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CENTRO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO - UNIBRA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM COLETIVIDADE ENFERMA

PATRÍCIA JORGE DA SILVA

RECIFE
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO - UNIBRA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

PATRÍCIA JORGE DA SILVA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM COLETIVIDADE ENFERMA

CLÍNICA ESCOLA

Relatório de estágio realizado na


clínica escola, Recife-PE,
apresentado ao Curso de
Graduação em Nutrição da
Centro Universitário Brasileiro -
UNIBRA, como requisito
obrigatório de conclusão de
Estágio curricular em
Coletividade Enferma, referente
ao 7º período da graduação.

Preceptora de estágio: Rayssa Lima


SUMÁRIO

1. Introdução............................................................................................. 5

1.1 Objetivos do estágio........................................................................ 8

1.2 Período e carga horária.................................................................. 8

2. Caracterização da clínica escola.......................................................... 9

2.1 Estrutura e característica da instituição.......................................... 9

2.2 Capacidade de atendimento do hospital....................................... 11

2.3 Serviço de Nutrição...................................................................... 11

2.4 Rotina do nutricionista................................................................... 12

2.5 Rotina do estagiário..................................................................... .13

2.6 Cronograma de estágio................................................................. 14

2.7 Descrição das atividades por setor............................................... 14

3. Atividades desenvolvidas pela estagiária........................................... 15

4. Conclusão........................................................................................... 16

5. Anexos e Apêndices .......................................................................... 17

5.1 Caso Clínico Enteral.......................................................................17

5.2 Caso Clínico Parenteral..................................................................20

5.3 Caso Clínico Clinica Escola............................................................22

5.4 Caso Clínico Hospitalar..................................................................25

5.5 Mapa de visita ao paciente hospital................................................27


5.6 Dieta Padrão...................................................................................28

5.7 Foto de Palestra no campo de estágio...........................................34

5.8 Ficha de Anamnese........................................................................39

5.9 Ficha de avaliação Antropométrica................................................43

5.10 Orientação de uma alta hospitalar.......................................44

5.11 Evolução Nutricional............................................................46

5.12 Ficha MNA...........................................................................47

5.13 Dieta Artesanal Enteral........................................................48

5.14 Avaliação de criança ..........................................................50.

5.15 Resumo de Artigo................................................................52

5.16 Ação Educativa....................................................................53

5.17 Lâminas................................................................................56

5.18 Resumo de Artigo (Modelo Transteórico)............................58

5.19 Fotos da visita hospitalar.....................................................60

5.20 Fotos captação de pacientes...............................................62

5.21 Fotos slides seminário final..................................................63

6. Referências........................................................................................ 66
5
1. Introdução

Estágio é a oportunidade de o estudante ter uma interação


com a prática, período qual vai habilitar para que possa exercer a
profissão. A primeira experiência é um momento muito importante
para o desenvolvimento e a carreira profissional, vivenciar nos dia
a dia conteúdos acadêmicos torna o estudante mais confiante e
seguro para exercício da profissão.

Serão relatadas rotinas de aprendizado e casos clínicos de


acordo com suas individualidades obedecendo a particularidade,
privacidade e a ética profissional do nutricionista, deixando claro
desde primeiros contatos com os pacientes até a conduta dietética
estabelecida para evolução do mesmo, sendo acompanhados e o
monitorados nutricionalmente.

Diante da importância do estágio para formação profissional,


foi aprovada em 2008, a Lei do Estágio (Lei 11.788). A lei dispõe
sobre o estágio em várias modalidades de ensino: superior,
educação profissional, ensino médio, educação especial, dos anos
finais do ensino fundamental e na educação de jovens adultos
(BRASIL, 2008). A Lei do Estágio orienta sobre as modalidades de
estágio, podendo este ser um item obrigatório ou não conforme a
determinação das diretrizes curriculares. A forma de organização
dos estágios supervisionados deve estar contemplada no PPC que
devem corroborar com as DCN do curso (BRASIL, 2008).

No estágio, o estudante vivencia a realidade do processo de


trabalho, aprimorando as habilidades aprendidas no decorrer do
curso (FRANÇA, 2014; ITO, 2005).

O estágio faz parte da grade curricular de um grande número de


cursos de graduação no Brasil, ele acontece quando o estudante concluiu
maior parte da base técnica específica, competindo-lhe utilizar o seu
aprendizado para resolver os problemas encontrados, retomando a
5
fundamentação científica e buscando resoluções que lhe trarão melhores
resultados pautados na dimensão ética e na contribuição para a
coletividade (MARRAN, 2011).

O ensinamento assim passado pelo estágio supervisionado


é de grande importância na formação de um profissional completo,
visto que a prática torna experiente, forma atitudes diante do
exposto, e teoria aprendida em sala de aula. No decorrer da
execução diária é incorporada com mais segurança todo o
conhecimento e conteúdo didático.

Neste ambiente, a interação universidade/mundo do trabalho torna-


se real para o aluno, pois é um local privilegiado de aprendizagem das
vivências efetivas (ARAUJO, 2010; WERNECK et al., 2010).

É importante ressaltar que a atividade de preceptoria deve


ser acompanhada de uma formação pedagógica que propicie a
capacitação para o desenvolvimento de tal função. Uma questão
importante a ser considerada é que os profissionais dos serviços
de saúde lidam com várias dificuldades tais como: falta de recursos
humanos, precarização do trabalho e ausência de incentivo para a
educação permanente. Tais problemas, entre outros, devem ser
considerados para o desenvolvimento de uma atividade como o
estágio supervisionado (TRAJAMAN et al., 2009).

Atividades promovendo a saúde através de escuta, orientações


à prevenção e cuidados, o acompanhamento do objetivo
pretendido e necessário assim como definir dietas personalizadas
de acordo com as demandas calóricas e nutricionais, serão
desenvolvidas ao decorrer do estágio e descritos neste trabalho De
acordo com a rotina clínica planejar e elaborar estratégias
dietoterápicas, não deixando de analisar questões biológicas,
sociais e culturais que envolvem o comer.

A nutrição clinica é um campo da Nutrição que analisa, observa


e compõe uma grade alimentar equilibrada e balanceada para
6
pessoas com enfermidades e pessoas comuns, da faixa etária
crianças, adultos ou idosos. Destaca se nos alimentos as
características bioquímicas e fisiológicas, no entanto a nutrição vai
muito além disso, tem influencia pelo meio em que vivemos,
costumes e hábitos, outros fatores também envolvidos são pela
economia e psicológicos. todos os alimentos possuem uma enorme
diversidade de nutrientes que são explorados e estudados, para
que o corpo sempre apresente o melhor desempenho e os
nutrientes estão divididos em seis grupos: Proteínas, carboidratos,
Lipídios, Líquidos, Vitaminas e Minerais (COSP, 2013).

Referente ao atendimento é usado estratégias para colher


melhor informações para que possa fazer uma prescrição
agradável ao paciente e entendimento do estilo recorrente em
relação ao comportamento alimentar do paciente. “A palavra
anamnese vem do grego anmnesis e significa recordar. Na prática
clínica, significa a rememoração dos eventos relacionados à saúde
e à identificação dos sintomas e sinais atuais, com o intuito
principal de possibilitar entender, com a maior precisão possível, a
história dos motivos que traz o paciente à consulta.” SAMPAIO et
al., 2012, p. 24)

“Na avaliação nutricional, a história clínica é direcionada para


identificação da situação nutricional e de fatores de determinação
associados. O paciente deve então ser interrogado sobre.”
SAMPAIO et al., 2012, p. 25).

O alto índice de desnutrição hospitalar deve-se à ingestão


inadequada de alimentos por grande parte dos indivíduos,
conforme demostrado nos estudos. A terapia nutricional tem como
objetivo diminuir a prevalência de desnutrição, traçar o plano de
cuidado nutricional quando a mesma estiver instalada, preparar o
paciente para os diversos procedimentos hospitalares, cirúrgicos e
clínicos, modular a resposta imunológica, otimizar a cicatrização,
prevenir e tratar complicações infecciosas e não infecciosas,
7
melhorar a qualidade de vida do paciente, assim como reduzir
mortalidade, tempo e custo da internação (BRASIL, 2016).

Alimentação diz respeito à ingestão de nutrientes, mas


também aos alimentos que contêm e fornecem os nutrientes, a
como alimentos são combinados entre si e preparados, a
características do modo de comer e às dimensões culturais e
sociais das práticas alimentares. Todos esses aspectos influenciam
a saúde e o bem-estar. (citação guia alimentar para população
brasileira 2006.)

O direito à alimentação é um direito do cidadão, portanto,


dever do Estado e responsabilidade da sociedade. Nesse sentido,
a busca em garantir o direito à alimentação de qualidade para
todos os indivíduos, passa pela construção de um novo paradigma
de sociedade, que tenha como eixo central a qualidade de vida do
ser humano (VALENTE, 2002).

De acordo com a PNAN, a alimentação saudável deve estar


em acordo com as necessidades de cada fase do curso da vida e
com as necessidades alimentares especiais; referenciada pela
cultura alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia;
acessível do ponto de vista físico e financeiro; harmônica em
quantidade e qualidade; baseada em práticas produtivas
adequadas e sustentáveis, com quantidades mínimas de
contaminantes físicos, químicos e biológicos (BRASIL, 2012).

Nutrição é a ciência dos alimentos, dos nutrientes, sua ação-


interação e equilíbrio relacionado à saúde e à doença, e o pro-
cesso pelo qual o organismo ingere, dige-re, absorve, transporta,
utiliza e elimina as substâncias alimentares (MITCHELL, 1978,
p.11).

8
1.1 Objetivo Geral
Proporcionar um espaço para vivência da prática profissional para
que seja adquirida conhecimento prático capaz e permitir tomadas
corretas e decisões.

1.2 Objetivo específicos

O estágio teve como orientadora Rayssa Lima, acompanhando e


realizando atividades de aprimoramento na prática clínica ajudando no
desenvolvimento das capacidades dos docentes.

Realização dos objetivos específicos como:

 Calcular dietas específicas e individualizadas.


 Avaliar clinicamente os pacientes.
 Elaborar projeto de investigação nutricional.
 Elaborar estratégias individualizadas para atingir o objetivo
proposto.
 Incentivar a promoção a saúde.
 Apresentar e elaborar estudos baseados em casos clínicos.

2. Caracterização da clinica escola

Clinica escola é um espaço de atendimento considerado extensão


da faculdade preparada para atender a população gratuitamente ou
com preços significativamente mais acessíveis. Nesse local os
pacientes são atendidos por alunos que geralmente estão cursando
etapas finais da graduação. Os alunos são supervisionados por
preceptores com amplas experiências.

2.1 Estrutura e característica da instituição

9
A instituição disponibiliza de espaço localizado do anexo III
da faculdade que fica no primeiro andar tendo como via de acesso
escada e elevador, ambiente todo climatizado..
 Sala de espera com espaço para secretária e pacientes (espaço
coletivo diversos atendimentos);
 Sanitários femininos e masculinos ( acesso a portadores de
necessidades especiais);
 Sala de espera com espaço para secretária e pacientes com
capacidade para 17 pessoas respeitando os protocolos de prevenção ao
covid-19. (específico atendimento nutricional);
 11 salas de atendimento individual para realização das consultas
(cadeiras, mesa computador e estadiômetro).
 1 sala para armazenamento de materiais (prontuário,
equipamentos, fichas etc.).

10
2.2 Capacidade de atendimento

O ambiente clínica escola especificamente para atendimento


nutricional comporta em horário de atendimento 08:00 ás 21:00 horas , de
12 (dez) alunos em cada turno os quais se reveza na recepção
encarregados pelos agendamentos e orientações e a professora
profissional responsável em supervisionar e orientar os discentes.

Tendo capacidade de atendimento de 8(oito) a 9(nove) pacientes


por turno com funcionamento de terça-feira à sexta-feira.

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Diante desse serviço é cobrado uma taxa no valor de R$ 5,00 referente
ao atendimento que dá direito a retornos. É realizado um agendamento
prévio e entregue o cardápio via e-mail com 5(cinco) dias úteis pós-
atendimento.

2.3 Serviço de Nutrição

O estágio curricular decorreu na clínica escola do Centro Universitário


Brasileiro ( UNIBRA). Iniciou a sua atividade no dia 26 de agosto de 2021,
desenvolvida em regime de atendimento clínico, com uma carga horária
de 24 horas semanais, num total de 240 horas, decorrendo sob
orientação da Nutricionista Rayssa Lima. Têm acesso a esta clínica todas
as pessoas que tenha interesse em um acompanhamento nutricional com
diversos objetivos, seja ele por uma educação alimentar até uma dieta
como tratamento de alguma patologia.

O serviço de nutrição tem por objetivo a avalição e atendimento


individualizado através de anamnese, diálogo, medidas antropométricas,
avaliação de sinais e sintomas e avalição de dados bioquímicos. Sendo
assim, elabora-se um plano alimentar direcionada a necessidades do
paciente a fim de garantir a qualidade de vida, saúde e bem estar do
mesmo.

A equipe de estagiário clínica escola do período da tarde 13:00 ás 17:00


horas fica disponível 4 (quatro) horas ininterruptas por dia de terça a
sexta feira para o atendimento.

2.4 Rotina do nutricionista

Na prática clínica o nutricionista busca definir o estado nutricional do


paciente, aspectos relacionados para tal diagnóstico e intervenções
necessárias. Para isso deverão ser verificados vários parâmetros.

São alguns dele:


 Capacidade física para ingestão de alimentos;
12
 História dietética anterior ou modificações realizadas;
 Mudanças ponderais recentes;
 Intolerâncias alimentares;
 Possível interação droga-nutriente;
 Presença de transtornos alimentares
 Outras alterações, como dispepsia, constipação intestinal, etc.

Aplicando-se ficha de atendimento nutricional:


 História dietética
  Recordatório de consumo alimentar de 24 horas
Alergias, preferências e intolerâncias alimentares
Freqüência de consumo alimentar
Relação com a história patológica
Padrão habitual de consumo alimentar
História ponderal
 Medidas antropométricas
  Indice de Massa Corporal (IMC)
Pregas cutâneas
Razão cintura/ quadril (RCQ)
Peso atual e usual
 Avaliação bioquímica
  Eletrólitos
Indicadores do estado de hidratação
Indicadores de anemia e de outros micronutrientes (quando
possível)
 Exame físico nutricional
  Cabelo
Tegumento
Unhas
Olhos
Cavidade oral (lábios, língua, gengiva)
Reserva muscular e adiposa global

2.5 Rotina do estagiário

Compete ao estagiário de nutrição clínica em sua rotina no exercício do


estágio realizar avaliação, triagem e diagnóstico do estado nutricional,
prescrição dietética, adequação da composição da dieta ás necessidades
do paciente, acompanhamento da evolução da terapia nutricional em
13
função da evolução clinica nutricional e da ingestão alimentar do paciente,
orientação nutricional, elaboração e acompanhamento de dietas
especiais, interpretação e acompanhamentos de exames bioquímicos
com supervisão da preceptora, prescrever suplementos se necessário
para o controle da saúde e bem estar do paciente.

2.6 Cronograma de estágio

CRONOGRAMA
ATIVIDADES DATA
Inicio (apresentação) 26 de agosto de 2021
Integração da equipe 27 agosto de 2021
Orientação e revisão de conteúdos 29 á 13 agosto de 2021
Apresentações de resolução de casos clínicos 14 de agosto de 2021
Revisão de Prática de Avaliação
Antropométrica 15 de agosto de 2021
Inícios dos Atendimentos 16 de agosto de 2021
Ação educativa em ambiente externo 21 de outubro de 2021
Visita hospitalar 26 de outubro de 2021
10 de novembro de
Fim do estágio 2021.

2.7 Descrição das atividades por setor

No setor é feito a recepção de quem procura o atendimento


respeitando os protocolos de higiene e segurança em decorrer do
momento em que nos encontramos, para prevenção do covid-19, toda a
equipe utiliza vestimenta (jaleco, sapatos fechados) e máscara N95
adequada. É agendado para possível data da avaliação e dado as
instruções de vestimentas adequadas para que seja feita uma avaliação
antropométrica fidedigna de forma mais precisa possível. É feito o
atendimento do pacientes que foram anteriormente agendados. A equipe
que atende é formado por duas pessoas e acompanhado pela
preceptora. Sendo o paciente pesado, visto sua altura, tirado suas
circunferências e dobras cutâneas se assim necessário, acomodado em
14
uma cadeira frente ao nutricionista, ´faz-se o preenchimento de uma ficha
de atendimento nutricional com questionários elaborando um recordatório
24hrs, e na sua despedida se possível deixando agendada a data do seu
retorno para um acompanhamento do objetivo pretendido. Também
acrescentado a ficha de evolução clínica e tudo que foi avaliado e a
estratégia tomada, se o atendimento for um retorno é acrescentado ao
resumo anterior o relato da nova avaliação e possível evolução e a
conduta que vai ser adotada.

O estagiário tem 3 dias para apresentar o planejamento alimentar


a preceptora a qual vai avaliar, retornar ao estagiário para correção e
ajustes se necessário. Assinada pela nutricionista preceptora, alunos
estagiários e enviada pelos estagiários e enviada por e-mail ao paciente
com 5 dias úteis após o atendimento.

3. Atividades desenvolvidas pela estagiária

Foram desenvolvidas diversas atividades como:

 Ação educativa dinâmica com degustação;


 Elaboração de lâminas;
 Resumo de artigos científico e reunião para debate;
 Palestra sobre patologias mais comum na intervenção nutricional;
 Atendimentos clínico nutricional;
 Apresentação de casos clínicos;
 Visita a hospital;
 Captação de paciente;
 Agendamento de consulta;

15
4. Conclusão

O estágio supervisionado em Nutrição Clínica foi realizado na clínica


escola da faculdade UNIBRA no turno da tarde, permitiu vivenciar a
realidade da rotina de quem atua na área como profissional de nutrição
clínica, atendendo e elaborado diversos tipos de dieta para bastante
diversidade de patologias e objetivos desejados. Foi possível aplicar os
conhecimentos teóricos obtidos em sala de aula e durante toda
graduação, possibilitou conhecer de forma prática a evolução dos
pacientes e conhecer o funcionamento de uma rotina hospitalar no campo
nutricional proporcionando uma grande experiência.
As orientações da preceptora foram excelentes, sempre agregando
conhecimentos e ajudando no desempenho e manejo na elaboração das
dietas proporcionando liberdade e segurança para escolhas estratégicas
dos estagiários.
Por fim, o estágio com certeza refletira no futuro do exercício da profissão
a ser exercida, o somatório de conhecimentos adquiridos possibilitou uma
rica experiência, fundamental na formação de um profissional
competente.

16
5. Anexos e Apêndices

5.1 Caso Clínico Enteral

Nutrição Enteral

Preceptora: Rayssa Lima

Casos Clínicos: Nutrição ENTERAL e Nutrição PARENTERAL

Nutrição Enteral

Paciente M.S.S, 21 anos, sexo masculino, estudante.

Diagnóstico: Tumor de Mandíbula + IRC em Hemodiálise (OBS.: O


paciente está em Pós operatório imediato de mandibulotomia segmentar)

História Clínica: Perda involuntária de peso (totalizando 2,5Kg) no último


mês. Com ingestão de alimentos apenas em apresentação líquida. Porém
a ingestão segue desprezível nos últimos 5 dias.

Sintomas Gastrointestinais: náuseas e diarreia (3 evacuações, fezes


moles)

Exame Físico: musocas descoradas, pele seca e descamativa e edema


de membros.

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL


Peso 49,7Kg
Altura 1,64m
IMC 18,48Kg/m²
CB 24cm
Hb 8.4
Glicemia 91
Prot Totais 5,2
Albumina 2,7
Uréia 90
Creatinina 8,7

1. Com base nos dados supracitados, responda as seguintes


questões:
a) Classifique o estado nutricional do paciente relacionando com os
dados bioquímicos

17
Resposta:
Paciente com subnutrição energética proteica grave, visto que apresenta
pele seca e descamativa, possível consequência de uma desidratação,
podendo ser acarretada pelo nível de creatinina alto, sendo alto pelo
diagnóstico de uma Insuficiência Renal Crônica, mas também pode
indicar uma desidratação.

b) O paciente apresenta risco de desenvolver síndrome de


realimentação? Justifique os critérios com base no consenso da ASPEN
(2020).
c)
Resposta:
O Paciente sim, apresenta risco moderado de desenvolver SR, pois o
mesmo está está contido entre 16–18.5 kg/m²), salientando que o
paciente também se encontra edemaciado, teve uma perda de peso de
4,9% no último mês (~5%), possível perda de massa muscular moderada
e apresenta Insuficiência Renal Crônica. que se relaciona com o aumento
do risco para a realimentação.

d) Justifique a indicação da NE.

Resposta:
. E observado que o mesmo tem cirurgia mandibular estando assim
comprometida a ingestão de alimentos sólidos visto que só se alimenta
por líquidos, perca de peso involuntária, mais sem alteração no sistema
gastrointestinal, com isso a indicação de NE é melhor opção.
A dieta indicada terá que ser bem avaliada visto que o paciente é
diarreico com episódio de evacuação 3 vezes ao dia, dando uma
atenção a regular a quantidade de de fibras ingeridas.

e) Dentre as opções de dietas enterais apresentadas, qual você


escolheria para o paciente em questão? Justifique os critérios utilizados
para a seleção da (s) dieta (s) propostas

Resposta:
Escolheria a dieta Nutri Enteral Soya 1.1, de forma polimérica já que o
mesmo está com o sistema digestivo preservado, normoproteica com
maior aporte de proteína, normolipídica com gorduras boas visto que o
paciente não mostra nenhuma alteração, rica em ômega 3 e mono e poli-
insaturada.
Optei também pela dieta normocalórica e normoproteica pelo fato de
haver risco para a SR (se fosse hipercalórica e hiperproteica poderiam
pré-dispor mais ainda o paciente ao esse risco). Mesmo assim, com esse
ritmo de infusão e quantidade, a oferta proteica seria boa (66,6 g/dia),
porém um pouco abaixo do recomendado (72,6 g). Então, uma sugestão
seria, após sua nutrição enteral normalizada e nas quantidades
adequadas, buscar maior ingesta de proteínas e até mesmo caloria.
f) Como você iniciaria a oferta da dieta enteral e conduziria a
progressão da dieta enteral escolhida?
18
Resposta:
Como ele esta com risco de desenvolver a síndrome de realimentação a
dieta tem que ser dada em quantidades de kcal baixas. No primeiro dia
será ofertado de 10kcal/kg por dia (com peso atual), havendo uma
progressão diária de 5 kcal até que ele atinja 30 kcal. Após disso, deve se
usar o peso ideal (para o calculo de fornecimento de kcal) caso ele ainda
não tenha o atingido o peso ideal.

g) Calcule a necessidade nutricional diária do paciente em relação a


Kcal/dia , Proteína/dia e Volume total/dia.

Resposta:

FÓRMULA DE BOLSO = 30 x 49,7 = 1491 Kcal/dia


1º 497 kcal/dia primeiras 24hrs
2° DIA: 10-15 kcal/kg/dia
3° DIA: 15-20kcal/kg/dia
Analisando exames para assim uma possível progressão no aporte
calórico.
Proteína/dia = 1,5*49,7=74,5g/dia
Volume total= 1491/1,1= 1l355ml
Depois fazer cálculo com peso ideal do paciente.

Os seguintes dados servirão para as conclusões das questões anteriores:

Tabela nutricional 1: NUTRI ENTERAL SOYA

Tabela Nutricional 2: Nutri enteral padrão 1.5

19
Brigadeiro Sem Lactose

5.2 Caso Clínico Parenteral

Nutrição Parenteral

2. Calcule uma parenteral para um paciente com dieta normocalórica,


normolipidica, normoproteica, normoglicidica e que pesa 70 kg. Faça para
100% das necessidades. Considere o volume da água destilada.

 Normocalórica:25-30kcal/kg
 Normoglicidica:4-5g/kg
 Normoproteica:0,8-1,2g/kg
 Normolipídica:1g/kg

a) Qual a necessidade energética total diária do paciente?

Resposta:
30*70=2.100kcal

b) Qual o valor em gramas dos macronutrientes (AA, glicose, Lip)?

20
Glicose: 5*70=350g
AA: 1,2*70=84g
Lip: 1*70=70g

c) Qual o volume dos macronutrientes (AA, glicose, Lip)?

10% --100 50%----100 20%-----100


84-------- x 350-----x 70--------x
x= 840 x=700 x=350

840+700+350=1.890ml
81+ 1890ml= 1.971ml

d) Qual o volume final da bolsa? Considere o volume da água


destilada.

Volume total da bolsa 2l100ml


2.100-1971= 129ml água destilada

e) Calcule a vazão diária do paciente.


2.100/ 24hrs= 87,5ml/hr

5.3 Caso clínico hospitalar

Paciente Hospital São Salvador

Dados coletados:

Paciente: Selizete Oliveira de Souza Pereira


21
Idade: 86 anos

Altura do Joelho: 44cm

C. Panturrilha: 32,5cm

C. Braço: 34cm

Pele seca

HP: ATC, IAM SST, IRC Agudisada

DIETA: VO 3/3Hrs pastosa em TTO conservador proteica.

Hipocalemia, Hipossódica e Hipofosfatêmica

HGT 142 1 x ao dia

Paciente do sexo feminino, idosa, 86 anos com altura estimada de


1,44 cm e peso estimado de 73,57, IMC de 35,47 diagnosticada
nutricionalmente com sobrepeso.

A paciente encontra-se internada na UIT foi diagnosticada com IRC


(Insuficiência Renal Crônica) agudizada, o que consiste em uma
insuficiência aguda em paciente crônico. Infarto Agudo do Miocárdio, está
recebendo alimentação via oral de 3/3hrs em tratamento conservador
proteico, dieta com característica hipocalêmica (controle do potássio),
hipossódica (controle do sal) e hipofosfatêmica (controle do fosfato).

No IRC com a perda e redução da filtração glomerular tem-se acúmulo no


soro ou plasma de produtos tóxicos, principalmente Uréia e Creatinina,
desencadeadores da Síndrome Urêmica o que pode levar a complicações
cardiovasculares.

Pacientes Urêmico tem fator de risco para calcificação vascular e outros,


uma das causas é idade avançada, hipertensão, diabetes mellitus,
histórico familiar etc, casos os quais se enquadra a paciente Selizete.

De acordo com a avaliação nutricional da paciente foi calculado o peso


ideal de 50,8kg e o peso ajustável de 67,87kg.

A base do tratamento conservador é a restrição proteica, entre 0,8 e


1,0g/kg/dia.
Sódio 2 a 4g/dia controle da HAS.
CHO: 55-60%
LIP: 30-35%

22
Bolso 25..

25 x 73,57= 1.839,25kcal/dia

Proteína:

0,8 x 73,57 = 58,85g*4kcal= 235,42kcal/dia (aprosimadamente13%)

CHO:

55% de 1.839,25 =1.011,58 kcal/dia

LIP:

32% de 1.839,25 = 588,56kcal/dia

Dieta pastosa:

Obs: De acordo com o cardápio foi atingido 101,4% do valor calórico


estimado.

Kcal de proteínas
232.4 Kcal - 12.5%

Kcal de Lipídios
517.5 Kcal - 27.7%

Kcal de carboidratos
1116.1 Kcal - 59.8%

Total de Kcal
1866 Kcal

DIETA PASTOSA (Amassada ou Triturada)


06:00 - Café-da-manhã

Pera 1 Unidade(s) grande(s) (190g)


Ricota 10 grama(s) (10g)
5 Colher(es) de arroz cheia(s) (picada)
Batata doce cozida
(275g)
Obs: Amassada a batata com a ricota. Depois a pera raspada.

09:00 - Colação

2 Colher sopa cheia


Abacate
(90g)
Leite de vaca desnatado UHT 1 Copo americano
23
duplo (240ml)
Obs: vitamina

12:00 - Almoço

2 Colher(es) de sopa cheia(s)


Arroz branco cozido
(50g)
Filé de peixe cozido 1 Filé(s) médio(s) (120g)
2 Colher(es) de arroz cheia(s)
Cenoura cozida
(picada) (80g)
Chuchu cozido 2 Colher servir cheia (90g)
2 Colher(es) de sopa cheia(s)
Couve-flor cozida
(picada) (50g)
Azeite de oliva extravirgem 5 Colher(es) de sopa (40ml)
Obs: Todos amassados.

15:00 - Lanche

Suplemento novasource renal 100ml

18:00 - Jantar

Inhame cozido 3 Colher servir cheia (186g)


Carne moída patinho 1 Colher de sopa (40g)
Obs: Amassado

21:00 - Ceia
Iogurte natural desnatado 150g
1 Unidade(s) grande(s)
Maçã
(200g)
Farinha de Castanha de caju 1 Unidade(s) (2.5g)
Obs: Maçã raspada e batida com o iogurte e a farinha.

5.4 Caso Clínico Clínica Escola

24
Paciente Clínica Escola

Nome: Beloardo José da Costa.

Paciente sexo masculino, 79 anos, peso 70,70, altura 1,67 Diagnosticado


estrófico portados de diabetes e hipertensão fazendo uso de medicação
Hidroclorotiazida e glicazida. Procurou atendimento com o objetivo de
controle das patologias para poder efetuar uma cirurgia no globo ocular.

IMC = 25,35 ( Eutrófico)

Protocolo de diabetes mellitus CHO 45-60% LIP: 20-35% PTN: 15-


20%.

Bolso Manutenção: 28

70.70*28= 1979 kcal/dia

Recomendação de Macronutrientes usada:

CHO: 45%..........890,55kcal/dia..........222,6g

LIP: 30%.............593,7 kcal/dia............65,96g

PTN: 25%...............494,7kcal/dia..........123,6g

Fracionado em 6 refeições:

Dejejum: 25%.....494,7kcal/dia

Colação: 10%....197,9kcal/dia

Almoço:25%......494,7 kcal/dia

Lanche: 10%.....197,9 kcal/dia

Jantar:25%.....494,7 kcal/dia

25
Ceia: 5%..........98,9 kcal/dia

Obs: Segue dieta no tópico 5.6 dieta padrão também em outros tópicos
de anexo segue 5.8 anamnese, 5.9 antropometria e ficha de evolução
do mesmo.

5.5 Mapa de visita hospitalar

Na visita ao hospitalar não foi liberado tirar foto do mapa da visita


nutricional.

Segue exemplo de uma ficha de mapa de uma visita.

26
5.6 Dieta Padrão

CARDÁPIO (Dieta padrão)


NOME: Beloardo José da Costa

IDADE: 79 anos

DATA DA CONSULTA: 28/10/2021

27
Nesta dieta foi atingida aproximadamente 2000 kcal/dia

06:00 - Café-da-manhã

2 Pedaço(s)
Cuscuz de milho cozido com aveia médio(s)
(270g)
1 Unidade(s)
Ovo de galinha
média(s) (50g)
1 Xícara chá
Café coado (suave) adoçado com stévia
(200ml)
1 Unidade(s)
Banana maçã
média(s) (65g)

• Opcões de substituição para Cuscuz de milho cozido com aveia:

Cará - 6 Colher(es) de sopa cheia(s) (144g) - ou - Mandioca cozida - 1 Pedaço(s) médio(s) (100g)

• Opcões de substituição para Ovo de galinha:

Ricota - 2 Fatia(s) média(s) (70g) - ou - Queijo mozarela - 2 Fatia(s) média(s) (40g)

• Opcões de substituição para Café coado (suave):

Café coado (suave) com leite - 1 Xícara chá (200ml) - ou - Chá de erva-doce - 1 Xícara chá
(200ml)

• Opcões de substituição para Banana maçã:

Maçã Argentina - 1 Unidade(s) média(s) (130g) - ou - Melão - 1 Fatia(s) pequena(s) (70g)

09:00 - Colação

Pasta de amendoim (Receita) 1 Colher(es) de sopa (16g)


Biscoito integral 1 Unidade(s) (7g)

• Opcões de substituição para Pasta de amendoim:

Castanha de caju - 6 Unidade(s) (15g) - ou - Castanha do Brasil - 3 Unidade(s) (12g)

• Opcões de substituição para Biscoito integral:

Torrada integral - 4 Unidade(s) (40g) - ou - Biscoito de arroz - 4 Unidade(s) (10g)

28
Recita de pasta de amendoim
Ingredientes
 300 g de amendoim sem pele e sem sal
Modo de preparo
1. O segredo é aquecer o amendoim assim ele irá soltar o seu próprio
óleo e facilitar na hora de bater. Se o amendoim ainda estiver com pele,
asse-o no forno e retire toda a casca. Se ele já estiver sem a pele, leve ao
forno baixo por cerca de 5 minutos, somente para aquecer;
2. Transfira para um processador ou liquidificador. Comece a bater no
modo pulsar, depois bata até ficar bem triturado. Aos poucos ele irá se
transformar em uma pasta homogênea;

12:00 - Almoço

Salada de alface americana com molho vinagrete - tomate, cebola,


À vontade
salsa, vinagre e azeite
1 Colher servir
Arroz integral cozido
cheia (55g)
1 Colher servir
Feijão preto cozido
cheia (35g)
1 Peito(s)
Peito de frango assado
médio(s) (180g)
1 Unidade(s)
Laranja
média(s) (180g)

• Opcões de substituição para Arroz integral cozido:

Macarrão integral cozido com tomates - 1 Colher servir cheia (50g) - ou - Arroz com brócolis - 1
Colher servir cheia (55g)

• Opcões de substituição para Feijão preto cozido:

Feijão verde cozido - 1 Colher(es) de servir (48g) - ou - Feijão carioca cozido - 1 Colher servir
cheia (35g)

• Opcões de substituição para Peito de frango assado:

FIlé de merluza assado - 1 Filé(s) grande(s) (155g) - ou - Fígado grelhado - 1 Filé(s) médio(s)
(110g)

15:00 - Lanche

1 Porção (85g) 1 Colher(es) de sopa


Tapioca com frango com Semente de chia*
cheia(s) (15g)
Chá de camomila 1 Xícara(s) de chá (200ml)

29
• Opcões de substituição para Tapioca com frango:

Crepioca ( Recita)- 1 Porção(ões) (100g)  com  Canela em pó - 1 Colher café cheia (4g)

Tapioca com Frango*


Mistura a chia na massa antes do preparo.
Crepioca
Ingrdiente
 1 ovo grande
 2 colheres (sopa) de tapioca
 Recheio opcional
Modo de preparo
1. Dentro de um recipiente, quebre o ovo e com a ajuda de um
batedor de arames, bata ligeiramente – eu particularmente gosto de usar
dois ovos.
2. Acrescente em seguida as duas colheres de sopa de tapiocal e
bata novamente até ficar bem homogêneo.
3. Se necessário, unte uma frigideira com manteiga, óleo de coco ou
azeite, leve ao fogo médio/baixo e deixa aquecer por 1 minutos.
4. Despeje a massa, tampe e deixe firmar. Retire a tampe e quando a
massa soltar do fundo da frigideira, vire-a e deixe dourar do outro lado.
Quanto mais tempo no fogo, mais douradinha ela irá ficar.
5. Desligue o fogo, retire da frigideira e adicione o recheio desejado.
6. Você pode armazenar na geladeira por até 3 dias sem recheio, ou
congelar a massa por até 3 meses dentro de um recipiente ou saco
plástico.

18:30 - Jantar

100g
Batata doce com Carne moída refogada
1 Colher(es) de sopa cheia(s) (25g)
Café coado (suave) com stévia 1 Xícara chá (200ml)

• Opcões de substituição para Batata doce:

Inhame - 1 Escumadeira(s) média(s) cheia(s) (picado) (110g) - ou - Pão integral - 2 Fatia(s) (50g)

• Opcões de substituição para Carne moída refogada:

Filé de sardinha em conserva em óleo - 2 Unidade(s) média(s) (66g) - ou - Frango desfiado ao


molho de tomate - 3 Colher(es) de sopa cheia(s) (60g)

21:00 - Ceia

Omelete simples 1 Unidade(s) (65g)


Suco de limão adoçado com stévia 1 Copo americano duplo (240ml)
30
Queijo diet 1 Fatia(s) média(s) (20g)

• Opcões de substituição para Omelete simples:

Mingau de aveia - 2 Colher(es) de sopa (30g)

• Opcões de substituição para Queijo muzarela:

Requeijão diet- 1 Colher sopa cheia (30g) - ou - Creme de ricota - 2 Colher(es) de sopa (40g)

Lâmina

31
Consumir 2 litros100 ml de água dia, fracionados em
524ml.

32
5.7 Palestra realizada dentro do campo:

 Palestra sobre patologias mais comum na intervenção nutricional;

33
34
35
36
37
5.8 Ficha de Anamnese:

38
39
40
41
5.9 Avaliação Antropométrica

Paciente: Beloardo José da Costa

42
5.10 Orientação de uma alta hospitalar:

Orientações Diabetes e Hipertenção.

Nutrição e atividade física são partes essênciais de um estilo de vida


saudável para o tratamento de diabetes e hipertensão.

Evitar:
1. Frituras e alimentos ricos em gordura saturada e trans;
2. Alimentos ricos em sódio (sal)
3. Doces, balas, bolos, sorvetes e produtos ricos em açucar (outros
nomes para acuçar: xarope de glicose, xarope de milho, glicose,
sacarose, frutose)
4. Bebidas com adição de açucar como: suco em caixa, refrigerante
comum
5. Bebidas alcoólicas (Caso faça uso de medicamentos o alcoól pode
atrapalhar ainda mais). Nesse caso, deve ser ingerido com carboidrato
durante o consumo da bebida, ou antes. 
6. Períodos muito longos de jejum
7. Tabagismo

Recomendações:
1. Procure se exercitar ou ser uma pessoa mais ativa. A atividade física
pode melhorar seus níveis de glicose, baixar a pressão, melhorar o fluxo
sanguíneo, ajuda a manter o peso, melhora seu humor, memória e sono.
2. Procure consumir mais folhosos, legumes, frutas in natura, grãos
integrais, carnes magras, oleaginosas, laticíneos sem gordura, com baixa
quantidade de gordura ou sem lactose (caso seja intolerante)
3. Prefira os óleos saudáveis ao coração como azeite, ou provenientes de
nozes e sementes
4. Prefira peixes como salmão e atum
5. Prefira os óleos para cozinhar em vez de margarina
6. Seja paciente, pequenas mudanças diárias fazem toda a diferença
7. Procure se hidratar principalmente com água
8. Cuide dos seus pés. Devido ao baixo fluxo sanguíneo e danos nos
nervos que podem aumentar os níveis de glicose no sangue. Prefira
calçados confortáveis.
9. Traga sempre consigo um pequeno doce ou bala e coloque na boca ao
sentir os primeiros sinais da hipoglicemia (tontura, palpitações, fraqueza,
palidez, dor de cabeça, suor em excesso, vômito, diarréia, ou outros
indicados por seu nutricionista)

43
10. No preparo dos alimentos, procure dar preferência aos grelhados,
assados, cozidos no vapor ou até mesmo crus
11. Alimentos com designação diet, light ou zero podem ser indicados,
mas não de maneira exclusiva.
12. A ingestão regular de água é essencial para ajudar no controle e
prevenção da hipertensão. Pergunte ao seu nutricionista a quantidade
ideal de água que deve ingerir no dia;
13. Caso vá consumir alimentos em conserva, lave-os antes de consumir
para retirar o excesso de sal;
14. Caso use algum medicamento, fique atento ao horário e não esqueça
de toma-lo.
15. Procure respirar mais lentamente, isso pode ajudar a promover a
redução da pressão.

44
5.11 Evolução:

Paciente: Beloardo José da Costa

45
5.12 Ficha MNA

46
5.13 Dieta Enteral Artesanal:

47
48
5.14 Avaliação Criança:

Paciente: Eshilley Ranyere Monteiro de Santana. 11 anos.


Para o gráfico de Altura/idade:
Maior que Z-Score -2 -> Estatura adequada (zona verde)
Para o gráfico de IMC/idade:
Entre Z-Score +1 e Z-Score +2 -> Sobrepeso* (zona amarela)

49
50
5.15 Resumo de Artigo:

Intolerância à lactose: uma breve revisão para o


cuidado nutricional
Carla Rosane Paz Arruda Téo

Resumo
A intolerância à lactose é uma inabilidade para digerir completamente a lactose, o açúcar
predominante do leite. A lactose é um dissacarídeo e sua absorção requer hidrólise prévia
no intestino delgado por uma b-galactosidase da borda em escova, comumente chamada
lactase. A deficiência de lactase conduz à má-digestão da lactose e à consequente
intolerância. A lactose não digerida, conforme passa pelo cólon, é fermentada por bactérias
colônicas, havendo produção de ácidos orgânicos de cadeia curta e gases. Isto resulta em
cólicas, flatulência, dor e diarreia osmótica. Existem dois tipos de deficiência de lactase. A
deficiência de lactase do tipo primário é uma condição permanente. A forma congênita de
deficiência de lactase é muito rara, enquanto a não persistência de lactase do tipo adulto é
muito comum e afeta cerca de ¾ da população mundial. A deficiência de lactose secundária
é, usualmente, condição temporária causada por dano à mucosa intestinal. Iogurte e outros
produtos fermentados, bem como leites hidrolisados, amenizam os sintomas dos
intolerantes. Da mesma forma, ingerir pequenas quantidades de leite a cada vez, ingerir
leite juntamente com as refeições, usar preferencialmente leite integral e acrescentar
chocolate ao leite podem aumentar a tolerância à lactose. Por outro lado, fatores
psicológicos devem ser considerados no que diz respeito à intolerância à lactose, já que é
sabido que as funções cerebrais exercem forte influência sobre a percepção de sintomas.
Este trabalho revisa informações fundamentais sobre má digestão da lactose e intolerância
à lactose e discute as possibilidades no tratamento dos intolerantes.

51
5.16 Ação Educativa:

Tema: APLV, Intolerância a Lactose x Doença Celíaca

52
Degustação

53
54
5.17 Lâminas elaboradas:

55
56
57
5.18 Resumo de artigos (Modelo Transteórico):

Artigo: Abordagem do modelo transitório no comportamento alimentar.

RESUMO

O artigo faz menção ao comportamento alimentar através de varias


pesquisas, que tiveram como análise vários fatores como: sociais,
demográficos, culturais, ambientais e psicológicos. Uma pesquisa feita em
uma escola pública americana a qual se constatou que 41,3% dos alunos
confessaram comer menos do que gostariam para poder controlar o peso
e que muitos começam a ter essa preocupação bem precocemente em
torno dos 11 anos mostrando que o peso e a imagem corporal interfere
muito no consumo alimentar. Através de outra pesquisa foi identificado
que sexo, etnia, escolaridade e estado civil (características
demográficas)também era determinastes no consumo de alimentos
saudáveis e que quanto maior a escolaridade independente do sexo
consumiam mais frutas e hortaliças e que negras, estudante, gestante ou
lactante não tabagista faziam consumo maior de frutas e hortaliças.
Mostrou também que a renda é vista como um fator delimita-te nas
escolhas alimentares visto que as dietas saudáveis são mais caras que as
ricas em gorduras e açucares. Em relação ao social constatou-se que
refeições feitas na companhia de muitas pessoas terminam por demorar
mais que o necessário e a exposição demorada aumenta quantidade da
comida e as calorias ingeridas. A relação cultural das pessoas interfere
no consumo de alimentos através das religiões e tradições. A política de
globalização a qual facilita o comércio de alimentos entre países
influencia o consumo por comida de países distantes ricos em gorduras
citando a prática de fast food. Sobre aspectos psicológico o
conhecimento e crenças sobre as característica de uma alimentação
saudável foi bem importante na tomada de decisão das pessoas, que
atitudes através de um suporte social traziam mais resultado que apenas
obter o conhecimento. Outro fator psicológico bem observado foi a auto
eficácia do indivíduo ou seja a confiança que ele tem em si mesmo e
comprovado que quanto mais confiante menor era o consumo de
gorduras e açucares. Verificou o ambiente que muita promoção a comidas
gordurosa incentiva o consumo dos mesmo e está relacionado com
obesidade, ressaltando que geralmente são refeições feitas fora do
âmbito familiar.Com isso, torna-se necessário o estudo interdisciplinar
incluindo diversos aspectos que influenciam no comportamento alimentar
para aumentar a efetividade das intervenções alimentares conhecendo

58
melhor os determinantes do comportamento alimentar para aumentar as
chances de sucesso. O conhecimento sobre qual alimento escolher a
melhor forma de consumir, informações sobre a nutrição, atividades
educativas contribui para a prática de alimentação saudável, contribui
para novas atitudes no entanto deve se considerar um conjunto para que
haja motivação, podendo afirmar através de pesquisas que o
conhecimento leva a motivação e a base de experiências prévias e vice-
versa elas se relacionam entre si levando a uma modificação no
comportamento. Não deixando de observar as particularidades das
pessoas envolvidas no planejamento de mudança. Ressalta sobre a
motivação intrínseca e extrínseca o qual evidenciou que o fator
intrínseco motiva mais a alimentação saudável, são que surgi do
indivíduo, abrange os desejos. A percepção das pessoas foi analisada e
observou-se que muitos não tinha a consciência de sua alimentação
achavam boas e não reconheciam necessitar de intervenções e está
necessidade é fundamental para uma mudança dietética. Com isso o
artigo menciona um modelo teórico planejado em ações estudado e
adotado nos a partir dos anos 80 por dois pesquisadores que explica a
estrutura de mudança primeira mente aplicável ao tabagismo, alcoolismo
e drogas, hoje aplicado a outros comportamentos incluindo o alimentar.
Este modelo de estágio de mudança de comportamento fala sobre cinco
etapas: Pré-contemplação a mudança ainda não foi considerada pelo
indivíduo, não foi reconhecido o problema, não pretende adotar nenhum
método, falta de conhecimento ou já teve tentativas frustradas, não tem
motivação, não reconhece que faz uso de práticas inadequadas.
Contemplação o indivíduo reconhece o problema, considera uma
mudança, não quer comprometimento, arruma desculpas, tempo,
dinheiro, sabor. Decisão ou preparação são realizadas pequenas
mudanças, tentativas frustradas, na próxima semana eu começo. Em
Ação estágio de grande dedicação, consegue negar, é constatado
mudanças entre os últimos 6 meses e consegue enxergar benefícios.
Manutenção o indivíduo modificou o comportamento e conseguiu manter
por mais de 6 meses, não necessariamente um estágio estático podendo
oscilar entre os outros estágios. Ressaltando que apesar de ter sido um
modelo feito primeiramente para outros tipos de comportamento
observou-se resultados bem satisfatório no âmbito alimentar verificando
10 processos de mudança. Essas analises podem ter intercorrência visto
que ainda não foram realizados métodos avaliativos e as dificuldades de
integração entre todos os componentes dos estágios. E ser considerado
um estudo recente. E visto que deve ser desenvolvido atitudes
específicas par cada estágio citando como exemplo o estágio de pré-
contemplação que leva muito em consideração o sabor dos alimentos.
Concluiu que o modelo transitório é uma importante ferreamente mais

59
que não aborda dimensões cognitivas e emocionais uma abordagem
importantíssima no âmbito motivacional. Necessitado assim de mais
desenvolvimento de estratégias para intervenções nutricionais de sucesso
e mudanças de práticas alimentares não adequadas.

5.19 Fotos de visita ao hospital:

60
61
5.20 Captação de paciente:

62
5.21 Slides seminário final:

63
REFERÊNCIAS

64
65
6 REFERÊNCIAS

BANDUK, M. L. S.; RUIZ-MORENO, L.; BATISTA, N. A. A Construção da


identidade profissional na Graduação do Nutricionista. Interface:
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68

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