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Definição:
Os probióticos foram definidos como microrganismos vivos que, quando ingeridos em
certas quantidades, exercem efeitos benéficos além dos relacionados à nutrição em geral.
Os probióticos mais frequentemente utilizados são as bactérias ácido lácticas, tais como
os lactobacilus e bifidobactérias. Mas outras cepas bacterianas não patogênicas, incluindo
Streptococcus, Escherichia Coli e microrganismos não bacterianos, tais como levedura não
patogênica Saccharomyces boulardii, também são utilizados.
Os critérios para uma bactéria ser designada como probiótica incluem: Origem humana,
propriedades não patogênicas, resistência ao processamento tecnológico, incluindo viabilidade
em mecanismos de liberação, estabilidade no meio ácido e na bile, adesão ao tecido epitelial
alvo, habilidade de persistir no TGI, produção de substâncias antimicrobianas e habilidade de
influenciar o sistema imunológico e as atividades metabólicas de forma positiva.
Os probióticos estão disponíveis tanto em laticínios fermentados, tais como iogurte ou
outros laticínios, sucos de frutas e outras bebidas quanto como suplementos em pó, contendo
bactérias viáveis. Em alguns países produtos probióticos medicinais que são vendidos para
indicações clínicas específicas também estão disponíveis.
Entendendo o Mecanismo:
O intestino é um ecossistema formado por 3 componentes – A barreira mucosa, GALT e
Microflora. A Flora intestinal ajuda na produção e absorção de nutrientes substratos para as
células intestinais. Tais substratos podem ser de origem dietética (alimentação) ou endógena
(produto da fermentação das próprias bactérias presentes no intestino).
Disbiose:
Aplicação Clínica:
ALERGIAS ALIMENTARES: O uso de probiótico ajuda na regulação da resposta
imune, local e sistêmica. Promove a degradação dos antígenos provenientes da dieta por
enzimas derivadas das bactérias probióticas. Inverte sua atividade imunomoduladora que passa
de proliferativa para supressora. (Malin M ET. AL. 1996). O probiótico também estimula a
secreção de Il-2 pelos macrófagos, alterando os padrões de predominância da produção de Th2
para Th1 bloqueando a produção de IgE.
CÂNCER: Os mecanismos de ação ainda não estão plenamente conhecidos. Mas alguns fatores
podem estar associados.
- Competição por sítios de fixação e nutrientes (ouwehand ET.al. 1999).
Lactobacillus:
L. Acidophilus – Regula o intestino delgado, digestão de proteínas, ação antimicrobiana contra
S. aureus, Cândida albicans, E. coli, Salmonella e Clostridium. Diminui a concentração de
carcinogênicos.
L. Casei – Diminuição das doenças alérgicas.
L. Crispatus sub sp. Bulgaricus – Melhora a digestão da lactose, auxilia no metabolismo de
lipídios, combate a Cândida Albicans.
(Cross, 2002; Maasen ET. AL. 2000; Hashimoto ET. Al. 1985; oppola et. Al. 2003)
L. Johnsonii – Regulariza o trânsito intestinal e exerce efeito sobre o metabolismo dos lipídios.
L. Plantarum – Diarreia, constipação, melhora da imunidade intestinal.
L. Reuteri – Produção de ácido lático.
L. Rhamnosus – Candidíase, maior aderência à mucosa intestinal, grande competitividade com
patógenos. Auxilia na ação das bifidobactérias, diminuindo o aparecimento de alergias
alimentares e inflamações intestinais.
Bifidobacterias:
B. bifidum – Principal espécie utilizada no controle da diarreia.
B. longum – Para crianças, diminui o ph local da produção de ácidos orgânicos, síntese de
vitaminas, absorção de Ca, MG, Fe, retenção de nitrogênio. Produz AGCC. Possui ação
inibitória contra salmonella, Listeria, Shigella, E. coli e Clostridium pefringes.
Uso Pediátrico: B. Infantis, B, lactis e B. longum.
FORMAS DE USO/RECOMENDAÇÕES:
Para se receber a nomenclatura de probiótico, além de corresponder aos critérios já ditos
anteriormente o produto deverá conter 107 Um/g ou ml. (Stanton ET. AL. 2001). Os
probióticos podem ser obtidos dos alimentos ou sob a forma de suplementação.
Alimento – Manutenção
Suplemento – Tratamento
Recomendações:
Ingestão diária, uso contínuo, com intervalos periódicos – 107 ufc/g por 1 ano não ocorre em
efeitos adversos. (Saveedra, 2001).
Mínimo de 106 células viáveis/g ou ml do produto pode ser utilizado como suplementação
diária, dependendo do alimento e da espécie utilizada.
109 a 1010 organismos/dia – Prescrição Suplementar.