Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
'10.37885/230212218
RESUMO
Leite e derivados lácteos são considerados matrizes ricas em proteínas de alto valor bio-
lógico, além de minerais essenciais como cálcio e fósforo. Esse capítulo buscou avaliar a
composição química, bioquímica e efeitos à saúde associados ao leite A2, além da avaliação
de produção e consumo. Neste contexto, a composição nutricional do leite é de extrema im-
portância para a regulação e o funcionamento do organismo de seu consumidor. O processo
digestivo das proteínas do leite é responsável por gerar diferentes moléculas com atividade
biológica como peptídeos bioativos, além de β-casomorfinas, conhecidas como peptídeos
opioides. O leite A2 é um produto recente no mercado consumidor, equivalente em compos-
tos majoritários ao produto tradicional, mas com um diferencial relacionado à possibilidade
de melhor digestibilidade e à produção de menores proporções de β-casomorfina 7 (BCM-
7). O estudo deste derivado metabólico já proporcionou diferentes hipóteses associando os
diferentes tipos de β-caseína do leite com comorbidades como diabetes mellitus e doenças
cardiovasculares. Entretanto, publicações oficiais recentes já esclareceram que ainda não é
possível estabelecer relações de causa e efeito entre a ingestão de BCM-7 e a prevalência
de comorbidades. Estudos de intervenção dietética têm mostrado resultados distintos em
função da regulação gastrointestinal e apontam que o leite A2 pode ser associado a melho-
res respostas no trânsito intestinal, na redução de sintomas de desconforto digestivo e de
intolerância à lactose, assim como menores índices de resposta alérgica e inflamatória em
indivíduos com certo grau de intolerância ao leite.
DESENVOLVIMENTO
As proteínas do leite são componentes que exercem diferentes funções, tanto biológi-
cas como tecnológicas (KORHONEN, 2009), sendo utilizadas como ingrediente essencial
na fabricação de diversos alimentos e produtos derivados nas indústrias farmacêutica e
Ciência e Tecnologia de Alimentos: o avanço da ciência no Brasil - ISBN 978-65-5360-291-5 - Vol. 3 - Ano 2023 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
280
alimentícia (NGUYEN et al., 2015). A proteína do leite é dividida em duas frações, a caseína
(que compõe 80% do produto) e as proteínas do soro (que compõem 20%).
Figura 1. Disposição estrutural das frações de caseína no leite em estrutura coloidal de nanoclusters. Adaptado de
DALGLEISH; CORREDIG (2012).
Ciência e Tecnologia de Alimentos: o avanço da ciência no Brasil - ISBN 978-65-5360-291-5 - Vol. 3 - Ano 2023 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
281
comuns (CHAUDHARY et al., 2018; SINGH et al., 2016; VERCESI FILHO, 2012). A com-
binação destes genes presentes nas vacas é o que determina a produção de cada tipo de
β-caseína no leite, havendo três genótipos possíveis: o genótipo A1/A1 determina que o
animal produza apenas a β-caseína A1; o genótipo A2/A2 determina a produção somente
do tipo A2; e vacas com o genótipo A1/A2 produzem os dois tipos.
As diferentes proteoformas A1 e A2 da β-caseína do leite são caracterizadas pela única
substituição do aminoácido da posição 67 da cadeia polipeptídica (CHAUDHARY et al., 2018;
SEMAGRO, 2019). Enquanto o tipo A2 possui uma molécula de Pro67, a β-caseína A1 é
constituída por His67, o que promove a mudança conformacional da cadeia desta proteína
(Figura 2). Este comportamento também impacta diretamente na resposta hidrolítica da
β-caseína, uma vez que a proteína A2 interage de modo distinto com as enzimas proteolíti-
cas, durante a digestão, gerando derivados peptídicos diferentes (DANILOSKI et al., 2021;
SUMMER et al., 2020).
63 64 65 66 67
68 69
β-CASEÍNA
PRO GIY PRO ILE HIS ASN SER
A1
β-CASEÍNA
PRO GIY PRO ILE PRO ASN SER
A2
Adaptado de ALI et al. (2019).
Ciência e Tecnologia de Alimentos: o avanço da ciência no Brasil - ISBN 978-65-5360-291-5 - Vol. 3 - Ano 2023 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
282
é, apresentaram mais que 95% de expressão genotípica A2/A2. Um levantamento feito
no Rio Grande do Sul encontrou uma frequência do alelo A2 de 50% nos animais da raça
Holandês e de 92% no Gir (SEMAGRO, 2019). Em Minas Gerais também já foi observado
este perfil genotípico, onde 95% dos alelos apresentados entre os animais da raça Gir eram
do tipo A2 (SOUSA, 2019). As raças zebuínas são reconhecidas pela adaptabilidade ao
clima tropical e a sua facilidade de produzir leite a partir de consumo exclusivo de pastos,
sendo as raças Gir e Guzerá as mais bem avaliadas para produção leiteira (ARAÚJO et al.,
2018; MADALENA et al., 2012).
Na década de 1990, pesquisas epidemiológicas conduzidas por cientistas, inicialmente
na Nova Zelândia, levantaram uma discussão acerca das diferenças entre as caseínas, seus
efeitos e impactos na saúde humana (CHAUDHARY et al., 2018). A hidrólise de diferentes
porções proteicas, no leite, é conhecida por gerar peptídeos com características opioides, que
agem como interferentes agonistas ou antagonistas da atividade biológica (KOSTYRA et al.,
2004). As variantes da β-caseína do leite são digeridas de forma diferente e, para o tipo A2 da
proteína, a hidrólise enzimática ocorre em taxas muito baixas, gerando o peptídeo betaca-
somorfina-9 (BCM-9). Em contrapartida, a hidrólise gastrointestinal da β-caseína A1 pode
produzir um peptídeo opioide chamado betacasomorfina-7 (BCM-7), proveniente da quebra
da ligação peptídica entre a Ile66 e a His67 (BRANTL et al., 1979; JINSMAA & YOSHIKAWA,
1999; KOSTYRA et al., 2004; NGUYEN et al., 2015; ROGINSKY, 2003; SINGH et al., 2016).
Ciência e Tecnologia de Alimentos: o avanço da ciência no Brasil - ISBN 978-65-5360-291-5 - Vol. 3 - Ano 2023 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
283
espacial e pela presença de pontes dissulfeto em sua cadeia polipeptídica (KOPF-BOLANZ
et al., 2014; PICARIELLO et al., 2010).
Estudos in vivo já quantificaram concentrações de BCM-7 (β-CN f[60-66]) após 30 mi-
nutos de digestão de amostras de proteína do leite, além de frações menores do peptídeo
terem se mostrado presentes no final da digestão (BOUTROU et al., 2013). Outros trabalhos
já evidenciaram que fosfopeptídeos derivados da β-caseína são mais resistentes à ação
enzimática, sobrevivendo até o final da etapa intestinal da digestão, na porção ileal dos ani-
mais (PICARIELLO et al., 2010). Peptídeos opioides (Quadro 1) são moléculas de proteínas
capazes de interagir com receptores de alcaloides no organismo, gerando ou inibindo deter-
minada atividade opioide. As betacasomorfinas possuem, em sua grande maioria, atividade
opioide agonista decorrente da presença de grupamentos aromáticos na cadeia polipeptídica
e da hidrofobicidade de suas moléculas (KOSTYRA et al., 2004). Com o descobrimento e
a associação das BCMs com respostas biológicas, diferentes hipóteses já questionaram o
papel dos derivados proteicos do leite como possíveis causadores de comorbidades.
β-Casomorfina-11 60 Tyr-Pro-Phe-Pro-Ile-Pro-Asn-Ser-Leu 70
[His8]-β-Casomorfina-9 60 Tyr-Pro-Phe-Pro-Gly-Pro-Ile-[His]-Asn 68
β-Caseína
β-Casomorfina-8 60 Tyr-Pro-Phe-Pro-Gly-Pro-Ile-[Pro] 67
β-Casomorfina-7 60 Tyr-Pro-Phe-Pro-Gly-[Pro]-Ile 66
β-Casomorfina-5 60 Tyr-Pro-Phe-Pro-Gly 64
β-Casomorfina-4 60 Tyr-Pro-Phe-Pro 63
Doenças como diabetes mellitus tipo 1 (ELLIOTT et al., 1999), doença cardíaca coro-
nariana (MCLACHLAN, 2001), síndrome de morte súbita infantil (SUN et al., 2003), esquizo-
frenia e autismo (WOODFORD, 2008) já foram correlacionadas com a presença de BCM-7 e
o consumo de leite bovino contendo os tipos A1 e A2 da proteína. Entende-se, contudo, que
Ciência e Tecnologia de Alimentos: o avanço da ciência no Brasil - ISBN 978-65-5360-291-5 - Vol. 3 - Ano 2023 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
284
a biossíntese de BCM-7 pode ocorrer a partir da hidrólise de qualquer variante da β-caseína
(A1 e/ou A2), embora a quantidade do peptídeo opioide derivado da digestão da β-caseí-
na A1 tenha se mostrado expressivamente maior que a da β-caseína A2 (ASLEDOTTIR
et al., 2017, 2019; LAMBERS et al., 2021). O documento de revisão mais recente publicado
pela Autoridade Europeia para Segurança dos alimentos (EFSA) esclareceu, por outro lado,
que ainda não é possível estabelecer relações de causa e efeito entre a ingestão de BCM-7
e a prevalência de comorbidades crônicas, por conta da falta de evidências científicas, da
ausência de modelos experimentais validados em humanos, assim como da existência de
mecanismos multifatoriais para o desenvolvimento e progressão das doenças (EFSA, 2009).
Nas últimas duas décadas, alguns trabalhos já correlacionaram efeitos biológicos com
o consumo de leite bovino, incluindo tipo A2, composto por diferentes proteoformas da β-ca-
seína (Quadro 2). Intervenções dietéticas com leite bovino A1/A1, em estudos in vivo com
animais e humanos, já evidenciaram retardo no trânsito intestinal, resposta inflamatória no
estômago, desconforto digestivo, dores abdominais e aumento nos sintomas de intolerância
à lactose, como desconforto e distensão abdominal, flatulência, frequência e consistência
da excreção fecal (DANILOSKI et al., 2021).
Quadro 2. Relação entre efeitos biológicos associados ao consumo de leite A2, relatados em estudos publicados entre
2002 e 2020.
Ciência e Tecnologia de Alimentos: o avanço da ciência no Brasil - ISBN 978-65-5360-291-5 - Vol. 3 - Ano 2023 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
285
Quadro 2. Continuação.
Ciência e Tecnologia de Alimentos: o avanço da ciência no Brasil - ISBN 978-65-5360-291-5 - Vol. 3 - Ano 2023 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
286
inflamatória no intestino e maiores concentrações de ácidos graxos de cadeia curta excre-
tado ao final da digestão, em indivíduos adultos, quando comparado ao produto tradicio-
nal. No mesmo ano, o consumo diário de leite A2/A2 também foi associado ao aumento nos
níveis de Glutationa plasmática, comumente indicativa de capacidade antioxidante no orga-
nismo humano (DETH et al., 2016), assim como com a redução de sintomas de intolerância
ao leite (MILAN et al., 2020) e ao efeito protetor contra a resposta inflamatória mediada por
linfócitos Th2, comuns em reações alérgicas (YADAV et al., 2020).
Altas concentrações de linfócitos CD4+, CD19+ e NK também já foram identificadas
em camundongos idosos, suplementados com leite A2/A2, a partir de formulações dietéti-
cas. Esta classe de células imunológicas é comumente reduzida com o envelhecimento do
organismo, servindo como marcadores de resistência imunológica comum na senescência
(GUANTARIO et al., 2020). Vale ressaltar, todavia, que os mesmos estudos que apresentam
efeitos benéficos do consumo de leite bovino com β-caseína A2 não mostram evidências de
efeitos inibitórios para distúrbios cardiovasculares ou crônicos associados ao seu consumo.
O atual perfil de consumidores que busca por produtos lácteos com características
sensoriais e nutricionais de alta qualidade, e o interesse por produtos alternativos ao leite
convencional tem aumentado (O’CALLAGHAN et al., 2018; WILLER et al., 2021). Estima-
se que o mercado global de leite A2 alcance o rendimento de U$ 3,7 milhões até o ano de
2027, obtendo uma taxa de crescimento anual superior a 15% entre os anos de 2021 e 2027.
No Brasil, o incentivo e cooperação em projetos regionais de desenvolvimento agrícola e
pecuarista, assim como o apoio às novas tecnologias de produção e manejo, têm sido regidos
pelas diretrizes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Em novembro de
2019, em conjunto com o programa independente #BEBAMAISLEITE, foi lançado o Protocolo
Vacas A2/A2, que propunha possibilitar a agregação de valor ao leite A2 comercializado no
país. A adesão ao protocolo nacional pode ser realizada por produtores rurais ou empre-
sas, e depende do cumprimento das regras estabelecidas em um regulamento aprovado
pela certificadora independente Brasil Certificação Ltda. (CNA BRASIL, 2019). Em outubro
do mesmo ano, o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) já havia
confirmado a regulamentação da origem de vacas A2/A2 nos rótulos de produtos lácteos.
Recentemente, em 2021, também foi aprovada a inclusão de alegação da funcionalidade
do produto A2, relativa aos benefícios associados ao seu consumo frequente (FORBES
AGRO, 2021), embora o uso esteja restrito à “não formação de BCM-7” e não ao contexto
de alergias ou comorbidades alimentares.
Ciência e Tecnologia de Alimentos: o avanço da ciência no Brasil - ISBN 978-65-5360-291-5 - Vol. 3 - Ano 2023 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
287
Os avanços operacionais e legais que envolvem a produção leiteira de vacas A2/A2
no Brasil é recente, porém, a seleção e investimento nas crias data de 2016, pela Fazenda
Agrindus (SP), tendo seu antecipado investimento garantido a primeira certificação de leite
A2/A2 do país (IDEAGRI, 2019). Em 2017, o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos
Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (SINDILAT) anunciou o desenvolvimento de
um projeto-piloto para pesquisa do leite A2 e futura aplicação nas criações de gado lo-
cais. No Estado de São Paulo, o Plano Mais Leite Mais Renda, desde 2017, busca coordenar
a cadeia produtiva do leite e aumentar a produtividade e a qualidade da produção para dois
bilhões de litros por ano, em dez anos. Desde o último ano, a iniciativa tem facilitado a articu-
lação de produtores que buscam adequação para produção certificada do leite A2 (AGÊNCIA
PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS, 2019; PAGANI NETTO, 2017).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mesmo sendo historicamente reconhecido como o genótipo original dos animais, o leite
A2/A2 é um produto recente no mercado consumidor, que apresenta poucas diferenças de
composição nutricional majoritária, em comparação com o produto tradicional. Todavia, a
distinção entre as proteoformas da β-caseína, em sua constituição, se mostra de extrema
importância, tanto na estrutura molecular quanto no processo digestivo do produto.
A partir dos avanços a respeito dos peptídeos bioativos provenientes da hidrólise
proteica do leite, uma gama de trabalhos buscou associar a presença dos derivados me-
tabólicos, como β-casomorfinas, com as diferentes respostas ocorridas após o consumo
de leite fluido pelos indivíduos. Porém, embora diferentes hipóteses tenham surgido para
relacionar as causas de doenças crônicas não-transmissíveis com a presença ou ausência
dos derivados proteicos do leite, poucos estudos comprovaram a influência destes peptídeos
no surgimento de comorbidades. Por outro lado, grande parte dos trabalhos publicados nos
últimos anos, têm mostrado evidências de que o genótipo A2/A2 do leite pode ser associado
a melhores respostas no trânsito intestinal, redução de sintomas de desconforto digestivo e
de intolerância à lactose, assim como menores índices de resposta alérgica e inflamatória
em indivíduos com certo grau de intolerância ao leite.
Portanto, dados que apontam para a saudabilidade do leite A2, em conjunto com o
estímulo à padronização genética dos animais, têm promovido a ampliação da produção,
com o surgimento de novas marcas e produtos derivados.
Ciência e Tecnologia de Alimentos: o avanço da ciência no Brasil - ISBN 978-65-5360-291-5 - Vol. 3 - Ano 2023 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
288
REFERÊNCIAS
ALI, W. R. et al. Genotyping Test Development and Genotyping Survey of Pakistani po-
pulation of Holstein Friesian imported from Different Origins for A1/A2 SNP in Beta-casein
Gene. bioRxiv, p. 1–16, 2019.
ARAÚJO, T. P. M. et al. Gir and guzerat cow milk production and composition according
to lactation stage, somatic cell count, physiological state and body condition. Acta Scien-
tiarum - Animal Sciences, v. 40, p. 1–7, 2018.
BEALES, P. et al. A multi-centre, blinded international trial of the effect of A1 and A2 β-ca-
sein variants on diabetes incidence in two rodent models of spontaneous Type I diabetes.
Diabetologia, v. 45, n. 9, p. 1240–1246, 2002.
BRANTL, V. et al. Novel Opioid Peptides Derived from Casein (β -Casomorphins). I. Isolation
from Bovine Casein Peptone. Hoppe-Seyler´s Zeitschrift für physiologische Chemie,
v. 360, n. 2, p. 1211–1224, 1979.
CHAUDHARY, V.; RANI, M. R.; KHIRBAT, R. A1/A2 Milk. The Dairy Ice Cream & Bakery
Foods, p. 2–3, 2018.
CNA BRASIL. CNA e Beba Mais Leite lançam protocolo do A2A2. Disponível em: <ht-
tps://www.cnabrasil.org.br/noticias/cna-e-beba-mais-leite-lancam-protocolo-do-a2a2>.
Acesso em: 21 jun. 2020.
DALGLEISH, D. G.; CORREDIG, M. The structure of the casein micelle of milk and its
changes during processing. Annual Review of Food Science and Technology, v. 3, n.
1, p. 449–467, abr. 2012.
Ciência e Tecnologia de Alimentos: o avanço da ciência no Brasil - ISBN 978-65-5360-291-5 - Vol. 3 - Ano 2023 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
289
EDWARDS, T. S. et al. A simple method to generate β-casomorphin-7 by in vitro digestion
of casein from bovine milk. Journal of Functional Foods, v. 85, n. January, 2021.
EFSA. Review of the potential health impact of β-casomorphins and related peptides. EFSA
Journal, v. 7, n. 2, p. 231r, 2009.
ELLIOTT, R. B. et al. Type I (insulin-dependent) diabetes mellitus and cow milk: Casein
variant consumption. Diabetologia, v. 42, n. 3, p. 292–296, 1999.
FORBES AGRO. Leite A2, de fácil digestibilidade, agora poderá ser facilmente iden-
tificado pelo consumidor. Disponível em: <https://forbes.com.br/forbesagro/2021/10/lei-
te-a2-de-facil-digestibilidade-agora-podera-ser-facilmente-identificado-pelo-consumidor/>.
Acesso em: 12 ago. 2022.
JIANQIN, S. et al. Effects of milk containing only A2 beta casein versus milk containing both
A1 and A2 beta casein proteins on gastrointestinal physiology, symptoms of discomfort,
and cognitive behavior of people with self-reported intolerance to traditional cows’ milk.
Nutrition Journal, v. 15, n. 1, 2 abr. 2016.
KOSTYRA, E. et al. Opioid peptides derived from milk proteins. Polish Journal of Food
and Nutrition Sciences, v. 13, n. 1, p. 25–35, 2004.
MADALENA, F. E.; PEIXOTO, M. G. C. D.; GIBSON, J. Dairy cattle genetics and its appli-
cations in Brazil. Livestock Research for Rural Development, v. 24, n. 6, p. 4, 2012.
Ciência e Tecnologia de Alimentos: o avanço da ciência no Brasil - ISBN 978-65-5360-291-5 - Vol. 3 - Ano 2023 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
290
MCLACHLAN, C. N. S. β-casein A1, ischaemic heart disease mortality, and other illnesses.
Medical Hypotheses, v. 56, n. 2, p. 262–272, 2001.
MILAN, A. M. et al. Comparison of the impact of bovine milk β-casein variants on digestive
comfort in females self-reporting dairy intolerance: A randomized controlled trial. American
Journal of Clinical Nutrition, v. 111, n. 1, p. 149–160, 2020.
O’ MAHONY, J. A.; FOX, P. F. Milk proteins: Introduction and historical aspects. [s.l:
s.n.].
SINGH, N. K.; KOUR, S.; SHARMA, N. Impact of A1/A2 forms of Cow’s Milk on Human
Health-A review. Journal of Animal Research, v. 6, n. 6, p. 923, 2016.
SOUSA, R. et al. Protein digestion of different protein sources using the INFOGEST static
digestion model. Food Research International, v. 130, n. September 2019, p. 108996,
2020.
SUMMER, A. et al. Occurrence, biological properties and potential effects on human health
of β-casomorphin 7: Current knowledge and concerns. Critical Reviews in Food Science
and Nutrition, v. 60, n. 21, p. 3705–3723, 2020.
Ciência e Tecnologia de Alimentos: o avanço da ciência no Brasil - ISBN 978-65-5360-291-5 - Vol. 3 - Ano 2023 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
291
VERCESI FILHO, A. E. Identificação de alelos A1 e A2 para o gene da beta-caseína na
raça Gir Leiteiro. IX Simpósio Brasileiro de Melhoramento Animal. Anais...João Pessoa:
2012.
WILLER, H. et al. The World of Organic Agriculture Statistic and emerging trends
2021. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://shop.fibl.org/de/artikel/c/statistik/p/1663-organic-
-world-2015.html>.
WOODFORD, K. Open public forum A1 Beta-casein, Type 1 diabetes and links to other
new world illnesses. Diabetes Research and Clinical Practice, v. 79, p. S3, fev. 2008.
YADAV, S. et al. Oral Feeding of Cow Milk Containing A1 Variant of β Casein Induces Pul-
monary Inflammation in Male Balb/c Mice. Scientific Reports, v. 10, n. 1, p. 4–11, 2020.
Ciência e Tecnologia de Alimentos: o avanço da ciência no Brasil - ISBN 978-65-5360-291-5 - Vol. 3 - Ano 2023 - Editora Científica Digital - www.editoracientifica.com.br
292