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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO


DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES
CURSO DE LETRAS – INGLÊS

PRECONCEITO LINGUÍSTICO: O INGLÊS FALADO EM


GEORGETOWN, CAPITAL DA REPÚBLICA DA GUIANA

MACAPÁ
2021

ARACI MACIEL DE ALMEIDA

PRECONCEITO LINGUÍSTICO: O INGLÊS FALADO EM


GEORGETOWN, CAPITAL DA REPUBLICA DA GUIANA

Pré-projeto de pesquisa apresentado à


disciplina Trabalho de Conclusão de
Curso I (TCC II), do curso de Letras
Português/Francês, ministrada pelo prof.
Dr. Rosivaldo Gomes.

Orientador: Profa. Brenda Mota


MACAPÁ
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................

2 JUSTIFICATIVA...........................................................................................................

3 OBJETIVOS...................................................................................................................
3.1 GERAL....................................................................................................................
3.2 ESPECÍFICOS.........................................................................................................

4 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................

5 METODOLOGIA DA PESQUISA...............................................................................

6 CRONOGRAMA............................................................................................................

REFERÊNCIAS.................................................................................................................
1 INTRODUÇÃO

Preconceito Linguístico: O Inglês Falado em Georgetown, Capital da República da


Guiana

De acordo com os estudos que serão abordados e que ainda serão expostos nesse
trabalho, fica notório que existe um viés inseparável entre a sociedade e a linguagem, onde se
pode notar a influência e a relação de uma com a outra. Há em diversos povos e sociedades,
pessoas que se separam em comunidades e que o único meio de comunicação oral é a Língua
Inglesa. Esse estudo tratará do uso desse idioma e de como ele vem sendo tratado por
professores de Língua Inglesa em diversas instituições de ensino em Macapá. O intuito deste
trabalho, que é o abordar de forma leve o preconceito com a Língua Inglesa falada em
Georgetown, capital da república da Guiana, é ressaltar o respeito e a valorização desse
idioma em um de seus aspectos mais relevantes que é a variação.
Sendo assim, o presente trabalho, terá o propósito de amparar tais justificativas para
algumas formas de preconceito com a linguagem oral, pois a escrita em si, nada a difere das
demais Línguas Inglesas faladas em todo o mundo.
Muitas práticas no ensino de línguas, adotam a noção de erro e acabam negligenciando
os aspectos mais constitutivos de qualquer língua que é a propriedade da variação em sentido
lato e strictu, bem como o fator dinâmico, se considerarmos que a língua não é estática. Como
se sabe todo fazer pedagógico está, conscientemente ou inconscientemente, vinculado a uma
teoria que norteará o trabalho do professor na adoção de uma postura teórico-metodológica
que definirão os tipos de procedimentos instrumentais de intervenção na sala de aula. Diante
disso, este trabalho vai propor a seguinte questão: qual a concepção da Língua Inglesa falada
em Georgetown que pode justificar o preconceito sofrido por falantes da Língua inglesa de
outros locais?
Este trabalho terá como objetivo geral, expor a forma como os falantes de língua
inglesa, com variação por países, são vistos pelos professores de Língua Inglesa que atuam
em Macapá e tentar entender por que há tanta dificuldade em compreender e aceitar que, da
mesma maneira que acontece o fenômeno da variação linguística dentro da língua materna,
influenciada por grupos, idades, regiões, etc, acontece também com falantes da língua inglesa
em todo o mundo, entender que todo trabalho com o ensino da língua materna deve pressupor
uma concepção de linguagem, a partir da qual esse tema será tratado.
Teremos como objetivo especifico, discutir sobre as diversas formas de lidar com a
variação linguística dentro da sala de aula, para que o aluno que não aborda o “Inglês
Americano ou Britânico” não seja intimidado. Como segundo objetivo especifico, trataremos
de discutir sobre o preconceito linguístico da Língua Inglesa falada em Georgetown,
mostrando qual concepção de língua poderia justificar esse tipo de abordagem.
Desejamos e acreditamos que através do resultado desse trabalho que o ensino da
Língua Inglesa nas diversas instituições de ensino em nessa cidade, seja de respeito com os
falantes desse idioma que não se rotulam americanos e/ou britânicos, que antes de serem
criticados por suas variações sejam aceitos como devem ser todos.

Contextualizar o tema e sua delimitação para a investigação que se pretende fazer,


mostrando a importância do estudo para a área. Ainda na introdução, mencione os objetivos
geral e específicos da pesquisa ou os introduza de forma breve para, posteriormente, deixá-los
claro em outra parte do projeto. Lembre-se de colocar os verbos no futuro do presente, isto é,
ações que ainda irão ocorrer (buscar-se-á, este projeto buscará, buscaremos, buscarei, etc.).
Sugiro que para monografia de graduação e de artigo sejam feitos apenas um objetivo geral e,
no máximo, dois objetivos específicos. Fazer mais de três objetivos específicos demandará, no
caso de monografia de graduação, mais capítulos teóricos e de artigo mais seções teóricas.

Feita a apresentação dos objetivos ou rápida introdução deles, relacione-os com


sua(s) questão(ões) de pesquisa. Observação: problemática não é necessariamente questão
de pesquisa! A problemática, caso, seja necessário, deverá ser apresentada anteriormente à(s)
questão(ões) de pesquisa. Finalize a introdução com um parágrafo mostrando a contribuição
que a pesquisa poderá trazer para o campo de discussão.

Observação: Escrever, no máximo, 1,5 na introdução. Lembre-se que a


introdução é a apresentação do trabalho para quem vai lê-lo. Em síntese, na
introdução, o pesquisador deverá explicar o assunto que deseja desenvolver:
a) Desenvolver genericamente o tema
b) Anunciar a ideia básica
c) Delimitar o foco da pesquisa
d) Situar o tema dentro do contexto geral da sua área de trabalho
e) Definir o objeto de análise: O QUÊ SERÁ ESTUDADO?
(Tamanho 12 Times New Roman sem negrito)
2 JUSTIFICATIVA

(Tamanho 12 Times New Roman em negrito) Todos os Títulos

(POR QUE FAZER?)

Aqui, explicitam-se os motivos de ordem teórica e prática que justificam a pesquisa.


Em outras palavras, deve responder-se à pergunta “por que se deseja fazer a pesquisa? ”. Não
se trata de uma explicação da preferência pessoal do pesquisador sobre o tema, mas dos
motivos pelos quais a questão importa para a sociedade e para a construção de conhecimento.
Apresenta-se, pois, as razões em defesa do estudo realizado e a relação do problema estudado
com o seu contexto social.
Consideram-se, ainda, as possíveis contribuições do estudo para o conhecimento
humano e para a solução de problemas. Para isso, mencione trabalhos que já foram
elaborados/estudados sobre a temática, mostrando seus objetivos, limitações/lacunas, para
depois mensurar que você buscará ir além dos pontos estudados por essas pesquisas. Lembre-
se que você não é o primeiro a escrever sobre essa temática, todavia, seu olhar como
pesquisador é peculiar em relação ao que irá buscar investigar. Mostre, de forma mais longa
que na introdução, a contribuição que o trabalho terá, bem como sua significância para a área
e estudos aos quais a pesquisa está/será vinculada.
Em síntese, na justificativa o pesquisador deverá explicar de forma clara,
objetiva e rica em detalhes as razões de ordem teórica ou prática que justificam a
realização da pesquisa ou o tema proposto para avaliação inicial. No caso de pesquisa de
natureza científica/acadêmica, a justificativa deve indicar:
a) A relevância social do problema/questão a ser investigada;
b) As contribuições que a pesquisa pode trazer, no sentido de proporcionar respostas aos
problemas propostos ou ampliar formulações teóricas a esse respeito;
c) O estágio de desenvolvimento dos conhecimentos referentes ao tema. A possibilidade
de sugerir modificações no âmbito da realidade proposta pelo tema.
Observação: Escrever, no máximo, 2 laudas para a justificativa. Lembre-se
que a justificativa diz respeito à importância, motivação e relevância em realizar a
pesquisa.
(Tamanho 12 Times New Roman sem negrito)
3 OBJETIVOS
(Tamanho 12 Times New Roman em negrito) Todos os Títulos

(VAI BUSCAR O QUÊ?)

Os objetivos relacionam-se à indicação de tudo o que se pretende realizar com a


pesquisa, situando também os resultados que se quer atingir. Trata-se da definição do que será
realizado. Aconselha-se a redigir os objetivos do pré-projeto com a utilização de verbos no
infinitivo (identificar, analisar, compreender, investigar, etc.). Os objetivos são divididos em
Geral e Específicos:

3.1 GERAL (sub-item sem negrito tamanho 12)

Trata-se de proporcionar uma visão geral e abrangente do tema, ou seja, do que se


pretende realizar.

3.2 ESPECÍFICOS (sub-item sem negrito tamanho 12)

Sua função é descrever, de forma mais detalhada e instrumental, o que será realizado.
São as questões mais concretas do estudo e que coadunam com o objetivo geral. São os
objetivos específicos que orientam o pesquisador na coleta ou geração dos dados e de
informações.
A apresentação dos objetivos varia em função da natureza do projeto. Nos objetivos
da pesquisa cabe identificar claramente o problema e apresentar sua delimitação. O objetivo
geral define o que o pesquisador pretende atingir com sua investigação e os objetivos
específicos definem etapas do trabalho a serem realizadas para que se alcance o objetivo
geral. Podem ser: exploratórios, descritivos e explicativos. Utilizar verbos para iniciar os
objetivos: Exploratórios (conhecer, identificar, levantar, descobrir); Descritivos (caracterizar,
descrever, traçar, determinar) e explicativos (analisar, avaliar, verificar, explicar).

(Tamanho 12 Times New Roman sem negrito)


4 REVISÃO DE LITERATURA

2- VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

A sociolinguística e a variação da linguagem envolvem o estudo de como a


linguagem varia entre diferentes grupos de falantes e a relação dessa variação com
fatores sociais. O exame dos efeitos recíprocos da organização social e dos
contextos sociais sobre o uso da linguagem e a exploração da diversidade social e
linguística nos ajuda a entender melhor como usamos a linguagem para construir
identidades pessoais, culturais e sociais.
Compreende Chomisky (1997) que a linguagem como fenômeno social:
Semelhante à pragmática, o campo da sociolinguística estuda o uso da linguagem
na vida real. É uma ilusão pensar que as comunidades linguísticas são
homogêneas; em vez disso, a heterogeneidade determina o uso diário da
linguagem. Esse ainda afirma que a heterogeneidade linguística tem muitas facetas
diferentes. Além das diferenças em competência linguística e capacidade expressiva
entre os membros de qualquer comunidade linguística, cada falante usa certas
características linguísticas que o distinguem dos outros membros de sua
comunidade linguística.
Por sua vez, Bagno (1999) afirma que embora a linguagem sirva em primeiro
lugar para transmitir informações sobre o mundo, ela também transmite informações
sociais sobre seus falantes. A língua, o dialeto e o sotaque de um indivíduo dão
suporte a inferências sobre suas origens nacionais e geográficas, associação a
grupos sociais e status social.
Ainda para o autor, os julgamentos sociais feitos sobre os outros com base
em sua língua são frequentemente considerados como refletindo o conhecimento
das pessoas sobre estereótipos culturais sobre diferentes grupos de falantes, mas
as origens e o desenvolvimento desse conhecimento são obscuros. Pesquisas
recentes fornecem evidências de que as avaliações sociais baseadas na linguagem
se manifestam em crianças com pouca exposição à variação linguística ou cultural
No plano ontologigica da linguagem, conforme Bullock e Toribio (2009), a
linguagem da ciência é um domínio de discurso estabelecido socioculturalmente
com firmeza que emergiu no período da Idade Moderna (1500–1700) e totalmente
desenvolvido no período da Idade Moderna (1700–1900). Ainda para os autores,
embora seja considerado bastante estável linguisticamente, o período moderno
tardio é uma época muito prolífica quando se trata da formação de tipos de texto,
com muitos dos registros que conhecemos hoje em desenvolvimento durante aquele
período - incluindo a linguagem da ciência
Bullock e Toribio (2009), consideram que socioculturalmente, a diversificação
de registros está conectada à crescente complexidade das sociedades modernas, o
trabalho se tornando cada vez mais dividido com atividades mais diferentes e cada
vez mais especializadas em todos os setores da sociedade.
Além disso, os autores acreditam que impulsionado pela ciência e também
pela indústria inicial, a padronização (por exemplo, acordos sobre pesos e medidas)
e a rotinização de procedimentos tornam-se questões importantes. Ao mesmo
tempo, o iluminismo e as revoluções científica e industrial sustentam um clima geral
de abertura e crença no avanço tecnológico. 
Assim, Bullock e Toribio (2009), no domínio da ciência, o século XVIII é,
obviamente, a época das enciclopédias, mas também o das academias científicas
que promovem o método científico e distribuem o conhecimento científico por meio
de suas publicações.  A profissionalização começou por volta de meados do século
XVIII, como testemunhado pela introdução de um processo de revisão na Royal
Society (
Logo, Gelderen (2013), por sua vez, compreende que tais descobertas no
campo da linguística experimental mostraram que um falante nativo pode julgar uma
variante que faz parte de sua gramática como inaceitável, mas ainda a usa de forma
produtiva na fala espontânea. Para o autor, o processo de obter julgamentos de
aceitabilidade de falantes de línguas não padronizadas é às vezes obscurecido por
fatores semelhantes a noções prescritivas de correção gramatical. Tem sido
argumentado que a padronização aumenta a capacidade de fazer julgamentos
claros, enquanto a não padronização pode resultar em hibridez gramatical,
frequentemente manifestada na forma de variantes funcionalmente equivalentes no
repertório de um único falante. 
Gelderen (2013), pesquisa em variedades não padronizadas tem mostrado
confiavelmente que o processo de obter julgamentos de aceitabilidade de falantes
nativos de tais variedades - freqüentemente chamados de dialetos (não
padronizados) - enfrenta vários desafios.  Assim, o autor aponta que:

[...] a interferência de noções prescritivas de correção, ou seja, o


resultado da consciência dos falantes de que algumas das variantes
de seu repertório linguístico nativo são consideradas "incorretas" por
falantes da variedade padrão, (ii) um maior grau de variação inter e
intra-falante devido à não padronização levando a variantes menos
claras e julgamentos sobre as variantes, e (iii) as linhas divisórias
pouco claras entre os vários 'letos' (por exemplo, acroleto, mesoleto,
basileto) que existem no continuum do dialeto padrão (GELDEREM,
2013, passim).

Ainda analisando o quadro, o autor acredita quetTais características


confundem os limites das variantes gramaticais de uma forma que resulta em um
alto grau de hibridez gramatical atestada na forma de enunciados que podem
incorporar elementos de várias leituras sem a troca de código sendo realizada.
 Nesse contexto, Bullock e Toribio (2009) argumentam que trabalhar a partir
de corpora de fala espontânea pode ser mais útil ou desejável do que usar
julgamentos de aceitabilidade quando a linguagem sob investigação é não
padronizada / codificada - como é o caso da variedade investigada em este estudo -
porque os falantes podem ser influenciados por noções prescritivas de correção.
Bullock e Toribio (2009) ainda enfatizam a necessidade de estudos de
corpora. O uso de corpora de fala espontânea nos permite obter insights confiáveis
sobre a produção real dos falantes, em vez do que eles pensam ou dizem que
produzem, o que possivelmente está sujeito a mais interferências por regras
prescritivas de linguagem. Foi demonstrado que falantes nativos podem julgar uma
variante gramatical como inaceitável, mas ainda assim ser gravados produzindo-a
espontaneamente.
Ainda para os autores, em casos de falantes monolíngues, em casos de
desenvolvimento bilíngue ou bilectal (ou seja, duas variedades da mesma língua em
vez de duas línguas diferentes), que às vezes envolve não-padrão / codificado - e,
como tal, possivelmente mais variedades híbridas, espera-se mais discrepância
entre os julgamentos introspectivos dos falantes sobre seu repertório e o próprio
repertório linguístico.
Para explicar isso melhor, Gelderen (2013) considera Princípio de Consenso
se não houver razão para pensar o contrário, assume que os julgamentos de
qualquer falante nativo são característicos de todos os falantes do idioma.  Logo,
para o autor, esse pressupõe algum grau de uniformidade em termos de
julgamentos entre falantes nativos da mesma língua. 
Para Chomsky (1994) No entanto, ao suscitar julgamentos introspectivos,
outros fatores e variáveis extra-gramaticais podem interagir com o desempenho
linguístico nos fenômenos sob investigação, especialmente quando esses
julgamentos vêm de falantes de dialetos. Considerando que (i) a padronização leva
a julgamentos mais claros e (ii) o possível surgimento de vários mesoletos no
continuum dialeto-padrão que podem apresentar diferentes expoentes / valores para
a mesma variante linguística, é possível que falantes de não variedades
padrão nãoser tão uniformes em termos de seus julgamentos quanto sugere a
imagem idealizada da uniformidade linguística entre os membros de uma
comunidade linguística
O autor ainda considera que a existência de um continuum dialeto-padrão
onde as variedades nem sempre aparecem com bordas discretas investe o processo
de desenvolvimento linguístico e seu resultado com uma camada adicional de
complexidade. Além disso, embora as tarefas de julgamento de aceitabilidade sejam
uma ferramenta confiável em pesquisa linguística, foi observado que às vezes
podem ser observadas discrepâncias entre o comportamento linguístico aberto e
introspecções sobre exemplos descontextualizados e construídos, e essas
discrepâncias são particularmente pronunciadas quando dialectologistas ou
sociolinguistas apresentam dados de dialetos não padrão
Especificamente estudando uma língua, Gelderen (2013), compreende que,
em regiões de língua não inglesa, o inglês tende a surgir inicialmente como uma
importação de uma região de língua inglesa. Isso pode ocorrer por vários motivos,
incluindo migração / diáspora, colonização, a adoção de novas tecnologias e a
proliferação de entretenimento como filmes. No entanto, os idiomas, culturas,
valores e percepções locais em relação ao inglês também podem influenciar o
desenvolvimento e a disseminação do novo idioma. Pode, por exemplo, criar raízes
inicialmente em apenas um domínio particular da sociedade, como a educação ou
as esferas da mídia. Gradualmente, no entanto, ele tende a se espalhar para outros
domínios como um dialeto (ou mesmo como uma nova variedade do inglês) e
começa a evoluir em um nível social.
Assim, Gelderen (2013) fornece duas causas básicas para qualquer variação
de linguagem: explicações naturalísticas e socialmente construídas. O autor
argumenta que a causa subjacente da variação sociolinguística é o instinto humano
de estabelecer e manter a identidade social. Portanto, o reconhecimento de “novas
variedades” de inglês não se baseou historicamente apenas em critérios
linguísticos. Para Bagno (1999), além de um vocabulário e sotaque distintos,
importantes características definidoras de novas variedades também incluem uma
tradição histórica, escrita criativa e a existência de obras de referência de vários
tipos
Ademais, Bullock e Toribio (2009) lembra que como cada ambiente é moldado
por valores culturais e sociais locais, as normas locais de uso são desenvolvidas de
acordo com esses valores. Essas normas especificam o que, quando, onde e como
algo pode ser dito em todos os níveis linguísticos, do fonológico ao pragmático
Para os autores, qualquer variedade de inglês funciona de maneira
semelhante em qualquer contexto particular, o que significa que as variedades de
inglês funcionam localmente com base em suas normas e valores locais.
Para observar as funções de qualquer variedade de inglês, os estudiosos
forneceram uma heurística chamada estrutura funcional (posteriormente
denominado “perfil sociolingüístico”). 
Gelderen (2013) cria um o quadro em que existem quatro categorias que
explicam os usos distintos da língua inglesa em qualquer contexto particular: a
função reguladora (para fins administrativos e jurídicos), a função instrumental
(estatuto de uma língua como meio de instrução), a função interpessoal função
(servir de elo de linguagem e simbolizar prestígio, elitismo e modernidade); e a
função imaginativa / inovadora (criação literária). 
Gelderen (2013) compreende que a linguagem é um marcador
particularmente confiável e difícil de falsificar de associação a um grupo social.
Assim, adultos e crianças mais velhas costumam exibir preferências sociais por
falantes de sua língua nativa com sotaque nativo, o que, por sua vez, estimula a
colaboração e o intercâmbio recíproco. 
Por sua vez, esse menciona que este perfil sociolinguístico destaca as
características salientes de uso e usuários em um contexto particular e serve como
uma base para a comparação dessas características em uma variedade de
contextos (nativos e não nativos). A comparação desse tipo é fundamental para a
compreensão das características que distinguem um contexto de outro.
Diante disso, o autor considera que os perfis sociolinguísticos enfocam o
contexto local e destacam como o inglês tem sido usado em diferentes domínios
desse contexto, visualizando esses usos através das diferentes perspectivas da
estrutura funcional. 

REFERÊNCIAS

BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Ed.
Loyola, 1999.

BULLOCK, B. E.; TORIBIO, A. J. (Eds.). The Cambridge handbook of linguistic


codeswitching. New York, NY, US: Cambridge University Press, 2009.

CHOMSKY, Noam. O conhecimento da língua: sua natureza, origem e uso.


Gonçalves e A. T. Alves. Lisboa: Caminho, 1994.

GELDEREN, E. V. Clause Structure. Reino Unido: Cambridge, 2013.

O referencial teórico constitui item importante a ser considerado para no projeto de


pesquisa. Assim, deve-se fazer uma boa revisão bibliográfica para saber o que já foi
pesquisado. Se uma ideia veio da leitura de um autor, deverá ser citado. Pode-se comentar os
trabalhos já feitos, salientando a contribuição desses para sua proposta de pesquisa. Neste
item, o aluno apresentará um texto revisando ou explicitando o que pesquisadores/autores
expõem sobre a temática do projeto. No projeto de monografia, dependendo da temática, o
pesquisador poderá se reportar a documentos (leis), dados estatísticos e jurisprudência para
elaboração de sua revisão bibliográfica.
Visando a qualidade desejada pelo Curso para a pesquisa, é extremamente relevante
que se faça uma pesquisa sobre o atual estágio da arte referente ao tema pesquisado, de modo
a evitar pesquisa sobre temas cientificamente ultrapassados. O aluno deverá pesquisar na
biblioteca, internet ou junto ao seu futuro orientador, as principais obras sobre o tema e seu
atual estágio orientador.

4.1 Teoria de base


A verificação prévia da existência de uma bibliografia mínima a ser manejada é
sempre necessária, portanto, dá facilidade e uma real possibilidade da elaboração da
pesquisa. A citação das principais conclusões a que outros autores chegaram permite
salientar a contribuição da pesquisa realizada, demonstrar contradições ou reafirmar
comportamentos e atitudes. Em síntese, na justificativa o pesquisador deverá
a) Apresentar a literatura indicada e ser condizente com os objetivos, questões de
pesquisa e tema em estudo;
b) Citar literatura relevante e atual sobre o assunto a ser estudado;
c) Apontar alguns dos autores que serão consultados;
d) Demonstrar entendimento da literatura existente sobre o tema.
e) As citações literais deverão aparecer sempre, indicando a obra consultada. CUIDADO
COM O PLÁGIO!
f) As citações devem especificar a fonte (AUTOR, ANO, PÁGINA)
g) As citações e paráfrases deverão ser feitas de acordo com as regras da ABNT 6023, de
2002.
h) Citações literais, utilizar fonte nº 10 e acima de quatro linhas, usar recuo de 4cm.
5 METODOLOGIA

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(COMO FAZER?)

5.1 Metodologia de geração dos dados - abordagem de pesquisa e tipo de pesquisa

Aqui, o pesquisador deve indicar qual abordagem de pesquisa (qualitativa-


interpretativista e quantitativa) e o tipo de pesquisa – análise documental, estudo de caso,
estudo de caso etnográfico, etnografia, pesquisa-ação, análise de conteúdo, netnografia.
Deve-se dar uma breve explicação da utilização do método na própria pesquisa. Atenção: não
deve definir método algum, mas explicar os estágios da própria investigação.

5.1.1 Técnicas de pesquisa

Aqui o pesquisador deve indicar as técnicas de pesquisa que servirão de suporte à


metodologia, as quais podem ser:
a) análise documental;
b) Entrevista fechada;
c) Entrevista semiestruturada;
d) Elaboração de questionários;
e) Outras técnicas a depender da especificidade da pesquisa.
Em síntese, na metodologia o pesquisador deverá: a) Descrever sucintamente o
tipo de pesquisa a ser abordada, apresentar a delimitação e a descrição (se necessário) dos
instrumentos e fontes escolhidos para a coleta de dados: entrevistas, formulários,
questionários, legislação doutrina, jurisprudência, etc.; indicar o procedimento para a coleta
de dados, que deverá acompanhar o tipo de pesquisa selecionado, isto é: para pesquisa
bibliográfica: indicar proposta de seleção das leituras (seletiva, crítica ou reflexiva, analítica);
para pesquisa experimental; indicar o procedimento de testagem; para a pesquisa descritiva:
indicar o procedimento da observação: entrevista, questionário, análise documental, entre
outros.

5.2 Metodologia de análise dos dados - Categorias de análise

A partir do referencial teórico algumas categorias de análise podem ser


“pensadas/delineadas”, todavia, alteradas e reorganizadas de acordo com os dados e com o
que os dados revelarem durante a pesquisa. Categoria é a palavra ou expressão estratégica à
elaboração e/ou à expressão de uma ideia. Deve-se fazer um “mapeamento de categorias” do
texto (de termos chaves no referencial teórico). É a primeira compreensão estrutural do texto.
Em seguida faz-se a seleção e uma lista das categorias fundamentais, essas categorias
também podem ser elaboradas a partir do mapeamento feito e dos termos chave.
6 CRONOGRAMA
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(EM QUANTO TEMPO FAZER?)

A elaboração do cronograma responde à pergunta quando? A pesquisa deve ser


dividida em partes, fazendo-se a previsão do tempo necessário para passar de uma fase a
outra. Não esquecer que há determinadas partes que podem ser executadas simultaneamente
enquanto outras dependem das fases anteriores. Distribuir o tempo total disponível para a
realização da pesquisa, incluindo nesta divisão a sua apresentação gráfica.

MES/ETAPAS Mês/ano Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês
Levantamento X X X
bibliográfico
Elaboração do X
anteprojeto
Apresentação do X
projeto
Coleta de dados X X X X
Análise dos dados X X X
Organização do X
roteiro/partes
Redação do X X
trabalho
Revisão e redação X
final
Entrega da
monografia
Defesa da
monografia
BIBLIOGRAFIA

A bibliografia utilizada no desenvolvimento do projeto de pesquisa (pode incluir


aqueles que ainda serão consultados para sua pesquisa). A bibliografia básica (todo material
coletado sobre o tema: livros, artigos, monografias, material da internet, etc.). As referências
bibliográficas deverão ser feitas de acordo com as regras da ABNT-NBR 6023/2002. Atenção
para a ordem alfabética. Na bibliografia final listar em ordem alfabética todas as fontes
consultadas, independente de serem de tipos diferentes. Apenas a título de exemplo, a seguir,
veja como citar alguns dos tipos de fontes mais comuns:

Livros:
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 2. ed. SP: Atlas, 1991.

RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos. 4. ed. SP:
Atlas, 1996.

Artigos de revistas:
AS 500 maiores empresas do Brasil. Conjuntura Econômica. Rio de Janeiro. v.38, n. 9,
set.1984. Edição Especial. Disponível em: XXXXXX. Acesso em XXXXXX.

TOURINHO NETO, F. C. Dano ambiental. Consulex. Brasília, DF, ano 1, n. 1, p. 18-23, fev.
1997. Disponível em: XXXXXX. Acesso em XXXXXX.

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