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MEDIDAS E AVALIAÇÃO EM PSICOLOGIA

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

• Resolução do Conselho Federal de Psicologia n° 007 (2003): pode-se

definir a avaliação psicológica como sendo o processo técnico-científico de
coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos
fenômenos psicológicos da relação do indivíduo com a sociedade.
• É um processo de coleta e interpretação de dados, realizado por meio de
instrumentos psicológicos, tendo por finalidade o maior conhecimento do
indivíduo, a fim de que sejam tomadas determinadas decisões.
• Realizado com pessoas ou grupos de pessoas que, de acordo com cada área
do conhecimento com as demandas exigidas, requer metodologias
específicas.
• Trata-se de um estudo que requer um planejamento prévio e cuidadoso, que
envolve a escolha de procedimentos adequados às demandas e fins as quais
a avaliação se destina.
• Na sua realização, o psicólogo deve basear sua decisão, obrigatoriamente, em
métodos e/ou técnicas e/ou instrumentos psicológicos reconhecidos
cientificamente para o uso na prática profissional do psicólogo, podendo, a
depender do contexto, recorrer o procedimento e recursos auxiliares (fontes
complementares).

Fontes fundamentais de informação

a) Testes psicológicos aprovados pelo CFP para o uso profissional da psicologia
e do psicólogo;
b) Entrevistas psicológicas, anamnese;
c) Protocolos ou registros de observação de comportamentos obtidos
individualmente ou por meio de processo grupal e/ou técnicas de grupo.
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Fontes complementares
a) Técnicas e instrumentos não psicológicos que possuam respaldo da literatura
científica da área e que respeitem o Código de Ética e as garantias da
legislação da profissão;
b) Documentos técnicos, tais como protocolos ou relatórios de equipes
multiprofissionais.

HISTÓRIA

- Psicologia foi reconhecida como profissão no Brasil a partir da aprovação da

Lei n° 4.119, de 27 de agosto, de 1962;
- Conselho Federal de Psicologia em 1974;
- Formação dos cursos de psicologia foram oficializados, tendo currículos
mínimos considerando os conteúdos básicos a serem ensinados nas
graduações;
- Baixa qualidade de formação dos alunos em psicologia geraram críticas, pois
não tinham professores especializados;
- Referente ao contexto de formação dos profissionais e dos pesquisadores no
Brasil, foram analisadas certas ações no sentido de produzir cursos do pós-
graduação em psicologia: 96 universidades, tais como as Pontifícias
Universidades Católicas do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e de São
Paulo;
- No começo da década de 1900, foram criados laboratórios de psicologia e
adaptação para o contexto real brasileiro de certos testes internacionais, tais
como o Binet-Simon, praticada pelo médico Isaias Alves, na Bahia.
- Mesmos com os avanços nos cursos, os testes Psicológicos, entre 1980 e
1990, foram motivo de reportagens e manifestações públicas contrárias ao seu
uso, expondo contextos vexatórias de atuações do profissional da psicologia,
essencialmente no âmbito da seleção de pessoal. Infelizmente, havia alguns
fatos verídicos no que foi veiculado;
- Pasquali 2010: Av. Psicológica passou por três ondas no Brasil: 1) Houve um
grande interesse pelos testes; 2) Uma grande crise ou descrédito; 3) A mais
atual, surge um grande desenvolvimento da área;
- Momento decisivo e marcante para os pesquisadores brasileiros:
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Em reunião da Sociedade Brasileira de Psicologia, em 25 de outubro de 1997, foi

fundada oficialmente o IBAPP, tendo por presidente Luiz Pasquali. De acordo com a
decisão da Assembleia Geral, em 25 de outubro de 2001, o nome da Instituição foi
mudado para Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica.

- Lançamento da primeira revista de Avaliação Psicológica;

- 1° Congresso Nacional de Av. Psicológica;
- Primeiro livro pela IBAP, denominado “Temas em Avaliação Psicológica”;
- Todos os lançamentos na mesma época do Instituto Brasileiro de Avaliação
Psicológica (IBAP) em 2001;
- Ressalta-se, nesta parceria do IBAP com o CFP, a publicação das cartilhas
online com as orientações sobre avaliação psicológica;
- É importante ressaltar que a parceria do IBAP com o CFP culminou nas
publicações das artilhas online com orientações sobre Av. Psicológica.

TESTES PSICOLÓGICOS
• A testagem psicológica diz respeito à aplicação dos testes psicológicos e
obtenção de informações a partir dessa testagem. É uma etapa da avaliação
psicológica.
• Visam não somente a conhecer um ou mais aspectos da personalidade total,
mas, em última análise, predizer o comportamento humano, na base do que
foi revelado na situação do teste.
• São de uso exclusivo dos psicólogos.
• Os testes podem ajudar na Avaliação Psicológica, principalmente na
mensuração e dados de Inteligência, mas outros instrumentos também podem
ajudar.
• Abarcam instrumentos: escalas, inventários, questionários e métodos
projetivos/expressivos.
• A Resolução 02/2003 regulou a elaboração de testes psicológicos no Brasil.

Desenvolvimento dos testes

- Wundt criou o primeiro laboratório em 1879;
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- Posteriormente, veio a Biologia de Galton com testes para determinar o grau

de semelhança entre parentes;
- Em seguida, Cattel veio com o primeiro laboratório de Psicologia Experimental;
- Em 1914 tivemos os primeiros testes de inteligência.

A aplicação desses testes em grande número de pessoas permitiu a construção de

normas e padrões estatísticos para vários grupos, e a classificação das profissões de
acordo com o nível mental.

Testes X Outros instrumentos

- A simples aprovação do SATEPSI não significa que o teste pode ser usado em
qualquer contexto;
- Escolher a melhor ferramenta não é tarefa fácil, por isso é preciso saber o que
está sendo feito.

TESTES X AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

• De acordo com o SATPESI, a avaliação psicológica envolve a integração de
informações, contendo: entrevistas, observações, testes e análise de
documentos.
• De acordo com o SATEPSI, os testes psicológicos fazem parte da testagem
psicológica, que é uma das etapas da Avaliação psicológica. Podendo ser de
diversos tipos.

APLICAÇÃO DE UMA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

1. Levantamento dos objetivos;
2. Coleta de informações;
3. Quais testes utilizar;
4. Possui validade pelo SATEPSI?
5. Aplicação, correção e junção de dados.

PROBLEMAS NA APLICAÇÃO DE TESTES

1. Condição do aplicador;
2. Adequação da aplicação;
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3. Condições de aplicação;
4. Características do material;
5. Sigilo.

Na aplicação de testes
a) Correr para o SATEPSI;
b) Coletar informações;
c) Aplicar o teste;
d) Correção adequada.

LEGISLAÇÃO EM AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA – CARTILHA DA AP

• Resolução 31/2022 revogou a de 9/2018
• Define a Av. Psicológica como um processo estruturado de investigação de
fenômenos psicológicos, composto de métodos, técnicas e instrumentos, com
o objetivo de prover informações à tomada de decisão, no âmbito individual,
grupal ou institucional, com base em demandas, condições e finalidades
específicas (CFP, 2022).
• Testagem é uma etapa da AP;
• AP tende a ser dinâmica e vem para subsidiar os trabalhos nos diferentes
campos de atuação dos Profissionais, podendo ser: trânsito, porte e/ou posse
de arma; concursos; cirurgias eletivas;
• Poucas são as áreas as quais o profissional precisa possuir critérios
específicos para atuar com AP, sendo eles: porte e posse de arma; trânsito;
• De acordo com o Código de Ética do Profissional de Psicologia, os artigos que
regem a AP são: artigos 1, 2, 9 e 18;
• Além do código de ética, o profissional precisa ter conhecimento sobre as
resoluções que estão relacionadas a prática de AP: 31/2022; 06/2019;
02/2016;
• Segundo a cartilha, apenas a graduação em psicologia não garante
competência necessária para AP;
• As competências listadas são essenciais para qualquer processo avaliativo;
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• Uma das competências listadas é: ter domínio no campo da Psicopatologia

para poder identificar problemas graves de saúde mental ao realizar
diagnósticos;
• Uma AP não sendo bem planejada pode acarretar problemas para o avaliando
e também sua família;

Composição
- Os primeiros passos envolvem: objetivo, coleta de dados, planejamento
(escolha de instrumentos e critérios a serem utilizados);
- Integração de informações;
- Indicação das respostas;
- Elaboração dos documentos escritos decorrentes da avaliação de acordo com
a resolução 06/2019.

Cuidados dos Psicólogos na AP

- É de responsabilidade do psicólogo:
- Escolher as técnicas e testes utilizados no processo de AP;
- Art. 5°: O psicólogo tem a prerrogativa de decidir quais são os métodos,
técnicas e instrumentos empregados na Avaliação Psicológica, desde que
fundamentados na literatura científica psicológica e nas normas vigentes do
Conselho Federal de Psicologia;
- CFP (2019): o profissional deve se atentar a: capacitação para aplicar a AP;
ambiente adequado; entendimento da demanda e planejamento da Ap;
cuidados éticos, incluindo o sigilo;
- Para aplicação da Avaliação remota, entende-se que os cuidados devem se
manter e existem outros pontos que devemos seguir, pontuados na cartilha
(pág 17 e 18);
- Atentar-se para limitações do cliente sobre tecnologia, pois este pode interferir
no desempenho real do teste psicológico (cartilha, 2022).
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Implicações na qualidade de AP e Documentos

- Impactos podem ser causados na vida das pessoas e dos familiares quando
não temos uma elaboração de Documento coesa, nem mesmo uma Avaliação
Psicológica respeitando a ética e as legislações.
- Para isso, o profissional deve se atentar a como vai elaborar a AP, cuidados
com a Comunicação em entrevistas e devolutivas e também nos documentos.

Respostas fornecidas pela avaliação psicológica

- Desenvolvimentos de hipóteses que levam à compreensão das características
psicológicas da pessoa ou de um grupo;
- Características de como as pessoas irão desempenhar uma dada atividade;
- Qualidade das interações interpessoais que elas apresentam;
- Etc.;
- A qualidade do conhecimento alcançado depende da escolha de
instrumentos/estratégias que maximizem a qualidade do processo de AP.

Documentos resultantes da avaliação psicológica

- Atestado psicológico;
- Laudo psicológico

Laudo psicológico
- Resultado de um processo de avaliação psicológica, com finalidade de subsidiar
decisões ao contexto em que surgiu a demanda:

a. Identificação;
b. Descrição da demanda;
c. Procedimento;
d. Análise;
e. Conclusão;
f. Referências.