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PROPÓSITO
PREPARAÇÃO
Durante a leitura deste conteúdo digital, tenha em mãos a Resolução CFP nº 009/2018 e o
Código de Ética Profissional da Psicologia. Será uma leitura guiada e dialógica que enriquecerá
seus estudos em pontos relevantes desses documentos.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 3
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
A avaliação psicológica é um requisito obrigatório em diferentes situações da vida social: para
um procedimento cirúrgico como a readequação de genitália ou a cirurgia bariátrica; para a
obtenção da carteira nacional de habilitação; para atestar aptidão psicológica no manuseio de
armas de fogo ou na obtenção do porte de armas; para a verificação do perfil adequado a uma
vaga de emprego; para a avaliação do desemprenho escolar de um(a) aluno(a) etc.
Em todos esses cenários descritos — e tantos outros —, o teste psicológico é uma das fontes
fundamentais de informação para o levantamento das características de uma pessoa (perfil
cognitivo, personalidade, aptidões, interesses etc.). Para que o psicólogo utilize esse recurso,
com técnica e responsabilidade ética, torna-se fundamental o conhecimento de algumas
premissas, entre elas os fundamentos da medida. É o que veremos neste conteúdo.
MÓDULO 1
Aplicar os princípios éticos e os cuidados na avaliação psicológica
EXEMPLO
Um(a) psicólogo(a) que não saiba manusear corretamente o teste psicológico num processo
seletivo pode desclassificar um candidato que, nas condições apropriadas do uso material, seria
aprovado.
Para deixar este módulo mais objetivo, vamos demonstrar como estamos abordando o tema
ética.
Vamos assumir que a ética é relativa a como as pessoas deveriam se comportar (não
necessariamente o que fazem) e, dessa forma, buscarmos a compreensão do que seria
importante para a chamada “conduta ética”.
Vamos tratar aqui da ética profissional que deve nortear o trabalho da psicóloga e do psicólogo.
O código de ética profissional não é normatizador, mas assegura valores para um padrão de
conduta que garanta a relevância social da Psicologia e, fundamentalmente, segurança para a
população atendida por esses profissionais.
RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Atuar apenas prestando serviços psicológicos cujos procedimentos, técnicas e meios sejam
regulamentados e/ou aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia — é também fundamental
que tenham embasamento científico.
APRIMORAMENTO PROFISSIONAL
PSICOLOGIA, 2018).
ATENÇÃO
Embora os(as) psicólogos(as) tenham liberdade de ação, podem ser responsabilizados pelas
decisões tomadas de acordo com o código de ética e outros documentos de referência.
Há três pontos muito frequentes nas queixas que chegam à rede dos sistemas de Conselhos da
Psicologia (ZAIA, OLIVEIRA, NAKANO, 2018).
2
3
Uso inadequado de testes psicológicos em desacordo com o manual técnico ou por despreparo
do(a) profissional.
ADVERTÊNCIA
MULTA
CENSURA PÚBLICA
SUSPENSÃO OU CASSAÇÃO DO EXERCÍCIO
PROFISSIONAL (COM O AD REFERENDUM DO CFP).
Além dos princípios elencados, são listadas 72 condutas que devem ser observadas pelo(a)
psicólogo(a) no exercício profissional. Você deve ter o cuidado de ler e refletir sobre as
orientações contidas nesse documento.
DICA
Recomendamos que o código de ética profissional seja lido várias vezes durante o curso e
consultado com frequência no decorrer da prática da profissão. Obviamente, a simples leitura não
vai diminuir condutas antiéticas, mas é o primeiro passo para suscitar reflexões que possam se
materializar em ações éticas.
Das 72 condutas, vamos encontrar nos artigos 1º, 2º e 18º orientações mais específicas no
âmbito da avaliação psicológica.
No artigo 1º, vamos nos deparar com os deveres do(a) profissional da Psicologia. Aqui, no que se
refere à avaliação psicológica — e em concordância com a cartilha de Avaliação Psicológica
(CFP, 2013) — devemos destacar:
Realizar apenas testes psicológicos com parecer favorável do CFP e para os quais se
encontre qualificado(a).
O uso dos testes psicológicos é privativo do(a) psicólogo(a). Existem diversos tipos de testes que
podem ser utilizados por diferentes profissionais, como pediatras, psicopedagogos, pedagogos,
entre outros. No entanto, os testes psicológicos só podem ser usados e adquiridos pelo(a)
profissional psicólogo(a).
Com o código de ética profissional em mãos, leia, no Artigo 2º, as alíneas que destacamos e
comentamos a seguir. Elas se referem ao que é vedado na prática da profissão do(a)
psicólogo(a):
ALÍNEA G
Todo documento produzido decorrente da prestação de serviços da Psicologia deve ser
confeccionado de acordo com a Resolução CFP 06/2019 ou a que venha substituí-la. São
previstos nessa Resolução os modelos e as normas para a elaboração de Declaração; Atestado
psicológico; Relatório psicológico e multiprofissional; Laudo psicológico; Parecer psicológico. O
laudo psicológico e o atestado psicológico, em circunstâncias diferentes, consistem em
documentos decorrentes da avaliação psicológica.
ALÍNEA H
O documento de referência para o uso de um teste psicológico é o seu manual técnico. Do
momento da aplicação até a análise dos resultados, necessariamente, as normas e
padronizações adotadas no manual devem ser seguidas à risca e não cabem adequações ou
modificações.
ALÍNEA K
Agir com o princípio da imparcialidade (atuar com isenção, sem beneficiar ninguém, e agir
apenas com técnica e ética).
ALÍNEA Q
Agir de forma que exponha as pessoas fere os princípios fundamentais.
O Artigo 18 do Código de Ética da Psicologia adverte que não se deve divulgar, ensinar, ceder,
emprestar ou vender os instrumentos e as técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o
exercício ilegal da profissão. Tampouco ensinar uma pessoa (nem mesmo um membro da família)
a burlar o processo de avaliação psicológica ou ensiná-la a fazer um teste psicológico em
nenhuma circunstância.
RESPOSTA
O psicólogo e a psicóloga não deveriam ser influenciados em suas tomadas de decisão por
valores pessoais e preconceitos, pois a tomada de decisão deve ser respaldada por evidências
científicas.
Na entrevista devolutiva, deve-se usar uma linguagem clara e adequada ao receptor. É preciso
evitar fornecer resultados em forma de respostas certas, erradas ou esperadas, mas respeitar o
direito de cada pessoa conhecer os resultados da avaliação ao qual foi submetida (VILLEMOR-
AMARAL; RESENDE, 2018). As informações prestadas devem oferecer explicações
interpretativas apropriadas, subsidiadas por evidências científicas, demandas apresentadas e
encaminhamentos necessários.
O sigilo das informações obtidas deve ser observado quando não implicar o risco de vida da
pessoa. No entanto, a quebra de sigilo pode se justificar, por exemplo, quando uma criança é
vítima de abuso ou uma pessoa idosa sofre maus tratos.
ATENÇÃO
Os testes psicológicos, cadernos, itens, outros elementos e manuais técnicos não podem
ser xerocados ou digitalizados em hipótese alguma: nem para serem usados
profissionalmente ou no processo de ensino-aprendizagem, nem para serem compartilhados na
Internet. Compartilhar esses materiais, além de infração ética, implica menos segurança para a
população e mais vulnerabilidade aos profissionais. Aplica-se o mesmo raciocínio aos trabalhos
científicos que versem sobre a avaliação psicológica e o uso de testes.
Lembre-se que não devemos facilitar o exercício ilegal da profissão ou dar subsídios para que
uma pessoa burle o processo de avaliação psicológica, pois isso representa risco para a
população, além de prejudicar a imagem da Psicologia na sociedade.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
DEFINIÇÕES CONSTITUTIVAS E
OPERACIONAIS E OS CONSTRUTOS DE
DIFÍCIL MENSURAÇÃO
Medir (mensurar) faz parte da condição humana. Desde tempos remotos, estimar a duração dos
dias e das noites, e o período de cada estação do ano levou, gradualmente, ao desenvolvimento
de instrumentos de aferição do tempo. Medimos por necessidade e não por capricho. Bússola,
régua, relógio, microscópio, telescópio, entre outros objetos, foram criados com o objetivo de
medir e ampliar a compreensão e o domínio sobre os eventos que ocorrem à nossa volta.
Quanto mais uma medida é exata, usada em um dado campo do conhecimento, mais
desenvolvida será a ciência decorrente desse campo (ERTHAL, 2009). A partir do século XIX,
observa-se essa exigência para a Psicologia. Por meio da medida, a Psicologia poderia ampliar
o seu domínio sobre os seus objetos de conhecimento.
SAIBA MAIS
A resposta para essa pergunta não é trivial ou simples. Na verdade, buscamos respondê-la desde
o século XIX. Basicamente, para medir, a Psicologia precisa refletir sobre algumas questões:
O que é medir?
RESPOSTA
Na primeira pergunta, “todos os itens são instrumentos de medida”; na segunda, “cada item tem
uma escala diferente de medida”.
O relógio possui um complexo mecanismo para medir o tempo, que vai manter, segundo após
segundo, a precisão da medida. De que adiantaria um relógio que atrasa? Qual seria a
consequência disso? Erros de medida acarretam consequências normalmente indesejáveis.
Lembre-se do termo precisão (fidedignidade) e desse exemplo do relógio, porque vamos usá-los
quando o assunto for “testes psicológicos”.
Erros de calibração (por exemplo, o atraso do relógio) não são interessantes nos instrumentos
de medida. Mas será que os testes psicológicos também precisam de calibração? Não vamos
responder a isso agora, mas tenha em mente que estamos usando a metáfora do relógio para
compreender os testes psicológicos.
EXEMPLO
Uma balança ou um termômetro são instrumentos de medida do nosso cotidiano. Devem ser
precisos, pois atendem a uma necessidade: pesar os legumes no mercado, para pagarmos o
justo valor pelo que estamos levando para casa; medir a temperatura de uma criança com febre,
para controlarmos a situação ou nos certificarmos da gravidade do caso.
Nesses exemplos, ansiamos por precisão e segurança. Mas será que um teste psicológico
consegue ser assim preciso, ou seja, fidedigno? A Psicologia consegue medir com segurança
como um relógio ou um termômetro? Vamos avançar e refletir sobre essas questões.
Unidade da medida é outro conceito importante. O agrupamento de segundos forma minutos que,
agrupados, formam horas, que, por sua vez, formam dias. O tempo pode ser definido como um
período contínuo no qual os eventos se sucedem. Isso nos dá a dimensão do que é passado,
presente e futuro. Eis um exemplo de uma escala de medida!
APLICAÇÃO DO RACIOCÍNIO
Voltemos ao nosso exemplo: o relógio é um instrumento que nos permite medir o tempo, que
representa o atributo medido utilizando um período contínuo no qual os eventos se sucedem e
expressando o resultado em segundos, minutos horas etc. (símbolos que representam a unidade
de medida utilizada no processo de medição). Assim, nesse exemplo, os segundos configuram
uma grandeza de base para medir o tempo. Do segundo até o milênio são formas de medir o
tempo em uma escala, ou seja, em uma ordem de grandeza: do menor (segundo) para o maior
(milênio).
AMPLIAÇÃO DO RACIOCÍNIO
Analisemos o exemplo de um teste psicológico de personalidade:
Segundo Erthal (2009, p. 21), podemos entender mensuração como "(...) o processo de atribuir
símbolos a objetos seguindo regras (...)."
SÍMBOLO
OBJETO
Elemento para o qual a mensuração se dirige.
ATRIBUTO
INSTRUMENTO
5
REGRAS
SITUAÇÃO-PADRÃO
Diz respeito ao controle de variáveis que podem interferir no resultado da mensuração, ou seja, a
medida.
No caso dos exemplos citados anteriormente, as distâncias entre as unidades de medida são
iguais, ou seja, a distância entre 1 centímetro e 2 centímetros é a mesma que entre 2 centímetros
e 3 centímetros, isto é, 1 centímetro. Aplica-se o mesmo raciocínio para variações em segundos,
anos, milênios ou graus Celsius. Mais adiante, vamos observar que a Psicologia não nos permite
raciocínio tão linear.
ORDINAL
INTERVALAR
RAZÃO
Tais escalas variam nas operações empíricas. O nível mais refinado e preciso é a escala de
razão. A escala menos refinada é a nominal. A escala de razão é utilizada para mensurar
fenômenos físicos como peso, distância e até mesmo o tempo.
SAIBA MAIS
A Psicologia ainda não consegue operar num nível de sofisticação e segurança pela natureza dos
seus objetos de investigação (fenômenos psicológicos). Em função da impossibilidade de
estabelecermos medidas na escala de razão em Psicologia, o padrão de escala que usamos
para medir é, tipicamente, ordinal, nominal e, com ressalvas, intervalar.
AS MEDIÇÕES E OS INSTRUMENTOS DE
MEDIDA NA PSICOLOGIA
O especialista Roberto Sena discorre sobre as particularidades das medições e os instrumentos
de medida na Psicologia, destacando porque na psicologia não utilizamos a escala de
razão/proporção.
CONSTRUTOS PSICOLÓGICOS
Observamos que nas ciências exatas, tais como a Matemática e a Física, a ideia de medir é
relativamente simples. A Psicologia, normalmente, mensura variáveis psicológicas que não são
observáveis, como acontece com as variáveis físicas (peso, altura, tempo).
CONSTRUTOS
A Psicologia é plural, com múltiplas teorias e sistemas teóricos. Se nos perguntarmos, por
exemplo, o que é personalidade, teremos as respostas mais variadas.
SAIBA MAIS
Para medir na Psicologia, precisamos considerar que duas definições são exigidas: a constitutiva
e a operacional.
Definição constitutiva
É necessária, principalmente, quando temos um construto definido por meio de outros que
existam em uma teoria. É o caso da inteligência, por exemplo, que pode ser medida por meio de
outros construtos, como o raciocínio, a memória, a velocidade de processamento, a percepção
visual etc. Essa definição descreve o construto a partir da teoria que o embasa. Ou seja, a
definição constitutiva vai descrever, categorizar e definir, cuidadosamente, o construto,
apresentando uma perspectiva teórica.
Definição operacional
Demonstra como medir, ou seja, as operações concretas, os itens do teste. São as situações-
estímulo que o avaliando deve responder. A definição operacional explica um conceito unicamente
em termos dos procedimentos observáveis usados para produzi-lo e mensurá-lo
(SHAUGHNNESSY; ZECHMEISTER, 2012).
Construtos psicológicos
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
COMENTÁRIOS DO ARTIGO 1º
Processo estruturado é o planejamento, com início, meio e fim. A avaliação pode ser conduzida
de forma semiestruturada, desenvolvendo-se uma avaliação inteiramente colaborativa com algum
tipo de intervenção durante as etapas. Seu objetivo é beneficiar a pessoa avaliada e implicá-la,
positivamente, durante o caminho.
SAIBA MAIS
Anamnese ou outros protocolos de entrevista;
Melhorar o enquadramento delimitando a demanda no contexto da avaliação;
Análise do conteúdo das entrevistas;
Seleção de estratégias e administração dos instrumentos, conforme a necessidade (optativo);
Correção e análise dos resultados (caso os testes tenham sido aplicados);
Considerar as fontes complementares (optativo);
Entrevista devolutiva.
EXEMPLO
Exemplos de variáveis que exercem influência nos fenômenos psicológicos: clima (sol, chuva,
verão, inverno etc.); estilos parentais (dinâmica, manifestações dos pais a seus filhos);
homeostase (fome, sede); sexo; ocorrências do meio; cultura; sociedade; política; eventos no
período gestacional; condições socioeconômicas; aspectos do desenvolvimento etc.
SAIBA MAIS
O Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (Satepsi) foi criado pelo Conselho Federal de
Psicologia com o objetivo de avaliar a qualidade dos testes psicológicos e divulgar informações
dos instrumentos de avaliação aos(as) psicólogos(as) (REPPOLD; NORONHA, 2018). Essa
iniciativa foi importante para o Brasil em razão da baixa qualidade de vários dos testes
psicológicos utilizados profissionalmente antes do sistema começar a funcionar no ano de 2003.
SATEPSI
O Satepsi é reconhecido por órgãos internacionais como uma plataforma pioneira na certificação
de instrumentos psicológicos. O Sistema é operacionalizado por uma Comissão Consultiva de
Avaliação Psicológica (CCAP) do Conselho Federal de Psicologia, formada por psicólogos com
experiência e produção científica na área.
OBSERVAÇÕES
São úteis, pois permitem avaliar o que a pessoa faz, como interage e se comporta, mas podem
ser difíceis de interpretar e não são representativas de todos os comportamentos de uma pessoa.
Há risco da tendenciosidade do observador (interpretar a observação erroneamente em função
de diversos fatores) e reatividade da pessoa observada (mudar o comportamento quando estiver
ciente de que é observada/avaliada).
ENTREVISTAS
Podem propiciar uma sondagem profunda da pessoa. Existe sempre o risco de tendenciosidade
do entrevistador e de reatividade e subterfúgios do respondente. As entrevistas consomem muito
tempo.
TESTES PSICOLÓGICOS
Em geral, existem vantagens e desvantagens em cada uma das fontes fundamentais, incluindo o
teste. O uso das observações, entrevistas e testagens no mesmo processo mitiga (diminui) a
possibilidade de equívocos na avaliação psicológica.
Existem também as fontes complementares de informação. Elas podem ser importantes para
ampliarmos o nosso entendimento sobre a pessoa avaliada em determinados contextos.
FONTES COMPLEMENTARES
Trata-se de fontes auxiliares que podem adicionar dados valiosos ao processo avaliativo.
ATENÇÃO
PSICOMETRIA E OS CONSTRUTOS DE
DIFÍCIL MENSURAÇÃO
Antes de seguirmos nosso estudo, cabe rememorar o que vimos até aqui...
ESCLARECEMOS
Que nós psicólogos e psicólogas não somos meramente “testólogos”, pois a “medida
desempenha um papel fundamental na investigação científica, mas não é um fim em si mesma”
(Erthal, 2009. p. 24). O teste psicológico é uma das fontes fundamentais de informação, mas não
a única.
COMPREENDEMOS
DESCREVEMOS
IDENTIFICAMOS
EXAMINAMOS
O que é medir, o que é um instrumento de medida e suas características, o que é uma escala de
medida e os níveis de mensuração.
Um teste psicológico tem por objetivo identificar, descrever, qualificar e mensurar características
psicológicas, por meio de procedimentos sistemáticos de observação e descrição do
comportamento humano, nas suas diversas formas de expressão, acordados pela comunidade
científica.
Muitas teorias propõem resolver os problemas da medida em Psicologia: a teoria clássica dos
testes, as escalas de medidas, a teoria da medida conjunta e os modelos de variáveis latentes,
abordagens que chamamos de psicometria (FILHO, 2014).
O ponto fundamental de cada perspectiva é definir as regras pelas quais podemos atribuir os
números para medir os fenômenos psicológicos.
RELEMBRANDO
Lembre-se que por regras entendemos os procedimentos que vamos adotar, para que os
números (símbolo) possam representar os atributos dos objetos.
Não podemos cair no risco de inventar qualquer tipo de regra, não é mesmo?
Assim, a psicometria pode ser entendida como um campo transdisciplinar da Psicologia que
usa alguns pressupostos da Matemática, da Estatística e da Epistemologia para demonstrar
como as respostas dadas às tarefas (itens) dos testes psicológicos representam a variável que
se pretende mensurar.
QUALIDADES PSICOMÉTRICAS DE UM
TESTE
Exemplo: Um teste que evidencia que uma pessoa tem traços de introversão mais significativos
do que de extroversão não pode ter flutuabilidade no resultado, quando comparado com outro
momento de aplicação, após um tempo, do mesmo teste na mesma pessoa. Espera-se que
traços sejam relativamente estáveis em uma mesma pessoa. Existem outras formas de se buscar
evidências de confiabilidade do teste, por exemplo: fidedignidade do avaliador (dois avaliadores
diferentes avaliam o mesmo teste); método das metades (dividir o teste em duas partes com
similaridade dos itens e buscar a correlação entre os escores das duas metades); medidas de
consistência interna por meio de procedimentos estatísticos. Neste tópico, não pretendemos dar
conta de todo o conteúdo, pois isso fugiria do objetivo do material.
EVIDÊNCIAS DE VALIDADE
Também reconhecidas como uma das qualidades psicométricas dos testes, as evidências de
validade referem-se ao grau de subsídios que elas podem fornecer para a interpretação dos
escores do teste. Um ponto de atenção: a validade não se refere ao teste em si, mas é uma
propriedade dos escores do teste. Observa-se que não se trata de algo dicotômico, ou seja, ter
ou não ter, mas da quantidade e qualidade das evidências demonstradas.
Existem diversas formas de se buscar evidências de validade dos escores do teste. Tipicamente,
usamos premissas da estatística, análise de conteúdo, análises empíricas e lógicas para buscar
evidências de validade. Dessa forma, podemos trabalhar com tipos de validade diferentes
dependendo dos objetivos do teste e do construto avaliado. Por exemplo, temos a validade de
conteúdo, a validade preditiva, a validade de diagnóstico, entre outras. A validade de conteúdo
verifica se os itens do teste estão adequados ao público-alvo. Uma afirmativa em um teste de
personalidade ou um problema prático em um teste de inteligência estão adequados à
escolaridade do público-alvo? A validade de conteúdo também considera se os itens do teste são
representativos da teoria que o embasa e se trazem uma amostra representativa dos
comportamentos que se quer avaliar. Para analisar a validade de conteúdo podemos consultar
juízes ou profissionais espertos na teoria e no construto. Uma outra forma de avaliar a validade de
um teste consiste em verificar a sua estrutura interna: observando as correlações (trabalho
estatístico) entre os itens que avaliam um determinado construto e as correlações entre subtestes
que avaliam construtos diferentes, verifica-se o quanto os itens do teste estão em acordo com o
construto que é avaliado.
Exemplo: No caso da Bateria Fatorial de Personalidade com 126 itens é observado que existem
cinco grandes fatores pela análise fatorial. Este resultado é coerente com a teoria utilizada como
base na elaboração do teste, demonstrando que o mesmo apresenta uma adequada validade.
Um fator é formado por itens que guardam relação entre si, e os fatores podem apresentar
relação com outros fatores.
NORMAS
Trata-se da forma de interpretar os escores da pessoa avaliada nos testes psicológicos. A
normatização refere-se à uniformidade na interpretação dos escores que os indivíduos recebem
no teste. É por meio das normas que conseguimos atribuir significado aos escores obtidos pela
pessoa avaliada. As normas funcionam como um referencial, pois são elaboradas a partir de uma
amostra que é representativa da população. Em resumo, as normas nos propiciam um padrão de
comparação entre os escores da pessoa avaliada e a amostra normativa. Em relação à amostra
normativa, podemos considerar: idade, escolaridade, período do desenvolvimento etc.
Exemplo: Considere um teste de inteligência com 24 itens. A pessoa avaliada acertou 10 deles.
O que isso significa? Nada. Sem a amostra normativa não podemos inferir nada sobre esse
escore bruto (escore bruto refere-se às respostas dadas pela pessoa avaliada antes de
passarem por um trabalho estatístico). Tipicamente, o escore bruto é transformado em um escore
padronizado de acordo com o manual técnico do teste, para que possamos comparar com outras
pessoas da população de referência, seja por idade, escolaridade, gênero etc. Assim, após essa
transformação do escore bruto, podemos inferir que esses 10 acertos estão abaixo da média, na
média ou acima da média da população de referência.
PADRONIZAÇÃO
A padronização reflete a uniformidade dos procedimentos para utilização do teste: ambiente de
aplicação, material, aplicador, instruções, correção e interpretação do instrumento. Um teste
psicológico é um instrumento padronizado e isso implica seguir de forma criteriosa o manual
técnico do instrumento. Desde a recepção da pessoa avaliada até a interpretação dos escores,
devemos seguir o manual. Isso é garantia de equidade (justiça e imparcialidade) para todas as
pessoas que se submetem ao teste em diversos contextos, pois serão avaliadas da mesma
forma. Essa ideia resume o que é a padronização do instrumento.
Assim como a adaptação precisa seguir um rigor técnico, a padronização dos instrumentos
também requer uniformizar conceitos, parâmetros e medidas que postulem a confiabilidade do
instrumento. A padronização deve ser seguida nos artigos e nas pesquisas científicas de
mestrado e doutorado, por exemplo.
O especialista Roberto Sena faz uma reflexão sobre as características psicométricas dos testes
psicológicos, definindo e apresentando exemplos de fidedignidade, validade, normas e
padronização.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 4
RESPOSTA
Axioma é uma ideia, uma premissa ou uma proposição aceita como verdade. É a base de um
sistema dedutivo formal como a matemática. É evidentemente verdadeiro e tão óbvio que não
precisa ser provado. Axioma também pode ser um consenso inicial de determinado campo de
conhecimento. Trata-se da base para a construção de outras “verdades”, ou melhor, de outros
“paradigmas”.
Matemática
Determina as regras para a manipulação dos símbolos, por exemplo, o número. Trata-se de um
sistema dedutivo. A matemática nos empresta sua linguagem, que é universal, para possibilitar os
subsídios epistemológicos/filosóficos, a fim de que a mensuração aconteça.
Mensuração
AXIOMA DE IDENTIDADE
AXIOMA DE ORDEM
AXIOMA DE ADITIVIDADE
AXIOMA DE IDENTIDADE
Postulados: A = A e A ≠ B
AXIOMA DE ORDEM
Refere-se à magnitude do número, ou seja, sua grandeza. Por exemplo, 2 é maior do que 1,
quando assim determinar a escala. Ou 2 é igual a 2.
AXIOMA DE ADITIVIDADE
O axioma de aditividade, aquele que a Psicologia não consegue demonstrar, expressa a ideia de
que qualquer grandeza somada pode produzir grandezas maiores e proporcionais às magnitudes
originais. Bem, nesse caso, esse é um problema para a Psicologia, pois precisamos estar em
uma escala que tenha um zero. E não temos zero de personalidade ou zero de inteligência.
Pegue uma régua, dessas que usamos na escola. Observe a proporcionalidade entre as
unidades da medida em centímetros. Lembre-se e tome nota: “existe igualdade de proporções
entre os pontos da medida”.
A metade de 24 é 12
12 ÷ 4 = 3
3 X 8 = 24
Existem outras premissas sobre a aditividade, mas, por hora, para nossa finalidade, esses
exemplos são suficientes.
Postulados:
A+ B = B +A
Ou A + B + C = (A + B) + C
Ou A + B + C = A + (B + C)
AXIOMA DE ADITIVIDADE NA PSICOLOGIA
Qual a razão de a Psicologia não conseguir demonstrar a aditividade quando usa o número como
símbolo? Vamos supor que estamos aplicando um teste de inteligência que tenha 24 itens, ou
seja, 24 desafios que o respondente deve solucionar e encontrar a resposta certa:
A pessoa que acertar 12 itens, então, demonstrará inteligência média, ou seja, um nível de
inteligência comum à maioria das pessoas (a metade da inteligência da pessoa que
acertou 24 itens).
A pessoa que acertar 6 itens, por essa lógica, terá a metade da inteligência de quem
acertou 12, ou seja, uma inteligência muito inferior à média, principalmente quando
comparada com a pessoa que acertar os 24 itens.
ATENÇÃO
Aplicado à Psicologia, esse raciocínio estaria “enormemente” errado. Não temos aditividade em
nossa escala.
Por exemplo, os 12 acertos, em Psicologia, podem ser iguais aos 6 acertos. Nesse caso, 12 = 6.
E, entre 6 e 12 acertos, todos estariam na média. Não existe igualdade de proporções entre os
pontos da medida.
O que define o nível da medida não é o axioma do número, mas as características do atributo
investigado.
Considerando os construtos psicológicos, por exemplo, não podemos admitir que uma pessoa
tem o dobro de inteligência de outra, mesmo acertando o dobro de itens no teste. Diferente seria
dizer que uma pessoa gastou 10 minutos e outra 5 minutos para fazer o teste com 24 itens,
acertando a mesma quantidade de itens.
O tempo para fazer o teste pode ser mensurado em uma escala de razão e, assim, podemos falar
no dobro do tempo, mas na investigação do construto apenas comparamos os escores e
atribuímos um valor de maior ou menor em função de um ponto central de referência, por exemplo,
em uma escala que use percentil (porcentagem).
COMENTÁRIO
Na Psicologia, o resultado de uma avaliação não é uma medida direta da característica do objeto
e sim uma representação contextualizada da mesma. Sem dúvida, mesmo com essa suposta
dificuldade da aditividade, os testes psicológicos representam um avanço científico, trazem
objetividade ao processo de avaliação, permitem investigar a eficácia de intervenções na área
psicológica, entre outras vantagens do uso da medida como um método de investigação em
Psicologia (PACICO apud HUTZ; BANDEIRA; TRENTINI, 2015).
Em nível de complexidade e refinamento (do maior para o menor), as escalas são: de razão,
intervalar, ordinal e nominal.
SAIBA MAIS
A escala, ou seja, o nível de mensuração mais refinado é aquele que consegue garantir os
postulados de identidade, ordem e aditividade. Nesses casos, as escalas de razão e intervalo.
Escala de razão
Nesta escala, o zero é natural. Trata-se da escala usada pelas ciências naturais e as chamadas
ciências duras: Química, Física, Matemática etc. Usa-se para medir o tempo, a distância, o peso
etc.
O número zero, na escala de razão, é o ponto de partida e representa ausência plena do atributo
medido.
Escala intervalar
As características da escala intervalar são as mesmas da escala de razão, mas o zero não é
natural, absoluto.
EXEMPLO
Por exemplo, o termômetro mensura em um nível intervalar, mas zero graus Celsius registra uma
certa quantidade do atributo medido. Perceba que o zero não representa ausência de fenômeno,
mas certa quantidade de atributo do objeto medido. Neste caso, a temperatura a 0° não significa
ausência de temperatura. Em ambas as escalas, de razão e intervalar, existe ordem e intervalos
regulares entre os valores.
Alguns testes de inteligência e personalidade, por exemplo, mensuram em uma escala intervalar,
mas isso gera uma discussão de bastante complexidade para a finalidade deste material.
Escala Ordinal
Muitas medidas em Psicologia trabalham com uma escala Likert (ou do tipo Likert), que mensura
em um nível ordinal que garante os axiomas de identidade e ordem.
SAIBA MAIS
Trata-se de uma escala que admite postular, de forma arbitrária, gradações entre fenômenos com
referência a alguma característica (atributo a ser medido). Ou seja, permite estabelecer uma
magnitude em que o número representa algo que é maior ou menor.
Trata-se de um exemplo de escala Likert. Considere que nosso objetivo é buscar o seu nível de
compreensão acerca do conteúdo. Poderíamos criar outros itens, similares a esse, buscando
verificar o seu nível de concordância de “Discordo totalmente” até “Concordo totalmente”, em que
“Concordo totalmente” pontuasse 5 pontos e “Discordo totalmente”, apenas 1 ponto.
Nesse caso, após o somatório de um conjunto de itens, o número permitiria identificar o quanto
você está compreendendo o conteúdo. Nos testes psicológicos, essa perspectiva fica mais
complexa, mas o exemplo é um ponto de partida.
Escala nominal
É a menos sofisticada, o nível mais simples de mensuração. Admite categorizar o objeto, por
exemplo, profissões, escolaridade, estado civil, orientação sexual, gênero. Permite dizer a
igualdade ou a dessemelhança do objeto. Resguarda apenas a identidade, pois o número é
usado apenas como um símbolo gráfico e não ordena os escores (maior, menor) como na escala
ordinal.
ATENÇÃO
A Psicologia utiliza as escalas ordinais e nominais com muita facilidade. Com algumas
controvérsias, também usa a escala intervalar, embora, nesse caso, apenas em certos modelos
estatísticos e com algumas discussões epistemológicas sobre a natureza do fenômeno
psicológico.
ANÁLISE FATORIAL
Na Psicologia, a análise fatorial é um dos procedimentos estatísticos mais utilizados na
construção de instrumentos psicológicos.
Analise as seguintes palavras: maçã, abacate, alface, tomate, pepino, ovos, cebola, cachorro,
abelha, hipopótamo, mariposa. Como agrupar e analisar a frequência com que as palavras
aparecem e associá-las a um conceito central? Podemos condensar essas diversas palavras em
um conjunto menor que vamos chamar de fatores: comida (fruta, verdura, legume); animais
(inseto, mamíferos) etc.
VOCÊ SABIA
Um teste psicológico embasado na teoria de personalidade dos cinco grandes fatores (1.
abertura a experiências; 2. conscienciosidade; 3. extroversão; 4. neuroticismo; 5. agradabilidade),
que utilize a escala Likert com itens que representem os atributos de cada fator e meça a
frequência de respostas a esses itens, busca evidências de que determinados padrões de
resposta de uma pessoa expressem a forma de pensar, sentir e agir do(a) respondente, ou seja,
os seus traços de personalidade.
Quantos itens são necessários em um teste? A resposta para essa pergunta não é simples, mas
vamos exemplificar que a bateria fatorial de personalidade (BFP) apresenta 126 itens. Veja,
então, que precisamos de uma amostra numerosa de itens para podermos chegar a alguma
informação relevante.
“V” é o escore verdadeiro (que desconhecemos, pois seria o próprio “T” se não houvesse o
erro da medida);
Toda medida tem erro. O erro da medida se deve a vieses da pessoa avaliada, eventos
ambientais aleatórios, defeitos do próprio teste, alguns erros desconhecidos ou aleatórios e uma
série de outros fatores.
A preocupação da TCT reside no resultado final dos escores, ou seja, na soma das respostas
dadas aos itens do teste que é expressa no escore total (T). Em um teste de inteligência de 24
itens, por exemplo, cada item acertado pontua com 1 e o item errado não pontua. Oito acertos
significaria um T = 8.
ATENÇÃO
Nesse caso, teríamos que descobrir o escore empírico que se traduz por V = 8 - E. Podemos
representar também por E = 8 - V, ou seja, a diferença é a própria definição do erro da medida na
TCT.
Por traços latentes não se entende apenas “construtos teóricos”, mas propensões da pessoa em
sentir, pensar e agir de determinada maneira e de forma estável diante dos estímulos.
O modelo das variáveis latentes postula que o fator psicológico é algo que pode existir em
quantidades e não apenas em qualidades distintas ou categóricas (HUTZ; BANDEIRA; TRENTINI,
2015). Trata-se do nível de habilidade da pessoa em relação à dificuldade do item. Em
determinados modelos, pode expressar a causa para o comportamento, ou seja, para o padrão
de respostas dadas ao(s) item(ns) de um teste.
Vamos pensar em uma questão: qual a principal vantagem da TRI em relação à TCT? Veja.
TCT
A TCT investiga as propriedades de um conjunto de itens que constituem o teste (em outras
palavras, o teste em si).
TRI
A TRI, com seu modelo de traço latente, busca analisar individualmente as propriedades dos
itens.
Outra vantagem da TRI sobre a TCT é a forma como a última calcula os índices de dificuldade
(taxas de acerto e de erro) e a discriminação (capacidade dos itens discriminarem a habilidade
do sujeito) que dependem, em essência, da amostra normativa com a qual os indicadores foram
calculados.
Além disso, a TRI tem modelos matemáticos para classificar os itens como fácil, moderado ou
difícil, bem como para estimar as habilidades do respondente diante de determinadas tarefas
(modelos muito avançados quando comparados com os da TCT). Isso implica outras alternativas
de análise que não se restringem apenas aos procedimentos de normatização.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nós, seres humanos, temos a tendência de observar e medir o mundo à nossa volta. Categorizar
o mundo em esquemas cognitivos é algo intrínseco ao nosso funcionamento. Aplicar o método
científico para sistematizar o conhecimento foi um caminho, digamos, natural para nossa espécie.
Não aconteceu de maneira diferente na história da Psicologia.
A Psicologia também busca medir o seu objeto de estudo, para que possamos nos aprimorar na
ciência e no exercício da profissão. A quantificação dos fenômenos permite fazer descrições mais
precisas e isso facilita o entendimento dos conceitos que estudamos. Como vimos, os testes
padronizados nos asseguram uniformidade na forma de avaliar e possibilitam abordar os
fenômenos psicológicos com menos ambiguidade e mais segurança.
PODCAST
Agora, o especialista Roberto Sena encerra o tema falando sobre algumas das principais ideias
trabalhadas ao longo do texto, destacando a importância dos principais cuidados éticos na
avaliação psicológica, da medição e dos instrumentos de medida na psicologia e suas
qualidades psicométricas e, finalmente, discorre sobre as particularidades da Teoria Clássica
dos Testes (TCT) e da Teoria de Resposta ao Item (TRI).
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BUENO, J. M. H.; PEIXOTO, Evandro Morais. Avaliação psicológica no Brasil e no mundo. In:
Psicologia: Ciência e Profissão [on-line], 2018, v. 38, nº spe.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução 006. Brasília: XVIII Plenário CFP (Gestão
2019/2022), 2019.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução 009. Brasília: XVII Plenário CFP (Gestão
2017/2019), 2018.
FIGUEIREDO FILHO, D. B.; SILVA JÚNIOR, J. A. da. Visão além do alcance: uma introdução à
análise fatorial. Opinião Pública [on-line], 2010, v. 16, nº 1.
HUTZ, C. S.; BANDEIRA, D. R.; TRENTINI, C. (Orgs.). Psicometria. Porto Alegre: Artmed, 2015.
STEVENS, S. S. On the theory of scales of measurement. In: American Association for the
Advancement of Science, Science, 1946, v. 103, nº 2.684.
ZAIA, P.; OLIVEIRA, K.; NAKANO, T. Análise dos processos éticos publicados no jornal do
Conselho Federal de Psicologia. In: Psicologia: Ciência e Profissão [on-line], 2018, v. 38, nº 1.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste conteúdo, leia os artigos:
Psicometria, de Luiz Pasquali, publicado na Rev Esc Enferm USP, 2009, v. 43, set., p. 992-
999 (Disponível no portal SciELO). O autor aborda os conceitos básicos dessa área do
conhecimento.
Visão além do alcance: uma introdução à análise fatorial, de Dalson Brito Figueiredo Filho
e José Alexandre da Silva Júnior, publicado na Opin. Pública, jun. 2019, v. 16, n. 1
(Disponível no portal SciELO). Os autores explicam como investigar fenômenos que não
podem ser diretamente observados.