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CENTRO UNIVERSITÁRIO BRAZ CUBAS

Curso de Psicologia

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E PRÁTICAS


INTEGRATIVAS I

Profª Ms. Solange Monteiro de Carvalho

2023
2

SUMÁRIO
1 Orientações sobre as atividades na disciplina de Avaliação Psicológica e
Práticas Integrativas I............................................................................ 03
2 Material didático para de Avaliação psicológica e práticas integrativas I..... 09
2.1 Introdução a Avaliação Psicológica................................................................ 11
2.1.1 História dos testes psicológicos .................................................................. 12
2.1.2 A avaliação psicológica na atualidade e reflexões e críticas...................... 15
2.1.3 Testagem; Avaliação Psicológica e Neuropsicologia.................................. 17
2.1.4 Conceito de avaliação psicológica.............................................................. 18
2.1.5 Processo psicodiagnóstico.......................................................................... 21
2.2 Natureza e uso dos testes psicológicos ....................................................... 23
2.2.1 Padronização, precisão e validade.............................................................. 27
2.2.2 Roteiro de estudo /1 .................................................................................... 40
2.4 Entrevistas ..................................................................................................... 42
2.4.1 A entrevista psicológica segundo Bleger (1998) ................................. 43
2.4.1.1 Roteiro de estudo / 2......................................................................... 51
2.4.2 Entrevista inicial segundo Ocampo e Arzeno (2001)........................... 53
2.4.2.1 Roteiro de estudo/ 3. ......................................................................... 58
2.4.3 Entrevista inicial com os pais ............................................................. 59
2.4.3.1 Roteiro de estudo 4............................................................................ 60
2.5 Recomendações para a realização das aplicações dos testes 62
psicológicos
3 Estudos sobre inteligência ................................................................................ 70

4 Atividades Práticas .......................................................................................... 89


4.1 Orientações sobre os procedimentos para atendimento com o examinando 90
5 Indicações das consultas bibliográficas para a disciplina de avaliação
psicológica............................................................................................................ 105
6 Anexos.................................................................................................................. 109
Lista de anexos
Anexo 1 Roteiro de anamnese- modelo 110
longo.................................................................
Anexo 2 Modelo de Laudo: trabalho a ser realizado em grupo 133
3

1 ORIENTAÇÕES SOBRE AS
ATIVIDADADES NA DISCIPLINA DE
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E
PRÁTICAS INTEGRATIVAS I
4

As orientações abaixo são importantes para o bom andamento da disciplina, o


aproveitamento nos estudos e a atuação das atividades práticas.

AS DISCIPLINS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA I, II, III e IV, são pré-requisitos para


outras disciplinas que exigirá o aluno ter sido aprovado nas mesmas. Fiquem atentos
a grade que você está inserido.

1. Aulas e Estágio Básico


Ocorrerá no LABORATÓRIO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA (LAP) Não é
permitida a permanência de alunos e ou outras pessoas (amigos,
namorados, marido, filhos etc.), que não cursam Psicologia nas
dependências da sala de aula, do Laboratório e ou Clínica de Psicologia.
Esta determinação deve ser cumprida visto que o uso dos instrumentos ou
discussões de temas que envolvem assuntos relacionados a testagem
psicológica ou dos casos em estudos é de uso exclusivo da Psicologia). O
ALUNO QUE NÃO ATENDER A ESTAS DETERMINAÇÕES SERÁ ADVERTIDO
VERBALMENTE E POR ESCRITO JUNTO A COORDENAÇÃO.

1.1 Estágio básico nesta disciplina:

O estágio básico tem controle de horas independente da lista de presença do


horário de aula, devendo ser assinada a presença na ficha de controle de horas de
estágio no LAP, pelo aluno, ao término de cada atividade. É de responsabilidade
do aluno avisar sua chegada e assinar sua saída e verificar se os horários que
constam na ficha de controle estão corretos.
A quantidade de horas de estágio básico efetivamente deverá ser cumprida pelo
aluno de acordo com o cronograma. Estas horas, além das excedentes constarão
em seu Histórico Escolar em Atividades Complementares – ACC. Será emitido um
certificado que deverá ser retirado no semestre seguinte com os psicólogos do
laboratório de avaliação psicológica, a fim de efetuar os tramites para o registro.

Carga horária do Estágio básico: A carga horária de estágio básico entrará no cômputo
das horas realizadas pelo aluno e no seu dia e horário de supervisão. Não serão
computadas as horas de estágio básico quando:
a) o aluno se ausentar do recinto onde ocorre a supervisão, sem autorização e sem
comunicar ao professor supervisor.
b) estudos individuais fora de horário, não caracterizam o estágio básico. Estas horas
poderão ser incluídas na carga horária das ACC.

Nota: Pontualidade também é um critério de avaliação e atribuição de notas.


Verificar normas quanto agendamento para utilizar o LAP no manual de rotinas
do Uso do Laboratório
SOBRE FALTAS, ATRASOS E HORÁRIOS EXTRAS: CONSULTE O ROTEIRO
DO USO DO LABORATÓRIO.

1.2 Trabalho em grupo


Limite de até 6 pessoas por grupo.
5

O grupo realizará as aplicações de um ou mais testes, em um colaborador, com idade a


ser determinada pelo supervisor. O colaborador NÃO DEVE TER NENHUM VÍNCULO
afetivo, familiar, econômico ou de proximidade com os alunos do grupo (por exemplo:
filhos, enteados, sobrinhos, filho de funcionários, de padrastos ou madrastas, crianças
com suspeitas de problemas cognitivos e emocionais que seja de conhecimento dos
alunos previamente etc.) Serão considerados reprovados nesta disciplina por falta de
conduta ética, os alunos que não atendam a esta determinação.
As datas para as simulações e aplicações serão agendadas com os técnicos de
laboratório e conforme calendário da disciplina. Um dos representantes de cada grupo
deverá assinar no mapa de horários (disponível no laboratório de avaliação psicológica),
de acordo com a disponibilidade do laboratório e do grupo, indicando ciência dos
agendamentos para realizarem a simulação e aplicação dos testes.

1.3 Procedimentos para a realização das atividades práticas:

• Os alunos deverão se dividir em grupos de 5 participantes. Os grupos se


organizarão da seguinte forma:

Dois alunos de cada grupo irão aplicar os testes neste semestre, na disciplina de
Avaliação e práticas integrativas I, os demais integrantes (quatro) do grupo serão
os observadores. Na disciplina de Avaliação Psicológica e práticas integrativas II
(semestre seguinte) deverão inverter suas funções. Todos os alunos deverão ter a
experiência de aplicar um teste, fazer entrevistas e de observar os procedimentos
no decorrer do ano letivo. Haverá um sorteio no dia da aplicação para o aluno
que irá aplicar o teste se caso o professor supervisor considerar necessário.
Caso o aluno não tenha realizado a aplicação de um teste, deverá se programar
para o ano seguinte.
• Cada grupo deve convidar um colaborador e lhe dar as orientações e
esclarecimentos sobre como serão dados os procedimentos quanto as trocas de
examinandos entre grupos, datas, horários, permanência na universidade, termo
de consentimento livre esclarecido (TCLE) que será preenchido pelos pais em caso
de criança. A partir do aceite dos pais e da criança o grupo deverá comunicar
imediatamente o outro grupo com quem irá fazer a troca e informar data de
nascimento e sexo do examinando (manter sigilo das demais informações). Devem
também atender as exigências para sua entrada na universidade: verificar com o
técnico do LAP a necessidade das credenciais de entrada como visitante). O TCLE
deve ser retirado no LAP ou com o professor responsável, ao final da participação
do mesmo, o grupo deve copiar os dados necessários para o relatório, preencher a
parte final do informe com os dados do grupo e entregar ao técnico do LAP no
mesmo dia, pois este documento fica arquivado no LAP e não no relatório.
• Para a escolha do participante NÃO SE ESQUEÇAM DE ATENDER AOS
CRITÉRIOS ÉTICOS MENCIONADOS ACIMA.
• Agendar data e horário da atividade conforme as disponibilidades
apresentadas pelo professor e ou técnico do laboratório. (consulte o mapa de
horários que será disponibilizado próximo a data da simulação)

• NÃO HAVERÁ TOLERÂNCIA PARA ATRASOS E FALTAS NOS DIAS DE


SIMULAÇÕES E APLICAÇÕES: Nos dias e horários marcados para ambas as
atividades todos os integrantes do grupo deverão estar presentes (com pelo menos
6

30 minutos de antecedência para organizar sala, material etc.). O aluno que


chegar atrasado não poderá participar das atividades em andamento. Se faltar
não poderá repor esta falta e comprometerá a nota do relatório (válido para o aluno
que faltou e não para o grupo). NOTA: em caso de alguma intercorrência que irá
suspender a aplicação, ou problemas particulares com algum integrante do grupo
nestes dias das atividades, entrar em contato imediatamente com o técnico do
LAP, professor ou algum membro do grupo para justificativas.

• A função do grupo é colaborar com todo o processo de atendimento do


participante, portanto, TODOS DEVEM ESTAR PREPARADOS PARA TUDO O
QUE VAI OCORRER. O grupo deve organizar suas funções da seguinte forma:
dois alunos serão aplicadores e os demais observadores. A dupla de alunos que for
designada para atender o colaborador deverá auxiliar um ao outro. Os
observadores deverão estar atentos ao que vão anotar, observar e todos os
procedimentos do atendimento (vide material de aula no item sobre Técnica de
observação). Todos os alunos serão avaliados tanto no dia da simulação como no
da aplicação, de acordo com os papéis desempenhados.

• Os itens da entrevista devem ser pautados nos textos discutidos em sala de aula
das disciplinas de Avaliação Psicológica e práticas integrativas I e Psicologia do
Desenvolvimento I e II (teoria sobre entrevistas e sobre o desenvolvimento infantil)
e o grupo deverá elaborar um roteiro breve, no qual TODOS OS INTEGRANTES
do grupo devem contribuir no treino e preparo técnico para o desenvolvimento da
entrevista, no preparo das salas para o atendimento, aplicação dos testes e na
elaboração do relatório. A responsabilidade por estas atividades é de todo o
grupo, portanto as participações nas atividades desenvolvidas no estágio
básicos são de extrema importância para o aprimoramento e capacitação nos
procedimentos da psicologia e mais especificamente no uso dos
instrumentos e técnicas da avaliação psicológica.

e) Os procedimento para aplicação do teste


Seguir orientações apresentadas no manual, do supervisor, do técnico-supervisor e
do material de apoio.

f) Procedimentos para a confecção do LAUDO PSICOLÓGICO:


A elaboração deste documento é de responsabilidade de todos os componentes
do grupo. As orientações sobre sua confecção serão dadas em aula e encontram-
se no material de apoio da disciplina de Avaliação Psicológica e práticas
integrativas I. O modelo do documento empregado nas disciplinas de avaliação
psicológica tem como base a Resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP)
006/20,19 e das normas da ABNT atuais. A FALTA DOS ANEXOS IMPLICARÁ
NA NOTA DO LAUDO.

Nota: Fiquem atentos acerca da data de entrega dos LAUDOS para o professor da
disciplina ou para aquele que ele designar, não será aceita a entrega dos mesmos
com atraso sob nenhuma justificativa. Não será aceito a entrega de relatórios em
outros departamentos da universidade CLÍNICA DE PSICOLOGIA, SECRETARIA
DO BLOCO B, REITORIA e etc),. Procurem se organizar com antecedência, pois
imprevistos acontecem.
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g) Ética
Não é permitido em hipótese alguma comentar sobre o caso atendido para outros
colegas da sala, seus familiares e ou com familiares do atendido.
Devem ficar atentos aos mesmos cuidados na elaboração do LAUDO

ATENÇÃO:
Os veteranos e alunos (transferidos e ou em adaptação) que porventura, não estejam
conseguindo efetuar sua matrícula para o 2º e 3º semestre de 2023, devem
providenciá-la.

ALUNOS NÃO MATRICULADOS, QUE NÃO CONSTAM NA LISTA DE PRESENÇA


NÃO PODERÃO PRATICAR ATIVIDADES NO LABORATORIO E SE
RESPONSABILIZAR PARA QUALQUER ATIVIDADE JUNTO AO COLABORADOR.
REGULARIZE SUA SITUAÇÃO JUNTO A UNIVERSIDADE O MAIS RÁPIDO
POSSÍVEL.

Se o seu nome não consta na lista de presença, avise o professor que irá verificar junto
ao setor responsável pela mesma. (isso é válido para qualquer disciplina do curso).
Também não poderá assinar presença no controlo das atividades desenvolvidas
no LAP.
NOTA: Somente assine a folha de presença (tanto na sala de aula
como no laboratório) quando regularizar sua situação na
universidade.

O Limite de faltas em sala de aula é de 15h/a, que equivale a 5 dias (cada dia de aula
tem 3h/a). O aluno que ultrapassar esse limite será reprovado por falta, portanto
sugerimos que controlem suas faltas no decorrer do semestre. Não serão aceitas as
solicitações para desconsiderar as faltas verbalmente. O aluno deverá solicitar junto a CAA
a revisão de faltas. As situações de compensação de faltas, devem estar previstas no
manual do aluno, distribuído pela universidade.
Critérios de Avaliação:
(A1) PRI: 5,0
(A2) Atividades práticas: Simulação : sem notas
Aplicação : 0,50
Frequência no laboratório 0,50
Relatório psicológico 2,50 (será atribuído a avaliação do relatório a
qualidade dos procedimentos no dia da aplicação)
Prova parcial 1,50

Datas das avaliações


➢ PARCIAL-09/05/22 (correção do teste)
➢ PRG- 31/05/23
➢ AF: 13/06/23(todo conteúdo, incluindo correção do teste)

Período de lançamento das notas


A1- PRG- A1.05.06 a 07/06-
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DATAS DE PROVAS E DE LANÇAMENTO DE NOTAS


AVALIAÇÕES DATAS
Prova parcial (correção do teste Raven) 09/05
Entrega do Laudo (trabalho em grupo) 23/05
Período para o lançamento de notas de Avaliação (A2) – Disciplinas Presenciais 13 a 28/05
Período para realização da Prova Regimental globalizada(A1) – Disciplinas Presenciais 31/05
Período para o lançamento de notas da Prova Regimental (A1) – Disciplinas Presenciais 05/06 a 07/06
Período para realização da Avaliação Final (AF) – Disciplinas Presenciais 13/06
DATAS DA PROVA PARCIAL E ENTREGA DO RELATÓRIO SUJEITO A ALTERAÇÕES
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2 MATERIAL DIDÁTICO PARA A AULA


DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E
PRÁTICAS INTEGRATIVAS I
10

Aviso importante

O material a seguir foi organizado a partir dos resumos dos textos indicados e
apresentados nas aulas e não substituem em hipótese alguma, a consulta aos textos
sugeridos, de acordo com as referências bibliográficas que constam no plano de ensino
da disciplina.

Profa. da disciplina.
Profa. Ms Solange M. Carvalho
11

2.1 INTRODUÇÃO A AVALIAÇÃO


PSICOLÓGICA (TEORIA)
12

2.1.1 História dos testes psicológicos

Anastasi e Urbina, (2000) citam:

As origens dos testes se perdem na antiguidade

Idade Antiga: na China e na Grécia – antes de Cristo


As primeiras técnicas de avaliação com objetivo de certificar ou qualificar
indivíduos foram encontradas na China por volta de 2000 ac, para selecionar
funcionários do serviço civil (Bowman, 1989 apud Anastase e Urbina, 2000); (Pasquali,
2001).
Na Grécia, “a testagem era um adjunto estabelecido para o processo
educacional. Foram usados testes para avaliar a maestria de habilidades físicas e
intelectuais.“ (Doyle, 1974 apud Anastasi e Urbina, 2000p. 41)

Século XIX:
✓ Ampliou-se o interesse no tratamento de pessoas com problemas
mentais. Buscou-se a distinção entre “deficientes mentais” e “insanos”;
✓ Surgem os Testes Psicológicos;
✓ Os primeiros psicólogos experimentais não se interessavam pela
mensuração das diferenças individuais, o objetivo era a descrição generalizada do
comportamento humano;
✓ Sir Francis Galton (1822-1911), biólogo inglês, pode ser considerado o
iniciador da aplicação de testes (por volta de 1880). Seu interesse era investigar a
hereditariedade e as aptidões das pessoas através da medida sensorial. Buscava a
generalização;
✓ James McKeen Cattell, psicólogo americano, desenvolveu técnicas de
aplicação de testes psicológicos e estudos sobre as diferenças individuais (final da
década de 1880 e início da seguinte). Fundiam-se a psicologia experimental e o
movimento de aplicação de testes.
✓ 1888 – o interesse de Cattell pela mensuração das diferenças individuais foi
reforçado pelo contato com Galton;
✓ 1889 – pela primeira vez, Cattell usou o termo “teste mental”.
13

Século XX:
✓ Binet (1857-1911) e seus colaboradores dedicaram-se muitos anos, à
pesquisa de uma metodologia capaz de medir a inteligência, abrangendo a
mensuração de traços físicos e análise de caligrafia.
✓ 1904 – Binet foi nomeado para uma comissão de estudos sobre o processo
de educação de crianças consideradas “subnormais”. Iniciaram-se os trabalhos da
dupla Binet-Simon.
✓ 1905 – Binet e Simon desenvolveram a primeira Escala Binet-Simon.
✓ 1908 – foi elaborada uma segunda Escala com um número maior de testes,
eliminação de testes insatisfatórios da 1ª Escala e todos os testes foram agrupados em
níveis de idade, sendo considerados como testes que avaliavam a idade mental. Mais
tarde foi popularizado como testes de avaliação de inteligência.
✓ 1911 – realização da terceira revisão nesta Escala: foram apresentados
testes de vários níveis de idade e a Escala ampliou-se para adultos.
✓ 1916 – como instrumento de testagem, todavia, ela foi superada pela
Stanford-Binet, mais extensa e psicometricamente refinada, desenvolvido por Terman e
seus associados. Foi neste teste que o quociente de inteligência (QI), ou a razão entre
a idade mental e a idade cronológica, foi usado pela primeira vez.
✓ 1917 – surge o primeiro teste de inteligência coletivo em virtude da I Guerra
Mundial. A “American Psychological Association” indicou a necessidade de classificar,
rapidamente, o nível intelectual geral de um milhão e meio de recrutas.
✓ Foram desenvolvidos os testes “Army Alfa” e “Army Beta”, cujas versões,
após revisões, estão em uso até hoje e serviram como modelo para muitos testes
coletivos de inteligência.

Os Estudiosos e as Técnicas Projetivas

✓ Pinel1 – No início do século XIX iniciou estudos sobre a doença mental. Seus
estudos, primeiramente, compreenderam a doença mental através do organismo;
depois, ligaram-na ao sistema nervoso e, por fim, os pacientes psiquiátricos deixaram
de ser considerados “lunáticos” e passaram a ser classificados como “nervosos” ou
“neuróticos”, caracterizando os transtornos psiquiátricos em orgânicos e funcionais.

1
Philippe Pinel (1765 – 1826) médico francês considerado o fundador da psiquiatria.
14

✓ Kraepelin (1982)– precursor inicial da testagem da personalidade com a


utilização da técnica de associação livre com pacientes psiquiátricos. Esta técnica foi
utilizada para estudar efeitos psicológicos da fadiga, da fome e das drogas e concluiu
que todos estes agentes aumentam a frequência relativa das associações superficiais
Tal instrumento contribuiu anos posteriores para o desenvolvimento de questionários,
escalas inventários preconizados por Galton, Pearson e Cattel.(ANASTASI e URBINA,
2000). Publicou em 1883 o “Compêndio de psiquiatria” Aprofundou estudos sobre os
transtornos mentais, com isto a classificação nosológica e o diagnóstico diferencial
ganharam ênfase: classificação das desordens mentais divididas em exógenas,
decorrentes de condições externas e curáveis, e endógenas, de origem biológica e
incuráveis.
✓ A partir desta época surgem instrumentos e técnicas para investigar a
personalidade por meio da aplicação de testes de desempenho situacional;
✓ 1906 – Jung lança o teste de “Associação de Palavras”.
✓ 1910 – Freud publica a obra “Interpretação dos sonhos”.
✓ 1920 – Rorscharch desenvolve o teste de manchas de tinta.
✓ Entre 1920 e 1930 são desenvolvidos os testes que utilizam desenhos.
✓ 1935 – surge o teste de histórias: TAT.
✓ 1984 – Groth-Marnat, “os psicólogos fornecem uma grande quantidade de
informações inúteis para as fontes de encaminhamento, por falta de conhecimento e
compreensão dos dados levantados durante a avaliação”.
✓ 1989 – Zacker: “Terá o psicodiagnóstico o impacto que merece?” Ele
reconhece que o avaliador deve ter conhecimento consistente sobre a técnica a ser
utilizada.
✓ A necessidade de se manter embasamento teórico e científico compatível
com outros ramos da ciência tem levado ao desenvolvimento de instrumentos mais
precisos. Isto ocorreu com maior ênfase após o surgimento do DSM-III e DSM-III R
(1987) e das baterias padronizadas.
15

2.1.2 A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA ATUALIDADE E REFLEXÕES E CRÍTICAS

A avaliação psicológica vem sofrendo grandes mudanças à medida que


foram verificadas:
A necessidade de melhoria na qualidade dos serviços prestados envolvendo o uso dos
instrumentos e das redações técnicas dos documentos provenientes dos resultados
encontrados.
É importante ressaltar que se faz necessário o aprimoramento dos
profissionais envolvidos no conhecimento sobre o uso devido dos instrumentos, das
interpretações e dos relatórios, visto que esta é uma prática que sofre com práticas que
comprometem a ética, a responsabilidade de quem é avaliado.
Portanto se faz necessário os profissionais da área estarem atentos as
determinações e orientações do Conselho Federal de Psicologia- CFP. Consultar
periodicamente o SATEPSI para averiguar se o instrumento a ser utilizado está
aprovado para uso. Atender as resoluções que envolvem a Avaliação Psicológica e que
por vezes tem suas especificidades por área, como por exemplo avaliação psicológicos
para candidatos da CNH, renovação para os motoristas profissionais e mudanças de
categoria. Acessem o site:
RELAÇÃO DOS TESTES CONSIDERADOS FAVORÁVEIS PARA UTILIZAÇÃO
http://satepsi.cfp.org.br/listaTeste.cfm
http://satepsi.cfp.org.br/docs/Cartilha-Avalia%C3%A7%C3%A3o-
Psicol%C3%B3gica.pdf

RELAÇÃO DE PUBLICAÇÕES DO CFP RELACIONADO A AVALIAÇÃO


PSICOLÓGICA
Há várias publicações importantes que o profissional e estudantes envolvidos na
prática e nos estudos para capacitação no uso das técnicas e dos instrumentos da
avaliação psicológica devem estar atentos: Disponível em
https://site.cfp.org.br/?cat=publicacao&s=avalia%C3%A7%C3%A3o+psicol%C3%B3gic
a&submit=Buscar

CARTILHA DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: Cartilha Avaliação Psicológica 2022 -


CFP | CFP Disponível em: Cartilha Avaliação Psicológica 2022 - CFP | CFP
16

A RESPEITO DAS CRÍTICAS E REFLEXÕES SOBRE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

PRIMI, Ricardo. Avaliação Psicológica no Brasil: Fundamentos, Situação


Atual e Direções para o Futuro Psicologia. Rev.Teoria e Pesquisa, Vol. 26
n. especial, 2010 pp. 25-3.
http://www.scielo.br/pdf/ptp/v26nspe/a03v26ns.pdf

NORONHA, Ana Paula Porto; REPPOLD, Caroline Tozzi. Considerações


sobre a avaliação Psicológica no Brasil. Psicol. cienc. prof., Brasília , v.
30, n. spe, p. 192-201, Dec. 2010 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98932010000500009&lng=en&nrm=iso>. access on 01 Feb. 2017.
http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932010000500009.

NORONHA, Ana Paula Porto; REPPOLD, Caroline Tozzi. Considerações


sobre a avaliação Psicológica no Brasil. Psicol. cienc. prof., Brasília , v.
30, n. spe, p. 192-201, Dec. 2010 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98932010000500009&lng=en&nrm=iso>. access on 01 Feb. 2017.
http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932010000500009.

NORONHA, A. P. P.; NUNES, M. F. O.; AMBIEL, R. A. M.. Importância e


domínios de avaliação psicológica: um estudo com alunos de Psicologia.
Paideia (Ribeirão Preto). Ribeirão Preto, v. 17, n. 37, maio/ago. 2007.
Disponível em:
<http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010
3-863X2>. Acesso em: 28 jan. 2009 complementar

MUNIZ, M. Ética na Avaliação Psicológica: Velhas Questões, Novas


Reflexões. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 38, n. esp., p. 133-
146,2018 . Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98932018000400133&lng=pt&nrm=iso.
17

2.1.3 Testagem; Avaliação Psicológica e Neuropsicologia

TESTAGEM AVALIAÇÃO NEUROPSICOLOGIA


Objetivo
Normalmente obter alguma Normalmente responder a uma Fazer inferências sobre as
medida em geral de natureza questão de encaminhamento, características estruturais e
numérica com relação a uma resolver um problema ou tomar funcionais do cérebro de uma
capacidade ou um atributo. uma decisão por meio do uso de pessoa avaliando seu
instrumentos de avaliação. comportamento em situações de
estímulos-resposta definidas
(BENTON, 1994,p.1)
Processo
A testagem pode ser de A avaliação costuma ser Os procedimentos dependerão
natureza individual ou grupal. individualizada. Em preparação da natureza do
Após a administração do teste, o com a testagem, a avaliação em encaminhamento, da condição
testador normalmente soma geral se concentra mais em do examinando. Inicia-se com a
número de respostas corretas ou como um individuo processa do avaliação completa dos registros
o número de certos tipos de que simplesmente nos disponíveis relevantes. Dados e
respostas [..] com pouca ou resultados desse relatos dos especialistas,
nenhuma consideração pelo processamento. familiares, cuidadores
como ou a mecânica de tal educadores, avaliação neurops.
conteúdo (Maloney e Ward, anterior
1976.p.30)
Papel do avaliador
O testador não é fundamental O avaliador é fundamental ao O avaliador irá realizar uma
para o processo; em termos processo de seleção dos testes avaliação cuidadosa, com uso
práticos um testador pode ser e/ou de outros instrumentos de de instrumentos adequados de
substituído por outro sem alterar avaliação, bem como para tirar acordo com a solicitação e
consideravelmente o resultado. conclusões a partir de toda a demandas do examinando que
avaliação. possam abranger dados físicos e
psicológicos.
Habilidade do avaliador
A testagem normalmente requer A avaliação normalmente requer Ter conhecimento ao
habilidades técnicas em termos uma seleção especializada dos funcionamento neurológico,
de administrar e pontuar um instrumentos de avaliação, psicopatológico. Capacitado
teste, bem como para interpretar habilidade na avaliação e para a realização das atividades
o seu resultado. organização e integração propostas, avaliar e apresentar o
criteriosa dos dados. diagnóstico diferencial,
envolvendo as áreas cognitivas
(atenção, memoria, inteligência,
funções executivas), motoras,
lateralidade e sensoriais (visão,
audição, percepção) e da
personalidade
Resultados
Normalmente, a testagem Normalmente, a avaliação Idem ao de avaliação psicológica
produz um escore ou uma serie envolve uma abordagem de acrescido de descrições
de escores no teste. resolução de problemas que detalhadas a respeito do
mobiliza muitas fontes de dados funcionamento neurológico e
visando o motivo do que indiquem áreas preservadas
encaminhamento. ou não, as comorbidades.
Encaminhamentos ao
acompanhamento dos
especialistas e tratamentos,
reabilitação cognitiva etc.
18

2.1.4 Conceito de avaliação psicológica


Segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP) a avaliação psicológica
é uma função privativa do Psicólogo e, como tal, se encontra definida na Lei N.º 4.119
de 27/08/62, que regulamenta a profissão de psicólogo, na alínea "a", parágrafo 1°,
artigo 13.
Este mesmo órgão aponta que a Avaliação, em Psicologia, refere-se à
coleta e interpretação de informações psicológicas, resultantes de um conjunto de
procedimentos confiáveis que permitam ao Psicólogo avaliar o comportamento. Aplica-
se ao estudo de casos individuais ou de grupos ou situações. Estes devem apresentar-
se com alto grau de precisão e validade, procedimentos com regras e situações bem
definidas e um código operacional de tal forma que permita qualquer psicólogo-
examinador chegar ao mesmo resultado obtido por outro psicólogo dentro do mesmo
período.

Objetivo
Pode ter um ou mais objetivos dependendo da quantidade de hipóteses
inicialmente formuladas. Sendo assim é possível realizar:
✓ Avaliação da capacidade intelectual/psicomotora;
✓ Avaliação dos aspectos emocionais;
✓ Entrevistas.

Anastasi e Urbina, (2000) explicam:

Diagnóstico diferencial
O psicólogo investiga irregularidades e inconsistência do quadro
sintomático e/ou categorias nosológicas, níveis de funcionamento etc.
Para isso, além dos conhecimentos aprofundados em psicopatologia o
psicólogo deve ter conhecimento e habilidade no uso das técnicas para o diagnóstico
psicológico.

Avaliação Compreensiva
Considera-se o caso a ser avaliado em uma perspectiva global,
determinando o nível de funcionamento da personalidade, examinando a função do
19

ego, estimativa para encaminhamento terapêutico ou averiguar os processos ou


resultados do tratamento.
De qualquer forma este requer o uso de uma classificação nosológica por
tratar-se de uma avaliação para posterior encaminhamento, se necessário.

Entendimento dinâmico
Ultrapassa a avaliação compreensiva, por pressupor um nível mais
elevado de inferência clínica, havendo uma integração de dados de base teórica .
Perrmite chegar a explicações de aspectos comportamentais nem sempre acessíveis
na entrevista, à antecipação de fontes de dificuldades na terapia e à definição de focos
terapêuticos, etc.(Cunha, 2000)
É uma forma de avaliação compreensiva, já que enfoca a personalidade e
de maneira global, com um nível mais elevado de interferência clínica.
Através do exame se procura entender a problemática do participante
com uma dimensão mais aprofundada na perspectiva histórica do desenvolvimento,
investigando fatores psicodinâmicos, identificando conflitos e chegando a uma
compreensão do caso com base em um referencial teórico.
Para isso é importante a realização de uma entrevista bem feita.

Prevenção
Tal exame visa a identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer
uma estimativa de forças e fraquezas do ego, bem como da capacidade para enfrentar
situações novas, difíceis, conflitivas ou ansiogênicas. .(Cunha, 2000)
Exceto a aplicação de testes, outros profissionais podem participar deste
processo complementando e confirmando o diagnóstico.

Prognóstico
Determina o curso provável do caso (Cunha, 2000)
Este depende fundamentalmente da classificação nosológica e, neste
sentindo não é privativo do psicólogo. Em muitos casos, exigem-se muitas pesquisas,
tanto para os dados estatísticos sobre o curso possível de certos transtornos, quanto
sobre a utilização mais adequada da testagem com este objetivo.
20

Perícia forense
O exame procura resolver questões relacionadas com “insanidade”,
competência para o exercício das funções de cidadão, avaliação de incapacidade ou
comprometimentos psicopatológicos que, etiologicamente, possam se associar com
infrações da lei etc. .(Cunha, 2000)

Onde são mais utilizados?


✓ Clínica Psiquiátrica
✓ Clínica Psicológica
✓ Psicologia Escolar
✓ Seleção

Quem solicita?
✓ Educadores (Professores e Diretores)
✓ Psicólogos
✓ Médicos (clínico geral ou especialista)
✓ Fonoaudiólogos
✓ Assistentes Sociais
✓ Juízes
✓ Advogados
✓ Espontaneamente

Selecionando testes adequados


Os usuários de testes devem selecionar testes adequados ao propósito
para o qual estão sendo empregados e que sejam apropriados para todas as
populações-alvo em que serão aplicados.

Os usuários de testes devem, segundo Cronbach (1996):

1. Primeiro definir o propósito da testagem e a população a ser


testada. Depois, selecionar um teste para esse propósito e essa
população, baseados num cuidadoso exame de informações
fornecidas pelos testes.
2. Investigar fontes de informação potencialmente úteis, além dos
resultados de teste e corroborar as informações fornecidas pelos
testes.
21

3. Ler e conhecer os manuais fornecidos pelos criadores de testes


e evitar usar testes sobre os quais existem apenas informações
confusas ou incompletas.
4. Ficar a par de como e quando o teste foi desenvolvido e
experimentado.
5. Ler avaliações independentes de um teste de possíveis
medidas alternativas. Procurar as evidências necessárias para
confirmar as afirmações dos criadores do teste.
6. Examinar um conjunto de amostra, teste divulgados ou
amostras de questões, orientações, folhas de resposta, manuais e os
relatórios de resultados antes de selecionar um teste.
7. Determinar se o conteúdo do teste e o (s) grupo(s) de controle e
grupo(s) de comparação são adequados para os testandos.
8. Selecionar e utilizar apenas aqueles testes para os quais
estejam disponíveis as habilidades para aplicar e interpretar
corretamente os resultados. (p.37)

2.1.5 Processo psicodiagnóstico

Definição
Segundo Cunha (1993), psicodiagnóstico é:

um processo científico, limitado no tempo que utiliza técnicas e testes


psicológicos (input) em nível individual ou não, seja para entender
problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos
específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível,
comunicando os resultados (output), nas quais são propostas soluções
se for o caso. (p.26).

Caracterização
✓ É um processo científico porque parte de um levantamento prévio de
hipóteses que serão confirmadas ou informadas através de passos predeterminados e
com objetivos precisos.
✓ É limitado no tempo: é dada uma estimativa do tempo do processo
para o paciente.
✓ Plano de avaliação: deve ser estabelecido com base nas hipóteses,
definindo-se os instrumentos que serão utilizados.
✓ O psicólogo deve estar atento a quando e como utilizar os testes;
✓ Os resultados obtidos nas provas devem ser associados às
informações coletadas na história clínica, história pessoal e outros dados observados;
✓ Os testes devem ser adequados não só às hipóteses levantadas, mas
também a idade e escolaridade do examinando.
22

✓ Avaliam-se os escores, através de consulta em tabelas e os resultados


são fornecidos em dados quantitativos e qualitativos.

Segundo Ocampo e Arzeno (2001) consideram que:

Institucionalmente, o processo psicodiagnóstico configura uma situação


com papéis bem definidos e com um contrato no qual uma pessoa (o
paciente) pede que a ajudem, e outra (o psicólogo) aceita o pedido e se
compromete a satisfazê-lo na medida de suas possibilidades. É uma
situação bipessoal (psicólogo-paciente ou psicólogo ou psicólogo- grupo
familiar), de duração limitada, cujo objetivo é conseguir uma descrição e
compreensão, o mais profunda e completa possível, da personalidade
total do paciente ou do grupo familiar. Enfatiza também a investigação
de algum aspecto em particular, segundo a sintomatologia e a s
características da indicação (se houver). Abrange os aspectos
passados, presentes (diagnóstico) e futuros (prognóstico) desta
personalidade, utilizando para alcançadas tais objetivos certas técnicas
(entrevista semidirigida, técnicas projetivas, entrevista de devolução)
(p.11)
23

2.2 Natureza e uso dos Testes Psicológicos


Com base nos apontamentos de Anastasi e Urbina (2000) e Pasquali
(2001) os testes são definidos da seguinte forma:

- Os testes psicológicos são ferramentas.


- A testagem tem crescido em ritmo acelerado e está contribuindo em
várias áreas da vida cotidiana.
- A ampliação do uso se fez acompanhar de expectativas irrealistas e
usos inadequados.

A seguir apresentaremos alguns pontos relevantes para compreender o


que é um teste psicológico, sua importância como instrumento para o diagnóstico,
abrangência dentre outros.

- O que é teste psicológico?

- É uma medida objetiva e padronizada de uma amostra de


comportamento.
- É um conjunto de tarefas predefinidas, que o participante precisa
executar numa situação geralmente artificializada ou sistematizada,
em que o seu comportamento na situação vai ser observado,
descrito e julgado, e essa descrição é geralmente feita utilizando-
se números.

- Abrangência

- Traços cognitivos ou habilidades (testes psicométricos)


- Traços de personalidade (testes projetivos)

- Uso dos testes – Objetivos

- Clínico Psicodiagnóstico
▪ Avaliação do procedimento
psicoterápico
24

- Escolar
- Organização empresarial
- Organização militar4
- Avaliação Psicológica para Motoristas (antigo Psicotécnico)
- Aconselhamento
- Orientação vocacional
- Psicologia diferencial
− Estudos sobre a natureza e a extensão das diferenças
individuais;
− Mensuração das diferenças grupais;
− Identificação de fatores biológicos e culturais; associados às
diferenças comportamentais.
- Para verificar o impacto sobre o desenvolvimento humano,
relacionado à implantação de programas comunitários e ambientais.
- Pesquisa científica.

- Classificação pela forma de aplicação

- Individual
- Grupo
- Indireta – computador

- Classificação pela forma de resposta

- Verbal
- Escrito: papel e lápis
- Motor
- Via computador

- Testes segundo o construto que medem, de acordo com Pasquali (2001):

✓ Testes de Capacidade Intelectual:


Aptidão Geral
- Testes de inteligência geral (QI)
25

- Testes de inteligência diferencial (aptidões diferenciais: numérica, abstrata, verbal,


espacial, mecânica, social etc.)

Aptidões específicas: Mecânica, musical, psicomotora


Desempenho acadêmico (Provas educacionais)
Neuropsicológicos: (Testes de disfunções cerebrais e neurológicas)

✓ Testes de preferência individual

- Testes de personalidade – projetivos


- Testes de atitudes, valores
- Testes de interesses
- Testes situacionais, de observação de comportamento, biografias

- Administração dos testes


Os resultados do teste são válidos se a sua aplicação seguiu à risca as
instruções e recomendações dadas pelo seu autor.
As orientações de aplicação exigem:
Qualidade do ambiente físico de aplicação
Qualidade do ambiente psicológico (atmosfera em que a ansiedade do
testando seja reduzida ao mínimo)

- Ambiente físico
Posto de trabalho: cadeira, mesa, espaço físico;
Condições atmosféricas: iluminação, temperatura, ventilação, higiene;
Condições de silêncio: isolamento acústico, ausência de interrupções;
Apresentação do aplicador: roupas limpas e adequadas, vocabulário
apropriado, sem uso de perfume.

- Condições psicológicas
Testando em condições normais de saúde física e psicológica;
Testando compreendendo exatamente a tarefa a executar;
Nível de ansiedade do testando reduzido: isto implica no estabelecimento de
um bom rapport.
26

- Valor diagnóstico ou preditivo


Depende do grau em que ele serve como um indicador de uma área
relativamente ampla e significativa de comportamento.
Ex.: o conhecimento de uma criança sobre as palavras de uma lista,
torna-se importante se se puder demonstrar que existe correspondência estreita entre o
conhecimento que a criança tem da lista de palavras e o seu domínio total de
vocabulário. Assim os testes atendem à sua finalidade.

- Diagnóstico ou predição
A predição habitualmente conota uma estimativa temporal. Ex.: o futuro
desempenho do indivíduo em uma função sendo previsto a partir de seu
desempenho em um teste no presente.
Habilidade
É possível medir a habilidade ou potencialidade de uma pessoa para
“algo”. No sentido de que uma amostra de seu comportamento presente pode
ser usada como indicador de outro comportamento acontecendo no futuro.

Atenção

◼ Nenhum teste psicológico pode fazer mais do que medir comportamento.


◼ O fato de esse comportamento poder servir como um índice efetivo de outros
comportamentos é algo que só pode ser estabelecido por provas empíricas.
27

2.2.1 Padronização, precisão e validade

O que são testes?


⚫“Um teste psicológico é, fundamentalmente, uma medida objetiva e padronizada de
uma amostra do comportamento” (ANASTASI, 1965, p. 26).

⚫“... uma prova definida implicando na realização de um trabalho idêntico para todas as
pessoas examinadas, como uma técnica precisa para a apreciação do sucesso e do
erro, ou para a anotação numérica dos escritos” (PIERON, apud Rappaport, v. 20, p.
28).

⚫“... um instrumento padronizado ou um procedimento sistemático que se destina a


obter uma medida objetiva de uma amostra de comportamento” (KLEINMUNTZ, apud
Rappaport, v. 20, p. 28).

⚫“... um teste psicológico é um procedimento que busca medir o fenômeno psicológico


e, portanto, procura atender às exigências do método experimental” (van Kolck, apud
Rappaport, v. 20, p. 29).

⚫“... uma situação estandartizada na qual o comportamento de uma pessoa é


mostrado, observado e descrito” (KORCHIN, apud Rappaport, v. 20, p. 29).

A. Padronização de um teste
⚫É o processo através do qual é garantida a uniformidade de aplicação e avaliação.

⚫Um teste é padronizado quando possui regras (padrões) através das quais é aplicado
e avaliado sempre da mesma maneira qualquer que seja o aplicador, participante ou
avaliador.
28

A uniformidade nas condições de aplicação abrange:

–Material do teste: cadernos, objetos utilizados, folhas de registro;

–Instruções: limite de tempo, instruções verbais, demonstrações preliminares, formas


de responder às perguntas do participante;

–Condições ambientais: iluminação, ausência de ruídos.

–Condições do participante: motivação, interesse, condições de saúde.

–Relação participante / aplicador: segurança, clareza nas informações, postura,


motivação, cooperação etc.

⚫Para isto, o construtor do teste deve se deter em cada aspecto acima.


⚫Mediante estudos preliminares estabelecem-se as regras de aplicação e a natureza
do material a ser utilizado.
⚫As regras devem ser claras, objetivas e precisas.

Rapidez e tempo
preciso (cronometrado)
Os limites de tempo
Estimativa do tempo

POR QUE PADRONIZAR?


⚫Se vamos comparar os resultados em diferentes indivíduos, as condições de
aplicação devem ser iguais para todos.

⚫A padronização de aplicação e a natureza do teste são estabelecidas pelo construtor


do teste, tendo em vista seu objetivo inicial e os participantes a que se destina o teste.
Deve ter razões empíricas e teóricas para estabelecer, por exemplo, que as pranchas
de um teste devem ser coloridas, ou não, que devem ser dados três exemplos no início
e não apenas um.
29

⚫Quando o teste é publicado, as regras de instruções e descrição do material nos


informam:
–Que as condições, segundo o autor, são as melhores para observarmos o que
pretendemos.
–Que foi em condições idênticas que o autor aplicou o teste e obteve os resultados
transcritos em tabelas do manual.

⚫A confecção do teste deve ser uniformizada e realizada em editoras especializadas (é


proibida a reprodução ou confecção pelo próprio aplicador).

⚫Através da padronização garante-se que apliquemos o teste nas melhores condições


e que os resultados obtidos por um aplicador sejam comparáveis aos obtidos por outro.

PROBLEMAS DE PADRONIZAÇÃO

⚫A não utilização de material adequado para a aplicação;


⚫Ambiente inadequado;
⚫Aplicação ou avaliação do teste de forma errônea;
⚫Condições do participante.

Motivação
⚫Incentivar o participante a fazer o melhor que puder (podem surgir diferentes motivos
que variam de acordo com os diferentes grupos étnicos, culturais e socioeconômicos).
⚫A motivação pode ser reduzida diante de situações de tensão e ansiedade.

⚫Segundo Anastasi e Urbina (2001) deve- se:

–Observar as condições motivadoras do participante;


–Considerar todas as condições diferentes de motivação, no momento de interpretar os
resultados;
–Estabelecer uma relação segura com o cliente antes da aplicação dos testes.
30

⚫Prática e treino: o participante não deve ter tido nenhum conhecimento prévio sobre
o instrumento, o que mede e como proceder. Apenas é permitido treinos dos exemplos
que fazem parte das instruções iniciais.

–Preparo: Quando os participantes são preparados para a realização de um teste.

–Prática: Quando o participante já foi submetido à prova anteriormente e já tem


conhecimento sobre a mesma.

Padronização de aplicação e relação participante-aplicador


⚫O participante deve estar à vontade e calmo;
⚫O examinador deve ser uma presença agradável e não constrangedora;
⚫A realização do teste deve ocorrer quando o participante estiver suficientemente
ambientado em relação ao examinador;
⚫A aplicação de um teste nunca se faz em um primeiro encontro;
⚫Evitar comentários estereotipados.

AVALIAÇÃO
⚫Está dentro das normas de padronização de um teste e é através dela que podemos
interpretar um resultado individual (bruto) em relação a um grupo (escalonado), assim
como avaliar a realização média de um participante e os diferentes graus de
superioridade e inferioridade em relação a esta média.

Resultados
⚫Aos resultados obtidos nos instrumentos de medida denominamos Escore Bruto, que
reflete a “produção do testando”, isto é, o número de respostas certas, o tempo gasto
para execução da tarefa etc.

⚫O Escore Bruto não tem em si mesmo qualquer significado. É sempre necessário um


critério de comparação, assim as medidas em Psicologia são sempre interpretadas em
relação a um grupo representativo da população à qual o teste se destina –
denominado amostra de padronização ou grupo normativo.
31

⚫Os resultados brutos de diferentes testes se exprimem em diferentes unidades,


dependendo do nível de dificuldade do teste.

⚫ É necessário transformar o Escore Bruto em uma medida relativa.


Apresentação dos resultados
⚫Transformações lineares ou não lineares

⚫Transformações lineares: ⚫Transformações não lineares:


–Desvio reduzido, nota padrão ou z –Percentil

–Nota derivada ou Z –Ordem percentílica


–Nota T (não normalizada) –Estanino

–Esteno

–Nota T normalizada

TRANSFORMAÇÕES LINEARES:

 Desvio reduzido ou nota padrão z


◼ Resulta da transformação dos escores brutos em uma variável expressa
em unidades de desvio padrão.
◼ Indica quantas unidades de desvio padrão o resultado bruto se afasta da
média do grupo.
 Nota derivada ou z
◼ Resulta da transformação linear dos escores para uma distribuição em
que são escolhidos uma média e um desvio padrão arbitrário.
◼ Semelhante a dez, indica quantas unidades de desvio padrão o indivíduo
se afasta da média do grupo.
 Nota T não normalizada
◼ É um tipo específico de nota derivada em que os desvios padrão e
padrão arbitrário são fixados respectivamente em 10 e 50.
◼ Semelhante a dez, indica quantas unidades de desvio padrão o indivíduo
se afasta da média do grupo.
32

TRANSFORMAÇÃO NÃO LINEARES:


 Percentil
◼ É a nota ou resultado bruto abaixo do qual se encontra determinada
percentagem de resultados. Ex.: o percentil 30 indica que abaixo estão
30% dos resultados individuais.
 Ordem percentílica
◼ Indica a percentagem de casos que se situa abaixo de determinado
resultado bruto. Ex.: a ordem percentílica de 36 = 72 significa que abaixo
do resultado 36 temos 72% dos casos.
◼ Permite a comparação da realização do indivíduo em diferentes testes,
quando as distribuições desses testes são bastante diferentes.

 Estaninos
◼ As notas brutas são classificadas em 9 categorias (estaninos),
normalizando a distribuição. O escore estanino mais alto é o 9, o mais
baixo é o 1 e o estanino 5 está localizado no centro da distribuição.

 Esteno
◼ É semelhante à escala de estaninos; compõe-se de 10 faixas, cada qual
com uma amplitude de 0,5 desvio padrão. Como o número de faixas é
par o estano não possui uma categoria central e a média aritmética
separa os estenos centrais – 5 e 6.
 Nota T normalizada
◼ Utiliza-se a média arbitrária 50 e o desvio padrão 10. Trabalha-se com a
distribuição ajustada a uma curva normal.

Resultado em QI
⚫QI = Quociente de Inteligência.
–Representa a razão entre idade mental e idade cronológica

–IM = Idade Mental


–IC = Idade Cronológica
–QI = IM X 100
IC
33

Exemplos
⚫Criança 1: 6anos (IM) x 6 anos (IC): QI=100
⚫Criança 2: 6 anos (IM) x 9 anos (IC): QI=67
⚫Criança 3: 12 anos (IM) x 9 anos (IC): QI=133

QI de Desvio
⚫Situam os participantes na distribuição da curva normal;
⚫Média de distribuição situa-se em 100 e o DP=15
⚫85 a 115 = Desempenho médio;
⚫QI de desvio indica onde o participante se situa na curva normal de inteligência.

Tabela retirada de Anastasi e Urbina (2000) pag. 70


34

Tabela com transformações lineares e não lineares

Percentil 0 5 25 50 75 85 99 (DP= 25)


QI 55 70 85 100 115 130 145 (DP=15)
35

B. Validade
⚫Demonstra até que ponto um teste mede aquilo que se propõe medir. Verificam-se as
relações entre os resultados obtidos no teste e o resultado de observações feitas por
outros meios, sobre o comportamento que o teste pretende medir.

Técnicas para verificar a validade


⚫Há várias técnicas para verificar a validade de um teste que podem ser agrupadas
em três categorias:

⚫Validade de conteúdo: exige exame cuidadoso do conteúdo do teste para verificar


se os aspectos fundamentais do que ele pretende medir são abrangidos.

⚫Validade relativa ao critério: indica se um teste é capaz de predizer o


comportamento de um participante nas situações que ele mede.

⚫Validade do conceito (construto): é a medida em que o teste mede, efetivamente,


um conceito teórico ou traço (ANASTASI, 1977, p.136).

Segundo os Standards for Educational and Psychological Testing


produzido pela American Educational Research Association, American Psychological
Association e National Council on Measurement in Education (AERA, APA e NCME,
1999), a validade é um conceito único, mas várias são as possibilidades de evidenciar
a validade e a decisão sobre ela deve servir para clarificar a posição que apoia a
interpretação do teste e seu escore.

Segundo Alves, Baptista e Souza (2011), a validade não se difere em


tipos e sim em fontes, nas quais se encontram evidências:
a) Evidências de validade baseadas no conteúdo: Nesta fonte, busca-se
uma relação entre os itens do instrumento, isto é, seu o teste deverá
apresentar em seus itens, de forma adequada, as características do
fenômeno que se pretende avaliar. Neste tipo de evidência, são
convocados avaliadores (juízes) a fim de observar se o instrumento
contempla os componentes a serem avaliados de acordo com a
literatura.
36

b) Evidências de validade baseadas nas relações com outras variáveis:


Busca-se relações entre os resultados (escores) do teste e outras
variáveis medindo a mesma característica relacionada ou características
diferentes. Estas variáveis podem ser sexo, idade, desempenho
acadêmico, critério diagnóstico, ou ainda, os resultados de outros testes.
Pode-se encontrar evidencias que convergem (mesma característica ou
características relacionadas) ou divergem (características que são
diferentes).
c) Evidências baseadas na estrutura interna: Busca-se relação entre os
testes e seus itens. Por meio de análise estatística, verifica-se se um item
contribui para o resultado total do teste.
d) Evidências de validade baseadas no processo de resposta: busca-se
investigar dados referentes aos processos mentais presentes na
execução da tarefa proposta. Busca-se ainda, descrever na forma de
modelos explicativos o processo mental que ocorreu para a execução da
atividade, como tipo de erro apresentado, tempo de reação etc.
e) Evidências de validade baseadas nas consequências da testagem: Busca
estudar a implicação social do uso do teste, de forma a verificar se as
implicações com seu uso estão de acordo com a finalidade para que foi
criada. Aqui questiona-se eticamente o emprego do teste.

C. Precisão (Fidedignidade ou Confiabilidade)

A precisão, conhecida também como fidedignidade ou ainda


confiabilidade, refere-se à estabilidade do teste, isto é, quanto mais próximos forem os
escores do teste obtidos por métodos ou situações diferentes, maior será a
consistência interna do teste.

⚫Faz com que uma prova reaplicada em um mesmo indivíduo dê resultados


significativamente semelhantes;

⚫Indica se as diferenças individuais nos resultados do teste ocorreram por acaso ou se


são diferenças reais;
37

⚫Busca qual a coerência ou concordância entre dois conjuntos de resultados obtidos


independentemente, para isso utiliza cálculo de correlação;

⚫O cálculo de correlação é utilizado para obter-se o coeficiente de precisão de um


teste psicológico.

⚫“Precisão refere-se à consistência dos escores obtidos pelas mesmas pessoas


quando reexaminadas com o mesmo teste em ocasiões diferentes*, ou com diferentes
subgrupos de itens equivalentes, ou outras condições de exame variáveis” (Anastasi e
Urbina, 1997).
⚫* .... desde que esteja garantido que as pessoas não tenham mudado no que se
refere às suas posições nos construtos medidos

– O conceito refere-se ao grau com que os escores do teste são livres de erros de
medida.
– Exemplos:
⚫ se uma pessoa faz um mesmo teste de depressão duas vezes com um intervalo de
duas semanas e o nível de depressão não se alterou durante esse período, então as
notas nas duas ocasiões devem ser semelhantes.
⚫ se uma pessoa faz dois testes diferentes de depressão no mesmo período, então as
notas nos dois testes devem ser semelhantes.
⚫ se dois profissionais avaliam no mesmo período, através de algum julgamento, a
depressão de uma pessoa, então as duas avaliações devem ser semelhantes.
– Na medida em que forem observadas diferenças nessas avaliações supõe-se que
ocorreu algum erro na mensuração.

As diferenças encontradas entre as avaliações não serão consideradas como erro,


quando a medida for feita em momentos diferentes e a habilidade avaliada, apresentar
mudança. Por exemplo, a pessoa foi avaliada inicialmente com depressão, foi tratada e
na segunda avaliação (depois da melhora) o teste não apresenta depressão, neste
caso o instrumento foi sensível para detectar a melhora do quadro sintomático.

– As origens ou fontes desse erro podem ser:


38

⚫ disposição, ansiedade, fadiga, mais “chutes”corretos em uma ocasião


⚫ familiaridade com o conteúdo
⚫ subjetivismo

⚫ O modelo linear clássico postula que um escore observado de um determinado


participante em um teste pode ser decomposto em duas partes aditivas:
– (1), o escore verdadeiro [em inglês: true score] do participante na variável medida pelo
teste
– (2), o escore de erro que ocorre em função da imprecisão das medidas psicológicas.
⚫ Assim o escore observado pode ser definido como:

X i = Ti + ei

⚫ Padronização das condições de testagem = reduzir erro


⚫ Precisão é representada em um coeficiente de correlação:
– Varia de 0 (imprecisão) à 1 (precisão perfeita)

Scatterplot ... Correlation = 0.03 Scatterplot - Correlation = 0.81


26 26

22 22

18
18

14
14
RV1

RV1

10
10

6
6
2

2
-2
-2 2 6 10 14 18 22
RV2 -2
0 4 8 12 16 20 24 28
COR08
Scatterplot - Perfect Positive Correlation (+1.0)
26
Scatterplot - Perfect Negative Correlation (-1.0)
26

22
22

18
18

14
14
RV1

RV1

10
10

6 6

2 2

-2 -2
-2 2 6 10 14 18 22 26 -24 -20 -16 -12 -8 -4 0 4
COR10 COR10
39

Coeficiente de precisão
⚫Pode ser obtido através de diferentes técnicas.

⚫Teste e reteste: consiste em calcular a correlação entre as distribuições de escores


obtidos num mesmo teste pelos mesmos participantes em duas ocasiões diferentes de
tempo.

⚫Precisão de formas alternativas: os participantes respondem a duas formas


paralelas do mesmo teste, e a correlação entre as duas distribuições de escores
constitui o coeficiente de precisão do teste.

Precisão da consistência interna


⚫Precisão das duas metades (ou homogeneidade): o teste é dividido em partes
equivalentes (metades, questões pares e ímpares) e os resultados obtidos nestas
partes são correlacionados.

⚫Kuder-Richardson e alfa de Cronbach: um único teste é aplicado, uma única vez, e


a análise é feita, buscando-se a coerência das respostas do participante em todos os
itens do teste, examinando-se a realização em cada item.
⚫A precisão de um teste depende de inúmeros fatores. Symonds enumerou 22.
Destacamos o estado geral do participante - doenças, medicação, fadiga, experiência
anterior, descargas emocionais etc.
⚫Quanto mais preciso for um teste menos suscetível será a alterações provocadas
pela condição do participante ou do ambiente de aplicação.
⚫Índices considerados adequados de Precisão: acima de 0,80
40

2.2.2 Roteiro de Estudo / 1

Orientações
Este roteiro é de fixação de conteúdo apresentado em sala de aula, para
isso, respondam as questões e estudem em grupos. Em caso de dúvida consultem o
professor responsável pela aula.
Para responder estas questões consultem a bibliografia indicada na
bibliografia básica e complementar
AMBIEL, R.A.M.; PACANARO, S.V. Da testagem à avaliação psicológica: aspectos históricos e
perspectivas futuras. In: AMBIEL, R.A.M. et al. (Orgs). Avaliação Psicológica: guia de
consulta para estudantes e profissionais de Psicologia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011,
p. 11-27. [E-book].

CUNHA, J.A. Estratégias de avaliação: perspectivas em psicologia clínica. In: CUNHA, J.A. e
cols. Psicodiagnóstico-V. 5. ed. rev. e ampl. Porto Alegre : Artmed, 2007, p. 19-22. [E-book].
Anastasi, A.- Livro testes psicológicos- Consultar capítulos – 1- Definição de Testes
Psicológicos; Natureza e uso dos testes Psicológicos e o 2 História dos testes Psicológicos

COHEN, R.J.; SWERDLIK, M.E.; STURMAN, E.D. Testagem e avaliação psicológica:


introdução a testes e medidas. 8. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2014. [E-book] para a pergunta 4

As perguntas 9 em diante utilizar os textos:


• FACHEL, J.M.G.; CAMEY, S. Avaliação Psicométrica: a qualidade da medida e o
entendimento dos dados. In: CUNHA, J.A. e cols. Psicodiagnóstico-V. 5. ed. rev. e
ampl. Porto Alegre : Artmed, 2007, p. 158-170. [E-book].
• AMBIEL, R.A.M. et al. “E viveram felizes para sempre: a longa (e necessária) relação
entre psicologia e estatística. In: AMBIEL, R.A.M. et al. (Orgs). Avaliação Psicológica:
guia de consulta para estudantes e profissionais de Psicologia. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 2011, p. 49-80. [E-book].
• Anastasi, A.- Livro testes psicológicos- Consultar capítulos – 4 Validade, Precisão e
Fidedgnidade
• Pasquali,L- Livro: Técnicas de Exame Psicológico- TEP_ Manual cap. 3 e 4

COHEN, R.J.; SWERDLIK, M.E.; STURMAN, E.D. Testagem e avaliação psicológica:


introdução a testes e medidas. 8. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2014. [E-book]- capitulos 3,4,5 e
6,p. 77 a 180.

1. O que é um teste psicológico?


2. O que é testagem psicológica?
3. O que é avaliação psicológica e no que ela consiste?
4. Descreva as diferenças entre Testagem Psicológica, Avaliação Psicológica e
Avaliação Neuropsicológica.
5. Qual o objetivo da Avaliação Psicológica?
6. Como é definido o Processo Psicodiagnóstico segundo Cunha (1993) e Ocampo e
Arzeno (2001)?
7. Quais são as etapas de um processo de avaliação psicológica?
41

8. Quem pode solicitar Avaliação Psicológica e onde é mais utilizado?


9. O que é Padronização e porque devemos padronizar um teste psicológico?
10. Quais as condições necessárias de aplicação de um teste para que ele mantenha a
sua uniformidade?
11. O que é Precisão de um teste psicológico?
12. O que é Validade de um teste psicológico?
13. Quais são os fatores intrínsecos e extrínsecos que podem influenciar nos
resultados tanto positivos como negativos em uma prova psicológica?
42

2.4 ENTREVISTAS
43

2.4.1 Entrevista Psicológica segundo Bleger (1998)


Seu emprego no diagnóstico e na investigação

Entrevista
- Fundamental instrumento do método clínico;
- Técnica de investigação em Psicologia;
- Fundamental no trabalho do psicólogo;

Por que técnica?


Porque tem procedimentos, regras empíricas para se ampliar, verificar e
aplicar o conhecimento científico

Entrevista
- Identifica ou faz coexistir no psicólogo as funções de investigador e
de profissional, porque a técnica é o ponto de interação entre a ciência e
as necessidades práticas;
- Possibilita obter ou levantar a vida diária do ser humano no nível
do conhecimento e da elaboração científica;
- Amplitude de uso (meio jornalístico, empresarial, escolar, jurídico
etc.)

Entrevista Psicológica
- Nas várias modalidades de entrevistas podem haver fatores ou
dinamismos psicológicos, mas a entrevista psicológica tem objetivos
específicos.
- Busca objetivos psicológicos: investigação, diagnóstico, terapia
etc.
- Existem regras para a entrevista psicológica, bem como o estudo
psicológico desta entrevista.
44

Tipos de entrevista
- Aberta, fechada ou semi-dirigida.
- Bleger aponta dois tipos: aberta e fechada.
- Entrevista aberta, segundo Bleger, o entrevistador tem ampla
liberdade para as perguntas e para as intervenções, o que permite sua
flexibilidade;
- Possibilita, ainda, uma investigação mais ampla da personalidade
do entrevistado (e das variáveis da personalidade)

Entrevista Fechada
- Perguntas formuladas anteriormente com ordem prevista
(questionário), devendo seguir rigorosamente a ordem.
- Permite melhor comparação de dados (sistemático) além de
vantagens quanto à padronização.
- Semi-aberta (Ocampo)

Tipos de aplicação
- Individual;
- Grupal (com mais entrevistados e entrevistadores)
- Entrevista é sempre um fenômeno grupal, mesmo sendo um
entrevistador e um entrevistado, porque se observam questões dinâmicas
de um grupo

Segundo o beneficiário
- A) entrevistado (consulta psicológica ou psiquiátrica);
- B) Pesquisa (importam os resultados científicos);
- C) Realizada para um terceiro (instituição)
- Com exceção de A, nos outros casos, o entrevistador deve
promover o interesse e a motivação do entrevistado.

Entrevista, consulta e anamnese


- A técnica de entrevista procede do campo da Medicina;
- Consulta: solicitação de assistência técnica ou profissional
(prestada ou satisfeita de “n” formas);
45

- Consulta não é sinônimo de entrevista, no entanto, um dos


procedimentos para atender à consulta é o uso da entrevista.

Anamnese
- Compilação de dados pré-estabelecidos que permite obter uma
síntese da situação presente como da história de um indivíduo, sua
saúde e/ou doença.
- Preocupação e finalidade é a compilação de dados, na qual o
paciente é o mediador entre os dados e o profissional.
- Se o paciente não fornece informações, estas devem ser
extraídas.

Entrevista Psicológica
- Objetiva o estudo e a utilização do comportamento total do
indivíduo, em todo o curso da relação estabelecida com o técnico,
durante o tempo em que a relação durar.
- Na Consulta parte do tempo pode ser entrevista e anamnese,
porém a consulta não é um interrogatório.
- Regra básica: obter dados completos de seu comportamento total
no decorrer da entrevista.

Influências teóricas
- Psicanálise: inconsciente, transferência, contra-transferência,
repressão, resistência, projeção, introjeção entre outros.
- Gestalt: Entrevista é um todo (incluindo o comportamento do
entrevistador).
- Behaviorismo: Observação do comportamento em condições
controladas ou conhecidas.
- Na entrevista o campo a ser configurado deve depender
especialmente pelas variáveis que dependem do participante
entrevistado.
- Entrevistador controla, mas quem dirige é o entrevistado. A relação
delimita e determina o campo da entrevista e o que nela acontece
(observa-se parte da vida do indivíduo).
46

RISCOS
- Nenhuma entrevista pode esgotar a personalidade do participante,
mas apenas um segmento dela.
- A entrevista não substitui outros procedimentos de investigação,
nem outros procedimentos a substituem.

▪ Enquadre
- Espécie de padronização da situação de estímulo que oferecemos
ao indivíduo.
- Durante o enquadre que informamos o objetivo, local de
realização, duração etc.
- Caso haja mudanças no enquadre, devemos considerar a variável.

Estudar a entrevista
- A) entrevistador (atitude, dissociação instrumental, contra-
transferência, identificação).
- B) entrevistado (transferência, estruturas do comportamento,
ansiedade, defesas).
- C) Relação interpessoal entre os participantes (projeção,
introjeção, identificação).
- Na entrevista cada indivíduo tem organizado uma história de vida e
um esquema de seu presente.
- Anamnese considera-se que o indivíduo conhece sua vida e está
capacitado a fornecer dados sobre ela.
- O que não pode ser dado, é obtido pelo comportamento não verbal
(coincidências, contradições).
- O papel do psicólogo não é julgar, determinar o certo e o errado,
mas verificar os graus ou fenômenos da personalidade.

Entrevista é confiável?
- Muitos questionam que a entrevista não é confiável, mas nesses
casos ela reflete as características do objeto de estudo (simulações,
dissociações),
47

- Por ex.: pessoas muito rígidas podem trazer sua história pronta ou
seu esquema de vida, como uma defesa à penetração do entrevistador.
- Quando vários integrantes de um grupo ou instituição (família,
escola, empresa) são entrevistados, frequentes são contradições e
divergências, o que denuncia como cada um observa o campo
psicológico que lhe é específico.

Teoria e técnica
- Devem estar entrelaçadas (teoria e técnica) com a concepção de
personalidade que trabalhamos (teoria da personalidade).
- Pois a entrevista não é aplicar instrumentos e sim investigar a
personalidade do entrevistado, ao mesmo tempo com nossas teorias e
instrumentos.

Observação participante
- Observação científica é objetiva;
- Observador registra o que vê para terceiros;
- O observador é uma das variáveis do campo.
- Geralmente presume-se que na entrevista as observações sejam
em condições iguais aos que o fenômeno psicológico ocorre.
- Considerações ontológicas: existência de um mundo objetivo
- Considerações gnosiológicas: Somos o que conhecemos

Entrevista e investigação
- “A entrevista é um campo de trabalho que investiga a conduta e a
personalidade de seres humanos” (p. 18)
- 1º a observação
- 2º hipóteses
- 3º verificação das hipóteses

▪ Grupos na entrevista
- Bleger aponta que o entrevistador e o entrevistado formam um
grupo (estão interrelacionados e a conduta de ambos são
interdependentes).
48

- Envolve o processo de comunicação:


▪ Conduta de um atua  estímulo reatua
▪ (consc. ou não intencional ou não para a conduta
de outro
▪ Transferência e contra-transferência
- Aparece em toda relação interpessoal;
- Na entrevista devem ser utilizadas como instrumentos de
observação.
- Transferência é a atualização na entrevista, de sentimentos,
atitudes e condutas inconscientes, por parte do entrevistado, no curso do
desenvolvimento, especialmente no meio familiar

- Transferência: Integram a parte irracional (ou inconsciente) da


conduta e são aspectos não controlados pelo paciente que transfere
situações e modelos.
- Contra-transferência: incluem-se todos os fenômenos que
aparecem no entrevistador como emergentes no campo e que se
configura na entrevista. São respostas do entrevistador às manifestações
do entrevistado. Também não é de fácil manejo e requer boa preparação;
- Devemos registrar nossas reações, pois a auto-observação é
muito importante

Ansiedade
- Do entrevistador e do entrevistado
- Atentar para o aparecimento e grau de intensidade.
- A ansiedade é elemento motor da relação, mas em excesso pode
perturbar.
- Diante de uma situação desconhecida que implica desorganização
da personalidade de cada um, esta desorganização é a ansiedade.
- Ansiedade no entrevistado  reflete o perigo daquilo que é
desconhecido em sua própria personalidade.
- Ansiedade no entrevistador  motor de interesse;
- Ansiedade deve ser trabalhada quando se compreende os fatores
pelos quais aparace.
49

- No entrevistador, o instrumento de trabalho é ele mesmo e sua


personalidade.
- Situação é agravante porque ao estudar outro ser humano e
examinar a vida dos demais, implica em rever e examinar a própria vida.

Dissociação
- Atuar, em parte, com identificação projetiva e em parte,
permanecer fora dessa identificação, observando e controlando.
- Introjeção e projeção  plástica e não ser mero tarefeiro.
- Cuidados com rigidez, projeção.

Entrevistado
- Examinar as contingências do entrevistado
- Insight de que algo não está bem
- Pessoa que solicita consulta: doente identificado (Shilder apud
Bleger):
- Problemas corporais
- Problemas mentais
- Falta de êxito
- Dificuldades na vida diária
- Por queixas de outras pessoas
- Entrevistado que procura consulta,
- Participante que é trazido para a consulta.
- Observar fenômenos do entrevistado e do grupo ao qual pertence
(familiar, por ex.)

Funcionamento da entrevista
- Função da entrevista
- Limites mantidos
- Tempo
- Lugar
- Papel técnico do profissional (não é um amigo)
- Entrevistador NÃO deve entrar com suas reações, nem com o
relato de sua vida. Nem entrar com relações comerciais ou de amizade.
50

- Curiosidade deve limitar-se ao necessário para benefício do


entrevistado
- Observar reações contratransferências
- Grau de repressão do entrevistado depende muito do grau de
repressão do entrevistador a determinados temas (sexualidade, inveja
etc.)
- Abertura para entrevista não deve ser ambígua e sim diretas e sem
subterfúgios, nem segundas intenções.
- A entrevista deve começar por onde começa o entrevistado,
levando-se em conta o quanto deve ter sido custoso ter decido por ela.
- Deve-se receber o entrevistado cordialmente, porém não
efusivamente.
- Caso tenhamos informações fornecidas por outras pessoas,
devemos informar no início da entrevista.
- Sigilo
- Silêncio do entrevistado é o fantasma do entrevistador iniciante.
- Reconhecer diferentes tipos de silêncio.
- O que fala muito, deixa de dizer algo importante.
- Silêncio total e catarse não são bons.
- Fim da entrevista deve ser respeitado.
- Reação à separação
- Interpretações
51

2.4.1.1 Roteiro de estudo / 2

Obra para consulta: BLEGER, J. Temas de Psicologia: Entrevista e Grupos. 2. ed.


São Paulo: Martins Fontes, 1998. Ler capítulo 1

Segundo Bleger (1998), responda:

1) Como é definida a entrevista?


2) Quais as considerações sobre a entrevista realizada por um psicólogo?
3) Quais os tipos fundamentais de entrevista?
4) Qual é o papel do psicólogo na entrevista.
5) O que a entrevista aberta possibilita?
6) Como podem ser realizadas as entrevistas?
7) Como se diferenciam as entrevistas segundo o beneficiário?
8) Quais são as diferenças entre entrevistas, consulta e anamnese?
9) Quais as regras para a realização de entrevistas?
10) Quais as teorias que influenciaram na técnica da entrevista?
11) Por que o autor recomenda não aprofundar-se na entrevista?
12) Como se deve fazer o enquadramento?
13) Como o autor sugere o estudo detalhado da entrevista?
14) Quais são as concordâncias e divergências entre entrevista e anamnese?
15) O que pode emergir na entrevista?
16) O que o autor cita como dados contraditórios e como devem ser avaliados?
17) Como ocorrem divergências entre os grupos?
18) Qual a conclusão citada por Bleger quanto a técnica da entrevista?
19) Como ocorrem as observações?
20) O que entende por observação natural?
21) Qual é a situação natural que ocorre durante a entrevista?
22) Quais as críticas existentes em relação as entrevistas?
23) Qual é a chave fundamental da entrevista e quais as etapas de investigação?
24) Quais são as recomendações dadas por Bleger que não deveríamos cometer na
entrevista?
25) Porque Bleger afirma que na entrevista a relação entrevistado e entrevistador formam-
se um grupo?
26) Qual é a consideração que Bleger possui sobre a comunicação na entrevista?
27) Como define transferência e contratransferência no processo da entrevista?
52

28) Quais as recomendações e considerações dadas pelo autor quanto à ansiedade


presente na entrevista?
29) O que devemos estar atentos nos procedimento da entrevista enquanto entrevista?
30) Quais os aspectos significantes apontados por Bleger quanto à observação em relação
ao entrevistado.
31) Como é definido o funcionamento da entrevista para Bleger?
32) Qual a importância da interpretação na entrevista e as recomendações dadas por
Bleger? Cite o informe da entrevista indicado por Bleger?
53

2.4.2 Entrevista inicial segundo Ocampo e Arzeno (2001)

Para compreender a importância da entrevista no Processo


Psicodiagnóstico deve-se estar atento às suas etapas, que podem variar de acordo
com o beneficiário. O processo psicodiagnóstico será composto por etapas diferentes,
em função do examinando (adultos, crianças e adolescentes), são estas:

Etapas do processo psicodiagnóstico para ADULTOS

- Entrevista;
- Aplicação de testes;
- Observações;
- Devolutiva.
Obs: se necessário serão solicitados relatórios de especialistas para contribuir
com a elaboração do diagnóstico.

Etapas do processo psicodiagnóstico INFANTIL

- Entrevista inicial com os pais;


- Anamnese;
- Hora de jogo diagnóstica;
- Aplicação de testes;
- Consulta aos relatórios e ou laudos de outros profissionais
- Observações;
- Entrevista devolutiva.

Tipos de entrevistas:
- Aberta
- Fechada
- Semi-dirigida
- Anamnese
Obs: Ocampo e Arzeno (2003) recomendam a realização da entrevista Inicial. De
acordo com a situação do paciente e as condições de atendimento, o psicólogo
54

deverá realizar a Entrevista de anamnese para obter mais detalhes sobre a história de
vida da criança.

Características da entrevista inicial segundo Ocampo e Arzeno (2003)


- É caracterizada como uma entrevista semi-dirigida.
- Uma entrevista é semi-dirigida quando o paciente tem a liberdade para expor
seus problemas começando por onde preferir e incluindo o que desejar. Isto é,
quando permite que o campo psicológico seja configurado pelo entrevistador e o
paciente se estruture em função de vetores assinalados pelo último, mas,
diferindo da técnica totalmente livre (aberta), o entrevistador intervém a fim de:
- assinalar alguns vetores, quando o entrevistado não sabe como começar ou
continuar. Estas perguntas são feitas o mais amplo possível;
- assinalar situações de bloqueio ou paralisação por incremento da angústia para
assegurar o cumprimento dos objetivos da entrevista, aos quais este não referiu
espontaneamente, acerca de “lacunas” na informação do paciente e que são
consideradas de especial importância, ou acerca de contradições,
ambiguidades e verbalizações “obscuras”.

Em termos gerais recomendam:

- Começar com uma técnica diretiva no primeiro momento: apresentação mútua e


ao esclarecimento do enquadramento pelo psicólogo e, em seguida, trabalhar
com a técnica da entrevista livre para que o paciente tenha a oportunidade de
expressar livremente o motivo de sua consulta.
- Por último, devemos forçosamente, adotar uma técnica diretiva para poder
preencher nossas lacunas.
- Esta ordem funciona como um guia, e cada psicólogo deve aprender qual é, em
cada caso, o momento oportuno em que deve manter a atitude adotada ou
mudá-la, para falar ou calar e escutar.

A entrevista inicial é recomendada:


- Para conhecer exaustivamente o paciente;
- A necessidade de extrair da entrevista certos dados que nos permitam formular
hipóteses, planejar bateria de testes;
55

- Interpretar com maior precisão os dados dos testes e da entrevista final.

Nota: A correlação que o paciente mostra na primeira entrevista, o que aparece nos
testes e o que surge na entrevista de devolução, oferece um importante material
diagnóstico e prognóstico.

- A entrevista clínica é uma técnica empregada no processo que antecede a


intervenção psicológica (terapia).
- Ela é insubstituível enquanto cumpre certos objetivos do processo
psicodiagnóstico, mas os testes (mais os testes projetivos) apresentam certas
vantagens que os tornam insubstituíveis e imprescindíveis.
- Elas fornecem maior segurança para o diagnóstico por conta de sua
padronização e possibilitar a avaliação dos aspectos patológicos do paciente,
ocultos atrás de uma boa capacidade de verbalização.

Objetivos da Entrevista Inicial:


1º. Primeira impressão.
2º. Considerar o que verbaliza.
3º. Estabelecer o grau de coerência e discrepância entre tudo o que foi verbalizado e
tudo o que captamos através de sua linguagem não verbal (vestimentas, gestos etc.).

O que não verbaliza é menos controlável.


Obs: O diagnóstico será baseado na comparação dos dados coletados durante a
entrevista (comparar o que a pessoa verbaliza desde o que disse no início como no
decorrer da entrevista, ou se haverá mais encontros para a entrevista, iremos então,
comparar o que ele verbaliza entre uma entrevista e outra). No caso do processo
psicodiagnóstico, pode-se comparar os dados com o que pessoa relatou durante a
entrevista, com a realização dos testes e na devolutiva.

4º. Planejar a bateria de testes adequada quanto:


a) elementos a utilizar (quantidade e qualidade dos testes escolhidos);
b) sequência (ordem de aplicação);
56

c) ritmo (número de entrevistas que calculamos para a aplicação dos testes


escolhidos).

5º. Estabelecer um bom rapport com o entrevistado para reduzir ao mínimo a


possibilidade de bloqueios ou paralisações e criar um clima preparatório favorável à
aplicação de testes.

6º. Ao longo de toda a entrevista é importante captar o que o paciente nos transfere e
o que isto nos provoca.

Transferência e contratransferência
Precisa captar que tipo de vínculo que o entrevistado está estabelecendo com o
psicólogo.
Quais são os aspectos contratransferências que o psicólogo exerce sobre o
entrevistado.

7º. Na entrevista inicial com os pais do paciente é importante detectar também:


a) qual é o vínculo que une o casal;
b) vínculo entre eles como casal e filho;
c) da mãe e do pai separadamente com o filho;
d) do filho com o casal;
e) do casal com o psicólogo.

Obs.
- outro tipo de vínculo é a indução que os pais estabelecem com o filho ausente e
ainda desconhecido. Devemos ser neutros e não deixar que a relação futura
entre o psicólogo e a criança sejam contaminados.
- a técnica de Meltzer sugere que primeiro seja realizado um encontro com a
criança e posteriormente fazer as entrevistas com os pais.

8º. Recomendações quanto à entrevista com os pais:


a) avaliar a capacidade dos pais de elaboração da situação diagnostica atual e
potencial. Observar os mecanismos de defesa que podem surgir;
57

b) avaliar as expectativas dos pais;


c) interesses;
d) ansiedade dos pais;
e) os mecanismos de defesas;
f) o campo psicológico;
g) verificar quem colabora, aceita tanto o diagnóstico como a possibilidade de
mudanças e intervenções futuras da criança.

É importante a presença do casal na entrevista e anamnese (ver item 8 último


parágrafo da p. 22 e p.23)
Pais separados (p. 25)
Pais adotivos (p. 26)

9º. Motivo da consulta


a) motivo manifesto;
b) motivo latente.

Os cuidados que o entrevistador deve ter em uma entrevista


Lembrar que é um campo psicológico portanto devemos verificar:
a) tipo de entrevista;
b) a primeira impressão;
c) motivo da consulta;
d) aspectos transferenciais e contratransferências;
e) ansiedade do(s) entrevistado(s) e do entrevistador;
f) mecanismos de defesa;
g) expectativas do(s) entrevistado(s) e do entrevistador;
h) coerência no que verbaliza.
58

2.4.2.1 Estudo dirigido/ 3

Para uma melhor compreensão sobre os textos discutidos em aula


segundo OCAMPO e ARZENO; a respeito da realização da entrevista psicológica,
responda as questões a seguir.

1) Como se caracteriza a entrevista inicial?


2) Para que é recomendada a entrevista inicial?
3) Quais os objetivos da Entrevista inicial?
4) Quais são as diferenças entre entrevista aberta/fechada e semi-dirigida?
5) O que entende por transferência e contratransferência?
6) Quais as recomendações das autoras quanto à entrevista com os pais?
7) Quais as recomendações das autoras quanto à entrevista com os pais separados?
8) Quais as recomendações das autoras quanto à entrevista com crianças adotivas?
9) Que são queixas manifesta e latente?
10) Numa entrevista quais os cuidados que o entrevistador deve ter?
11) Quais são as recomendações das autoras para a realização da entrevista na
situação de aplicação de testes?

Obras para consulta


OCAMPO, M. L. S Arzeno A entrevista Inicial In: . OCAMPO e cols. O Processo
Psicodiagnóstico e as Técnicas Projetivas. 10. ed. São Paulo: Martins Fontes,
2003. (p. 15-46)

OCAMPO, M. L. S Arzeno Entrevista para aplicação de testes In: OCAMPO e cols. O


Processo Psicodiagnóstico e as Técnicas Projetivas. 10. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2003. (p. 15-46)
59

2.4.3 Entrevista para pais

Aberastury (1992) recomenda que na primeira consulta:

− O filho não deve estar presente, mas ser informado;


− O entrevistador não deve mostrar preferências entre os pais, embora seja mais
fácil entender-se com um deles;
− Quem vem à consulta dá indícios da dinâmica familiar

1º Entrevista
− Não deve ser um julgamento ou interrogatório e sim, promover o alívio da culpa
e angústia pelo conflito do filho;
− Dados dos pais podem não ser exatos, ou por não terem conhecimento total, ou
por reprimir os dados em função da angústia;

Antes de conhecer a criança deve-se ter claro:


− A) Motivo da Consulta;
− B) História da Criança;
− C) Como transcorre um dia da vida atual, domingo ou feriado e o dia de
aniversário e
− D) Como é a relação dos pais entre si, com os filhos e com o meio familiar
imediato.

Motivo da Consulta
− É o mais difícil para os pais;
− Tudo o que recordam é importante, embora não se lembrem de tudo, por
reprimirem os conteúdos que são angustiantes;
− Dados obtidos com os pais, devem ser comparados com os da análise da
criança.

Histórico da criança
− Saber a resposta emocional (principalmente da mãe) ao anúncio da gravidez;
60

− Se foi acidental ou desejada. Como os sentimentos evoluíram, se houve


rechaço emocional;
− Parto: não só o tipo, mas as respostas emocionais ligadas (conhecimento do
processo, relação com o médico, se estava sozinha ou acompanhada).
− Lactância: se natural ou não. Ritmo, frequência, como reagiam à negação da
criança na alimentação? Como costumavam acalmar o bebê?
− Introdução à novos alimentos, desmame, uso de mamadeira.
− Linguagem e marcha.
− Controle dos esfíncteres (cedo, severo, tranquilo),
− Sexualidade
− Jardim da infância e escola.

Dia de vida
− Reconstruir um dia de vida: dependência, independência, formas de castigo e
prêmios,
− Que horas e quem a desperta? Se veste sozinha? Como se alimenta?
Preparam-lhe a comida ou lhe dão na boca?
− Domingo, dia de festa e aniversário;

o Relações familiares
− Idades, papéis familiares, horas em que estão fora de casa, se trabalham, se
vivem juntos ou não.

2.4.3.1 Roteiro de Estudo 4


Segundo Aberastury (1992), responda:

1) Quais são as recomendações para a realização da entrevista com os pais


apresentadas pela autora? Cite cada uma delas e justifique sua resposta.

Obra para consulta:


ABERASTURY PICHON RIVIERE, ARMINDA. Entrevista para pais In: Psicanálise da
Criança: Teoria e Técnica. 8. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.
61

Encontra-se no anexo 1 um modelo de anamnese longa e que pode ser utilizado


nas disciplinas que exigem a realização da mesma, porém esta pode ser adaptada de
acordo com as recomendações dos seus futuros supervisores. Da mesma forma na
sua futura prática profissional.
Há outras obras que também contemplam o tema estudado, sugere-se leituras
complementares como:

COHEN, R.J.; SWERDLIK, M.E.; STURMAN, E.D. Testagem e avaliação psicológica:


introdução a testes e medidas. 8. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2014. [E-book]- capítulo
1, p. 9

CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico - V ed. 5ª revisada e ampliada.Porto Alegre:Artmed,


2000. Ler capítulos sobre entrevista clínica e ludo diagnóstica.

HUTZ, C.S. et al. (Orgs.). Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artes Médicas, 2016. E-book
disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978858271
3129/cfi/6/8!/4@0:0
62

2.5 Recomendações para a Realização das Aplicações dos Testes


Psicológicos

Apresentaremos recomendações para a realização da aplicação dos


testes, é importante ressaltar que tais medidas favorecem a análise dos resultados das
provas aplicadas e incluídas na elaboração do relatório psicológico. Os alunos devem
estar munidos destas recomendações para as atividades realizadas tanto dentro da
sala de aplicação como na sala de observação. A leitura deste conteúdo é obrigatória
e faz parte das atividades práticas.

2.3.1Cuidados que o aplicador deverá ter para a aplicação de Testes


Psicológicos - Recomendações sugeridas por van Kolck4

a. Antes da aplicação
✓ Estar seguro do objetivo da aplicação.
✓ Planejar a aplicação em época oportuna (por exemplo: não imediatamente antes ou
após as férias escolares) e horários convenientes.
✓ Ter se submetido previamente ao teste.
✓ Conhecer bem o manual de instruções.
✓ Praticar a leitura das instruções.
✓ Conseguir a cooperação do professor da turma (em se tratando de alunos) ou do
gerente (em se tratando de empresas).
✓ Preparar previamente todo o material a ser utilizado: folhas de protocolo, folhas
avulsas de papel branco, lápis, manual de instrução, cronômetro e o material de teste
propriamente dito; este deve ser colocado em uma cadeira ou mesa pequena, ao lado
da mesa usada na aplicação, fora do campo visual da criança, de forma acessível ao
examinador;
✓ Verificar se o local de aplicação tem cadeiras suficientes para acomodar todos os
examinandos e se apresenta boas condições de iluminação, arejamento e
acomodação para o participante e o aplicador;

4
Documento elaborado a partir das Circulares 1 e 2 de 1995.
63

✓ Providenciar para que a sala não contenha elementos de distração, por exemplo:
cartazes, quadros, enfeites ou outros, assim como não esteja sujeita a muitos ruídos e
outros fatores de perturbação exterior. Enfim, procure trabalhar em sala isolada,
silenciosa e arrumada com simplicidade e discrição.
✓ Verificar se o teste a ser utilizado apresenta alguma condição especial de
aplicação, como, por exemplo, a necessidade de um espaço maior do que o utilizado
habitualmente em administração individual;
✓ Escolher a hora mais conveniente de acordo com a idade do participante e outros
aspectos práticos;
✓ É necessário fazer uma previsão do tempo que vai ser empregado com o
participante. No geral, os manuais trazem indicações da duração do exame.
✓ Verificar se há folhas de respostas em número suficiente e se os cadernos de
provas estão em boas condições.
✓ Antecipar as perguntas que lhe serão feitas, tendo prontas as respostas.
✓ Verificar se o local de aplicação tem boas condições de arejamento, iluminação etc.
✓ Providenciar para que a aplicação não seja interrompida por avisos, visitas,
chamadas etc. (sugere-se preparar um cartaz com os dizeres “Aplicação de
Provas. É proibida a entrada”).
✓ Verificar se os examinandos estão em boas condições para serem submetidos às
provas (boas condições de saúde, interesse, compreensão do que irão fazer).
✓ Verificar se os examinandos estão suficientemente motivados e informados do
objetivo das provas.

b. Durante a aplicação
✓ Acolher o participante com afabilidade e naturalidade. Conversar com ele enquanto
apanha a folha de registro e o material do primeiro teste, procurando colocá-lo à
vontade e captar sua confiança.
✓ Preencher os dados informativos sobre o participante, no início da folha de
protocolo, com respostas do próprio, tratando-se de crianças em idade escolar. Com
pré-escolares, a mãe ou o acompanhante fornecerá os elementos necessários.
✓ Ficar a sós com o participante, a não ser que se trate de criança muito pequena.
Neste caso, a mãe ou o responsável deverá estar presente também. Até os dois anos
de idade a mãe auxiliará o examinador segurando a criança no colo ou apoiando-a
quando em pé. A mãe deverá receber instruções de que não se espera da criança a
64

solução de todas as tarefas apresentadas e que ela (mãe) não deve interferir no
exame, encorajando ou auxiliando o filho, a não ser quando especialmente solicitada.
✓ A atitude do examinador, em geral, deve ser atenciosa, afável e não seca e
impessoal, mas também não muito demonstrativo ou “esparramado” afetivamente.
✓ Com crianças pequenas cuja timidez diante de estranhos constitui um problema
para o bom relacionamento, o examinador deverá ter atitude mais amigável e menos
tensa, mas sem procurar estabelecer o contato logo de início. Deixar a criança durante
algum tempo familiarizar-se com o ambiente até que esteja pronta para iniciar o
contato.
✓ As tarefas devem ser apresentadas à criança como um jogo ou brinquedo, de
maneira a despertar curiosidade, aproveitando para introduzir os testes.
✓ Para vencer possíveis rejeições, falta de interesse e outras manifestações de
negativismo – uma das dificuldades no exame de crianças pequenas – torna-se
necessário certa flexibilidade de técnica.
✓ Não é possível dar uma receita de como conseguir o contato, mas sugerem-se
alguns procedimentos para superar este problema;
✓ Com crianças pequenas o exame deve ser conduzido de maneira suave, quieta e
sem pressa. Ruídos ou movimentos súbitos podem distrair a criança ou mesmo
assustá-la, prejudicando o prosseguimento da aplicação.
✓ Em face de fadiga rápida e da pequena capacidade de manter a atenção nas
crianças pequenas, a duração do exame não deve exceder a meia hora.
✓ Se nem todos os examinandos estão presentes na hora de iniciar a prova, retardar
o começo para evitar interrupções.
✓ Aplicar os testes de maneira calma e objetiva para que os examinandos não
considerem a aplicação uma crise em suas vidas e também não a levem na
brincadeira.
✓ Seguir rigorosamente as instruções de aplicação sem, no entanto, assumir uma
atitude rígida e antipática.
✓ Não tentar dar as instruções completamente de memória. Ter sempre à mão as
instruções escritas para o caso de dúvidas.
✓ Ler as instruções clara e pausadamente, tomando o devido cuidado para que
todos, mesmo os que sentam no fundo da sala, possam compreender exatamente
o que se pede.
65

✓ Dentro dos limites permitidos pelo manual de instruções, esclarecer os pontos


principais por meio de esboços ou diagramas no quadro negro.
✓ Evitar conversar com qualquer pessoa que por ventura esteja assistindo à
aplicação.
✓ Não iniciar a prova sem que todos tenham completado os exemplos incluídos no
teste e dar a cada examinando oportunidade de fazer um exemplo sem ajuda do
examinador.
✓ Não iniciar a prova sem estar seguro de que todos compreenderam exatamente o
que devem fazer.
✓ Dar para cada teste um limite de tempo padronizado pelo autor da prova.
✓ No caso de teste de duração longa (acima de 15 minutos) escrever no quadro
negro a hora em que o mesmo terminará.
✓ Evitar olhar para o teste de determinado examinando por um período prolongado
para não perturbá-lo.
✓ Andar silenciosamente pela sala para poder substituir lápis sem ponta, responder
às perguntas permitidas e manter a ordem.
✓ Evitar sair da sala de aplicação por qualquer motivo, mesmo durante testes
prolongados.
✓ Ao terminar a prova, recolher prontamente os cadernos de testes, não permitindo a
nenhum examinando que folheie as provas de outros.
✓ Inspecionar todos os cabeçalhos para ver se foram corretamente preenchidos.
✓ De maneira geral, a administração deve obedecer, estritamente, as instruções
estipuladas pelo manual. Incentivos só devem ser empregados quando ali sugeridos. A
forma como as questões são apresentadas não pode ser modificada, muito menos
seu conteúdo, a não ser que se tenha procedido antes a um cuidadoso trabalho de
adaptação e revisão da prova.
✓ A ordem em que as provas devem ser administradas, em geral, é especificada no
manual. Com crianças pequenas, permite-se certa flexibilidade de maneira a se iniciar
o exame com o material considerado de maior interesse, principalmente nos casos de
timidez e negativismo.
✓ O manual especifica com que testes o exame deve ser iniciado e nos casos de
escalas de desenvolvimento até que ponto devem ser conduzidas. Em geral, a idade
cronológica da criança serve de ponto de partida para se determinar o nível em que se
66

deve iniciar o exame. O exame prossegue até o ponto em que as respostas se tornem
erradas ou negativas.
✓ A anotação das respostas deve ser feita cuidadosamente na folha de protocolo.
Constitui uma necessidade realizá-la rápida e eficientemente, a fim de não prejudicar
a aplicação do item seguinte devido a uma demora que distrai ou canse a criança.
✓ Em grande número de situações, nos testes de desenvolvimento, a avaliação das
respostas se inicia durante a aplicação do teste. É necessário dominar o conteúdo e a
fundamentação do teste para saber avaliar a resposta apresentada pelo participante,
antes de prosseguir com a aplicação.
✓ Observar o comportamento do participante e anotar os aspectos mais significativos
na folha de protocolo ou em papel avulso.

c. Depois da aplicação
✓ Anotar tudo que parecer interessante quanto ao comportamento do participante,
completar as anotações das respostas colhidas e dos dados informativos do
participante, enfim, deixar em ordem o protocolo da aplicação realizada.
✓ Arrumar o material do teste aprontando-o para nova aplicação, se for o caso, ou
guardando-o para uso futuro.
✓ Proceder à atribuição de notas aos resultados e interpretações segundo as
especificações do manual.
✓ Se o comportamento de algum examinando durante a prova indicar que o seu teste
deva ser invalidado, anotar imediatamente o fato.
✓ Verificar os examinandos que não compareceram à prova e providenciar para que
possam realizá-la em outro dia.
✓ Verificar se os testes foram completados por todos os examinandos em caso de
não haver limite de tempo fixo.
✓ Dar às pessoas que vão corrigir as provas todos os esclarecimentos porventura
necessários.
✓ Arrumar todos os cadernos de prova em envelopes com as informações
necessárias escritas na capa: nome do teste, nome do aplicador, data da aplicação,
grupo a que foi aplicado.
✓ Se outra pessoa corrigir os testes, fazer uma revisão antes de usar os resultados;
se o próprio aplicador fez a correção, pedir a outrem que faça a revisão.
✓ Se for necessário somar resultados parciais, conferir as somas com todo o cuidado.
67

✓ Se os resultados forem transcritos em relatórios ou fichas apropriadas, conferir se


no caderno da prova constam os dados essenciais: nome do examinando, idade,
gênero, data da aplicação, nome do aplicador, resultado alcançado, valor
equivalente em percentil ou em outras medidas utilizadas, grau de instrução etc.

Apresentamos a seguir outras orientações que podem contribuir com esta etapa dos
procedimentos durante a Avaliação Psicológica

2.3.2 Esquema de observação – Aspectos fundamentais a serem


observados no examinando
A observação do cliente antes, durante e depois de realizar testes, nos
fornece frequentemente informações acerca das atitudes de trabalho, a forma de
enfrentar as dificuldades das tarefas, o que lhe agrada e desagrada, reações e
dificuldades, tendências sociais etc. Estes dados são valiosos para o orientador.
Existem alguns esquemas para ensinar os principiantes a observar o
comportamento dos examinandos para aprender “o que olhar”. Apresentamos aqui um
roteiro do que observar numa pessoa que está sendo submetida a uma prova
psicológica.

a. Enquanto são dadas as instruções

✓ Olhar o examinando.
✓ Observar se o examinando está ouvindo com atenção, se olha ao redor da sala, se
faz perguntas, se quando perguntado responde.
✓ Aproxima-se dos testes de forma vagarosa, rápida ou tentando.
✓ Sua atitude em relação à tarefa é séria, de brincadeira ou cheia de zelo.
✓ Referência antecipada sobre as suas capacidades de realizar as tarefas: considera
fácil, exprime entusiasmo, diz que não é capaz de fazê-la.
✓ Avaliação e crítica da tarefa: em voz alta, por gestos, murmurando.

b. Durante a execução da tarefa

✓ No início: - delibera
- não tenta
68

- começa diversas vezes


- da mesma maneira / de maneira diferente
- Durante o trabalho
- direção da atenção: concentra-se na tarefa;
- atenção dispersa;
- grau de concentração;
- concentrado o tempo todo distraído.

✓ Expressão de emoções: exprime-as - durante todo o tempo;


-em algumas fases;
-não exprime emoções
✓ Movimentos corporais: bem coordenados com a tarefa / mal coordenados com a
tarefa

✓ Roteiro de trabalho: rápido / lento

✓ Movimentos de trabalho: trabalho sistemático


não sistematiza, pula de um ponto para outro
trabalho regular
trabalho irregular
antes devagar, depois cada vez mais rápido
alternando períodos rápidos e lentos

✓ Trabalho realizado: trabalho cuidadoso e limpo / trabalho pouco cuidadoso


✓ Manejo dos instrumentos e ferramentas – durante o trabalho coloca as ferramentas
nos mesmos lugares: sim / não

✓ Relacionamento com as dificuldades: não pede auxílio


• desiste logo
• sofre dificuldades incidentais
• com um método correto
• com um método ao acaso
• pede auxílio diversas vezes / uma vez só
69

• quando auxiliado, aceita o auxílio: indiferentemente contente agradecido


cético e cortês ofendido;
• executa instruções: exatamente como solicitado; com modificações positivas
ou negativas

c. Comportamento no fim da prova

✓ Fica silencioso
✓ Anuncia ele mesmo o resultado
✓ Pergunta se foi bem
✓ Exprime sentimento de satisfação / de insatisfação

d. Comportamento depois da prova

✓ Deixa os instrumentos em ordem / em desordem


✓ Coloca o material economicamente / não economicamente
✓ Deixa o lugar de trabalho devagar / rapidamente
70

3 ESTUDOS SOBRE INTELIGÊNCIA


71

Definição de inteligência

❖ Etimologicamente o termo inteligência procede do verbo latino


intelligo que significa, exclusivamente, a faculdade de compreender.

❖ Embora, sem consenso científico sobre este conceito, a


inteligência pode ser definida como a capacidade para resolver situações
problemáticas novas mediante reestruturação dos dados perceptivos.

Três principais correntes teóricas da inteligência

❖ Perspectiva psicométrica de Spearman;

❖ Perspectiva desenvolvimentista de Piaget;

❖ Perspectiva cognitivista de Sternberg.

INTELIGÊNCIA GERAL – FATOR G

Charles Spearman (1863-1945) desenvolveu a teoria dos dois fatores da inteligência


– todas as habilidades humanas têm um fator comum e um específico (Fatores “g” e
“e”). Esses dois fatores podem estar presentes ao mesmo tempo nas habilidades
humanas, porém, desempenhando papéis diferentes.

Spearman (Teoria dos Dois Fatores ou Bifatorial)

Fator g

Fator subjacente comum a diversas operações psíquicas. Comum a todas as


capacidades humanas;

Forma de “energia” e capacidade básica que favoreceria o estabelecimento de


relações e o pensamento abstrato.

Fator e

Fatores específicos que seriam próprios de habilidades particulares.


Facilitando aspectos característicos de diferentes situações-problema.



72

Spearman identificou dois componentes de “g”:

⚫Atividade mental edutiva: capacidade de extrair novos significados e informações de


situações confusas, extrair novos insights daquilo que já é percebido ou conhecido.

⚫Atividade mental reprodutiva: inclui o domínio, a lembrança e a reprodução de


materiais que constituem uma base cultural de conhecimentos explícitos, normalmente
verbalizados.

TEORIA DOS FATORES MÚLTIPLOS

❖ Edward Lee Thorndike (1874-1949) propôs a existência de diferentes dimensões


da inteligência. Sua teoria associa ligações nervosas à inteligência (quanto mais
ligações nervosas, mais inteligente seria a pessoa). Distingue três principais fatores
de inteligência:

⚫Abstrata – inteligência tradicional

⚫Concreta – capacidade para estabelecer relações entre os objetos e entender como


o mundo físico funciona

⚫Social – capacidade de estabelecer relacionamentos sociais


73

HABILIDADES MENTAIS

❖ Louis Thurstone (1887-1955): desenvolveu a teoria das capacidades mentais


primárias ou análise fatorial múltipla. Para ele a inteligência pode ser mais bem
descrita e avaliada através de habilidades mentais. A quantidade de habilidades
varia entre as pessoas e em cada indivíduo.

Habilidades mentais de Thurstone:

⚫Fluência verbal (fator W) – nomear objetos; rimas;

⚫Memória associativa (fator M)– uma memória associada a outras memórias;

⚫Raciocínio indutivo (fator I)– completar uma série ou descobrir uma regra;

⚫Compreensão verbal (fator V) – entender o que leu, fazer analogias;

⚫Fluência numérica (fator N) – realização de cálculos;

⚫Viso-espacial (fator S) – relações espaciais e geométricas;

⚫Velocidade perceptual (fator P) – percepção rápida e precisa de detalhes.

⚫Thurstone maior crítico da abordagem de Spearman, posteriormente reconheceu a


aproximação existente entre sua teoria e a de Spearman.

⚫Afirmou que a inteligência poderia ser descrita por um modelo hierárquico,


englobando várias capacidades relacionadas entre si.

HABILIDADES MENTAIS

❖ J. P. Guilford (1897–1988): propõe a existência de 150 habilidades mentais,


produto de três dimensões:

⚫Conteúdo – 5 tipos

Visual, auditivo, simbólico, semântico e comportamental

⚫Operações – 5 tipos

Convergência produtiva, divergência produtiva, memória, cognição e estimativa


74

⚫Produto – 6 tipos

Unidades, classes, relações, sistemas, transformações e implicações

❖ Raymond Bernard Cattell (1928-1952)

• Mesmo aceitando o princípio de estrutura hierárquica, considerou que o fator “g”


seria composto por duas dimensões básicas:

• Gf ou inteligência fluida: representando os componentes influenciados


biologicamente e que tenderia a decrescer ao longo da vida.

Gf associa-se com componentes não verbais, pouco dependentes de conhecimento


prévio.

• Dimensão Gc ou inteligência cristalizada: sujeita às influências culturais e do meio


ambiente de forma geral e tenderia a se manter constante, mesmo com o passar
dos anos.

Gc engloba a extensão e a profundidade dos conhecimentos de uma determinada


cultura, primariamente baseada na linguagem.

Capacidades exigidas na resolução de problemas complexos e cotidianos.

❖ Teoria CHC (Cattell, Horn e Carroll)

(Carroll, 1993)

• Teoria dos Três estratos:

• O primeiro estrato composto pelo fator G;

• O segundo estrato composto por dez fatores amplos (inteligência fluida,


cristalizada, conhecimento quantitativo, leitura e escrita, memória de curto prazo,
processamento visual, processamento auditivo, capacidade e armazenamento e
recuperação de memória de longo prazo, velocidade de processamento e rapidez
de decisão.

• Terceiro estrato: 70 fatores


75

❖ TEORIA PSICOGENÉTICA

Jean Piaget (1896-1980) concebeu a inteligência como um processo adaptativo.

A inteligência é o que distingue os seres vivos dos não vivos.

Todos os seres vivos são inteligentes: precisam buscar fora deles os elementos que os
conservam (o que garante a vida).

A inteligência é processual, funcional, operativa, compreendida como ação adaptativa


diante de uma situação-problema.

A noção de inteligência de Piaget contraria a visão psicométrica, ao valorizar a ação do


participante sobre o mundo.

Piaget aponta 4 fatores no desenvolvimento da inteligência:

⚫Maturação (capacidade inata de se adaptar ao ambiente)

⚫Experiência com os objetos (de natureza física e lógico-matemática)

⚫Transmissão social (influência do meio social)

⚫Equilibração (determina a mudança de assimilação para a acomodação)

❖ Teoria Triárquica de Sternberg, R. J. - (Universidade de Yale)

Defende que o desempenho intelectual compreende três partes:

• a inteligência analítica, apresentada por aqueles que mostram um bom


desempenho em testes de aptidão e de inteligência;

• a inteligência sintética, apresentada por pensadores não convencionais, que são


criativos, intuitivos e apresentam alto nível de insight;

• e a inteligência prática, apresentada por aqueles que lidam de forma


extraordinariamente eficiente com os problemas da vida cotidiana, bem como com
os problemas do ambiente de trabalho.

• Trata a relação da inteligência com o mundo interno da pessoa, com a experiência


e com o mundo externo
76

A Teoria de Sternberg não possui uma base biológica, não focaliza o


cérebro como as outras e nem as funções biológicas, mas centraliza-se em diferentes
situações sociais e ambientais.

❖ TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

Howard Gardner: propõe a teoria das inteligências múltiplas, com 8 formas de


inteligência.

Para Gardner a inteligência refere-se à capacidade de resolver problemas e à


criatividade.

⚫Lingüística (poetas)

⚫Lógico-matemática (cientistas)

⚫Corporal/cinestésicas (atletas)

⚫Espacial (pilotos)

⚫Interpessoal (profs/ políticos)

⚫Intrapessoal (grandes líderes)

⚫Musical (cantores, músicos)

⚫Naturalista (Jacques Cousteau)

⚫Pictórica: que determina a capacidade de desenhar.

⚫Existencialista: a partir as reflexão sobre sua finitude, transitoriedade, condição de


transcendência, questões inerentes à sua própria existência, o ser humano amplia as
possibilidades de elevar-se além da realidade cotidiana, de extrapolar os limites
sociais, aos quais precisa resistir.

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Conceito criado por Peter Salovey, John Mayer e David Caruso.

Teoria difundida por Daniel Goleman que difere da concepção original, envolve as
habilidades para perceber, entender e influenciar as emoções.
77

Mayer e Salovey (1997) dividiram IE em quatro níveis

• Capacidade de perceber as emoções (em si e nos outros);

• Capacidade de usar as emoções para facilitar o pensamento (auxílio nos processos


de adaptação e tomada de decisão);

• Conhecimento emocional (identificar diferenças e nuances) e

• Capacidade de regulação emocional (controle reflexivo para promover o


crescimento)

Outros conceitos de inteligência

❖ Inteligência artificial

❖ Ecologia cognitiva

❖ Inteligência criadora

Inteligência e outras variáveis

❖ Inteligência e desempenho acadêmico: embora relacionados, o desempenho


acadêmico está associado a diferentes perfis de habilidades cognitivas;

❖ Inteligência e idade: fator g diminui com a idade (aumento até os 15 anos,


com início de descenso aos 20 e por volta dos 30 o descenso aumenta);

❖ Gc se mantém ou até aumentam com a idade (acúmulo de experiências e


vivências culturais)

Inteligência e Gênero

❖ Não se encontraram diferenças na inteligência geral entre homens e


mulheres, mas existem diferenças reais, quando algumas habilidades
cognitivas são avaliadas.

❖ Homens: imagens visuais, memória de trabalho ou habilidades matemáticas;

❖ Mulheres: recordação de memória de longo prazo ou utilização de


informações verbais.
78

❖ As novas concepções de inteligência, ainda que digam o contrário, não


chegam a romper com os modelos já afirmados de inteligência, a saber, a
psicometria e a teoria psicogenética de Piaget.
79

Visitando a história dos testes de inteligência


Profa Dra. Simone F.S. Domingues3

Nesse breve histórico, propomo-nos a resgatar da literatura atual o modo


como foram criados os instrumentos de avaliação psicológica reconhecidos como
testes de inteligência e os conceitos teóricos nos quais foram alicerçados.
Percorrendo a literatura, resgatamos as concepções do movimento dos
testes psicológicos, iniciado no final do século XIX. Num primeiro momento, o principal
objetivo era a formulação de descrições generalizadas do comportamento humano, o
interesse não era conhecer as diferenças individuais pela mensuração, mas sim
conhecer as uniformidades. A construção desses instrumentos sofreu influência direta
da psicologia experimental, principalmente pela necessidade de padronização do
material, do local de aplicação, das instruções para não influenciar as respostas dadas,
bem como os resultados obtidos.
Mindrisz (1994) subdivide os primeiros trabalhos desenvolvidos sobre
testes psicológicos em três fases: período Galton-Catteliano, período Binético e
período pós-Binético. Pasquali (1999) aponta a origem dos testes psicológicos,
dividindo-a em duas situações distintas: a primeira embasada numa psicologia de
orientação empiricista, já a segunda, numa psicologia mais mentalista de Binet.
Assim, iniciaremos pelo ano de 1880, com Francis Galton (1822-1911),
biólogo inglês, discípulo de Darwin. Responsável pelo início da aplicação de testes e
considerado o fundador do movimento da eugenia (ciência que estuda as condições
mais propícias à reprodução humana e melhoramento da raça). Embasado nos
princípios evolucionistas de Darwin (para o qual as espécies eram selecionadas
conforme a capacidade de adaptação), estava preocupado com as diferenças
individuais e a diferença dos comportamentos entre si, buscando respostas nas
características hereditárias para as capacidades psíquicas individuais.
Galton aplicou a maioria dos seus testes em seu laboratório
antropométrico. Dentre os vários testes simples que construiu para avaliar diversos
traços de comportamento, acreditava que os testes de discriminação sensorial
poderiam levá-lo a uma estimativa do nível intelectual do participante. Essa crença

3
DOMINGUES, S.F.S. Os testes de inteligência e seu uso na educação: análise de alguns
periódicos brasileiros da área de Psicologia no período de 1994 a 1999. Dissertação
(Mestrado): Psicologia da Educação, PUC/SP, 2001, p. 12 – 28.
80

surgiu quando ele percebeu que as pessoas com retardo mental extremo tendiam a ter
deficiências na habilidade discriminativa sensorial. (Anastasi, 2000).
O autor não só desenvolveu alguns conceitos importantes, como também
alguns testes. Porém estes eram limitados a avaliações psicofísicas. Salientamos sua
obra “Inquiries into Human Faculty” de 1883. Seu trabalho influenciou muito Cattell e,
mais tarde, Pearson e Spearman. (Cunha et alli, 1993; Mindrisz 1994; Anache 1997;
Pasquali, 1999).
Dentre as contribuições de Galton, encontramos a utilização dos métodos
da escala de avaliação e do questionário, da técnica de “associação livre”; o
desenvolvimento de métodos estatísticos para tratar as diferenças individuais, como
também a adaptação de técnicas para tratamento estatístico por pessoas sem
treinamento matemático que desejassem analisar quantitativamente seus
instrumentos. Os testes nesse período sofreram forte influência da matematização.
Essa influência é decorrente da busca de objetivação dos fenômenos e a uma
concepção naturalista em psicologia. (Anastasi, 1977).
O americano James McKeen Cattell (1890-1930), aluno de Galton,
interessado também na mensuração de diferenças individuais, passa a desenvolver
vários instrumentos nessa área. Foi o primeiro a utilizar o termo “teste mental” na
literatura psicológica. Como Galton, Cattell também concordava que poderia, pelos
testes de discriminação sensorial, obter uma estimativa do nível intelectual do
participante testado.
Cattell introduziu os conceitos de Galton nos Estados Unidos e passa a
atuar, tanto nos laboratórios de psicologia experimental, quanto na ampliação do
movimento dos testes. Suas idéias foram escritas na sua obra “Mental Tests and
Measurements” (1890), (Anastasi, 1977; Pasquali, 1999).
Tanto Galton, quanto Cattell acreditavam que a inteligência poderia ser
mensurada, porque havia uma concepção de que a inteligência era inata, individual,
fixa e geneticamente determinada.
Preocupado com o crescimento desenfreado dos testes e os perigos que
esse crescimento poderia gerar, Cattell estabeleceu algumas normas para o uso
desses instrumentos. Junto com um grupo de psicólogos, instituiu uma organização
denominada The Psychological Corporation (Casullo, 1999).
81

O francês Binet (1857-1911), num artigo publicado com Henri, em 1895,


criticou os testes disponíveis por se restringirem somente a mensurações sensoriais e
a funções simples. Na visão desses autores, os testes deveriam orientar-se para medir
as funções mais complexas como memória, imaginação, atenção, compreensão etc.
(Anastasi, 2000).
Binet tinha grandes interesses em medir as funções intelectuais. Vários
foram os anos de pesquisa que se dedicou a tal área, levando-o à convicção de que as
funções intelectuais só poderiam ser medidas de forma direta. Recorria ao uso de um
método comparativo, no qual abordava indivíduos de traços mais acentuados, doentes
mentais, subnormais e crianças.
Interessado em desenvolver um ensino para retardados, o Ministro da
Instrução Pública da França, nomeou uma comissão que tinha como objetivo identificá-
los. Assim, Binet encontra uma forma de aplicação prática e imediata para seus
estudos. Com a utilização dos testes, pode-se não apenas apreender a inteligência,
como também classificar os participantes.
Assim, Binet, em 1905, junto com Simon, elaboraram a primeira escala
métrica de inteligência (Escala Binet-Simon), que consistia em 30 problemas
organizados em ordem crescente de dificuldade, os quais permitiam identificar a idade
mental comparada a idade cronológica. Como amostra para construção de seu teste,
ele utilizou 50 crianças “normais” e algumas “deficientes mentais”. Essa escala,
posteriormente, sofreu algumas revisões, cuja primeira ocorreu em 1908, quando
alguns problemas foram excluídos e foram acrescentados outros. Nesse momento,
surgiu, também, o conceito de “nível mental”, substituído, posteriormente, por “idade
mental”. A segunda revisão ocorreu em 1911 (ano da morte prematura de Binet), na
qual não se introduziu modificações muito significativas, somente pequenas
alterações.
A escala métrica era constituída a partir do critério de rendimento escolar.

O sucesso do seu teste na avaliação das crianças era confirmado pelo


rendimento escolar, isto é, as provas do teste eram eliminadas ou
alteradas quando não apresentavam uma relação significativa com o
desempenho escolar da criança. Nesse sentido, fica claro que Binet
compartilhava da visão de que a escola estava oferecendo
oportunidades iguais a todos. (Machado, 1996, p. 26).
82

Os testes eram indicados para as crianças que não acompanhassem o


processo de ensino-aprendizagem como: crianças mais velhas da classe; as que
tirassem nota baixa e aquelas com história de repetência. Embora, para Binet, tais
dificuldades não significavam, necessariamente, déficit de inteligência (Anache, 1997).
O trabalho de Binet foi muito significativo para as questões sociais da
época e para o desenvolvimento da psicologia. A utilização dos testes trazia uma
segurança e validade comprovadas estatisticamente, representando, assim, um ideal
para a psicologia que, agora, poderia valer-se de um período experimental de
investigação científica e, sobretudo, de um meio objetivo de identificação e medida dos
fenômenos psicológicos.
Traduzido e adaptado para diversas línguas o trabalho de Binet
encontrou maior destaque nos Estados Unidos, onde Terman (1916) e seus
colaboradores realizaram uma revisão que ficou conhecida como Stanford-Binet. Tal
revisão foi a que mereceu maior destaque devido às modificações na escala, como a
repadronização numa amostra americana. O termo QI (quociente de inteligência), ou a
razão entre a idade mental e a idade cronológica, foi utilizado pela primeira vez num
teste psicológico.
É interessante fazermos uma observação nesse momento:

Embora o teste de inteligência de Binet tenha tido grande sucesso na


Psicologia, não foi sua orientação que deu de fato a origem e o
desenvolvimento à Psicometria porque lhe faltava o enfoque primordial
da quantificação, que era o específico da orientação da psicologia
empirista. (Pasquali,1999, p.15)

Os seguidores de Binet optaram por tratamentos estatísticos para


construção da escala métrica de inteligência, considerados por eles como medidas
objetivas e científicas, assim a Psicometria pode ser encontrada nos trabalhos de
Spearman.
Na mesma época de Binet, Spearman (1904), apoiado no conceito
empirista e utilizando processos comportamentais seguindo os procedimentos
fisicalistas de Galton, propõe um conceito de inteligência que conseguisse chegar a
uma conciliação de diferentes definições. De acordo com o seu conceito, todas as
habilidades humanas têm um fator comum e um específico, formulou, assim, a teoria
dos dois fatores. (Pasquali, 1999; Ancona-Lopez, 1987).
83

A análise fatorial permite, pela análise estatística, determinar se existe, e


qual é a correlação dos elementos contidos em diferentes testes.
Para Spearman, as habilidades humanas têm dois fatores: um
denominado “fator g”, e outro “fator e”. Esses dois fatores podem estar presentes ao
mesmo tempo nessas habilidades, porém, desempenhando papéis diferentes.
Para explicar essa teoria “...Spearman recorreu à hipótese de ”energia
mental”: g seria a energia subjacente e constante a todas as operações psíquicas. Sua
magnitude seria intra-individualmente constante e intra-individualmente variável.”
(Ancona-Lopez, 1987, p. 5). O “fator e” seriam fatores específicos que seriam próprios
de habilidades particulares.
Discípulo de Cattell, Thorndike (1904) discorda do conceito de
inteligência de Spearman e cria a teoria multimodal. A base dessa teoria são os
números de ligações nervosas, ou seja, quanto mais ligações nervosas, mais
inteligente seria a pessoa. Distingue vários fatores de inteligência tais como: abstrato,
concreto e social e supõe um grande número de habilidades particulares. Assim, a
inteligência seria um composto de várias habilidades altamente particularizadas.
(Ancona-Lopez, 1987).
Thorndike (1904), partilhando da teoria de aprendizagem supõe ligações
estímulo-resposta, escreve o primeiro livro tratando de medidas mentais e
educacionais. Também foi um dos psicólogos que, com o advento da I Guerra Mundial,
desenvolveu testes para seleção de recrutas para o exército.
Na década de 20, os testes de inteligência já existiam em grande número,
havendo pouca preocupação com a teoria psicológica. Dessa forma, houve a
necessidade de definir melhor a inteligência, mesmo depois de se desenvolver muitos
testes.
Assim, em 1921, num simpósio sobre o tema da inteligência, vários
psicólogos apresentaram suas opiniões sobre inteligência. Várias foram as
considerações a respeito do tema, pois, nesse momento, os testes de inteligência
vinham sendo questionados, sobretudo quanto a sua dependência cultural, ao local de
origem e suas criações. Essa preocupação fez com que psicólogos estatísticos
questionassem a teoria de Spearman.
Thurstone (1935-1947) desenvolveu a teoria das capacidades mentais
primárias ou análise fatorial múltipla. Para ele, “...a inteligência é resultante de algumas
capacidades mentais, cuja quantidade relativa varia não só entre pessoas, mas
84

também em cada indivíduo.” (Ancona-Lopez, 1987, p.6). Esse autor conquistou um


papel importante na época, pois, não só atuou na construção da escalagem
psicológica, como também fundou a Sociedade Psicométrica Americana, em 1936,
com a revista Psychometrika. (Pasquali, 1999).
Por meio da análise fatorial surgiu o desenvolvimento das baterias de
aptidões múltiplas, apesar de representarem um desenvolvimento tardio no campo dos
testes (Anastasi, 2000).
Apesar dos questionamentos e surgimento de novas teorias sobre
inteligência, os avanços estavam centrados numa concepção positivista, “...isto é, que
a ciência do universal se faz através do conhecimento do singular (indução)...”
(Pasquali, 1999).
A psicometria visa, antes, a fornecer, por um valor estatístico, uma ordem
cronológica descritiva do nível de desenvolvimento alcançado ou o atraso do
desenvolvimento intelectual. Dessa forma, sua contribuição está mais voltada para o
estudo das diferenças individuais e sua medição. Em outras palavras, o participante
submetido a um teste de inteligência, será posicionado, de acordo com o seu
resultado, em relação à média, ou seja, o quão próximo ele está dos valores normais
ou médios em relação ao seu grupo. Essa preocupação da psicometria com as
questões quantitativas resulta de um enfoque empirista da época, gerado por uma
concepção positivista que acreditava poder avaliar, adequadamente, as diferenças
individuais. Assim, os pesquisadores da época voltaram-se fortemente para a
estatística.
No período entre 1940 e 1980, surgem tendências opostas: os trabalhos
de síntese e os de crítica. Este último consiste no precursor de uma teoria alternativa,
a teoria do traço latente, que desemboca na psicometria moderna ou na era da Teoria
de Resposta ao Item. Seu objetivo não reside em elaborar e validar testes, mas em
elaborar tarefas, adaptadas a cada participante respondente. (Pasquali, 1999).
O avanço dessa teoria consiste na possibilidade de se avaliar “...os
participantes por referência direta ao traço, sem a necessidade de se ponderar o
desempenho dos outros pares.” (Almeida, 1999, p. 48).
Essa teoria não veio substituir a psicometria clássica, mas parte dela,
pois ainda não resolveu todos os seus problemas fundamentais para se tornar modelo
definitivo. No entanto, introduziu novos modos de pensar a instrumentação psicológica.
85

Um dos avanços nessa teoria é que a mesma não reside em elaborar e nem validar
testes psicológicos.
Embora a Teoria de Resposta ao Item (TRI) se mostre um avanço na
área da Psicometria, a mesma ainda não venceu uma das barreiras, que até o
momento, vem dificultando a aceitação dos procedimentos psicométricos na
observação dos fenômenos psicológicos. Tal barreira diz respeito à teoria psicológica,
que deveria ter em vista uma melhor definição psicológica dos traços latentes a avaliar,
ou seja, uma preocupação com os aspectos teóricos das variáveis avaliadas, o que
deveria ser uma preocupação primordial por parte daqueles que constroem os
instrumentos. (Pasquali, 1999; Almeida, 1999).
Além dessa posição, existe também a questão da unidimensionalidade
subjacente a todos os itens dos testes e a independência de um item em relação aos
itens anteriores. (Almeida, 1999)
Para Anastasi (2000)

Embora as diversidades teóricas e metodológicas estejam sendo


discutidas, existe, não obstante, um uso crescente dos procedimentos
da TRI no desenvolvimento prático dos testes. As técnicas da TRI estão
sendo rapidamente incorporadas em novos testes e em edições
revisadas de baterias de teste amplamente utilizadas, desenvolvidas
por editores de testes comerciais. (p. 168).

No Brasil, os testes de inteligência já eram utilizados antes mesmo da


regulamentação da profissão de psicólogo em 1962. Sua penetração deu-se,
sobretudo, pela via da educação, em função das preocupações com os problemas
educacionais, para os quais se acreditava que esses instrumentos poderiam ser de
grande utilidade, principalmente no âmbito da orientação educacional, incluindo nesta
o diagnóstico de dificuldades escolares.
No início, os testes de inteligência eram utilizados experimentalmente por
alguns médicos e educadores brasileiros, depois rotineiramente, sobretudo, nas áreas
da Educação e do Trabalho, além de algumas atividades na área da higiene mental.
Os testes de inteligência também ocuparam um papel importante na área
da psicologia aplicada aos processos de trabalho, essencialmente, pelos processos de
orientação e seleção profissional. (Antunes, 1999; Bock, 1999).
Em 1912, foi fundado o Laboratório de Psicologia, por Clemente Quaglio,
na Escola Normal da praça. Depois, esse laboratório foi ampliado por Ugo Pizzoli. O
86

laboratório foi destinado à realização de investigações na área da sensopercepção e


da psicometria em geral. Mais tarde, na década de 20, o laboratório foi reativado por
Lourenço Filho que contou com a assistência de Noemy da Silveira Rudolfer (Angelini,
1995).
O teste de Binet foi utilizado, pela primeira vez, no Brasil, em 1913, pelo
pediatra Fernandes Figueira. Os primeiros estudos com uso de testes de Binet-Simon
ocorreram em 1918, por Henrique Roxo, no Hospital Nacional de Alienados. Esses
trabalhos foram seguidos por vários outros nomes como, por exemplo, Lourenço Filho
(1921), com a publicação de resultados de pesquisa com testes.
Medeiros e Albuquerque (1924) publicam o primeiro livro sobre o tema,
“Os Tests”. No ano de 1925, surgiu o Instituto de Seleção e Orientação Profissional,
fundado por Ulysses Pernambucano. Ainda em 1924, Isaías Alves inicia um trabalho
de aplicação de testes mentais em escolares na Bahia. Em 1926, publica a adaptação
da escala de Binet-Simon para população brasileira e, em 1927, esse mesmo autor,
publica o livro “Teste individual de inteligência – noções gerais sobre testes”.
Isaias Alves apresentou outras contribuições nessa área. Em 1928,
ministra o curso de “Medidas de inteligência e dos resultados escolares (testes)” e, em
1930, publica outro trabalho na área “Os testes e a reorganização escolar”.
No ano de 1927, Lourenço Filho apresenta suas primeiras experiências
com o teste ABC, que se destina à verificação da maturidade para a aprendizagem da
leitura e da escrita, posteriormente, utilizados em vários países. Em 1927, Henri Pieron
começa a lecionar e atualiza os brasileiros no campo da Psicologia, defendendo a
psicometria. (Angelini, 1995; Antunes, 1999).
A preocupação com a Psicologia e suas técnicas já se fazia presente nos
meios educacionais de Belo Horizonte. Assim, no ano de 1929, foi criada a Escola de
Aperfeiçoamento Pedagógico, sob a direção de T. Simon. Essa escola contou com a
presença de outros estudiosos ilustres chamados para ministrar cursos, entre eles,
Claparède e Helena Antipoff. Helena Antipoff realizou vários estudos sobre inteligência
e meio social, contribuindo de forma relevante com seus trabalhos para a área da
Educação, principalmente da criança deficiente mental. (Anache, 1997).

Partindo dos resultados das pesquisas que realizou, Helena Antipoff


propôs o conceito de “inteligência civilizada”, pois considerava a
inteligência como algo mais complexo do que aquilo que aparecia nas
definições correntes; a inteligência seria multideterminada e, junto com
87

disposições intelectuais inatas e maturidade biológica, também os


fatores sociais e culturais presentes no ambiente em que a criança se
desenvolve e a ação pedagógica seriam fatores determinantes. ... A
psicometria foi aí estudada em contraste com o que ocorria no resto do
país.” (Antunes, 1999; p. 79-80).

A partir de 1930, surgiram serviços de testes psicológicos em São Paulo,


Rio de Janeiro e Bahia.
Já que estamos buscando fazer um pequeno levantamento histórico dos
testes de inteligência no Brasil, acreditamos ser interessante fazermos, neste
momento, um adendo às contribuições de Arrigo Leonardo Angelini.
Angelini foi assistente, em 1949, da Prof.ª Rudolfer, que dirigia o
Laboratório de Psicologia, absorvido pela Cátedra de Psicologia Educacional (Instituto
de Educação para a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP). Iniciou sua
vida profissional trabalhando no Centro Ferroviário de Ensino e Seleção Profissional,
na seleção dos aprendizes artífices, utilizando-se dos testes de nível mental. Dentre
seus diversos trabalhos como pesquisador e professor, o mesmo teve oportunidade de
construir e aferir diversas técnicas psicológicas dentre elas a sua participação na
aferição do Teste de Matrizes Progressivas Coloridas, Escala Especial, de John
Raven, uma das mais utilizadas em nossos meios na avaliação intelectual de crianças.
(Angelini, 1995)
Segundo Pasquali (apud Carneiro & Ferreira, 1992), o Brasil demonstrou
um forte interesse na área de psicometria entre os períodos de 1930 a 1960, sofrendo
um forte declínio a partir de 1960. O autor acredita que esse fato esteja associado ao
descaso dos nossos pesquisadores e à super valorização das avaliações qualitativas
em detrimento das quantitativas.
O referido autor aponta, ainda, a forma de tratamento casual que se dá
aos testes psicológicos no Brasil, como também o grande descuido existente no uso
desses instrumentos. (Pasquali, 1999)
Pesquisa feita por Hutz & Bandeira (1993), sobre o uso de testes na
literatura nacional e internacional, revela o quanto ainda temos que avançar. A revisão
de literatura brasileira no período de 1977 a 1992 pode mostrar a falta de
pesquisadores na área dos testes de inteligência, pois foram poucas as publicações
nesse período. Indica, ainda a falta de linhas de pesquisa que produzam,
sistematicamente, conhecimento na utilização de testes.
88

A pesquisa de levantamento bibliográfico na literatura brasileira, sobre


artigos que tratam o tema “inteligência” no período de 1982 a 1992, realizada por
Carneiro & Ferreira (1992), também observa uma incidência baixa de artigos sobre
inteligência, entretanto, nota-se uma tendência de aumento de interesse acerca desse
tema nos últimos anos, principalmente nos trabalhos de abordagem teórica
desenvolvimentalista seguidas pela abordagem psicométrica.
Pasquali (1997) acredita que a psicometria venha sofrendo mudanças
nesses últimos anos. Tal fato é percebido em congressos e encontros sobre testes,
nos quais a preocupação dos pesquisadores vai além das questões de validade e
fidedignidade dos mesmos, passando a se concentrar mais nos aspectos teóricos. A
preocupação com a teoria psicológica deveria ser, para esse autor, a preocupação
primordial da psicometria.
Porém, os avanços na área da psicometria no Brasil ainda são lentos,
vários estudos feitos em outros países ainda são quase totalmente desconhecidos
entre nós, como, por exemplo, a Teoria de Resposta ao Item (TRI).
A falta de investimento; as diferenças entre as diversas instituições de
ensino; a falta de cursos de pós-graduação que possam preparar melhor o profissional;
como também a tendência na formação na área clínica são algumas das dificuldades a
serem enfrentadas que impossibilitam muito os avanços na área.
Reconhecendo a importância de que se reveste também em nossos dias
a concepção que se tem do que seja a inteligência e dos modos como ela pode ser
medida, passaremos a explicitar os procedimentos que adotamos em nossa pesquisa
bibliográfica.
89

4 ATIVIDADES PRÁTICAS
90

4.1 ORIENTAÇÕES SOBRE OS PROCEDIMENTOS PARA O ATENDIMENTO


COM O COLABORADOR

NO DIA DA APLICAÇÃO DOS TESTES COM O EXAMINANDO

1. Ao adentrar na universidade e na sala espera, na entrada do Bloco B, o


responsável pelo convite ao examinando, deve acomodá-lo em local distante
de outros alunos, e deve-se manter a neutralidade nos contatos dos demais
alunos ao mesmo.
2. Dentro do NEAP, deve ser realizada a apresentação do colaborador ao
grupo que ficará responsável pelos procedimentos deverá ocorrer na
recepção do laboratório. O grupo deve estar ciente com quem vai trocar o
examinando e não na hora das apresentações.
3. Após as apresentações do colaborador com os componentes dos grupos, os
observadores se encaminham para a sala de observação. Já os dois alunos
que irão realizar os procedimentos com o colaborador, deverão permanecer
na recepção até receber ordem pelo professor responsável e ou auxiliares
(técnicos do laboratório ou monitores) para se encaminharem para a sala de
atendimento (enquanto isso deverão orientar o examinando para usar o
toalete ou beber água). Todo este cuidado se deve ao fato de que todas as
salas deverão estar com portas fechadas, para que o colaborador não veja a
sala de observação. Conduza-o até a sala de atendimento e solicite para se
sentar na posição que fica próxima a porta de entrada.
4. Na sala de observação todos deverão estar acomodados e com materiais e
manuais dos testes. Todas as salas deverão estar com portas fechadas e
sem circulação de alunos no ambiente. Deixem os celulares desligados,
dentro dos armários. Cuidado com o vestuário (procurem estar trajados
adequadamente), sem excesso de maquiagem e procurem não usar blusas
brancas. Cuidado também com sapatos de salto, pois faz barulho no
ambiente. Alunos que não estiverem devidamente trajados, não realizarão
as atividades.
91

5. Para divisão dos trabalhos,


O aplicador A - realizará o rapport, o enquadre e aplicará o após a
entrevista (realizada pelo aplicador B) o Teste Raven e o encerramento.
O aplicador B - realizará o desenho Livre e a entrevista.

6. O atendimento:
O ATENDIMENTO COM A CRIANÇA OCORRERÁ NAS SEGUINTES
ETAPAS:
A. RAPPORT
B. ENQUADRE
C. DESENHO LIVRE
D. ENTREVISTA
E. APLICAÇÃO DO TESTE RAVEN
F. Encerramento

A) RAPPORT

2) RAPPORT

✓ Aplicadores na sala de atendimento, com portas fechadas, deverão:


Promover a interação entre o examinando e os aplicadores e chamado
também vulgarmente como “quebra de gelo”.
Apresentar-se novamente, investigar se o colaborador sabe de sua vinda
para as atividades, se é a primeira vez que comparece na universidade e o que achou
de ter sido convidado.
a. Dizer os nomes novamente ao examinando
b. Perguntar com quem e como veio; o que achou do lugar (universidade/escola) e se
ela sabe por que veio até a universidade. (estas são algumas das sugestões para o
rapport, pois neste momento não tem uma formalidade, ao contrário, deverão criar um
clima de acolhimento, cordialidade com o examinando). Se o examinando disser que
veio porque alguém lhe disse que iria fazer testes para averiguar se ele é inteligente,
procurem amenizar a tensão provocada por esta ou qualquer outra informação que
cause ansiedade e constrangimento etc.
c. Observa-se também a primeira impressão que se tem do examinando.
Estas perguntas são sugestões, este momento é livre e informal, os aplicadores
devem adaptar esta etapa de acordo com as características do examinando.
92

B) ENQUADRE
a. Apresentação: “Somos estudantes do curso de Psicologia, estudamos nesta
universidade (escola)”.
b. Agradecimento e objetivos do encontro: “Obrigada (o) por ter aceitado vir até esta
Universidade (escola) para realizar as atividades conosco, pois sua participação irá
nos ajudar em nossos estudos”.
c. Sobre a atividade: “Nós: eu e “Fulano” (a) vamos ficar com você para a realização
de duas atividades hoje. O tempo deste encontro: “As atividades de hoje terão a
duração aproximadamente entre 1 h. e 00 min a 1h30. Não mencionem a palavra teste
psicológico; Se a pessoa ficar curiosa dizer que irão explicar à medida que forem
ocorrendo as atividades e ele entenderá melhor.
d. Sigilo: “Seu nome e tudo que você nos disser ou você fizer aqui, será mantido em
sigilo”.
e. “Durante as atividades, nós vamos utilizar este cronômetro, que faz este
barulhinho (mostrar), e vamos escrever algumas coisas para não nos esquecermos”.
(Atenção: vocês irão apenas anotar as respostas do teste Raven, as demais
anotações, como dados das entrevistas e observações, os alunos da sala de
observação anotarão, os aplicadores não devem ficar fazendo anotações durante o
atendimento)
f. Espelho. NÃO FALAR, SOBRE SALA DE ESPELHO, MAS EM CASO DA
CRIANÇA PERCEBER ALGO, ADAPTAR
Queremos também informar que atrás deste espelho estão meu professor e colegas
do grupo que foram apresentados lá fora quando recepcionado por nós. O objetivo
de estarem nesta outra sala é para observar eu e “FULANO”, se estamos realizado
as atividades corretamente, para que possamos nos capacitar para realizar estas
atividades na vida profissional futura. Há casos em que o examinando não permite
ser observado, neste caso, devemos respeitar o seu desejo e todos devem se retirar
da sala de observação. (de outra forma seguir as orientações do supervisor)
g. Devolutiva: NÃO FALAR SOBRE DEVOLUTIVA Não pretendemos dar resultados
do que iremos realizar aqui, porque ainda estamos aprendendo e poderemos cometer
erros, (se o examinando insistir em obter resultados, poderá informar que no caso de
tudo ocorrer corretamente, o professor supervisor irá permitir dar a devolutiva. (de
outra forma seguir as orientações do supervisor)
h. “Podemos continuar então?”
93

C) DESENHO LIVRE

Solicitar a criança que realize um desenho, do jeito que ela quiser, que pode
levar o tempo que precisar, mas apenas faça o que ela desejar. Aqui tem os
lápis de cores, canetinhas, borracha e uma folha, se precisar de algo, ou
ajuda nos peça.
Durante o desenho, não é para fazer perguntas da entrevista,
questionamentos que possam constranger a criança. Deixe-a à vontade,
se ambientar. Após uns 10 min. dados início ao desenho, se a criança não
interagir, não fizer comentários, mas ela permitir, interajam, conversem
sobre o desenho, sobre o ato de desenhar, cores que gosta, se ela
desenha, o que acha de desenhar ou outros temas que faça com que a
criança se sinta à vontade e para interagir com aplicadores. Se a criança
for inibida, não façam muitas perguntas, como se fosse um questionário.
Paulatinamente, introduza perguntas, ou temas.

D) ENTREVISTA
NÃO SERÁ PERMITIDO LEVAREM O ROTEIRO DE ENTREVISTA NA
SALA DE APLICAÇÃO, APENAS NA SALA DE OBSERVAÇÃO.
Durante toda a entrevista: manter atitude ética, respeitosa, amigável e,
principalmente, acolhedora no sentido de OUVIR sem fazer críticas e jamais tentar
mudar a opinião ou estilo de vida do (a) examinando (a). (Neste momento iremos
coletar dados e não fazer interpretações ou devolutivas para o examinando). Não é um
interrogatório.

Investigar na entrevista (uma pergunta de cada vez, paulatinamente):


Rotina (Fale-me sobre o que faz em dia da semana, desde a hora que acorda, até a
hora que vai dormir durante a semana, finais de semana e período de férias)
Saúde/ condições Físicas e mentais: Alimentação; Enfermidades; qualidade do
sono, como foi a noite anterior a aplicação do teste, se está com sono e Atividades
físicas.
Vida escolar (Estuda? Qual o ano que estuda; Conte-me sobre sua escola; quais
disciplinas você está aprendendo na escola; quais disciplinas tem maiores
dificuldades, mais facilidades, quantos professores tem; fale sobre seus professores,
94

tem algum professor que gosta mais, que gosta menos, que horário se dedica aos
estudos fora o ambiente escolar; alguém o auxilia nos estudos, o que acha de estudar
fora na sala de aula; o que faz no horário do intervalo, com quem fica ou faz; cursos
extracurriculares etc.)
Sociabilidade: contato social com pessoas extra familiares, habilidades sociais,
interações, condição social e cultural: o que faz nas horas livres; com quem faz;
frequência; do que mais gosta de fazer etc.): investigar: cinema, música, teatro,
pintura, dança, academia etc.

Afetividade: última área a ser investigada (com quem mora, quem são, fale sobre
eles, o que fazem quando estão juntos, se viajam, para onde viajam, passeiam; conte
sobre o dia do seu aniversário; como são suas férias; investigar se tem reuniões com
familiares, (quais são, o que acontece, quem vai, o que ele acha destas reuniões etc.)

Encerrar a entrevista e avisar que irá fazer outra atividade com XXXX (falar o
nome do outro examinador)

APLICAÇÃO DO TESTE
As instruções dos teste devem ser empregadas conforme o que está descrito nos
manuais respectivamente e RIGOROSAMENTE.

ENCERRAMENTO
1. Quando terminar, antes de se despedir do examinando perguntar:
a) “O que você achou das atividades realizadas?
b) Qual mais gostou? E a que menos gostou? Por quê?
c) Qual achou mais fácil? Achou alguma difícil? Por quê?
2. Agradecer novamente a sua participação e que consideram que foi muito
importante para vocês.

3. Acompanhá-lo até a recepção (ou local onde ficarão os examinandos).


95

ORIENTAÇÕES SOBRE O QUE FAZER NA SALA DE OBSERVAÇÃO

Os alunos que ficarão na sala de observação DEVERÃO SE ORGANIZAR


PARA ANOTAR O QUE OCORREU NO ATENDIMENTO REALIZADO (ler sobre
orientações das observações o texto: Recomendações para aplicação de Testes
Psicológicos elaboradas por Van Kolck. Estas recomendações encontram-se no
subcapitulo 2.3, intitulado como “Recomendações para a Realização das
Aplicações dos Testes Psicológicos”
Ficarão na sala de observação os alunos que não aplicarão os testes e um psicólogo
do laboratório, ou a professora supervisora ou monitor (a).
Organizem as salas de observações de forma que não seja necessário
arrastar bancos e outras medidas que possam ocasionar algum tipo de barulho. Evitem
de tudo para não fazer barulhos, conversas, bater nas divisórias etc. qualquer barulho
pode levar o examinando a se dispersar.

Distribuam o que cada aluno deverá anotar na sala de observação:


Sobre examinadores:
Devem anotar todos os procedimentos realizados desde o rapport pelos
examinadores:
O observador 1- anota as observações quanto os examinadores, se abrangeu todos
os itens do rapport, enquadre, como procedeu com a solicitação do desenho. Na
entrevista observar se as perguntas realizadas na entrevista foi semi-dirigida ou
dirigida. Observar atitudes da entrevistadora: fazia perguntas após respostas da
criança e se foram adequadas. Se interrompia o examinando por exemplo. Se
aprofundava nas respostas. Se abrangeu todas as áreas de investigação.
Na realização do teste: se segue instruções dos testes conforme o manual, o que
perguntou ou respondeu para criança em qualquer momento do encontro, o que
perguntou ou disse no encerramento), Foi necessário fazer alguma adaptação para
que a criança compreendesse as instruções?

O observador 2- deverá anotar respostas do sujeito quanto ao rapport, se questionou


algo durante o enquadre, as respostas dadas na entrevista, respostas do testes.
O observador 3- Anotar as perguntas no rapport, no enquadre, no desenho, na
entrevista.
96

O observador 4- aluno anotará os tempos de cada etapa e comportamento do


examinando. Deve-se anotar todas as observações em relação ao comportamento do
examinando desde o rapport.
Anotar tempo (cronometrar): do rapport
do enquadre
dá entrevista
do teste.

Estas observações são importantes porque no relatório deverão descrever


Em relação aos aplicadores:
Anotar sobre o desempenho dos aplicadores: o que foi dito no rapport e enquadre
(perguntas realizadas para a criança ou as informações dadas), erros, dificuldades etc.

Na entrevista; anotar o que foi perguntando independente do roteiro de entrevista


elaborado. Observar se foi realizada na modalidade semi-dirigida ou outra maneira. (as
perguntas que foram feitas ao examinando serão depois descritas no anexo 2 do
relatório. Portanto, é importante anotar literalmente como as perguntas foram feitas.

Logo, devem ter anotado tudo o que ocorreu tanto em relação a criança como os
entrevistadores
1. Antes da aplicação
2. Durante
3. Depois da aplicação

Todas estas anotações registradas durante o atendimento serão


descritas no relatório em forma de texto e detalhadamente. Portanto, os dados das
observações são importantes tanto quanto as demais atividades realizadas no
processo da avaliação psicológica.
No texto “Recomendações para a Realização das Aplicações dos
Testes Psicológicos” (consultar o material didático da disciplina), encontrarão
algumas das variáveis que devem ser observadas durante a realização do teste, como
por exemplo logo após dado as instruções, o examinando apresentou bom nível de
compreensão, manteve durante a prova que tipo de concentração e atenção? Além
97

disso, hesitou, foi persistente, desistia facilmente, etc..... Estas variáveis observadas
também serão descritas no relatório.
É importante lembrar que na atuação prática, todas estas anotações são
importantes, pois a união dos dados coletados por meio de entrevistas, os resultados
dos testes ou relatórios de outros especialistas, deve-se elaborar um documento a ser
emitido àquele que solicitou o exame. Há diversos tipos de documentos e estes devem
seguir a regulamentação do Conselho Federal de Psicologia e os preceitos constantes
no código de ética. O não cumprimento desta determinação acarretará punições por
este órgão ao psicólogo responsável pelos procedimentos realizados. Estas
orientações encontram-se no anexo 2 (“Manual de Elaboração de Documentos
Decorrentes de Avaliações Psicológica”) - Resolução CFP nº 06/2019. Esta resolução
revoga as dos anos anteriores (CFP 17/2002, 30/2001, 006/2003).
O modelo para confecção do Laudo a ser desenvolvido nesta disciplina
encontra-se será apresentar

IMPRIMAM O INFORME A SEGUIR PARA O DIA DA SIMULAÇÃO E APLICAÇÃO PARA


UTILIZAREM NA ATIVIDADE: CADA Aluno IMPRIMA DUAS CÓPIAS PARA UTILIZAREM
NAS RESPECTIVAS ATIVIDADES.
98

Simulação/ Aplicação dos testes: RAVEN

Avaliador: _________________________ Data: ____/____/_____

Grupo Avaliado: nº ____ Papel Desempenhado


_____________________ __________________ __________________
_____________________ __________________ __________________
_____________________ __________________ __________________
_____________________ __________________ __________________
_____________________ __________________ __________________
_____________________ __________________ __________________
_____________________ __________________ __________________

Horário do Início:__________________ Término: _______________


Na recepção: Apresentação (individual/grupo): _________________________________

Rapport (DENTRO DA SALA DE APLICAÇÃO):


___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Enquadre (DENTRO DA SALA DE APLICAÇÃO)::
Reapresentação Aplicadores:_________________________________________________
Agradecimento inicial: _______________________________________________________
Troca de aplicadores: _______________________________________________________
Objetivo do encontro: _______________________________________________________
Duração e quantidade de encontros: ___________________________________________
Sigilo (segredo): ___________________________________________________________
Cronômetro: ______________________________________________________________
Anotação: _________________________________________________________________
Sala de Observação/espelho
Devolutiva: ________________________________________________________________
99

Desenho Livre/ Tempo:


_________________________________________________________________________________ _
___________________________________________________________________________
Entrevista/ Tempo: (anotações em anexo)

Instruções do teste RAVEN


Tempo (Anotar o tempo a partir do A3) : _____________________

DIGA: Olhe para este desenho


FAÇA: apontar para a figura superior.
DIGA: Como você vê, este é um desenho’’’’ do qual foi tirado um pedaço. Cada um destes
pedaços abaixo.
FAÇA: apontar para cada um
DIGA: tem a forma certa para completar o espaço, mas apenas um deles é o pedaço certo. ...
O número 1 tem a forma certa mas não tem o desenho certo. O número 2 não tem
nenhum desenho. O número 3 está totalmente errado.
FAÇA: Aponte para o item 6 e diga: O número 6 está quase certo, mas está errado aqui
(apontar para a parte branca).
Só um é o certo.
DIGA: Mostre o pedaço que pedaço que completa O PADRÃO.

FAÇA: Se a criança não mostrar o pedaço certo, continue a sua explicação até que a
natureza do problema a ser resolvido seja bem compreendida.

Depois disso, SIGA para o problema A2, dizendo:

DIGA: Agora aponte para o pedaço que se encaixa aqui.

FAÇA: Se a pessoa testada falhar em apontá-lo corretamente, demonstre de novo o problema


A1 REAPLIQUE, DÊ TODAS AS INSTRUÇÕES ANTERIORES) Se acertar o A1, aplique o A2.

DIGA: Agora aponte para o pedaço que se encaixa aqui.

Se o problema for resolvido corretamente, passar para A3 e proceder como antes.


100

FAÇA: aplique o problema A3 conforme o A2, se acertar passar para o A4, se errar A3, aplicar o
A1 novamente e bem resolvido em A1, aplicar o A3
DIGA: Agora aponte para o pedaço que se encaixa aqui.

No problema A4, antes que a criança tenha tempo para apontar um dos pedaços, dizer:

DIGA: Olhe com cuidado para o desenho

FAÇA: Mova seus dedos sobre eles.

DIGA: Apenas um destes pedaços é o certo completar o padrão. Tenha cuidado.


Olhe para cada um dos seis pedaços

FAÇA: apontar para cada um dos seis pedaços.

DIGA: agora você aponte pedaço que se encaixe aqui.

FAÇA: apontar para o espaço)


Quando o indivíduo indicar um dos pedaços, seja a alternativa correta ou não, diga:

DIGA: É este o certo para colocar aqui? (apontar para o desenho e para o espaço a ser
completado)

FAÇA: Se o indivíduo que está realizando o teste disser “sim”, aceite a escolha com aprovação,
estando correta ou incorreta.
Se o indivíduo desejar alterar a sua escolha:

DIGA: Bom, aponte aquele que está correto

FAÇA: Se o indivíduo que está realizando o teste estiver satisfeito, mesmo como uma escolha
certa ou errada, aceite-a; mais, se ele ainda aparecer em dúvida:

DIGA: Bem, qual você acha que é o correto?:

FAÇA: anote, o número da escolha final, na parte correta da folha de resposta.


Demonstre o problema A5 da mesma maneira que o A4.
101

Em qualquer momento, entre A1 e A5 o problema A1 pode ser usado para ilustrar o que o
indivíduo deve fazer e, em seguida, pede-se para que ele tente novamente responder ao teste.
Se o indivíduo não for capaz de resolver os problemas A1 até A5 corretamente, a aplicação deve
ser interrompida.

Se os problemas A1 até A5 foram resolvidos, prosseguir com a aplicação do A6.

DIGA: Olhe para este padrão com atenção. Agora, qual destes pedaços....

FAÇA: apontar para cada um....


Diga: ...Se encaixa aqui

FAÇA: aponte para o espaço a ser preenchido.

DIGA: seja cuidadoso apenas um é o correto. Qual deles é? Pense bem, antes de mostrar qual é.

FAÇA: anote a resposta final dada.


Apresente cada problema a seguir dando as mesmas instruções, no momento que se fizer
necessária. Se o indivíduo que está realizando o teste estiver inseguro a pequenos efeitos nos
desenhos, assegure-o que não precisa se preocupar com isso.
Se o examinando ficar preocupado com falhas mínimas nos desenhos é necessário tranquilizá-lo.
Se o respondente ficar muito tempo parado em determinado item, sugere que ele avance para os
próximos e veja se ele consegue resolvê-los. Depois, retorne a aplicação do item que estava
causando dificuldades.
Caso seja necessário, a fim de avançar no teste, peça para o respondente dar um palpite já que
suposições podem, as vezes, estar corretas.

No final do CONJUNTO A, demonstre o primeiro problema do CONJUNTO AB,


Novamente apontando entre as figuras no padrão e o espaço a ser preenchido
DIGA: veja o que acontece
Veja o que acontece... esta, esta, esta, ... O que deverá estar aqui? Mostre o pedaço correto que
deveria estar aqui. Seja cuidadoso. Olhe um de cada vez: apenas um é o correto. Qual é ele?
FAÇA: Nos problemas Ab1à Ab5, depois que o indivíduo tiver mostrando um dos pedaços, quer
esteja correto e incorreto,, diga:

DIGA: É este o Correto para completar o padrão?


102

DIGA: aponte para o padrão e para o espaço a ser preenchido.


Como anteriormente se a resposta for “SIM”, aceite-a (e anote) a escolha com aprovação. Se o
indivíduo que está realizando desejar alterar a escolha, proceda como no conjunto A e aceite a
última resposta como correta.
Para o 6 problema (Ab6), o indivíduo que está realizando o teste deve ser perguntado, se a
resposta escolhida é a correta.
DIGA: olhe cuidadosamente para o padrão.

FAÇA: aponte para cada uma das figuras e o espaço a ser preenchido
DIGA: seja cuidadoso, apenas um destes pedaços completa o padrão corretamente.

FAÇA: aponte para cada um deles

DIGA: Qual é e?
FAÇA: Registe a resposta final na folha de resposta anotando o número da opção escolhida,
próximo ao número do item.
Caso tenha cometido algum erro no registro ou caso o respondente queira mudar a resposta, faça
um traço sobre a resposta incorreta e anote o número da resposta final. Não tente apagar a
resposta incorreta. As mesmas orientações podem ser fornecidas para cada item do CONJUNTO
Ab e do CONJUNTO B., DESDE QUE SIRVAM PARA UM PROPOSITO UTIL.

____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
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103

____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Encerramento:
Parecer da Criança quanto ao encontro e Atividades realizados: O QUE VOCÊ ACHOU DO NOSSO
ENCONTRO?; O QUE MAIS GOSTOU? O QUE MENOS GOSTOU? VOCÊ ACHA QUE TEVE ALGUMA
DIFICULDADE? O QUE ACHOU MAIS FÁCIL
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

Agradecimento final:
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

Observações do atendimento
____________________________________________________________________________
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104

____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
__________________________________________________________
105

5 INDICAÇÕES DAS CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS PARA A


DISCIPLINA DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA I

No Plano de Ensino, encontrarão as descrições das obras Básicas e Complementares


indicadas para esta disciplina, a seguir encontrarão além destas obras, sugestões de
leituras.

Há diversas obras que poderão encontrar sobre o Tema: Avaliação psicológica,


Princípios da psicometria, entrevista, processo da avaliação psicológica, entrevistas e
tipos de entrevistas. Sugerimos algumas delas e que são mais bem aceitas no meio
acadêmico, úteis para estudo desta disciplina e estudos e pesquisas na área.

Há obras online para consulta em biblioteca virtual ou em minha biblioteca. Algumas


obras durante as aulas serão citadas porém estarão somente em modo físico, por se
tratar de obras tradicionais e útil para aprofundar os temas que serão abordados.

ABERASTURY, A. P. R.. Entrevista para pais In: Psicanálise da Criança: Teoria e Técnica. 8.
ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992. Ler capítulo 5

ALCHIERI, J. C.; CRUZ, R. M. Avaliação Psicológica: Conceito, Métodos e Instrumentos.


São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

ALCHIERI, J. C.; CRUZ, R. M. Avaliação psicológica: conceito, métodos e instrumentos.


5. ed. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo, (E-book)

ALVES, I.C.B; ROSA, H.R.; SILVA, M.A.; SARDINHA, L.S. Avaliação da inteligência: revisão
de literatura de 2005 a 2014. Avaliação Psicológica [online], v. 15, n. esp. P. 89-97, 2016.
Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/avp/v15nspe/v15nspea10.pdf

AMBIEL, R. A. M.; RABELO, I. S.; PACANARO, S. V.; ALVES, G. A. S.; LEME, I. F. A. (org..)
Avaliação Psicológica: guia de consulta para estudantes e profissionais de psicologia.
São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011. (E-book) complementar. Ler p. 11-27 e 49-80 (E-book)

ANASTASI, A.; URBINA, S. Testagem Psicológica. 7. ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul,
2000. Ler capítulos 1 a 6: (1)Natureza dos testes, (2) história dos testes;(4)
Padronização, precisão e validade. Capítulo (10 ) Inteligência

BANDEIRA, D. R. A Controvérsia do uso dos testes psicológicos por psicólogos e não


psicólogos. Psicologia Ciência e Profissão, 2018, 38 (spL), 159-166.
https://dx.doi.org/10.1590/1982-3703000208860

BAPTISTA, M N et al Compêndio da avaliação psicológica Petrópolis, RJ: Ed. Vozes, 2019.


Disponível em https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/203013/e pub/0

BLEGER, J. Temas de Psicologia: Entrevista e Grupos. 2. ed. Sao Paulo: Martins Fontes,
1998. Ler capítulo 1
106

BRASILIA CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. RESOLUÇÃO CFP 06/2019


COMENTADA ORIENTAÇÕES SOBRE ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS ESCRITOS
PRODUZIDOS PELA(O) PSICÓLOGA(O) NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL Disponível em
Resolução-CFP-n-06-2019-comentada.pdf

BRASILIA CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA RESOLUÇÃO CFP 06/2019 Elaboração


de documentos escritos produzidos pela(o) psicóloga(o) no exercício profissional. Disponível
em ResolucaoCFP-06-2019.pdf (crpsp.org.br)

BUENO, JOSÉ MAURÍCIO HAAS MORAIS; PEIXOTO, EVANDRO Avaliação psicológica no


Brasil e no mundo . Rev. Psicol. cienc. prof. 38 . DISPONÍVEL EM:
https://doi.org/10.1590/1982-3703000208878

CAVAS, C. S. T. Sob Medida: Um Guia Sobre a Elaboração de Medidas do Comportamento e


Suas Aplica. São Paulo: Vetor, 2002. (E-book)

CRONBACH, L. J. Fundamentos da Testagem Psicológica. 5. ed. Porto Alegre: Artes


Médicas, 1996.

COHEN, R.J.; SWERDLIK, M.E.; STURMAN, E.D. Testagem e avaliação psicológica:


introdução a testes e medidas. 8. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2014. (E-book)

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA RELATÓRIO DO ANO TEMÁTICO DA


AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 2011/2012. Conselho Federal de Psicologia. - Brasília: CFP,
2013 complementar
http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/03/FOLDER_ANO_TEMATICO_CFP_V4.pdf

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução CFP nº 009/2018 - SATEPSI -


Conselho Federal de Psicologia, Brasília. Disponível em:
http://satepsi.cfp.org.br/docs/Resolução-CFP-n. 9-2018-comanexo.pd

CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico - V ed. 5ª revisada e ampliada.Porto Alegre:Artmed, 2000.


(E-book) Ler capítulo 1 e 2 (processo psicodiagnóstico e AP), e 14 (padronização,
precisão e validade)

DOMINGUES, S. F. S. Os Testes de Inteligência e Seu Uso na Educação: Análise de


Alguns Periódicos Br. 2001. Dissertação (Mestrado em psicologia) - Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo. 2001.
DE ALMEIDA, N V. A entrevista psicológica como um processo dinâmico e criativo. Psic., São
Paulo , v. 5, n. 1, p. 34-39, jun. 2004 . Disponível em & amp; amp; lt;http:
pepsic.bvsalud.org="" scielo.php?script="sci_arttext&amp;amp;amp;amp;pid=S1676-
73142004000100005&amp;amp;amp;amp;lng=pt&amp;amp;amp;amp;nrm=iso"&amp;amp;gt;&
amp;amp;lt;/http:&amp;amp;gt;

DOS SANTOS, A.A. A., SISTO, F.F., BORUCHOVITCH, E., NASCIMENTO, E. Perspectivas
em avaliação psicológica. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo, 2010. 313 p. LIVRO FÍSICO.
BIBLIOTECA

FLORES-MENDONZA, C.; COLOM, R. (cols.) Introdução à Psicologia das Diferenças


Individuais. Porto Alegre: Artmed, 2006. (E-book) complementar
107

FLORES-MENDOZA, Carmen E. et al . O que mede o desenho da figura humana?: Estudos de


validade convergente e discriminante. Bol. psicol, São Paulo , v. 60, n. 132, p. 73-84, jun.
2010 Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-
59432010000100007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 29 jan. 2016. E-book- complementar

HUTZ, C. S., BANDEIRA, D. R.; TRENTINI, C. M. (Orgs): Psicometria. Porto Alegre : Artmed,
2015. (E-book) Cap 10 Questões éticas na avaliação psicológica.

HUTZ, C.S. et al. (Orgs.). Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artes Médicas, 2016. (E-book)
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978858271
3129/cfi/6/8!/4@0:0

HUTZ, C. S., BANDEIRA, D. R.; TRENTINI, C. M. (Orgs). Avaliação Psicológica da


Inteligência e da Personalidade. Porto Alegre: ArtMed, 2018. (E-book)

IRIGARAY, T.Q e Cols. Avaliação psicológica no contexto contemporâneo Disponível em


RS: EdiPUCRS, 2020

LINS, M. R. C; BORSA, J.C. (Orgs.) Avaliação psicológica: aspectos teóricos e práticos.


Petrópolis-RJ. Ed. Vozes, 2017. (E-book)OCAMPO, M. L. S. O Processo Psicodiagnóstico e
as Técnicas Projetivas. 10. ed. Sao Paulo: Martins Fontes, 2003. Ler capítulos 1 a 3

MUNIZ, M. Ética na Avaliação Psicológica: Velhas Questões, Novas Reflexões. Psicologia:


Ciência e Profissão, v. 38, n. esp., p. 133-146,2018 . Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98932018000400133&lng=pt&nrm=iso.

NORONHA, A. P. P.; NUNES, M. F. O.; AMBIEL, R. A. M.. Importância e domínios de


avaliação psicológica: um estudo com alunos de Psicologia. Paideia (Ribeirão Preto).
Ribeirão Preto, v. 17, n. 37, maio/ago. 2007. Disponível em:
<http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-863X2>. Acesso
em: 28 jan. 2009

NORONHA, A. P. Os Problemas Mais Graves e Mais Frequentes no Uso dos Testes


Psicológicos. Psicologia, Reflexão e crítica. Porto alegre, v. 15, n. 1, p.135-142, 2002.

PASQUALI, L. (Org.). Técnicas de Exame Psicológico - Tep: Manual. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 2001. (E-book) Ler capítulos 1 a 4

PRIMI, R. (org.) Temas em Avaliação Psicológica. São Paulo: Casa do Psicólogo; Porto
Alegre: IBAP, 2005.

PRIMI, Ricardo. Avaliação Psicológica no Brasil: Fundamentos, Situação Atual e Direções para
o Futuro Psicologia: Teoria e Pesquisa 2010, Vol. 26 n. especial. pp. 25-3.
http://www.scielo.br/pdf/ptp/v26nspe/a03v26ns.pdf

REPPOLD, C.T. et al. Análise dos manuais psicológicos aprovados pelo SATEPSI.
Avaliação Psicológica [online], v. 16, n. 1, p. 19-28, 2017. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-
04712017000100004&lng=pt&nrm=iso
108

OLIVEIRA, K L SHELINE, P. W.; BARROSO, S M (ORGS) Avaliação Psicológica: Guia para


a prática profissional .Coleção Avaliação Psicológica. Petrópolis, RJ : Vozes, 2020 E -
bookhttps://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/201 720/epub/0
SANTOS, A. A. A.; BORUCHOVITCH, E.; NASCIMENTO, E.; SISTO, F. (org.) Perspectivas
em Avaliação Psicológica. 1.ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010. (E-book)

SILVA, José Aparecido Da; RIBEIRO-FILHO, Nilton P.; SANTOS, Rosemary Conceição dos.
Inteligência humana e suas implicações. Temas psicol., Ribeirão Preto , v. 20, n. 1, p. 155-
188, jun. 2012 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
389X2012000100012&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 30 jan. 2016.

URBINA, S. Fundamentos da Testagem Psicológica. Porto Alegre: Artmed, 2007. Há vários


capítulos que tratam os temas apresentados na parte teórica da disciplina. Esta obra
está disponível na biblioteca

ZAIA, P.; OLIVEIRA, K. .; NAKANO, T. C. Análise dos processos éticos publicados no jornal do
Conselho Federal de Psicologia. REV. Psicologia: Ciência e Profissão, 2018, 38(1), 8-21.
Disponível em : https://doi.org/10.1590/1982-3703003532016
109

6 ANEXOS
110

ANEXO 1: Roteiro de Anamnese


111

O modelo de roteiro de anamnese a seguir, é uma sugestão e não deve ser


visto como algo padronizado. Pode ser utilizado nas atividades que requerem a elaboração de
uma anamnese nas disciplinas de avaliação psicológica e entrevista para diagnóstico, bem
como pode ser útil para sua prática profissional. As perguntas a serem realizadas devem ser
adaptadas e formuladas também de acordo com o nível de entendimento de quem será
entrevistado (pais e outros responsáveis pelo paciente). A elaboração da anamnese pode ser
semi-dirigida ou como entrevista fechada, esta dependerá da necessidade e condições da
investigação. Porém sugere-se realizar na forma de semi-dirigida a fim de investigar e
aprofundar nos aspectos não verbais, que são fundamentais para o diagnóstico clínico. Além
disso, é importante ressaltar que se deve realizar este tipo de investigação baseado em um
referencial teórico, levando em consideração os apontamentos dos autores que nos fornecem
diretrizes para a elaboração da entrevista e sua análise posterior.
112

Data ____/____/____

I – Identificação
Nome: ___________________________________________ Sexo: _______________
Idade: ________ Data de Nascimento: ____/____/____ Cor: ______________ ______
Local de Nascimento: ________________________________________________ ___
Escola: _______________________________________________________________
Escolaridade: _____________ (fundamental I, II, Ensino médio)
Período que estuda: ____________ (matutino, vespertino, noturno): Horário:________
Pai: ___________________________ Idade: _____ Profissão: __________________
Escolaridade: _________________________________
Mãe: _____________________________________________ Idade: ______________
Profissão: ____________________________ Escolaridade: _____________________
Endereço da residência
Local _______________________________, nº___________ Bairro: _________________
Cidade: _________________ CEP: ________ - _______
Tel.: resid.( )______________ celular: :( )_________ Comercial :( )______________

GENETOGRAMA

II – Queixa ou Motivo da Consulta (desde quando):


113

III – Antecedentes Pessoais

1. CONCEPÇÃO E GESTAÇÃO
- A Gravidez foi planejada? ___________________________________________
- Como foi receber a notícia da gravidez? _____________________
- Fez acompanhamento Pré-Natal? ___________ Desde quando?_________
- Fez Exames Médicos? _____________ Quais? _________
- Teve alguma intercorrência durante o período gestacional? __________________
- Vômitos ___________________ Até quando? ___________________________
- Enjoos? ___________________ Até quando? ______________________
- Doenças durante a gestação ___________________________________________
- Traumatismo durante a gravidez ________________________________________
- Abortos ou Natimortos (causa) ________________________________________

2. CONDIÇÕES DO NASCIMENTO
- Local: ______________________________ (hospital, residência e outros ) ; Nome do
hospital: ______________________________________________
- Quantos meses de gestação: ______________________________________
- Descrição do Parto (tipo de parto, condições, tempo de pré-parto, complicações
durante o parto) ______________________________
- Chorou logo? __________________
- Aparência: Rosado ou cianótico(roxinho) ________________
- Peso _________
- Tamanho _________________________ Precisou O2 ____________________
- Precisou de algum tratamento especial? (UTI, observações, fototerapia)
_______________________________________________________________
- Quantos dias a criança permaneceu no hospital após o parto?
- A mãe teve alguma intercorrência durante e após o parto?_________
Qual?__________________________________________________________

3. DESENVOLVIMENTO:
3.1 – Como foi a noite de sono quando bebê?
3.2 Apresentou (a) algum problema de sono? ________ Desde quando?
___________________ Qual? ____________________________
- Atualmente que horas vai dormir?_______ Que horas acorda? ______
114

- Quantas horas dorme por noite? ___________________


- Dorme durante o dia? ______ Que horário? __________
- Quando acorda durante a noite qual o motivo? ___________________
- Tem problemas respiratórios enquanto dorme?___________ Qual?_____
- Ronca? __________________________
- Transpira em excesso?____________ Acorda várias vezes? ______________
- Fala dormindo? _____________ Vira-se muito? ________ Bate-se? ________
- Range os dentes? _____ Esbugalha os olhos? ________ É sonâmbulo? _____
- Quando tem um sonho mau se mostra aflito? ___________________________
- Dorme em quarto separado? ____________ Em cama separada? __________
- Quais atitudes dos pais frente às intercorrências durante o sono?___________

Observações
115

Alimentação
Lactância e alimentação atual:
- Natural __________________________ (aleitamento materno, até quando) teve
intercorrências, como a mãe lidou com esta fase)
- Mamadeira _____________________ (quando foi introduzida e o motivo)
- Período do desmame do aleitamento materno e mamadeira (descrever como foi este
período)
- Outros alimentos ___________________ (descrever como foi aceitação da criança
quanto a introdução dos alimentos mais sólidos e que exigiam mastigação):
- Quando iniciou a alimentação mais sólida? _________ Deglutia bem ou não?
___________________ Se não qual o motivo? _______________ Se
engasgava?_____________________________________________________
- Descreva a quantidade de comida ingerida___________________________
- Aceitação alimentar desde o início: (aceitação fácil ou era forçado a comer)
_____________________ Qual reação dos pais __________________
- O alimento lhe faz mal _________________ Vomita _____________________
- Há recusa em alimentar-se? ________________________________________
- Atitude dos pais frente às situações da alimentação (atual)
_____________________________________________

3.3 Desenvolvimento Psicomotor


Desenvolvimento da marcha:
- O corpo ficou mais rígido (durinho) a partir de quando? ___________ _________
- Sentou-se com _____________
- Engatinhou aos ________________________ Ficou em pé com ___________
- Andou com _____________________
Desenvolvimento da linguagem:
- Falou as primeiras palavras com ______
- Falou corretamente com ___________________________________________
- Gagueja ________________________________________________________
- Apresenta algum problema de linguagem?_________ Qual? _____________
- Faz acompanhamento com fonoaudióloga?_______________
Controle dos esfíncteres ___________________________________________
- Usou fraldas até quando? _________________________________________
- Como foi o processo da retirada das fraldas? (reação da criança e dos
pais):___________________________________________________
116

- Apresenta algum problema quanto as eliminações fisiológicas? (intestino preso,


diarreias, quando ocorre? Ou ainda urina na cama enquanto dorme etc.).

Lateralidade:
Destro ou canhoto ________________________________________________

Visão e audição
- Ouve e enxerga bem? _____________________________________________
- Tem algum problema de visão ou audição? __________ Qual (is)? _________ Desde
quando? ___________

Dentição:
- Quando começou ______________________________________________
- Como está a dentição atual _______________________________________
- Usa aparelhos ortodônticos? (motivo, aceitação etc.) _____________________

Costuma enjoar em condução _______________________________________

Observações:

3.4 Doenças (colocar a idade em que ocorreram as patologias abaixo)


- Caxumba _______________ Sarampo ________ Escarlatina ______________
- Desidratação _______________________ Catapora _____________________
- Tosse Comprida _________________________________________________
- Meniningite______________________________________________________
- Operações ______________________________________________________
- Outras _________________________________________________________
- Consequências dessas doenças (febre, convulsões etc.)
_______________________________________________________________
- Desmaio, perda de fôlego __________________________________________
- Convulsões _____________________________________________________
- Quedas, pancadas na cabeça _______________________________________
- Asma, alergia e outros distúrbios ____________________________________
- Verminose ___________________ Último exame _______________________
- Exames médicos e tratamento ______________________________________
117

Observações

3.5 Manipulação e Tiques (colocar o período- de xxxx até xxxx idade)


- Usou chupeta ______________ Chupa dedos __________
Nos itens abaixo, descrever quando ocorre, quando iniciou e se permanece o
comportamento
- Rói unhas ___________ Morde os lábios ________ Morde a língua _________
- Pisca muito ______________________ Repuxa-se ______________________
- É irrequieto _____________________________________________________
- Outros________________________________________________________
- Atitude dos familiares frente às intercorrências
_____________________________________________

3.6 Medo, Birras, Mentiras, Ciúmes


- Medo de algo ____________________________________________________
- Mente __________________________________________________________
- Crises de Birra _______________________ Com quem __________________
- Atitude _________________________________________________________
- Ciúmes _________________________________________________________
- Atitude dos familiares frente às intercorrências
_____________________________________________

3.7 Escolaridade
- Frequenta a escola desde quando?___________ Está em que série?_____________
Qual o horário que estuda?_____________
- Como vai na escola atualmente? __________________ Tem alguma dificuldade nos
estudos? ________________________________________
- Gosta de estudar _____________ Qual horário que estuda____________
- É indisciplinado ____________________________ É castigado ____________
- Escreve _____________________ Lê ____________ Aritmética ___________
- Linguagem _____________ Desenhos ___________ Foi reprovado ________
_______________________________________________________________
Quem participa das reuniões dos pais na escola?__________Quais comentários dos
professores a respeito do desempenho e comportamento da criança?
_____________________________________________________
118

- Já mudou de escola? _______ Por quê?___________ Quando? ________Qual foi a


reação?_________

Observações

3.8 Sexualidade
- Curiosidade Sexual _______________________________________________
- Masturba-se _____________________________________________________
- Faz brincadeiras sexuais ___________________________________________
- Alteração no desenvolvimento físico sexual (precoce / tardia) ______________
_______________________________________________________________
- Homossexualidade na família________________________________________
- Como os pais abordam com este assunto em casa? _______________________

Observações

3.9 Sociabilidade (Relações Sociais)


- Tem companheiros __________________
- Qual a idade dos amigos? _________________
- Prefere brincar sozinho ____________________________________________
- Faz amigos facilmente ___________________ Lidera nos brinquedos _______
- Adapta-se facilmente __________________ Afetivo e bonzinho ____________
- Briga muito com os irmãos __________ E com amigos ___________________
- Quem seleciona os amigos _________________________________________
- É cuidadoso com os brinquedos _____________________________________
- Que tipo de brincadeira prefere ______________________________________
- Que horário costuma brincar _______________________________________

Observações

3.9 Rotina da Vida – Descrever um dia da criança


119

3.10 Cuidados Pessoais


É dependente para com os cuidados pessoais e de higiene, bem como da troca de roupas,
calçados e se arrumar?
É necessário vigiar os cuidados pessoais?

III – Antecedentes Familiares (investigar estas patologias em relação aos familiares que
inclui os pais e outros)
- Nervosismo: _____________________________________________________
- Déficit cognitivo: __________________________________________________
- Problemas de aprendizagem: _______________________________________
- Convulsões: _____________________________________________________
- Tiques: _________________________________________________________
- Psicoses: _______________________________________________________
- Internatos: ______________________________________________________
- Alcoolistas: ______________________________________________________
- Presos: _________________________________________________________
- Fuga: __________________________________________________________
- Dependentes químicos: ____________________________________________
- Suicídio: ________________________________________________________
- Asma __________________________________________________________
- Alergia: _________________________________________________________
- Outras: _________________________________________________________

IV – Ambiente e Social (condições de moradia, econômica e formação familiar)


- Ambiente material (residência, etc.) __________________________________
_______________________________________________________________
- Situação econômica ______________________________________________
- Harmonia familiar _________________________________________________
- Moram outras pessoas junto ________________________________________
_______________________________________________________________

V- Relacionamento afetivo
- Entre o casal ____________________________________________________
- Entre a criança e o casal __________________________________________
- Entre o Pai e criança ____________________________________________
120

- Entre a mãe e a criança __________________________________________


- Entre a criança e irmãos _________________________________________
- No caso de criança adotiva, investigar aspectos que envolvem o processo da adoção,
adaptação da criança ao núcleo familiar, e da mesma forma com relação dos pais
adotivos. Investigar ainda, se a adoção foi esclarecida e quando isto ocorreu.
- No caso de pais separados, investigar como a criança reage frente à situação, como os
pais lidam com a mesma. Se há padrasto ou madrasta e como estes relacionam-se
com a criança e reações da criança frente a mesma.
- No caso de morte de um dos pais, como a criança lidou ou lida com a situação.
- No caso de pré-adolescência ou adolescência investigar se namora e a atitude dos
pais.
- Religião ________________________________________________________

VI – Observação dos pais:


121

Curso de Psicologia
Disciplina: Psicologia do Desenvolvimento

ESTUDO LONGO DE CASO ANAMNESE / Roteiro de entrevista com os pais

MOTIVO DA CONSULTA E HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL


01. Principal queixa (palavras do entrevistado).
02. História e evolução da queixa:
a) Início (data)
b) Sob que circunstâncias (ocorrências importantes no ambiente)
c) Acredita devido a que?
d) Desenvolvimento, agravamento do sintoma
e) Surtos anteriores
f) Tratamentos que fez
g) Como os pais lidam com os sintomas
h) Repercussões sociais (família, escola, vizinhança etc.) e subjetivas
03. Outras queixas ou sintomas:
a) Somáticos
b) Psíquicos
c) De comportamento
04. Efeitos do distúrbio emocional sobre o funcionamento presente:
a) Sobre o físico, sono e apetite
b) Sobre o estudo
c) Sobre a família, relações interpessoais e com a comunidade
d) Sobre os interesses, brinquedos e recreações
05. Idéias do paciente sobre seus problemas e atitudes em relação a eles: interesse por um
tratamento, indiferença ou resistência a ele.

AMBIENTE DA CRIANÇA (estudo progressivo no tempo)


01. Ambiente familiar (descrição detalhada):
a) Organização ou desorganização familiar.
b) Constelação familiar (pais, irmãos, avós, outros parentes).
c) Idade e posição da criança dentro da constelação familiar.
d) Idade dos pais e dos irmãos: sexo e ordem de nascimento dos irmãos.
e) Estado de saúde dos pais: sadios ou doentes. Se doentes, que tipo de doença, como a
criança se sente, como os pais se comportam (queixam-se, e usam a doença para
amedrontar a criança, escondem da criança seu estado de saúde).
122

f) Falecimento dos progenitores: se um ou ambos dos progenitores faleceram, pesquisar


a idade da criança na época, circunstâncias da morte, quem cuidou da criança, como
falaram com ela sobre o acontecimento, ocultaram-lhe a morte, deram-lhe explicações
falsas. A criança presenciou a morte e o enterro. Suas reações. O que fala do
progenitor que morreu, suas fantasias sobre ele. O que os familiares falam o pai (mãe)
morto.
g) Morte de irmãos ou outros parentes: mesmas perguntas do item anterior.
h) Separação dos pais: divorciados ou não, quais os motivos, com quem vive a criança,
quem se responsabiliza por ela, houve acordo entre os pais sobre quem ficaria com a
criança, houve disputa da criança. Que idade tinha a criança na época da separação,
que explicação lhe deram, como reagiu, tem contato com o progenitor ausente, como
são esses contatos. O que fala do progenitor ausente, suas fantasias sobre ele. O que
os familiares lhe falam do pai (mãe) ausente.
i) Novo matrimônio dos pais: quais os motivos para um novo casamento, que idade tinha
a criança na época, que explicações lhe deram, como reagiu. Suas relações com o
padrasto (madrasta). Filhos do novo casamento, reações da criança, o padrasto
(madrasta) faz distinção entre seus filhos e o enteado, procura tratá-los igualmente.
j) Profissão e trabalho do pai e da mãe: grau de escolaridade e nível cultural dos pais.
Profissão do pai, horas que fica fora de casa. A mãe trabalha fora de casa, sua
profissão, horas que fica ausente. Quem cuida da criança na ausência da mãe. Quais
os motivos da mãe trabalhar: necessidade financeira, interesse profissional, acordo ou
desacordo entre o casal quanto ao trabalho da mãe. Competição profissional entre os
pais, qual dos dois ganha mais, conflitos decorrentes.
k) Relações entre os pais: dão-se bem, são afetuosos um com o outro, desentendem-se,
são frios um com o outro, discutem, brigam, a criança assiste às brigas, há tensão entre
o casal. Já houve separações ou ameaças de separação, reações da criança.
Predominância de qual dos cônjuges, quem dirige a casa, o orçamento doméstico,
quem toma as decisões. Relações sexuais (satisfatórias ou insatisfatórias).
l) Relações dos pais com os filhos: afetuosos, compreensivos, superprotetores,
rejeitadores, ansiosos etc. Brincam e conversam com os filhos, como querem que os
filhos os tratem, exigem respeito excessivo ou dão muita liberdade aos filhos; admitem
quando estão errados, ou acham que devem sempre manter a autoridade, mesmo que
reconheçam seu erro.
m) Relações entre irmãos: brincam juntos, há cooperação e companheirismo ente eles,
unem-se contra os pais, brigam, há ciúme e rivalidade entre eles. Preferência por um
dos irmãos, ou dificuldade de entendimento em especial com algum deles, por quê.
Como o paciente se compara com os irmãos, evita comparações, como compete, evita
123

competições, procura mostrar-se superior aos irmãos ou esconde suas qualidades para
não se sobressair, julga-se o preferido ou o menos querido pelos pais. Atitude dos pais.
n) Comparações que os pais fazem entre os filhos: como os pais comparam o paciente
com os irmãos, desvalorizam ou supervalorizam algum dos filhos, qual, por quê.
Incentivam ou atenuam a rivalidade entre os irmãos: fazem comparações com o fim de
estimular os filhos, evitam as comparações, exigem que um ceda para o outro,
procuram ser justo com todos.
o) Personalidade dos pais (descrição resumida).
p) Personalidade dos irmãos (descrição resumida): estudo, trabalho, se são casados,
como é sua vida familiar (bem sucedida, desorganizada etc.).
q) Papel de outros parentes e empregados na organização familiar: relações destes com a
criança. Substituem os pais no atendimento e na educação da criança, por quê.
r) Condições gerais da vida: situação econômica (rendimento e despesas); a família
possui automóvel, casa no campo ou praia. Reações da criança diante da situação
econômica dos pais: julga-a satisfatória, sente-se prejudicado, compara sua situação
com a de parentes e amigos, culpa os pais por não estarem em melhor condição,
procura justificá-los.
s) Ambiente social: nível social, amigos da família, tipo de escola que a criança frequenta
(paga ou não), clube, bairro, vizinhança, os vizinhos tem casas melhores ou piores,
situação melhor ou pior. Reações da criança.

HISTÓRIA DA FAMÍLIA E HERANÇA


01. Aspectos mórbidos e traços de personalidade dos ascendentes: casos de doenças
mentais (neuroses e psicoses), de deficiências intelectuais (que tipos), convulsões (que
tipos), alcoolismo, dependência química, suicídios, crimes, roubos.
02. Aspectos positivos: sucessos profissionais e em outros setores.

ANTECEDENTES PESSOAIS: História da criança


01. Resposta emocional ante a:
a) Possibilidade de uma gravidez: Desejavam ou evitavam filhos, acordo ou desacordo do
casal quanto a isso. Conflitos (morais, religiosos) decorrentes do controle da
concepção. Desejo de filhos para salvar a relação do casal, para fazer companhia a um
irmão.
b) Notícia da gravidez: desejada ou acidental, rejeição, desejo de abortar, tentativas de
aborto (acordo ou desacordo do casal), aceita com alegria. Preferências quanto ao
sexo da criança (escolha do nome, preparo do enxoval).
124

02. Condições psicossomáticas da gravidez: traumatismos (físicos ou psíquicos), nervosismo,


ansiedade, doenças infecciosas (toxoplasmose, rubéola, sífilis), hipertensão, vômitos,
eclampsia, hemorragias, perdas, transfusões de sangue, radioterapia, radiografias, uso de
tranquilizantes.
Sentimentos experimentados quando a criança começa a movimentar-se. Evolução dos
sentimentos em relação ao feto. Relações com o marido e os filhos, durante a gravidez.
Controle médico pré-natal.
03. Parto: normal, a termo, prematuro, induzido, seco, úmido, fórceps, cesárea, uso de
anestesia geral. Tempo que trabalhou durante o parto.
Relações da mãe com a parteira ou parteiro, conhecia o processo de parto, estava
acompanhada ou sozinha.
Como nasceu a criança: chorou logo, choro alto ou fraco, teve sufocação, cianose, icterícia
grave, cordão umbilical enrolado, nasceu com bossas na cabeça (em que ponto se
localizavam), com algum defeito físico.
04. Sentimentos que a criança despertou nos pais: correspondeu às suas expectativas,
desiludiu-os, desejavam que fosse de outro sexo.
05. Lactância e alimentação atual:
a) Lactância materna – O bebê tinha reflexo de sucção, prendeu-se bem ao seio,
condições dos Seios e dos Mamilos; quantidade de leite. Sentimentos e fantasias da
mãe.
b) Ritmo da alimentação – Regular ou não. Horário orientado por pediatra ou de outra
maneira. Chupeta após as mamadas.
c) Lactância artificial. Quando foi iniciada a alimentação com mamadeira e por quê. Como
era dada a mamadeira (no colo ou na cama).
d) O Desmame e suas condições. Quando foi realizado. Quais foram os recursos
utilizados pela mãe: o desmame foi natural ou forçado. Motivos para o desmame.
Reações da criança e sentimentos da mãe.
e) Chupeta. Porque foi introduzida (por necessidade de sucção ou para evitar o choro).
Até quando foi usada. Como a criança abandonou (forçada ou voluntariamente).
Chupou o dedo, roupas ou outros objetos.
f) Introdução de outros alimentos. Quando ocorreu. Como a criança recebeu a mudança
(se a recusou; como a mãe procedeu para efetuá-la). Como agia a mãe quando a
criança recusava o alimento.
g) Como a mãe acalmava a criança que chorava.
h) Alimentação atual. Inapetência, alimentação insuficiente, super-alimentação, gula,
exigência na escolha dos alimentos, aversões, vômitos, náuseas, apego a rituais,
lentidão, cansaço, recusa de alimentos, jogo com a alimentação para controlar a mãe.
125

Reação materna. Como são as refeições. Quem dá o alimento. A criança come


sozinha. Como o faz e desde quando. Come separada dos pais. Por quê. A família se
reúne durante as refeições, os pais estão presentes, a criança come separada dos
pais, por quê. Ambiente durante as refeições.
06. Dentição: aparecimento dos dentes, quando se deu, houve transtornos, foi normal, houve
muita agressividade nessa fase, a criança tinha tendência a morder as pessoas ou objetos.
Mudança dos dentes: quando se deu, reação emocional da criança.
07. Sono: como a criança dorme, descrição de seu quarto. Dorme sozinha ou com os pais,
irmãos, algum parente ou pagem. Dormiu com os pais até que idade.
Horas de sono (evolução). Necessidade ou não de ser acordada para as mamadas.
Necessidade da presença de alguém para conciliar o sono ou de alguma condição especial
para isso. Rituais e uso de chupetas para dormir.
Procura a cama dos pais à noite, os pais incentivam esse hábito.
Quem faz a criança dormir e a acorda de manhã, como o faz. Reações da criança.
Distúrbios do sono: insônia, sono interrompido, gritos, choro, apelo aos familiares,
movimentação excessiva, ranger de dentes, pesadelos, pavores noturnos, medo de dormir
no escuro (verificar se se trata de fobia do escuro), sonambulismo, sonilóquios. Atitude dos
pais com a criança e sentimentos que essas dificuldades lhes despertam.
08. Início e desenvolvimento da linguagem: quando pronunciou a primeira palavra e a primeira
frase, quais foram elas. Como se desenvolveu o aprendizado, a mãe costumava conversar
com a criança mesmo antes desta começar a falar, incentivava-a a falar, corrigia os erros
da criança, foi estimulada a linguagem infantil, os pais também utilizavam, houve educação
bilíngüe.
Distúrbios da linguagem: atraso no aparecimento das primeiras palavras, inibição em fala,
linguagem incompreensível, criação de vocabulário próprio, gagueira, dislalia, mutismo
voluntário.
09. Início da marcha e desenvolvimento psicomotor: sustentou a cabeça e sentou-se com
quantos meses, em que idade começou a engatinhar e a andar. Como a mãe reagiu:
favoreceu, dificultou, apressou, limitou-se a responder às necessidades da criança, ficava
satisfeita ao observar a criança a andar, sentia medo que caísse, gostaria que demorasse
mais a andar. A criança ficava no quadrado, usou o andador, foi auxiliado pela mãe.
Distúrbios motores: tinha tendência a cair, machucava-se, golpeava-se, ia de encontro a
objetos e aos móveis, dificuldade de coordenação dos movimentos, dificuldade em
manipular objetos (em que idade). Suas reações emocionais diante dessas dificuldades:
afastava-se de jogos, evitava atos motores mais difíceis, etc.
10. Lateralidade: qual a mão dominante, tinha tendência a usar a mão esquerda, foi
contrariada essa tendência, como, onde (em casa, na escola), reações da criança;
126

ambidestrismo, dificuldade na orientação espacial. Como os familiares consideram essa


tendência da criança.
11. Controle dos esfíncteres e hábitos de higiene: em que idade se iniciou o controle das fezes
e da urina, quando a criança adquiriu o controle diurno e noturno. A criança já andava e
falava quando se iniciou o controle. Como se realizou o aprendizado, houve castigos,
prêmios, a mãe seguia o horário da necessidade da criança ou horário estabelecido por
ela. A criança aceitou o controle ou o recusou; se recusou, qual a atitude da mãe.
Sentimentos da mãe ao fazer a higiene da criança: naturalidade, repugnância etc.
Até que idade a mãe fez higiene da criança, banhou-a e vestiu-a. Quando a criança
começou a cuidar-se sozinha e por quê. A mãe ainda fiscaliza a higiene da criança, como o
faz (crianças maiores de 5 anos). A criança fica envergonhada de ser vista nua pela mãe,
reação da mãe.
A criança gosta ou não de ficar suja, a mãe exige limpeza, gosta ou não de banhar-se ou
escovar os dentes, preocupa-se com sua aparência, com suas roupas e arrumação.
Atitude da mãe.
Distúrbios de eliminação: enurese diurna e noturna, encoprese (até que idade, depois de
adquirido o controle ou não chegou a haver controle, agravamento e melhoras do sintoma),
manipulação de excrementos, hábitos de urinar e defecar em lugares impróprios.
12. Enfermidades, operações, traumas, quedas: meningoencefalite, trauma crânio-encefálico,
desmaios, perdas de consciência, ausências, convulsões (febris ou não), febres altas,
verminose, asma. Doenças infantis. Operações (anestesia geral ou local). Quedas
(fraturas, em que partes do corpo). Traumas psíquicos (sustos, situações de grande
tensão). Em que idade ocorreram, sua gravidade e reação emocional da criança e dos
pais.
Reação emocional da criança diante das enfermidades. Recebe cuidados especiais
quando está doente, dão-lhe presentes, deixam de puni-la se comete faltas quando está
doentes etc.
13. Manifestações somáticas: onicofagia, manipulação do nariz, orelha, cabelo etc., gagueiras,
maneirismos, idiossincrasias a pessoas, animais e coisas. Fobias; medo de pessoas,
animais, barulhos estranhos, perda de equilíbrio, altura, escuro, sombras, figuras
imaginárias, solidão, morte, doenças. Rituais obsessivos, pensamentos mágicos,
confabulações, mentiras, furtos, fugas de casa etc.
14. Sexualidade: curiosidade sexual, perguntas sobre questões sexuais, sobre nascimento de
crianças, comparações com o sexo oposto (em que idade se manifestaram). Como a
criança aborda esses temas: livremente, com timidez, envergonhada etc. Como os pais
reagem, respondem às perguntas, fogem do assunto, as explicações que dão satisfazem à
127

curiosidade da criança, vão além dela, são incompletas, são feitas em linguagem acessível
à criança.
A criança nunca fez perguntas, os pais dão explicações apesar disso ou esperam que a
criança tome a iniciativa. Qual dos progenitores se encarrega da educação sexual da
criança, por quê.
Atividades sexuais da criança: o que os pais observaram, a criança se realiza abertamente
ou não.
Masturbação, brinquedos eróticos com outras crianças, namoros, sedução por parte de
adultos.
Sentimentos que essas atividades sexuais despertam nos pais.
Termos usados pela criança para designar os órgãos sexuais.
15. Reação ao nascimento de irmãos. Reações da criança diante da gravidez da mãe. Foi
preparada para receber o irmão, quando a mãe foi para a maternidade avisou a criança,
quem tomou conta desta (relação da criança com esta pessoa).
Reações da criança quando chegou o irmão e posteriormente: Ciúme manifesto ou não,
agressividade contra o irmão, contra a mãe, regressão na alimentação, hábitos de higiene,
linguagem etc., interesse pelo irmão, auxílio nos cuidados ao bebê. Reações diante da
amamentação do irmão: como a mãe a realizou, na frente da criança, proibindo a criança
de assistir às mamadas etc.
Atitude dos pais: compreensão e aceitação do ciúme da criança, rejeição e retirada do
interesse pela criança para dedicá-lo ao novo filho etc.
16. Brinquedos e recreações: quando começou a brincar, primeiros brinquedos, inibição para
brincar, necessidade dos estímulos dos pais para brincar. Brinquedos prediletos. Cria
brinquedos próprios e imaginários, ou brinca apenas com os brinquedos que lhe dão.
Cuida de seus brinquedos, arruma-os, guarda-os depois de brincar, a mãe exige esse
cuidado, destrói os brinquedos, a mãe o permite. Suja-se para brincar, a mãe o consente.
Apega-se a algum brinquedo, mesmo depois de velho e estragado ou troca facilmente os
brinquedos antigos pelos novos. Leva brinquedos para a cama, quando vai dormir.
Brinca sozinha, com outras crianças, quem são elas, prefere companhia de crianças
menores, maiores, da sua idade, prefere estar com adultos, quais os motivos para a sua
escolha.
Como se comporta em grupos de brinquedos: lidera, submete-se, escolhe os brinquedos,
aceita a escolha dos outros. Faz coleções, de que tipo, apega-se às coleções, troca-as
facilmente. Leituras, filmes, programas de TV que prefere. Pertence a clubes infantis,
pratica esportes (quais). Frequenta festas, passeios, acampamentos. Como se comporta
nesses locais.
128

17. Fantasias da criança: cria seres imaginários (quais), situações fora da realidade (quais).
Que tipos de estórias prefere: realistas ou estórias de fadas, de bichos etc. Que estórias os
pais costumam contar. Os pais estimulam a fantasia da criança, fazendo-a acreditar em
seres imaginários, como Papai Noel, Bicho Papão etc.
18. Conduta da criança com os animais: a família mantém animais em casa, quais. Como a
criança os trata: cuida deles, protege-os, demonstra afeição, é indiferente, maltrata-os,
descarrega neles sua agressividade. Atitude dos pais. Quais os animais que prefere o
quais os de que não gosta.
19. Tipos de reações: como reage às ordens e proibições: com obediência, compreensão,
submissão, desobediência, teimosia, negativismo, obstinação. Como manifesta
agressividade: auto agressividade, agride pessoas (quais) objetos. Quando briga ou
comete faltas, culpa-se, responsabiliza-se, fica com raiva, atribui aos outros a culpa. Como
elabora a culpa: pedindo desculpas, ficando doente, castigando-se. Como reage à dor, às
frustrações, às privações, às situações ambientais tensas, ao adiamento de satisfações.
Como se relaciona: aproxima-se das pessoas, isola-se, espera que a procurem. Como se
comunica: com franqueza, com simulação, com desconfiança. Manifestações afetivas
(descrição).
20. Inclinações e desejos da criança: tendências artísticas, em que setor, alguma habilidade
especial, em que campo. O que deseja ser quando crescer. Os pais tentam impor-lhe uma
escolha, criticam e zombam da escolha da criança ou a aceitam.
21. Ingresso na escola e escolaridade: frequentou creches, escola maternal, jardim-de-
infância, em que idade e qual motivo. A idade ao jardim-de-infância ou outro tipo de escola
coincidiu com o nascimento de um irmão. Descrição do 1º dia de escola: quem levou a
criança, como esta reagiu, atitude dos pais com o ingresso do filho na escola (ficaram
satisfeitos, tiveram dificuldade em separar-se da criança, a mãe sentiu-se aliviada por ter
menos trabalho em casa etc.)
Ajustamento da criança ao ambiente escolar: como se sente na escola, sua relação com os
colegas (quais os colegas com quem se dá melhor, os bons alunos, os maus alunos, tem
rivalidade com os melhores, desprezo pelos piores etc.); com os professores (que tipo de
professores prefere e quais os de que não gosta). Apelidos na escola. Rendimento escolar:
satisfatório, insatisfatório, que notas costuma tirar, reprovações (em que matérias, por que
motivos), punições (quais os motivos). Quais as matérias que prefere e em que tira
melhores notas, quais as matérias de que não gosta, a preferência ou antipatia pelas
matérias se relaciona com os professores.
Relação dos pais, diante do aproveitamento escolar do filho: são muito exigentes ou muito
indulgentes, preocupam-se, são indiferentes, como reagem diante das notas da criança
(castigos, prêmios, ameaças etc.), como a criança apresenta as notas aos pais (com
129

confiança, com medo, esconde as notas, falsifica-as etc.). Os pais culpam a escola e os
professores dos fracassos escolares do filho.
Os pais auxiliam a criança nos estudos, a criança solicita essa ajuda, recebe com
satisfação, rejeita-a, não pode dispensá-la, não faz qualquer tarefa sem a participação ou o
controle dos pais. Necessidade de professores particulares. Local em que a criança estuda
em casa: apropriado, inadequado, silencioso, barulhento, isolado, local de circulação da
casa etc.
Como a criança vai e volta da escola: sozinha (desde quando), acompanhada, por quem.
Escolha da escola: quais os motivos que levaram os pais (ou a criança) a escolher a
escola: por ser bom o ensino, por ser mais fácil, escola religiosa, nível social elevado etc.
Mudanças de escola: quantas vezes, quais os motivos, reação da criança às mudanças.
Passagem do curso Primário para o Ginásio: reações da criança, facilidade ou dificuldade
de adaptação, quais os motivos. Atitudes dos pais.
Distúrbios escolares: frequência irregular, rendimento baixo, falta de atenção, fobia à
escola, recusa obstinada de ir à escola, temor, angústia, sintomas psicossomáticos
(vômitos, suores, tremores, dores de cabeça, anorexia, enurese etc.), resistência em
realizar as tarefas escolares.
22. Manejo de dinheiro e posse de objetos: a criança recebe mesada, que quantia, os pais
controlam esse dinheiro, exigem economia, deixam a criança gastá-lo livremente. A criança
gostaria de guardar o dinheiro, de gastá-lo em que (os pais criticam o uso que faz do
dinheiro), empresta-o, faz negócios (de que tipo). Os pais usam o dinheiro para obter um
bom comportamento da criança.
Cuida de seus brinquedos e objetos, empresta-os, é muito apegada às suas coisas, como
rege quando os outros pegam o que é seu, costuma pedir emprestado ou pegar objetos
dos outros. Gosta de dar presentes, com seu dinheiro ou com o dinheiro dos pais. A quem
dá presentes, em que situações, ela própria escolhe os presentes ou deixa a critério dos
adultos. Concorda com que os pais deem presentes para outras crianças (irmãos,
parentes, amigos), reclama quando dão, acha que os presentes para os outros são
melhores que os seus, pede iguais para si.
23. Trabalho: executa tarefas no ambiente doméstico (quais), fora de casa (quais), em que
idade iniciou, por que motivo. Esse trabalho é voluntário, é exigido pelos pais, é
remunerado, a criança recebe essa remuneração ou a entrega aos pais, é premiada por
seu trabalho, é castigada quando não o faz. Reações da criança diante do trabalho.
24. Relações com subordinados e empregados: como os trata, com reserva, com familiaridade,
agride-os, protege-os, despreza-os. Como trata pessoas de cor, de nível social baixo, de
outras nacionalidades, influência familiar e do meio em suas reações: como os pais,
familiares e amigos tratam essas pessoas.
130

25. Preocupações sociais e políticas: preocupa-se com as diferenças sociais, com guerras etc.
Influência familiar e do meio.

ADOLESCÊNCIA

01. Início da adolescência: quando se iniciou (idade do paciente), entrou rapidamente na


adolescência ou houve um período prolongado de transição.

02. Sexualidade
a) Meninas – quando surgiu a menarca (idade), tinha sido preparada para isso, por
quem, quais as explicações que lhe foram dadas. Reações da menina e atitude dos
pais. Menstruações: regularidade ou não, distúrbios físicos e psíquicos.
b) Meninos – desenvolvimento dos órgãos sexuais, ereções, aparecimento de esperma
(idade do paciente). Tinha sido preparado para isso, por quem, quais as explicações
dadas. Reações do menino e atitude dos pais.
03. Atividades sexuais: masturbação, relações sexuais e homossexuais. Reação do paciente
e atitude dos pais.
04. Transformações físicas secundárias:
a) Meninas – desenvolvimento dos seios e formas do corpo. Reações da menina e
atitude dos pais, quando, reações pessoais.
b) Meninos – aparecimento de barba, mudança de voz, reações do menino e atitude dos
pais, quando, reações pessoais.
05. Atitudes do adolescente em relação ao corpo: o que pensa do seu corpo, sente-se feio,
desajeitado. Cuidado com o corpo, vaidade, relaxamento. Veste-se e arruma-se como
adulto, como criança, com roupas características (descrição).
06. Atitude do adolescente como os pais e autoridades: dependência, independência,
rebeldia, submissão, insegurança, auto-suficiência, atitudes contraditórias. Como vê os
pais, professores e adultos em geral, sente-se incompreendido por eles. Preocupações
com a saúde, com a idade ou com a morte dos pais.
07. Comportamento dos pais em relação ao adolescente: como vêem o crescimento do filho,
sentem dificuldade em desprender-se dele, continuam a tratá-lo como criança, exigem
auto-suficiência do adolescente, acham que já pode trabalhar e ter responsabilidade, dão-
lhe independência absoluta, querem que se comporte como adulto, gostariam que
demorasse mais a crescer, sentem medo de perdê-lo, sentem-se velhos por ver o filho
crescer, preocupam-se com sua própria morte. Compreende a fase de transição por que o
filho está passando, dão-lhe apoio. Atitudes contraditórias dos pais, em relação ao
adolescente.
131

08. Grupos de adolescentes: o paciente pertence a algum grupo de adolescente (de seu
próprio sexo ou de ambos os sexos, que tipo de grupo (delinqüentes ou não), como se
comporta nesse grupo, é aceito pelo grupo, adota atitudes, linguagem, maneira de vestir-
se e interesses do grupo. Atitude dos pais).
09. Interesses e preocupações do adolescente: interesses intelectuais, sociais, políticos e
artísticos.
Preocupa-se com o que vai ser, com a escolha profissional, como se sente diante de
situações novas, de responsabilidades.

O DIA DE VIDA
Descrição de um dia comum (desde a manhã até a noite), de um domingo, dia de Festa
(Natal, Ano Novo etc.) e do aniversário da criança. O aniversário é comemorado ou não (por
que), há festa, quais os convidados (crianças e adultos), a criança os escolhe ou os pais,
recebe presentes ou não (por que), os irmãos também recebem presentes no dia do
aniversário do paciente (por que). Reações da criança.
Acontecimentos significativos (bons e maus) na vida da criança.

VII – EDUCAÇÃO A CRIANÇA


É planejada ou não, ambos os progenitores se responsabilizam por ela ou apenas um,
qual deles, por que. Há acordou ou desacordo entre os pais quanto à educação dos filhos; um
desautoriza o outro. Há estabilidade das normas educativas ou mudam constantemente de
orientação. Quais as formas de castigo e prêmio, os prêmios prometidos são dados, os
castigos mantidos, fazem-se ameaças, de que tipo.
Educação religiosa: Qual a religião, quando começou a educação religiosa e como se
fez, quem a ministrou. Usam a religião para amedrontar e para punir, noção de pecado e
castigo divino. Conflitos religiosos da criança. Estuda em escola religiosa, em casa aceitam os
mesmos princípios da escola ou não; se não, que princípios a criança adota e como resolve
essa contradição. O pai e a mãe adotam religião diferente um do outro, há desacordo entre
eles quanto à religião que se deva ensinar aos filhos, reações da criança diante do conflito.

VIII – AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO DOS PAIS COM A CRIANÇA


Através dos dados objetivos da anamnese, os pais demonstram boa ou má relação
com o filho (rejeição, superproteção etc). Tiveram mais facilidade e maior dificuldade em lidar
com a criança em que fase do desenvolvimento desta (fase oral, anal, fálica).
Quais os setores em que há problema na relação pais-filhos e quais aqueles em que há
uma boa relação.
132

Comportamento dos pais quando a criança começou a emancipar-se: a andar, a ir à


escola e outras manifestações de independência. Os pais incentivaram a dependência ou a
independência da criança.
As exigências são ou não adequadas à idade da criança, as proibições são excessivas
ou é evitada qualquer frustração.
A educação é feita atendendo às necessidades do desenvolvimento da criança ou às
fantasias, problemas e angústias dos pais.
Quais os aspectos que apreciam e quais aqueles que desvalorizam no filho.

IX – COMPORTAMENTO DO ENTREVISTADO E SUA RELAÇÃO COM O


PSICÓLOGO
01. Atitude do entrevistado durante as entrevistas: ansiedade, preocupação, inibição, timidez,
insegurança, desinibição, segurança, gestos característicos, tiques etc.
Elaboração do pensamento: organizado, desorganizado, dispersivo; lapsos, contradições.
02. Relações com o psicólogo: colaboradora, competitiva, confiante, desconfiada, procura
ocultar fatos ou dar informações falsas, solicita conselhos e orientação.
03. Sentimento despertado pelo paciente no psicólogo.
133

ANEXO 2- Modelo do Laudo Psicológico


utilizado na disciplina de Avaliação
Psicológica e práticas integrativas I
134

ATENÇÃO O presente modelo de relatório segue as determinações do Conselho Federal


de Psicologia, conforme Resolução 07/2003. Este documento encontra-se disponível
no BB, na pasta de anexos da disciplina para devidas consultas e estudos sobre o
documento.

Além disso, deve-se redigi-lo de acordo com as normas da ABNT 2002 e 2011.

ORIENTAÇÕES

✓ A CAPA E FOLHA DE ROSTO:

Encontra-se a seguir um modelo com medidas, fontes etc. para terem


conhecimento como se elabora esta parte, mas depois deste modelo, tem sem
medidas, utilizem estas sem medidas, apenas troquem os nomes e adéquem
datas, tipo de disciplina e supervisor quando necessário.

É para ser salvo a capa e a folha e rosto em um arquivo separado dos demais
documentos do relatório, devido as margens serem diferentes ( defina-o como
Arquivo 1_capa e folha de Rosto). Esta parte do trabalho já está formatado
como deverão entregar para os professores, não alterem esta formatação.

✓ O corpo do texto será arquivo 2 _ Introdução à Referências: nesta parte, o


espaço entre linhas será 1,5. Tamanho da fonte do texto será 12, mais a frente
tem explicações das fontes dos títulos e subtítulos,

✓ Os anexos serão o arquivo 3 _ ANEXOS ( há indicações dos anexos no corpo


do trabalho e que serão apresentados depois das referências.

✓ Foram colocadas algumas orientações quanto a redação técnica científica, mas


isso não os eximem da consulta das normas da ABNT (2002/2012 e 2016) e
realizarem a leitura da resolução 07/2003 do CFP.

✓ Há orientações sobre como elaborar as REFERÊNCIAS, vejam que tem vários


tipos de obras e orientações de como descrevê-las.
135

SÔNIA MARIA BORGES RGM 12340-5


RAQUEL MARIA BORGES RGM 12341-5
CELMA MONTE SANTOS RGM 12342-5
SILVIA REGINA SILVA RGM 12343-5
SÔNIA MARIA TEIXEIRA RGM 12344-5
Turma: 3ºA (manhã)

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: INFANTIL: ESTUDO DA


INTELIGÊNCIA POR MEIO DO TESTE MATRIZES
PROGRESSIVAS DE RAVEN

CENTRO UNIVERSITÁRIO BRAZ CUBAS


Curso de Psicologia
2023
136

SÔNIA MARIA BORGES RGM 12340-5


RAQUEL MARIA BORGES RGM 12341-5
CELMA MONTE SANTOS RGM 12342-5
SILVIA REGINA SILVA RGM 12343-5
SÔNIA MARIA TEIXEIRA RGM 12344-5
Turma: 3ºA

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: INFANTIL: ESTUDO DA


INTELIGÊNCIA POR MEIO DO TESTE MATRIZES
PROGRESSIVAS DE RAVEN

Trabalho apresentado no curso de


Psicologia, atendendo às exigências para
aprovação parcial da disciplina de
Avaliação Psicológica e práticas
integrativas I, sob orientação da Profª. Ms.
XXX
Não tirem este texto desta formatação,
da caixa de texto

2023
137
ESTE MODELOS ESTÁ COM MEDIDAS APENAS PARA SABEREM COMO FOI CONFIGUDA A FR E
CAPA

SÔNIA MARIA BORGES RGM 12340-5


RAQUEL MARIA BORGES RGM 12341-5
CELMA MONTE SANTOS RGM 12342-5
SILVIA REGINA SILVA RGM 12343-5
SÔNIA MARIA TEIXEIRA RGM 12344-5
Turma: 3ºA (MANHÃ)
(se tiver membros dos grupos de variadas turmas colocar a identificação a frente do RGM)

(tamanho 14/caixa alta/negrito/Arial)

As margens da capa e folha de rosto devem


ser:

Esquerda
Direita 3,0 cm
Superior
Inferior
inferior
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA INFANTIL:

ESTUDO DA INTELIGÊNCIA
(tamanho 16/negrito/Arial)

Universidade Cruzeiro do Sul


(tamanho 16/negrito/Arial/)
Área de Ciências Biológicas e da Saúde
ESPAÇO
(tamanho 12/negrito/Arial) SIMPLES
ENTRE
Curso de Psicologia LINHAS

(tamanho 14/negrito/Arial)
2023
tamanho 14/negrito/Arial) o ano ficará na última linha da página
138

SÔNIA MARIA BORGES RGM 12340-5


RAQUEL MARIA BORGES RGM 12341-5
CELMA MONTE SANTOS RGM 12342-5
SILVIA REGINA SILVA RGM 12343-5
SÔNIA MARIA TEIXEIRA RGM

Turma: 3ºA (MANHÃ)

(tamanho 14/caixa alta/negrito/Arial)

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA INFANTIL:

ESTUDO DA INTELIGÊNCIA

Trabalho apresentado no curso de


Psicologia, atendendo às exigências para
aprovação parcial da disciplina de Avaliação
Psicológica e práticas integrativas I, sob
orientação da Profª. Ms. XXX
(tamanho 11/ /normal/Arial, margens retilíneas)

(tamanho 16/negrito/Arial)

2023
(tamanho 14/negrito/Arial) o ano ficará na última linha da página
139

vejam nas páginas seguintes como ficarão as mesmas sem as orientações dos tamanhos das
letras

(os TÍTULOS têm fonte 14/negrito e maiúscula,


não coloque nenhum símbolo depois do
1 IDENTIFICAÇÃO número)

Dê dois enters para iniciar o subtitulo


(os SUBTÍTULOS têm fonte 12/ sem
1.1 Autores
negrito e letras minúscula)
Sônia Maria Borges RGM 12341-5 DEVE INICIAR DEPOIS DE DOIS TABS
Celma Monte Santos RGM 12342-5 (colocar os nomes e RGM dos
componentes do grupo em ordem
Silvia Regina Silva RGM 12343-5 alfabética)
Sônia Maria Teixeira RGM 12344-5

1.2 Participante
Nome: NOME ABREVIADO DO PARTICIPANTE
Sexo:
Data de nascimento: ___/___/___ Idade: _____ a. e ____ m.
Escolaridade:
Tipo de escola: PARTICULAR ou PÚBLICA
Data da aplicação:
Duração total: As margens do documento texto não é
igual a capa devem ser:

1.1
1.3 Assunto
Avaliação
Psicológica: Inteligência
AVALIAÇÃO DA INTELIGENCIA -FATOR
Esquerda G = 3,0 cm
Superior = 3,0 cm
Direita = 2,0 cm
Inferior = = 2,0 cm
1.4 Interessadas
Colocar o nome da professora da disciplina

A CADA CAPÍTULO NOVO MUDA-SE DE PÁGINA, JÁ O SUBTITULO NÃO É NECESSÁRIO


MUDAR DE PÁGINA PARA INICIÁ-LO. veja a seguir na próxima página.
140
“Esta parte é destinada à narração das
informações referentes à problemática
apresentada e dos motivos, razões e
expectativas que produziram o pedido do
documento. Nesta parte, deve-se apresentar
2 DESCRIÇÃO DA DEMANDA a análise que se faz da demanda de forma a
justificar o procedimento adotado” (CFP
Dê dois enters para iniciar o primeiro parágrafo. 07/2003, p. 7).

O presente relatório tem como objetivo apresentar dados coletados a


partir da realização de uma avaliação psicológica infantil e visa o aprimoramento dos
alunos da Graduação em Psicologia, matriculados no 2º e 3º semestres, no uso dos
instrumentos e técnicas de investigação psicológica no que concerne os aspectos
cognitivos e motivação para a aprendizagem em uma criança.
A avaliação foi realizada por meio da entrevista semi-dirigida e do teste
XXXX.... (colocar NOME DO INSTRUMENTO UTILIZADO) publicada sua última
revisão em XXX (colocar o ano da publicação da versão ) seguido do nome completo
do autor. Este instrumento objetiva avaliar XXXXXXXXX (SOUZA e SILVA, 2019).
Acrescentem informações dos demais instrumentos utilizados (aqui não precisam
detalhar informações sobre o instrumento, isto será no capítulo 3) acrescentem os
nomes dos autores das fontes consultadas.
Nota: Conceituar sobre o que é capacidade da inteligência de acordo com
a psicometria. Definir inteligência geral- Fator G. Antes disso, com as próprias palavras
façam uma introdução do assunto que dará continuidade ao texto, para que assim
articulem o parágrafo acima com o próximo que será inserido.
Na psicometria de acordo com XXXX (data) a inteligência
XXXXXXXXXXXXXXXX. definir Fator G. ver a necessidade do uso do “apud”
Acrescentar estudos que expliquem o que é memoria áudio-verbal de
curto e longo prazo imediata e tardia. Também o que é motivação e vinculada a
aprendizagem.
Conforme Autor (data) estudos sobre memoria revelam que
xxxxxxxxxxxxxx
A respeito da Motivação para a aprendizagem Autor (data) assinala que
XXXXXXXXXXXXXX
Como estamos realizando a avaliação psicológica em uma criança que
se encontra na XXXX (colocar etapa do desenvolvimento) vale ressaltar com base nas
considerações de autor (data) que o indivíduo nesta etapa da vida tem como
características no aspecto físico XXXXXXX (colocar o autor). No que refere os
aspectos psicossociais XXXXXXXX (colocar o autor)
141

Concluir este capítulo apontando a justificativa da importância de o


psicólogo ter conhecimento sobre os conceitos citados , articulado a isso, a questão da
avaliação psicológica:

ALGUMAS ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DE REDAÇÃO CIENTÍFICA


Recomendações sobre como citar as considerações dos autores:
Não façam frases curtas, soltas: os parágrafos devem ter um sentido, ser
articulados os temas expostos. Façam uma redação coerente, com harmonia, clareza
e objetividade.
Recomendações sobre como citar os autores

Ao elaborar um texto, devemos fazer uma descrição das ideias do autor,


não devemos copiar literalmente o que está escrito no texto. Devemos então colocar o
nosso entendimento. Quando copiar o que o autor mencionou, então devemos fazer
em forma de citação literária. Sobre citação literária iremos mencionar mais adiante
como se elabora. Um parágrafo pode ter até 15 linhas e com frases curtas.
Não façam frases curtas, soltas: os parágrafos devem ter um sentido, articular
os temas expostos. Faça uma redação coerente, com harmonia, clareza e
objetividade.
Além disso, em todos os parágrafos devemos inserir: o (s) autor(es) e a
data da publicação da obra consultada entre parênteses. Exemplo:

Bleger é o autor que


escreveu o livro, ou o
Segundo Bleger (1989) considera XXXXXXXXXX capítulo do texto que você
está consultando e inseriu no
texto. colocar o último
sobrenome do autor.

Se trocar de parágrafo e ainda for o mesmo autor (autor acima que


acabou de mencionar) em novo parágrafo deve descrever assim: “o autor mencionado
acima.” Segundo Bleger (1989) a entrevista pode ser considerada
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
O autor mencionado acima considera ainda que
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.

Mas se no terceiro parágrafo irá expor assunto da mesma obra e ainda o


mesmo autor, deve ser descrito da seguinte forma:
142

Segundo Bleger (1989) o psicólogo do trânsito


XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
O autor acima considera ainda que
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.
Para Bleger (1989) o psicólogo pode também realizar
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXx

UM AUTOR CITANDO OUTRO AUTOR


No caso, quando consultamos uma obra e, observamos que o autor desta obra
que consultamos, cita outro autor e desejamos inserir as ideias do autor mencionado
no texto que eu lido, utilizamos o APUD (Deve ser grafado em itálico por ser uma
palavra que não é em português e tem sentido de citado por, conforme) .

Por exemplo, se Bleger cita que Wilde fez um estudo sobre a decadência do
ensino público e suas pesquisas apresentam resultados X ou Y, devemos descrever
desta forma:

Wilde (2003 apud Bleger, 2007) aponta que os fatores que prejudicam
o processo de ensino e aprendizagem podem
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.

Bleger como foi a obra que foi consultada por mim, deve ser descrita depois de
Wilde, mesmo porque deve-se observar que a obra de Wilde foi publicada anterior a de
Bleger.
NÃO PODE SER APUD DO APUD, ou seja

O autor Carvalho publicou uma obra em 1989, Souza leu a obra de Carvalho e
mencionou em seus estudos em 2001. Aquino publicou na sua obra Souza entendeu
sobre o que leu de Carvalho, Aquino deveria ter consultado então a obra original, mas
ficou assim:

Carvalho (1989 apud Souza, 2001) considera que as capacidades


cognitivas XXXXXXXXX.

Se vocês consultam a obra de Aquino, e não procuram acessar a obra de


Carvalho ou pelo menos a obra de Souza, o seu texto de forma errada ficará assim
143

Carvalho (1989 apud Souza, 2001 apud Aquino) considera que as capacidades
cognitivas XXXXXXXXX. NUNCA FAZER ISSO, É INACEITÁVEL PARA A CIÊNCIA

EVITEM O USO DO APUD, SOMENTE UTILIZEM APUD QUANDO


A OBRA NÃO É ACESSÍVEL

Quando for descrever as ideias de ATÉ TRÊS AUTORES, deverão mencionar


assim:

Carvalho, Souza e Aquino (2002) comentam que a avaliação psicológica é


XXXXXXXXXXXXXXXXXX.

Quando for QUATRO OU MAIS AUTORES usar “ et al”,

Vocês leram uma obra escrita por Carvalho, Souza, Aquino e Conti, então, não
precisam descrever os sobrenome de todos, basta colocar et al, por exemplo:

Carvalho et al (2004) descrevem dados sobre a pesquisa realizada com


crianças e XXXXXXX

Quando for mencionado um tema em DIFERENTES OBRAS e se nota


COERÊNCIA DAS CONSIDERAÇÕES entre os autores sobre o assunto em questão,
então devemos colocar os últimos sobrenomes e as datas das obras em ordem
cronológica e crescente, por exemplo:
[
Carvalho (1988); Souza (2001), Aquino (2004) e Conti (2015) estudaram
sobre XXXXXXX e consideram que XXXXXXXXXXX.

Quando os AUTORES SE CONTRAPÕEM, devemos mencionar assim

Carvalho (1988) e Souza (2001) realizaram estudos sobre XXXXXXXXXX,


porém os achados de Aquino (2004) bem como de Conti 2015) revelam que
XXXXXXX.
144

Quando foi consultado um capítulo de um livro, e cada capitulo tem autores


diferentes por exemplo.

Eu Solange M. Carvalho fui organizadora de um livro publicado em 2014 e a


Cassia Souza escreveu um capítulo para compor este livro. Então devemos descrever
assim:
Souza (In: Carvalho, 2014)XXXXXXXXXXXXXX

Atenção
TODAS AS OBRAS CONSULTADAS por vocês e QUE FORAM CITADAS no
decorrer de todo relatório deverão constar nas REFERÊNCIAS, depois do último
capítulo (depois do capítulo 6).

Citação literária
Ao fazer descrições das considerações dos autores, deverão descrever o que
entenderam a partir o que leram. No caso de copiarem e não formatarem como citação
literária, isto é configurado como plágio.
Evitem citações literárias, procurem descrever sempre o que entenderam,
citações literárias são utilizadas apenas em casos especiais, quando queremos manter
as descrições que constam igual na obra sem nenhuma alteração do autor, ou uma lei,
um artigo de uma resolução etc.
145

Exemplo de citação
Para que os comportamentos sejam adequados no trânsito de
acordo com Rozestraten (1988) são necessárias algumas condições. De
acordo com essas condições, acrescenta que o homem pode construir sobre
elas um comportamento adequado a situação do trânsito, cita ainda:
Dê um enter depois da última palavra da linha anterior
- a presença de estímulos ou de situações que possam ser
observadas e percebidas; quanto mais clara e menos ambígua a
Na citação o situação ou estímulo, melhor poderá ser a adaptação
tamanho da comportamental em relação a ela;
fonte é 11. - um organismo em condições de perceber e de reagir
Recuo de adequadamente ao estímulo percebido; portanto, um organismo
margem de 4,0 sem deficiências sensórias mentais ou motoras que
cm a partir da prejudicariam sua reação;
borda da página. - uma aprendizagem prévia dos sinais e das normas que devem
ser seguidas para que este organismo saiba se comportar
adequadamente no sistema complicado do trânsito.(p17)

Dê um enter após o término da citação para iniciar o


próximo parágrafo.

XXXXXXXXX Iniciar o próximo parágrafo aqui.

..
146

Nos procedimentos detalha-se como


3 PROCEDIMENTOS ocorreu de fato a avaliação e os
instrumentos utilizados (desde o termo
de consentimento para os pais até a
aplicação do teste, relatando, inclusive, o
tempo que levou para a realização de
cada etapa).

A aluna Clarice do Amaral entrou em contato com os pais de A. F. para solicitar-


lhes autorização do examinando (a) em questão para participar de algumas atividades
no Laboratório de Psicológica NO Centro universitário Braz Cubas para a realização da
avaliação psicológica em uma criança. A seguir solicitou-se que um dos responsáveis
pela criança assinasse o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (arquivado no
Laboratório de Avaliação Psicológica), a seguir solicitado o preenchimento do informe
da anamnese (anexo 1), foi feito o convite à criança e após seu aceite agendou-se a
data e o horário para o encontro e foi entregue aos responsáveis o roteiro de
anamnese para ser preenchido.
Compareceu no horário e dia conforme agendado acompanhado de
XXXXX. Logo que chegou aguardou XXXXX min. na recepção para ser apresentado
ao nosso grupo.
As XXXXX hs foi apresentado ao grupo e XXXXXXXX. Na sala de
atendimento foi realizado rapport primeiramente por XXXXX (nome do examinador) o
XXXXXXX em XXX min., com objetivo de XXXXXXXXX. A seguir foi realizado o
enquadre em xxx min. por XXXXXX (Conceituem de acordo com autores o que é
rapport e o que é enquadre). Neste momento lhe foi XXXXXX (mencionar os tópicos
abordados no enquadre).
Dando seguimento aos procedimentos, a mesma aplicadora procedeu
com a entrevista semi-dirigida (roteiro de entrevista encontra-se no anexo 2), a qual
teve a duração de xxxx min. Quanto a técnica da entrevista XXXXXXX (colocar o tipo
de entrevista proposta em supervisão). foi baseada em XXX (Sobrenome do autor e a
data da publicação da obra – colocar o nome dos autores da teoria que sustentam o
tipo de entrevista utilizada), teve como proposta investigar XXX (citem as áreas
investigadas).
Este tipo de entrevista é definida como XXXXXXX (colocar a definição
deste tipo de entrevista) (citar que autor baseou este conceito)
Após a entrevista foi submetido ao teste XXXXXXXX (nome completo do
teste) xxxxxxxxxxxxxx (continue com informações sobre os instrumentos: o
desenvolvimento do teste, suas revisões, desde quando originou); acrescentar ainda
147

seu objetivo e para qual a população pode ser aplicado: Para tal, consultem o manual
do teste disponível no Laboratório de Avaliação Psicológica. Esta etapa foi realizada
em xxx min.
Para finalizar esta etapa, XXX (colocar como finalizaram).

✓ Nota:
✓ Acrescentar no decorrer destas descrições o tempo total do
encontro desde a recepção
✓ Tempo na sala de espera
✓ Tempo do o rapport,
✓ tempo do enquadre,
✓ tempo da entrevista,
✓ tempo da realização da aplicação da escala
148

4 ANÁLISE
A seguir serão apresentados e analisados os resultados encontrados.

4.1- Dados das observações


Descrever os Dados da Observações, desde as primeiras impressões
sobre o participante, nas três primeiras linhas, seguir o mesmo paragrafo com as
seguintes descrições:
- Descrever sobre o comportamento do participante antes, durante e após
a prova, no que se diz respeito a:
✓ participante na sala de espera,
✓ participante durante o rapport,
✓ participante durante o enquadre,
✓ participante durante a entrevista,
✓ participante durante a realização do teste
✓ participante depois da aplicação do teste.(colocar as variáveis que
constam no capítulo do material de apoio que consta Recomendações sobre
observações: concentração, compreensão, atenção etc )

O mesmo deve ser descrito em relação aos aplicadores


SEPARADAMENTE (antes, durante e após a realização da avaliação).
✓ examinadores na sala de espera,
✓ examinador durante o rapport,
✓ examinador durante o enquadre,
✓ examinador durante a entrevista (mencionar que o roteiro realizado
e suas respostas estão no anexo 2) ,
✓ examinador durante a aplicação do teste.
✓ O examinador no encerramento

Para tais descrições (não devem descrevê-las em tópicos, façam um


relato descritivo, cursivo), antes mesmo da realização das atividades, todos os
componentes dos grupos precisam estar atentos ao que devem observar: vide no
material didático o subcapitulo “Orientações sobre observações” (deverão anotar como
149

foi o examinandor durante a realização da prova quanto ao nível de atenção,


concentração, ritmo etc...). Na sala de observação os alunos deverão utilizar uma
Folha de Registro das observações conforme orientados nas supervisões e sala de
aula. Para tanto, devem se organizar para o registro dos fatos ocorridos (não é
necessário descrever variáveis que não tenham significado ou importância para futura
análise). Deverão anotar também comportamento do examinando: ritmo na execução
do teste, se em uma demorou mais que a outra, justifique o motivo, lentidão,
dificuldades de compreensão, nível de atenção, compreensão, atenção, motivação,
como se apresentou duvidas, se precisou repetir instruções etc, para a realização das
atividades, bem como, em relação aos aplicadores: instruções foram dadas
corretamente, dirigiu a entrevista adequadamente?

Registrar ainda:
Como foi a relação entre examinadores e examinando, se foi favorável ou
não favorável.
Descrever sobre o ambiente e materiais: se foram suficientes e
favoráveis. Se em relação ao ambiente houve alguma interferência, este deve ser
registrado, se faltou algum material, isto também deve ser registrado.
Prosseguir com dados da entrevista

4.2- Dados de entrevista


Não é para escrever assim:
Quando perguntado sobre a sua saúde, disse que XXX,
É para fazer registro cursivo, em forma de um texto. As perguntas e
respostas ficarão no anexo 2, aqui somente descreverão o que o examinando disse.
Organizar o texto por área investigada. Por exemplo:
O examinando(a) informou que sua rotina consiste em XXXXXXX. Utiliza-
se verbos, como informar, relatar, negar, considerar, referir etc. Cuidado com o tempo
verbal. Construam um relato coeso, organizado por áreas investigadas.

Exemplo de um relato de entrevista de uma criança

Sobre sua rotina informou que durante o dia, xxxxxxx, . Esta mesma rotina ocorre de
segunda a sexta. Aos finais de semana XXXXXXXXX.
150

Quanto a vida acadêmica, relatou que estuda das X as XXX, cursa xxxxxxxxx e está
no XXX (série/semestre) e que as disciplinas que estuda no momento são XXXXXX. Mencionou que
tem (dificuldades, facilidades etc.) nas disciplinas de XXXXXXX. Prefere XXXXXXXX porque
xxxxxxxxx e não gosta de XXXXXXXXX porque xxxxxxxxxx. (colocar tudo o que a criança informou
sobre a sua vida escolar neste parágrafo). Acrescente como foi a vida escolar pregressa
Sobre sua saúde alegou que XXXXXXXX , negouXXXXXXXXXXXX. colocar tudo o
que informou a respeito da sua saúde (enfermidades: tipo, inicio, se ainda está enfermo etc;
tratamentos: tipos, se medicamento, qual dosagens, horários; sono: hábitos/problemas;
alimentação: se está alimentado; vícios, drogas, cuidados com a saúde; vida pregressa e
atual colocar neste parágrafo)
Quanto à sociabilidade referiu que XXX. colocar tudo o que informou sobre a sua
vida social neste parágrafo)
A respeito de sua vida laboral, informou que xxxxxxxxx
Em relação ao convívio sócio-afetivo informou que mora com seus pais XXX.
colocar tudo o que informou/ referiu sobre a sua vida familiar neste parágrafo).
Obs: retirar os negritos, foi colocado aqui neste exemplo apenas para destacar
as áreas.

4.4 Resultados do teste

Teste xxxxxxxxxxxxxxxxxxx colocar o nome do teste) (anexo 3)


Inserir abaixo os textos das síntese quanti e quali do teste
A- Análise Quantitativa
Colocar os resultados do teste em tabela e descrever a análise deste
resultado
Exemplo:
A 9  Ab 6 B 5
É soma de acertos da É soma de acertos da É soma de acertos da
série A série Ab série B

Consist. * 8 Consist. 7 Consist. 5


Discrep. +1 Discrep. -1 Discrep. 0

 20 Percentil 20 Classif. IV
Soma total
(somar A+ Ab+B)
* Consistência é o que esperado o sujeito realizar de acordo com a soma total de
pontos obtidos na prova
151

Descrição quantitativa dos resultados obtidos

B- Análise Qualitativa
Descrição dos dados observáveis que justificam os resultados positiva ou
negativamente.
152

5 ANÁLISE DE DADOS

Aqui se deve ASSOCIAR, ARTICULAR, UNIR OS DADOS OBTIDOS por


meio dos testes, acrescidos das OBSERVAÇÕES ( do examinando e examinadores),
dados que considerem relevantes obtidos na ENTREVISTA e sustentar estas
afirmações com EMBASAMENTO TEÓRICO, dando assim, significado para estas
informações.

Foi realizada a avaliação psicológica no examinando a fim de se


investigar sua capacidade de XXXXXXXXXXXXX por meio da entrevista XXXXXXXXX
e do teste XXXXXXXXX que avalia XXXXXX (colocar informações sobre a proposta da
avaliação, ou seja que constructo foi avaliado e instrumentos utilizados) colocar
brevemente informações sobre os instrumentos e técnicas utilizadas e seus
respectivos objetivos
De acordo com os resultados encontrados, verifica-se tratar de um
examinando que apresenta XXXXX (colocar de forma resumida os resultados quanti e
qualitativos dos testes.
Colocar as análises das observações e da entrevista que justifiquem os
resultados dos testes (pode ser que dê ou não para afirmar, criar hipóteses de que se
os ambientes familiar e escolar além da vida social e cultural contribuem para o
desenvolvimento da capacidade cognitiva do examinando).
Atrelar as argumentações com as teorias estudadas sobre os
constructos medidos, assim como as hipóteses, e demais consideração a partir dos
resultados encontrados. (Se necessário de acordo com os dados da entrevista e das
observações acrescentar teoria que justifiquem suas argumentações, hipóteses etc.).
Acrescentar a estas argumentações a etapa do desenvolvimento do
examinando.
Discutam também no que pode contribuir estas capacidades versus a
vida acadêmica, procurem artigos científicos que apontem por exemplo a importância
da inteligência, da memória verbal, da motivação para aprendizagem relacionada ao
sucesso ou não da vida acadêmica. Por que é importante esta capacidade para este
fim?
153

6 CONCLUSÃO

Descrever de forma breve as conclusões que chegaram,


pois no capítulo anterior tem a discussão e com sustentação
teórica. Aqui não é necessário incluir autores, desenvolvam um
texto de dois parágrafos de 5 linhas no máximo
Descrever a que concluem sobre os dados coletados. (diagnóstico):
Exemplo
F, foi submetido à Avaliação Psicológica com a finalidade de
XXXXXXXXXXX. Verificou-se tratar de um examinando que apresenta XXXXXXXXXX
(qual é a capacidade intelectual?) acrescente dados relevantes que estão relacionados
com dados das observações e entrevistas que contribuem para este resultado
(escrever entre 5 e 10 linhas)

Prognóstico: com este perfil o que sugerem? Encaminhamentos, continuidade no


processo de AP, solicitar pareceres de outros profissionais, intervenção (de qual
especialista e por quê?) ou consideram o processo avaliativo encerrado?
154

REFERÊNCIAS (não deve ser enumerado como capitulo)


Elaborar as referências de acordo com as ABNT 2002/ 2011/2016
TODAS AS OBRAS QUE CONSTAREM NESTA SESSÃO DEVEM SER
MENCIONADAS NO DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO E VICE-VERSA.

Vejam alguns modelos de descrições das obras consultadas; consultem o


manual de trabalhos acadêmicos

Nesta página o ESPAÇO ENTRE LINHAS É SIMPLES, separe as obras uma da


outra com UM ENTER

Por exemplo:
ABERASTURY, A. P. R. Entrevista para pais In: Psicanálise da Criança: Teoria e
Técnica. 8. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992. p.105-110.

ALCHIERI, J. C.; CRUZ, R. M. Avaliação Psicológica: Conceito, Métodos e


Instrumentos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

AMBIEL, R. A. M.; RABELO, I. S.; PACANARO, S. V.; ALVES, G. A. S.; LEME, I. F. A.


(org..) Avaliação Psicológica: guia de consulta para estudantes e profissionais de
psicologia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011. (E-book)

Alguns exemplos de como descrever as obras utilizadas:

UM AUTOR

o sobrenome do autor deve colocar em “MAISCULA”,

TÍTULO DA OBRA EM NEGRITO

AGUIAR, E. Alcoolismo e perícia médica. 2006. 63 f. Monografia (Trabalho


apresentado ao curso de Pós-Graduação em Perícia Médica) Universidade Gama
Filho. Brasília, 2006.

DOIS AUTORES
Quando tem dois autores separar com ponto e virgula

ANDRADE, A.G.; SILVEIRA, C.M. Dependência: causas e tratamentos. In: Psique


ciência & vida. Ano V, n. 52, p. 4-7 (Encarte Especial), 2010.
155
No caso de um artigo pesquisado
em uma revista: colocar In em
itálico.

ANGELOTTI, G. Tratamento Cognitivo-Comportamental do Alcoolismo. In: Angerami-


Camon, V.A. (org.). Atualidades em Psicologia da saúde. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2004. p. 103-127. colocar o nome da revista em
negrito e não o título do capítulo
que consultou.

A numeração das páginas do capítulo


colocar ao final, depois da data da
publicação da obra

TRÊS AUTORES OU MAIS

BORGES, J. L., et al. Avaliação neuropsicológica dos transtornos psicológicos na


infância: um estudo de revisão. In: PsicoUSF, vol.13, no.1, jun. 2008, p.125-133.

UM ÓRGÃO (colocar o Pais se for federal, cidade se for estadual e ou municipal)

BRASIL. Conselho Federal de Psicologia- CFP. Resolução 02/2004. Brasília, 2004

SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Estado da Educação. Coordenadoria de Estudos


e Normas Pedagógicas. Proposta curricular de psicologia para o ensino de 2º
grau. Coordenação de Eny Marisa Maia. São Paulo, 1992.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria Superior. Catálogo geral de


instituições de ensino superior:1986. Brasília, 1986.

UM CAPÍTULO LIDO DE UM LIVRO QUE CONSULTOU


Parte de um livro - Inclui capítulo, volume, fragmento e outras partes de uma obra, com
autor(es) e/ou título próprios.
O autor do capítulo, volume etc. referenciado é o mesmo da Obra
O autor do capítulo, volume etc. não é o mesmo da obra

SOUZA, D.G. O que é contingência? In: BANACO, R.A.(Org.) Sobre comportamento


e cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do
comportamento e terapia cognitivista. Santo André: ARBytes, 1997.
p.82-87.

O AUTOR DO CAPÍTULO, É O MESMO DA OBRA (passar o traço antes do título da obra)

CUNHA, J.A. O ABC da avaliação neuropsicológica ________ In: Psicodiagnóstico -


V. 5ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 2003.
156

UM TESTE PSICOLÓGICO

KORMAN, M., KIRK, U. E KEMP, S. NEPSY-II: Clinical and Interpretative Manual.


San Antônio, TX: The Psychological Corporation, 2007.

Quando tem mais de uma obra de um mesmo autor, na seguinte no local do


nome apenas coloca-se um linha sublinhada de 4 cm. Colocar em ordem
cronológica

LEFÈVRE, B. H. O Exame Neurológico da criança. In: Tolosa APM e Canelas HM. In:
Prodêutica Neurológica. São Paulo, Sarvier Editora de Livros Médicos,1972.

_________________ Exame neurológico Evolutivo. São Paulo: Editora Sarvier,


2.ed.,1977

_________________ NeuroPsicologia Infantil. São Paulo: Editora Sarvier, 1989.

OBRA EM INGLÊS

LEZAK, M.D, HOWIESON, D. B. E LORING, D. W. Neuropsychological


Assessment. 4 ed. New York: Oxford University Press, 2004.

OBRA DE UM MANUAL
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID-10: Classificação Estatística Internacional
de doenças e problemas relacionados à saúde. Trad. Centro Colaborador da OMS
para a Classificação de Doenças em português. São Paulo:
EDUSP, 1993. v.1.

OBRA DE UMA INSTITUIÇÃO


UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto de Psicologia. Serviço de Biblioteca e
Documentação. Catálogo de publicações periódicas. São Paulo, 1991.
157

ATENÇÃO
A seguir coloquem as capas de cada
anexo com página em sequência da
última página relatório . O conteúdo
dos anexos devem ser salvas no
arquivo 3. Imprimir o conteúdo do
arquivo 3 e quando encadernarem o
TRABALHO, é só inserir de acordo
com as indicações de cada capa do
anexo.

ANEXOS
158

Anexo 1– Roteiro da entrevista com


colaborador
159

Anexo 2- Folha de resposta do teste Matrizes


progressivas coloridas de Raven
160

ANEXO 3: Correções do Laudo realizadas


pelo supervisor (este anexo será incluído
caso realmente vocês tenham correções do
relatório).

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