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FACULDADE ANHANGUERA
Curso: Psicologia
2023.2
Rodrigues Santos
Trabalho orientado pela docente Carolina Biondi e apresentado à faculdade Anhanguera, Itabuna-BA
como requisito parcial na disciplina Medidas e avaliação em Psicologia II.
2023.2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO………………………………………………………..
2. MÉTODOS…………………………………………………………….
4. DEVERES DO AVALIADOR…………………………………………
5. DIREITOS DO AVALIANDO…………………………………………
1 INTRODUÇÃO
Quando se fala de testagem psicológica, logo vem à mente, o levantamento de hipóteses, a criação
de laudos e também a coleta de dados que posteriormente pode ser utilizada para determinados
diagnósticos.
Dito isso, a prática da avaliação psicológica no ambiente escolar, deve ser voltada à inclusão dos
alunos, levando em consideração a natureza diversa do ambiente escolar e que em suas interações
sociais, o ambiente educacional torna-se diverso. Tendo em vista isso, a avaliação no ambiente
escolar/educacional se faz necessário, na criação de um ambiente adequado a cada aluno inserido,
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levando em consideração suas dificuldades educacionais, para que o mesmo, possa ter um
desenvolvimento adequado para si.
Desta forma, o profissional psicólogo deve ser cauteloso e cuidado em relação a como e quais
instrumentos o mesmo vai utilizar em suas avaliações, tomando as devidas precauções para não
criação de um ambiente excludente.
2 MÉTODOS
Os métodos utilizados para a confecção deste relatório, foram a leituras de periódicos e pesquisas
publicados por profissionais psicólogos e bem como notas técnicas disponibilizadas pelos CRP, neste
caso em específico uma nota técnica publicada pelo Conselho Regional de Psicologia de Santa
Catarina, sobre a qual discutia sobre a prática do profissional psicólogo em sua atuação como
avaliador educacional.
E também a leitura de algumas leis cujas as quais regulamentam a ação do profissional psicólogo na
rede pública de educação sendo neste caso a Lei 13.935 de 2019, lançado pelo Governo Federal cujo
o qual fala sobre as prestações de serviço psicológico e social nas redes básicas de educação, sendo
esta lançada no dia 12/12/2019 no Diário Oficial da União.
Também foram utilizadas resoluções disponibilizadas pelo próprio CRP, sobre o qual regulamenta e
orienta o psicólogo em sua prática como avaliador, desta forma estabelecendo critérios e normas
para uma avaliação adequada.
Art. 1º As redes públicas de educação básica contarão com serviços de psicologia e de serviço social
para atender às necessidades e prioridades definidas pelas políticas de educação, por meio de
equipes multiprofissionais.
Art. 2º Os sistemas de ensino disporão de 1 (um) ano, a partir da data de publicação desta Lei, para
tomar as providências necessárias ao cumprimento de suas disposições.
Dessa forma, no âmbito educacional a avaliação deverá ser realizada de modo a analisar o
desenvolvimento dos estudantes desviando-se da busca por diagnóstico de forma isolada. Nesse
sentido, a avaliação psicológica no âmbito educacional permite caso seja necessário a
implementação de intervenção que objetive a melhoria do ensino e aprendizagem de modo geral, no
intuito de auxiliar na construção do projeto político-pedagógico e nos processos de ensino-
aprendizagem e contribuindo com a melhora das relações entre a comunidade escolar, família,
alunos e docentes.
Entretanto, apesar de estar implementada, esta referida legislação não se aplica a todo o território
nacional para tanto é preciso que cada unidade federativa regulamenta e estabelece os
procedimentos para os recursos da FUNDEB visto que uma parcela de 30% desse fundo é destinado à
manutenção e desenvolvimento do ensino, sendo assim assegura a presença do serviço social e
psicológico na rede pública de educação.
DEVERES DO AVALIADOR
O Conselho Federal de Psicologia junto aos conselhos regionais, orientam e regulamentam a atuação
do psicólogo, não somente sua atuação como avaliador, mas também, sua atuação de forma geral.
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Desta maneira, como dito no vigente Código de Ética do Profissional Psicólogo (Resolução 010/2005),
onde o mesmo afirma sobre as práticas fundamentais e vedadas ao psicólogo, sobre as quais proibi o
psicólogo de ser conveniente de quaisquer práticas discriminatórias, como também estabelece que o
profissional de toda e qualquer forma pode sob nenhuma hipótese interferir de qualquer maneira,
na coleta ou fidedignidade dos resultados obtidos, seja para seu próprio benefício ou benefício de
seu cliente.
A Resolução CFP (010/2005) também veda ao psicólogo, que o mesmo induza a qualquer e ou até
mesmo organizações a recorrerem aos seus serviços, inclusive ainda consolida que não lhe é
permitido a utilização de matérias, técnicas ou instrumentos que não estejam devidamente
regulamentados, podendo desta forma efetuar uma prática inadequada, assim sendo prejudicial ao
seu cliente sob o qual o mesmo preste seus serviços.
Ainda sobre a Resolução CFP (010/2005), essa proibi o prolongamento desnecessário de seus
atendimentos, como também ser avaliador, perito ou parecerista em qualquer tipo de situação sob
os quais seus vínculos particulares possam vir a interferir de forma negativa nos objetivos do serviço
ques está sendo prestado, não somente isso ao psicólogo é vedado a emissão de documentos sem
sua devida fundamentação ou qualidade técnico-teórico.
Apesar desta resolução ter um caráter simples, ainda é comum que alguns profissionais atuem de
forma inadequada a sua profissão, desta forma prejudicando não só a si mesmo, como também o
cliente que está sendo atendido.
DIREITOS DO AVALIANDO
É necessário salientar não somente as obrigações do profissional psicólogo, mas também os direitos
que o avaliado tem. Segundo a Resolução CFP (010/2005) o avaliando tem por direito receber as
orientações necessárias em relação ao trabalho que está sendo realizado, como também o objetivo
daquele procedimento, além do mais, este tem como direito, obter o resultados adquiridos através
da avaliação psicológica.
A Resolução CFP (010/2005) ademais fala sobre o sigilo psicológico, cujo o qual o psicólogo tem por
dever guardar de forma adequada os documentos produzidos através da avaliação, não somente
isso, o cliente deve ser orientado de forma adequada a qual serviço o paciente deve recorrer após o
resultados da avaliação psicológica.
Ainda há também a Resolução CFP n° (06/2019) sobre a qual regulamenta que a guarda dos
documentos produzidos deve ser feita pelo profissional ou organização que prestou o serviço por 5
anos.
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Estas resoluções formuladas pelo Conselho Federal de Psicologia, resguardam o cliente de quaisquer
exposições desnecessárias que possam vir a ser feitas pelo profissional psicólogo.
Faz-se importante salientar que cabe ao psicólogo a escolha do critério avaliativo, para tanto o
profissional deverá seguir a instrução contida na cartilha de avaliação psicológica elaborada pelo
Conselho Federal de Psicologia:
Cada tipo de avaliação funciona por meio da aplicação de testes psicológicos, observação do
comportamento do aluno, entrevistas com o aluno e/ou seus responsáveis, análise de documentos
escolares e histórico de desenvolvimento. Os resultados obtidos são utilizados para compreender as
necessidades do aluno e fornecer intervenções adequadas para seu desenvolvimento educacional e
emocional.
No âmbito educacional existem alguns testes que podem ser utilizados durante uma avaliação pelo
profissional de psicologia para verificar se os estudantes estão absorvendo o conhecimento passado
por seus docentes. O registro da primeira utilização de teste psicológico data da Idade Média quando
fundou-se as primeiras universidades europeias por volta do século XIII.
Os testes descritos abaixo constam na lista de “favoráveis” no site “SATEPSI”, e podem ser utilizados
psicólogos no contexto de avaliação psicopedagógica, são eles:
• Desenho da Figura Humana (DFH): pode ser realizado de modo individual ou coletivo, o seu
público alvo são crianças de 5 a 12 anos e objetiva avaliar o desenvolvimento.
• Escala de motivação para a aprendizagem (EMAPRE): tem como público alvo indivíduos de 7
a 16 anos e pode ser aplicado de forma individual ou coletiva.
• Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (COM): público alvo de 5 a 11 anos, pode ser
aplicado de forma individual ou coletiva e busca investigar a inteligência.
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Visto que a educação é um direito comum a todos os cidadãos, ela deve ser assegurada. Obstante,
deverá também ter a qualidade necessária para todos e com equidade, buscando depositar
efetivamente o conhecimento em todos os estudantes independente de suas dificuldades e
limitações. Daí nasce a necessidade do trabalho psicológico, já que a função do avaliador é investigar
a qualidade do ensino-aprendizagem, e caso seja identificado algum déficit, o profissional entrará
com as medidas cabíveis intervindo na problemática encontrada.
Por meio do presente trabalho tornou-se possível a compreensão mais precisa da temática
abordada, percebendo a importância da presença de um profissional psicólogo como avaliador visto
pois que o mesmo torna-se um facilitador nesse âmbito, o seu trabalho contribui com a melhoria no
espaço escolar, ofertando modificações no intuito de trazer melhorias tanto a equipe pedagógica,
quanto as famílias dos estudantes e aos próprios discentes.
REFERÊNCIAS
Código de Ética Profissional do Psicólogo. Conselho Federal de Psicologia, Brasília, agosto de 2005.
428–445, 2013.
https://crpsc.org.br/ckfinder/userfiles/files/Avalia%C3%A7%C3%A3o%20Psico l%C3%B3gica.pdf
Acessado em 03 de novembro de 2023.