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UNIASSELVI

CURSO SUPERIOR DE NUTRIÇÃO

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

SANDRA RAQUEL MACEDO


ALMEIDA

TERESINA – OUTUBRO/2022
UNIASSELVI
CURSO SUPERIOR DE
NUTRIÇAO

SANDRA RAQUEL MACEDO ALMEIDA


ESCOLA MUNICIPAL MOCAMBINHO

ADRIANA CALDEIRA EMERIC


SOUZA
Tutor da disciplina

Relatório Parcial de Estágio Curricular


Supervisionado, apresentado a
Uniasselvi-SC, como requisito para
obtenção do diploma.

TERESINA – OUTUBRO/2022
DADOS DO ESTÁGIÁRIO

ALUNO: SANDRA RAQUEL MACEDO ALMEIDA

DATA DE NASCIMENTO: 03/12/1984

CONCLUSÃO DO CURSO: 2 0 2 3. . 1

ENDEREÇO: Rua projetada 03 condominio jardins do norte 2 bloco G apt 301.


Teresina- piaui
FONE:86-99952699

CURSO:NUTRIÇAO

ENDEREÇO: Rua 24 de Janeiro , 433

BAIRRO: Centro- sul

CIDADE: Teresina

CEP:64001-230

FONE: 086- 3085-5292

DADOS DO ESTÁGIO
RAZÃO SOCIAL: Escola Municipal Mocambinho
ENDEREÇO: Rua Lorival Pereira Silva 6000
BAIRRO: Mocambinho

CIDADE: TERESINA

DATA DE FUNDAÇÃO: 1 9 8 9

NATUREZA: Associação privada


ÁREA DE ATUAÇÃO DA EMPRESA: E d u c a ç ã o
NÚMERO DE EMPREGADOS:
PERÍODO DE ESTÁGIO: 18/10/2022 A 7/12/ 2022
REPRESENTANTE LEGAL DA EMPRESA: Stela Núbia Ribeiro da Rocha Cunha
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................4
2. OBJETIVOS..............................................................................................................6
2.1 Objetivo Geral..........................................................................................................6
2.2 Objetivos específicos...............................................................................................6
3. DESENVOLVIMENTO...............................................................................................7
3.1 Histórico da empresa...............................................................................................7
3.2. Descrição dos setores............................................................................................7
3.3 Descrição da rotina diária no setor e relacionamento com a equipe......................8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................9
1. INTRODUÇÃO

A experiência do estágio é essencial para a formação integral do aluno, considerando


que cada vez mais são requisitados profissionais com habilidades e bem preparados.
Ao chegar à universidade o aluno se depara com o conhecimento teórico, porém
muitas vezes, é difícil relacionar teoria e prática se o estudante não vivenciar
momentos reais em que será preciso analisar o cotidiano (MAFUANI, 2011).
O estágio em saúde coletiva na area da alimentação escolar concede ao estudante de
graduação em nutrição a oportunidade de vivenciar de forma prática as competencias
do nutricionista que é o responsavel-tecnico do programa nacional de alimentaçao
escolar (PNAE).

O PNAE é uma política pública efetiva de educação alimentar com o objetivo


de suprir, parcialmente, as demandas nutricionais dos alunos de toda a rede
pública da educação básica, através da oferta de, no mínimo, uma refeição
diária, objetivando atender os requisitos nutricionais referentes ao período em
que estes se encontram na escola (CONCEIÇÃO, 2019).

A presença do nutricionista na alimentação escolar é determinada e regulamentada


pelo Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), por meio da resolução CFN n.
465/2010, que dispõe sobre as atribuições do profissional no âmbito do Programa de
Alimentação Escolar (PAE). Ele assume a responsabilidade técnica, compromisso
profissional e legal na execução das atividades, de acordo com a formação e os
princípios éticos da profissão, visando à qualidade dos serviços prestados à
sociedade. A ele compete, no exercício de suas atribuições, planejar, organizar, dirigir,
supervisionar, avaliar os serviços de alimentação e nutrição, prestar assistência e
realizar educação nutricional à comunidade escolar, entre outras atividades (Conselho
Federal de Nutricionistas, 2010).
O PNAE incialmente apresentava-se num modelo tecnicista e assistencialista, porém
as modificações no contexto político-histórico do Brasil contribuíram com sua
reformulação para um modelo que engloba as diferentes dimensões em que o escolar
está inserido, bem como a inserção do nutricionista como responsável técnico por sua
execução. Esse novo cenário inclui a inserção da educação alimentar e nutricional no
ambiente escolar (PEIXINHO, 2013).

Atualmente o PNAE é regulamentado pela Lei nº 11.947/2009 e tem por objetivo:


“contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial,
aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de práticas alimentares
saudáveis dos alunos, por meio de ações de educação alimentar e nutricional
e da oferta de refeições que cubram as suas
necessidades nutricionais durante o período letivo” (BRASIL, 2009, Art. 4)

Podemos destacar entre as diretrizes que regem o PNAE, a segunda, onde descreve o
papel da educação alimentar e nutricional (EAN): inclusão da educação alimentar e
nutricional no processo de ensino e aprendizagem, que perpassa pelo currículo
escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas
saudáveis de vida na perspectiva da segurança alimentar e nutricional (BRASIL, 2009,
Art. 1).

Caracterizado como espaço de convivências e interações sociais, o ambiente escolar


vem sendo visto como um terreno fértil para se implantar ações e estratégias de
promoção da saúde e nutrição. Quando ações de incentivo ao desenvolvimento
saudável são realizadas, promovem melhorias da qualidade de vida das crianças e
adolescentes (GABRIEL et al, 2011).
1. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral


Colocar em pratica conhecimentos adquiridos durante o curso de nutrição
percebendo a importancia do papel do nutricionista no ambito da alimentaçao
escolar

2.2 Objetivos específicos


Realizar avaliação antropométrica de ao menos 60 usuários do serviço, com a
obtenção de peso, estatura e perímetro da cintura., e classificação do estado
nutricional de acordo com a faixa etária;
Montar planejamento de educação alimentar e nutricional para estimular a
adoçao de habitos alimentares nos escolares
2. DESENVOLVIMENTO

3.1 Histórico da empresa


A escola municipal mocambinho foi inaugurada no ano de 1989, 7 anos após
a inauguração do bairro onde fica localizada desde a sua fundação . A
principio o bairro se chamaria de Jose Francisco de Almeida Neto mas
popularizou-se com o nome de “Mocambinho”, devido o local de sua
construção, que se deu em uma área de uma antiga fazenda, chamada
Mocambinho, que na etimologia da palavra significa “cabaninha”.
A escola tem esse nome devido o nome popular do bairro onde esta
localizada, e desde a sua inauguraçao ja passou por inumeras reformas para
atender os mais diversos formatos de ensino desde o semi internato com
ensino profissionalizante, escola de tempo parcial e hoje atendendo a
comunidade no formato tempo integral .

3.2. Descrição dos setores


O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) oferece alimentação escolar e
ações de educação alimentar e nutricional a estudantes de todas as etapas da educação
básica pública. O governo federal repassa, a estados, municípios e escolas federais,
valores financeiros de caráter suplementar efetuados em 10 parcelas mensais (de
fevereiro a novembro) para a cobertura de 200 dias letivos, conforme o número de
matriculados em cada rede de ensino
A escola municipal mocambinho é uma escola de tempo integral da prefeitura de
Teresina que atualmente atende crianças e adolescentes de 5º ao 9º ano do ensino
fundamental , a escola funciona de segunda a sexta das 7:00 da manhã às 16:30 da tarde.
A escola conta coma seguinte infraestrutura :

 28 salas de aulas

 Sala de diretoria

 Sala de professores

 Sala de recursos multifuncionais para Atendimento Educacional


Especializado (AEE)
 Quadra de esportes coberta

 Quadra de esportes descoberta

 Cozinha

 Sala de leitura

 Banheiro adequado à alunos com deficiência ou mobilidade reduzida

 Sala de secretaria

 Refeitório

 Despensa

 Almoxarifado

 Auditório

 Pátio coberto

A escola fica localizada na R. Lourival Pereira Da Silva, 6000 - Mocambinho,


Teresina - PI, 64010-015 onde fica proxima de praças, campos de futebol
onde a populaçao utiliza para a prática de esportes e atividade física. Sua
área abrange saneamento básico em todo territorio, calçamento e
ilumininaçao pública .
Segundo o censo do IBGE de 2010, o bairro possui 28.385 habitantes. 71,9%
da população está na faixa etária entre 15 e 64 anos de idade. O valor do
rendimento nominal mediano mensal dos domicílios particulares permanentes
em 2010 do bairro é de R$ 1.600,00, acima da média da zona urbana do
município de R$ 1.110,00 e ocupava a 39ª no ranking dos bairros da capital.

3.3 Descrição da rotina diária no setor e relacionamento com a equipe


A nutricionista frequenta a escola semanalmente, ela é responsavel por
elaborar o cardápio, preparar as fichas técnicas de preparo e analisar o valor
nutritivo do cardápio. Fica a cargo da nutricionista também fazer treinamento de
boas práticas com a equipe da cozinha e verificar a despensa observando
validade dos produtos, disposição dos produtos na prateleira confome a
validade deixando os de validade próximo da data na frente e de longa validade
atrás, também a higiene e a circulçao de ar dos produtos armazenados. Não foi
observado durante o estágio ações de educação nutricional e alimentar , sendo
estas ações realizadas nas aulas de educação física na qual o professor
ajudou nas orientações desenvolvidas durante o estágio de saude coletiva 1.

3.4 Descrição de casos clínicos vivenciados em seu estágio e suas possíveis


resoluções e plano de ações

TABELA 1 : ANTROPOMETRIA DE ESCOLARES DE 6º E 7º ANO DA


ESCOLA MUNICIPAL MOCAMBINHO.
Estado
Nome Sexo Peso Altura Circ.cintura Idade IMC
Nutricional
S.O M 52,5 1,69 74 13 18,4  Normal
G.H M 48,3 1,63 66 13 18,2  Baixo peso
T.R M 64 1,78 77 13 20,2  Normal
J.N M 94 1,76 100 14 30,3  Obesidade
D.G M 55,7 1,72 69 13 18,8  Normal
W.L M 41 1,57 64 13 16,6  Baixo peso
V.S M 47 1,58 67 13 18,8  Normal
M.V M 81,4 1,82 88 13 24,6  Sobrepeso
E.E M 51,4 1,66 70 13 18,7  Normal
L.O M 53,8 1,68 72 13 19,1  Normal
T.S F 35,2 1,48 62 12 16,1  Baixo peso
I.M F 51,2 1,57 70 13 20,8  Normal
J.A F 39,7 1,55 61 12 16,5  Baixo peso
I.V F 64 1,6 70 13 25,0  Sobrepeso
R.C M 51,7 1,7 70 12 17,9  Normal
M.C F 50,1 1,58 67 12 20,1  Normal
R.C F 49,2 1,59 67 13 19,5  Normal
E.A F 40,2 1,57 61 13 16,3  Baixo peso
D.D F 34,9 1,46 60 12 16,4  Baixo peso
D.A F 40,2 1,49 65 13 18,1  Baixo peso
G.R M 55 1,6 66 13 21,5  Normal
V.S F 61,9 1,61 90 13 23,9  Sobrepeso
C.E M 42,4 1,57 65 13 17,2  Baixo peso
S.P F 64,6 1,52 77 13 28,0  Obesidade
J.P M 37,2 1,49 65 13 16,8  Baixo peso
W.S M 54,8 1,65 72 14 20,1  Normal
A.M F 81,7 1,64 95 13 30,4  Obesidade
M.M F 65,6 1,62 85 12 25,0  Sobrepeso
P.M F 46 1,64 62 15 17,1  Baixo peso
L.S F 52,3 1,65 65 15 19,2  Baixo peso
L.A F 49,2 1,61 66 14 19,0  Baixo peso
A.L F 44 1,65 67 12 16,2  Baixo peso
A.K F 76,1 1,6 88 14 29,7  Obesidade
A.V F 44,8 1,45 65 13 21,3  Normal
M.H F 44,8 1,65 63 13 16,5  Baixo peso
M.S M 50,4 1,64 59 13 18,7  Normal
R.A M 49 1,63 71 14 18,4  Baixo peso
J.E M 59 1,67 72 11 21,2  Sobrepeso
P.A F 48,4 1,62 63 11 18,4  Normal
I.L F 47,3 1,53 69 11 20,2  Normal
J.C M 32,9 1,53 61 12 14,1  Baixo peso
A.S M 34,9 1,47 67 12 16,2  Baixo peso
J.T M 64,3 1,74 77 12 21,2  Sobrepeso
W.P M 53,5 1,58 77 12 21,4  Sobrepeso
D.R M 50,2 1,61 71 11 19,4  Normal
N.A M 62,3 1,64 83 12 23,2  Sobrepeso
J.A M 57,8 1,57 84 12 23,4  Sobrepeso
H.S M 32,3 1,43 66 11 15,8  Baixo peso
I.S F 46,2 1,67 62 12 16,6  Baixo peso
P.H M 42,9 1,51 67 12 18,8  Normal
Y.F M 35,9 1,47 63 13 16,6  Baixo peso
E.E M 35,3 1,51 62 12 15,5  Baixo peso
M.P M 29,4 1,42 58 11 14,6  Baixo peso
M.M F 38,9 1,52 60 12 16,8  Baixo peso
V.M M 58,9 1,68 74 12 20,9  normal
V.S M 39,4 1,58 63 12 15,8  Baixo peso
A.G M 55,2 1,6 75 12 21,6  sobrepeso
F.K M 37,8 1,48 67 11 17,3  normal
J.K M 57,1 1,53 86 13 24,4  sobrepeso
Fonte: dados da pesquisa

Grafico 1 : Resultado da antropometria em escolares de 6º e 7º ano da


escola municipal mocambinho

Teste Antropometrico

Peso normal baixo peso sobrepeso obesidade


Fonte: dados da pesquisa

Conformes dados apresentados no grafico1 e tabela 1 foi observado na


amostra de 60 alunos que 20 alunos apresentaram peso eutrofico
correspondendo 33,3% da amostra, 27 alunos ou 45% baixo peso, 09 ou 15%
sobrepeso e 04 ou 6,7 % obesidade .
Diante do que foi encontrado nos achados antropomentricos e observação na
hora do lanche onde alunos trocavam o lanche da escola por lanches
industrializados trazidos de casa foi necessária uma intervençao nutricional
com palestras sobre alimentaçao saudável e sobre os maleficios a saúde
causados por alimentos ultraprocessados observados nas imagens a seguir :

Realização da antropometria paletras sobre alimentação saudavel


aula sobre rótulos interpretação dos rótulos achados no patio
Trabalho de educação nutricional sobre quantidade de gordura, sódio e carboidratos de
de alimentos ultraprocessados que posteriormente ficou em exposiçao no pátio da
escola
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos


Jurídicos. Lei nº11.947 de 16 de junho de 2009. Dispõe sobre o atendimento
da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da
educação básica; altera as Leis nos 10.880, de 9 de junho de 2004, 11.273, de
6 de fevereiro de 2006, 11.507, de 20 de julho de 2007; revoga dispositivos da
Medida Provisória no 2.178- 36, de 24 de agosto de 2001, e a Lei no 8.913, de
12 de julho de 1994; e dá outras providências. Brasília–DF, 2009.

CONCEIÇÃO, A. A. da. História da alimentação escolar no Brasil: algumas


questões sobre políticas públicas educacionais, cultura escolar e cultura
alimentar. In: Anais... 30 Simpósio Nacional de História, Recife, 15 a 19 de jul.,
2019

CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS (CFN). Resolução CFN n. 465,


de 28 de agosto de 2010. Dispõe sobre as atribuições do nutricionista no
âmbito do Programa de Alimentação Escolar (PAE) e dá outras providência.

GABRIEL, C. G. et al. Alimentos comercializados nas escolas e estratégias de


intervenção para promover a alimentação escolar saudável: revisão
sistemática. Rev.Inst. Adolfo Lutz, v.70, n.4, p.572-583, 2011.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA . Censo


Brasileiro de 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2012

MAFUANI, F. Estágio e sua importância para a formação do universitário.


Instituto de Ensino superior de Bauru. 2011

PEIXINHO, A.M.L. A trajetória do Programa Nacional de Alimentação Escolar


no
período de 2003-2010: relato do gestor municipal. Ciência e Saúde
Coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n.4, p. 909-916, 2013

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