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UNIFAVIP

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO VALE DO IPOJUCA


COORDENAÇÃO DE NUTRIÇÃO

THAYNNÁ MARIA NATIVO BRAZ

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO EM NUTRIÇÃO


ESTÁGIO CLÍNICA

CARUARU
2021
THAYNNÁ MARIA NATIVO BRAZ

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO EM NUTRIÇÃO


ESTÁGIO CLÍNICA

Relatório de estágio Supervisionado Obrigatório


apresentado à Coordenação do Curso de
Bacharelado em Nutrição como requisito parcial
para obtenção do título de Bacharel em Nutrição.

Preceptor: Katiana Rodrigues de Lima


Docente Orientador: Paula Brielle Pontes Silva

CARUARU
2021
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por essa etapa concluída e a força que foi me dado durante o processo;

Á minha família pelo apoio, incentivo e amor durante minha trajetória;

Á coordenadora do estágio, Paula Brielly;

Á minha preceptora do estágio, Katiana. Pelos conhecimentos repassados e o cuidado em


ensinar, por ser líder e ter força para continuar em meio a tantas tribulações, com simpatia e
segurança;

Às nutricionistas Kamila por ser paciente, com seu jeito meigo, Lígia por sua disciplina e

espontaneidade, Cláudia pelo seu jeito humano e acolhedor, Pamela pelo seu compromisso e
delicadeza, Taciana por sua inteligência e agilidade, Tayane com seu jeito tímido, mas com
grande compromisso, Samara com seu compromisso e alegria, Camila Chiara pelo grande
conhecimento e paciência, Angélica por seu conhecimento e sua confiança no meu trabalho,
Márcia por sua experiência e mansidão, Sr. José pelo carinho de pai e acolhimento, Alisson
pelo seu comprometimento. Foi gratificante poder aprender mais sobre a Nutrição clinica no
Hospital Regional Dom Moura, juntamente com uma equipe acolhedora, compromissada e de
excelência, apaixonados pelo que faz, o estágio não seria o mesmo sem cada um, fico muito
grata e feliz por ter sido bem instruída com paciência e amor por todos, o conhecimento
adquirido e esta experiência estará sempre no meu coração, foi muito importante a autonomia
que me foi dada e a igualdade profissional, mesmo sendo graduanda;

Às alegrias, conversas compartilhadas, discussões sobre os casos clínicos, a humanidade e o


sorriso no rosto de pessoas com objetivo de promover saúde através da alimentação, com
intuito de melhorar os quadros clínicos com nutrição a qualitativa e quantitativa, que
acreditam no Sistema Único de Saúde, apesar dos percursos, se entregam e fazem o melhor de
si, sempre buscando conhecimento e aperfeiçoamento. Ao longo deste percurso, foi notória a
intensidade, a familiaridade entre todos, apesar de percas irreparáveis, a equipe esteve junta,
ajudando e cuidado um do outro.
LlSTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AJ- Altura do Joelho


CB- Circunferência do braço
CP- Circunferência da Panturrilha
CT.I.- Centro de Terapia Intensiva
DM- Diabetes Mellitus
G- Gramas
GTT- Gastrostomia
HAS- Hipertensão Arterial
HB- Hemoglobina
HGT- Hemoglobina Glicada Total
HT- Hematócrito
IOT- Intubação endotraqueal
LPP- Lesão por pressão
MMII- Membros Inferiores
NA- Sódio
PA-Pressão Arterial
PLA- Plaquetas
PCR- Proteína C- Reativa
RH- Recursos Humanos
TNE- Terapia Nutricional Enteral
TNP-Terapia Nutricional Parenteral
T.U- Trato Urinário
TGI- Trato Gastrointestinal
TQT- Traqueostomia
UAN- Unidade de Alimentação e Nutrição
U.T.I.- Unidade de Terapia Intensiva
VET- Valor energético tot
KCAL- Calorias
KG- Quilos
K- Potássio
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO........................................................................................................7
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................8
2. CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO......................................................................10
3.1 ESTRUTURA, EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
DISPONÍVEIS.....................10 3.2
DESCRIÇÃO DA EQUIPE.....................................................................................10
3.3 FLUXOS E ROTINA DO
SERVIÇO......................................................................10
3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES CONFORME O
ROTEIRO............................11
3.1 VISITA AOS
LEITOS............................................................................................11
3.2 MAPA DE VISITA E DAS
COPEIRAS ................................................................11
3.3 EVOLUÇAO E ADMISSÃO DOS PACIENTES.................................................12
3.4 AVALIAÇÃO ANTROPOMETRICA..................................................................12
3.5 CÁLCULO ENÉRGETICO...................................................................................13
3.6 TIPOS DE DIETA ................................................................................................13
Dieta Oral...............................................................................................................14
Dieta oral especial..................................................................................................14
Dieta Enteral...........................................................................................................15
Dieta Parenteral......................................................................................................15
3.7 CLINICA MÉDICA...............................................................................................16
Pós Transplante Renal ...........................................................................................16
3.8 CLINICA REPOUSO............................................................................................19
Insuficiência Cardiaca............................................................................................19
3.9 CLINICA PEDIATRIA..........................................................................................21
Gastroenterocolite aguda........................................................................................21
3.10 CLINICA UTI...................................................................................................22
3.11 CASO CLÍNICO...............................................................................................23
Febre do Nilo....................................................................................................23
Encefalite..........................................................................................................23
Pneumonia por broncoaspiração.......................................................................24
Dados antropométricos.....................................................................................24
Farmacocinetica................................................................................................25
Necessidades energéticas..................................................................................26
Orientações para alta.........................................................................................26
Necessidades Hidricas......................................................................................27
3.12 ANÁLISE SENSORIAL DO CARDÁPIO......................................................27
4. CONCLUSÕES ..........................................................................................................28
5. RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES.....................................................................29
6. REFERÊNCIAS..........................................................................................................30
APÊNDICES................................................................................................................33
Apêndice A.............................................................................................................33
Apêndice B.............................................................................................................34
ANEXOS......................................................................................................................35
Anexo
A..................................................................................................................35
Anexo B..................................................................................................................36
Anexo C..................................................................................................................37
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APRESENTAÇÃO

CREDENCIAIS DO LOCAL DO ESTÁGIO


CONCEDENTE DO ESTÁGIO (EMPRESA)
Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco – SES PE

ENDEREÇO CNPJ OU CPF E REGISTRO EM CONSELHO


10.572.048/0001-28

Rua Dona Maria Augusta Nogueira, 519. Bongi – Recife –PE CEP: 50751-530
LOCAL DO ESTÁGIO (SETOR OU ENDEREÇO DO ESTÁGIO)
Hospital Regional Dom Moura (HRDM)

DURAÇÃO / PERÍODO DO ESTÁGIO:


de 19 / 10 / 2021 até 12 / 12 / 2021

OBJETIVO DO ESTÁGIO

Conforme o artigo 12 da lei 11.788, complementação do ensino e da aprendizagem


profissional do aluno (a). Adquirir mais conhecimento a cerca da área da nutrição clinica com
ênfase na área hospitalar, por intermédio cientifico se baseando em regulamentações, diretrizes e
recomendações nutricionais.

RESPONSABILIDADES

O (a) estagiário (a) se compromete a zelar pelos instrumentos, equipamentos,


materiais e instalações de propriedade da Concedente que lhe forem confiados, reservando-se a esta
o direito de responsabilizá-lo (a) pelos danos que por ele (a) tenham sido causados por dolo,
negligência, imprudência ou imperícia. O (a) estagiário (a) se compromete a respeitar regulamentos
internos da Concedente e a observar as normas que resguardam a manutenção de sigilo sobre as
informações a que tiver acesso. O estágio (a) expresso ter conhecimento de que toda contribuição
prática ou intelectual desenvolvida em função de suas tarefas como estagiário são de propriedade
da Concedente, não tendo direito de subtrair, na totalidade ou em parte, programas, documentos ou
arquivos.
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INTRODUÇÃO

O hospital Regional Dom Moura por ser regional atende todas microrregiões,
sendo um hospital público possui pequena e média complexidade, que se baseia nos
princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), com a Politica Nacional de Atenção
Hospitalar (PNHOSP), segundo o artigo 6° deve ser garantido acesso, equidade
integralidade na atenção hospitalar com abrangência territorial; cuidado multidisciplinar
e interdisciplinar; participação do controle social, no artigo 11° está disposto que a
clinica ampliada e a gestão da clinica serão a base do cuidado, com implementação de
equipes na referencia, de forma a assegurar o vínculo entre a equipe, o usuário e os
familiares, com a garantia de visita aberta com a presença do acompanhante e com
valorização de fatores subjetivos e sociais; também é disposto a competência dos
profissionais acerca das equipes multiprofissionais de referência serão a estrutura
nuclear dos serviços de saúde do hospital e serão formadas por profissionais de
diferentes áreas e saberes, que irão compartilhar informações e decisões de forma
horizontal, estabelecendo-se como referência para os usuários e familiares.

A alimentação adequada e de qualidade é um direito humano de todos:

“... O acesso à alimentação é um direito humano em si mesmo, na medida em


que a alimentação se constitui no próprio direito à vida. Negar este direito é
antes de mais nada, negar a primeira condição para a cidadania, que é a
própria vida”. (OHCHR, 2002, p.14)

Neste contexto o Direito a Alimentação é um direito coletivo ou individual,


inserido no contexto clinico tem como principal objetivo promover a melhora dos
pacientes enfermos. Segundo a Resolução CFN n°600, de 25 de dezembro de 2018
compete ao nutricionista prestar assistência nutricional e dietoterápica; promover
educação nutricional, prestar auditória, planejar, coordenar, supervisionar e avaliar
estudos dietéticos; prescrever suplementos nutricionais; solicitar exames laboratoriais;
prestar assistência e treinamento especializado em alimentação e nutrição a
coletividades e indivíduos, sadios e enfermos, em instituições públicas e privadas, em
consultório de nutrição e dietética em domicilio (CFN, 2018).
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Portanto é de suma importância a terapia nutricional, promovida através da


dietoterápica para uma intervenção nutricional adequada. A terapia nutricional tem
como objetivo prevenir e tratar desnutrição com melhora de cicatrização, resposta
imunológica, prevenir ou tratar processos inflamatórios, podendo reduzir o tempo de
internação e mortalidade (MCCLAVE et al., 2013; DROVER et al., 2011;
WAITZBERG et al., 2006), a condução dietoterápica A dietoterapia se encontra
necessária para a conduta assertiva por intermédio de estudos, artigos, diretrizes sobre
cada patologia a ser tratada. Este presente estágio teve como objetivo portando obter
maior conhecimento através da nutrição sobre a recuperação para evitar o risco
nutricional acentuado nos pacientes apesar do estresse metabólico causado pelas
doenças.
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CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO

ESTRUTURA, EQUIPAMENTOS E MATERIAIS DISPONIVEIS

Local bem adequado, arejado, com luz ambiente e espaço necessário para
realizar as atividades. Com equipamentos suficientes e necessários para a realização das
tarefas com matérias necessários para consulta como livros e computador com internet
disponível para consulta online e formulação dos protocolos a serem utilizados.

DESCRIÇÃO DA EQUIPE NO HOSPITAL

O hospital é subdividido estruturalmente por setores que o constitui como


emergência, clinica médica e cirúrgica, setores de RH, clínica pediátrica, maternidade,
U.T.I, C.T.I, Covid, além de setores da assistência de ultrassonografia, radiografia,
posto para todos os profissionais como o de enfermagem, nutrição, assistente social,
fisioterapia, psicologia.

FLUXOS E ROTINAS DO SERVIÇO


Na clínica hospitalar ocorre a liberação das dietas para a colação, após é
realizada a visita aos leitos, no qual poderá ser feita a triagem nutricional de pacientes
admitidos e atualização do mapa de visitas. Se caso possua admissão é realizada o
preenchimento das fichas de admissões, posteriormente é entregue o mapa atualizado
para a preparação do almoço. Será realizada a atualização dos mapas, evolução dos
pacientes dando prioridade os pacientes que possuem via enteral. A avaliação
nutricional é realizada em pacientes com risco nutricional, que possuem a TNE (Terapia
nutricional enteral) ou TNP (Terapia nutricional parenteral). É competência das
nutricionistas orientação de alta e encaminhamentos, podendo encaminhar para outros
profissionais e conversar com outro profissionais com trabalho multiprofissional.
Também é realizado os cálculos energéticos para a TNE e TNP, além da descrição da
consistência, e dietoterapia do paciente se caso em via oral, as nutricionistas também
realizam a análise sensorial dos alimentos e avaliação do cardápio ofertado.
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DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

VISITA AOS LEITOS

As visitas são realizadas para verificação das prescrições liberadas dos médicos
na noite anterior, para atualização do mapa e liberação para a colação. A prescrição da
dieta poderá ser solicitada pelo médico a depender da condição do paciente e seu quadro
clinica. Conforme a Resolução nº 304, de 28 de fevereiro de 2003, do Conselho Federal
de Nutricionistas. A prescrição dietética apresenta um detalhamento de outros aspectos
da dieta prescrita (necessidades calóricas e nutricionais, consistência e fracionamento da
refeição, alimentos proibidos, etc), associada às condições nutricionais do paciente; por
isso é uma atribuição específica do nutricionista, uma vez que somente este profissional
detém os conhecimentos necessários para realizar uma avaliação completa do estado
nutricional, estando inclusive respaldado legalmente para tal conduta.

MAPA DE VISITAS E DAS COPEIRAS

O mapa de visitas, modelo no ANEXO A, é de suma importância como


ferramenta para obter informações acerca das condições clinicas do paciente, e para
evolução da conduta dietoterápica. O mapa tem informações no qual é questionada aos
pacientes, acompanhantes ou enfermeiras, contendo nome; idade; data de admissão;
patologia; tipo da dieta; aceitação da dieta e consistência se por via oral, e tolerância se
via enteral/ parenteral; evacuação; diurese, inclusive se tiver por sonda de vesical de
alivio, sonda vesical de demora; trato gastrointestinal; exames; parâmetros como HGT
(hemoglobina glicada total) e PA (pressão arterial) e outros que sejam pertinentes e
importantes de acordo com a patologia; observações pertinentes no qual ficam
registradas para facilitar a conduta da nutricionista no plantão posterior. Juntamente
com o mapa das visitas, é elaborado o mapa das copeiras com as informações sobre a
dieta, o leito e observações acerca da dieta, no qual elas irão preparar e levar para os
leitos de cada clínica, é de suma importância a comunicação entre as copeiras e
nutricionistas, foram observadas questões sobre esta interação que será descrito no
tópico SUGESTÕES.
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EVOLUÇÃO E ADMISSÃO DOS PACIENTES

São competências dos nutricionistas realizarem a admissão dos pacientes quando


internados, a admissão é necessária por englobar vários parâmetros que facilitara a
conduta e a passagem de informações do paciente, contem na admissão as informações
da classificação de triagem de risco nutricional (NRS 2002), em pacientes adultos e a
Strong Kids em crianças, contido no mesmo anexo. Cujo objetivo é a rastreamento na
identificação do risco, com patologias pré-existentes ou de risco nutricional, perca de
peso não intencional, perda de apetite, entre outros parâmetros, se encontra na admissão
parâmetros que irã complementar o mapa como TGI, TU, apetite, aceitação, via
alimentar, edema, LPP, características das fezes e da urina, sintomas clínicos e a
conduta nutricional a ser estabelecida.

Na evolução são encontrados parâmetros semelhantes ao da admissão com


intuito de realizar alterações na conduta dietoterápica, alteração clinica sendo a
condição geral do paciente considerada.

AVALIAÇÃO ANTROPOMETRICA

As medidas antropométricas são de grande importância para a avaliação do


estado nutricional dos indivíduos, podendo se obter a massa magra e o tecido adiposo,
estas informações obtidas podem refletem o passado da história nutricional do paciente
(FONTOURA, 2006). Na prática hospitalar é utilizado peso estimado e altura estimada,
exceto na pediatria que é possível aferir o peso e altura. Os principais parâmetros
aferidos para a estimativa de peso e de altura, está contida na fórmula de Chumlea et al.
Contido no ANEXO B, estes parâmetros são necessários para ser realizada o IMC do
paciente para saber o estado nutricional do mesmo, o peso é necessário no que coincide
para a necessidade energética e proteica. Estes parâmetros são realizados em pacientes
com dieta enteral/parenteral, devido à urgência e exclusividade para o cálculo
energético, com a grande demanda não é possível ser realizada a antropometria de todos
os pacientes, na prática clinica realizamos antropometria nos pacientes da clinica
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médica, onde foi possível aferir AJ (altura do joelho), CB (circunferência do braço), CP


(circunferência da panturrilha), além de dobras como bíceps, tríceps; a U.T.I. possui
maior necessidade da realização da antropometria, devido a 90% dos pacientes estarem
em dieta enteral e com risco nutricional, portanto foi aferido a CP e a CB, não foi
realizado a AJ, pois já tinha sido aferido anteriormente, estes parâmetros na U.T.I.
ocorre certa dificuldade, pois os pacientes possuem muitos aparelhos para
monitoramento hemodinâmico dificultando a aferição, além de alguns possuírem o
tecido adiposo prevalecido, sendo assim de suma importância técnicas para a avaliação.
No repouso não foram realizadas avaliações e na pediatria as crianças tem o peso e
altura aferida na entrada da admissão como descritas, mas foi realizada uma reavaliação
em paciente de via enteral por GTT (gastrostomia).

CÁLCULO ENÉRGETICO

A necessidade energética realizada pela regra de bolso entre 20 -25 kcal/kg de


peso corporal e 1,5 a 2,0 g de proteína com pacientes em fase aguda, 25-30 kcal/kg e 1,5
a 2,5 g de proteína em pacientes com anabolismo e para desnutrição grave com risco
nutricional (ESPEN, 2006), a recomendação utilizada depende da condição clinica do
paciente, mas em sua maioria é utilizada a dieta hipercalórica e hiperproteica para
melhorar a cicatrização, manter a massa muscular e atender a necessidade energética. A
partir da necessidade energética é realizado os cálculos de acordo com a fórmula
administrada, para obter o volume, vazão e fracionamento da dieta enteral. Por via oral
não é necessário fazer o calculo energético, o cardápio é geralmente qualitativo, e na
UAN são realizados porcionamentos padrões, mas se necessário à nutricionista poderá
aumentar a porção.

TIPOS DE DIETA

A dietoterapia é necessária para a melhora da condição clinica do paciente, neste


contexto o papel do nutricionista tem como principal objetivo adequar as condições, ao
que poderá ser ofertado. Na prática hospitalar, a partir da prescrição do médico ocorre
uma anamnese do paciente na visita para entender suas necessidades e realizar a
prescrição dietética, se caso o paciente possua dificuldades na deglutição, mastigação
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deverá ser alterada a consistência e se caso ainda ocorra dificuldades como


broncoaspiração será alterada a dieta por via enteral, se caso ainda ocorra dificuldades
do TGI, deverá ser submetido a dieta parenteral. Em relação a patologia, se houver
necessidade de mudança nos macronutrientes como na HAS, onde necessita uma dieta
hipossódica, DM dieta hipoglicídica a depender se houver hiperglicemia, em pacientes
hepáticos onde necessidade de dieta hipolípidica, o estudo e aplicação dos conceitos
técnicos é crucial para a aplicação assertiva na estratégia nutricional.

Dieta Oral

A dieta oral é priorizada por ter as necessidades energéticas e condições


fisiológicas e biológicas preservadas, a depender de cada caso. É necessário verificar a
aceitação, apetite, nível de consciência e necessidades energéticas insuficientes do
paciente para fazer as alterações necessárias, além de patologias que causam dispneia.
Geralmente se o paciente estiver em condições preservadas para a dieta por via oral é
estabelecida podem ocorrer alterações químicas como quantidade e qualidade dos
alimentos, podem ser também físicas como temperatura, volume e consistência. Destas
a consistência é uma da mais utilizada, podendo ser livre, branda, pastosa, liquida-
pastosa, liquida total e liquida de prova. Na dieta livre o paciente não possui restrições,
consegue mastigar e ingerir os alimentos corretamente; na dieta branda possuem
alimentos bem cozidos, com baixo teor de gordura, com baixo teor de celulose e com
carnes bem cozidas, sendo prioritário o cozimento; dieta pastosa os alimentos são bem
cozidos, amassados para facilitar a mastigação e deglutição; dieta liquida pastosa os
alimentos bem cozidos e passados por processamento mecânico, sendo passados em
liquidificador ou peneira; liquida total utilizada com líquidos com poucos resíduos,
peneirados como sopas e sucos; liquida restritiva com líquidos sem resíduos como
caldos, chás; liquida de prova é utilizada principalmente no pós-cirúrgico com jejuns
prolongados como água de coco, chá para adaptar o trato gastrointestinal. Em relação a
qualidade o cardápio poderá ser laxante, constipante, sem irritantes gástricos, a dieta
poderá ter observações especificas como sem lactose, sem glúten, líquidos reduzidos
entre outros.

Dieta Oral Especial

Na experiência obtida no estágio ocorreu um caso da necessidade da dieta


especial, no qual é planejado um cardápio especifico para o paciente. No caso o
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paciente, jovem, de 18 anos, continha seletividade alimentar cuja aceitabilidade estava


baixa, pois ingeria baixa aceitação de legumes, verduras, frutas, tubérculo disponível no
Hospital realizou adaptações na dieta, retirando alimentos que não eram ingeridas e
incluindo alimentos de acordo com o que era disponibilizado alinhando com o hábito
alimentar do jovem. Orientamos o paciente e sua gestora para ir incluindo alguns
alimentos, e a necessidade da sua alimentação com sua saúde, além de orientar a
procura do profissional de nutrição, quando o mesmo recebesse alta.

Dieta Enteral

Em caso da impossibilidade da via oral, será necessário optar pela via enteral. A
via enteral é uma alternativa pra atender as necessidades energéticas para pacientes com
ingesta insuficiente, perca de peso ponderal, sistema digestório funcionante, podendo
ser administrada por quatro vias, no período inferior a quatro semanas da dieta sendo a
via nasogástrica a sonda passada pelo nariz se direcionando ao estomago; via
nasoentérica a sonda se direciona do nariz até o intestino delgado; em período acima de
4 semanas a via gastrostomia a sonda é implantada em orifício no estoma diretamente
no estomago; a jejunostomia o orifício é colocado diretamente no jejuno(intestino
delgado). Além da localização as vias podem ter sua administração continua com a
bomba de infusão onde de forma automática ocorre a administração da dieta sem a
necessidade de manipulação; gravitacional contem gotejamento, permitindo uma
utilização mais lenta; por último a bomba de infusão que se encontra semelhante à
bomba de infusão continua, mas que não possui um período tão prolongado do uso da
dieta, sendo o gotejamento menor. São realizados cálculos de administração a partir da
energia e proteína necessária na dieta, as fórmulas podem ser normocalórica 1.0/1.2 ou
hipercalórica 1.5, o cálculo contido no ANEXO C, estabelece qual a quantidade da dieta
será necessária para atingir as calorias estimadas, o mesmo será realizado com a
proteína que varia entre 0,8 a 1,2g/ptn normoproteica, 1,2 a 2,0 hiperproteica. A dieta
enteral também poderá ser artesanal, neste tipo o risco é maior, porém possui menores
custos. Ela consiste no uso de alimentos da dieta diluídos em água, passado no
mecanismo do liquidificador e posteriormente pela peneira poderá ser incluído
suplementos, vitaminas e minerais que auxiliem na recuperação do estado nutricional.

Dieta Parenteral
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Em caso do Sistema gastrointestinal não funcionante, é necessário utilizar a dieta


parenteral no qual necessita de maior nível de complexidade, as vias são distribuídas em
via perifereica que ocorre em período curtos menores de 15 dias, possue menor custo e
maior facilidade; na nutrição parenteral central ocorre após período de 15 dias, com
administração de soluções hiperosmolares sendo ambas intravenosas.

CLINICA MÉDICA

A primeira clínica vivenciada foi a médica, a nutricionista responsável do setor


também presta o serviço na clinica cirúrgica. Esta clínica se encontra na média
complexidade, no qual os pacientes estão se recuperando em nível laboratorial Na
mesma foi observada a prevalência de doenças crônicas e de grande complexidade,
onde a maioria dos pacientes era idosos com patologias preexistentes como Diabetes,
Doença Renal Crônica, Doença Hepática, Hipertensão Arterial, Doença cardíaca,
Insuficiência do Trato Respiratório, entre outros e com suas complicações decorrentes
destas condições. Nesta clinica a grande maioria dos pacientes se alimentava por via
oral, com alguns com dieta parenteral.

Paciente Pós- Transplante Renal

Ao decorrer desta clinica foi verificado a grande quantidade de pacientes renais,


o Hospital Regional Dom Moura, atualmente conta com a diálise cuja conquista foi
concebida, devido a este fator foi realizado seminário contido no ANEXO D, proposta
pela preceptora em relação a esta condição. Os rins demandam diversas funções como:
manutenção do balanço hídrico, osmolaridade e concentrações de eletrólitos e estado
ácido- básico (sódio, potássio); excreção de produtos finais do metabolismo (ureia,
ácido úrico, fármacos); produção, secreção de hormônios e enzimas envolvidas na
hemodinâmica sistêmica e renal (renina, angiotensina II, prostaglandinas); maturação
das hemácias na medula óssea (balanço de cálcio e fósforo), na doença renal os
glomérulos sofrem hipertrofia decorrente da hiperperfusão que levaria à hipertensão
glomerular com consequente hiperfiltração glomerular e lesão das estruturas do
glomérulo. Essas modificações funcionais e morfológicas resultam em perda de
seletividade da membrana dos capilares glomerulares, resultando na passagem de
macromoléculas, principalmente proteínas, os principiais sinais e sintomas da doença é
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caracterizada por anemia, disfunção plaquetária, hipertensão, perda de apetite, entre


outros, para diágnostico é verificado a Taxa de filtração glomerular para classificar em
qual fase ocorre a funcionalidade, com estágio 1 com função renal ainda preservada,
fase 3 perca ponderada da função, 4 e 5 grave função, levando a doença renal em
estagio terminal.

O pós-transplante renal consiste em duas etapas sendo imediato e tardio, no


imediato ocorre alterações nutricionais como desnutrição calórica proteica, devido ao
estresse cirúrgico e uso dos imunossupressores, anemia devido a diminuição de ferro e
no tardio ocorre após quatro a seis semanas da cirurgia. As alterações ocorrem devido o
uso de imunossupressores, sedentarismo, menos restrições alimentares. A obesidade
deve ser evitada, pois aumenta a demanda metabólica renal, ativando a hiperfiltração
glomerular, resistência a insulina, dislipidemia e hipertensão. Os pacientes com esta
condição faz o uso de imunossupressores como corticosteroides que podem acarretar ao
catabolismo proteico acelerado, hiperlipidemia, retenção de sódio, ganho de peso,
hiperglicemia, osteoporose e distúrbios eletrolíticos. Exemplo: Prednisona, também
fazem o uso dos Inibidores de calcineuria, associados a hipercalemia, hipertensão,
hiperglicemia e hiperlipidemia. Exemplo: Ciclosporina A, Gengraf.Estes fármacos
ativam a transativação e a transrepressão, estes cujos condicionam a neoglicogênese
aumentando a produção da glicose a partir das proteínas.

Segundo a BRASPEN et al (2021), as recomendações podem variar a depender


da etapa que o paciente se encontra imediato ou tardio, no imediato e na rejeição aguda
a recomendação calórica é de 30-35 kcal/kg/dia, proteína de 1,3 a 1,5 g/kg, lipídeos 30 a
35% do VET, em relação aos líquidos se houver enxerto ou disfunção deverá ser
restrito. No tratamento tardio a caloria varia entre25-30 kcal/kg/dia, proteína de 0,8 a
1,2 g/kg/dia, lipídeos ,menor que 30% do VET, líquidos normal. Em relação

alimentação deve ser evitados alimentos com alto teor de potássio; evitar comer
embutidos como mortadela, salsicha, calabresa. Pois possuem grande teor de sódio;
substituir o sal pelo sal de ervas; preferir comer carnes magras com pouca gordura;
cuidado no excesso de açúcares refinados como pães, bolos, sorvetes, doces em geral;
utilizar aveia, farinha de aveia ou chia nas preparações como frutas, vitaminas; cuidado
nos alimentos que possuem alto teor de potássio; comer com atenção, sem distrações
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como TV, celular, eletrônicos; se divirta, aprenda novas receitas, conheça novos sabores
que ajudem a nutrir seu corpo.

CLINICA REPOUSO

Após a clinica médica, ocorreu a vivência no repouso/emergência, no qual


possuem grande fluxo dos pacientes, é a “porta de entrada” do hospital no qual os
pacientes serão encaminhados para as outras clínicas, fazer exames, demanda maior
fluxo da nutrição para observar os pacientes que serão encaminhados para outras
especialidades, pois grande maioria fica em jejum para exames ou aguardando
prescrição médica da dieta. A nutricionista também exercia função na C.T.I. que tem
maior nível de complexidade, porém possui grande fluxo de pacientes no qual possuem
grande risco clinico. Algumas patologias encontradas na clinica médica perduram na
urgência, e também possuem pacientes que irão para cirurgia sendo em sua maioria dos
pacientes. Foi proposto seminário pela preceptora, cuja patologia escolhida foi
insuficiência cardíaca, com apresentação contida no ANEXO E.

Insuficiência Cardíaca

Em 2017 a prevalência de insuficiência cardíaca foi maior em mulheres (795) do


que em homens (751). Quanto aos grupos etários, as taxas de incidência aumentaram 10
vezes de 1990 a 2017 no grupo de 15-49 anos, provavelmente em associação com a
elevação de eventos isquêmicos naquele grupo etário. E 6 vezes mais em grupo de faixa
de  50- 69 anos, as mais altas taxas foram observadas no Rio Grande do Norte, na região

Nordeste e as mais baixas, no Acre. A insuficiência cardíaca não é considerada uma


causa básica de morte. É uma síndrome clínica complexa, na qual o coração é incapaz
de bombear sangue de forma a atender às necessidades metabólicas tissulares, ou pode
fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento. Tal síndrome pode ser causada
por alterações estruturais ou funcionais cardíacas e caracterizam-se por sinais e
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sintomas típicos, que resultam da redução no débito cardíaco e/ou das elevadas pressões
de enchimento no repouso ou no esforço, os pacientes com insuficiência cardíaca
apresentam alteração do balanço anabolismo/catabolismo resultante de modificações
neurohormonais marcadas pelo aumento dos níveis de fatores catabólicos
(norepinefrina, epinefrina, angiotensina II, cortisol, citocinas inflamatórias e radicais
livres) e pela resistência a hormônios anabólicos, como hormônio do crescimento (GH)
e insulina. Estas modificações contribuem para um aumento do gasto energético em
repouso, associada ao estado hipercatabólico encontra-se a má absorção intestinal,

favorecida pela congestão gastrintestinal.

A depender do estágio ela poderá manifestar diferentes sintomatologias no estágio A,


não ocorre alterações estruturais no coração, porém outras doenças como hipertensão,
diabetes, obesidade podem condicionar a este estado; estágio B o coração degenerou,
porém não apresenta nenhuma manifestação clinica; estágio C o paciente possui o
coração danificado com sintomas de insuficiência cardíaca; no estágio D o paciente
possui uma condição grave e está em estado terminal.

Figura 1 - Diretrizes brasileiras de insuficiência cardíaca crônica e aguda.

As recomendações nutricionais desta condição clinicam variam a depender da


necessidade energética, devido ao grande esforço metabólico desta patologia, as
20

necessidades proteicas também se desenvolvem nesta mesma recomendação, deve-se


atentar a consistência do alimento. Pois devido ao esforço energético, é necessário
alterar a consistência com intuito de causar menores esforções musculares e
respiratórios. As calorias variam de 28 kcal com paciente estável, 1,1 g/kg/dia, ingestão
de água a depender da condição clinica, em pacientes com depleção é recomendado 32
kcal/ kg, 1,5 a 2,0 kg/dia, ambos o colesterol deverá ser menor que 300 mg. Entre as
recomendações nutricionais fracionar as refeições, mastigar bem os alimentos, evitar
líquidos durante a refeição optando por ingerir depois, optar por carne mais magras,
evitar industrializados, alimentos ricos em ômega 3 com sardinha e chia, ingestão de
fibras solúveis e insolúveis, fazer atividade física de baixa intensidade.

CLINICA PEDRIATRIA

A penúltima clínica foi a pediatria, diferentemente das outras clinicas


possuía outras condições prevalentes. A nutricionista responsável pelo setor, também
realizava a função na maternidade. Na pediatria o fluxo é menor, porém demanda
grande particularidade as necessidades nutricionais dos pacientes, além do gestor
responsável pela criança. Foi observada grande seletividade alimentar, além de alguns
casos da oferta de leite inadequado para uso em crianças menores de 6 meses como o
leite de vaca, que pode condicionar aos distúrbios intestinais, apesar disto a grade
maioria possuem o aleitamento materno e o uso da fórmula infantil como utilização, foi
observado o impacto dos determinantes sociais nas consequentes doenças, pois algumas
eram oriundas de saneamento básico, moradia, higienização. Sempre é estimulada pelos
profissionais de saúde a amamentação, pois a mesma aumenta os níveis imunológicos,
melhora do estado clinica, aporte nutricional adequado, além de evitar alergias
alimentares. O seminário realizado ANEXO F, teve como temática a gastrenterocolite
aguda (GECA), no qual vários casos foram verificados.

Gastrenterocolite aguda (GECA)

Cerca de três a cinco bilhões de episódios ocorrem em todo mundo a cada ano, a
maioria deles nos países em desenvolvimento entre crianças com menos de cinco anos
de idade. As crianças com menos idade são as mais atingidas, sendo que 85% das
mortes por diarreia acontecem em crianças no primeiro ano de vida, ocorreu um surto
21

de diarreia por rotavírus do grupo A, sorotipo G1P8, em uma creche de Brasília-DF no


mês de julho de 2005, a taxa de positividade para rotavírus foi de 24% entre as crianças.
Em média 60% do corpo é composto por água, destes 2/3 é composto intracelular, e 1/3
destes extracelular distribuídos por plasma e fluido intersticial. Os determinantes sociais
são um dos fatores desta doença devido a falta de saneamento, higienização e condições
de moradia, os agentes patológicos se encontram mais suscetíveis para a propagação,
neste contexto a vigilância epidemiológica tem seu papel fundamental na investigação
de possíveis surtos sazonais nas regiões geográficas. A transmissão poderá ser direta por
de humano para humano, animal e ser humano ou indireto por alimentos, água,
utensílios contaminados. Os sinais e sintomas podem ser principalmente por vômito,
dores abdominais e diarreia, e febre quando há uma inflamação grave.

Em relação às recomendações nutricionais as necessidades energéticas se


mantêm na normalidade, deverá ser visto a necessidade de diminuir alimentos com leite
ou derivados, e aumentar a ingesta hídrica, se caso necessário rever a necessidade da
suplementação. As calorias variam de 110 a 175 kcal/kg/dia, proteína de 0,8 a 1,5
g/kg/dia, a ingestão hídrica 50- 100 ml(<1 ano), 100-200 ml (1 a 10 anos), após cada
evacuação, os micronutrientes possuem zinco, magnésio, e eletrólitos em geral. Entre as
recomendações avaliar a necessidade de restrição do leite, pois devido a possível
diminuição das células eritrócitos a absorção da lactase é prejudicada, ingerir alimentos
ricos em agua como chuchu melancia, melão, além de água de coco, não comer comidas
ricas em gorduras, evitar industrializado e cozinha bem os alimentos, além de estimular
a higienização correta das mãos dos bebes e mama da mãe quando necessário.

CLINICA U.T. I

Por fim, a vivência foi realizada na Unidade de Terapia Intensiva (U.T. I), na
qual apesar da menor quantidade de pacientes, comparado a outra clinica demanda
maior conhecimento técnico com maior nível de complexidade, os pacientes possuem
graves condições e alguns possuem meses de internamento. Todos possuem o
monitoramento hemodinâmico que consiste em aparelhos digitais de monitoramento a
frequência respiratória, frequência cardíaca, saturação, pressão arterial, grande maioria
possuem ventilação por intubação oro traqueal (IOT), com alguns em Traqueostomia
(TQT), os parâmetros clínicos são diariamente monitorados e acrescentados no
22

prontuário, no qual recolhemos informações como exames laboratoriais, diurese,


evacuação, balanço hídrico, entre outros parâmetros pertinentes. As patologias são
diferentes, mas grande parte é agravante das patologias encontradas na clinica medica
como Doença Renal, Diabetes, Distúrbios respiratórios, Doenças cardíacas, Hipertensão
Arterial. Na U.T. I foi proposto pela preceptora o caso clinico, o mesmo escolhido foi
relacionado a uma patologia rara e com diagnósticos do paciente ainda investigados
com apresentação contida no ANEXO G.

CASO CLÍNICO

O paciente M.M.S com idade de 20 anos, sexo masculino, possue raça branca,
internado na U.T.I geral desde 23 de setembro de 2021, estudante, tinha como
diagnostico inicial convulsão, deu entrada com febre, hipersecreção, taquicardia e
dispneia. Ao decorrer das investigações foi descoberto que ele teria adquirido encefalite
através da febre do Nilo, segundo histórico o paciente realizou intercâmbio, no qual
adquiriu  a doença. Porém o diagnóstico correto ainda se encontra em formulação,
segundo os profissionais o paciente deu entrada com suspeita de convulsão, com febre
alta, taquicardia, dispneico, com hipersecreção. O paciente devido a condição
respiratório teve que ser conduzido para Traqueostomia por ventilação mecânica (TQT
+ VMI). Foram realizados a administração de diversos fármacos sendo em sua maioria
antibióticos, com o objetivo de combater o vírus. Foi realizada a triagem nutricional,
segundo a NRS 2002 o paciente possui Risco nutricional, nas suas condições gerais
possui dentição incompleta, fezes amolecidas com diarreia, sedentarismo, perca de peso
não intencional, hipersecreção, edema nos membros inferiores e lesão por pressão
sacral.

Febre do nilo

A febre do Nilo é uma infecção viral causada por um arbovírus (mosquito),


Flavivírus. Podendo ser transmitidos para aves, mamíferos, ou seres humanos. Podem
acarretar sintomas, podendo desenvolver encefalite, um em cada 150 indivíduos podem
acarretar esta condição. Entre os casos graves desta patologia, foram observadas
quantidade de leucócitos altos, podendo ocorrer anemia ou linfocotopenia, LCR com
glicose normal e pleocitose linfocítica com proteínas elevadas. O período com mais
23

incidência se encontra no verão e primavera, no qual tem temperatura ideal para a


reprodução dos ovos.

Encefalite

Desencadeada pela a ação do vírus, bactéria, fungos ou agentes infecciosos,


possuem manifestação primária ou complicação secundária (pós-infecciosa) de uma
infecção viral no tecido cerebral podendo atingir as meninges ou membranas que
recobrem o cérebro.

Pneumonia por Broncoaspiração

A broncoaspiração é desenvolvida por entrada de partículas estranhas nas vias


áreas inferiores, pacientes quando intubados possuem grandes chances de adquirirem,
pois ocorre o vazamento aéreo do balonete, ocasionando espaço entre via aérea e tubo,
gerando a facilitação de secreção ou gotículas. A pneumonia por aspiração pode ocorrer
devido a grande quantidade de líquidos, substancias exógenas no qual pode apresentar
anemia e emagrecimento no paciente, ela é causada por bactérias que ficam alojadas no
TGI, que normalmente estão alojadas nas fendas gengivais como bactérias anaeróbicas,
estreptococos ou microáerofilos.

Dados antropométricos

Os níveis antropométricos foram realizados semanalmente como pré-


estabelecido em protocolo geral, os dados obtidos como visto no gráfico. Obteve uma
média sem percas agudas de CB 26,5, CP 30 em média.

Figura 2- Dados antropométricos


24

Dados antropométricos
60
30
0
O O O O O O O O
AÇÃ AÇÃ AÇÃ AÇÃ AÇÃ AÇÃ AÇÃ AÇÃ
I I I I I I I I
VAL VAL VAL VAL V AL V AL VAL VAL
R EA R EA R EA R EA R EA R EA R EA R EA
° ° ° ° ° °
1° 2° 3 4 5 6 7 8

CP CB PE IMC

Em relação aos exames bioquímicos, os leucócitos sempre permanecem altos


assim como as plaquetas, ureia e creatinina possue alterações com picos altos e baixos,
hemoglobina e hematócrito permanecem baixo, contido na imagem.

Figura 3- Exames Bioquímicos

EXAME 29/10 30/10 31/10 01/11 02/11 03/11


BIOQUIMICO

HB/HT 12,9/38 12,9 12/34 12/39 12,3/35,5 11,7/35,1

LEUCÓCITOS 21080 24,670 15,800 24,000 21,920 24,850

CREATININA 1,18 1,34 1,2 1,35 1,43

UREIA 62,5 23,3 50 67,7

NA/K 135/4,8 136/3,9 139/4,4 126/3,9 141/3,9


25

PCR 38 46 46 47 54

Farmacocinética

O paciente foi submetido há vários antibióticos com primeiramente de 3°


geração e sendo diminuída para 1° geração, em 01 de novembro estavam sendo

administradas os seguintes fármacos de 3° geração : Zyvox, bactrim, Vancomicina,


Tazocin, Rocefin, Clindamicina, Amiacacina, cvc, floconazol, TQT, GTT, Fentanil e
sua evacuação estava ausente, no dia 10 de novembro foi administrado outros fármacos
de 1° geração: Zyvox, bactrim, Vancomicina, Tazocin, Meropenem, ecalta,
Ciprofloxacino, Amiacacina, cvc, floconazol, TQT, GTT, Fentanil, após esta
administração no dia 11 de novembro o mesmo apresentou quadro diarreico que se
perdurou, o Ciprofloxacino tem como reação adversa a diarreia o que poderá ter
ocasionado esta condição. Outra relação considerada na nutrição é a farmacológica, leite
e derivados diminuem a biodisponibilidade de diversas classes de antibióticos como
cloranfenicol, macrolideos, clindamicina, quinolonas. Uma das alternativas
preconizadas pela BRASPEN é o uso de metoclopramida para a melhora da
reestruturação da flora intestinal e eritromicina como linha de antibiótico com menos
reações intestinais.

Necessidades Enérgeticas

O paciente devido ao período de internação e condições clinicas obteve depleção


em algumas regiões como no bíceps e clavícula, porém de acordo com Altura do Joelho
(AJ), Circunferência do braço (CB) e Circunferência da panturrilha (CP) com eutrofia.
Possue disbiose intestinal, no qual pode afetar a condição nutricional, o paciente
encontra-se em estado grave devido ao quadro clinico com risco nutricional com
necessidades de nutrientes como do complexo B para ajudar no quadro neurológico.
Além da suplementação do probiótico ou simbiótico para restabelecer a flora intestinal,
além da glutamina para melhora deste quadro. Para cálculo de necessidade energética
foram utilizados 30 kcal, sendo obtida 1,995 kcal/ dia, 1,5 g/ptn obtendo 99,75 g, nos
micronutrientes enfatiza a necessidade do complexo B se necessário devido a condição
neurológica. A ingestão hídrica utilizada o valor de 30 ml/kg, foi de 1,995 L/dia. As
26

condutas nutricionais utilizadas durante a internação do paciente segue a ordem


crescente: no dia 25 de setembro foi utilizado o Impact 1.1, com vazão de 30ml/h,
volume total de 540ml e volume total diário 1800 ml; 30 de setembro o Novasource 1,5,
vazão de 75 ml/h, volume total diário 1320 kcal; dia 16 de outubro Novasource 1,5 co
vazão de 74ml/h;25 de outubro foi modificado para Novasource GC 1,5; dia 02 de
novembro Fresubin energy HP 1,5 com vazão de 92ml/h, volume total de 410 ml/h,
volume total diário de 1650ml/h; no dia 12 de novembro devido as alterações
intestinais foi modificado a fórmula para Peptimax, e a implementação da glutamina; no
dia 14 de novembro retornou ao Fresubin energy HP 1,2 com vazão de 92 ml/h, com
volume total de 410 ml e volume total diário de 1650ml; por fim no dia 03 de dezembro
foi introduzido o Modulen com vazão de 70ml/h.

Orientações para alta hospitalar

Para dieta enteral industrializada as fórmulas melhor tolerads e especificas para


o paciente estão descritas a seguir: Modulen que é normocalórica, normoproteíca e
hiperlípidica com densidade calórica de 1,0 kcal/ml , proteína com18 g, carboidratos de
54 g, gorduras de 23 g, contendo ingredientes de Vitamina D, A e C, Cálcio, Vitamina
B12, B6, B1 e B2, Zinco, entre outros.Esta fórmula é indicada para contribui para ação
anti-inflamatória e reparadora da mucosa intestinal; Peptamen 1,5 com hipercalórica,
hiperproteica, hiperlipidica sendo a densidade calórica com 1,5 kcal/ml, proteína: 68 g,
gordura de 36 g e os ingredientes com Vitamina D, Vitamina C, K, cálcio, Vitamina
B12, zinco, ferro, entre outros, esta fórmula é indicada para pacientes críticos com risco
de broncoaspiração, intolerância gastrintestinal e/ou com dificuldade na absorção da
proteína intacta, com altas necessidades calóricas; outra fórmula é o Peptimax sendo
normocalórica, normoproteica e normolípidica com densidade calórica 1,0 kcal/ml ,
proteína 18 g, carboidratos 63 g, gorduras 10 g, L-Glutamina:5 g, composto por
ingredientes como Vitamina D, A e C, Cálcio, Vitamina B12, B6, B1 e B2, Zinco, entre
outros, fórmula Oligomérica, ideal para minimizar transtornos intestinais como diarreias
agudas e distúrbios digestivos, proporcionando rápida absorção de nutrientes e
contribuindo para fortalecer o sistema imunológico. Formulei um cardápio quantitativo
para dieta enteral artesanal, contido no APÊNDICE A que visa as necessidades
calóricas para o paciente juntamente com a suplementação. Em ambas as dietas a
utilização do simbiótico Fiber flora com 5 g de fibras foi inserido, assim como a
glutamina Resource, na artesanal foi incluída suplemento lácteo Nutridrink protein com
27

densidade de 1,5 kcal, 20 g de proteína, 17 g de carboidrato e 5,2 g de gorduras. Para


uma possível dieta oral que poderia ser modificado a consistência a depender do quadro
clinica foi realizado com todas as necessidades energéticas necessárias, contido no
APÊNDICE B.

Necessidades Hídricas

As necessidades hídricas foram calculadas de acordo com a necessidade diária


do paciente Enteral Industrial, o Modulen oferta pela dieta 1.715,7 ml/d + 279,3 água
livre, durante o dia 279,3/ 3 x ao dia = 93,1; o Peptamen oferta pela dieta 1.556,1 ml/d
+ 438,9 água livre, com 438,9/3 x ao dia = 146,3; Peptimax oferta pela dieta 1.556,1
ml/d + 279,3 água livre com 279,3/ 3x ao dia=93,1. Na Enteral caseira possui oferta
dieta 1.680 ml/d + 315 água livre, com 315/ 3x ao dia =105.

ANÁLISE SENSORIAL DO CÁRDAPIO

É de responsabilidade da nutrição a analise sensorial do cardápio ofertado na


UAN, diariamente é registrado por uma das nutricionistas, as características acerca da
refeição, destacando a dieta com restrições de açúcares, hipossódicas, para garantir que
a refeição seja realizada de acordo com a prescrição dietética. Observando também as
características de sabor, cor e cheiro dos alimentos de forma qualitativa, tive a
experiencia de avaliar o almoço ofertado, no qual estava conforme e equivalente para a
a alimentação dos pacientes.

CONCLUSÃO

O estágio realizado foi de imensa importância para agregar no conhecimento


acerca da nutrição hospitalar, foi de grande valia para a formação acadêmica. Os
ensinamentos repassados, a vivência vista na pratica sobre os procedimentos que
ocorrem no Hospital Regional Dom Moura e da execução da terapia nutricional, que por
muitas vezes tem dificuldades e desafios, principalmente pelos nutricionistas que tem
sua importância na influência da melhora dos quadros clínicos. A equipe possui grande
28

compromisso com o cumprimento das resoluções, diretrizes e recomendações


estabelecidas, com grande organização e excelência. É notório o apoio mutuo de
solidariedade de todos os setores envolvidos, as discussões dos casos clínicos e
compromisso pela nutrição. Foi de grande importância os seminários e caso clinico,
estudar cada patologia para agregar mais conhecimento, além de termos técnicos
descobertos.

RECOMENDAÇÕES E SUGESTÕES

Como discutido alguns parâmetros podem ser melhorados. Mas devido a


limitação dos nutricionistas essas alterações por maioria das vezes não são viáveis. A
recomendação se refere a comunicação com a equipe de UAN, com ênfase nas copeiras.
Pois necessitam uma dinâmica ou algo que torne ainda maior a relação entre as
nutricionistas e as copeiras que tem a necessidade de maior relação para ao cardápio
assertivo, porém estes fatores demandam tempo que é escasso devido as muitas tarefas
29

realizadas e necessita de maior apoio da responsável técnica da Unidade de Alimentação


e Nutrição.

REFERÊNCIAS

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Doença Renal. São Paulo-SP. Braspen Journal, 2021. v 36.
33

APÊNDICE A – DIETA ENTERAL ARTESANAL

06:30- Água 105 ml + glutamina

07:30 - Café da manhã 
Mingau de amido
Leite em pó – 200 ml (1 copo americano)
Amido de milho – 10 g (1colher de sopa)
Ovo- 10 g (1 unidade)
Açúcar- 10 g ( 1 colher de sopa)

10:00- Colação
Suco de laranja com - 1 unidade(120 g)
Beterraba - 1 unidade (60 g)
34

12:30-Almoço
Frango cozido-60g
Batata cozida- 20 g
Cenoura cozida -20 g
Arroz cozido-60 g
Feijão cozido-60 g
Carne bovina cozida– 100g
Tomate-10 g
Sal – 1 g
Óleo-3 ml

15:30-Lanche da tarde
Suplemento lácteo- 200 ml

16:30-Água 105 ml

18:30- Janta
Sopa de legumes
Macaxeira cozida-20 g
Abobora cozida- 20 g
Macarrão cozido-50g
Frango cozido-60g
Sal- 1 g
Óleo-3 ml

21:00-Ceia
Suco de maçã, mamão e banana – 300 ml

22:00- Água 105 ml+ Probiótico

APÊNDICE B- CARDÁPIO VIA ORAL

07:30 - Café da manhã
Mamão formosa (Fatia pequena (100g): 1)
Banana (Unidade média (75g): 1)
Aveia em flocos (Colher De Sopa: 1)
Inhame (cozido) (Escumadeira média cheia (picado) (110g): 1)
Ovo de galinha (Unidade: 1)
Manteiga com ou sem sal (Colher De Chá: 1)
Chá, erva, diferente de camomila, ebulição (xícara: 1)
Açúcar mascavo (Colher de café rasa (1g): 2)
35

10:30 – Colação
Iogurte desnatado (Copo Americano: 1)
Mel (colher de sopa: 2)
Manga (Colher de servir (picada) (45g): 1)
 
12:30 – Almoço
Filé de frango Cozido(a) (Filé: 1)  
Arroz branco (cozido) (Grama: 50)  
Feijão (preto, mulatinho, roxo, rosinha, etc.) (Grama: 50)  
Batata (cozida) (Colher de sopa picada (17,39g): 1)  
Cenoura (cozida) (Colher de sopa cheia (picada) (25g): 1)  
Chuchu (cozido) (Colher de sopa cheia (picado) (20g): 1)  
Suco de acerola (Copo De Requeijão:1)  
Brócolis (cozido) (Colher de sobremesa picado (7,5g): 1)  
 
16:30 - Lanche da tarde
Leite integral com ferro (sulfato ferroso) - La Sereníssima® (Copo de requeijão  
(200ml): 1)
Amido de milho (Grama: 20)  
Ovo de galinha (Unidade: 1)  
Açúcar (Colher De Cafe: 3)  
Canela em pó (Colher de chá (2g): 1)  
 
19:30 - Jantar
Macaxeira (cozida) (Colher de arroz cheia (picado) (60g): 2)  
Carne moída Cozido(a) (Grama: 120)  
Suco de laranja (Copo Americano: 1)  
Açúcar (Colher De Cafe: 2)  
 
22:00 - Ceia
Vitamina de banana (Copo Americano: 1)  
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ANEXO A – MODELO DE MAPA DE VISITAS


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ANEXO B- FÓRMULA PARA ALTURA E PESO

ESTIMATIVA DE PESO

Homens: [(0,98 × CP) + (1,16 × AJ) + (1,73 × CB) + (0,37 × PCSE) – 81,69]

Mulheres: [(1,27 × CP) + (0,87 × AJ) + (0,98 × CB) + (0,4 × PCSE) – 62,35]

(Chumlea, 1998)

ESTIMATIVA DE ALTURA

Homens: Estatura (cm) = [64,19 – (0,04 × idade [anos])] + (2,02 × altura do joelho
[cm])

Mulheres: Estatura (cm) = [84,88 – (0,24 × idade [anos])] + (1,83 × altura do joelho
[cm])

(Chumlea, 1998)
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ANEXO C- FÓRMULA PARA CÁLCULO ÉNÉRGETICO

(Harris Benedict, 1984)


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ANEXO D- PÓS TRANSPLANTE RENAL

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ANEXO E – INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

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ANEXO F- GASTROENTEROCOLITE AGUDA

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ANEXO G- CASO CLÍNICO

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