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Apresentação

Este guia visa dar orientações para a comunidade acadêmica do curso de


Psicologia da Faculdade IENH referente à realização do estágio específico, sua
caracterização e processo avaliativo. Tal etapa da formação busca atender as
Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Psicologia
(Resolução nº 5, de 15 de março de 2011, CONSELHO FEDERAL DE
PSICOLOGIA, 2011) e a legislação específica que regulamenta os estágios no
país (Lei nº 11.788, BRASIL, 2008).
Ao longo do estágio específico, a pessoa acadêmica de Psicologia
realizará sua inserção no campo profissional incluindo diferentes contextos
institucionais e sociais. Busca-se o exercício de uma visão crítica e ética do fazer
psicológico, assim como fomentar práticas baseadas na ciência psicológica e
desenvolver as competências profissionais básicas, a partir da sua inserção no
campo e das supervisões acadêmicas. Além disso, busca-se a execução das
habilidades e competências específicas, de forma integrada aos componentes
que estruturam as ênfases na grade curricular do curso, ademais permitindo um
momento de ação-reflexão sobre o fazer psicológico, sistematicamente orientado
e com base nos princípios éticos e legais da profissão.
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1 Caracterização geral do estágio específico

O Estágio Específico do curso de Psicologia da Faculdade IENH está


vinculado às ênfases do curso: 1) Saúde e Clínica Ampliada e 2) Psicologia
Jurídica. A pessoa acadêmica em Psicologia irá escolher uma das ênfases do
curso e realizará o estágio buscando atender as especificidades de sua ênfase.

1.1 Carga horária e atividades

A carga horária total é de 600 horas, divididas em três semestres (Estágio


específico I, Estágio específico II e Estágio específico III) com 200 horas cada
período. A distribuição em cada etapa deve ser conforme a apresentação do
quadro 1.

Atividade Carga horária


semanal
Desenvolvimento de tarefas em campo 7,5 h
externo de prática
Exercício em atividades da clínica escola 2h
Orientação acadêmica individual 0,5h
Total 10h 1
QUADRO 1. Distribuição da carga horária semanal de estágio

A distribuição da carga horário do estágio contempla três espaços:


experiência no campo externo do estágio profissional (7,5 horas semanais),
atividades profissionais desenvolvidas no Serviço Clínica-Escola, conforme a
ênfase do estágio (2 horas semanais), e a orientação acadêmica (30 minutos
semanais).
As atividades de estágio, nestes componentes curriculares, devem ser
organizadas de forma que a pessoa tenha a experiência em campo externo, o
exercício da atividade clínica e o trabalho de orientação individual.

1.1.1 Caracterização das etapas

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Valores referentes à carga horária semanal em semestre letivo com 20 semanas.
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a) Específico I

Inserção da pessoa discente no campo de estágio externo,


buscando a familiarização junto à equipe, conhecer a história do local, o
funcionamento interno, público-alvo e principais demandas atendidas no
local. Participar das reuniões de equipe. Concomitantemente, haverá o
início das intervenções com o foco nas especificidades da ênfase
escolhida e, em paralelo, a estruturação dos atendimentos clínicos no
serviço escola. O produto final deste momento do estágio será um relatório
que deve conter a contextualização e caracterização do local externo de
estágio e suas atividades, assim como a fundamentação teórica inicial das
mesmas. Este material contém reflexões iniciais sobre o trabalho da
Psicologia neste campo. A pergunta norteadora para esta etapa é: o que a
Psicologia faz aqui?

b) Específico II

Será dada continuidade às intervenções psicológicas desenvolvidas


no campo de estágio específico I seguida de: aprofundamento teórico e
técnico em problemáticas surgidas no percurso de estágio na clínica
escola e no local externo com as contribuições da supervisão acadêmica;
exercício de análise de demandas psicológicas individuais, grupais e/ou
institucionais. O trabalho final deste componente deverá estar em
articulação com a disciplina de seminário clínico, com a produção de um
estudo de caso oriundo do local externo ou da clínica escola.

c) Específico III

Momento de consolidação das ações desenvolvidas ao longo dos


três semestres do estágio profissional, assim como, de análises do
percurso feito. A pessoa discente deverá demonstrar as competências
desenvolvidas ao longo de sua trajetória de estágio. Como finalização
deste percurso deverá escrever um artigo de relato de experiência
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profissional no campo externo, produzindo articulações teórico-práticas


com os pressupostos da ênfase do estágio. A produção escrita visa
responder algumas perguntas norteadoras, como, por exemplo: Como se
aplica a Clínica Ampliada/Psicologia Jurídica aqui? Como percebo o
papel do psicólogo neste contexto profissional?

1.2 Escolha do local de estágio

A escolha do local de estágio será realizada pela própria pessoa discente,


buscando locais que tenham afinidade com seus interesses teórico-práticos. Ao
escolher e candidatar-se a uma vaga de estágio em algum local é necessária a
ciência e concordância com as regras e exigências do mesmo, seja no que se
refere a carga horária, modalidade de embasamento teórico e atividades
obrigatórias. Todos os locais devem ser cadastrados junto ao Núcleo de Apoio ao
Discente e a Empresa (NADE) da Faculdade IENH.
Não poderá ser realizado estágio no local de trabalho da pessoa estagiária.
O impedimento é de ordem técnica e ética. Além disso, o estágio é compreendido
como uma relação não empregatícia de aprendizagem profissional, social e
cultural, através da participação em situações reais de trabalho.
Os estágios acadêmicos curriculares não são remunerados. Contudo, será
permitido receber compensação pecuniária pela atividade exercida, se assim o
desejar a instituição na qual realiza estágio e a cargo dessa.

1.3 Serviço clínica-escola de Psicologia

O Serviço constitui-se num local que se destina às atividades de formação


do curso de Psicologia, que permite a realização de práticas, estudos de caso ,
conforme as necessidades e interesse dos acadêmicos e professores da
instituição.

1.4 Supervisão acadêmica


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O início efetivo das práticas de estágio só poderá ser feito após o início do
acompanhamento de uma pessoa docente do curso, formada em Psicologia e
com registro ativo no Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul
(CRPRS). Cabe à pessoa estagiária escolher e contatar e combinar os horários
de orientação de estágio.
Os momentos de orientação configuram-se como espaço de troca entre
buscando a compreensão teórico-prática das situações vivenciadas. Tais
momentos poderão ser semanais (30 min) ou quinzenais (60 min), sendo de livre
escolha da dupla a melhor disposição de trabalho, assim como a necessidade de
sessões dialogadas, leitura prévia de materiais, etc.
É de responsabilidade da pessoa que supervisiona comunicar à
coordenação do curso acerca do início das orientações individuais, assim como o
registro de frequência nas orientações, a atualização e assinatura dos prontuários
na clínica-escola, contato com a orientação local de estágio buscando, pelo
menos, uma visita semestral, o encaminhamento à coordenação do curso de
situações não constantes neste guia e a entrega de avaliações ao final do
semestre.

1.5 Solicitação de troca de espaço externo ou interrupção de estágio

Tanto a troca de espaço externo como a interrupção de estágio


devem ser formalizadas junto à pessoa supervisora e à coordenação do
curso. Com isso será realizada avaliação conjunta e posterior retorno. O
deferimento do pedido será feito a partir de diferentes variáveis, incluindo
postura ética, motivos para o pedido de troca ou interrupção do estágio,
contato com a pessoa supervisora local e sua avaliação, desenvolvimento
das competências e entrega das avaliações.
Em caso de reprovação do(a) aluno(a) no estágio específico, as
horas de estágio realizadas no campo externo e no Serviço Clínica-Escola
não serão possíveis de ser validadas. Nesse sentido, o(a) aluno(o)
necessitará refazer a carga horário total do estágio novamente.
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2 Ênfases curriculares

2. 1 Saúde e Clínica Ampliada

O estágio específico voltado à ênfase em “Saúde e Clínica Ampliada” visa


formar pessoas profissionais da Psicologia com olhar voltado aos processos de
promoção em saúde mental, a partir do conceito de integralidade em saúde e da
atuação em uma rede ampliada de cuidados ou serviços em saúde, em equipe
multidisciplinar e/ou interdisciplinar.
A Clínica Ampliada é um conceito que emerge a partir da Reforma
Sanitária, que opera sob o modelo dos determinantes sociais de saúde,
incorporando a noção de integralidade: incluir a cultura, as relações sociais e
econômicas, as condições de vida e a disponibilidade/acesso aos serviços
fundamentais (entre estes os da saúde) como determinantes do processo
saúde/doença dos usuários e de suas comunidades.
A atuação de profissionais da Psicologia nas políticas públicas surge em
diferentes contextos, operando sob diferentes lógicas e dinâmicas de trabalho. No
campo da saúde pública, a ampliação das redes de atenção do SUS e a mudança
de paradigma que ela implicou tornaram ainda mais complexas as demandas e os
desafios para o trabalho da pessoa psicóloga neste campo. No Sistema Único de
Assistência Social, o trabalho da Psicologia vai compreender o sistema de
Proteção Social pelos seus diferentes níveis de complexidade, mas sempre
guiados por uma ética afirmada pelos Direitos Humanos e pela construção de
políticas que protejam e promovam cidadania e inclusão das mais variadas
formas e nos mais diferentes contextos.
Os valores que guiam a Clínica Ampliada, a partir da Política Nacional de
Humanização incluem “autonomia e o protagonismo dos sujeitos, a
corresponsabilidade entre eles, o estabelecimento de vínculos solidários, a
participação coletiva no processo de gestão e a indissociabilidade entre atenção e
gestão”2.
O conceito de integralidade demandou a ampliação da atuação da pessoa
psicóloga para além das redes de saúde: os campos da assistência, educação,

2
Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: a clínica ampliada / Ministério da Saúde,
Secretaria Executiva, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. – Brasília: Ministério da
Saúde, 2004.
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sistema de garantia de direitos, entre outras, passaram a contar com a


colaboração deste campo de saber em suas equipes. A Clínica Ampliada propõe
que a pessoa psicóloga desenvolva a capacidade de compartilhar o conceito de
cuidado, o que exige partir de uma escuta sensível e implicada para a construção
conjunta de um projeto terapêutico articulado que inclua as diferentes dimensões
que envolvem “a vida por detrás da queixa que cada pessoa traz: sua história,
seus dizeres, sua episteme particular, seus arranjos subjetivos, suas montagens
sintomáticas e vias de superação, seu território e quotidiano, e as dificuldades
concretas acarretadas por sua peculiar condição na existência (COUTO;
DELGADO, 2010).
Assim, o curso de Psicologia da Faculdade IENH, em sua ênfase Saúde e
Clínica Ampliada, leva em conta o conceito de integralidade e inclui as dimensões
da cultura, das relações sociais e econômicas, das condições de vida como
elementos determinantes do processo saúde/doença dos sujeitos e suas
comunidades.

2. 1 .1 Objetivo Geral

Oportunizar a vivência de estágio específico na ênfase de Saúde e Clínica


Ampliada operando com seus conceitos e princípios de intervenção.

2.1.2 Objetivos específicos

a. Promover a aprendizagem da pessoa estagiária sobre as atividades da


Psicologia e as principais demandas que chegam ao seu local de estágio;
b. Garantir durante o período de estágio que sejam preservados os direitos e
a assistência adequada aos usuários dos serviços oferecidos;
c. Promover a aprendizagem da pessoa estagiária por meio de atividades de
participação de reuniões de equipe, reuniões de estudo de caso e de micro rede
e conhecimento e atuação junto à rede de atendimento vinculada ao trabalho
desenvolvido no local de estágio;
d. Promover a aprendizagem da pessoa estagiária por meio do
desenvolvimento de oficinas, grupos operativos e/ou terapêuticos;
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e. Promover a aprendizagem da pessoa estagiária por meio de intervenções


intersetoriais e interdisciplinares;
f. Promover a aprendizagem da pessoa estagiária por meio do atendimento
psicoterapêutico individual ou em grupo, adequado às diversas faixas etárias;
g. Promover a aprendizagem da pessoa estagiária por meio da participação e
realização de registros em prontuários e elaboração de documentos que são
solicitados aos psicólogos nos diferentes locais de estágio;
h. Promover a formação profissional do graduando por meio de seminários
de estudo, orientação no local de estágio e orientação acadêmica;

2. 1. 3 Competências

a. Incorporar à sua prática a ciência como sistema de conhecimentos úteis para a


vida e base para a sua ação profissional.
b. Considerar a ciência como modo de construção de interpretações da realidade,
tomando-a como base para o diálogo com a sociedade.
c. Atuar eticamente.
d. Relacionar-se apropriadamente com clientes, usuários e outros.
e. Trabalhar respeitando a diversidade e mostrar competência cultural.
f. Atuar profissionalmente com base no conhecimento científico acumulado
g. Refletir sobre o próprio trabalho.
h. Estabelecer objetivos ou metas pertinentes à atividade.
i. Realizar avaliação psicológica.
j. Realizar intervenções psicológicas e psicossociais.
k. Comunicar-se de forma eficaz e apropriada.
m. Atuar em equipes multiprofissionais.

2. 2 Psicologia Jurídica

A Ênfase de Psicologia Jurídica do curso de Psicologia da Faculdade IENH


surge a partir da percepção de que a Psicologia, ao longo de sua história, tem se
mostrado uma ciência capaz de colaborar, através dos seus conhecimentos e de
sua prática profissional, com o exercício do direito e da justiça. Dentre as
diferentes ciências, as práticas psicológicas, que se relacionam com o campo da
justiça, do direito e da lei, se constituem em uma área de interlocução produtiva
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com a produção de subjetividades e também com a garantia dos direitos


humanos fundamentais. Com as visíveis contribuições da Psicologia neste
contexto e com a ampliação das possibilidades de atuação dos psicólogos,
surgem também desafios, impasses e necessidade de aprofundar discussões no
âmbito do papel do psicólogo e da sua ética profissional.
A dimensão da ética está constituída na percepção de que o sofrimento
psíquico é produzido a partir de condições individuais, culturais, políticas e
sociais, portanto, há sempre a dimensão sociopolítica do sofrimento (ROSA,
2016) e, nesta senda, “o campo do direito será compreendido como o conjunto
discursivo que norteia as práticas jurídicas instituídas e vigentes num
determinado momento histórico” (ROSA, 2016, p. 151).
A Psicologia pode auxiliar o sistema legal, sobretudo no que diz respeito à
abordagem das demandas psicológicas que se manifestam e se inscrevem nas
relações das pessoas no âmbito da Justiça (CRUZ; MACIEL; RAMIREZ, 2005),
assim como também pode contribuir problematizando o funcionamento e
propondo transformações a instituições do campo jurídico. Neste contexto, é
importante observar o fenômeno da judicialização dos conflitos, que consiste na
intervenção cada vez maior do Estado na solução de litígios. Desta forma, os
envolvidos nos mais diversos conflitos passam a ser coadjuvantes, sentindo-se
incapazes de propor soluções, delegando ao poder judiciário o protagonismo
deste processo. Para Nascimento (2014) a judicialização da vida seria “uma
construção subjetiva que implanta a lógica do julgamento, da punição, do uso da
lei como parâmetro de organização da vida” (NASCIMENTO, 2014, p. 460).
Considera-se que “a extensão do discurso jurídico para além de seu
campo promove a vitimização e a judicialização do conflito social, presentes tanto
na política pública quanto nas práticas de assistência” (ROSA, 2016, p. 146). É
necessário também observar as “estratégias discursivas que, ao silenciar os
sujeitos, apagar seu discurso, transformam o sujeito político em indivíduo
perigoso ou doente” (ROSA, 2016, p. 87).
Buscando romper com os processos de judicialização do discurso jurídico,
na Ênfase em Psicologia Jurídica propõe-se uma abordagem pela via da
responsabilidade na qual o sujeito sinta-se implicado com a sua narrativa e com
sua posição de desejante (ROSA, 2016).
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2.2.1 Objetivo geral

Oportunizar a vivência de estágio específico na ênfase de Psicologia


Jurídica operando com seus conceitos e princípios de intervenção.

2.2.2. Objetivos específicos

a. Promover a aprendizagem da pessoa estagiária sobre as atividades da


psicologia e as principais demandas que chegam ao seu local de estágio;

b. Favorecer a aprendizagem do graduando em contextos de violações de


direitos dos sujeitos envolvidos, intervindo de forma a garantir, proteger,
efetivar e afirmar estes direitos;
c. Garantir que sejam preservados os direitos e a assistência adequada aos
usuários dos serviços oferecidos pelo estágio;
d. Fomentar a aprendizagem da pessoa estagiária por meio de atividades de
participação de reuniões de equipe, reuniões de estudo de caso e de micro
rede e conhecimento e atuação junto à rede de atendimento vinculada ao
trabalho desenvolvido no local de estágio;
e. Apoiar a aprendizagem da pessoa estagiária por meio do desenvolvimento de
oficinas, grupos operativos e/ou terapêuticos;
f. Facilitar a aprendizagem da pessoa estagiária por meio de intervenções
intersetoriais e interdisciplinares especialmente operadores do direito e
assistentes sociais;
g. Ajudar a aprendizagem da pessoa estagiária por meio do atendimento
psicoterapêutico individual ou em grupo, adequado às diversas faixas etárias;
h. Fomentar a aprendizagem do graduando através de procedimentos de
avaliação psicológica;
i. Promover a aprendizagem da pessoa estagiária por meio da participação e
realização de registros em prontuários e elaboração de documentos que são
solicitados aos psicólogos nos diferentes locais de estágio;
j. Auxiliar a formação profissional da pessoa estagiária por meio de seminários
de estudo, orientação no local de estágio e orientação acadêmica;
k. Apoiar a aprendizagem do graduando através de participação como
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observador em audiências;
l. Favorecer a aprendizagem de processos dialógicos de resolução de conflitos
como mediação e justiça restaurativa;

2.2.3 Competências

a. Incorporar à sua prática a ciência como sistema de conhecimentos úteis para a


vida e base para a sua ação profissional.
b. Considerar a ciência como modo de construção de interpretações da realidade,
tomando-a como base para o diálogo com a sociedade.
c. Atuar eticamente.
d. Relacionar-se apropriadamente com clientes, usuários e outros.
e. Trabalhar respeitando a diversidade e mostrar competência cultural.
f. Atuar profissionalmente com base no conhecimento científico acumulado
g. Refletir sobre o próprio trabalho.
h. Estabelecer objetivos ou metas pertinentes à atividade.
i. Realizar avaliação psicológica.
j. Realizar intervenções psicológicas e psicossociais.
k. Comunicar-se de forma eficaz e apropriada.
m. Atuar em equipes multiprofissionais.
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3 Sistema de avaliação do desempenho

O sistema de avaliação está dividido em duas competências


principais. Uma refere-se aos procedimentos éticos ou atitudinais, ou seja,
serão consideradas as posturas profissionais no campo de estágio (o
cumprimento dos horários, as combinações com a equipe e
comprometimento com leituras e prazos). A avaliação dessa competência
se dará por meio do acompanhamento da participação nos encontros
semanais ou quinzenais de supervisão e da ficha de acompanhamento do
local (contempla avaliação de desempenho, bem como atestado de
cumprimento da carga horária). As competências atitudinais terão peso 3
na avaliação final.
A outra competência principal se refere à articulação entre os
estudos e as vivências profissionais, especificamente, que será
evidenciada na produção escrita das questões levantadas em forma de
relatório(s) (no Estágio Específico I), estudo de caso (estágio específico
II) e no artigo de relato de experiência que terão peso 7.
No estágio específico I, a entrega do relatório será feita a quem está
responsável pela orientação acadêmica do estágio e esta ficará
responsável por sua avaliação e interlocução sobre as necessárias
modificações. No relatório I o foco será a descrição do campo de estágio,
o processo de inserção inicial e uma discussão inicial dos pressupostos
teóricos que sustentam a prática profissional. A pergunta norteadora para
esta etapa é: o que a Psicologia faz aqui?
No Estágio Específico II, haverá a escrita de um estudo de caso.
Haverá a escolha de um caso que vem sendo acompanhado no estágio
(campo externo ou clínica-Escola), seja da ênfase da Clínica Ampliada ou
da Psicologia Jurídica. Busca-se propor uma escrita sobre a descrição do
caso e a articulação teórica-prática. O processo de escrita será articulado
sob a supervisão da pessoa psicóloga responsável no âmbito acadêmico
pelo acompanhamento do estágio e pela pessoa docente responsável pelo
componente curricular do Seminário Clínico.
No Estágio Específico III, como finalização deste percurso, quem
estiver concluindo deverá escrever um artigo de relato de experiência
produzindo articulações com a ênfase escolhida. A pergunta norteadora
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desta etapa é: Como se aplica a Clínica Ampliada/Psicologia Jurídica


aqui? A avaliação será uma nota atribuída pelo orientador com peso 7. A
outra nota continua sendo do supervisor local, peso 3.
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REFERÊNCIAS

Couto, Maria Cristina Ventura DELGADO, Pedro Gabriel Godinho.


Intersetorialidade: uma exigência da clínica com crianças na atenção
psicossocial. In: RIBEIRO, Lauridsen; OY, El & Tanaka (Org). Atenção em saúde
mental para crianças e adolescentes no SUS. São Paulo: Editora Hucitec, 2010:
271-279.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política


Nacional de Humanização. HumanizaSUS: a clínica ampliada / Ministério da
Saúde, Secretaria Executiva, Núcleo Técnico da Política Nacional de
Humanização. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004
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APÊNDICES

APÊNDICE 1

Modelo de ata de credenciamento de local de estágio

1- História do local:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

2- Estrutura e funcionamento do local:


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

3- Objetivos do trabalho da psicologia no local:


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

4- Atividades necessárias para inserção do estagiário:


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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5- Disponibilidade do local de promover espaços de formação como: orientação


local, seminários de estudos e inserção do estagiário nas equipes de trabalho.

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

_____________________________________

Responsável pela visita de credenciamento

____________________________

Data

______________________________

Apreciação do NDE

______________________________

Data
18

APÊNDICE 2

Formulário modelo para elaboração relatório de estágio específico I

1. Capa
2. Introdução
3. Caracterização do local de estágio (Tipo de organização, clientela, equipe
de trabalho, trabalho desenvolvido, orientação teórica)
4. Principais atividades do estágio, fundamentando e relacionando com a
ênfase do curso.
5. Análise do percurso desenvolvido.
6. Considerações finais
7. Referências bibliográficas
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APÊNDICE 3

FICHA DE AVALIAÇÃO

Nome:________________________________________________________________

Componente Curricular: ( ) Específico I ( ) Específico II ( ) Específico III

Período do estágio: _____/_____/________ a ____/____/________

Local do estágio externo:________________________________


Nome da pessoa supervisora local: _____________________________
Nome da pessoa supervisora acadêmica: _________________________________
Data: _____/____/_____.

CARACTERÍSTICAS PESSOAIS E PROFISSIONAIS DA PESSOA Atendeu Atendeu Não


ESTAGIÁRIA Parcial atendeu

1. ASSIDUIDADE E PONTUALIDADE

2. RESPONSABILIDADE

3. APRESENTAÇÃO PESSOAL

E INTERESSE EM APRENDER

5. ADEQUAÇÃO ÀS NORMAS E REGULAMENTOS INTERNOS

6. ÉTICA

7. CAPACIDADE PARA APRESENTAR INICIATIVA

8. RELAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA

9. TRABALHO EM EQUIPE

10. EQUILÍBRIO EMOCIONAL/ESCUTA

11. CONTRIBUIÇÕES

COMENTÁRIO E SUGESTÕES DA PESSOA SUPERVISORA LOCAL:


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
NOTA SUGERIDA PELA PESSOA SUPERVISORA LOCAL ______________.

Assinatura pessoa supervisora local: _________________________________________


Assinatura do Acadêmico _____________________ ____________________________
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APÊNDICE 4
REGISTRO DE PRESENÇA NO CAMPO DE ESTÁGIO

Data Hora de Hora de Rubrica do Estagiário


Entrada Saída

____________________________ ____________________________
Assinatura supervisão local Assinatura supervisão acadêmica
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APÊNDICE 5
Artigo de relato de experiência - estágio específico III

1. Introdução
2. Desenvolvimento teóricos
3. Articulação entre teoria e prática (Como se aplica a Clínica
Ampliada/Psicologia Jurídica aqui?)
4. Considerações finais

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