diferentes regiões da camada limite
atmosférica em regiões de alta pressão sobre a terra (adaptado de Stull
[17]).
Watson. Airborne Wind Energy Resource Analysis . Disponível em: 1808.07718
Os autores comparam os novos dispositivos aéreos com as turbinas

convencionais e explicitam suas vantagens, sendo elas: o baixo custo, a
capacidade de alcançar altitudes elevadas que aproveitam ventos fortes,
constantes e persistentes e a capacidade de ajuste em função do próprio
vento que está sendo aproveitado. A figura 1 exemplifica de forma
ilustrativa os conceitos de dispositivos AWE nas conversões. A figura 2, de
forma ilustrativa também, demonstra a força dos ventos de acordo com a
114
altitude atmosférica, fator relevante no estudo pois a nova tecnologia

consegue aproveitar as altitudes elevadas.
III) Compreensão dos métodos de geração
Com a compreensão dos métodos de geração com o uso dos
dispositivos AWE, o conceito é complementado pelo texto de Antonello
Cherubini, Andrea Papini, Rocco Vertechy e Marco Fontana:
In Ground-Generator Airborne Wind Energy Systems (GGAWES) electrical
energy is produced exploiting aerodynamic forces that are transmitted from
the aircraft to the ground through ropes. As previously anticipated, GG-
AWESs can be distinguished in devices with fixed or moving-ground-station.
Fixed-ground-station GG-AWES (or Pumping Kite Generators) are among
the most exhaustively studied by private companies and academic research
laboratories. Energy conversion is achieved with a two-phase cycle
composed by a generation phase, in which electrical energy is produced,
and a recovery phase, in which a smaller amount of energy is consumed
(Fig. 2). In these systems, the ropes, which are subjected to traction forces,
are wound on winches that, in turn, are connected to motor-generators
axes. During the generation phase, the aircraft is driven in a way to produce
a lift force and consequently a traction (unwinding) force on the ropes that
induce the rotation of the electrical generators. For the generation phase,
the most used mode of flight is the crosswind flight (Fig. 2a) with circular or
the so-called eightshaped paths. As compared to a non-crosswind flight
(with the aircraft in a static angular position in the sky), this mode induces a
stronger apparent wind on the aircraft that increases the pulling force acting
on the rope. In the recovery phase (Fig. 2b) motors rewind the ropes
bringing the aircraft back to its original position from the ground. In order to
have a positive balance, the net energy produced in the generation phase
has to be larger than the energy spent in the recovery phase. This is
guaranteed by a control system that adjusts the aerodynamic
characteristics of the aircraft [12] and/or controls its flight path [13] in a way
to maximize the energy produced in the generation phase and to minimize
the energy consumed in the recovery phase. There are different concepts of
moving-ground-station GG-AWESs (Fig. 3). Differently from the pumping
generator, for moving-ground-station systems, the rope winding and
unwinding is not producing/consuming significant power but is eventually
used only to control the aircraft trajectory. The generation takes place
thanks to the traction force of ropes that induces the rotation (or linear
motion) of a generator that exploits the ground station movement rather
than the rope winding mechanism. Basically, there are two kinds of moving-
ground-station GGAWES: ‘Vertical axis generator’ (Fig. 3a) where ground
stations are fixed on the periphery of the rotor of a large electric generator
with vertical axis. In this case, the aircraft forces make the ground stations
rotate together with the rotor, which in turn transmits torque to the
generator. ‘Rail generators’ (closed loop rail (Fig. 3b) or open loop rail (Fig.
3c) where ground stations are integrated on rail vehicles and electric
115
energy is generated from vehicle motion. In these systems, energy

generation looks like a reverse operation of na electric train. The different
concepts that were prototyped are listed in Fig. 4; examples of aircraft of
GG systems that are currently under development are presented in Fig. 5.
They exploit aerodynamic lift forces generated by the wind on their
surfaces/wings. The aircraft is connected to the ground by at least one
powerrope that is responsible for transmitting the lift force (and the
harvested power) to the ground station. The flight trajectory can be
controlled by means of on-board actuators (Fig. 4a), or with a control pod
(Fig. 4b), or by regulating the tension of the same power-ropes (Fig. 4c), or
with thinner control-ropes (Fig. 4d).
Airborne Wind Energy Systems: A review of the Technologies. Disponível em:
Em Ground-Generator Airborne Wind Energy Systems (GGAWES), a

energia elétrica é produzida explorando a aerodinâmica das forças que são
transmitidas da aeronave para o solo por meio de cordas. Como
antecipado, GG-AWESs podem ser distinguidos em dispositivos com
estação terrestre fixa ou móvel. Estação de terra fixa GG-AWES (ou
geradores de pipa de bombeamento) estão entre os mais exaustivamente
estudados por empresas privadas e laboratórios de pesquisa acadêmica. A
conversão de energia é alcançada com um ciclo bifásico composto por uma
fase de geração, na qual energia elétrica é produzida, e uma fase de
recuperação, na qual uma menor quantidade de energia é consumida (Fig.
2). Nestes sistemas, as cordas, que são submetidas a forças de tração, são
enroladas em guinchos que, por sua vez, são conectados aos eixos motor-
geradores. Durante a fase de geração, a aeronave é conduzida de forma a
produzem uma força de elevação e, consequentemente, uma força de
tração (desenrolamento) nas cordas que induzem a rotação dos geradores
elétricos. Para a fase de geração, o modo de voo mais utilizado é o vôo
com vento cruzado (Fig. 2a) com caminhos circulares ou os chamados
caminhos em forma de oito. Em comparação com um voo sem vento
cruzado (com a aeronave em uma posição angular estática no céu), este
modo induz um vento aparente mais forte na aeronave que aumenta a
tração força atuando na corda. Na fase de recuperação (Fig. 2b) motores
rebobine as cordas trazendo a aeronave de volta à sua posição original a
partir do solo. Para ter um saldo positivo, a rede a energia produzida na
fase de geração deve ser maior do que a energia gasta na fase de
recuperação. Isso é garantido por um controle sistema que ajusta as
características aerodinâmicas da aeronave e / ou controla sua trajetória de
vôo de forma a maximizar a energia produzida na fase de geração e para
minimizar a energia consumida na fase de recuperação. Existem diferentes
conceitos de estações terrestres móveis GG-AWESs (Fig. 3).
Diferentemente do gerador de bombeamento, para sistemas de estação
móvel, o enrolamento e desenrolamento da corda não está
produzindo/consumindo energia significativa, mas está eventualmente
116
usado apenas para controlar a trajetória da aeronave. A geração leva lugar

graças à força de tração das cordas que induz a rotação (ou movimento
linear) de um gerador que explora a estação terrestre movimento em vez
do mecanismo de enrolamento da corda. Basicamente, existem dois tipos
de GGAWES de estação terrestre móvel: ‘Gerador de eixo vertical’ (Fig.
3a), onde as estações terrestres são fixadas na periferia do rotor de um
grande gerador elétrico com eixo vertical. Neste caso, as forças da
aeronave fazem as estações terrestres giram junto com o rotor, que por sua
vez transmite torque ao gerador. ‘Geradores de trilhos’ (trilho de malha
fechada (Fig. 3b) ou trilho de malha aberta (Fig. 3c) onde as estações
terrestres são integradas aos veículos ferroviários e a energia elétrica é
gerada a partir do movimento do veículo. Nesses sistemas, a geração de
energia parece uma operação reversa de um trem elétrico. Os diferentes
conceitos prototipados estão listados na Fig. 4; exemplos de aeronaves de
sistemas GG que estão atualmente sob desenvolvimento são apresentados
na Fig. 5. Eles exploram a elevação aerodinâmica forças geradas pelo
vento em suas superfícies/asas. A aeronave é conectada ao solo por pelo
menos um powerrope que é responsável por transmitir a força de
sustentação (e o energia colhida) para a estação terrestre. A trajetória de
vôo pode ser controlada por meio de atuadores integrados (Fig. 4a), ou
com uma cápsula de controle (Fig. 4b), ou regulando a tensão do mesmo
cabo de força (Fig. 4c), ou com cabos de controle mais finos (Fig. 4d).
Airborne Wind Energy Systems: A review of the Technologies . Acesso em: 11 maio
2021.
Fig. 2. Scheme of the two-phase discontinuous energy production for GG

AWESs. (a) The energy generation phase occurs during the unwinding of
the ropes as the aircraft performs a crosswind flight. (b) The recovery
phase is performed in order to minimize the energy consumed for the
recovery.
Fig. 2. Esquema da produção descontínua de energia bifásica para GG
AWESs. (a) A fase de geração de energia ocorre durante o desenrolamento
das cordas à medida que a aeronave realiza um vôo com vento cruzado.
(b) A fase de recuperação é realizada de forma a minimizar o consumo de
energia para a recuperação.
117
Fig. 3. Scheme of three different concepts of moving-ground-station GG-

AWES. (a) Vertical axis generator: ground stations are fixed on the
periphery of the rotor of a vertical axis generator. (b) Closed loop rail:
ground stations are fixed on trolleys that move along a closed loop rail. (c)
Open loop rail: ground stations are fixed on trolleys that move along a open
loop rail.
Fig. 3. Esquema de três diferentes conceitos de estação móvel-terrestre
GG-AWES. (a) Gerador de eixo vertical: estações terrestres são fixadas na
periferia do rotor de um gerador de eixo vertical. (b) Trilho de circuito
fechado: as estações terrestres são fixadas em troles que se movem ao
longo de um trilho de circuito fechado. (c) Trilho de malha aberta: as
estações terrestres são fixadas em carrinhos que se movem ao longo de
um trilho de malha aberta.
118
Fig. 4. Control layout of crosswind GG-AWESs. (a) With on-board control

actuators; (b) with flying control pod; (c) control through power ropes; (d)
with additional control rope.
Fig. 4. Layout de controle de vento cruzado GG-AWESs. (a) Com atuadores
de controle de bordo; (b) com cápsula de controle de vôo; (c) controle por
cabos de força; (d) com adicional corda de controle.
Fig. 5. Different types of aircraft in Ground-Gen systems. (a) LEI SLE

(Leading Edge Inflatable, Supported Leading Edge) Kite; (b) LEI C-kite; (c)
Foil Kite, design from Skysails; (d) Glider, design from Ampyx Power; (e)
Swept rigid wing, design from Enerkite; (f) Semi-rigid wing, design from
Kitegen.
Fig. 5. Diferentes tipos de aeronaves em sistemas Ground-Gen. (a) Kite LEI
SLE (Leading Edge Inflable, Supported Leading Edge); (b) LEI C-kite; (c)
Foil Kite, desenho da Skysails; (d) Planador, projeto da Ampyx Power; (e)
Asa rígida varrida, design de Enerkite; (f) Asa semi-rígida, design de
Kitegen.
Os autores expõem e especificam os dispositivos AWE e seus

métodos de geração de energia, os classificam de acordo com a forma que
119
atuam e explicam como foram desenvolvidos, cada um com suas

particularidades. As figuras, de forma ilustrativa, apresentam os dispositivos
e como atuam.
IV) Metodologia
No tópico de metodologia, a primeira preocupação foi a compreensão
do conceito de metodologia, sua explicação confere como “a disciplina que
“estuda os caminhos do saber”, sendo que “ método ” quer dizer caminho,
“logia” quer dizer estudo, e “ ciência ” quer dizer saber”, de Fabiana da Silva
Kauark; Fernanda Castro Manhães; Carlos Henrique Medeiros na obra
Metodologia da pesquisa: guia prático .
Os artigos “A review of the Technologies”, “Energia Eólica
Aerotransportada: Uma Revisão da Tecnologia” apresentam uma visão
esclarecedora a respeito da tecnologia em estudo, apresentando
informações gerais e específicas sobre os dispositivos.
“Airborne Wind Energy Resource Analysis” e “Optimization of
airborne wind energy generators” se fizeram material também essencial
para a elaboração do texto, a partir deles forma expostos dados sobre o
funcionamento de variados dispositivos, suas possibilidades, status de
desenvolvimento na atualidade e particularidades.
Dessa forma, os resultados obtidos no banco de dados, formativo da
pesquisa, permitirá a discussão, e por consequência responder ao
problema da pesquisa.
Assim, os resultados obtidos na pesquisa bibliográfica permitiram a
formação de um banco de dados cuja somatória propiciou a resolução do
problema proposto na pesquisa, indicando os métodos de geração de
Energia Eólica Aerotransporta. Com o estudo e análise dos materiais
selecionados, se fez possível chegar ao entendimento a respeito da
tecnologia, objetivo já estabelecido.
7 Discussão
O tópico da discussão é momento em que o pesquisador interage
com a pesquisa, dados, resultados e formula o entendimento encontrado na
120
pesquisa, evidenciando o material encontrado e assim formando um diálogo

firmando um posicionamento teórico, argumentativo e crítico.
Desse modo, tem se a discussão como:
A discussão é a parte do artigo que se depara com o desafio de manter o
equilíbrio entre erudição e concisão. É importante apresentar ao leitor as
implicações dos resultados obtidos, e, ao mesmo tempo, não desviar
significativamente dos achados objetivos. Em outras palavras, algum nível
de especulação sobre o potencial dos achados é esperado, sem, no
entanto, permitir que as asas da imaginação conduzam o texto para o
etéreo domínio do devaneio, sem fundamento em dados obtidos no estudo
em discussão. Tendo em mente as dificuldades acima expostas, serão
feitas algumas sugestões orientadoras sobre como escrever uma
discussão.
Inicialmente, seria oportuno logo no começo do texto colocar, de maneira
objetiva e sucinta, um resumo dos resultados. Por exemplo, "Os dados
obtidos no presente estudo demonstram que o tratamento X mostrou ser
positivo para o tratamento da doença Y. Os efeitos positivos observados
foram consistentes e se mantiveram inalterados frente a diferentes
procedimentos de controle, tais como X, Y e Z.". Logo após essa pequena
revisão da seção de resultados, é importante apontar as potenciais
implicações do estudo, como "o conjunto de achados indicam que, nas
circunstâncias e limitações definidas no presente estudo, o tratamento X
tem o potencial de beneficiar os pacientes portadores da doença Y, sem
apresentar alguns dos efeitos adversos (ou menor custo, ou em menor
tempo, etc.) dos tratamentos convencionais".
Em seguida, seria oportuno comparar os resultados obtidos com a literatura
e expor, ao mesmo tempo, os estudos concordantes e discordantes. Caso
existam estudos que divirjam dos resultados obtidos, seria oportuna a
apresentação das possíveis razões da divergência, tais como, diferentes
protocolos, regimes de tratamento, métodos de avaliação, entre outros.
Não é justo nem mesmo eticamente justificável ignorar deliberadamente os
estudos divergentes. Não se deve deixar de tornar evidente ao leitor em
que medida os resultados do estudo contribuem para o tema. Em outras
palavras, os autores estão em uma posição privilegiada para dizer o que há
de novo no estudo e não devem se furtar a apontá-los.
Após comparar os resultados obtidos em relação aos já existentes, seria
interessante fornecer as bases biológicas que conferem plausibilidade aos
dados obtidos. Nesse ponto, é importante incluir as medidas feitas no
próprio estudo, realizadas com o intuito de determinar as bases
mecanísticas dos efeitos observados e, também, referenciar a literatura
existente que comprovam os mecanismos apontados como responsáveis
pelos efeitos observados. Essa parte da discussão poderia soar como "os
efeitos observados são compatíveis com um aumento da condutância do
canal de sódio, mediada pelo aumento da expressão da proteína Z. As
medidas de expressão gênica do gene que controla a expressão da
proteína Z (Figura XX) corroboram esta hipótese. Em estudo realizado em
121
roedores, Fulano et al. (referência) demonstraram efeitos similares". Essa

parte da discussão - a explicação dos mecanismos responsáveis pelos
efeitos observados - é uma das mais suscetíveis a declarações
hiperbólicas, ou seja, argumentos que, embora plausíveis, não encontram
suporte nos resultados obtidos. Portanto, caro leitor, cuidado nessa parte!
É também importante na discussão expressar de maneira clara as
limitações do estudo. Por exemplo, não se pode furtar da discussão os
pontos fracos do estudo, tais como tamanho da amostra, falta de medidas
complementares que ajudariam a comprovar as hipóteses testadas,
inconsistências com estudos anteriores, e outros pontos que mereçam
comentários. Um reconhecimento objetivo dos pontos fracos não prejudica
a aceitação do estudo e, pelo contrário, demonstra o conhecimento que o
grupo executante tem do assunto e sua seriedade. Portanto, nada de tentar
ignorar as fragilidades. Os revisores do estudo são, via de regra,
especialistas no tema e irão apontar as deficiências do trabalho sob seu
julgamento.
Finalmente, uma maneira elegante de finalizar a discussão é apresentar de
modo resumido as conclusões que se possibilita fazer em face dos
resultados obtidos, como "Em resumo, os resultados obtidos suportam o
conceito de que o tratamento X tem efeitos positivos sobre a doença Y,
indicando ser esta abordagem uma alternativa adicional para o manejo dos
pacientes. Caso sejam confirmados, o tratamento empregado neste estudo
abre novas perspectivas terapêuticas para o controle de uma condição de
extrema importância em termos de saúde pública".
Fonte: Paulo Saldiva. Discussão . Editorial • Rev. Assoc. Med. Bras. 58 (5) • Out
2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ramb/a/fqq56kGQhrj6vLSJKjbBKgq/?
lang=pt. Acesso em: 1 jun. 2021.
Com as recomendações do autor acima, conclui-se que na discussão

a exposição e o diálogo com os resultados são indispensáveis, como
também um resgate de como o objeto de estudo foi formulado e
compreendido em sua totalidade, sendo o problema formulado de modo
específico e detalhado. Com ênfase na solução e ressaltando a escolha
metodológica.
Além disso, o autor recomenda indicar os pontos fracos que
precisam de aprofundamento. Firmando-se também, que na discussão tem-
se a maturidade literal da pesquisa, a visão crítica de cada tópico para a
preparação para as conclusões.
Com estas orientações, passa a recuperar os pontos abaixo:
I) Métodos de Geração da Energia Aerotransportada
A demanda por energia é crescente na sociedade, e, ao mesmo
tempo, há a questão ambientalista que vem sendo valorizada nas últimas
122
décadas. No entanto, esses dois fatores se chocam e atuam com a

tendência de se contrariar. A Energia Eólica Aerotransportada é um método
de geração de energia que é uma energia limpa e, em comparação com os
métodos convencionais, possui custo reduzido, atendendo as duas
demandas vigentes citadas.
Destaca-se as possibilidades da tecnologia AWE, podendo ser
separadas pela quantidade de aerofólios, segundo os cabos (em
quantidade e força) e onde é instalado, seja no solo ou no dispositivo
aéreo. Dentre as principais classificações, ressalta-se a força de arrasto e a
força de sustentação para a geração de energia.
No modo de sustentação, o aerofólio é conectado por cabos ao
gerador, que se encontra no solo, podendo este ser móvel ou fixo. Dessa
forma, o dispositivo é capaz de efetuar manobras no vento, podendo
também variar de velocidade. Em modo de arrasto, por sua vez, o gerador
se encontra no próprio dispositivo aéreo ligados com cabos que transmitem
a energia gerada ao solo, contando com asas rígidas para sustentar todo
equipamento no ar.
II) Incompreensão dos métodos de geração
Todavia, a incompreensão dos métodos de geração e das vantagens
da AWE em relação as turbinas convencionais é uma problemática,
considerando-se todos os seus benefícios para a sociedade como um todo.
A questão problema posta em investigação é saber “Quais os
métodos utilizados na geração de Energia Aerotransportada?”.
Percebe-se que a problemática em evidência necessita de resolução
e essa necessidade pode ser suprida através de análise entre as turbinas
convencionais e as novas tecnologias aplicadas nos dispositivos aéreos.
A mesma questão, em evidência está sendo, com constância,
pesquisada de forma demasiada nas últimas décadas e, por consequência,
vêm surgindo uma série de patentes.
III) Compreensão dos métodos de geração
Por sua vez, por meio da pesquisa e entendimento dos dados,
conclui-se que os métodos de geração são explorados e aplicados através
da implementação dos dispositivos aéreos AWE.
123
Essa seria a resolução da problemática, que conta com os

dispositivos apresentando diversas possibilidades de atuação, seja sobre
seus componentes, locais de instalação e adaptação aos ambientes.
IV) Metodologia
Como metodologia a escolha foi a pesquisa bibliográfica e crítica
reflexiva, que com o problema em aberto, permitiu que se chegasse ao
conhecimento ao expor alternativas de forma a fundamentar a pesquisa de
maneira confiável.
A opção, por formar um banco de dados e utilizar a técnica
construtiva de parágrafo, assegurou uma organização visando o objetivo e
resolução da problemática.
Os resultados da pesquisa, reunidos no banco de dados, permitiram
uma visão sobre o funcionamento dos dispositivos. Os estudos “A review of
the Technologies” e “Energia Eólica Aerotransportada: Uma Revisão da
Tecnologia”, apresentaram a tecnologia com informações gerais e
detalhistas também.
Além disso, o artigo “Airbone Wind Energy Resource Analysis”
contribui de forma significativa mostrando como acontece a ação e a
variedade das formas de geração e suas particularidades.
O que leva a uma reflexão, à primeira vista, sobre a incompreensão
dos métodos de geração de energia eólica aerotransportada, porém, com o
estudo, o conhecimento é exposto com clareza. Assim, por consequência, a
compreensão dos métodos, do funcionamento, das opções desenvolvidas
até então e dos modelos são conhecidos e analisados. Isso em decorrência
da escolha metodológica que garantiu uma visão teórica preliminar a
questão investigada.
Dessa forma, pode se afirmar que, a compreensão dos métodos de
geração, em especial da atuação dos dispositivos aéreos, possa ser
esclarecida e explicada.
Firma-se o entendimento dos métodos de geração de energia eólica
aerotransportada, contando com o esclarecimento das possibilidades de
atuação e melhorias que a sociedade se beneficiaria.
Sendo o problema de pesquisa a pergunta: Quais são os métodos
utilizados na geração de energia aerotransportada?
124
A solução projetada pela pesquisa é que a produção de energia

eólica aerotransportada conta o desenvolvimento de um dispositivo aéreo,
que pode estar conectado por fios ou carregar o próprio gerador, sendo
capaz de atuar em altitudes superiores com ventos fortes e constantes.
Essa análise do dispositivo aéreo permite compreender, pelos seus
modelos que se adequam aos ambientes e necessidades, a forma na qual é
gerada a energia eólica e como as pesquisas desenvolvem a tecnologia em
estudo.
O objetivo já estabelecido de compreender os métodos de geração
de energia eólica aerotransportada foi alcançado em razão de se entender
o funcionamento e as possibilidades de instalação dos geradores e dos
dispositivos AWE. Assim como seu detalhamento e novidades das patentes
registradas nas últimas décadas.
A compreensão dos métodos de geração da energia eólica
aerotransportada compreende expor a tecnologia, classificá-la e mostrar o
tanto que seria benéfica para a sociedade a sua aplicação. Tanto o
dispositivo em modo de arrasto quando o em modo de sustentação
alcançam elevadas altitudes e aproveitam ventos não explorados para a
produção de energia ainda, sendo uma energia limpa, que não se esgota
em si mesma e é de acordo com as pautas de sustentabilidade vigentes.
Com essas perspectivas e estudos analisados, pode-se afirmar que o
entendimento dos métodos de geração AWE pode ser alcançado.
Assim, a discussão sobre a geração de energia eólica
aerotransportada, apoiada em pesquisa bibliográfica, é capaz de concluir
que, com a seleção de banco de dados, estudo e análise, as possibilidades
da tecnologia AWE são benéficas para a sociedade no quesito de
facilitação de acesso à energia, pois a produção será maior por um custo
menor. Os dispositivos abrangem um campo de instalação amplo com
relação às turbinas convencionais também, facilitando instalação e atuação.
Da discussão passa para as conclusões da pesquisa.
8 Conclusões
As conclusões são que a geração de energia aerotransportada é uma
nova forma de produção de energia, apresentando o fator positivo no
125
quesito ambiental pois é limpa. Além disso, facilita o acesso da sociedade à

energia também, devido, em especial, ao baixo custo e alto rendimento. O
aprimoramento do uso do ar para gerar energia conta com dispositivos
aéreos que alcançam altitudes elevadas não aproveitadas por usinas
convencionais, o próprio gerador pode ser elevado ou instalado no solo.
A busca por conhecer a tecnologia, entendê-la e propô-la como
substitutiva aos métodos utilizados em larga escala na atualidade é
essencial. Além disso, por meio dessa atitude, a pesquisa será incentivada
e haverá pesquisas significativas na área, visando, inclusive, melhoria
social.
A problemática da pesquisa se volta para a falta do entendimento e
acesso da tecnologia AWE. E, diante desse desconhecimento, mas
reconhecendo sua importância, busca-se clareza a respeito do
funcionamento do gerador.
Levando em consideração a problemática sobre o não conhecimento
a respeito das possibilidades da geração AWE, a hipótese, que está de
acordo, sinaliza que com o estudo de pesquisas e análise dos recursos
tecnológicos a problemática será resolvida com excelência. E ainda
reiterando o artigo de Anny Key Souza Mendonça e Antonio Cezar Bornia, a
geração dessa energia exige menos custo, proporciona uma implementação
facilitada e um retorno vantajoso.
A metodologia foi a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental.
Sendo que a pesquisa bibliográfica teve como ponto central bancos de
dados oficiais, entre eles o Google Acadêmico, SciELO e o Portal de
Periódico Capes. Bem como as bibliotecas digitais.
Os resultados obtidos nos bancos de dados, registram, por meio de
uma organização para a apresentação dos dados pautada na linha de
raciocínio, que para alcançara compreensão é necessário conhecer os
dispositivos aéreos e suas particularidades. Como sua classificação em
modo de arrasto ou modo sustentação e as localidades, o detalhamento a
respeito da capacidade de rendimento e instalação de cada um.
A discussão dos resultados permite a construção do conhecimento,
pontuando os aspectos relevantes da pesquisa. Portanto, entende-se que a
solução projetada pela pesquisa é que a produção de energia eólica
aerotransportada conta com o desenvolvimento de um dispositivo aéreo,
que pode estar conectado por fios ou carregar o próprio gerador, sendo
126
capaz de atuar em altitudes superiores com ventos fortes e constantes,

área ainda não utilizada para a produção de energia, mas que apresenta
vantagens tanto pela metragem da área tanto pela qualidade do vento.
Dessa forma, objetivo é apresentar os métodos de geração de
energia aerotransportada, evidenciando e apresentando de forma
explicativa as suas vantagens, problemáticas, capacidade, viabilidade e
atual situação no cenário da pesquisa científica, que foi alcançado com
excelência.
O problema de pesquisa indica para a seguinte pergunta: Quais são
os métodos utilizados na geração de Energia Aerotransportada?
Entende-se que a solução projetada pela pesquisa é que a produção
de energia eólica aerotransportada conta com o desenvolvimento de um
dispositivo aéreo, que pode estar conectado por fios ou carregar o próprio
gerador, sendo capaz de atuar em altitudes superiores com ventos fortes e
constantes. É uma energia limpa, que tem rendimento superior e custo
inferior em comparação com as turbinas convencionais. Além disso, com
instalação facilitada por ter uma estrutura simples e uma amplitude de
locais de atuação.
As conclusões obtidas indicam um cenário favorável para a nova
forma de produção sustentável de energia eólica. São no sentido de que a
Airborne Wind Energy é capaz de suprir a gradativa necessidade por
produção de energia nas proporções em que a demanda cresce na
sociedade e ser possível de substituir fontes conflitantes com o meio
ambiente, que cooperam com a degradação de recursos naturais.
9 Referências
BECHTLE, Philip. SCHLBERGEN, Mark. SCHMEHL, Roland. ZILLMANN,
Udo. WATSON, Simon. Airborne Wind Energy Resource Analysis .
Disponível em: (PDF) Airborne Wind Energy Resource Analysis
(researchgate.net). Acesso em: 11 maio 2021.
CHERUBINI, Antonello. PAPINI, Andrea. VERTECHY, Rocco. FONTANA
Marco. Airborne Wind Energy Systems: A review of the Technologies.
Disponível em: Airborne Wind Energy Systems: A review of the technologies
- ScienceDirect. Acesso em: 11 maio 2021.
127
FAGIANO e SCHNEZ. On the take-off of airborne wind energy systems

based on rigid wings. Disponível em: On the take-off of airborne wind
energy systems based on rigid wings - ScienceDirect. Acesso em: 11 maio
2021.
FAGIANO, Lorenzo. MILANESE, Mario. PIGA, Dario. Optimization of
airborne wind energy generators. Disponível em: Optimization of airborne
wind energy generators - Fagiano - 2012 - International Journal of Robust
and Nonlinear Control - Wiley Online Library. Acesso em: 11 maio 2021.
MENDONÇA, Anny Key de Souza. BORNIA, Antonio Cesar. Energia Eólica
Aerotransportada: Uma Revisão da Tecnologia. Disponível em:
https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2020.v6.n1.105-121. Acesso em: 11
maio 2021.

v=7gAOvBFwipY
128
Engenharia Física em Projetos de Moderação do Depósito de

Plásticos no Meio Ambiental: conhecimento da ciência dos materiais
no desenvolvimento de plásticos biodegradáveis
Daniel dos Santos Oliveira

daniel.s.oliveira@ufms.br
Mateus Nunes César Ferraz

mateus_ferraz@ufms.br
Resumo: Com o advento das Revoluções Industriais e o apogeu da

consumação de produtos plásticos, discute-se de maneira gradativa a
respeito da deposição excessiva destes polímeros sintéticos
baseados em olefinas nos meios ecossistêmicos, com participação
incalculável na biosfera terrestre e de cunho proveniente das inações
antropológicas no que tange às suas consequências ambientais e, em
médio prazo, econômicas; portanto, faz-se necessário que haja
competência da área de Engenharia Física em projetos de
abrandamento da deposição de matéria plástica no meio ambiental
através da utilização de conhecimentos da ciência dos materiais no
desenvolvimento de plásticos biodegradáveis. O objetivo é
compreender o processo que há por trás da concepção de plásticos
com propriedades biodegradáveis e sua viabilidade mercadológica. A
metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica pautada em bancos
de dados oficiais. Os resultados encontrados indiciam um cenário
promissor às tecnologias atenuadoras dos efeitos prejudiciais
causados pela usurpação de matéria plástica, haja vista que se tem
bases sólidas o suficiente para demonstrar uma viabilidade
socioeconômica e ambiental. As conclusões apontam para a
identificação de um viés sistemático que permeia os conhecimentos advindos da
Engenharia Física, na medida em que o conhecer fundamentado na ciência dos materiais
referentes aos meios de se desenvolver procedimentos que visam à resolução da
problemática que ascende do consumo desmedido proveniente da sociedade e seu modus
vivendi, ademais, é notório o esclarecimento proposto na compreensão e proposição de
artifícios que residem na propriedade de biodegradação da matéria plástica. Com isso,
traz-se certeza e verdade sabida através das informações que se apresentam a seguir.
Palavras-chave: Plástico; Depósito; Engenharia; Polímero Biodegradável; Sustentabilidade.
129
Sumário: 1 Introdução. 2 Engenharia Física na Moderação do Depósito de Plásticos no

Meio Ambiental. 3 Desconhecimento Existente Acerca dos Polímeros Biodegradáveis. 4
Conhecimento da Ciência dos Materiais no Desenvolvimento de Plásticos Biodegradáveis.
5 Metodologia e Execução. 6 Resultados. 7 Discussão. 8 Conclusão. 9 Referências.
1 Introdução
Com o advento das Revoluções Industriais e o apogeu da
consumação de artigos plásticos, discute-se de maneira gradativa a
respeito da deposição excessiva destes polímeros sintéticos baseados em
olefinas nos meios ecossistêmicos, com participação incalculável na
biosfera terrestre e de cunho proveniente das inações antropológicas, tem-
se como fundação os processos de produção, viabilidade econômica e
impactos que se concretizam em setores socioambientais.
Por definição, Engenharia Física forma profissionais com habilidades
pluralizadas que visam à solução de problemáticas hodiernas e de
configuração preventiva, portanto, encontra-se em ramos que objetivam a
elevação da compreensão e desenvolvimento de sistemas complexos e
condições que exigem uma formação de amplitude extrema. É
imprescindível ressaltar que a busca incessante de conhecimentos levam à
articulação do profissional da Engenharia Física no âmbito de alcançar
metas complexas – a exemplo, a física de materiais e a física ambiental,
que podem ser utilizados, através da mesclagem de conhecimentos, na
resolução de problemáticas em escala global e formação de conhecimentos
analíticos que provém a prevenção de ações prejudiciais à biosfera. Em
vista disso, infere-se que as competências da Engenharia Física permitem o
estudo acerca das necessidades e impactos da consolidação da matéria
plástica biodegradável.
A priori , estabelece-se que as limitações propostas neste trabalho se
fundamentam na identificação de alternativas aos polímeros derivados de
olefinas, além de apontar sua viabilidade econômica e fator de impacto na
atenuação da influência antrópica na biosfera; comprime-se na catalogação
que há perante os modelos de sustentabilidade e econômicos sobre os
materiais destacados para a solução da problemática.
Diante disso, é plausível destacar que a pesquisa foi realizada com o
objetivo de compreender as atribuições da Engenharia Física no processo
de abrandamento da deposição de polímeros sintéticos no meio ambiental,
além de propor análises e pontuações acerca da possibilidade que se tem
com a produção de polímeros biodegradáveis e sua viabilidade econômica.
130
Mesmo sendo a ação do profissional em Engenharia Física

multiespecialista e multidiciplicar, o que possibilita o exercício de suas
funções em diversos setores com ferramentas abrangentes no âmbito da
física ambiental e física de materiais, este capítulo visa à focalização no
quesito ecossistêmico e econômico de se aplicar polímeros biodegradáveis
como forma de substituição aos plásticos baseados em olefinas.
Perante a pauta suprarreferida, surge o questionamento seguinte:
como se consolida a forma de ação do engenheiro físico na compreensão
dos polímeros, tanto sintéticos derivados de hidrocarbonetos, quanto
biodegradáveis e, também, como se dá a participação deste profissional no
domínio da física ambiental como contribuinte da atenuação do depósito
excessivo de matéria plástica na biosfera?
Tendo em vista a resolução da pauta apontada, é possível apontar
três hipóteses:
a) A primeira hipótese se fundamenta na inaptidão do profissional em
contemplar uma solução que vise à substituição dos polímeros baseados
em olefinas no que tange à redução do acúmulo desta modalidade de
material;
b) A segunda hipótese se fundamenta na idoneidade do engenheiro
físico em desenvolver um protótipo de material que, apesar de não mostrar
uma solução de eficácia notória, ainda auxiliaria futuros profissionais a
desenvolverem outros modelos que apresentem resultados mais favoráveis
à pauta abordada por esta pesquisa;
c) A terceira hipótese se pauta na total capacidade do profissional da
Engenharia Física produzir um projeto contribuinte à atenuação do depósito
de polímeros no meio ambiental através do desenvolvimento das
observações socioambientais junto à proposição de materiais
possibilitadores da solução de tal problemática.
A metodologia de execução foi a pesquisa bibliográfica pautada em
bancos de dados oficiais, neste caso, fez-se a utilização dos materiais
providos pelo Google Scholar , Z-Library , Domínio Público e SciELO. Para
se concretizar a pesquisa foram criadas pastas com temáticas pertinentes
ao objetivo deste artigo, com leitura objetivada e avaliação crítica das
referências.
Como fundamentação teórica para o embasamento da pesquisa,
utilizou-se dos seguintes autores e respectivas obras: B. C. Couttinho; G. B.
Miranda; G. R. Sampaio. A Importância e as Vantagens do
131
Polihidroxibutirato (Plástico Biodegradável) ; Alana Cristina Pereira. Cenário

da Produção Brasileira de Plásticos Biodegradáveis e Oxibiodegradáveis:
uma proposta de análise mercadológica ; Nick Wierckx; Tanja Narancic;
Christian Eberlein; Ren Wei; Oliver Drzyzga; Audrey Magnin; Hendrik
Ballerstedt; Shane T. Kenny; Eric Pollet; Luc Avérous; Kevin E. O’Connor;
Wolfgang Zimmermann; Hermann J. Heipieper; Auxiliadora Prieto; José
Jiménez; and Lars M. Blank. Plastic Biodegradation: challenges and
opportunities ; Cláudia Regina Squio. Estratégias de Cultivo para Produção
dos Plásticos Biodegradáveis Poli (3-hidroxibutirato) e Poli(3-
hidroxibutirato- co-3-hidroxivalerato) por Bactérias ; Sandra Mara Martins
Franchetti; José Carlos Marconato. Polímeros Biodegradáveis – uma
solução parcial para diminuir a quantidade dos resíduos plásticos ; Maja
Rujnić-Sokele; Ana Pilipović. Challenges and Opportunities of
Biodegradable Plastics: a mini review ; Ying Zheng; Ernest K. Yanful;
Amarjeet S. Bassi. A Review of Plastic Waste Biodegradation ; Daniele M. B.
Falcone; José Augusto M. Agnelli. Panorama Setorial e Perspectivas na
Área de Polímeros Biodegradáveis ; Tobias Haider; Carolin Völker; Johanna
Kramm; Katharina Landfester; Frederik Roman Wurm. Plastics of the
future? The impact os biodegradable polymers on the environment and on
society ; Adriaan S. Luyt; Sarah S. Malik. Can Biodegradable Plastics Solve
Plastic Solid Waste Accumulation? ; Leonard Sebio. Desenvolvimento de
Plástico Biodegradável a Base de Amido de Milho e Gelatina pelo Processo
de Extrusão: avaliação das propriedades mecânicas, térmicas e de barreira .
Os resultados obtidos dos bancos de dados indicam a viabilidade dos
conhecimentos que se tem acerca da ciência dos materiais na produção de
polímeros biodegradáveis com o intuito de atenuar a deposição de sólidos
plásticos na superfície terrestre, o que sinaliza que engenheiros físicos
possuem a capacidade de contribuir de maneira notável para o crescimento
do desenvolvimento sustentável.
Como solução, tem-se que a concepção do profissional da
Engenharia Física na multidiciplinaridade que, por definição, faz-se apto
para atuar na resolução de problemáticas relativas ao acúmulo excessivo
de matéria plástica.
Para se tornar possível o desenvolvimento deste capítulo do livro, as
pesquisas foram subdivididas da seguinte forma: 1. Introdução, que visa à
contextualização necessária para compreensão da temática abordada; 2.
Concepção dos fundamentos que existem dentro da capacidade de ação
provida aos profissionais da Engenharia Física no que tange à elaboração
132
de modelos de compreensão da problemática e encaminhamento dos

tópicos seguintes, o que configura uma etapa de adentramento às visões
gerais que se têm sob os elementos da pesquisa; 3. Descrição da
problemática que há com o desconhecimento da ciência dos materiais no
desenvolvimento de polímeros biodegradáveis como provável solução para
a poluição plástica; 4. Baseia-se no entendimento que existe sobre os
impactos que advém com a provável aplicação efetiva dos firmamentos de
substituição dos polímeros sintéticos derivados de olefinas; 5. Descrição da
metodologia, em cuja há a descrição em etapas da pesquisa e da
construção do banco de dados; 6. Destinou-se um tópico para a
apresentação dos resultados como forma inerente ao processo da
pesquisa; 7. A discussão é desenvolvida como forma de reflexão, análise e
avaliação crítica dos dados apresentados neste artigo; 8. Conclusões que
se concretizaram com a pesquisa; 9. Referências utilizadas para a
construção do conhecimento deste artigo; 10. Palavras que se fazem
necessárias para o entendimento da pesquisa, mas que não são de
conhecimento comum, por isso, fazem-se necessárias para o bom
aproveitamento dos dados.
A temática se torna relevante na medida em que há levantamentos e
discussões que se pautam na importância de se ter o entendimento acerca
das ações inconsequentes que ocorreram com o apogeu do
desenvolvimento tecnológico humano e na necessidade de se ter reflexões
em torno das atitudes presentes e futuras. Assim sendo, a Engenharia
Física se constrói como peça fundamental na resolução de prolemas de
cunho complexo como o apresentado por esta pesquisa.
Sobreleva-se, ademais, que as sequelas de gravidade exponencial
fazem com que haja o deslocamento dos ideais firmados em tempos
passados, quando não se pensava sobre ações antrópicas como
causadoras de um efeito incalculável. Outrossim, é plausível destacar que a
discussão traçada sobre os conhecimentos atuais apontam para um futuro
incerto caso nenhuma ação de abrandamento seja tomada, consoante a
Agência Científica Nacional da Austrália (CSIRO), em pesquisa realizada
entre março e abril de 2017, existe cerca de 14,4 milhões de toneladas de
microplásticos submersos em águas oceânicas, além disso, em análises de
sedimentos marinhos, observou-se que cada grama de sedimento coletado
havia 1,26 pedaço de microplástico em média.
133
2 Engenharia Física na Moderação do Depósito de Plásticos no Meio

Ambiental
Em se tratando das competências dadas à Engenharia Física por
meio da utilização de conhecimentos da Engenharia de Materiais e
Engenharia Ambiental no solucionamento da problemática relacionada à
deposição excessiva de polímeros sintéticos derivados de olefinas, é
possível ressaltar a objetivação que se tem como norteadora da temática
abordada neste tópico: a compreensão do vetor da problemática. Em
primeira análise, visa-se ao entendimento dos polímeros sintéticos de
natureza não-biodegradável; em segunda análise, propõe-se a
categorização que há para os polímeros sintéticos biodegradáveis já
existentes com potencialidade para a substituição dos plásticos utilizados
na contemporaneidade.
Diante da objetivação supramencionada, faz-se necessário, ante o
desenvolvimento dos dados, esclarecer o dever que é imposto à sociedade
perante a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei nº 12.305, capítulo II,
Art. 7º:
Capítulo II
Dos Princípios e Objetivos
Art. 7º São objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos:
I - proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;
II - não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos
resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos
rejeitos;
III - estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de
bens e serviços;
IV - adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como
forma de minimizar impactos ambientais;
V - redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos;
VI - incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de
matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados;
VII - gestão integrada de resíduos sólidos;
VIII - articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com
o setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a
gestão integrada de resíduos sólidos;
IX - capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;
X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da
prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de
resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que
assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma
de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira, observada a Lei
nº 11.445, de 2007;
134
XI - prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para:

a) produtos reciclados e recicláveis;
b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com
padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis;
XII - integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas
ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida
dos produtos;
XIII - estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto;
XIV - incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e
empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao
reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o
aproveitamento energético;
XV - estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.
Fonte: BRASIL. Decreto-lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010.
Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, por normalidade,
tornar-se-á um dever citadino o adequado descarte dos resíduos
produzidos; com isso, é implícito que a matéria plástica produzida pela
necessidade antropológica deve ser devidamente despojada, seja pela
população comum, seja pelas instituições empresariais.
Destarte, é mister destacar que a atribuição citada acima se faz
subentendida a importância social que se tem no abrandamento do depósito
de plásticos no meio ambiental, em especial à função de um profissional da
Engenharia, como o Engenheiro Físico, na resolução de problemáticas
hodiernas; desta forma, objetiva-se propor a categorização dos elementos
que se constituem como polímeros sintéticos derivados de olefinas e
biodegradáveis por esta ordem.
Em anteposição à exibição da análise de plásticos, faz-se necessário
exibir o conceito de polímero:
A palavra polímero vem do grego poli (muitos) + meros (iguais). São
macromoléculas (grandes moléculas) formadas pela repetição de muitas
unidades químicas iguais, os meros ou unidades repetitivas. As massas
molares dos polímeros podem ser da ordem de centenas de milhares de
unidades de massa atômica. (…) podem ser inicialmente classificados em
homopolímeros e copolímeros. Homopolímeros quando são provenientes
de uma única unidade repetitiva monomérica e copolímeros quando
possuem duas ou mais unidades repetitivas monoméricas diferentes, ou
seja, são obtidos usando dois ou mais co-monômeros. Os homopolímeros
podem ser lineares ou ramificados.
Fonte: Marco Aurelio De Paoli. Degradação e estabilização de polímeros. Disponível
em: https://pt.br1lib.org/book/2378857/ac8e6d. Acesso em: 24 abr. 2021.
A matéria plástica encontrada no cotidiano é, por intuito, designada
para ter uma longevidade grande a fim de possibilitar uma durabilidade no
135
que tange à degradação abiótica e microbiana; todavia, é passível de

observação o fato de que, ao longo das décadas, a estabilidade deste
material se mostrou como dominante no acúmulo de despejo na crosta
terrestre e, portanto, uma problemática severa. Á frente disto, faz-se
necessário expor a conceituação e configuração dos polímeros derivados
de olefinas; de maneira básica, plásticos se consistem na repetição de uma
configuração carbônica primária (em geral, C–C) que pode conter uma
infinidade de ligantes, o que torna a biodegradação de dificuldade extrema;
como exemplo de plásticos não-biodegradáveis, cita-se o Poliestireno (PS),
Polipropileno (PP), Polietileno (PE), Cloreto de Polivinila (PVC), Poliuretano
(PU) e Politereftalato de Etileno (PET).
Como proposta de solução à deposição excessiva de plásticos
derivados de hidrocarbonetos, houve o processo de desenvolvimento de
alternativas às olefinas para a produção de polímeros sintéticos que
pudessem sofrer o processo de biodegradação e, por conseguinte, atenuar
o revés proveniente de ações antrópicas inconsequentes advindas de
meados do triunfo da matéria plástica; dessa forma, consolidou-se a
caracterização de novos tipos de polímeros sintéticos: biodegradáveis e
bioplásticos:
[…] os bioplásticos têm sua origem na biomassa, como o álcool, em vez do
petróleo, entretanto, têm as mesmas características de degradação quando
comparados aos plásticos do petróleo. Podemos identificar sua origem
apenas pela medição radioativa do carbono-14. Mesmo assim, o bioplástico
(biopolímero), quando degradado, leva vantagem pela redução das
emissões de CO 2 na sua origem, porém não resolve o problema ambiental
causado pelo descarte e pelo acúmulo do plástico no meio ambiente.
Em geral, a degradação dos plásticos está relacionada aos processos de
foto-oxidação, com uso de raios ultravioleta e oxigênio, à temperatura e
pressão elevadas. A adição de compostos denominados iniciadores de
degradação ao plástico propicia o início do processo de degradação na
natureza sem a necessidade de microrganismos. De acordo com a
natureza desses iniciadores, os polímeros podem ser também chamados
de plásticos oxibiodegradáveis ou foto-biodegradáveis.
Fonte: Ricardo Feltre. Química . São Paulo: Moderna. 2008, p. 524.
Diante disso, é cabível expor a diferenciação que se tem entre
bioplásticos e plásticos biodegradáveis, uma vez que aquele se faz de
maneira diferente em relação ao plástico derivado de olefinas, entretanto,
não se caracteriza como passível de degradação em cronologias efêmeras
e, em consequência, pode acarretar na deposição excessiva de maneira
igual; todavia, a ação de plásticos biodegradáveis traz a possibilidade de
136
livramento do depósito exacerbado no qual é possível ressaltar a orientação

sustentável socioeconômica que possibilita.
Dessa maneira, é indispensável caracterizar a tipologia encontrada
dentro do leque de bioplásticos já formados pela comunidade de
pesquisadores:
Os plásticos biodegradáveis geram muito interesse devido aos níveis cada
vez maiores de resíduos plásticos acumulados em diversos ambientes. Por
definição, o plástico biodegradável é decomposto pela ação de organismos
vivos. Diferentemente aos compostos petroquímicos não degradáveis, o
plástico biodegradável não é um único material, ao invés disso, é uma
família de diferentes materiais com várias propriedades e aplicações. Essa
diversidade se reflete em diferentes destinações e classificação de
biodegradabilidade. Ácido Polilático (PLA), Polihidroxialcanoatos (PHA) e
celulose são materiais de base biológica e biodegradáveis tidos como uma
solução potencial para o lixo plástico. A vantagem destes materiais, além
de sua degradação ambiental, é a possibilidade de serem produzidos a
partir de recursos renováveis e sustentáveis, também podem ser
degradados no meio ambiental. É importante notar, entretanto, que existem
polímeros plásticos derivados de petróleo, como Policaprolactona (PCL) e
Tereftalato de Polibutileno Adipado (PBAT), que são biodegradáveis.
Outros, como Succinato de Polibutileno (PBS), podem ser biodegradáveis e
à base de petróleo, enquanto que o Polietileno (PE) e o Tereftalato de
Polietileno (PET), que representaram 47,2% da produção global de
bioplásticos em 2014 (European Bioplastics 2016), podem ser total ou
parcialmente constituídos de base biológica, mas não são biodegradável.
Portanto, a origem de um polímero não determina suas características de
capacidade biodegradável.
Fonte: Nick Wierckx; Tanja Narancic; Christian Eberlein; et. al. Plastic
Biodegradation: challenges and opportunities. p.5. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/323629216_Plastic_Biodegradation_Challe
nges_and_Opportunities. Acesso em: 24 abr. 2021. Tradução Livre.
Com isso, é possível pôr-se em pauta que o acervo existente perante
as viabilidades existentes na construção de um artifício para a substituição
da matéria plástica comum; com isso, tem-se que o conceito de
biodegradabilidade se firma pelo uso de uma colônia padrão de
microrganismos em condições ambientes de temperatura e umidade junto
com a observação do crescimento da colônia em um meio de ágar com
todos os nutrientes necessários para a reprodução destes microrganismos,
exceto uma fonte de carbono, que deverá ser o próprio polímero; o teste é
realizado a 28-30ºC, com umidade relativa de 85% e 3 semanas de
duração, assim, os materiais são classificados em função da área coberta
pelo crescimento da colônia da maneira seguinte:
1. 1 – 10 % coberto
137
2. 10 – 30 % coberto
3. 30 – 60 % coberto
4. 60 – 100 % coberto
Nota-se que a discussão acerca da ação dos profissionais da
Engenharia Física no processo de moderação do depósito de plásticos no
meio ambiental pode contribuir de maneira notável na resolução desta
problemática, o que evidencia, em suma, a multidiciplinaridade necessária
para a compreensão ideal proposta pela necessidade de assimilar as
propriedades biofísicas que ocorrem nas condições observadas em
consequência dos influxos provenientes dos núcleos antrópicos e, portanto,
passíveis de serem interpretadas pela investigação baseada nas
competências da Engenharia Física.
A ciência que ampara a objetivação desta pesquisa possui ponto de
partida construído pela erudição de expoentes do conhecimento físico-
químico construído pelas referências de multinacionalidade, o que eleva a
dimensão global do empecilho gerador da construção desta pesquisa; com
isso, é feito o uso de diversas experimentações divulgadas nos meios da
literatura científica que coadunam com o acervo bibliográfico apresentado;
o conhecimento tido através da ciência dos materiais faz ser possível o
desenvolvimento da solução proposta.
Assim, frisa-se que há um agregado de dados notório para se
construir o conhecimento e oportunidades para a superação da
problemática de depósito excessivo de matéria plástica através das bases
de utilização possibilitada pela Engenharia Física, o que evidencia a gama
de possibilidades que são propiciadas pela Física de Materiais e Física
Ambiental no fito de idealizar soluções para o imbróglio evidenciado por
este artigo.
Visada a idealização do aporte da Engenharia Física em
projetos de moderação do depósito de plásticos no meio ambiental,
passa-se a discorrer acerca do revés que ocorre: o desconhecimento
acerca dos polímeros sintéticos biodegradáveis, vide o próximo
tópico.
3 Desconhecimento Existente Acerca dos Polímeros Biodegradáveis

138
O desconhecimento existente acerca dos polímeros

biodegradáveis tem como tendência o desencadeamento de
vicissitudes: I) O conhecimento comum, com a defasagem advinda da
falta de conhecimento sobre plásticos biodegradáveis, pode culminar
na conformidade de materiais derivados de olefinas como únicos
capazes em suprir a demanda antrópica com satisfatoriedade, o que
acarreta a continuidade da superutilização dos recursos não-
renováveis e a ininterrupção do depósito exacerbado da matéria
plástica na crosta terrestre; II) Por conseguinte, a procura de
materiais de cunho sustentável inclina-se ao anulamento, na medida
em que não há como proceder com o objetivo de se propor a
substituição dos polímeros não-biodegradáveis; III) Desta maneira, é
consentâneo pôr-se em pauta o fenômeno de exponencialização da
problemática elevada por este artigo, ou seja, a consequência
advinda dos eventos supracitados configura-se como a continuidade
do empecilho contemporâneo de deposição excessiva de plásticos
derivados de olefinas no meio ambiental.
Dada a série de problemáticas, ressalta-se o seguinte
questionamento: como se consolida a forma de ação do engenheiro
físico na compreensão dos polímeros, tanto sintéticos derivados de
hidrocarbonetos, quanto biodegradáveis e, também, como se dá a
participação deste profissional no domínio da física ambiental como
contribuinte da atenuação do depósito excessivo de matéria plástica
na biosfera?
A resposta da indagação levantada se fundamenta no
encadeamento de informações que unissem, de maneira intrínseca, a
possibilidade de atuação do profissional de Engenharia Física na
contemplação da Física Ambiental e Física de Materiais.
A Engenharia Física, descrita como o campo profissional
responsável pela resolução de problemáticas hodiernas, tem como
139
um de seus possíveis rumos a difusão dos conhecimentos produzidos

pelo meio científico em que está imerso. O desconhecimento
existente acerca dos polímeros biodegradáveis, portanto, é passível
de resolução por meio da atuação do engenheiro físico.
Consoante os Princípios Fundamentais da Declaração do Rio
sobre Meio Ambiente e Sustentabilidade, de 3 a 14 de jun de 1992:
Princípio 1 : Os seres humanos constituem o centro das preocupações
relacionadas com o desenvolvimento sustentável. Têm direito a uma vida
saudável e produtiva em harmonia com a natureza;
(...)
Princípio 3 : O direito ao desenvolvimento deve exercer-se de forma tal que
responda equitativamente às necessidades de desenvolvimento e
ambientais das gerações presentes e futuras;
Princípio 4 : A fim de atingir o desenvolvimento sustentável, a proteção do
ambiente deverá constituir parte integrante do processo de
desenvolvimento e não poderá se considerar em forma isolada;
(...)
Princípio 8 : Para atingir o desenvolvimento sustentável e uma melhor
qualidade de vida para todas as pessoas, os Estados deveriam reduzir e
eliminar as modalidades de produção e consumo insustentáveis e fomentar
políticas demográficas apropriadas;
Princípio 9 : Os Estados deveriam cooperar no fortalecimento de seu
próprio poder para de atingir o desenvolvimento sustentável, aumentando o
saber científico mediante o intercâmbio de conhecimentos científicos e
tecnológicos, e intensificando o desenvolvimento, a adaptação, a difusão e
a transferência de tecnologias;
Princípio 10 : O melhor modo de tratar as questões ambientais é com a
participação de todos os cidadãos interessados, no nível que corresponda.
No plano nacional, toda a pessoa deverá ter acesso adequado à
informação sobre o meio ambiente de que disponham as autoridades
públicas, incluída a informação sobre os materiais e as atividades que
encerram perigo em suas comunidades, bem como a oportunidade de
participar nos processos de adoção de decisões;
(...)
Fonte: ONU. Declaração do Rio sobre o meio ambiente e o desenvolvimento. 3 a 14
de jun de 1992. Disponível em:
https://cetesb.sp.gov.br/proclima/wp-content/uploads/sites/36/2013/12/
declaracao_rio_ma.pdf. Acesso em: 10 jun. 2021.
Por conseguinte, infere-se que a problemática de

desconhecimento acerca dos polímeros biodegradáveis fora
combatida, como parte inerente da educação ambiental, e é
140
combatida até a atualidade para se atingir a sustentabilidade;

ademais, destaca-se o princípio 9 da Declaração do Rio sobre Meio
Ambiente e Sustentabilidade, cujo objetivo se firma no aumento do
saber científico e intensificação do desenvolvimento, adaptação,
difusão e transferência de tecnologias, ou seja, pauta principal
abordada por este tópico e, portanto, complementar a este.
Dessa forma, é compreensível o desconhecimento que há
acerca da erudição de sustentabilidade durante as últimas décadas e,
mesmo que houvera a atenuação deste quadro, ainda, existe a
ausência de consciência no que tange aos fatores ambientais, haja
vista que a primeira conferência global que se deu para tratar de
degradação ambiental ocorreu no período de 5 a 16 de julho de 1972
na capital da Suécia, Estocolmo e, portanto, fora um marco na
tentativa de melhorar as relações antrópicas com a biosfera. Após
este feito, diversas conferências mundiais que transcorreram com
diversos fins:
 Nairóbi, Quênia (1982): Convocada para analisar os avanços
alcançados nos 10 anos subsequentes à conferência de Estocolmo;
 Rio92 ou ECO-92 (1992): Consagração do conceito de
“desenvolvimento sustentável” e da temática ambiental como central para a
política internacional, além da criação da CQNUMC (Convenção-Quadro
das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima) e da Agenda 21;
 Rio+5 (jun de 1997): Identificação das principais problemáticas da
implementação da Agenda 21 e contribuição para a criação do ambiente
político propício à aprovação do Protocolo de Kyoto;
 Protocolo de Kyoto (dez de 1997): Criação de diretrizes com o fito de
se amenizar o impacto dos problemas ambientais causados pelos modelos
de desenvolvimento industrial e de consumo vigentes no planeta;
 Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável ou Rio+10 (2002):
Renovação dos compromissos firmados em 1992;
 Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de
2007: Discussão acerca das bases das negociações para o
estabelecimento de um novo acordo que substitua o Protocolo de Kyoto;
141

2009 ou COP15: Discussão sobre como reagir às mudanças climáticas
contemporâneas, não houve consenso entre os chefes de Estado;
2010 ou COP16: Adoção do acordo que previa a criação do “Fundo Verde”,
que entraria em vigor em 2020, de mecanismos de proteção das florestas
tropicais e de fortes reduções das emissões de CO 2 ;
 Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2011
ou COP17: Progressos em relação a criação do Fundo Climático Verde e
rejeição da substituição do Protocolo de Kyoto;
2012 ou COP18: Extensão do Protocolo de Kyoto e apresentação de
relatórios científicos que apontavam para a intensificação das previsões
feitas antes acerca da degradação ambiental e alterações climáticas;
 Rio+20(2012): Aprofundamento dos avanços alcançados na agenda
ambiental internacional e incorporação de aspectos de desenvolvimento;
2015 ou COP21: Criação do Acordo de Paris, que reforçava os objetivos
descritos pela CQNUMC;
2016 ou COP22: Inserção do setor empresarial como peça fundamental na
execução dos objetivos previstos pelo Acordo de Paris.
Fonte: ONU News. Disponível em: https://news.un.org/pt/. Acesso em: 6 jun. 2021.
Em suma, cabe ao profissional qualificado, tal como o engenheiro físico,
compreender o status quo da biosfera e a importância de se propor a solução da
problemática ambiental abordada através da utilização de artifícios científicos a fim
de ser aumentada a eficiência do desenvolvimento sustentável e encaminhar os
recursos naturais para o seu melhor uso possível.
Assim, entende-se que o desconhecimento existente acerca dos polímeros
biodegradáveis impulsiona um imbróglio advindo de séculos de má educação
ambiental somada ao comportamento inconsequente que se tinha por conta da
ignorância acerca dos valores ecossistêmicos e a importância de se preservá-lo.
Portanto, passa-se a discorrer acerca do conhecimento da ciência dos
materiais no desenvolvimento de plásticos biodegradáveis como sequência a este
tópico e, portanto, solução da problemática vigente, também, à utilização dos
conhecimentos provindos da Engenharia Física.
142
4 Conhecimento da Ciência dos Materiais no Desenvolvimento de

Plásticos Biodegradáveis
No tocante à aplicabilidade da Engenharia Física no âmbito da
elevação da sustentabilidade por meio da substituição de plásticos
derivados de olefinas pelos polímeros biodegradáveis a partir do uso
de conhecimentos da Física Ambiental e Engenharia dos Materiais,
tem-se que a atuação deste profissional viabiliza a expansão dos
conhecimentos acerca do desenvolvimento e aprimoramento de
materiais com o fito de contribuir com a subsistência ambiental.
É imprescindível reassumir a problemática de pesquisa vigente
ao artigo e, portanto, a elevação da questão: como se consolida a
forma de ação do engenheiro físico na compreensão dos polímeros,
tanto sintéticos derivados de hidrocarbonetos, quanto biodegradáveis
e, também, como se dá a participação deste profissional no domínio
da física ambiental como contribuinte da atenuação do depósito
excessivo de matéria plástica na biosfera?
No sentido de atender o problema destacado, foram outrora
estabelecidas três hipóteses acerca do assunto a fim de compreendê-
lo de forma maioral
a) A primeira hipótese se fundamenta na inaptidão do profissional em
contemplar uma solução que vise à substituição dos polímeros baseados
em olefinas no que tange à redução do acúmulo desta modalidade de
material.
A Engenharia Física, assim como as demais profissões
associadas ao ramo de tecnologia, inovação e desenvolvimento, tem
a capacidade intelectual e profissional para discorrer e propor
soluções a esta problemática, haja vista que a sustentabilidade se
tornara compromisso à humanidade durante as últimas décadas:
A engenharia e as profissões da área tecnológica estão intimamente
ligadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os
profissionais dessas áreas detêm a competência técnica para orientar a
143
escolha de alternativas sustentáveis, podem contribuir para o avanço do

conhecimento científico e para o desenvolvimento de técnicas e
tecnologias sintonizadas com os ODS. O exercício profissional da
engenharia e demais profissões tecnológicas busca propor soluções para
os desafios técnicos que se apresentam. A consecução do desenvolvimento
sustentável inclui um fator-chave: processos produtivos que, ao mesmo
tempo, promovam a redução do uso de recursos naturais, enquanto
insumos, e potencializem a produção para o consumo da sociedade com
menores índices de poluição 32 associados. E este fator chave se associa
diretamente ao exercício da engenharia: desenvolver técnicas e
tecnologias para melhor aproveitamento dos insumos produtivos, produzir
com eficiência, reduzir os resíduos gerados na produção e buscar meios de
reutilizá-los. Esse é o ciclo virtuoso do desenvolvimento sustentável, em
cuja promoção a engenharia tem responsabilidade.
Fonte: CREA-MG. A Engenharia e a Sustentabilidade . Disponível em:
http://www.crea-mg.org.br/images/cartilhas/es-engenhariaesustentabilidade.pdf.
Diante disso, é cabível ressaltar a colocação inapropriada que
se faz através da primeira hipótese.
b) A segunda hipótese se fundamenta na idoneidade do engenheiro
físico em desenvolver um protótipo de material que, apesar de não mostrar
uma solução de eficácia notória, ainda auxiliaria futuros profissionais a
desenvolverem outros modelos que apresentem resultados favoráveis à
pauta abordada por esta pesquisa.
O desenvolvimento de matéria plástica biodegradável já
conseguira atingir níveis de notoriedade mercadológica na sociedade,
entretanto, há o empecilho de divulgação do material, uma vez que a
ascensão dos polímeros sintéticos não-biodegradáveis o tornara
difundido de maneira que o faz ser contemplado como única forma de
se atender a demanda antrópica:
Foram levantadas um total de 19 empresas, onde 13 empresas
trabalhavam com a fabricação de sacolas biodegradáveis, as outras 4
seriam empresas multinacionais que possuem sede no Brasil, sendo assim
o mercado atual de materiais biodegradáveis ainda está em ascensão no
Brasil, existindo pouca divulgação. (…)
Atualmente, compreender o atual mercado de plásticos oxibiodegradáveis e
biodegradáveis é de grande valia uma vez que a implementação de leis
estaduais visando a preservação do meio ambiente está em alta.
144
Pode-se dizer que por meio das ideias propostas no questionário se tem
uma visão ampla de quais empecilhos e quais incentivos temos para a
produção desse material.
Fonte: Alana Cristina Pereira; Marcelo Augusto Gonçalves Bardi. Cenário da
Produção Brasileira de Plásticos Biodegradáveis e Oxibiodegradáveis: uma
proposta de análise mercadológica . Disponível em:
https://cadernopaic.fae.edu/cadernopaic/article/view/436. Acesso em: 10 jun. 2021.
Dessa forma, é possível determinar que a fundamentação
proposta pela segunda hipótese não se faz viável para o status quo
da Engenharia em suas funções dentro da sociedade contemporânea.
c) A terceira hipótese se pauta na total capacidade do profissional da
Engenharia Física produzir um projeto contribuinte à atenuação do depósito
de polímeros no meio ambiental através do desenvolvimento das
observações socioambientais junto à proposição de materiais
possibilitadores da solução de tal problemática.
Diante da proposta suprarreferida, é possível destacar que,
sendo de fundamentação sólida, a Engenharia Física tem total
capacidade de exercer suas faculdades técnicas com o fito de
contribuir com o progresso da sustentabilidade; posto isto, inicia-se
uma breve reflexão acerca da natureza dos plásticos e propostas que
existem para a sua substituição:
A natureza dos polímeros conhecidos dá a possibilidade de
desenvolvimento de quatro grupos de classificação: Plásticos não-
biodegradáveis derivados de olefinas, plásticos biodegradáveis
derivados de recursos renováveis, plásticos biodegradáveis derivados
de recursos fósseis e plásticos não-biodegradáveis derivados de
recursos renováveis
145
Dessa maneira, é proposta a análise dos quadrantes definidos

pela imagem acima:
1. Plásticos não-biodegradáveis derivados de olefinas:
esta categoria abrange os plásticos clássicos ou tradicionais como
polietileno, poliestireno, cloreto de polivinil, etc;
2. Plásticos biodegradáveis derivados de recursos
renováveis: feitos de matéria-prima de biomassa que mostram
propriedades de biodegradação, os exemplos deste grupo incluem
poliésteres como PLA ou poli-hidroxialcanoato (PHA);
3. Plásticos biodegradáveis derivados de recursos
fósseis: são degradáveis, todavia, produzidos a partir de recursos
fósseis, este grupo, pequeno em comparação aos demais, é
produzido por combinações de amido ou outros bioplásticos, como
146
exemplos desta modalidade, tem-se a policaprolactona (PCL),

succinato de polibutileno (PBS) e o tereftalato de polibutileno adipato
(PBAT);
4. Plásticos não-biodegradáveis derivados de recursos
renováveis: produzidos a partir de biomassa sem propriedades de
biodegradação, muitas vezes são compostos por biocombustível de
bioetanol, como exemplos de polímeros deste tipo, há o biopolietileno
(bio-PE), biopolicloreto de vinila (bio-PVC), biotereftalato de
polietileno (bio-PET) e biopolipropileno (bio-PP).
Os plásticos biodegradáveis possuem diversas utilizações de
vida útil curta, em que a biodegradabilidade é a característica-chave
de destaque, entre elas:
• Sacos de resíduos (podem aumentar o volume de resíduos coletados e
melhorar o processo de compostagem);
• Filmes biodegradáveis;
• Embalagens rígidas;
• Embalagens flexíveis;
• Bens de consumo;
• Têxteis;
• Revestimentos;
• Adesivos;
• Construção civil;
• Setor eletroeletrônico;
• Agricultura;
• Setor automotivo.
147
A biodegradabilidade do material depende da finalidade de

aplicação, no caso, vida útil e condições físico-químicas, oxigenação,
temperatura, luz de exposição e microorganismos específicos;
entretanto, as principais opções para o fim da vida dos polímeros
biodegradáveis são a reciclagem e reprocessamento, incineração,
compostagem, degradação anaeróbia e acúmulo em aterro. Destaca-
se que a deposição dos resíduos plásticos em aterros é a alternativa
menos favorecedora à resolução da problemática apresentada pela
pesquisa, na medida em que o acúmulo da matéria plástica pode
trazer impactos severos à biota regional, além de proporcionar a
produção de gases potencializadores do efeito estufa (CO 2, CH4, NO x,
SOx, entre outros).
Assim, a compreensão e geração de conhecimentos acerca da
substituição da matéria plástica tradicional traz uma série de desafios,
não somente a partir dos princípios de divulgação de sua viabilidade,
mas, também, ao fomento de pesquisas relacionadas a esta área.
Outrossim, sobreleva-se a total idoneidade da Engenharia Física na
proposição de métodos de atenuação do acúmulo dos polímeros
derivados de olefinas na crosta terrestre, trata-se do compromisso
com a sustentabilidade e desenvolvimento humano enquanto
sociedade.
Dessa forma, aponta-se o direcionamento da discussão do
próximo tópico abordado, a metodologia de pesquisa, construção e
execução dos conhecimentos abordados.
5 Metodologia
148
Referente à metodologia de pesquisa científica e compreensão

aplicadas, deve-se registrar o passo a passo para, dessa forma,
contribuir com futuros pesquisadores que pretendam repetir as
atividades realizadas e conferir seu grau de precisão.
Com isso, estabelece-se a importância de se discorrer acerca
do significado e etimologia dos termos centrais abordados por este
tópico:
Conforme o Dicionário Houaiss: metodologia é a ciência que
estuda o método aos quais ela mesmo decorre, lógica que se ocupa
dos métodos das diferentes ciências.
A palavra “metodologia” advém do latim methodus (Maneira de
ir ou de ensinar) e do grego methodos (investigação científica, modo
de perguntar), que deriva da soma dos termos meta- , hodos e o
sufixo logos, sendo o significado respectivo de cada um deles: “atrás,
depois”, “caminho” e “palavra, estudo, tratado”, o que origina o
significado “perseguição, ato de ir atrás”; portanto, estuda os
melhores métodos praticados em determinada área para a produção
do conhecimento.
De forma a exemplificar os bancos de dados utilizados, inicia-
se pela ordem lógica de utilização:
O primeiro banco utilizado fora o Google Scholar, uma vez que
possibilita o acesso democrático aos dados científicos procurados,
sendo que, a partir deste, foram retirados cerca de 35% da pesquisa
O banco de dados utilizado em seguida foi o SciELO, sigla que
provém de Scientific Electronic Library Online (Biblioteca Eletrônica
Científica Online), é uma biblioteca digital de livre acesso, resultado
de um projeto de pesquisa da FAPESP em conjunto com a Centro
Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde
(Bireme) e, desde 2002, conta com o apoio do CNPq.
Também foi utilizado o Z-Library, projeto de compartilhamento
de arquivos para artigos de jornais acadêmicos, livros acadêmicos e
livros de interesse geral.
149
Por fim, fez-se o uso do Portal Domínio Público, biblioteca

digital lançada em 2004, editada pelo Ministério da Educação do
Brasil, constituído por obras de domínio público ou devidamente
cedidas pelos titulares dos direitos autorais.
Assim, é cabível a proposição de que, com a pesquisa
bibliográfica, fio perceptível a variedade de acervos encontrados, que
viabiliza a compreensão da aplicabilidade da Engenharia Física na
resolução das problemáticas hodiernas, sustentabilidade e inovação;
outrossim, os bancos de dados configuraram o fulcro para a formação
do conhecimento abordado por esta pesquisa e, de maneira
indubitável, foram peça-chave na aquisição de conhecimentos novos
e inexplorados acerca da sustentabilidade e desenvolvimento de
materiais alternativos aos plásticos convencionais.
Dessa maneira, direciona-se a discussão para os resultados
obtidos para cada tópico desenvolvido, de maneira a traçar a
continuidade da pesquisa.
6 Resultados
Destaca-se, portanto, a importância dos resultados alcançados
através da derivação do banco de dados nas pesquisas realizadas.
As conclusões apontam para a identificação de um viés sistemático
que permeia os conhecimentos advindos da Engenharia Física, na
medida em que o conhecer fundamentado na ciência dos materiais
referentes aos meios de se desenvolver procedimentos que visam à
resolução da problemática que ascende do consumo desmedido
proveniente da sociedade e seu modus vivendi, ademais, é notório o
esclarecimento proposto na compreensão e proposição de artifícios
que residem na propriedade de biodegradação da matéria plástica.
Frente ao exposto, tem-se que as pesquisas atingiram o objetivo de
explicitar a atuação do engenheiro físico no processo de moderação
do depósito de matéria plástica no meio ambiental – na medida em
que sua formação interdisciplinar permite a atuação nas diversas
áreas do mercado de trabalho.
150
I) Engenharia Física na Moderação do Depósito de Plásticos no

Meio Ambiental
Bem como propósito de estudo, pesquisou-se acerca das
atividades inerentes à conduta cidadã para com o meio ambiente, e,
diante disso, tomou-se como base a política nacional de resíduos
sólidos, à qual pode-se complementar com o comentário discorrido a
cerca da Biodegradação em A importância e as Vantagens do
Polihidroxibutirato:
Uns dos maiores desafios ambientais da atualidade é o esgotamento
dos recursos não renováveis e o equacionamento da questão do lixo
urbano, fatores diretamente ligados ao setor de embalagens, apontado
como um dos principais agentes multiplicadores desses resíduos. Em
2000, o Brasil produziu aproximadamente 23 mil toneladas de lixo/dia,
sendo em média 20% desse volume correspondente aos plásticos.
Desta forma, torna-se essencial o desenvolvimento de alternativas que
possam compatibilizar a praticidade das embalagens e o
desenvolvimento sustentável, permitindo o consumo e a conveniência,
sem comprometer os recursos do planeta.
Fonte: COUTINHO, B C et al. A importância e as vantagens do
Polihidroxibutirato (Plástico biodegradável). HOLOS, [S.I.], v.3, p. 76-81, dez.
2007. Disponível em:
http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/49. Acesso em: 30
jun. 2021.
O Decreto-lei mencionado e complementado pela referência
supramencionada estabelece o dever cidadão de conduta referente
aos recursos não renováveis além da matéria sem reaproveitamento
imediato. Dessa forma, fica explícita a responsabilidade ambiental
que há aos indivíduos da nação e, de igual maneira, aos engenheiros
físicos; o que determina o comprometimento com a solução das
problemáticas ambientais através da utilização dos conhecimentos
cedidos por sua base de formação, neste caso, física ambiental e
ciência dos materiais
Acerca da abordagem principal da pesquisa, fez-se a procura
da definição e descrição formal de “polímero” a fim de que se
pudesse gerar entendimento acerca da pauta de estudo, com isso foi
possível entender sua contribuição à sociedade, porém com o tempo
à problemática relacionada ao seu tempo de vida foi observada.
151
A taxa de reciclagem de diferentes tipos de plásticos também nos dá uma

visão geral da magnitude do problema. Quando consideramos plásticos
usados para embalagens, tereftalato de polietileno (PET), eles têm a maior
taxa de recuperação (70% na Europa) entretanto apenas 7% é reciclada
como garrafa novamente (World Economic Forum et al.2015). Em 2015 o
EUA reciclou apenas 30% das garrafas PET, enquanto garrafas feitas com
polietileno de alta densidade (HDPE) tem uma taxa de reciclagem pouco
maior que 34,4%. A taxa de reciclagem de polipropileno (PP), polietileno de
baixa densidade (LDPE), e Policloreto de vinila (PVC) são muito baixas
(18%, 4,1%, e 3,3%, respectivamente) (ACC and APR 2016). Esses
materiais estão longe da taxa de reciclagem de outros materiais no EUA,
como as Baterias chumbo-ácido (98%), latas de aço (70,7%), e latas de
alumínio (55,1%) (US EPA 2016) além de bem abaixo de alguns países
europeus como a Alemanha, onde em 2015, em parte graças ao
“pfandpflichtige PET-Verpackungen” (Esquema obrigatório para depósito de
PET) Alemão, mais de 92% das garrafas PET foram recicladas e 26% das
“R-PET” foram recicladas em novas garrafas PET.
nges_and_Opportunities. Acesso em: 30 jun. 2021. Tradução Livre.
Com base na definição de ”polímero”, entende-se a abrangência dos
saberes da polimerização de substâncias, haja vista que possibilitaram a melhoria
crescente da qualidade de vida conforme aumentou a sua dominação, além de
possibilitar a adição do entendimento referente aos fenômenos físico-químicos e
biológicos recorrentes aos processos hodiernos da natureza.
Colocada a concepção do elo entre a graduação em Engenharia Física e os
saberes observados durante a história da matéria plástica, foi possível observar
que, ao longo do tempo, os polímeros produzidos artificialmente não possuíam
características biodegradáveis, o que rendera a sua deposição excessiva sobre as
superfícies terrestres e aquáticas e, por conseguinte, a problemática da poluição
plástica.
Como forma de busca à solução do problema, fez-se pesquisas no que
concerne à existência de polímeros biodegradáveis como forma de substituição
aos plásticos derivados de olefinas, que foram a única alternativa de seu uso por
décadas; com isso, através da leitura da obra Química , de Ricardo Feltre, foi
possível observar a pluralidade de alternativas existentes ao plástico convencional
que possuíam características menos agressivas ao meio ambiente e seguindo com
a leitura foi é encontrado um comentário à cerca da poluição por polímeros além
da sugestão relacionada à pauta proposta:
152
Uma grande parte dos problemas trazidos pelo lixo reside nos plásticos. As
várias vantagens dos plásticos — como durabilidade e resistência à ação
do ar e de muitos produtos químicos — tornam-se desvantagens quando o
objeto de plástico é jogado fora (lembre-se da quantidade enorme de
garrafas plásticas vazias que jogamos no lixo). É importante separar os
materiais que podem ser reciclados, antes de descartá-los. Os plásticos
são exemplos disso, assim como os vidros, os metais, os papéis e os
papelões. Nos lixões, os plásticos permanecem intactos por muito tempo,
pois não são biodegradáveis (isto é, não são atacados pelos
microrganismos do solo), como acontece com os polímeros naturais
(celulose, proteínas etc.). Lançadas ao mar, folhas plásticas são engolidas
por peixes e tartarugas marinhas, levando-os à morte. Incinerados, os
plásticos podem lançar ao ar substâncias tóxicas, como o HC l, o NH 3 , o
HCN etc. Estamos, sem dúvida, diante de um grande problema de poluição
ambiental.
Outra solução é a fabricação de novos plásticos que sejam biodegradáveis.
Várias tentativas já foram feitas nesse sentido, como, por exemplo, a
adição de amido aos plásticos; quando o amido é degradado, restam
pedaços minúsculos de plástico, que prejudicam menos o meio ambiente.
Foi tentada também a adição de substâncias fotossensíveis, que ajudam o
plástico a se decompor pela ação da luz solar.
Fonte: FELTRE, Ricardo. p.400. Química 3 – Química Orgânica . 6 ed. São Paulo:
Moderna, 2004.
Cabe ao engenheiro compreender e interpretar tais conceitos com bases no
contexto aplicado, termos como biopolímero, polímero biodegradável, polímero
oxibiodegradável e polímero convencional. Nessa lógica, incumbe-se ao
engenheiro o entendimento das partes que compõe as propriedades
biodegradáveis dos polímeros com o fito de determinar a solução que cabe de
maneira mais adequada ao panorama inserido.
Por fim, fez-se de extrema importância a determinação dos desafios e
oportunidades dos plásticos biodegradáveis na economia e sociedade atuais, o
que gera a necessidade de compreensão das faculdades desta classe de
materiais; com isso, o artigo Plastic Biodagradation: challenges and opportunities
se construiu de maneira a evidenciar os termos procurados:
Estudos recentes tem mostrado que plasticos que tradicionalmente são
considerados não-biodegradaveis, como o PET e PE, podem ser
degradados e metabolizados por micróbios. Várias enzimas capazes de
hidrolizar o éster, contendo PET e outros plásticos de poliester como o PU
tem sido identificadas (Wei and Zimmermann 2017b), e os menomeros
resultantes dessa reação podem ser usados como fonte de carbono por
diferentes microorganismos. Isto constitui uma mudança de paradigma em
que podem ser considerados plásticos biodegradaveis. A respeito desses
desenvolvimentos, é claro que a poluição ambiental por plásticos é uma
153
questão importante. Mesmo que novos organismos que se alimentam de

plásticos estejam emergindo através da evolução, nesses nichos feitos
pelos homens, estes plásticos permanecem com alto recalcitrante devido à
sua inacessibilidade molecular, estrutura macroscópica, e as baixas taxas
de degradação observadas. A taxa de acumulação ainda excede em muito
a taxa de biodegradação, e nós não podemos assumir que a natureza
tomará conta deste problema por nós.
nges_and_Opportunities. Acesso em: 30 jun. 2021. Tradução Livre.
Concerne ao engenheiro físico a responsabilidade de exercer a
interpretação e utilização desses dados com o objetivo de possibilitar
o melhor enquadramento possível ao fenômeno de análise.
II) Desconhecimento Existente Acerca dos Polímeros Biodegradáveis
Diante da problemática do desconhecimento existente acerca dos
polímeros biodegradáveis, foi necessário realizar a análise de
demonstração da importância da temática, além de construir a síntese
acerca do incentivo que há por trás das pesquisas junto da disseminação
diante à população:
(...)
Princípio 11: Os Estados deverão promulgar leis eficazes sobre o meio
ambiente. As normas ambientais e os objetivos e prioridades em matérias
de regulamentação do meio ambiente, devem refletir o contexto ambiental
e de desenvolvimento às quais se aplicam. As normas aplicadas por alguns
países podem resultar inadequadas e representar um custo social e
econômico injustificado para outros países, em particular os países em
desenvolvimento.
Princípio 12: Os Estados deveriam cooperar para promover um sistema
econômico internacional favorável e aberto, o qual levará ao crescimento
econômico e ao desenvolvimento sustentável de todos os países, a fim de
abordar adequadamente as questões da degradação ambiental. As
medidas de política comercial para fins ambientais não deveriam constituir
um meio de discriminação arbitrária ou injustificável, nem uma restrição
velada ao comércio internacional. Deveriam ser evitadas medidas
unilaterais para solucionar os problemas ambientais que se produzem fora
da jurisdição do país importador. As medidas destinadas a tratar os
problemas ambientais transfronteiriços ou mundiais deveriam, na medida
do possível, basear-se em um consenso internacional.
(...)
Princípio 14: Os Estados deveriam cooperar efetivamente para
desestimular ou evitar o deslocamento e a transferência a outros Estados
de quaisquer atividades e substâncias que causem degradação ambiental
grave ou se considerem nocivas à saúde humana.
154
Princípio 15: Com a finalidade de proteger o meio ambiente, os Estados

deverão aplicar amplamente o critério de precaução conforme suas
capacidades. Quando houver perigo de dano grave ou irreversível, a falta
de certeza científica absoluta não deverá ser utilizada como razão para que
seja adiada a adoção de medidas eficazes em função dos custos para
impedir a degradação ambiental.
(...)
Princípio 27: Os Estados e os povos deveriam cooperar, de boa fé e com
espírito de solidariedade, na aplicação dos princípios consagrados nesta
declaração e no posterior desenvolvimento do direito internacional na
esfera do desenvolvimento sustentável.
Fonte: ONU. Declaração do Rio sobre o meio ambiente e o desenvolvimento . 3 a 14
de jun de 1992. Disponível em:
https://cetesb.sp.gov.br/proclima/wp-content/uploads/sites/36/2013/12/
declaracao_rio_ma.pdf. Acesso em: 10 jun. 2021.
Tendo em vista que, desde a declaração citada, as medidas de
preservação do meio ambiente aumentaram, o que tornou tal tema notório
na sociedade atual; pode-se observar a importância da conservação dos
princípios citados, tanto durante o tempo decorrido, quanto às gerações
porvindouras, portanto, destaca-se o princípio 9 como fundamental à pauta
tratada, o qual tem como conceito fortalecer estudos científicos e
tecnológicos com a finalidade de atingir a sustentabilidade, em partida do
mesmo princípio, em adendo ao profissional engenheiro físico, acha-se a
elocução “aumentando o saber mediante o intercâmbio de conhecimentos
científicos e tecnológicos”, descrição, dentre outras, atribuída à profissão
que interliga os conhecimentos existentes nas mais diversas áreas.
Os proeminentes avanços nas medidas de preservação ambiental se
dão por décadas de conferências globais com o intuito de discorrer sobre a
temática ambiental, que ocorriam com finalidades diferentes, entre os quais
davam-se pelo reforço e revisão de tópicos já tratados antes, o que mostra
a importância de se trazer essas discussões à tona:
Até o final oficial da conferência na sexta-feira, os negociadores chegaram
a um acordo sobre algumas questões importantes. Entre elas, temas como
capacitação e um programa de gênero e tecnologia.
No entanto, a ONU aponta que um acordo geral foi procrastinado devido a
divergências sobre questões maiores e mais controversas que lidam com
perdas e danos causados pelas mudanças climáticas provocadas pelo
homem, assim como o financiamento para adaptação.
A pedido da presidente da COP, negociadores trabalharam durante a noite
de sexta-feira. Mas, de acordo com relatos, uma versão preliminar do texto
155
final divulgada na manhã do sábado desapontou todas as partes nas

negociações.
Representantes de Organizações Não Governamentais, ONGs, e da
sociedade civil teriam declarado que o acordo era inaceitável e uma traição
aos compromissos assumidos no âmbito do acordo climático de Paris de
2015.
(...)
No sábado à tarde uma conferência de imprensa foi realizada pelos
organizadores da COP explicando que os negociadores ainda estavam
trabalhando intensamente com o objetivo de "mostrar ao mundo” que um
resultado poderia ser obtido e “que o multilateralismo funciona."
Na noite de sábado ainda não havia sinal de acordo. No Twitter, a ativista
de 16 anos, Greta Thunberg, uma das participantes de alto nível do
Encontro de Cúpula de Ação Climática, realizado na sede da ONU em
setembro, comentou que parecia que a COP 25 em Madri estava
desmoronando e que apesar de ser clara, “a ciência está sendo ignorada.”
(...)
A União Europeia, por exemplo, se comprometeu com a neutralidade do
carbono até 2050, e 73 países anunciaram que apresentarão um plano de
ação climática aprimorado.
Uma disposição de ambição por uma economia mais limpa também ficou
evidente em nível regional e local, com 14 regiões, 398 cidades, 786
empresas e 16 investidores trabalhando para alcançar emissões líquidas
zero de CO2 até 2050.
As discussões realizadas durante a COP 25 ampliaram o entendimento da
ciência por trás da crise climática e a necessidade crítica de urgência. O
Pacto Global da ONU, que trabalha com o setor privado, anunciou que 177
empresas concordaram em estabelecer metas climáticas baseadas na
ciência e que se alinham com o limite do aumento da temperatura global
até 1,5°C acima dos níveis pré-industriais e atingindo as emissões líquidas
de zero até 2050.
Fonte: ONU News. COP 25 encerra com progresso mas sem acordo para aumentar
a ambição climática. 15 de dez de 2019. Disponível em:
https://news.un.org/pt/story/2019/12/1698001. Acesso em: 1 jul. 2021.
Dessarte, pode-se inferir a serventia de avanços tecnológicos e
científicos como ensejo para a sustentabilidade, inclui-se, neste avanço, o
desconhecimento acerca de polímeros biodegradáveis, bem como atesta o
benefício de sua aplicação a longo prazo que a polidez da pauta traz,
dando-se ênfase na contribuição que o engenheiro físico pode vir a
conceder devido ao seu perfil multidisciplinar e vocação em concatenar
diferentes áreas.
III) Conhecimento da Ciência dos Materiais no Desenvolvimento
de Plásticos Biodegradáveis
156
Diante do objeto de estudo, o que se obteve como

conhecimento da ciência dos materiais no desenvolvimento de
plásticos biodegradáveis indica que a Engenharia Física, como
profissional incumbido de propor modelos de resolução de
problemáticas, possui ligação íntima com os objetivos de
desenvolvimento sustentável, haja vista que o conhecimento científico
se desenvolve a partir das necessidades presentes; com isso, fez-se
uso de referenciamento a partir do CREA-MG para exemplificar tal
competência:
A engenharia surgiu para buscar soluções para desafios técnicos impostos
pelas demandas da sociedade. Por meio do uso da ciência, a engenharia
propõe e aprimora soluções tecnológicas para a produção e o bem-estar
humano. Nas atividades profissionais, os engenheiros são aqueles que
tomam decisões acerca da tecnologia a ser aplicada, dos materiais a serem
usados em projetos nas mais diversas áreas, como construção civil e
infraestrutura, planejamento urbano, projetos agroindustriais, indústria,
produção de energia, etc.
(...)
Para promoção do desenvolvimento sustentável, as profissões da área
tecnológica devem pautar sua atuação em uma visão integrada de técnicas
empregadas, mas sobretudo na promoção do bem-estar da sociedade que
necessariamente perpassa os seguintes temas: desenvolvimento
econômico com bases sustentáveis, inclusão social e qualidade ambiental
do território.
Fonte: CREA-MG. A Engenharia e a Sustentabilidade. Disponível em:
http://www.crea-mg.org.br/images/cartilhas/es-engenhariaesustentabilidade.pdf.
Acesso em: 30 de jun. 2021.
Tal abrangência sintetiza a conexão existente entre os ODS e a
potencialização do desenvolvimento técno-científico no âmbito das engenharias, o
que possibilitou o embasamento necessário para a continuação da direção da
pesquisa.
Ademais, fez-se necessária, também, a análise de viabilidade do
desenvolvimento de polímeros biodegradáveis com base em análises
mercadológicas a fim de observar a possível adesão econômica desse ramo de
matéria plástica; para isso, utilizou-se a pesquisa realizada no artigo Cenário da
Produção Brasileira de Plásticos Biodegradáveis e Oxibiodegradáveis: uma
proposta de análise mercadológica e posteriormente foi utilizado o artigo
Panorama Setorial e Perspectiva na Área de Polímeros Biodegradáveis para
157
estudar o potencial econômico e mercadológico, através da observação de

patentes:
Através dos resultados obtidos pôde-se perceber o panorama atual dos
polímeros biodegradáveis mostrando um campo em desenvolvimento, com
crescente utilização de polímeros nos mais variados setores. É uma área
de grande potencial de estudos para viabilização do seu uso. Todos os
polímeros em estudo mostraram-se muito interessantes para serem
investigados, especialmente o PHB, por ser um polímero produzido no
Brasil. A diversidade em temas abrangidos é grande (composições,
blendas, copolímeros, obtenção, separação, aplicações gerais e médicas,
entre outras) sendo, entretanto, a maior parte das patentes relacionadas
com misturas e obtenção e poucas patentes relacionadas com aplicações.
É válido atentar para o fato de que a análise efetuada através da
Espacenet, permite a utilização apenas do título da patente, podendo tal
fato ter se tornado uma fonte de erro neste trabalho. Os resultados obtidos
mostram-se como referenciais, sendo necessário para um estudo mais
completo utilizar-se também de outras bases de dados e outras fontes.
Fonte: Falcone; Daniele M. B.; Agnelli, José Augusto M; e Faria, Leandro I. L.
Panorama setorial e perspectivas na área de polímeros biodegradáveis . 2007, v. 17,
n. 1. Acessado em: 1 jul 2021. pp. 5-9. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0104-14282007000100005. Epub 05 Set 2007. ISSN 1678-
5169. https://doi.org/10.1590/S0104-14282007000100005.
Dada a contemplação mercadológica e dada à análise de
patentes na área de polímeros biodegradáveis, compreende-se que
há a ascensão do uso da alternativa aos plásticos convencionais e o
setor atribui grande valia para o desenvolvimento de materiais
alternativos aos polímeros derivados de olefinas.
Com base nas informações geradas pelo banco de dados e
citadas durante a descrição do tópico, é criterioso concluir a ideia de
que o profissional formado em Engenharia Física é apto a
desempenhar um papel importante no avanço de pesquisas acerca de
polímeros biodegradáveis, pesquisa essa de grande contribuição em
caminho à sustentabilidade.
Assim, pode-se afirmar de maneira empírica, em face da busca
pelas atribuições da Engenharia Física em Projetos de Moderação do
Depósito de Plásticos no Meio Ambiental; à vista disso, a atuação do
engenheiro físico permite o desenvolvimento de soluções no que
tange à busca de alternativas à utilização dos polímeros
158
convencionais, que se derivam de olefinas – visto que seus

conhecimentos se alicerçam na ciência dos materiais e física
ambiental – dadas as condições socioeconômicas, necessidades de
prioridade e geofísica de cada localidade.
Outrossim, o desempenho laboral destes profissionais na área
ambiental garante a precisão no que se refere à adaptabilidade das
atitudes que se fazem necessárias dentro das descrições intrínsecas
a cada ocasião analisada, uma vez que a interdisciplinaridade se
torna fulcral para a efetivação dos tópicos propostos por esta
pesquisa.
Dessa maneira, visto as conclusões apresentadas, passa-se a
discorrer no que concerne à discussão, ponto do próximo tópico.
7 Discussão
Os resultados da pesquisa, fundamentados pela reunião no
banco de dados, possibilitaram a possibilidade de contribuição da
Engenharia Física em projetos de moderação do depósito de plásticos
no meio ambiental, máxime pelo perfil de característica
multiespecialista e interdisciplinar que permite a formação da visão
crítica e com bases fortes com fins na resolução das problemáticas
hodiernas e de alto nível intelectual.
O fenômeno de apogeu dos polímeros não-biodegradáveis fez a
contemplação das diferentes classes da matéria plástica necessária,
uma vez que, em cronologia contemporânea, a deposição exacerbada
de plásticos convencionais se tornou uma das mais notórias
interferências destrutivas antrópicas e, portanto, de discussão
indispensável para o aprimoramento do modus vivendi da
humanidade. O estudo de classificação da matéria plástica se tornou
substancial para haver a compreensão do imbróglio causado pelas
ações inconsequentes para com o meio ecossistêmico durante o
século XX e XXI e, como consequência desta síntese, foi possível
159
concluir que o desconhecimento acerca das alternativas ao plástico

convencional teve parte potencializadora do problema tratado por
esta pesquisa.
Tal perspectiva, seja de compreender a importância do
conhecimento acerca da ciência dos materiais no desenvolvimento de
plásticos biodegradáveis, seja em abordar o fenômeno relativo à
negação deste; por conta disso, foi possível estabelecer a
possibilidade de inserção dos profissionais da Engenharia Física
como peça-chave no exercício dos tópicos abordados pelas questões
levantadas.
Devido a isso, é possível afirmar que a Engenharia Física é
imprescindível em projetos de moderação do depósito de plásticos devido
ao seu potencial de prover conhecimentos da área de ciência dos materiais,
com destaque ao desenvolvimento de plásticos biodegradáveis, visto que o
perfil multidisciplinar provido pelo curso possibilita a insigne contribuição e
avanço à pauta tratada, com objetivo à sustentabilidade.
Reafirma-se a contribuição da Engenharia Física em projetos
de moderação do depósito de plásticos no meio ambiental, com a
compreensão dos conceitos que englobam os materiais de uso
cotidiano definidos como plásticos convencionais e, por conseguinte,
dos revezes que são trazidos junto à possibilidade de substituição
desse material por alternativas sustentáveis e de baixo impacto
ambiental.
Com a pauta já estabelecida e discutida, volta-se ao questionamento
de firmamento do engenheiro físico em relação à compreensão acerca dos
polímeros, tanto sintéticos derivados de hidrocarbonetos, quanto
biodegradáveis, além de como o seu domínio da física ambiental age como
contribuinte na atenuação do depósito excessivo de matéria plástica
derivada de olefinas na biosfera.
Observou-se a total capacidade do profissional da Engenharia Física
em produzir projetos contribuintes à atenuação do depósito de polímeros no
meio ambiental, de forma a se fazer uso dos conhecimentos específicos da
física moderna e contemporânea que envolvem o entendimento dos
comportamentos físicos, químicos e biológicos do material, por meio do
160
desenvolvimento das observações socioambientais junto à proposição de

materiais possibilitadores da solução de tal problemática.
Com a compreensão dos processos que há por trás da concepção de
plásticos com propriedades biodegradáveis é possível discutir acerca e
obter, com o auxílio da ciência dos materiais, alternativas para as diversas
problemáticas que acompanham esses atributos no processo de
desenvolvê-los, sendo um exemplo a redução do custo de desenvolvimento,
problema que limita a sua produção e, com a resolução possibilita a
viabilidade econômica, fator que promove a fabricação por parte de
empresas.
O objetivo estabelecido de compreender os conhecimentos da
ciência dos materiais no desenvolvimento de plásticos biodegradáveis
foi alcançado, vez que a identificação de temáticas específicas
possuem bases que podem ser utilizadas de maneira total pela
Engenharia Física, de forma a possibilitar o desenvolvimento
tecnológico e sustentável.
Com a análise do banco de dados e discussão do tema proposto é
factível que, o engenheiro físico tem competência para atuar na
compreensão da física ambiental e da física dos materiais para assim
contribuir em projetos que visam a atenuação do despejo excessivo de
plásticos baseados em olefinas sobre as superfícies terrestres e aquáticas,
com destaque para sua a compreensão à cerca das propriedades dos
polímeros convencionais, biopolímeros, polímeros biodegradáveis e
polímeros oxibiodegradáveis, tendo em vista que dependendo da matéria
prima, há mudanças em sua constituição, e com isso ter um papel
fundamental na descoberta de alternativas no que tange os diversos
problemas que inviabilizam ou atrapalham a difusão de polímeros
biodegradáveis dentre as empresas.
Com estas perspectivas, estabelece-se que as contribuições
dos profissionais da Engenharia Física podem, por meio da
divulgação científica, consolidar o uso e o conceito dos materiais de
cunho sustentável a fim de designar a problemática desenvolvida ao
londo do século XX e XXI com o propósito de desconstruir os
comportamentos inerentes à humanidade que desconhece os
benefícios decorrentes da sustentabilidade.
161
Assim, com a discussão em relação a Engenharia Física em projetos

de moderação do depósito de plásticos no meio ambiental e, com base na
análise feita a partir da pesquisa, com o que concerne à formação do
engenheiro físico é viável afirmar que há a capacidade em prestar papel
significativo em reger estudos com o objetivo de ampliar o conhecimento
acerca de polímeros biodegradáveis e seu desenvolvimento, o que faz com
que se tornem passíveis de comércio, isso com o entendimento de seus
aspectos físicos e biológicos, além de consolidar a distribuição deles em
oposição aos feitos com base em olefinas, é de igual importância a
divulgação e abrangência do tema a fim de assegurar o apoio, não apenas
por parte da unidade da federação e empresas, mas, também, da
população, junto ao incentivo do uso destes polímeros, o que objetiva
assegurar outra etapa de cunho sustentável.
Da discussão, portanto, passa-se a discorrer acerca das
conclusões da pesquisa.
8 Conclusões
A Engenharia Física pode contribuir em projetos de moderação
do depósito de plásticos no meio ambiental, uma vez que se trata de
uma problemática atual e, por definição, os profissionais constituintes
deste meio possuem o viés de solução de tais problemáticas, o que
não os limita em atuar somente nesta área, mas, também, em uma
série de setores que, à primeira vista, não parecem ter ligação com
as ciências naturais abordadas pela grade disciplinar dos
profissionais da Engenharia Física. Esta contribuição procede da
compreensão da ciência dos materiais com o fito de propor
alternativas aos plásticos convencionais, cujas bases permite a
análise e projeto de optações à matéria plástica comum.
Destaca-se, sobretudo, que as competências dos profissionais
da Engenharia Física, no que concerne ao agregado de dados
notórios para a sintetização da superação dos imbróglios causados
pelo depósito exacerbado dos polímeros derivados de olefinas, o que
evidencia a gama de possibilidades que são propiciadas pela Física
de Materiais e Física Ambiental.
162
O revés do desconhecimento existente acerca dos polímeros

biodegradáveis impulsiona o problema que advém de séculos de má
educação ambiental, uma vez que o levantamento desta pauta se fez
pela primeira vez há cerca de 70 anos, o que eleva a pouca
maturação existente sobre a temática de sustentabilidade, junto com
o somatório dos comportamentos inconsequentes que se tinha por
conta da ignorância no tocante aos valores ecossistêmicos e a
importância de preservá-los.
Posto isto, é possível ressaltar que a compreensão a respeito
da possibilidade de substituição dos polímeros sintéticos
convencionais traz uma série de desafios, não somente a partir dos
princípios de divulgação e aceitação econômica, mas, também, ao
fomento de pesquisas relacionadas a esta área, o que acarreta na
geração de tecnologias que beneficiariam a qualidade de vida
humana; ademais, a idoneidade passada pela formação sólida
proporcionada pela grade curricular da Engenharia Física é de grande
valia para a superação da deposição excessiva dos plásticos
convencionais, trata-se do compromisso com a sustentabilidade e
desenvolvimento humano enquanto sociedade.
Para a viabilização da pesquisa, utilizou-se a pesquisa
bibliográfica, na medida em que foi responsável por fundamentar as
informações e raciocínios sobre a temática abordada; o que fez viável
o desenvolvimento do registro da pesquisa através da técnica de
parágrafo. Com isso, o exercício da crítica e reflexão a fim de se
encontrar uma possível solução para a problemática, haja vista que a
metodologia elegida oportunizou a compreensão da temática e
solução.
Tendo em vista a metodologia, foi possível obter os resultados
mediante às informações retidas no banco de dados, isto é, a resolução da
problemática e afirmação do tema proposto com o amparo da Engenharia
Física, sendo que a conclusão do engenheiro físico ter a capacidade de
atuar de forma positiva em face à busca de alternativas contrárias à
utilização de polímeros convencionais se faz tangível à realidade, isso se
dá devido ao perfil multidisciplinar e bases de formação sólida que são
dadas aos profissionais da Engenharia Física, que fornecem o
163
conhecimento e habilidades necessárias para se ter a visão ampla no que

se refere aos diferentes setores da ciência empregados na pesquisa do
tema, ademais é fulcral ressaltar que a metodologia realizada considerou as
condições de inviabilidade mercadológica para se chegar aos resultados
relatados, reafirmando assim a temática já citada que busca o enraizamento
da modalidade no corpo social.
Com a contribuição da Engenharia Física na moderação do depósito
de plásticos no meio ambiental, pode-se inferir que, por intermédio de
pesquisas e observações de como as propriedades dos diversos polímeros
conceituados interagem com a natureza e seus respectivos efeitos, sendo
possível encontrar a solução para a viabilidade econômica, o que possibilita
o aumento da produção de polímeros biodegradáveis e com a divulgação
científica, torna-se mais conhecido entre as massas, de tal forma a
favorecer a sustentabilidade.
Dessarte, volta-se ao objetivo, ao qual visava compreender como a
Engenharia Física pode atuar no processo de atenuação do depósito
excessivo de polímeros sintéticos no meio ambiental e observar de forma
crítica as possibilidades de produção e viabilidade econômica dos plásticos
biodegradáveis, de maneira a se ter como conclusão a resposta aos
objetivos propostos, alcança-se, assim, o fito aventado pela temática.
Faz-se mister regressar à problemática proposta: como se consolida
a forma de ação do engenheiro físico na compreensão dos polímeros, tanto
sintéticos derivados de hidrocarbonetos, quanto biodegradáveis e, também,
como se dá a participação deste profissional no domínio da física ambiental
como contribuinte da atenuação do depósito excessivo de matéria plástica
na biosfera?
A Engenharia Física é descrita como o campo profissional
responsável pela resolução de problemáticas hodiernas, o que mostra sua
viabilidade em relação à resolução da temática proposta, dessa forma, ao
se ter conhecimento de que o profissional engenheiro físico, devido ao perfil
multidisciplinar, os possíveis caminhos se encaminham à física dos
materiais e à física ambiental como áreas de atuação e pesquisa, é
possível afirmar que a consolidação de seu papel na compreensão dos
polímeros, haja vista que a participação em englobar os saberes científicos
no que concerne às propriedades dos polímeros, além de propor soluções
ao depósito excessivo de matéria plástica na biosfera em vista ao melhor
uso dos limitados recursos naturais, o que pode atenuar, portanto, os
164
efeitos estimulados pelo despojo inconsequente da matéria plástica

convencional.
Uma vez tida a sustentabilidade como propósito, a melhor via para se
avançar nos aspectos que dizem respeito à substituição de polímeros
baseados em olefinas é a compreensão das particularidades físicas e
biológicas que as circundam a partir da análise científica, pois entender sua
natureza possibilita o desenvolvimento dos plásticos procurados e, por
conseguinte, o recaimento da futura geração de novos materiais
semelhantes, além de suscitar a resolução das diversas complicações
advindas desta problemática, ou seja, o engenheiro físico se faz apto na
atuação efetiva devido à capacidade de concatenar diferentes áreas, o que
conclui a conveniência da solução proposta.
9 Referências
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COUTINHO, B C et al. A importância e as vantagens do Polihidroxibutirato
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166
https://www.youtube.com/channel/UC4Ar4y-Xx7Pd6GGSA7Jas1Q
167

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