Você está na página 1de 60

23/05/2023

REAÇÕES ADVERSAS
AO ALIMENTO
Lusyanny Parente Albuquerque
Nutricionista Especialista em Nutrição Materno-Infantil
Residência em Saúde da Mulher e da Criança – MEAC/UFC
Mestranda em Ensino de Ciências (UERR)

Microbiota Intestinal

‐ O corpo humano possui mais microrganismos do que as células;


‐ O TGI é o local de maior densidade e diversidade de
comunidades bacteriana;
‐ A microbiota intestinal exerce enorme impacto sobre a função e a
saúde do sistema digestivo e sobre a saúde do organismo
humano;
‐ A dieta pode determinar a quantidade e o tipo de
microrganismos da microbiota gastrointestinal;
23/05/2023


Compreender as interações hospedeiro-microbiota
intestinal certamente auxiliará no
entendimento de como essa relação pode desvirtuar e
contribuir para uma gama de transtornos
imunológicos, inflamatórios e metabólicos, além de
poder revelar os mecanismos patogênicos subjacentes
aos respectivos transtornos.

Microbiota Intestinal

• A microbiota gastrointestinal regula a imunidade, e alterações


em sua composição podem constituir a base para explicar o
aumento recente na incidência de doenças autoimunes e
inflamatórias.
• Uma microbiota saudável representa um papel importante na
maturação do sistema imunitário.
• No entanto, melhorias das condições sanitárias, o aumento do uso
de antibióticos e a menor taxa de aleitamento são fatores que
têm contribuído nas alterações da flora intestinal.
23/05/2023

Microbiota Intestinal
‐ O microbioma do intestino saudável desempenha um papel protetor no
desenvolvimento de alergias;
‐ É necessária uma microflora complexa para evitar alergias.
‐ O corpo humano possui, em média, 10 microrganismos para célula, e cerca de
180 vezes mais genes. Esses microrganismos, juntos, devem pesar cerca de 2 a 3
kg;
‐ O intestino hospeda cerca de 70% dessa população de microrganismos que
consome cerca de 10% da nossa alimentação para poder exercer suas funções.
‐ Melhorar essa relação faz com que tenhamos uma melhor regulação das
nossas funções digestivas, absortivas, imunológicas, hormonais, destoxificantes,
neurocomportamentais, endócrinas, entre outras.

Intestino –
Segundo cérebro
23/05/2023

‐ Célula M: célula de reconhecimento; estimula a produção de


Linfócitos B e IgA secretória » controle da microbiota.
‐ Células de Goblet: capacidade de produção de MUCO =
defensinas = defesa imune inata (produção natural para
defesa)
‐ Células de Paneth: exclusivas do intestino delgado = produção
de DEFENSINAS (a partir de células-tronco intestinais) /
peptídeos antimicrobianos
‐ Tight junctions: “junções fortes” = impedem a passagem de
compostos proteicos entre as células (aumenta a sinalização
imunológica).

Bactérias Gram negativas produzem endotoxinas que promovem ruptura das Tight junctions, facilitando a
passagem de frações proteicas alergênicas.
23/05/2023

Fatores que promovem alteração na integridade da mucosa e


microbiota intestinal:
‐ Baixa ingestão de legumes, frutas, verduras, cereais integrais e
leguminosas;
‐ Consumo constante de carboidratos refinados, aditivos alimentares e
fatores anti-nutricionais: excesso de cafeína, álcool e açúcar;
‐ Deficiência de enzimas digestivas;
‐ Consumo de alérgenos alimentares (individualidade);
‐ Deficiências nutricionais;
‐ Uso frequente de medicamentos (antibióticos, antiácidos, corticoides,
laxantes, anticoncepcionais...);
‐ Jejum prolongado.

Intestino modulando a resposta Imune


‐ A resposta imune tem papel fundamental na defesa contra agentes
infecciosos e se constitui no principal impedimento para a ocorrência
de infecções disseminadas, habitualmente associadas com alto índice
de mortalidade.
‐ A microbiota é um dos principais determinantes do
desenvolvimento do sistema de defesa da mucosa intestinal.
‐ Acredita-se que a ocorrência de muitas doenças, tanto intestinais
quanto não intestinais, possa estar relacionada à desregulações ou
interferências no desenvolvimento inicial do sistema de defesa da
mucosa intestinal.
23/05/2023

Intestino modulando a resposta Imune


‐ A predisposição é o principal fator determinante, mas a microbiota
gastrointestinal tem um papel fundamental.
‐ Os produtos da decomposição provenientes da dieta, tais como
oligossacarídeos, e as bactérias intestinais orientam o amadurecimento dos
linfócitos T, que são necessários para o desenvolvimento do sistema
imunológico.
‐ O reconhecimento de oligossacarídeos específicos ligados a patógenos
intestinais por parte dos linfócitos T tem um papel importante na prevenção
de doenças;
‐ Bactérias probióticas, subprodutos bacterianos probióticos, e prebióticos
alimentares podem exercer efeitos positivos no desenvolvimento do sistema
imunológico da mucosa.

O desenvolvimento microbiano intestinal inicial de um lactente é


considerado um fator essencial para a saúde no futuro.
O contato com micro -organismos "não benéficos" e com
agentes antimicrobianos durante o período neonatal pode resultar em
desregulação imunológica em indivíduos suscetíveis, e pode estar
relacionado a doenças.
Existem evidências de que o leite humano contém células mononucleares
que transportam componentes bacterianos derivados do intestino da mãe
para o lactente.
O leite materno contém componentes bacterianos derivados da microbiota
intestinal da mãe .
Esse processo é designado "impressão bacteriana".
23/05/2023

REAÇÕES ADVERSAS
AO ALIMENTO

Qualquer reação anormal à ingestão de alimentos ou aditivos


alimentares.

• Tóxicas:
Independem de susceptibilidade individual (contaminação);

• Não-tóxicas:
Imuno-mediadas (alergia alimentar) e não imuno-mediadas
(intolerância alimentar)
23/05/2023

Intolerância alimentar

Resposta anormal a um alimento ou aditivo, SEM


envolvimento do sistema imunológico

Mais comum em adultos e idosos

Sinais e sintomas apenas intestinais


(diarreia, cólicas, gases, distensão abdominal)
23/05/2023

Intolerância alimentar
Não há intermediação do sistema imunológico.

Exemplo: Intolerância à lactose;


São desencadeados sintomas pela incapacidade de se digerir a lactose (por
falta da enzima lactase), ocorrendo a fermentação da lactose e gerando
sintomas.
O nosso organismo não consegue absorver moléculas grandes de açúcar,
por isso, nosso sistema digestivo possui enzimas especiais que quebram
açúcares complexos em açúcares simples monossacarídeos), permitindo sua
absorção no intestino.
LACTOSE = Glicose + galactose

Our process is easy


Vestibulum congue tempus
03 Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur
adipiscing elit, sed do eiusmod tempor. Donec
facilisis lacus eget mauris.

Vestibulum congue tempus


Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur
adipiscing elit, sed do eiusmod tempor. Donec
facilisis lacus eget mauris.

01 02
Vestibulum congue tempus
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur
adipiscing elit, sed do eiusmod tempor. Donec
facilisis lacus eget mauris.
23/05/2023

Intolerância Alimentar à lactose - Sintomas

Formação de gases

Cólicas

Estufamento

Dores intestinais

Mau hálito

Diarreia

Exame de Tolerância à Lactose:

Glicemia de jejum;
Ingere lactose dose de 50g (~ 1 litro de leite);
Curva glicêmica- 15, 30, 60 e 90min;
Aumento menor de 20 mg/dL na glicemia sugere má digestão de lactose, pode se acompanhar de sintomas;
Sensibilidade 78%, especificidade 93%
23/05/2023

Alergia alimentar
Alergia alimentar é o nome dado às RAA que envolvem
mecanismos imunológicos, resultando em grande
variabilidade de manifestações clínicas.

Desenvolvimento de Alergia Alimentar:


• Predisposição genética (expressa 70% pelo fenótipo);
• Tipo de antígeno, dose e porta de entrada;
• Competência do sistema imune;
• Integridade orgânica funcional;
• Equilíbrio nutricional.

Imunidade

É a capacidade do organismo de resistir às agressões


dos agentes biológicos e de toxinas.

• O sistema imunológico é composto por um conjunto de células, órgãos e


estruturas especializadas e não especializadas cuja função é identificar,
destruir e eliminar invasores estranhos antes que qualquer mal seja feito
ao organismo.
• Quando o sistema imune não consegue combater os invasores de forma
eficaz, o corpo pode reagir com doenças, infecções ou alergias.
23/05/2023

‐ A defesa corporal é realizada por um grupo de células


específicas que atuam no processo de detecção do agente
invasor, no seu combate e total destruição. Todo este processo é
denominado de resposta imune.
‐ O primeiro elemento de defesa do sistema imunológico, ainda
na superfície mucosa é a imunoglobulina A (IgA), que possui a
capacidade de ligação com antígenos inalados ou ingeridos,
impedindo-os de ser absorvidos e expondo-os às enzimas na
superfície mucosa que, por sua vez, realizam clivagem
bacteriana ou neutralização de micro-organismos e toxinas.

Macromoléculas de alimentos ligadas às IgAs são subdivididas em


moléculas menores, sob ação enzimática, possibilitando sua absorção sem
o risco de desencadearem reações alérgicas.
23/05/2023

Resposta Imunológica:
Normalmente, a exposição a antígenos através da via entérica resulta
em uma resposta local, mediada por IgA, e na supressão das respostas
imunes mediadas por IgEs e IgGs.

Alergia Alimentar

Reações clínicas, locais ou sistêmicas, atribuídas à ingestão de


proteínas alimentares

As reações são obrigatoriamente de caráter imunológico

Mediadas ou não por IgE


23/05/2023

Alergia Reação adversa do sistema imunológico em


Alimentar sua grande maioria às proteínas dos
alimentos

Moléculas grandes presente em quase


todos alimentos, formadas por um
conjunto de AA ligados em si

Epítopos: regiões formadas pela


ligação de alguns AA

Regiões + alergênicas das proteínas alimentares

Digestão da proteína
23/05/2023

Órgãos acometidos
TGI PELE RESPIRATÓRIO
50-60% 50-60% 20-30%

TIPOS DE REAÇÃO

ALERGIA
ALIMENTAR

MEDIADAS NÃO
MEDIADAS MISTA
POR IgE POR IgE
23/05/2023

Alergia Alimentar
Mediada por IgG –
Mediada por IgE – TARDIA
IMEDIATA
Desencadeada por
Os sintomas surgem após macromoléculas; os
minutos ou até 8 sintomas podem aparecer
horas após a exposição ao de 2 a 72 horas após o
alérgeno; contato inicial com o
antígeno.

Tipos de reação
REAÇÕES MEDIADAS POR REAÇÕES NÃO MEDIADAS MISTA
IgE POR IgE
O organismo produz anticorpos As manifestações NÃO SÃO Mediadas por IgE e células
específicos do tipo IgE para a IMEDIATAS (horas/dias após a (linfócitos T e citocinas pró-
proteína do alimento. São reações ingestão) e os sintomas envolve mais inflamatórias). As manifestações
tipicamente MAIS PERSISTENTES e comumente o trato gastrointestinal e podem ser IMEDIATAS E TARDIA.
geralmente MAIS GRAVES apresentam CARÁTER MAIS
As manifestações são IMEDIATAS CRÔNICO com resolução mais lenta. Sinais e sintomas: dermatite
(segundos/até duas horas após a Não é possível diagnosticar esse tipo atópica moderada a grave, asma,
ingestão) de alergia a partir dos exames de refluxo, inflamação do esôfago e
Sinais e sintomas: Dermatite sangue e teste cutâneo. estômago, diarreia, vômito, dor
atópica, urticária, angiodema, Sinais e sintomas: vômitos tardios, abdominal, baixo ganho de peso
edema, prurido nos lábios, língua ou diarreia com ou sem muco e sangue, e crescimento.
palato, vômitos em jatos, diarreia, sangue nas fezes, cólicas,
asma, rinite e anafilaxia. irritabilidade, constipação, baixo
ganho de peso e crescimento,
inflamação intestinal e assadura e/ou
fissura anal.
23/05/2023

8 ALIMENTOS MAIS ALERGÊNICOS

Leite de vaca Peixe


Ovo Amendoim

Soja Frutos do mar Castanha


Trigo

Alergia Imediata (IgE):


• Coceira;
• Espirro;
• Choque anafilático.

Os sintomas que sucedem ao contato com o alérgeno variam de rapidez,


intensidade e gravidade, dependendo do estado de sensibilização individual, da
quantidade de exposição alergênica e d as ações farmacodinâmicas produzidas pela
liberação de histaminas e de outros autacóides.

As alergias respiratórias de etiologia inalatória (98%) pertencem essencialmente a


este grupo e apenas 1 a 2% das alergias alimentares.
23/05/2023

Os distúrbios mediados por IgE manifestam-se em quatro sistemas:

• Tecido linfoide associados à mu cosa intestinal (GALT)


• Tecido linfoide associado à p ele (SALT),
• Tecido linfoide associado à mucosa brônquica (BALT)
• Tecido linfoide associado à mucosa nasal (NALT).

Em cada um desses sistemas observam-se sintomas específicos de


acordo com o órgão-alvo afetado;

O envolvimento generalizado pode acontecer desencadeando um


processo de anafilaxia a AG alimentares.

Uma reação anafilática pode incluir as seguintes manifestações clínicas:


Sintomas cutâneos: desde rubor localizado a urticária generalizada,
incluindo prurido palmo plantar, perioral e periorbital.

Sintomas respiratórios: desde sintomas nasais até asma, descrita em


79% dos casos e associada à alta taxa de mortalidade.

Sistemas gastrointestinais: incluindo síndrome d e alergia oral,


náusea e dor abdominal, vômitos e diarreia. Temo s observado que
estes sintomas são preditores de progressão de anafilaxia grave.

Sintomas cardiovasculares: relatados em 17% a 21% dos casos de


reações anafiláticas. Hipotensão arterial que conduz colapso
vascular, síncope ou incontinência tem sido relatada.

Sintomas neurológicos: tremores, confusão mental, síncope e


convulsões.
23/05/2023

Alergia Mediada (IgG):


‐ Mediada por IgG: tardia - desencadeada por macromoléculas -
os sintomas podem aparecer de 2 a 72horas após o contato inicial
com o antígeno.
‐ A produção de anticorpos IgG e IgG4 específicos constitui resposta
fisiológica à ingestão de alimentos, sem que implique qualquer
manifestação clínica de hipersensibilidade alimentar.
‐ Imunoglobulinas do tipo IgG;
‐ Processos inflamatórios - Doenças crônicas – Ocorrência de um
alto consumo do alimento potencialmente alergênico (ex: glúten,
ovos) associado à um comportamento alimentar desequilibrado.

Alergias Tardias (IgG):


Respiratórias:
Autoimunes:
• Asma; Gênito urinárias:
• Artrite reumatoide;
• Rinite, sinusite, amidalite; • Cistite de repetição;
• Lúpus;
• Otite média recorrente; • Enurese noturna;
• Tireoidite;
• Produção excessiva de • Candidíase.
• Psoríase.
muco.

Endócrinas:
• Obesidade;
Dermatológicas:
• Magreza;
• Eczema;
• Hipoglicemia;
• Urticária;
• Bulimia;
• Dermatite;
• Anorexia;
• Caspa.
• Dislipidemias;
• Acnes e espinha
23/05/2023

Alergias Tardias (IgG):


Neuropsicológicas:
Sistêmicas:
• Cefaleia e enxaqueca;
• Dores articulares; Gastrointestinais:
• Alteração do sono e/ou
• Dores musculares; • Diarreia;
humo;
• Retenção hídrica; • Constipação;
Insônia;
• Síndrome gripal; • Perda de apetite;
• Hiperatividade;
• Olheiras; • Gastrite, colite, esofagite;
• Falta de concentração;
• Olhos inchados; • Má absorção;
• Ansiedade, depressão;
• Olhos e lóbulos das orelhas • Flatulência aumentada;
• Fadigas inexplicáveis;
avermelhados; • Refluxo e cólicas;
• Convulsão;
• Bochechas vermelhas; • Náuseas e vômitos.
• Comportamento anti
• Língua racha e/ ou branca.
social

Centro Brasileiro de Nutrição Funcional


23/05/2023

41
Centro Brasileiro de Nutrição Funcional

Centro Brasileiro de Nutrição Funcional


23/05/2023

Centro Brasileiro de Nutrição Funcional

Centro Brasileiro de Nutrição Funcional


23/05/2023

Centro Brasileiro de Nutrição Funcional

Centro Brasileiro de Nutrição Funcional


23/05/2023

Centro Brasileiro de Nutrição Funcional

Mediadores das alergias e hipersensibilidades a alimentos

‐ IgE: ‐ IgG:
‐ Reação imediata (clássica) de minutos até ‐ Reação tardia (2 a 72h): por IgG;
8 horas do contato com o antígeno ; ‐ Diagnóstico difícil pelos sintomas;
‐ 1 a 2% das alergias alimentares; ‐ Ação inflamatória;
‐ Ação histamínica; ‐ Cíclica (de acordo com a exposição);
‐ Reintrodução muito difícil; ‐ Eliminação/ reintrodução/ rotação;
‐ Anticorpos IgE, ligados ao alimento ‐ Anticorpos IgG ligados ao alimento podem levar
evitado, decrescem significativamente em d e 2 a 12 meses para decrescerem
‐ semanas; significativamente;
‐ Os anticorpos reaparecem logo que o ‐ Para que os níveis de anticorpos retornem aos
alimento seja consumido novamente níveis anteriores, o alimento tem que ser
consumido frequentemente por semanas ou
meses.
23/05/2023

Sintomas relacionados mais frequentemente com alimento


‐ BRONQUITE ASMÁTICA E SINUSITE: ‐ ECZEMA/URTICÁRIA: ‐ SONO IRREGULAR/ENURESE:
‐ Leite e derivados; ‐ Peixes e frutos do mar; ‐ Leite e derivados;
‐ Ovo; ‐ Conservantes e aditivos alimentares; ‐ Conservantes e aditivos alimentares;
‐ Trigo/centeio/cevada; ‐ Leite e derivados; ‐ Ovo;
‐ Peixes e frutos do mar; ‐ Soja; ‐ Trigo;
‐ Amendoim; ‐ Amendoim; ‐ Frutas cítricas;
‐ Frutas cítricas; ‐ Oleaginosas; ‐ Carne suína;
‐ Chocolate e cafeína; ‐ Açúcar; ‐ Corantes e aromatizantes artificiais;
‐ Milho; ‐ Ovo; ‐ Frango;
‐ Oleaginosas; ‐ Batata; ‐ Refrigerantes;
‐ Cebola/alho; ‐ Chocolate; ‐ Chocolate;
‐ Batata; ‐ Trigo; ‐ Cebola;
‐ Levedura; ‐ Frutas cítricas; ‐ Peixe;
‐ Aspirina; ‐ Tomate. ‐ Canela
‐ Sulfitos; ‐ Amendoim;
‐ Tartrazina ‐ Tomate.

Sintomas relacionados mais frequentemente com alimento


‐ CEFALEIA/ENXAQUECA:
‐ ‐
‐ Leite e derivados;

INFECÇÕES RECORRENTES:

ÚLCERA (DUODENAL):

‐ Conservantes e aditivos alimentares;



Leite e derivados;

Leite e derivados;

‐ Chocolate;

Ovo;

Frango;

‐ Açúcar;

Trigo;

Milho;

‐ Trigo;

Frutas cítricas;

Ovo

‐ Cafeína;

Amendoim;

Carne bovina;

‐ Corantes e aromatizantes artificiais;



Milho;

Tomate;

‐ Soja;

Corantes e aromatizantes artificiais;

Café;

‐ Embutidos;

Soja;

Frutas cítricas;

‐ Amendoim;

Chocolate;

Abacate;

‐ Aspartame;

Refrigerantes;

Pêssego;

‐ Glutamato;

Frango;

Centeio/cevada;

‐ Canela;

Levedura;

Chocolate;

‐ Milho;
Tomate.

Uva;

‐ Alho;

Amendoim;

‐ Carne suína.
Condimentos.
23/05/2023

Diagnóstico
Etapas

História Exames Dieta de Teste de


Exame físico laboratoriais exclusão tolerância
clínica oral

Aspectos a serem abordados na investigação

1.Lista de alimentos suspeitos, ingredientes ou rótulos de produtos


industrializados

2.Quantidade de alimento necessária para deflagrar a ação

3.Vias de exposição (oral ou inalatória)

4.Intervalo de exposição e desencadeamento dos sintomas


23/05/2023

Aspectos a serem abordados na investigação

5.Manifestações clínicas após a exposição a cada alimento

6. Duração dos sintomas

7.Eventos associados (exercício físico, uso de medicamentos e ingestão de


álcool)

8. Tratamento das reações e resposta do paciente

9.Reprodutibilidade

História clínica
• Deve ser minuciosa;
• Natureza dos sintomas (causa associada, quais alimentos e quando);
• Frequência, reprodutibilidade e época da última reação;
• Tempo entre a ingestão do alimento e o aparecimento dos sintomas;
• Quantidade do(s) alimento(s), tipo ou preparação para provocar reação;
• Descrição detalhada dos tipos de reação;
• Influência de fatores externos no aparecimento dos sintomas;
• Diário alimentar associado a sinais e sintomas;
• Histórico familiar de alergia, do tempo de amamentação, época de
introdução de fórmulas infantis, ingestão de fórmulas à base de leite de
vaca outros alimentos consumidos e tratamento dietéticos anteriores.
23/05/2023

Exames laboratoriais
Sanguíneo (In vitro) – determinação de IgE sérica especifica (RAST ou
Immuno Cap®):
• Verifica a presença de IgE específica para determinado alimento;
• Classificação dos resultados: classes 1, 2, 3 e 4 ou em níveis absolutos;
• Não indica necessariamente o grau de alergia e nem que a criança desenvolverá
alergia se consumir o alimento.

POSITIVO Diagnóstico de alergia A avaliação dos


resultados
Deve ser
Sensibilidade a criteriosa!
proteína
Manifestações
NEGATIVO Sem alergia tardias?

Exames laboratoriais
Teste cutâneo de hipersensibilidade imediata (TC) in
vivo – PRINK TEST ou TCHI:
• São realizadas pequenas escoriações da pele do antebraço ou
no dorso com uma agulha, e coloca substâncias extraídas dos
alimentos ou de outros alergênicos sob forma de extrato de
proteína alergênica;
• Após 15 minutos observa-se se há reação alérgica nos locais
onde foram aplicados os alérgenos;
• Se positivo surge uma pápula de tamanho proporcional a
intensidade da reação;
Estes testes são validos apenas para crianças com alergia
medida por IgE ou mista
Separadamente – não confirmam diagnóstico
23/05/2023

‐ É a supressão imunológica produzida por


antígenos ingeridos que decorre, principalmente,
pela produção de células T supressoras específicas
(entre outros mecanismos imunológicos) que
levam à diminuição da capacidade de
Tolerância estimulação da resposta imunológica tanto
Oral localmente, como em órgãos distantes do intestino.
‐ Deste modo, o material antigênico absorvido por
via entérica não produz respostas imunes
prejudiciais (reações alérgicas) e,
consequentemente, somos capazes de nos
alimentar sem que ocorram reações indesejáveis

Desencadeamento oral (aberto e fechado):

• Os testes de provocação oral são considerados os únicos métodos


fidedignos para estabelecer o diagnóstico de alergia alimentar.
• Consistem na oferta de alimentos e/ou placebo em doses crescentes
e intervalos regulares, sob supervisão médica, com concomitante
monitoramento de possíveis reações clínicas.
• De acordo com o conhecimento do paciente (ou de sua família ) e
do médico quanto à natureza da substância ingerida (alimento ou
placebo mascarado).
23/05/2023

Os testes são classificados em:

• Aberto - paciente e médico cientes;

• Simples-cego - apenas o médico sabe o que está sendo


administrado;

• Duplo-cego e controlado por placebo - nenhuma das partes tem


conhecimento do preparado a ser testado pelo paciente.
• Esta última condição, apesar de estabelecida como padrão -ouro
para o diagnóstico das alergias alimentares, tem sua utilização
limitada na prática clínica diária pelos custos envolvido, tempo
necessário para sua realização e chance de Reações graves.

‐ As situações em que a necessidade dos testes de provocação oral se impõe


são:
‐ Casos em que diversos alimentos são considerados suspeitos, seus testes
específicos para IgE são positivos e a restrição de todos esses alimentos da
dieta é imposta: o teste oral para cada um dos alimentos seria indicado para
a reintrodução à dieta dos alimentos que não provocaram reação;
‐ Reações do tipo anafiláticas, cujo alimento altamente suspeito não apresenta
positividade no teste de IgE específica (o teste d e provocação deverá ser
realizado em ambiente hospitalar, com material de emergência disponível);
‐ Necessidade de estabelecer a relação causa x efeito entre o alimento e os
sintomas, mesmo que haja melhora do quadro após sua restrição da dieta;
‐ Alergias parcialmente ou não mediadas por IgE, quando os testes
laboratoriais são de pequeno auxílio diagnóstico.
23/05/2023

Teste de provocação oral (TPO)

Dieta de exclusão
• A partir da história clínica e dos exames laboratoriais pode-se
estabelecer a suspeita de alergia alimentar;

• Se há suspeita clínica relevante - realiza-se a dieta de exclusão, para


confirmar a hipótese, mesmo que os testes alérgicos sejam negativos;

• Dieta isenta do alimento alergênico e de seus de derivados;

• Medicamentos, vacinas e cosméticos;

• Ter cuidado com os traços (em casa, supermercado, padaria e


indústria);

• Ter atenção com os rótulos dos alimentos.


23/05/2023

Tratamento
Nutricional na Alergia
Alimentar

Tratamento Nutricional
• TOTAL EXCLUSÃO dos alimentos que contenham os alérgenos identificados no
TPO, inclusive os produtos deles derivados e preparações que os contenham;
• Ter atenção com o CONTATO CRUZADO.
23/05/2023

Tratamento nutricional
‐ Os fatores que contribuem para o desencadeamento ou exacerbação da
sintomatologia:
‐ Desmame precoce e introdução alimentar;
‐ Frequência de consumo dos alimentos;
‐ Preferências e Aversões;
‐ Monotonia alimentar;
‐ Alimentos ocultos;
‐ Hábito alimentar;
‐ Consumo de produtos químicos/ artificiais;
‐ Álcool, fumo, cafeína e outros fatores anti-nutricionais;
‐ Medicações que interferem com o trato gastrointestinal e com a
biodisponibilidade de nutrientes.

Para cada alimento ou grupo de alimentos excluído, cabe ao


profissional de saúde avaliar os riscos potenciais para o
desenvolvimento de deficiências nutricionais e orientar a
substituição apropriada por outras fontes alimentares
23/05/2023


Depois de detectados os erros alimentares e os
alimentos alergênicos por exames
laboratoriais e/ou clínica (avaliação de sinais,
sintomas e dos hábitos alimentares), elaborar
uma orientação que corrija esses erros e um
plano alimentar levando em consideração:

• Alimentos quanto ao grau de reatividade (baixa, média e


alta) – Exclusão temporária dos alimentos de maior
reatividade (1 a 3 meses);
• Rotatividade de 4 dias (ou mais) dos alimentos de baixa ou
média reatividade;
• Reintroduzir os alimentos de alta sensibilidade (1 de c ada
vez), avaliando os sintomas, e se necessário, manter a
exclusão por mais um período;
23/05/2023

• Atendimento das necessidades nutricionais, substituindo os alimentos de


exclusão por equivalentes características nutricionais:
• Leite de vaca: Leite Hidrolisado (HA), Couve, algas marinhas, repolho,
• amêndoas, pasta de gergelim, leguminosas, quinua;
• Trigo: Fécula de batata, farinha e fécula de arroz, farinha d e milho,
tapioca, polvilho, trigo sarraceno, milho, inhame, mandioca,
mandioquinha, quinua, amaranto.
• Acompanhamento e conscientização do paciente e/ou familiares durante
todo o processo de exclusão e reintrodução dos alimentos alergênicos;
• Acompanhamento da evolução do quadro clínico do paciente em frente
às orientações e adaptação;
• Avaliação da necessidade de suplementação ou complementação de
nutrientes em função do tempo e tipo de alimento excluído.
23/05/2023

Para lactentes acima


de 1 ano de idade

Bebidas enriquecidas
23/05/2023
23/05/2023
23/05/2023

É importante fornecer

Lista de substitutos adequados

Receitas previamente testadas

Adaptações das preparações da família

Adesão ao tratamento e previne monotonia


23/05/2023

Fontes Ocultas
Ovo: vitelina, lecitina, ovo mucina, albumina;
Trigo: farinha, gomas vegetais, gérmen de trigo, farinha branca, trigo integral, semolina,
triticale, tabule, xarope de cereal maltado, proteína vegetal hidrolisada, alimento
modificado com amido ou fécula, glúten;
Milho: maisena, dext rose, proteína de milho, glúten de milho, amido de milho, dextrina,
maltodextrina, álcool de milho (uísque, alguns licores), maioria dos “caramelos
coloridos”;
Leite: caseína, caseinato, lactose, lactoalbumina, soro e leite em pó, whey protein;
Soja: lecitina, óleo comestível, todos os temperos prontos para salada, proteína de soja e
alimentos que os contenham (pães, alimentos infantis, produtos de padaria, substitutos
de manteiga, bolos, biscoitos, bolachas, cereais, doces, misturas para bebida de frutas
desidratadas, sorvetes, margarinas, salsichas, acentuadores de sabor, gordura vegetal,
molhos de soja).

Alergia a proteína do leite de vaca

APLV é uma reação do sistema


imunológico às proteínas do leite de
vaca, principalmente às proteínas do
coalho (caseína) e às proteínas do soro
(α-lactoalbumina e β-lactoglobulina)
23/05/2023

Fatores associados a APLV

• Influência genética/familiar;

• Hipótese da higiene;

• Não aleitamento materno;

• Oferta precoce do leite de vaca (antes de 1 ano de


vida)/fórmulas à base de PLV.

Diferença
APLV IL

O que é? Reação do sistema imunológico à(s) Dificuldade do organismo em


proteína (s) do LV digerir e absorver o açúcar do leite
(lactose) devido à diminuição ou
ausência de lactase

Em que idade é Crianças, principalmente em bebês Adultos e idosos


mais comum?

Sinais e sintomas? Digestivos (vômitos, cólicas, diarreia, dor Apenas intestinais (diarreia, cólicas,
abdominal, constipação, presença de gases, distensão abdominal).
sangue nas fezes, refluxo etc), cutâneos
(urticaria e dermatite atopica), respiratórios
(asma, chiado no peito e renite), reação
anafilática, baixo peso e crescimento.
23/05/2023

Quando suspeitar?
Sintomas Sintomas e sinais sugestivos Sintomas Sintomas e sinais sugestivos

Digestivos Dificuldade para engolir; Respiratórios Coriza, obstrução nasal, chiado,


Impactação alimentar; respiração difícil e tosse;
Dificuldade de digestão;
Falta de apetite e recusa Cutâneos Urticária;
alimentar; Eczema atópico ou dermatite
Saciedade com pouca quantidade atópica;
de alimento; Coceira de pele;
Regurgitação frequente; Angioedema;
Vômitos intensos; Inchaço de lábios e/ou pálpebras
Cólicas;
Diarreia, com ou sem sangue; Gerais Baixo ganho de peso e
Constipação; desenvolvimento;
Sangue nas fezes; Anafilaxia;
Assadura na região anal Síndrome de enterocolite;

Crianças em aleitamento
• Manter o aleitamento materno;
• Se a criança apresentar sintomas, a mãe deverá fazer a
dieta de exclusão, pois as proteínas alergênicas podem
aparecer no LM;
• Realizar acompanhamento clínico nutricional também da
mãe (possível suplementação);
• Durante a fase de diagnóstico a dieta deve ser
RIGOROSA, pois caso contrário não será possível concluir
o diagnóstico;
• Ter cuidado com os alimentos preparados fora de casa.
23/05/2023

Fórmulas indicadas para APLV na impossibilidade


de AM
Devem ser: à base de AA, de proteína extensamente hidrolisada ou de
soja. Possuem características e indicações diferentes e sua seleção dever ser
conforme a idade, o comprometimento nutricional e o tipo de reação que a
criança apresenta.

Bebidas à base de soja ou de cereais: não são suplementadas com


tudo que a criança precisa nessa fase, por isso não são indicadas como
substitutas do leite para crianças menores de dois anos. O uso,
principalmente, antes de um ano, pode acarretar sérias deficiências
nutricionais, além de prejudicar o crescimento e desenvolvimento da criança.

Alimentação Complementar

A introdução da alimentação complementar em crianças com APLV


deve seguir os mesmos princípios do preconizado para crianças
saudáveis

Não há restrição à introdução de alimentos contendo


proteínas potencialmente alergênicas a partir do sexto mês
23/05/2023

Terapia nutricional de 0 a 6 meses

Aleitamento materno até 6 meses:


• Dieta de exclusão materna de alérgenos alimentares
• Orientação nutricional à mãe –avaliar risco vs
benefício

Em caso de uso de fórmula:


• Fórmula extensamente hidrolisada (1ª opção) –
(semielementar) – 4 a 6 semanas e marca o TPO
• Fórmula de aminoácidos (elementar) – em caso de
manutenção ou piora dos sintomas

Terapia nutricional > 6 meses


6 a 11 meses:
• Manutenção do aleitamento materno ou fórmula;
• A IA deve ser lenta e gradual, de preferência
iniciada com dieta oligoalergênica;
• Introduzir um alimento por semana
(documentando);

Maiores de 1 ano:
• Aleitamento complementado até os dois anos ou
mais de vida;
• Na impossibilidade de AMC uso de fórmula,
preferencialmente, até os dois anos.
23/05/2023

Suplementação
nutricional na Alergia
Alimentar

Probiótico
3 cepas de Lactobacillus + 2 cepas de Bifidumbacterium
23/05/2023

Aa, vitaminas e Minerais


L-Glutamina: Vitaminas e Minerais:

• Fonte energética para a • Zn;


proliferação de enterócitos; • Se;
• Importante nutriente para • Complexo B (Ácido Fólico, B5);
garantir a função imune d o • Carotenoides;
intestino, através da produção de • Vit C;
IgA; • Vit E;
• Essencial para a proliferação de • Vit A;
linfócitos T e B; • Bioflavonoides - ação antioxidante, anti-
• Precursora da síntese de glutationa inflamatória, modulam sistema imunológico,
(poderoso an tioxidante no auxiliam a destoxificação h epática e
intestino minimiza a produção de contribuem com o estado nutricional como um
RL). todo.
23/05/2023

Doença Celíaca

Glutén
Modificações genéticas do trigo - industrialização;

Alto teor de glúten + alto consumo = Reações (mecanismos


imunológicos) + Fatores genéticos aumentando doenças inflamatórias
e autoimunes.

O glúten é da família de proteínas, principalmente encontradas no


trigo, aveia e centeio.

Fração mais alérgica do alimento: PROTEICA


23/05/2023

As proteínas prejudiciais para as pessoas com Doença Celíaca ou


Sensibilidade ao glúten-não-celíaca são ricas em prolaminas:

A doença celíaca é uma enteropatia inflamatória autoimune causada


pela ingestão de glúten em indivíduos geneticamente susceptíveis,
podendo ser diagnosticada em qualquer idade.

Quando o glúten chega ao intestino faz


com que ocorra uma reação
imunológica, causando um processo
inflamatório crônico, levando à lesão da
mucosa do intestino delgado.
23/05/2023

Microscopia:
MUCOSA PLANA QUE PERDEU AS
VILOSIDADES NA DOENÇA CELÍACA.

Sintomas gastrointestinais: Quadro clínico onde predominam


• Dor abdominal (tipo cólica); manifestações extras intestinais:
• Distensão abdominal; • Fadiga;
• Dispepsia; • Infertilidade;
• Alterações no hábito intestinal • Doenças neurológicas;
(obstipação/ diarreia); • Osteoporose;
• Sintomas de má absorção intestinal; • Dermatite herpetiforme;
• Assintomática; • Outras
• Predominar manifestações extra
intestinais

Diagnóstico da Doença Celíaca


• Sorologia para a doença celíaca com o anticorpo anti-gliadina das classes
IgA e IgG, ou anticorpo anti-endomísio IgA ou an ticorp o anti-
transglutaminase tissular recombinante humana da classe IgA.
• Exame genético HLA DQ2 e DQ8.
• Biópsia do Intestino Delgado (via endoscopia) para confirmar o
diagnóstico da DC.
• A anamnese e o exame físico são essenciais para a confirmação
diagnóstica da doença celíaca.
• No entanto, as várias formas de apresentação da doença não permitem,
nos dias atuais, utilizar apenas a avaliação clínica para o diagnóstico.
• Os exames laboratoriais podem auxiliar por meio da pesquisa de
anticorpos imunoglobulina A (IgA) e imunoglobulina G (IgG).
23/05/2023

Diagnóstico da Doença Celíaca


• Os marcadores IgG e IgA antigliadina são os mais sensíveis e mais
específicos;
• No entanto, esses anticorpos podem ser positivos em indivíduos normais
ou com outras doenças intestinais como parasitoses e algumas alergias, e,
portanto, podem ser falso-positivos.
• Níveis normais desses anticorpos não excluem a presença de doença
celíaca. Os anticorpos antiendomísio IgA são muito sensíveis e específicos e
encontram -se positivos mesmo na forma mais sensível da doença.
• Outro anticorpo antitransglutaminase tecidual também p ode ser u sado
como método diagnóstico e apresenta boa correlação com o
antiendomísio.

Diagnóstico da Doença Celíaca


• O exame padrão-ouro para diagnóstico de doença celíaca é a biópsia da
segunda ou terceira porção duodenal utilizando- se endoscopia digestiva
alta.
• É observado na histopatologia a presença de atrofia da mucosa e
achatamento das vilosidades, perda d a granulosidade, padrão mosaico,
pregas espessadas e proeminentes.
• A presença de anticorpos positivos não descarta a necessidade de biópsia
duodenal, uma vez que, em algumas situações clínicas, a sorologia
poderá ser falso-positiva.
23/05/2023

Diagnóstico da Doença Celíaca


• Os pacientes que têm a sorologia negativa, mas apresentam importantes
sinais clínicos de doença devem ser submetidos à endoscopia digestiva
alta para confirmar ou descartar doença celíaca.
• Outros exames laboratoriais como a presença de anticorpos
antitireoidianos ou presença de diabetes melito tipo 1 ou doenças
autoimunes hepáticas deverão ser pesquisados, pois algumas doenças são
de elevada prevalência em portadores de doença celíaca.
• A deficiência de ferro, por alteração da superfície de absorção, é muito
• prevalente nessa doença e, portanto, o nível sérico de ferro e ferritina e de
outras vitaminas deverão ser avaliados.

Tratamento Nutricional
da Doença Celíaca
23/05/2023

Tratamento Nutricional da Doença Celíaca


• A intolerância ao glúten é permanente;
• O tratamento baseia -se na retirada do glúten da deita - remissão total dos
sintomas;
• Retirada de cereais que contêm maiores quantidades de prolaminas tóxicas
como trigo, centeio e cevada;
• A maisena, milho e arroz têm prolaminas não tóxicas e significantemente
menores quantidades de glutamina e prolina, são ricas em leucina alanina; por
isso podem ser utilizadas nas dietas para celíacos;

Tratamento Nutricional da Doença Celíaca

• A maioria dos indivíduos com DC toleram uma quantidade moderada de aveia


pura (70g/dia para adultos) sem ativação da doença, mas alguns pacientes
evoluem com reativação ou piora dos 10 sintomas, provavelmente relacionada a
presença de resíduos de glúten em produtos industrializado
• Acompanhamento nutricional para evitar deficiências nutricionais e evitar
monotonia.
23/05/2023

Tratamento Nutricional da Doença Celíaca

Único tratamento:

Dieta RIGOROSA sem glúten

Não se deve “comer só um pouquinho”

A dieta deve ser seguida por toda vida: SIM!

Alimentos Funcionais nas


reações adversas aos alimentos
23/05/2023

Maçã
Pectina: fibra – reduzir apetite.
As fibras são componentes da parede
vegetal não digerida por enzimas de
mamíferos, classificados por sua Quercetina: anti-inflamatório que
solubilidade em água. ajuda a reduzir processos alérgicos.
As fibras solúveis em geral são viscosas e A quercetina é um dos principais
altamente fermentadas pela microbiota flavonóis encontrados nos alimentos e
intestinal. tem sido associada a características
Como principais representantes, antioxidantes, reagindo com ânion
incluem-se pectina (presente em frutas), superóxido, oxigênio singleto e
gomas (Aveia, cevada e leguminosas radicais peroxil.
com soja e feijão) e mucilagens.

Abacate
Fibras solúveis: diminui absorção de
gorduras e glicose/ maior saciedade/ baixo Beta-Sitosterol: reduz absorção de
índice e carga glicêmica/ regula o trânsito colesterol no intestino.
intestinal – prebióticos; Os fitoesteróis são encontrados apenas nos
Agem ao longo do intestino, exercendo efeitos
óleos vegetais e desempenham
fisiológicos importantes sobre o metabolismo de
funções estruturais análogas às do
glicose, lipídeos e sobre a biodisponibilidade de
certos minerais. Proteção: constipação, colesterol em tecidos animais.
hemorroidas, câncer de cólon, diverticulite, O beta -sitosterol, extraído de óleos
Controle da obesidade, diabetes, doenças vegetais, é o principal fitoesterol
cardiovasculares, bem como na composição da encontrado nos alimentos.
microbiota intestinal e na integridade funcional Reduz a absorção do colesterol e do
do trato colesterol no intestino.
gastrointestinal.
Vitamina E: Aumenta HDL. Ômega 9: Reduz colesterol Total e LDL.
23/05/2023

Brássicas

O grupo das brássicas ou vegetais


crucíferos inclui o brócolis, couve
manteiga, couve de Bruxelas, repolho,
couve -flor, mostarda, rúcula, nabo,
rabanete, agrião, colza e canola .
Elas são importante fonte de
glicosinolatos, um grupo de
metabólitos secundários sulfurados
responsáveis pelo aroma e sabor
destes vegetais.

Brássicas

Prevenção do Câncer
Ação antioxidante
Fortalece o sistema imunológico
Modulação de hormônios
Formação óssea
23/05/2023

Quinoa
Ferro:
Vitamina B1 (Tiamina): Coenzima em mais de Considerando que a maior parte do ferro
24 enzimas encontra-se n a hemoglobina (Hb) e na
Vitamina B2 (Riboflavina): mioglobina, a deficiência do nutriente afetará
Essencial para o crescimento e desenvolvimento a função dessas duas proteínas;
normais, reprodução, lactação, desempenho físico e
b em estar, já que participa de reações bioquímicas
Cálcio: Importante componente ósseo e ação
essenciais, especialmente aquelas envolvidas com o de proteínas (calmodulina, creatinina,
fornecimento de energia. retinina, fosfolipase, A2parvalbumina,
Vitamina B6 (Piridoxina): calbindina e casequestina
Desempenha um papel importante no sistema Fósforo:
imune, uma vez que em pessoas deficientes, ocorre O fósforo está presente em fosfolipídios (um
uma diminuição da proliferação de linfócitos e na dos principais componentes das
produção reduzida de interleucina (IL)- 2 e (IL-2),
em resposta a mitógenos e à produção reduzida de
membranas biológicas), em nucleotídeos e em
anticorpos. ácidos nucléicos.

Cacau
O chocolate consiste em uma série de produtos crus e processados derivados
da semente de Theobroma cacao.

Propriedades do Cacau:
• Proteção do endotélio vascular;
• Diminui risco de doença
cardiovascular;
• Melhora sensibilidade à insulina;
• Reduz colesterol total e LDL;
• Ação antiinflamatória
23/05/2023

Ervas e especiarias

Ervas e especiarias
23/05/2023

Ervas e especiarias

Ervas e especiarias
23/05/2023

Ervas e especiarias

Referências bibliográficas
• Pujol, Ana Paula. APOSTILA – Intolerâncias e Alergias Alimentares

• Pinotti, Renata. Guia do bebê e da criança com alergia alimentar.1.ed.Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2013.

• Cocco RR, Souza FIS, Sarni ROS, Sole D. Terapia Nutricional na Alergia Alimentar na Pediatria. Atheneu, 2013.

• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança : aleitamento materno e
alimentação complementar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2015.

• Sociedade Brasileira de Pediatria, Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia. Consenso Brasileiro Sobre Alergia Alimentar: 2007. Rev
Bras Alerg Imunopatol. 2008; 31(2).

• Sociedade Brasileira de Pediatria Manual de orientação para a alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar, do adolescente e na
escola/Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia, 3ª. ed. Rio de Janeiro, RJ: SBP, 2012.

• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para a coleta e análise de dados
antropométricos em serviços de saúde : Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011.

• Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição. Guia prático de diagnóstico e tratamento
da alergia às proteínas do leite de vaca mediada pela imunoglobulina E. Rev Bras Alerg Imunopatol. 2012; 35(6):203-33.
23/05/2023

Obrigada!

Você também pode gostar