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Avaliação do conhecimento e consumo do leite A2A2 em Minas Gerais

Evaluation of the knowledge and consumption of A2A2 milk in Minas Gerais

Wesley Felipe Rocha Jácome 1


Natália de Carvalho Teixeira 2

Resumo: O objetivo geral do trabalho foi analisar o conhecimento do leite A2A2 por
consumidores de leite bovino. Para tal, foi aplicado um questionário, sobre o consumo
do leite tradicional e o conhecimento e consumo do leite A2A2. Observou-se, entre os
questionados, o baixo consumo e conhecimento do leite A2A2. Conclui-se, que, os
participantes têm baixo conhecimento e acesso ao leite A2A2, sendo necessário maior
divulgação e disponibilização.

Palavras-chave: Leite Bovino, leite A2A2, beta caseína.

Abstract: The general objective of this study was to analyze the knowledge of A2A2
milk by bovine milk consumers. For this, a questionnaire was applied on the
consumption of traditional milk and the knowledge and consumption of A2A2 milk.
Among the respondents, the low consumption and knowledge of A2A2 milk was
observed. It is concluded that the participants have low knowledge and access to A2A2
milk, and more dissemination and availability are necessary.

Keywords: Bovine milk, Milk A2A2, beta casein.

1 Técnico em Agropecuária, Técnico em Edif icações. Graduando em Gastronomia na Faculdade


Promove de Belo Horizonte. Endereço eletrônico: wfrj2@bol.com.br
2 Nutricionista, Doutora em Ciência de Alimentos. Professora do curso de Gastronomia da Faculdade
Promove de Belo Horizonte. Endereço Eletrônico: natalia.teixeira@somospromove.com.br
2

1 INTRODUÇÃO

Os laticínios são recomendados pela maioria dos países com diretrizes


dietéticas, como componentes de uma dieta equilibrada (GLOBAL DAIRY
PLATFORM, 2016). Dentro do Agronegócio brasileiro, o leite bovino, uma importante
commodities responsável por gerar empregos está presente na alimentação e nutrição
na maioria das casas brasileiras (PACCHIAROTTI; MENDES; FERREIRA, 2020).
Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2014) o consumo de leite no Brasil é
frequente na primeira refeição do dia.
De acordo com o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL 2017), a
versatilidade tecnológica aplicada às propriedades dos produtos lácteos, torna-os de
grande valor para alcançarmos os requisitos nutricionais para uma dieta humana,
contribuindo com proteínas de qualidade, cálcio, vitamina B12, magnésio, zinco,
selênio, ácido fólico, riboflavina, niacina, iodo e vitamina lavina.
O leite é composto de água e elementos sólidos, onde, os sólidos
representam de 12 a 13% da sua composição. Entre os componentes sólidos
encontram-se carboidratos, gorduras, sais minerais, vitaminas e proteínas. As
proteínas representam de 3 a 4% dos sólidos (PACCHIAROTTI; MENDES;
FERREIRA, 2020).
Segundo Soares, et al. (2019) das proteínas presentes no leite,
aproximadamente 17% são compostas por albuminas e globulinas, que são proteínas
do soro e aproximadamente 83% são caseínas. Conforme Pacchiarotti; Mendes;
Ferreira (2020) entre as caseínas tem-se a alfa (α) s1, alfa (α) s2, kappa (κ) e beta(β)-
caseína (CSN2). Existem 13 variantes dentro da CSN2, sendo, A1 e A2 as mais
comuns, e A3, A4, B, C, D, E, F, H1, H2, I e G, pouco comuns (PACCHIAROTTI;
MENDES; FERREIRA, 2020).
Nos humanos, durante a digestão da variante A1 da β-caseína, produz,
como um dos seus produtos, o peptídeo β-caseomorfina-7 (BCM 7), que possui
potencial fator de risco para a síndrome da intolerância ao leite de vaca (SOARES et
al., 2019).
Já a variante A2, durante a digestão, produz a β-caseomorfina-9 (BCM 9).
Este peptídeo exibe propriedades opioides, mas, com aproximadamente um quarto da
afinidade do BCM-7 (BARBOSA et al., 2019)
De acordo com a OPAS (2018), a reação do sistema imunológico do corpo
a uma substância do alimento, em geral uma proteína, é denominada de intolerância
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ou alergia alimentar. O corpo considera o alimento como um germe ou invasor.


Diferentemente da alergia, na intolerância, há uma reação física a um alimento, e
mesmo sendo sintomas desconfortáveis, não são condições perigosas.
Para Jianqin, et al. (2016), ao comparar os efeitos ao uso do leite contento
A1 β-caseína os de leite contento A2 β-caseína na inflamação, sintomas de
desconforto digestivo pós-laticínio (PD3) e processamento cognitivo em indivíduos
com intolerância à lactose autorrenotida, chegaram ao resultado que, o aumento da
inflamação gastrointestinal, a piora dos sintomas de PD3, ao trânsito atrasado e à
redução da velocidade e exatidão do processamento cognitivo, está vinculado ao
consumo de leite contendo A1 β-caseína.
Buscando, uma alternativa de consumo, para pessoas com intolerância à
proteína do leite A1 a Embrapa Gado de Leite e parceiros, através dos programas de
melhoramento genético, já é oferecido no mercado brasileiro leite e lácteos A2A2,
obtidos de rebanhos selecionados com gene A2A2, livre da β-caseína A1. Mesmo
ainda não existindo dados de consumo e a legislação brasileira ainda não permite
considerar as características funcionais nas embalagens (EMBRAPA 2019).
Com base na contextualização, temos o seguinte problema de pesquisa:
Quais conhecimentos o mercado consumidor de leite bovino possui sobre o leite e
derivados de origem de vacas com genes A2A2?
Acredita-se, como hipótese, que as pessoas têm pouco conhecimento
sobre este produto devido à baixa disseminação de informação deste produto no
mercado.
O objetivo geral é analisar o conhecimento de pessoas consumidoras do
leite bovino sobre o consumo de leite que tem origem de vacas com genes A2A2.
Os objetivos específicos são: (i) levantar a disponibilidade do leite A2 no
mercado mineiro, (ii) observar a frequência de consumo do leite A2 pelo público
estudado, e, (iii) identificar o conhecimento do público estudado sobre o leite A2.
Este estudo apresenta o leite A2A2, como uma opção para consumidores
de leite bovino, que possuem algum desconforto, em especial, proveniente da β-
casomorfina-7, ao consumir leite e derivados. É, também, uma opção de mercado
para desenvolvedores e manipuladores de alimentos, podendo alcançar um público
ainda adormecido, pela falta de conhecimento, devido uma má divulgação dos
produtos e seus benefícios, prejudicando de forma eficaz na comercialização e
disponibilidade do produto para o consumidor final.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Consumo de leite no Brasil e sua produção nacional

Segundo Siqueira (2019, p.2-3) o leite é a commodities agropecuária de


grande importância mundial, sendo uma das 5 mais comercializadas. Estima-se que
em torno de 1 bilhão de pessoas, no mundo, tira do leite sua sobrevivência, e que,
aproximadamente 600 milhões de pessoas moram e trabalham em 133 milhões de
fazendas leiteiras, pelo mundo.
O leite é uma das commodities agrícolas de maior produção e valor em todo
o mundo (GLOBAL DAIRY PLATFORM, 2016). Ainda conforme Global Dairy Platform
(2016,) mais de 400 milhões de pessoas são impactadas indiretamente pelo leite,
empregos criados em apoio à pecuária leiteira, como empresas de coleta,
processamento e varejo do leite, fertilizantes e rações.
Através da criação de animais leiteiro, agricultores possuem uma fonte
regular de renda e alimentos, criando oportunidades e acesso às necessidades
básicas da vida (alimento, água, abrigo e roupas) e desempenhando um papel no
redução da pobreza em países em desenvolvimento (GLOBAL DAIRY PLATFORM,
2016).
Sendo o alimento mais consumido no mundo, em suas diversas maneiras,
sendo líquido, em pó ou na forma de derivados, foi estabelecido pela Food and
Agriculture Organization of the United Nations (FAO) a data de 1º de junho sendo o
Dia Mundial do Leite, data comemorativa para reconhecer a importante contribuição
para a sustentabilidade, o desenvolvimento econômico, o sustento e a nutrição
mundial, que o setor leiteiro proporciona (HIGIENE ALIMENTAR, 2020).
No mundo 816 milhões de toneladas de leite são produzidas anualmente,
e 116,5 kg de leite, em média, são consumidos por cada habitante/ano, com um
crescente aumento, em média, de 1,2% ao ano, desde 1999 (SIQUEIRA, 2019).
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O Brasil, conforme Higiene Alimentar (2020) traz, está em quinto lugar dos
produtores de leite do mundo, atrás da União Europeia, Estados Unidos, Índia e China.
De acordo com dados, apresentados na Tabela 1, divulgados pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA (BRASIL, 2021), em
fevereiro/2021, o leite está na 6º posição dos produtos no Valor Bruto da Produção
(VBP), sendo o 3º dos produtos pecuários.

Tabela 1 - Posição do Produto no Valor Bruto da Produção

Fonte: BRASIL (2021)


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Na Tabela 2, é possível analisar o VBP do leite nos últimos 5 anos, tendo


como data base fevereiro/2021.

Tabela 2 - Valor Bruto da Produção - Lavouras e Pecuária - Brasil

Fonte: BRASIL (2021)

O Brasil apresentou uma média de crescimento de 2,7% ao ano, no


consumo do leite, sendo superior a taxa mundial. Além da alta no consumo, em 2018,
o MAPA projeta um crescimento na produção de leite de 2,1% ao ano, podendo chegar
a 3,3%, o que levaria 35,3 bilhões de litros produzido em 2018 para até 43,4 - 48,1
bilhões de litros em 2018 (PACCHIAROTTI; MENDES; FERREIRA, 2020).
Este crescimento está relacionado a melhorias na gestão das fazendas e
na incorporação de tecnologias na produção leiteira, e não no número de vacas em
lactação (PACCHIAROTTI; MENDES; FERREIRA, 2020).
Na Tabela 3, demonstra que em 2016 no Brasil, 15 empresas foram
responsáveis pela captação de 27,0% da produção total inspecionada, o equivalente
a um total de 9,67 bilhões de litros de leite (ITAL, 2017).
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Tabela 3 - Relação dos principais laticínios do Brasil, classificados


com base em sua captação de leite no período de 2015 e 2016, em milhares de
litros/ano.

Fonte: Brasil dairy trends 2020. 1ed. 2017

Segundo a ITAL (2017) fatores apontam que a melhoria da qualidade da


produção do leite e a diversidade de produtos ofertados no mercado, motivou o
aumento no consumo por produtos lácteos no Brasil. Este estudo também mostrou
um aumento no consumo de laticínios em diferentes regiões no Brasil tem relação
direta no aumento da renda. “Estudos realizados pela Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada (CEPEA) e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
(ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP), indicaram que o aumento do poder
aquisitivo das classes sociais de menor renda no País propiciou um aumento de seus
consumos de lácteos e de suas despesas com esses itens” (ITAL, 2017. p- 35 a 36).
O consumo de leite no Brasil, conforme já relatado, oscila conforme a
situação econômica, quanto maior o poder aquisitivo maior a demanda, e quando
oscila o brasileiro consome menos. Sendo o leite um alimento completo e equilibrado
fornecedor de nutrientes essenciais a todas as idades (EMBRAPA, 2019).
A demanda brasileira per capita oscila em torno de 170 litros/hab/ano.
Conforme a FAO, órgão das Nações Unidas para a Alimentação, para suprir as
necessidades nutricionais deveria ser consumido pelos brasileiros no mínimo 200
litros/hab/ano (EMBRAPA, 2019).
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2.2. Diferença entre o leite tipo A1 e A2

O leite bovino é composto de água e elementos sólidos, onde os sólidos


representam de 12 a 13% da sua composição. Entre os componentes sólidos temos
carboidratos, gorduras, sais minerais, vitaminas e proteínas. As proteínas
representam de 3 a 4% dos sólidos (PACCHIAROTTI; MENDES; FERREIRA, 2020).
Segundo Soares, et al. (2019) das proteínas presentes no leite,
aproximadamente 17% são compostas por albuminas e globulinas, que são proteínas
do soro e aproximadamente 83% são caseínas.
Conforme (PACCHIAROTTI; MENDES; FERREIRA, 2020) entre as
caseínas temos a alfa (α) s1, alfa (α) s2, kappa (κ) e beta(β)-caseína (CSN2).
Sendo o leite de vaca o mais consumido no Brasil, neste produto
aproximadamente 30% das proteínas totais são representadas pela β-caseína, este
percentual pode variar pode variar conforme a genética do animal. (BARBOSA et al.,
2019)
Das 13 variantes da β-caseína, as mais comuns são a A1 e A2
(PACCHIAROTTI; MENDES; FERREIRA, 2020)
As variantes A1 e A2 são semelhantes, tendo como única diferença um
aminoácido localizado na posição 67 dos 209 aminoácidos que compõem esta
proteína (BARBOSA et al., 2019).
Conforme Barbosa et al. (2019) na posição 67 da β-caseína A1 apresenta
um resíduo de histidina (His67) e na β-caseína A2 apresenta resíduos de prolina
(Pro67), representado na figura 1.

Figura 1 - Estrutura da Beta-Caseína

Fonte: Barbosa et al., 2019

Segundo Barbosa et al. (2019, p.3),


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Historicamente, a β-caseína A2 é a f orma original da proteína, pois está


presente no rebanho bovino desde sua domesticação há milhares de anos.
A β-caseína A1 surgiu decorrente de uma mutação genética transversa, há
aproximadamente 5.000-10.000 anos, e espalhou-se com a reprodução
dirigida dos animais para o aumento da produção leiteira, e com a migração
dos rebanhos no processo de colonização pelo homem.

As variantes A1 são mais frequentes em animais de origem taurina, como


por exemplo as raças Holandesa, Pardo-Suíça, Jersey e Guernsey, sendo a
frequência variável conforme a raça. Já a variante A2 já é frequente nas raças Guzerá,
Gir e Zebuínas (SOARES et al., 2019).

O leite A2 tem origem nas vacas com genótipo A2A2, capaz de produzir a
β-caseína A2. As vacas com os genótipos A1A1 ou A1A2 produzem β-caseína A1
(SOARES et al., 2019).

Através da análise do perfil genético podemos identificar a aptidão de um


animal em produzir leite do tipo A1 ou A2. Em atendimento às normativas do MAPA,
é utilizado para a caracterização do perfil genético, material biológico do animal (pelos,
sangue, swab) (BARBOSA et al., 2019).

No Brasil, a primeira fazenda brasileira com o selo de certificação A2 é da


empresa Agrindus, fazenda Santa Rita localizada no município de Descalvado-SP.
Em 2016, a fazenda iniciou seu projeto de tornar, de forma integral, seu rebanho em
A2A2, a partir da genotipagem e seleção dos animais. A meta é ter, em 2021, 100%
de bezerras nascidas, com o genótipo A2A2 (PACCHIAROTTI; MENDES; FERREIRA,
2020)

2.3 Efeitos das Variantes A1 e A2 da β-caseína na digestão humana

Nos humanos, durante a digestão da variante A1 da β-caseína tem como


um dos seus produtos o peptídeo β-caseomorfina-7 (BCM 7), que possui potencial
fator de risco para a síndrome da intolerância ao leite de vaca (SOARES et al., 2019).
Já a variante A2, durante a digestão, produz a β-caseomorfina-9 (BCM 9).
Este peptídeo exibe propriedades opioides, mas com aproximadamente um quarto da
afinidade do BCM-7 (BARBOSA et al., 2019)
Opioides são substâncias químicas com atividade parecidas com as
morfinas que atuam no sistema nervoso central como em órgãos periféricos. No trato
gastrointestinal, pode-se diminuir a motilidade intestinal, ampliando a absorção de
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água, impedindo a secreção gástrica e estimulando a contração da vesícula biliar


(BARBOSA et al., 2019)
No trato gastrointestinal temos receptores opioides que ligam
harmonicamente ao opioides (BCM) desencadeando efeitos de alteração no trânsito
intestinal. (BARBOSA et al., 2019)
Estudos realizados em humanos para avaliar efeitos gastrointestinais na
ingestão do leite A1 e A2, observou-se correlações significativas entre inflamações
gastrointestinais, dor abdominal e inchaço durante o período de consumo do leite A1
e não observado durante o período de consumo do leite A2. O estudo sugeriu o agravo
da resposta inflamatória relacionado a variante A1, gerando impacto negativo ao
consumo do leite contendo a β-caseína A1 (BARBOSA et al., 2019).
O estudo foi realizado ao longo de 8 semanas, com 12 homens e 29
mulheres australianos, auto identificados intolerantes ao leite A1. Durante 2 semanas,
os participantes consumiram 750 ml de leite/dia contento leite A1 ou A2 e a cada duas
semanas era alternado o tipo de leite (BARBOSA et al., 2019).
Segundo Pacchiarotti; Mendes; Ferreira (2020), pesquisas da Embrapa
Gado de Leite, realizadas em 2017, preconizam que a beta-caseína do leite A2 não
causa reações em pessoas com alergia, e especial, a essa proteína, equivalente a
30% das proteínas do leite, ou seja, pessoas com APLV, comprovadamente
concernente a caseína A1, podem consumir o leite, originário de vaca A2 sem exibir
os sintomas da alergia.

2.4 Leite A2: certificação e oportunidade de mercado

O leite longa vida é carro chefe de venda do mercado brasileiro de leite e


derivados. Sua venda foi equivalente a quase um quarto do total vendido pelas
indústrias no Brasil. Este mercado é muito pulverizado e a margem de lucro do negócio
é reduzida (EMBRAPA, 2019).
Conforme a EMBRAPA (2019) os consumidores buscam alimentos e
bebidas em geral que se classifiquem como naturalmente saudáveis, ou seja,
alimentos funcionais e que ofereçam benefícios a quem consome. Destaca-se os
alimentos que proporcionam saúde e bem-estar intestinal, e seguindo essas
tendências, que começaram a serem comercializados os leites denominados,
especiais.
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Dentro da classificação de leites especiais temos os leites sem lactose,


orgânicos, enriquecidos com vitaminas, minerais e proteínas, leites a base de planta
e o leite A2A2 (EMBRAPA, 2019).
Embora o assunto ainda seja pouco conhecido, vem ganhando
notoriedade, inclusive uma reportagem na mídia, publicada pelo G1 (2020), no qual
diz que o leite comum é a mistura das proteínas A1 e A2, provenientes de vacas A1A1,
A1A2 e A2A2(Figura 2). Já o leite A2 tem origem nas vacas com genes A2A2.

Figura 2- Representação do Leite Comum

Fonte: G1 (2020)

A seleção de vacas com a β-caseína A2, pode representar uma


possibilidade de agregar valor para o leite e produtos lácteos (SOARES et al., 2019).
Tornando o leite A2A2 um diferencial no disputado mercado de leites e derivados
(EMBRAPA, 2019).

Conforme a ABRALEITE (2019) o leite originário de vacas com os genes


A2A2 já é comercializado no exterior desde 2003, e só em 2019 passa a ser
reconhecido oficialmente no Brasil o leite com a denominação de origem para vacas
com caseína A2A2. Este trabalho vem sendo desenvolvido desde 2017 e tem como
destaque a criação do Selo Vacas A2A2.

Este reconhecimento vem através da regulamentação da origem A2A2


nos rótulos de produtos lácteos concedida pelo MAPA (ABRALEITE (2019).

Conforme a (EMBRAPA, 2019 - p.77),


A certificação faz parte do Movimento #bebamaisleite, que tem como objetivo
valorizar o leite e seus derivados de qualidade diferenciada. O selo indica que
o leite é proveniente apenas de animais com genótipo A2A2 para a produção
de beta caseína, sendo indicado para pessoas sensíveis à caseína A1. Após
cerca de um ano de estudos sobre o leite A2, f oi elaborado um modelo de
certif icação. Com o aval da Abraleite (Associação Brasileira dos Produtores
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de Leite), f oi f irmada parceria com o Genesis Group, especializado em


processos de certif icações e normas de rastreabilidade, que criou o
regulamento e manual de certificação para fazendas produtoras de leite com
vacas A2A2.

Nas palavras da #Bebamaisleite (2019), os programas, independentes e


voluntários, de certificação de qualidade do #bebamaisleite tem como foco, atestar se
o sistema de gestão ou procedimento estabelecido, está documentado, implementado
e mantido de acordo com normas e escopos específicos. O programa emprega a
Certificação de Terceira Parte.

Ainda conforme a #Bebamaisleite (2019), a certificação é uma escolha da


organização, as fazendas e laticínios aderem ao programa por livre e espontânea
vontade. A certificação é uma estratégia de mercado, que agrega valor ao produto,
que por consequência atrai e fideliza clientes.

Segundo Brasil (2014), é essencial uma rotulagem com informações


fundamentais e transparentes ao consumidor sobre a composição dos alimentos, para
que possam identificar a existência de ingredientes que podem causar reações
adversas.

Sendo proprietária do selo, a #bebamaisleite não é uma certificadora,


sendo necessário um terceiro, acreditado pelo Inmetro, conforme requisitos da
ISO/IEC 17065, e que tem autonomia para realizar as auditorias aprovando ou não a
fazendo e indústria. Além do selo “VACAS A2A2”, também foi criado o selo “BEM -
ESTAR ANIMAL” na qual certifica criadores, que adaptaram à realidade brasileira,
aplicam normas internacionais de bem-estar em rebanhos leiteiros em suas
propriedades (#BEBAMAISLEITE, 2019).
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De acordo com Flávia fontes criadoras do movimento #bebamaisleite,


Queremos mudar o status do leite e seus derivados no Brasil, por meio da
melhoria de sua qualidade e valorização frente ao mercado consumidor. Na
nossa visão, essa é a única f orma de não perder consumidores e,
principalmente, de agregar valor ao leite, melhorando a remuneração do
produtor, o elo mais f rágil da cadeia produtiva, e as margens da indústria,
tornando-a mais competitiva f rente a outras bebidas concorrentes dos
lácteos” (#BEBAMASILEITE, 2019).

Em um Acordo de Cooperação, movimento #BEBAMAISLEITE junto com a


Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA, lançaram o Protocolo Vacas
A2A2, que irá possibilitar aos produtores brasileiros a valorização ao leite
comercializado. O envolvimento da CNA, é a gestão dos Protocolos de Adesão
Voluntária dos produtores e indústrias, em conformidade ao Decreto 7.623/2011, que
regulamenta a Lei de Rastreabilidade (CNA, 2019).
Segundo a Edairnews (2019),
Apesar da boa notícia, o setor lamenta ainda não ser possível ser f eita a
menção ao leite A2 e explicar a dif erença para outros produtos nas
embalagens”. Conforme EDAIRNEWS (2019) “Em outros países, os produtos
aparecem com uma f rase que resume o diferencial: “Mais fácil na digestão”.
Em of ício enviado à associação, o Ministério da Agricultura af irma que a
inclusão da denominação nos rótulos do produto é de competência da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

3 METODOLOGIA

Quanto à abordagem metodológica, este estudo usará o método hipotético-


dedutivo, que, segundo Prodanov e Freitas (2013), é aquele que, após a colocação
de um problema, propõe uma hipótese, que será testada, a fim de se verificar se ela
é verdadeira ou falsa.
Em relação ao problema de pesquisa, este é um quantitativo, que segundo
Prodanov e Freitas (2013) é aquele que apresenta resposta numéricas e que podem
ser tratadas estatisticamente. Já a respeito do objetivo, este é um estudo descritiva e
exploratória, que segundo Gil (2002) pesquisa descritiva têm como objetivo descrever
a característica de determinada população ou fenômeno e também proporciona uma
nova visão do problema, aproximando das pesquisa exploratórias, que por sua vez,
segundo GIL (2002) tem como objetivo aprimorar ideias ou a descoberta de intuições,
através de levantamento bibliográfico, entrevista com pessoas que possuem
experiência com o problema pesquisa e análise de exemplos. Quanto aos
procedimentos, será realizado um estudo de campo que é aquele em que se observa
14

um determinado fenômeno tal qual ele ocorre naturalmente (MARCONI, LAKATOS,


2017).
O universo da pesquisa foi constituído de pessoas que têm o hábito de
consumir leite bovino. Para a amostra foram selecionados adolescentes e adultos
brasileiros que aceitem participar da pesquisa.
Este questionário foi distribuído em grupos de WhatsApp, que contenham
pessoas consumidoras de leite bovino. Foi realizada uma pesquisa por questionário
às pessoas consumidoras de leite bovino, através da ferramenta “Formulários” do
Google. O questionário que foi aplicado nesta pesquisa encontra-se no Apêndice A.
Foi calculado a frequência das respostas.
Além disso, a fim de conhecer a presença do leite A2A2 no mercado
mineiro, foi realizado um levantamento da disponibilidade destes produtos em vendas
por meio de pesquisa em redes varejistas de Minas Gerais disponíveis na internet.

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Critério para análise dos dados coletados

Para desenvolvimento deste trabalho foi desenvolvido um questionário,


conforme apresentado no Apêndice A. Este questionário foi distribuído entre membros
de grupos de WhatsApp, moradores de Minas Gerais. Teve a participação de 97
pessoas, onde 91 pessoas, são consumidoras de produtos lácteos de origem bovina,
das quais foi realizada a análise dos dados.
Os demais participantes (6 pessoas), não consumidores de produtos
lácteos de origem bovina, não fazem parte do público-alvo do estudo e suas respostas
foram excluídas.

4.2 Frequência de consumo de leite bovino e derivados

A frequência de consumo de leite entre os consumidores que responderam


ao questionário, está presente no gráfico 1. É possível observar que a maioria
(59,34%) consome leite mais de 4 dias por semana. Apenas 4,40% relataram
consumir leite menos de uma vez por semana. Estes dados demonstram a importância
que o leite bovino, que conforme Siqueira (2019) é uma das commodities
15

agropecuárias de maior importância no mundo, ficando entre os 5 produtos de maior


comercialização.

Gráfico 1 - Consumo diário de leite e derivados de origem bovina

Fonte: Próprio Autor

4.3 Desconforto no consumo de leite bovino de derivados

Entre os consumidores que participaram do questionamento, é possível


observar no gráfico 2 que aproximadamente um quarto não apresenta nenhum
sintoma ao consumir leite bovino e derivados. Entre os participantes que apresentam
alguns sintomas, temos como principais: sensação de inchaço (16,5%), aumento de
gases intestinais (19,7%), diarreia (15,7%) e cólica (9,4%).
É possível observar que os principais sintomas estão relacionados ao
sistema gastrointestinal. Segundo relatado por Barbosa et al. (2019), estudo realizado
em humanos que consumiram leite A1 e A2, observou correlações significativas entre
inflamações gastrointestinais, dor abdominal e inchaço durante o período de consumo
do leite A1.
16

Gráfico 2 - Sintomas Mal-estar, desconforto e reações ao consumir leite bovino e


derivados.

Fonte: Próprio Autor

Analisando os sintomas relacionados à frequência de consumo


apresentada no gráfico 1, observamos que entre os principais sintomas ficam em
destaque a diarreia e o aumento de gases intestinais. A análise foi feita em dois
grupos, aqueles que consomem leite e derivados mais de 3 dias por semana,
apresentados no gráfico 3, e aqueles que consomem menos de 2 dias por semana,
apresentado no gráfico 4.
Um ponto importante a observar, é que, quanto maior o consumo, os
sintomas de sensação de inchaço e cólicas dobram o percentual entre o público
estudado, e os demais sintomas apresentam leves alterações. No estudo apresentado
por Barbosa et al. (2019), aponta que os principais desconfortos relatados por aqueles
que consumiram leite A1 são dor abdominal e inchaço.
17

Gráfico 3 - Sintomas Mal-estar, desconforto e reações ao consumir leite bovino e


derivados com frequência acima de 3 dias por semana

Fonte: Próprio Autor

Gráfico 4 - Sintomas Mal-estar, desconforto e reações ao consumir leite bovino e


derivados com frequência menor que 2 dias por semana

Fonte: Próprio Autor

4.4 Conhecimento do público estudado sobre o leite A2

Com base no problema de pesquisa, foi verificado o conhecimento que os


consumidores que participaram do questionário tinham sobre o leite de vacas A2A2.
Conforme apresentado no gráfico 5, é possível observar que a maioria (72,53%) não
possui conhecimento do leite A2A2, e uma minoria (3,30%) possui conhecimento
18

sobre o produto, confirmando a hipótese apresentada na introdução deste trabalho e


esclarecendo um dos objetivos específicos.

Gráfico 5 - Conhecimento do público estudado sobre o leite A2

Fonte: Próprio Autor

4.5 Consumo e disponibilidade do leite A2 no mercado mineiro

Conforme apontado nos objetivos específicos, foi questionado aos


consumidores que participaram do estudo, se consomem o leite e derivados de vacas
A2A2, apresentado pelo gráfico 6, e se já viram nos pontos de vendas da sua cidade
o leite ou derivados de origem de vacas A2A2, gráfico 7. Analisando o gráfico 7,
apenas uma minoria (5,49%) confirmou já ter visto destes produtos no comércio,
sendo o mesmo percentual de consumidores do leite A2.
Pesquisando os sites das maiores redes varejistas de Minas Gerais, não
foi identificado nenhum produto lácteo de origem de vacas A2 na lista de produtos
ofertados.
19

Gráfico 6 - Consumo do leite A2 pelo público estudado

Fonte: Próprio Autor

Gráfico 7 - Percepção da disponibilidade de leite A2A2 pelos participantes da


pesquisa

Fonte: Próprio Autor

Aos consumidores que participaram do questionamento, foi perguntado,


apenas para aqueles que consomem o leite A2A2 e derivados (5,49% Gráfico 6), se
os produtos de origem de vacas A2A2, estão facilmente disponíveis nos pontos de
vendas da cidade onde moram e qual o motivo que os levam a consumir o leite A2A2
e derivados. É possível observar no gráfico 8, que a maioria das 5 pessoas que já
20

consumiram o leite A2A2 (60%) apresenta dificuldade em encontrar esses produtos


na região.
No gráfico 9, é possível analisar que a maioria dos participantes, justificou
o seu consumo de leite A2 e derivados, por ouvir falar que o produto faz bem à saúde
(71,43%). Este comportamento é apontado pela EMBRAPA (2019) como uma
tendência de consumidores que buscam produtos que promovem saúde e bem-estar.

Gráfico 8 - O Leite A2 e/ou seus derivados que você consome estão facilmente
disponíveis nos pontos de venda da cidade que mora?

Fonte: Próprio Autor

Gráfico 9 - Motivo pelo qual consome o leite A2 e derivados

Fonte: Próprio Autor


21

5 CONCLUSÃO

Analisando os dados levantados, e confrontando com o problema de


pesquisa, pode-se concluir que o conhecimento do consumidor sobre o leite e
derivados de origem de vacas A2A2 é expressivamente baixo, e aos que conhecem o
produto ou já ouviram falar, possuem um conhecimento superficial de seus benefícios.
Os produtos lácteos A2A2 são consideravelmente indisponíveis ao consumidor,
tornando-o menos conhecido e consumido, confirmando a hipótese apresentada na
introdução.
É possível concluir que o leite de origem de vacas A2A2, mesmo ainda
novo no mercado brasileiro, e de pouco conhecimento do consumidor final, têm grande
probabilidade de se tornar uma opção para as pessoas que apresentam algum
desconforto com consumir leites e derivados de origem bovina, principalmente, aos
que apresentam sintomas intestinais. Mas, ainda devem ser realizados estudos mais
aprofundados neste requisito.
Durante o desenvolvimento do trabalho, as principais dificuldades
encontradas foram de ser um tema muito novo no Brasil, com pouco material
publicado aprofundado no tema, sendo necessário mais estudos, e dificuldade em
localizar consumidores do Leite A2 para participar da pesquisa e a baixa divulgação
do produto no mercado.

REFERÊNCIAS

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certificações para a pecuária leiteira. 2019. Disponível em: <
http://www.bebamaisleite.com.br/noticia/selo-vacas-a2a2 >. Acesso em: 06/04/2021.
#BEBAMAISLEITE - Selo Vacas A2A2. 2019. Disponível em: <
http://www.bebamaisleite.com.br/noticia/movimento-bebamaisleite-cria-programa-
completo-de-certificacoes-para-a-pecuaria-leiteira >. Acesso em: 06/04/2021.

ABRALEITE - Associação Brasileira de Produtores de Leite. ABRALEITE consegue


regulamentar o A2A2. 2019. Disponível em: <
https://www.abraleite.org.br/2019/10/01/abraleite-consegue-regulamentar-o-a2a2/ >.
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ABRALEITE - Associação Brasileira de Produtores de Leite. ABRALEITE CRIA


COMISSÃO PARA O LEITE A2. 2019. Disponível em: <
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https://www.abraleite.org.br/2019/02/28/abraleite-cria-comissao-para-o-leite-a2/ >.
Acesso em: 06/04/2021.

BARBOSA et al. - Leites A1 e A2: revisão sobre seus potenciais efeitos no trato
digestivo. 2019. Disponível em: <
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/san/article/view/8652981 >. Acesso
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br/assuntos/noticias-anvisa/anos-anteriores/alimentos-e-alergia-participe-da-
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BRASIL - MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Valor Bruto


da Produção Agropecuária (VBP). 2021. Disponível em: <
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CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. CNA e Beba Mais Leite


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ROTULAGEM PARA LEITE A2. 2019. Disponível em: <
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EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Gado de


Leite. Anuário Leite 2019: novos produtos e novas estratégias da cadeia do
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pode ser mais fácil de digerir. 2020. Disponível em: <
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GLOBAL DAIRY PLATFORM - DAIRY. EVERYDAY. AROUN THE WORLD. 2016


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23

HIGIENE ALIMENTAR - Revista Higiene Alimentar - Dia mundial do leite, o


alimento mais consumido do mundo. 2020. Disponível em: <
https://higienealimentar.com.br/dia-mundial-do-leite-o-alimento-mais-consumido-do-
mundo/ >. Acesso em: 11/04/2021.
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JIANQIN et al. - Effects of milk containing only A2 beta casein versus milk
containing both A1 and A2 beta casein proteins on gastrointestinal physiology,
symptoms of discomfort, and cognitive behavior of people with self-reported
intolerance to traditional cows’ milk. 2016. Disponível em :
<https://nutritionj.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12937-016-0147-z> Acesso
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Disponível em: < https://drauziovarella.uol.com.br/alimentacao/por-que-ainda-
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MENDES - Comparação de dois sistemas de análise da composição do leite de


Vaca. 2017. Disponível em:
<https://siseve.apps.uepg.br/storage/eaic2017/10_Luiza_Caroline_Chiezi_Mendes-
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OPAS - Intolerância Alimentar: Sintomas, Exame e como Tratar. 2018.


Disponível em: < https://opas.org.br/intolerancia-alimentar-sintomas-exame-e-como-
tratar/ >. Acesso em: 23/05/2021.
PACCHIAROTTI, MENDES, FERREIRA - Produção do leite A2 e melhoramento
genético do rebanho. 2020. Disponível em:
<https://periodicos.baraodemaua.br/index.php/cse/article/view/123/109>. Acesso em:
06/04/2021.

SAMPAIO - Intolerância a lastase vs. alergia a proteína do leie de vaca: a


importância dos sinais e sintomas. 2017. Disponível em: <
https://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/nutricaobrasil/article/view/880/1817 >.
Acesso em: 10/04/2021.
SBP - Sociedade Brasileira de Pedriatria - SBP e Asbai publicam atualização do
Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar. 2018. Disponível em: <
https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/sbp-e-asbai-publicam-atualizacao-do-
consenso-brasileiro-sobre-alergia-alimentar/ >. Acesso em: 10/04/2021.

SILVA, COELHO - Causas, sintomas e diagnósticos da intolerância à lactose e


alergia ao leite de vaca. 2019. Disponível em: <
http://www.ojs.toledo.br/index.php/saude/article/view/2936 >. Acesso em:
11/04/2021.
SIQUEIRA - EMBRAPA - Circular Técnica 120 - O mercado Consumidor de Leite
e Derivados. 2019. Disponível em: < https://www.embrapa.br/busca-de-
publicacoes/-/publicacao/1110792/o-mercado-consumidor-de-leite-e-derivados >.
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24

SOARES et al. - Efeito dos genótipos da beta caseína sobre a produção e


composição do leite na raça gir leiteiro. 2019. Disponível em: <
http://www.ciic.net.br/resumos_2019/IZ/RE19709.pdf > Acesso em: 06/04/2021.

UNIMED - Intolerância alimentar: o que é, sintomas e qual especialidade


médica procurar. 2018 .Disponível em:< www.unimed.coop.br/viver-
bem/alimentacao/intolerancia-alimentar > .Acesso em: 10/04/2021.

APÊNDICE A

Questionário realizado com consumidores de produtos lácteos de origem


bovina em Minas Gerais.

1. Nome Completo:

2. Você é consumidor(a) de produtos lácteos de origem bovina?


a. Sim
b. Não

3. Idade:
a. Menor de 15 anos;
b. De 16 a 35 anos;
c. De 36 a 55 anos
d. De 55 a 65 anos
e. Acima de 65 anos

4. Município onde mora:

5. Escolaridade:
a. Fundamental incompleto
b. Fundamental completo;
c. Médio incompleto;
d. Médio completo;
e. Superior incompleto;
f. Superior completo;
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g. Pós-graduação

6. Você consome leite de origem bovina e derivados quantos dias por semana?
a. Diariamente;
b. De 4 a 6 dias por semana;
c. De 2 a 3 dias por semana;
d. 1 dia por semana;
e. Menos que 1 dias por semana (ex: uma vez a cada duas semanas)

7. Se você sente algum mal-estar, desconforto ou alguma reação ao consumir


leite de origem bovina e/ou seus derivados, qual(is) sintoma(s) aparecem?
● Cólicas;
● Diarrea;
● Ânsia de vômito;
● Aumento de Gases intestinais;
● Sensação de inchaço;
● Dores de Cabeça;
● Outros…:
8. Você já viu nos pontos de venda da sua cidade o leite e/ou derivados
originários de vacas A2A2?
a. Sim;
b. Não;
c. Nunca reparei;

9. Você conhece ou já ouviu falar do Leite A2, que tem origem nas vacas com
os genes A2A2?
a. Conheço sobre o Leite A2;
b. Já ouvir falar, mas, não sei muito sobre o assunto;
c. Não tenho conhecimento;

10. Você consome Leite A2 de origem bovina e/ou seus derivados?


a. Sim;
b. Não;
c. Não reparo nisso;
26

Para aquele(s) que responder(em) “Sim” no questionamento 10, terão que


responder um segundo questionário.

Questionário realizado com consumidores Leite A2 de origem bovina e/ou


seus derivados nos municípios de Itabira-MG e Barão de Cocais - MG

1. Por qual(is) motivo(s) você consome o leite A2 e/ou seus derivados?


a. Mais fácil a digestão;
b. Diminui ou cessa meus sintomas(s) de mal-estar, desconforto e ou
reação(ões) que eu tinha ao consumir leite misto de vacas com genes
A1A1 e/ou A1A2;
c. Porque eu ouvi falar que faz bem à saúde;
d. Porque é de vacas mais selecionadas;

2. De forma aproximada, qual é o percentual (%) a mais pago no valor do leite


A2 que você consome, se comparado ao leite integral longa vida tradicional?

3. O Leite A2 e/ou seus derivados que você consome estão facilmente


disponíveis nos pontos de venda da cidade que mora?
d. Sim;
e. Não. Tenho dificuldades para achar na cidade.
f. Não. Preciso comprar em outra cidade ou pela internet.

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