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PLANO DE ENSINO

CURSO: Psicologia
SÉRIE: 9º semestre
DISCIPLINA: Práticas Psicológicas
ESTÁGIO: Psicologia Jurídica: Práticas e Referências Teóricas
CARGA HORÁRIA SEMANAL: 3 horas
CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 horas

I – EMENTA

Atividade prática de estágio curricular obrigatório supervisionada por professor


orientador. Orientação teórica e técnica em Psicologia Jurídica. Atuação
psicológica junto a indivíduos envolvidos em processo judicial ou em situação
possível de se tornar uma questão jurídica. Interface Psicologia-Direito. Papel do
psicólogo no contexto jurídico.

II – OBJETIVOS

Com o objetivo de compreender os fenômenos humanos de ordem cognitiva,


comportamental e afetiva em diferentes contextos, e de apreender os processos
psicológicos de indivíduos, grupos e instituições por meio de conceitos e modelos
explicativos construídos no campo da Psicologia em interface com a área do
Direito, bem como coordenar e manejar processos grupais considerando as
diferenças individuais e socioculturais dos seus membros.

III – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Ao término da disciplina, o aluno deverá ser capaz de:

 Comprometer-se com a atuação psicológica a partir da compreensão de


que o fenômeno psicológico é um processo de construção psicossocial
entre indivíduo e sociedade.
 Observar, escutar e desenvolver o raciocínio teórico/técnico para a
compreensão da demanda e elaboração de hipóteses diagnósticas e
prognósticas.
 Analisar e interpretar a relação entre as especificidades da abordagem
teórica do estágio e as práticas pertinentes à situação-problema.
 Avaliar com reflexão crítica e ética as práticas psicológicas para a
promoção da saúde mental em diferentes contextos.
 Atuar junto a profissionais de áreas afins e em equipes multiprofissionais.
 Participar da supervisão acadêmica colaborando na discussão de todos os
atendimentos, aprimorando o desempenho ético profissional.
 Avaliar com reflexão crítica e ética as práticas psicológicas para a
promoção da saúde mental em diferentes contextos.
 Atuar junto a profissionais de áreas afins e em equipes multiprofissionais.
 Participar da supervisão acadêmica colaborando na discussão de todos os
atendimentos, aprimorando o desempenho ético profissional.

IV – COMPETÊNCIAS

 Observação e realização de intervenções psicológicas com indivíduos


envolvidos em demandas jurídicas.
 Conhecer os pressupostos norteadores da abordagem teórica que
fundamenta a prática psicológica dessa prática de estágio.
 Discernir as interfaces da Psicologia com as áreas científicas com as quais
dialoga nessa prática de estágio.
 Refletir com postura crítica e ética os vértices teóricos, temáticos e
situacionais de atuação com base na legislação profissional do Psicólogo.
 Identificar a demanda psicológica e o sofrimento psíquico dos clientes em
seus diferentes contextos.
 Considerar o fenômeno da vulnerabilidade e da diversidade que afeta
indivíduos e grupos para promoção de ações psicossociais.
 Caracterizar e avaliar as circunstâncias específicas do contexto
psicossocial no qual a prática será realizada com os clientes e nas
instituições.
 Identificar, analisar e compreender os fenômenos e processos psicológicos
articulados ao conhecimento teórico para planejamento metodológico das
intervenções clínicas e institucionais.

V – CONTEÚDO PROGRÁMATICO

1. Psicologia Jurídica: aspectos históricos, éticos e interdisciplinares.


2. Articulação entre a Psicologia e o Direito: aspectos teóricos e técnicos
referentes à área.
3. Ética e limites de atuação do Psicólogo Jurídico.
4. Aspectos psicossociais dos campos de atuação do psicólogo nas diversas
esferas jurídicas.
5. Teorias e técnicas pertinentes aos processos de separação, abrigamento,
adoção, violência conjugal/doméstica, de gênero e comunitária, exames
criminológicos, perícias (o perito e o assistente técnico).
6. Embasamento teórico da mediação de conflitos.

VI – ESTRATÉGIAS DE TRABALHO

 Apresentação da Disciplina: É imprescindível que na primeira semana de


aula o professor orientador de estágio, apresente o Plano de Ensino da
disciplina, enfatizando os objetivos gerais (competências), os objetivos
específicos (habilidades), critérios de avaliação, estratégias de trabalho e
bibliografia.
 Organização das Atividades de Supervisão: Cada professor orientador
deve elaborar um cronograma de leituras com base na bibliografia básica
para sustentar o plano de intervenções, nas três primeiras semanas. Na
quarta semana, o professor distribui os clientes para todos os estagiários.
O planejamento das atividades de supervisão deve incluir as datas para a
realização dos exercícios teórico-práticos, conforme explicitado no item VI
– Avaliação.
 Leitura e discussão de textos: O professor orientador de estágio deve
escolher quais os textos da Bibliografia Básica e/ou Complementar ele
solicitará uma produção escrita compreensiva correspondente, a ser-lhe
entregue por cada um dos alunos, o que garantirá ao professor orientador
a leitura atenta e dirigida do material (Verificação de Leitura). Esta
produção deve ser corrigida pelo professor orientador e registrada como
hora de Atividade Prática de estágio, em documento específico e
comprobatório do Centro de Psicologia Aplicada da UNIP.
 Discussão e supervisão de atendimentos realizados pelos estagiários:
Cada aluno deverá trazer semanalmente as respectivas anotações
referentes ao caso atendido no Centro de Psicologia Aplicada e/ou a
situação vivenciada em outro campo de estágio para discussão durante a
supervisão com o professor orientador. Este fará suas considerações e
abrirá a discussão aos demais alunos do grupo de supervisão. Após as
discussões, o professor orientador deverá fazer suas observações,
embasando-as teoricamente e finalizará a discussão com suas
considerações finais.
 Relatórios semanais das intervenções psicológicas realizadas: Toda e
qualquer atividade prática de estágio deve ser registrada semanalmente
em um relatório descritivo. Este relatório deve ser minuciosamente
descritivo (descrição das atividades realizadas em campo de estágio) e
compreensivo (apresentar fundamentação teórico-explicativa que justifique
as intervenções realizadas). O professor orientador deve receber estes
relatórios impressos, corrigi-los e devolvê-los ao aluno, que deve realizar
as correções determinadas pelo professor orientador. O relatório corrigido
pelo professor também deve ser entregue junto com o relatório definitivo
(passado a limpo). Mesmo que a atividade de estágio esteja sendo
realizada em dupla ou trio, estes alunos devem elaborar o relatório em
conjunto – alternando sua produção entre si, o que deve ser averiguado
pelo professor orientador.
 Relatório Final de Estágio (Exclusivo para estágio em Instituições):
Elaboração de relatório final que articule a prática à análise teórica e
apresente fundamentação para as estratégias utilizadas em campo de
estágio. Durante todo o semestre a dupla ou trio deverão realizar
minuciosa observação da instituição e todo seu contexto. Estes deverão
elaborar o relatório final contendo detalhes sobre o trabalho realizado em
campo e a composição de propostas de intervenção às situações problema
verificadas. O relatório poderá ser realizado pela dupla ou pelo trio que
trabalhou em conjunto durante o semestre e deve respeitar a legislação
vigente, que regulamenta a confecção de documentos escritos (Resolução
CFP nº 6/2019).
 Relatório Final de Estágio (Atendimentos Clínicos no CPA):
Elaboração de relatório final que articule a prática à análise teórica, que
apresente todo o processo de atendimento psicológico, com hipóteses
diagnósticas e encaminhamento. O relatório deve respeitar a legislação
vigente, que regulamenta a confecção de documentos escritos (Resolução
CFP nº 6/2019).
 Atividade Prática de Estágio no Centro de Psicologia Aplicada e em
outras Instituições: Toda e qualquer atividade prática de estágio pelo
aluno deve estar documentada – obrigatoriamente – pelo Termo de
Compromisso de Estágio (TCE) que legitima a realização do estágio e
afiança o aluno com uma Apólice de Seguro de Vida. A existência deste
documento está normatizada pela Coordenação Administrativa de Estágios
da UNIP e é de responsabilidade do professor orientador acompanhar a
elaboração do TCE antes do início do estágio, respeitar e fazer respeitar o
prazo de entrega do TCE pelo aluno ao Setor de Estágio Local, seguindo o
Manual de Orientação de Estágios entregue pelo Coordenador do Centro
de Psicologia Aplicada da UNIP.

VI – AVALIAÇÃO
O processo de avaliação dessa disciplina de estágio deve ser contínuo e
abrangente quanto aos aspectos teórico-conceituais, técnicos, operacionais,
éticos e atitudinais.

1. Exercícios Teórico-Práticos

Os exercícios teórico-práticos de avaliação parcial (ETP1) e final (ETP2) devem


ser aplicados de forma bimestral, nos meses de abril e junho, respectivamente,
seguindo o Calendário Escolar da UNIP e têm a finalidade de avaliar a
aprendizagem do aluno.

a. Estes Exercícios Teórico-Práticos são elaborados pelo professor orientador


e devem considerar o Conteúdo Programático descrito no Plano de Ensino
do Estágio, bem como a Bibliografia recomendada.
b. No primeiro bimestre o Exercício Teórico-Prático (ETP1) deve conter 3
(três) questões. No segundo bimestre o Exercício Teórico-Prático (ETP2)
deve conter 4 (quatro) questões.
c. As questões são dissertativas e devem versar sobre os conteúdos
programáticos indicados no Plano de Ensino de forma a contemplar 3 (três)
vértices: situacional, temático e teórico-técnico, e sua elaboração deve
verificar criteriosamente a aprendizagem do aluno.
d. Os Exercícios ETP1 e ETP2 devem ter a expectativa de resposta de cada
questão para verificação do Coordenador do CPA, segundo a Sistemática
de Auto Avaliação do Curso de Psicologia (PPC).
e. Os Exercícios só podem ser aplicados após a aprovação do Coordenador
do CPA. Exercícios não enviados ou não aptos não podem ser aplicados.

2. Instrumento de Avaliação do Desempenho no Estágio Supervisionado


Esta avaliação é apresentada pelo professor orientador ao aluno de forma
bimestral, nos meses de abril e junho, por meio do preenchimento dos critérios de
cada uma das três categorias deste Instrumento, e leva em consideração o
resultado bimestral do Exercício Teórico-Prático pelo aluno.
2.1. Para o estágio curricular obrigatório a medida da avaliação é conceitual por
meio de critérios do desempenho do aluno.

3. A avaliação do desempenho semestral do aluno é definida pelo Conceito


Suficiente ou Insuficiente de acordo com o Regulamento Geral do Estágio
Supervisionado do Curso de Psicologia.

VIII – BIBLIOGRAFIA

BÁSICA

CEZAR-FERREIRA, V. A. da M. Família, Separação e Mediação – Uma visão


psicojurídica. 3ª ed. São Paulo: Editora Método, 2011.

HUTZ, C. S. (Org.) Violência e Risco na Infância e Adolescência: Pesquisa e


Intervenção. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.

SHINE, S. (Org). Avaliação Psicológica e Lei. São Paulo: Casa do Psicólogo,


2007.

COMPLEMENTAR

ROVINSKI, S. L. R.; CRUZ, R. M. (Orgs.) Psicologia Jurídica: Perspectivas


teóricas e processos de intervenção. São Paulo: Vetor, 2009.

SHINE, S. A Espada de Salomão: a psicologia e a disputa de guarda dos filhos.


São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

WEBER, L. N. D. Aspectos psicológicos da adoção. 2ª ed. Curitiba: Juruá,


2009.

SITES E BANCO DE DADOS

Estatuto da Criança e do Adolescente


Estatuto do Idoso
Direitos Humanos
Lei Maria da Penha

Guia para Atendimento de Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência (Instituto


Sedes Sapientiae e SMADS - Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social
da Prefeitura Municipal de SP, 2008).
Capa: http://www.sedes.org.br/Centros/12357_Capas.pdf
Miolo: http://www.sedes.org.br/Centros/12357_Miolo.pdf

Re-Construção de Vidas: Como prevenir e enfrentar a violência doméstica, o


abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes (Instituto Sedes
Sapientiae e SMADS - Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social da
Prefeitura Municipal de SP, 2008)
Capa: http://www.sedes.org.br/Centros/12358_Capas.pdf
Miolo: http://www.sedes.org.br/Centros/12358_Miolo.pdf

O Fim da Omissão: A implantação de pólos de prevenção à violência doméstica


(Fundação ABRINQ, 2002)
link: http://www.sedes.org.br/Centros/O%20fim%20da%20Omissão.pdf

Cartilha ‘Navegar com Segurança: Protegendo seus filhos da pedofilia e da


pornografia infanto-juvenil na internet’ do Instituto WCF-Brasil
link: http://www.wcf.org.br/pdf/Navegar_com_Seguranca.pdf

Serviço de Proteção a crianças e adolescentes vítimas de violência, abuso e suas


famílias: referências para a atuação do psicólogo – CREPOP.

Referências Técnicas para Atuação do Psicólogo em Vara de família – CREPOP


– 2009.

Referências técnicas para atuação do psicólogo no âmbito das medidas


socioeducativas em unidades de internação – CREPOP.

Referências Técnicas para atuação do psicólogo no Centro de Referência


Especializado de Assistência Social – CREPOP.

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