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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

STHEFANY RAIANY OLIVEIRA MARTINS

ÉTICA NA PSICOLOGIA

Guarulhos
2023
STHEFANY RAIANY OLIVEIRA MARTINS

ÉTICA NA PSICOLOGIA

BLOG ACADÊMICO
apresentado ao curso de Psicologia, como requisito
para obtenção de nota.

Oritentador(a): Professor Edgar Toschi Dias

Guarulhos
2023
RESUMO
Este trabalho visa explicar o que significa a Ética na Psicologia. Falaremos sobre o
que é a Ética, qual a sua importância na vida profissional, o Código de Ética
Profissional do Psicólogo, a guarda do Registro Documental de Avaliação
Psicológica segundo o Código de Ética, Competências Éticas na Avaliação
Psicológica, faltas éticas durante a Avaliação Psicológica, para que serve o processo
de Avaliação Psicológica e os benefícios na Avaliação Psicológica. Será apresentado
em tópicos com cada tema, o objetivo é esclarecer a importância da prática da
Ética na sociedade em todos os âmbitos da nossa vida.
SUMÁRIO
1. Ética .................................................................................... 5

2. A importância da Ética na vida Profissional .......................... 6

3. O código de Ética Profissional do Psicólogo .......................... 7 - 8

4. A guarda do Registro Documental de Avaliação Psicológica, segundo o Código


de Ética .................................................................................... 9 - 10

5. Competência Ética na Avaliação Psicológica ......................... 11 - 13

6. Faltas éticas durante a Avaliação Psicológica ........................ 14 - 15

7. Para que serve o Processo de Avaliação Psicológica?............. 16

8. Benefícios na Avaliação Psicológica ...................................... 17

9. Referências .......................................................................... 18 - 21
ÉTICA
Você sabe o que é Ética e para que serve?

Nesse tópico vamos descobrir um pouco mais sobre esse tema.

Utilizando uma forma contextual básica, a ética está ligada à ações básicas de um indivíduo que
podem ser consideradas corretas ou não. Filósofos utilizam a pesquisa da ética, com o intuito de
compreender e estudar melhor a relação entre as pessoas.

Para que serve a Ética?


A ética serve justamente para que ocorra um equilíbrio social entre pessoas, visando a boa
conduta em ambas as partes e relacionando a razão entre “certo x errado”. Não podemos
relacionar a ética com leis, mas sim, com práticas inseridas na sociedade que podem ou não
serem seguidas por todos.

Por que um Profissional da Psicologia deve utilizar a Ética?


Ao utilizar a ética, o profissional passa a agir com mais responsabilidade e respeito com
informações de seus pacientes. Com isso podemos compreender que conseguimos ter um
ambiente mais saudável, harmonioso e tranquilo.

Passamos a compreender que a ética vai muito além de uma regra e/ou dever, e passa a ser uma
forma de harmonizar ambientes e praticar a empatia pelo próximo. Vale a pena ressaltar que a
ética não deve existir apenas no ambiente profissional, mas também em nossa rotina diária
como um cidadão.

E para você ficou claro sobre o uso da Ética e seu papel?


A IMPORTÂNCIA DA ÉTICA NA VIDA PROFISSIONAL
A ética do trabalho beneficia não só a vida profissional como também a pessoal. Ter uma ética
no trabalho ajuda o profissional a se desenvolver, bem como a construir um ambiente saudável,
amigável e produtivo. Nesta matéria explicaremos para você o que é ética no trabalho, e como e
importante colocá-la em prática.

Cada profissional e Empresa têm seu próprio código de ética. Existem certos conceitos que
devem ser aplicados nas atividades profissionais, como responsabilidade, honestidade, respeito
etc.

O comportamento ético no mercado de trabalho é muito importante. Reproduz uma imagem


positiva do empregado e ajuda o profissional a manter boas relações laborais. Para cultivar uma
ética de trabalho, você deve adotar bons hábitos e sempre agir de acordo, mesmo nas situações
mais difíceis.

Cumprir com o que você se compromete te dá credibilidade, quando acontece o contrário, as


pessoas perdem a fé em você e começam a duvidar de suas capacitâncias. Seja sempre uma
pessoa que age com justiça, evite fofocas, palavrões de colegas ou chefes. Reconhece os méritos
de seus associados e subordinados e reconheça-os não por favoritismo, mas por suas ações.

É importante saber reconhecer seus enganos, afinal todo mundo pode errar em algum
momento. Você deve ter a humildade de reconhecer publicamente seu fracasso, mostrando sua
vontade de trabalhar duro para resolver o problema. Isso é muito melhor do que culpar os
outros por uma transgressão o que é totalmente anti-ético.
O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO
O Código de Ética profissional do Psicólogo é o conjunto de princípios éticos que orienta a
conduta do profissional de Psicologia em suas atividades. O código é regulamentado pelo
Conselho Federal da Psicologia (CFP) e deve ser seguido por todos os profissionais.

 O Código de Ética consiste em normas e princípios que se deve em respeito ao ser humano e
seus direitos fundamentais. Um código de ética não pode ser visto como um conjunto fixo de
normas imutáveis no tempo. A sociedade muda, as profissões transformam-se e isso exige,
também, uma reflexão contínua sobre o próprio código de ética que nos orienta.

 O Código de Ética Profissional do Psicólogo, serve para que ele seja um instrumento capaz de
delinear para a sociedade as responsabilidades e deveres do Psicólogo.

Das responsabilidades do Psicólogo:

Devem conhecer e divulgar o Código e assumir somente as atividades para as quais estão
capacitados;

 Além disso, devem fornecer serviços de qualidade, utilizando princípios éticos e técnicas
reconhecidas na ciência psicológica;

 Em casos de calamidade pública ou emergência, devem prestar serviços sem visar benefício
pessoal;

Os resultados da prestação de serviços devem ser comunicados a quem de direito, e, se


necessário, sugerir outros profissionais para continuar o trabalho;

Os Psicólogos devem relatar às instâncias competentes qualquer exercício ilegal ou irregular da


profissão.

Ao Psicólogo é vedado:

Os Psicólogos não podem praticar ou serem coniventes com atos de negligência, discriminação,
violência ou opressão;
 Eles não devem induzir a convicções políticas, morais, ideológicas, religiosas ou qualquer tipo
de preconceito;

Também não devem ser coniventes com erros, violações éticas ou crimes cometidos por outros
Psicólogos;

Eles não devem emitir documentos sem fundamentação técnica e científica, estabelecer
relações que possam prejudicar o serviço prestado ou prolongar desnecessariamente a
prestação de serviços;

Finalmente, eles não devem receber comissões, doações ou vantagens financeiras além dos
honorários contratados, nem intermediar transações financeiras.

O Código de Ética Profissional nos mostra o quão necessário é o uso da ética, pois nos auxiliam
em um atendimento com respeito e humanizado, evitando destrato com a sociedade e com o
próprio profissional.
A GUARDA DO REGISTRO DOCUMENTAL DE AVALIAÇÃO
PSICOLÓGICA, SEGUNDO O CÓDIGO DE ÉTICA

Na resolução CFP 001/2009, vemos a obrigatoriedade de Registro Documental. Esse documento


pode ser físico ou virtual, atualmente não existe impedimento de arquivo eletrônico.

Os registros contidos em prontuários são sigilosos, sendo somente para acompanhamento de


serviço prestado com informações básicas e sucintas.

O prontuário do paciente deve ser permanente atualizado e organizado pelo Psicólogo, o


mesmo também é responsável por guardar esses registros por, no mínimo, 5 anos.

CAPÍTULO I dos Registros Documentais


Art. 1º. Tornar obrigatório o registro documental sobre a prestação de serviços psicológicos
que não puder ser mantido prioritariamente sob a forma de prontuário psicológico, por razões
que envolvam a restrição do compartilhamento de informações com o usuário e/ou beneficiário
do serviço prestado.

§ 1°. O registro documental em papel ou informatizado tem caráter sigiloso e constitui-se um


conjunto de informações que tem por objetivo contemplar de forma sucinta o trabalho
prestado, a descrição e a evolução da atividade e os procedimentos técnico-científicos
adotados.§ 2º. Deve ser mantido permanentemente atualizado e organizado pelo psicólogo que
acompanha o procedimento.

Art. 2°. Os documentos agrupados nos registros do trabalho realizado devem contemplar

I – identificação do usuário/instituição;II – avaliação de demanda e definição de objetivos do


trabalho;III – registro da evolução do trabalho, de modo a permitir o conhecimento do mesmo e
seu acompanhamento, bem como os procedimentos técnico-científicos adotados;IV – registro
de Encaminhamento ou Encerramento;V – documentos resultantes da aplicação de
instrumentos de avaliação psicológica deverão ser arquivados em pasta de acesso exclusivo do
psicólogo.VI – cópias de outros documentos produzidos pelo psicólogo para o usuário/instituição
do serviço de psicologia prestado, deverão ser arquivadas, além do registro da data de emissão,
finalidade e destinatário.
Art. 3°. Em caso de serviço psicológico prestado em serviços-escola e campos de estágio, o
registro deve contemplar a identificação e a assinatura do responsável técnico/supervisor que
responderá pelo serviço prestado, bem como do estagiário.

Parágrafo único. O supervisor técnico deve solicitar do estagiário registro de todas as atividades
e acontecimentos que ocorrerem com os usuários do serviço psicológico prestado.

Art. 4°. A guarda do registro documental é de responsabilidade do psicólogo e/ou da


instituição em que ocorreu o serviço.

§ 1.° O período de guarda deve ser de no mínimo 05 anos, podendo ser ampliado nos casos
previstos em lei, por determinação judicial, ou ainda em casos específicos em que seja
necessária a manutenção da guarda por maior tempo.§ 2º. O registro documental deve ser
mantido em local que garanta sigilo e privacidade e mantenha-se à disposição dos Conselhos de
Psicologia para orientação e fiscalização, de modo que sirva como meio de prova idônea para
instruir processos disciplinares e à defesa legal.
COMPETÊNCIA ÉTICA NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Não é de hoje que a ética se faz presente na discussão do dever do Psicólogo, afinal, a sua
atuação está diretamente ligada à saúde mental e, portanto, ao bem estar do ser humano.

O Código de Ética Profissional do Psicólogo, indica em seu I Princípio Fundamental, que a prática
deste profissional deve estar embasada na Declaração Universal dos Direitos Humanos visando à
“promoção da liberdade, da igualdade e da integridade do ser humano” (CFP, 2005. p.7).
Vivenciamos hoje um momento propício para uma reflexão do tema e consequente articulação
com vista à efetiva prática ética.

São diversas as possibilidades de atuação do Psicólogo e de forma ampla. Dentro de toda essa
diversidade, é difícil pensar em qualquer atividade desempenhada por ele que não envolva
Avaliação Psicológica (AP). Seja na Clínica, na Empresa, na Escola, na Comunidade... Sempre que
o Psicólogo promove a leitura de uma determinada situação empregando o conhecimento
científico, está avaliando, afim de propor uma intervenção que vise o bem comum, a
melhoria/superação daquele contexto. É inevitável que esta prática tenha um impacto direto na
vida do ser humano e assim, na sociedade, pois é justamente esta sua contribuição social. O ato
de avaliar é para melhor compreender características do sujeito e assim contribuir em seu
desenvolvimento, seja em sua carreira, em sua vida particular, e, em ambas as situações, está
implícito o impacto social.

Portanto, seria ingenuidade admitir que quando se submete um sujeito a um processo de


avaliação, está comprometida a ética no sentido de “enquadrar/limitar o sujeito”, ou até mesmo
“discriminar”. Sempre que um processo é realizado de forma adequada, com instrumentos e
técnicas pertinentes e por um profissional preparado, ou seja, tendo o conhecimento requerido
para esta prática, os preceitos éticos são observados e respeitados. Não é errado pensar que,
nas cinco primeiras décadas do século XX, a falta de estudos nacionais acerca dos instrumentos
e a consequente falta de normatização nacional, por si só era uma falta ética, afinal, pessoas
foram avaliadas com base em parâmetros inadequados.

Nos últimos anos, a maioria das denúncias por procedimentos com infrações éticas ao Conselho
Federal de Psicologia é referente ao exercício da AP, como uso inadequado de técnicas,
encaminhamentos incoerentes e falta de respaldo teórico em laudos (Anache & Reppold, 2010).
Esta constatação indica que não se trata da área de Conhecimento, mas sim da falta de preparo
por parte dos profissionais, o que caracteriza a necessidade de uma formação permanente
tendo em vista os avanços teóricos. Existem ainda outros pontos práticos a serem observados
num processo de Avaliação Psicológica, como informar ao sujeito que será avaliado sobre o
processo que será submetido, suas etapas, implicações, diagnóstico e sigilo profissional. Tão
importante quanto informar essas questões é a maneira como serão informadas, em linguagem
clara, compatível com a compreensão do sujeito avaliado. Neste sentido, diversas iniciativas
foram tomadas visando justamente dar suporte a uma prática adequada, garantindo assim, os
preceitos éticos e consequentemente, o respeito ao ser humano.

Uma ação objetiva foi a criação do Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (SATEPSI), que
avalia os testes psicológicos e disponibiliza uma lista daqueles aptos à utilização, possibilitando
ao profissional empregar os conhecimentos sustentados cientificamente. Outra iniciativa, esta
em longo prazo, diz respeito à melhora na capacitação destes profissionais em relação ao uso
dos testes, técnicas e procedimentos relacionados com a avaliação psicológica. Este assunto vem
sendo discutido em diversos âmbitos a fim de superar uma deficiência no ensino da Psicologia.

A criação de órgãos especializados, de cursos de especialização, o aumento na carga horária


referente às disciplinas ligadas à AP nos cursos de graduação, e o reconhecimento enquanto
especialidade do psicólogo são questões práticas que já foram ou estão sendo discutidas com
frequência. Essas mudanças e iniciativas evidenciam o esforço dos profissionais em acompanhar
as mudanças ocorridas em diferentes momentos políticos e sociais do nosso país, buscando
adequar práticas profissionais às transformações sócio-históricas.

Frente a este contexto, somos levados a refletir sobre o Ano Temático da Avaliação Psicológica,
que é apresentado em três eixos, a saber: Eixo 1 – “Qualificação: Critérios de Reconhecimento e
Validação a partir dos Direitos Humanos”, Eixo 2 – “Avaliação Psicológica em Contextos
Institucionais” e Eixo 3 – Relação com o Contexto de Formação”. Como se nota, o Eixo 1 reforça a
importância da discussão da ética focando os direitos humanos de tal discussão e consequente
prática ética. Logo, verifica-se que a prática da AP é delicada, pois envolve difíceis decisões
considerando os seres humanos com igualdade, sem discriminação e ao mesmo tempo,
diferentes psicologicamente. Implica planejamento prévio considerando demanda e fins, e ainda
levar em consideração a complexidade de cada técnica bem como seus limites. Portanto os
profissionais da área sempre estiveram alinhados às práticas com olhar ético, embasados nos
direitos humanos.

Princípios fundamentais

I – “O Psicólogo deve basear seu trabalho no respeito à promoção à liberdade, à dignidade, á


igualdade, à integridade ao ser humano apoiado nos valores que embasam a Declaração dos
Direitos Humanos.” A avaliação deve trazer mais benefícios que prejuízos, o sujeito deve ser
informado sobre os procedimentos aos quais ele será submetido e os instrumentos utilizados
devem ser apropriados.

II - “Os Psicólogos trabalharão visando à promoção da saúde e a qualidade de vida das pessoas e
das coletividades e contribuirá para eliminação de qualquer forma de negligência, discriminação,
exploração, violência e crueldade, bem como opressão”.

Por meio de avaliações adequadas, indivíduos sejam encaminhados a tratamentos condizentes


com seus quadros e contextos.

III- “psicólogo deverá atuar com responsabilidade social, analisando de forma crítica e histórica a
realidade política e econômica, social e cultural” A Avaliação Psicológica dá-se a partir de um
tripé, que contempla possibilidades de observações e dinâmicas, entrevistas, e testes
diversos(projetivos, gráficos e psicométricos), e que necessariamente considera a questão do
contexto no qual o sujeito está inserido.

IV- “psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento profissional,
contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como um campo científico de conhecimento
e de prática”

V. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população às


informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da
profissão.

VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade, rejeitando
situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada. É importante que o ensino da Avaliação
Psicológica seja de qualidade para evitar condutas inadequadas por parte dos profissionais.

Na graduação é importante que o estudante vivencie a prática da avaliação psicológica,


considerando as consequências sociais provenientes da avaliação.

“Ser ético, é muito mais que um problema de costumes, de normas práticas. Supõe uma boa conduta das ações,
a felicidade pela ação realizada e a alegria da auto-aprovação diante do bem feito.“ (Aristóteles).
FALTAS ÉTICAS DURANTE A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Fornecer informações à tomada de decisões, no âmbito individual, institucional ou grupal, com
base em finalidades específicas.

Este processo é de extrema importância para a análise profissional e aprofundada, do


entendimento humano. Sendo utilizado para diversas ações, tanto quanto para detectar
doenças ou selecionar o indivíduo para certo cargo.

A Avaliação Psicológica é uma das áreas mais conhecidas e antigas do campo da Psicologia,
sendo ela também regida pelas questões éticas, pautadas pela Código de Ética Profissional do
Psicólogo (CFP, 2005). Porém, apesar das resoluções vigentes serem bastante críticas, as
denúncias de fraude ética em Avaliações Psicológicas são os mais denunciados nos Conselhos
regionais e federais de Psicologia no Brasil.

Como apontado pela CFP (2018), a Avaliação Psicológica é um processo estruturado para
investigar  fenômenos  psicológicos, exigindo métodos, técnicas e instrumentos validados
cientificamente. Sendo assim, o caráter ético deve ser seguido adequadamente pelo profissional
para que os resultados sejam fidedignos. Porém, como apontado por Colere et. al. (2022), os
CFP (Conselho Federal de Psicologia) e CRPs (Conselho Regional de Psicologia) recebem muitas
denúncias em relação aos profissionais.

De acordo com autores como Lemes e Ferreira (2018), as faltas ética-técnicas dos profissionais
de Psicologia na Avaliação Psicológica, são recorrentes nas confecções de laudos, sendo
principalmente pela não apresentação adequada do autor; a falta de especificações na descrição
dos procedimentos; a falta de articulação teórica com os achados da avaliação; e nas
considerações, que não respondem a demanda do solicitante, assim como não constam
resultados da investigação. Em complemento, podemos citar os dados da CRP (08, 2012), que
aponta que as denúncias de infrações éticas recaem, em números expressivos, na avaliação e na
produção de laudo.

Frizzo (2004), corrobora que ocorre infração quando a(o) Psicóloga(o) não age de acordo com as
normas éticas que orientam a prática da sua profissão, dispostas no Código de Ética Profissional
e em outras normativas, a autora também aponta que é necessária a investigação adequada dos
Conselhos de Ética sobre as denúncias recebidas, para que caso confirmadas, as infrações sejam
devidamente penalizadas, de acordo com a Resolução CFP n° 003/2007.

A falta de ética na Avaliação Psicológica ainda é um tema bastante recorrente, pois ela se
estende à resultados falsos e a permissão de aplicação dos testes por não Psicólogos, abordando
um campo ainda mais vasto desse tipo de fraude, em vista que para adquirir tais ferramentas, é
necessário que o Psicólogo apresente seu número de CRP. Quanto às consequências, na maioria
das vezes, as punições dos Conselhos de Ética são o arquivamento e advertência aos
profissionais em detrimento a medidas mais rígidas, levando em consideração que nem sempre
possuem provas o suficientes ou requisitos para uma maior penalidade.
PARA QUE SERVE O PROCESSO DE AVALIAÇÃO
PSICOLÓGICA?

Trata-se de um processo científico de coleta, análise e integração de informações para a


compreensão de uma pessoa, grupo ou situação. A Avaliação Psicológica pode responder a um
encaminhamento feito por terceiro ou a busca espontânea por aquele que procura por este
serviço, e serve para resolver um problema e/ou tomar uma decisão.

Cada Psicólogo usa seus critérios de avaliação pessoal, baseado em técnicas ou testes de
conhecimento, pode ser realizado em grupos ou individualmente.

Objetivos
Fornecer informações à tomada de decisões, no âmbito individual, institucional ou grupal, com
base em finalidades específicas.

Este processo é de extrema importância para a análise profissional e aprofundada, do


entendimento humano. Sendo utilizado para diversas ações, tanto quanto para detectar
doenças ou selecionar o indivíduo para certo cargo.
BENEFÍCIOS NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
A Avaliação Psicológica é um conjunto de técnicas e procedimentos que tem como o objetivo
verificar as características psicológicas de cada um: temos a neuropsicologia e a psicoterapia que
são duas áreas da Psicologia que se aprofundam no comportamento do ser humano. O
Psicólogo traz um grande impacto em nossas vidas, ajudando no nosso controle emocional que
é um ponto essencial, pois, sem um controle emocional não temos estabilidade para se manter
em um trabalho ou estudo, por exemplo. O Psicólogo auxilia no crescimento e ajuda no sucesso
do paciente.

De acordo com o estudo de Claudete Carvalho, uma das Psicólogas de Guarulhos, o principal
benefício da Avaliação é verificar se a pessoa está bem para praticar algumas atividades.

O Psicólogo tem como função, descobrir e mostrar que a pessoa pode sim resolver o seu
possível “problema”. A Psicologia ajuda no desenvolvimento pessoal e interpessoal, ajudando na
dinâmica e em transtornos desenvolvidos com o tempo. Ajuda em sua construção ou
reconstrução mental, te dando estabilidades para enfrentar medos e superar vícios.

Muitos querem passar por Psicólogos para resolver problemas mentais, outros estão a procura
da Avaliação para melhorar a dinâmica, sempre a procura de um modo para se estabilizar.

Entender e supostamente corrigir é um ponto alto do Psicólogo, trazendo sim um benefício em


sua Avaliação Psicológica. Compreendendo e auxiliando o paciente em cada sessão, o objetivo
de melhorias será cumprido de acordo com o tempo.

“A Avaliação Psicológica salva vidas.”


REFERÊNCIAS

https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-psicologia.pdf

https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/896/o/Codigo_de_etica_da_profissao.pdf

https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2009/04/resolucao2009_01.pdf

https://www.crpsp.org/noticia/view/2389/resolucao-cfp-n-012009---orientacao-sobre-registros-
documentais

https://www.crpsp.org/legislacao/view/86?
fbclid=IwAR13LLOYM_qaAA993_fxP3u9Iyp_VkHAKZ_jptOoBY1MFyeombxI2noG9Y8

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https://crppr.org.br/wpcontent/uploads/2018/05/280processos-%C3%A9ticos.pdf

Frizzo, N. P. (2004). Infrações éticas, formação e exercício profissional em Psicologia. Dissertação


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LEMES, S. C., & FERREIRA, V. R. T. O Laudo Psicológico Na Justiça:  Uma Análise Da Qualidade Dos
Laudos Periciais. (2018). In XII Mostra de Iniciação  Científica  e  Extensão Comunitária e XI
Mostra de Pesquisa de Pós-Graduação IMED2018
#DicasPsi - O passo a passo da Avaliação Psicológica

O que é Avaliação Psicológica e quais os seus objetivos? (acolherpsicologia.com.br)

A importância da avaliação psicológica (psicologiasdobrasil.com.br)

https://menvie.com.br/etica-no-trabalho/

www.claudetecarvalho.com

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