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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO GERAL....................................................................................1

2 DESCRIÇÃO DO APORTE TEÓRICO PARA O EXERCÍCIO PROFISSIONAL


NO CAMPO DE ESTÁGIO............................................................................................1

2.1 A PRÁTICA DE ESTÁGIO........................................................................................1

2.2 ABORDAGEM TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL...........................4

3 ANÁLISE CRÍTICA TEÓRICO-PRÁTICA DO DESENVOLVIMENTO DO


ESTÁGIO.......................................................................................................................5

3.1 CASO 01......................................................................................................................5

3.1.1 A Procrastinação...................................................................................................5

3.1.2 A Procrastinação nos estudos................................................................................6

3.1.3 A Procrastinação e as emoções.............................................................................7

3.1.4 Intervenção ao caso...............................................................................................7

3.2 CASO 02......................................................................................................................8

3.2.1 As Emoções..........................................................................................................8

3.2.2 Intervenção ao caso...............................................................................................9

3.3 EXPERIÊNCIA PESSOAL PROFISSIONAL............................................................9

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................10

REFERÊNCIAS...........................................................................................................11

APÊNDICE – FICHA DE CONTROLE DE CARGA HORÁRIA..................................14


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1 APRESENTAÇÃO GERAL

O presente relatório tem como objetivo a apresentação dos resultados das


práticas realizadas na clínica escola da Universidade Potiguar – UNP. No presente
trabalho se observou quais as bases teóricas que dão sustentação as práticas de
estágio e qual a importância do estágio supervisionado para o aluno em formação do
curso de psicologia.
Durante todo o curso o aluno tem contato com diversas escolas da psicologia,
diversas abordagens do ser humano e ênfases. Tem contato com várias formas de
intervenção as demandas de cada paciente ou público-alvo. Em um determinado
momento o aluno terá que optar pela sua ênfase e abordagem.
A nossa ênfase principal é a clínica e a nossa abordagem na clínica foi
escolhida a psicologia cognitivo comportamental, conhecida pela sigla TCC. É uma
abordagem que tem um vasto embasamento teórico cientifico, com características
diretiva com foco em resolução de problemas.
Em nosso relatório estamos descrevendo a experiência de acompanhamento
de dois casos clínicos. O primeiro caso estamos lidando com uma jovem de 22 anos,
que nos traz uma questão de procrastinação e no segundo caso, um jovem senhor
de 52 anos, que nos procurou buscando ajuda e se queixa de estresse e descontrole
emocional.
A seguir apresentaremos as bases teóricas para a disciplina de estágio, o
aporte teórico da TCC, um resumo dos casos com intervenção e a nossa
experiência pessoal com a prática de estágio na clínica.

2 DESCRIÇÃO DO APORTE TEÓRICO PARA O EXERCÍCIO PROFISSIONAL


NO CAMPO DE ESTÁGIO

2.1 A PRÁTICA DE ESTÁGIO


O estágio é muito importante para a vida acadêmica é um complemento a
formação do aluno. Pretende familiarizar o aluno com a prática profissional.

Estágio é ato educativo escolar supervisionado,


desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo de educandos que
estejam frequentando o ensino regular em instituições de
educação superior, de educação profissional, de ensino
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médio, da educação especial e dos anos finais do ensino


fundamental, na modalidade profissional da educação de
jovens e adultos (BRASIL, 2008, art.1).

A partir do ano de 1995, segundo Carvalho e Sampaio (1997), o Conselho


Federal de Psicologia (CFP) passou a identificar o psicólogo conforme as seguintes
áreas: Psicólogo Clínico, Psicólogo do Trabalho, Psicólogo do Trânsito, Psicólogo
Educacional, Psicólogo Jurídico, Psicólogo do Esporte, Psicólogo Social e Professor
de Psicologia.
Conforme o art. 20 das Diretrizes Curriculares Nacionais apontam que os
estágios, obrigatoriamente, devem fazer parte da formação. Eles representam um
conjunto de atividades planejadas e supervisionadas pelos professores da instituição
de ensino, propiciando assim, a articulação entre a teoria vivenciada durante o curso
com a prática e a postura profissional do estudante (BRASIL, 2011).
A resolução de número 597 de setembro de 2018, do conselho nacional de
saúde, destaca a importância de que a formação do psicólogo leve em consideração
a articulação da teoria com a prática. Para que o psicólogo possa atender as
demandas contemporâneas e tenha a capacidade de fazer uma leitura crítica da
realidade:
A formação em Psicologia deve contemplar metodologias de
ensino e aprendizagem diversificadas, que priorizem a ação
de estudantes e professores, com destaque para a
construção do conhecimento de forma ativa e colaborativa,
articulando teoria e prática, considerando as demandas
contemporâneas e uma leitura crítica da realidade, e
observando as necessidades educacionais especiais
(BRASIL, 2018)

O estágio representa um momento na vida acadêmica do aluno que


simboliza a chance de vivenciar a prática no campo de trabalho.
Seguindo essa linha de pensamento, o aluno universitário, primeiramente,
precisa cursar diversas disciplinas do curso de graduação, para então
depois poder vivenciar o estágio e, finalmente, poder colocar em prática os
conhecimentos teóricos e práticos adquiridos (CAMPOS, 2009)
No estágio o aluno tem a oportunidade de resgatar os vários conceitos
aprendidos teoricamente em uma prática dinâmica que acontece no dia a dia na
clínica, no contato com as demandas dos pacientes. Sem essa experiência, o aluno
teria maior de articular o saber com a prática. No entanto, esse trabalho se torna
muito mais eficaz a partir do contato do aluno com o professor supervisor, que lhe
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tira as dúvidas, servindo de suporte para as possíveis dificuldades encontradas na


prática clínica. As cargas horárias em cursos que envolvem o atendimento humano
priorizam sempre a quantidade de carga horária voltada para que o aluno exerça
exaustivamente a teoria na prática, para que ele possa adquirir o maior número de
expertise na sua prática como psicólogo (GUARAGNI, 2017).

os alunos chegam temerosos e apenas com a parte teórica,


com o passar do tempo eles começam a ter contato com
pacientes, com casos reais e com isso terminam o estágio
mais confiantes e seguros (FIGUEIREDO, 2016, p. 8)

Os resultados obtidos pelos alunos através da experiência do estágio são de


extrema relevância para o início da vida profissional do aluno que está saindo da
universidade. Ao chegarem no estágio, os alunos chegam cheios de dúvidas e
inseguranças, sentindo-se despreparados frente a realidade que irão enfrentar. Mas
ao passar do tempo, esse medo dar lugar a uma certa segurança e confiança no seu
arcabouço teórico. Começa a relacionar a teoria com a prática de forma mais natural
e espontânea. Essa segurança também é comunicada de forma indireta ao paciente
que sente maior segurança e passa a alcançar maiores resultados com o trabalho
psicoterapêutico (FIGUEIREDO, 2016).
As universidades devem prover um serviço que contemple a necessidade de
um aprendizado prático dos alunos de psicologia. A Carta de Serviços sobre
Estágios e Serviço-Escola do conselho federal de psicologia (CFP) diz que:

O projeto de curso deve prever a instalação de um Serviço


de Psicologia com as funções de responder às exigências
para a formação da (o) psicóloga (o), (...) Portanto, o
Serviço-Escola é o espaço em que se articulam os estágios
supervisionados que compõem a formação da (o) psicóloga
(o) (...) O serviço-escola deve garantir às atividades práticas
e supervisões condições físicas, materiais, administrativas e
pedagógicas dignas, apropriadas e que garantam o sigilo
das informações (CFP, p. 13-14)

Dentro desse processo de aprendizado do aluno, através da experiência do


estágio supervisionado na clínica, é bom destacar um outro aprendizado prático. O
aluno, ao entrar em contato com as questões pessoais do paciente, também entra
em contato com as suas demandas. Essa é também uma oportunidade de
aprendizado pessoal enquanto profissional. Essa situação pode ser positiva, mas em
alguns casos, se não for be, administradas, podem atrapalhar o processo do vínculo
terapêutico (SILVA, 2016).
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(...) a formação prática reflexiva sobre a compreensão e


gestão da contratransferência é importante para os psicólogos
clínicos estagiários, pois os comportamentos contra
transferenciais podem ter efeitos negativos sobre a aliança
terapêutica e os resultados da terapia, e a gestão da
contratransferência traria efeitos positivos (SILVA, 2016, p.
55)

2.2 ABORDAGEM TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL


A nossa abordagem de trabalho em nosso estágio na clínica, foi a terapia
cognitiva comportamental (TCC). Todas as intervenções foram baseadas nesse
arcabouço teórico. Utilizando técnicas de modificação de comportamento e
pensamentos desadaptativos.
A terapia cognitivo comportamental tem suas origens em 1950 e 1960, nas
teorias behavioristas de Pavlov, Skinner e outros experimentalistas. A TCC se
baseia em dois princípios centrais. Primeiro, de que nossos pensamentos têm uma
influência sobre nossas emoções e comportamento. Em segundo lugar, o modo
como agimos afetam nossos padrões de pensamento e emoções. Por isso, acredita-
se que desenvolver um estilo de pensamento saudável, logo, poderá reduzir a
angústia e aumentar a sensação de bem-estar. Aaron T. Beck foi a primeira pessoa
a desenvolver essa teoria e aplicar intervenções cognitivas comportamentais a
transtornos emocionais (WRIGHT, 2019).
A terapia cognitivo comportamental para Aaron Beck é:

(...) uma abordagem activa, directiva, estruturada o de prazo


limitado usada no tratamento de uma variedade de
distúrbios psiquiátricos (ex.: depressão, ansiedade, fobias,
queixas ligadas a dores. etc.). Fundamenta-se numa base
lógica teórica subjacente, segundo a qual o afecto e o
comportamento de um indivíduo são largamente
determinados pelo modo como ele estrutura o mundo
(BECK, 1997)

Diversos estudos no mundo foram realizados utilizando a TCC para diversos


transtornos e demonstrou ser extremamente eficaz em vários deles, como transtorno
depressivo maior, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico, fobia
social abuso de substância, transtornos alimentares, problemas de casais e
depressão de pacientes internados (BECK, 2007).
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A TCC possui diversas técnicas para abordar e tratar os transtornos e


problemas dos pacientes. Ela se utiliza tanto de técnicas cognitivas quanto
comportamentais. No nosso estágio na clínica escola, com base na TCC, utilizamos
alguns métodos de intervenção. Utilizamos o questionamento socrático,
psicoeducação e técnicas de relaxamento para aliviar a tensão e a ansiedade
(WRIGHT, 2019).

3 ANÁLISE CRÍTICA TEÓRICO-PRÁTICA DO DESENVOLVIMENTO DO


ESTÁGIO
Em nosso estágio da disciplina de estágio específico em intervenções
psicológicas, tivemos a oportunidade de acompanhar dois casos clínicos. O primeiro
paciente tinha uma demanda de caso de procrastinação e o segundo paciente
problemas de autocontrole emocional. Passaremos, a partir de agora, discorrer
sobre esses dois temas citados.

3.1 CASO 01
A nossa paciente tem 22 anos é aluna de curso acadêmico e procurou a
clínica escola do curso de psicologia reclamando de que estava tendo problemas
relacionados a sua procrastinação com as suas atividades acadêmicas. Por causa
disso, sentindo-se uma pessoa incapaz, com o pensamento de que não alcançaria
sucesso na sua profissional.
O sentimento de incapacidade lhe gerava o sentimento de baixa autoestima,
fazendo se sentir sensação de tristeza e medo de fracassar. Reclamava que estava
sempre atrasada em seus compromissos, andando sempre ansiosa, na correria e
com baixo rendimento escolar.

3.1.1 A Procrastinação

De acordo com o dicionário procrastinar é: Adiar ou deixar alguma coisa para


depois. Transferir a realização de alguma coisa para um outro momento; prorrogar

para outro dia (DICIO, 2020).


O significado da palavra procrastinar, tem origem latina. A primeira parte da
palavra “pro" significa para diante, adiante, ou em favor de; e a segunda “crastino",
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quer dizer do amanhã. Há muitos sinônimos para esse verbo: adiar, diferir, delongar,
demorar, enrolar, espaçar, postergar, protrair, tardar; transferir para outro dia. Em
suma, seria deixar para depois, algo que poderia ser realizado naquele momento
(SAMPAIO, 2011).
Existem duas formas de se procrastinar e suas consequências, com destaque
par as questões internas e externas. A primeira se dar quando o adiamento resulta
em consequências externas, que variam desde um efeito inofensivo como, por
exemplo, uma multa decorrente do atraso na entrega de um livro à biblioteca, até os
graves, que acabam comprometendo o emprego ou mesmo o casamento do
indivíduo. A segunda forma ocorre quando as pessoas que procrastinam passam a
sofrer consequências internas pelas suas atitudes, sendo que os sentimentos variam
desde uma leve irritação a uma autocondenação por não concluir determinada tarefa
(BURKA e YUEN 1991).
O comportamento procrastinatório é considerado relativamente difícil de ser
sendo utilizado como estratégia de enfrentamento diante de tarefas aversivas. Os
motivos da procrastinação podem ter diversas razões: a) pode existir uma
preocupação excessiva das pessoas com a própria capacidade de fazer as coisas
corretamente; b) outras atrasam tarefas porque não querem ter de realizá-las; c) e
ainda há aquelas que procrastinam porque não são organizadas e simplesmente
não sabem por onde começar; d) os inseguros, por insegurança quanto às próprias
habilidades. A procrastinação está relacionada aos medos irracionais do fracasso
centrados na autocrítica e na insegurança sobre suas habilidades (BRITO e BAKOS,
2013).

3.1.2 A Procrastinação nos estudos

Estudantes com altos níveis de procrastinação tendem a ter seu desempenho


escolar reduzido. Estudantes do gênero masculino tendem a ser mais
procrastinadores. Contudo, a ausência de significância não permite rejeitar a
hipótese nula de inexistência de diferença entre os gêneros dos acadêmicos e o
nível de procrastinação (RIBEIRO, 2014).
Pesquisas indicam que a procrastinação exerce influência negativa e
significativa no desempenho acadêmico (SEMPREBON, 2017). Grande parte dos
estudos sobre o tema ressalta que a procrastinação acadêmica influi negativamente
no processo de aprendizagem e no desempenho acadêmico do estudante. Os
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resultados apontaram, ainda, que estudantes com altos índices de procrastinação


tem impacto negativo na qualidade de trabalhos e isso diminui as chances de
atingirem objetivos acadêmicos e favorece um desempenho acadêmico global
menor que o esperado (SAMPAIO, 2011).

3.1.3 A Procrastinação e as emoções

A procrastinação é um comportamento recorrente nas sociedades modernas.


No entanto, as pessoas que apresentam um comportamento crônico de
procrastinação dizem experienciar emoções negativas, depressão e ansiedade ou
até mesmo algum tédio, devido à sua incapacidade de concluir tarefas dentro de um
período limitado, de responder a prazos ou tomar decisões no que diz respeito a
assuntos do dia a dia (BRANCO, 2015).
A frequência da procrastinação entre os universitários, no que diz respeito as
tarefas acadêmicas que são adiadas, postergadas são relatadas como causadoras
de sentimentos desagradáveis ao ato de procrastinar (SAMPAIO, 2011).
A procrastinação observada entre os estudantes universitários produz
impactos negativos na vida acadêmica, com reflexo direto no bem-estar dos
estudantes, com o surgimento de sentimentos negativos podendo até ocasionar
adoecimento. Isso pode se dar em decorrência de consequências negativas do
adiamento frequente das tarefas acadêmicas (TONELLI et al, 2019).
Existe uma relação negativa da procrastinação académica com a
autodeterminação e satisfação das necessidades psicológicas básicas; existe uma
relação positiva entre coping de evitamento e procrastinação académica e existe
uma relação positiva entre procrastinação académica e ansiedade, depressão e
estresse (PEREIRA, 2017).
Coping é concebido como o conjunto das estratégias utilizada pelas pessoas
para adaptarem-se a circunstâncias adversas. Os esforços despendidos pelos
indivíduos para lidar com situações estressantes, crônicas ou agudas, têm se
constituído em objeto de estudo da psicologia social, clínica e da personalidade
(ANTONIAZZI,1998).

3.1.4 Intervenção ao caso


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No caso dessa paciente utilizamos a técnica de questionamento socrático,


para ajudar o paciente a refletir se o pensamento de que ela não iria ser bem
sucedida na vida profissional tinha algum fundamento lógico e racional. Utilizamos
também o método de psicoeducação ajudando o paciente a criar uma agenda de
organização de seu tempo e suas atividades.

3.2 CASO 02

O nosso segundo caso que acompanhamos é de um senhor de 52 anos,


comerciante, que vive seu segundo casamento, com filhos do primeiro casamento e
uma filha pequena de seu segundo casamento. Ele é comerciante, dono de sua
própria empresa, onde trabalha junto com seus filhos de seu primeiro
relacionamento.
Esse senhor procurou a clínica escola reclamando que está com muito
estresse, resultado de suas atividades do comércio. Diz que por vezes tem se
aborrecido, se irritado com os clientes e que perde o seu controle emocional. Depois
sente-se mal por não conseguir controlar a sua raiva. Reclama também das pessoas
em sua volta que não executam as tarefas da forma “correta”. Esse senhor
considera-se uma pessoa tensa e estressada e quer melhorar tendo maior controle
nos seus impulsos.

3.2.1 As Emoções

Na literatura é comum se encontrar a nomenclatura “emoções básicas” para


distinguir diversas classes desse fenômeno. Porém, assim como não existe um
consenso quanto ao modelo teórico que explica o funcionamento emocional,
também não existe uma definição em relação a quantas e quais são as emoções
básicas. Contudo, a maioria dos autores costuma citar as seguintes emoções:
alegria, medo, surpresa, tristeza, nojo e raiva (MIGUEL, 2015).
As emoções correspondem a uma reação psicológica complexa e estão
ligadas diretamente à inteligência, à motivação e ao impulso que o sujeito leva para
a ação. Podem ocorrer reações como: afetos subjetivos (impressão subjetiva);
mudanças corporais (alterações fisiológicas) como sudorese; dilatação nas pupilas;
alteração dos batimentos cardíacos e da respiração; reações comportamentais como
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expressões faciais e vocais; alterações na postura ou mesmo dos movimentos (DE


MATOS, 2015).
Respostas emocionais desadaptativa estão relacionadas em múltiplas formas
de psicopatologia, em dificuldades sociais e com a doença. Por sua vez, a
Psicologia da saúde relaciona os estados de saúde com as emoções desadaptativas
e com processos emocionais desajustados. As emoções podem consistir em
alterações comportamentais como as expressões faciais, o tom de voz, os gestos, a
postura e os movimentos do corpo. Esses seriam comportamento não-verbais. Além
dos comportamentos não-verbais referidos, as emoções também compreendem os
comportamentos verbais (PINTO, 2013).

3.2.2 Intervenção ao caso

Nesse caso 02 utilizamos o questionamento socrático para verificar a crença


de que as pessoas sempre fazem as coisas erradas e não correspondem as suas
expectativas. Utilizamos também técnicas de relaxamento corporal, para controle do
estresse e ansiedade, através da respiração para alívio de tensão. Outra técnica
utilizada para controle das emoções foi a exposição in vivo, através do processo de
hipnose trabalhando a imaginação.

3.3 EXPERIÊNCIA PESSOAL PROFISSIONAL

O processo de estágio foi muito importante para o meu processo de


aprendizado. Pude colocar em prática vários princípios aprendidos durante todo o
curso de psicologia. Foi uma oportunidade imensa de utilizar as técnicas e teorias na
prática na segurança da supervisão de um orientador de práticas.
Além do aprendizado acadêmico foi de suma importância o aprendizado
pessoal, que também reflete no resultado e aprendizado enquanto profissional de
psicologia. Do estágio faço algumas considerações que levo como resultado pessoal
da aprendizagem.
Estar em contato com o paciente no atendimento clínico é também estar em
contato com você mesmo de alguma forma. Partindo do ponto que todos temos
semelhanças em algum aspecto de nossos dilemas e problemas cotidianos. Por
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vezes somos confrontados com as questões do paciente. É um desafio enorme não


sermos afetados por essas questões.
O contato na clínica é também uma oportunidade para reflexão das nossas
práticas pessoas. É um olhar diferenciado do problema do outro, do ponto de vista
de alguém que não está inserido na mesma situação, mas que em alguns casos
compreende ou passa pelas mesmas coisas. Não se pode negar que aprendemos
com a observação. Observar o outro através da escuta traz uma experiência
enriquecedora e desafiadora, enquanto profissional de saúde.
Posso dizer que, a princípio, em alguns momentos me senti confrontado,
encurralado, impotente e desafiado a ressignificar as minhas questões e seguir em
frente. Em outros, saborear o prazer de sentir que a sua prática baseada em um
conhecimento prévio estava gerando resultados positivos. Isso é gratificante e
recompensador.
O estágio é um desafio que todo estudante de psicologia tem que passar.
Sem ele, creio que a minha formação seria incompleta, não estaria minimente
preparado para a profissão. Aos poucos. o medo dá lugar a segurança, a confiança
e a convicção de que estamos no caminho certo.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Creio que conseguimos alcançar nosso objetivo junto a disciplina de estágio.


Ela nos proporcionou um momento ímpar, de oportunidade de uma experiência
prática do trabalho do psicólogo no seu dia a dia em uma organização de trabalho.
Estar em contato com uma empresa e com situações reais foi fundamental para
desenvolvermos algumas expertises para entramos no mercado de trabalho do
campo da psicologia organizacional.
A orientação do supervisor de estágio foi fundamental e de primordial
importância. A supervisão foi condição impreterível e necessária para o nosso
aprendizado, enquanto estudantes de psicologia. Nos serviu para tirarmos as
dúvidas que iriam surgindo no campo de estágio.
Por fim, chegamos ao final da nossa disciplina de estágio com o sentimento
de dever cumprido, de mais uma tarefa realizada. Com certeza, sentindo-se mais
seguros, mais confiantes e mais preparados para enfrentarmos o mercado de
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trabalho. Satisfeitos por todo conhecimento que obtivemos nesses cinco anos de
curso.
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REFERÊNCIAS

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Depressão. Tradução: Vera Ribeiro. Rio De Janeiro; Editora: Artmed. Abril de 1997.

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BRANCO, Marta Maria Carvalho Rodrigues. “Eu vou fazer, mas…”: Um estudo
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APÊNDICE – FICHA DE CONTROLE DE CARGA HORÁRIA

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