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Aula

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PSICOLOGIA – MPU - 2018
Professor Alyson Barros


Ética 3
Bioética 7
Princípios da Bioética 11
Código de Ética: Resolução CFP Nº 010/05 12
Laudos, pareceres e relatórios psicológicos, estudo de caso, informação e avaliação
psicológica. 22
Informe Psicológico 22
Estudo de Caso 23
A Resolução CFP nº 007/2003 24
Documentos psicológicos e avaliação psicológica 33
Questões 36
Questões Comentadas e Gabaritadas 50

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Ética
Profissões que lidam com pessoas e, principalmente, que dependem de
sua própria conduta para alcançarem os resultados esperados necessitam de um
código de ética que seja robusto e, ao mesmo tempo, aplicável. Esse código de
ética deve cobrir conflitos e deve ter diretrizes para a conduta adequada em caso
de dúvida pelo profissional e de dissídio por parte do usuário do serviço
ofertado. Esse código de ética, além disso, deve fornecer pressupostos e
conceitos sobre os quais estabelece sua relação de preceitos fundamentais e
sobre os quais todos os profissionais de determinada carreira devem assentar sua
atuação. O Código de Ética será a condensação das reflexões constantes do ser
humano, como sujeito de mudanças, e por outro lado, a cristalização de normas
e condutas comportamentais do agir, no nosso caso, psicológico. O nosso
código de ética, por exemplo, encarna uma concepção da profissão, do
profissional de psicologia dentro de um contexto social e político, e confere-lhe
um selo de identidade, é o código que confere seriedade ao psicólogo. Porém,
devemos lembrar que os Códigos de Ética fornecem diretrizes sobre alguns
tópicos de óbvia relevância para o exercício de cada profissão, mas não há
norma tão abrangente que possa fornecer diretrizes sobre tudo. A ética torna-
se, assim, em certos momentos, passível da interpretação e valores de cada um,
abrindo margem à bioética.
Enumerei, a seguir, alguns critérios básicos que todo Código de Ética
deve ter:
a) pressupostos éticos;
b) hierarquia de valores;
c) orientações para condutas adequadas;
d) limites de atuação; e
e) descrição de condutas puníveis.
Você será capaz de separar essas dimensões citadas no nosso código de
ética? Espero que, ao final da aula, sim.
A discussão ética pode levar a diferentes proposições, decorrentes
diretamente do código ou não. Podemos indagar, por exemplo, no contexto
clínico: o sujeito que se submete à psicoterapia tem quais garantias de está se
submetendo a um seu tratamento eficaz? Como saber se aquele psicólogo foi
treinado o suficiente ou é habilidoso para trabalhar com as técnicas de sua
abordagem? Até que ponto um psicólogo pode envolver outros profissionais na
defesa dos direitos humanos em um contexto prisional?
Esse é o tipo de indagação que deve ser feito para entendermos que a
questão de ética não vem só a regulamentar comportamentos notóriamente
nocivos dos profissionais (ética negativa – o que não deve ser feito), mas
também da atuação positiva do profissional.

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Além disso, sabemos que não é suficiente possuir um código adequado


teóricamente sem a devida divulgação, educação e fiscalização do mesmo. Em
função disso, alguns encontros de psicologia e ética chegam, inclusive, a sugerir
sistemas regulamentares para esse tipo de atuação. No entanto, destaco, que
pouco se avançou nisso nas últimas décadas. Além do ethos passado por cada
abordagem e o código de ética profissional, poucas são as referências que temos
para tal intento.
Aliás, devemos diferenciar a nossa terminologia utilizada aqui. O
verbete “ética” deriva de dois termos gregos e significa: aquilo que depende do
caráter. Assim, a primeira conclusão que temos é que a ética depende do foro
íntimo do indivíduo. Essa concepção é a mais utilizada atualmente pela grande
maioria dos estudiosos na área. Deve-se destacar que ética é diferente de moral
e de Ethos. A moral é uma coordenação consensual de conduta social pautada
na obediência a normas, tabus, costumes ou mandamentos culturais,
hierárquicos ou religiosos recebidos. O Ethos, por sua vez, significa hábito ou
costume entendido como a expressão de um comportamento. Para algumas
teorias (como algumas de origem S=R) o Ethos poderia ser definido como a
própria personalidade humana (padrão de respostas).
Você deve ter observado, então, que utilizamos inadequadamente o
termo “código de ética”, correto? Pois é, o certo seria: código moral. A ética,
que é um conjunto com áreas sobrepostas à moral, tende a ser mais individual
que a moral.
Existe pouco material objetivo disponível no mercado que fale claramente sobre
a postura ética do psicólogo na conduta profissional. Se você pesquisou,
provavelmente se deparou com expressões do tipo “a ética é inerente à natureza
humanista”, “o devir ético blá, blá” ou “é a ética que faz o profissional ver o seu
cliente como um ser de relação com o mundo”. Sabemos que os psicólogos são
responsáveis pelas consequências do seu trabalho e pelas suas possíveis
implicações éticas e, nesta linha são cada vez mais obrigados a uma
fundamentação científica, objetiva e pormenorizada na sua prática profissional.
Considerando a banca em questão e que você já sabe da importância de um
código de ética para regulamentar as condutas anteriormente descritas, me
aterei a uma perspectiva que julgo mais precisa para concursos.
Para uma postura dita “ética” existe um mini-roteiro que devemos
seguir para não influenciarmos negativamente o espaço alheio. Desse modo,
devemos reconhecer (ter uma metacognição) sobre:
a) nossos valores, crenças, preconceitos, julgamentos que afetam a
formulação de perguntas;
b) nossa construção de hipóteses;
c) do planejamento de intervenções;
d) limites de nossas competências profissionais e da suficiência dessas;
e) do suficiente nível de validade e fidedignidade dos testes que
utilizamos;
f) do impacto da intervenção e do contexto onde essa prática se insere.

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Esse conjunto de reconhecimentos acima descritos parte da noção que


constituímos uma ciência e uma profissão séria, e, além disso, a prática clínica é
um ato social e que não pode ser separado das questões sociais que o circundam.
O profissional precisa ter consciência do poder e da influência que exerce sobre
a vida do cliente, seja indivíduo, casal, família, grupo, instituição, empresa,
comunidade.
Vamos adentrar agora em um capítulo de livro de Rangé sobre a ética
na psicoterapia comportamental. Creio que seus pressupostos se ampliam a
quase totalidade das situações clínicas enfrentadas por outras abordagens
(apesar de se deter em críticas feitas especificamente a esse tipo de abordagem).
Segundo ele, existem casos em que não existe discussão, assim as aplicações
éticas são, digamos, obrigatórias. Dentre os exemplos citados podemos
destacar:
— abuso físico de crianças, em que o terapeuta é eticamente obrigado a relatar o
problema para a autoridade competente imediatamente após tomar conhecimento do
fato;
— abuso de pessoas idosas, acima de 65 anos de idade. Neste caso o abuso pode ser
físico ou mental e deve ser relatado dentro de 36 horas do ocorrido;
— casos em que o paciente declare que vai assassinar alguém, a obrigação ética do
terapeuta é de avisar a pessoa em perigo;
— casos de internação não voluntária, em que o terapeuta deve manter registro de
todas as interações com o paciente a fim de que, se for acusado de arbitrariedade, ele
possa apresentar os registros;
— situações de conduta sexual inadequada por parte do paciente, em que convites ou
sugestões ou tentativas de sedução estão presentes. Neste caso o terapeuta deve ter
muita sensibilidade e cuidado para lidar com a ação, tomando nota de todas as
interações ocorridas e ações por ele tomadas. É aconselhável que discuta o caso com
outro psicólogo, mantendo a identidade do paciente em sigilo. Às vezes é recomendado
que o paciente seja encaminhado para outro terapeuta. porém isto só deve ser feito após
uma tentativa de se resolver o problema, a fim de não caber a queixa de que o
terapeuta abandonou o paciente;
— casos de pacientes violentos ou agressivos, em que o terapeuta deve aprender
técnicas de restrição, não violentas, do paciente e atender estas pessoas somente quando
mais alguém estiver por perto. Não impedir que um paciente cometa uma violência ou
se machuque é tão antiético como uma ação violenta por parte do terapeuta; casos em
que o paciente morre e se torna a atenção do público. O terapeuta não pode falar com
jornalistas sobre a terapia de uma pessoa mesmo depois de morta.

Para esse autor, a ética deve respeitar o livre-arbítrio do paciente, visto


que nem sempre ele estará de acordo com os procedimentos adotados ou as
metas escolhidas. Na prática clínica isso ocorre com certa frequência e, quando
a negociação não surte o efeito desejado (por mais que o psicoterapeuta acredite
que é possível ir além nos resultados projetados), é do paciente o controle da
meta final. Assim, impor condutas terapêuticas consideradas desnecessárias ou
prolongar inadvertidamente o tempo da psicoterapia é considerado, para o

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autor, uma conduta anti-ética. Mesmo considerando que o conceito de livre-


arbítrio é uma ficção conceitual, o paciente não é passivo diante de seus
processos de escolha. Em verdade, o estímulo à autonomia que deve ser
conceito basilar em tal procedimento psicológico.
Outro ponto que esse autor discute é a escolha de objetivos e metas
terapêuticas: quem a faz? Bom, todo objetivo terapêutico é discutido com o
paciente e é ele, e somente ele, quem determina em que direção e o quanto ele
deseja mudar. “No caso de pessoas incapacitadas, como deficientes mentais e
psicóticos, tal decisão é tomada pelas pessoas responsáveis de comum acordo
com o terapeuta. Este pode até discordar e resolver que seus próprios princípios
não lhe permitem trabalhar para a concretização dos objetivos do paciente,
porém nunca ele poderá sobrepor seus próprios objetivos aos do cliente.”
Certamente, o psicólogo exerce influência sobre a escolha que o paciente faz
porque isto é parte intrínseca do processo psicoterápico, uma vez que raramente
a pessoa procura terapia sabendo com precisão qual o seu problema e para onde
ela quer caminhar. Desse modo, se estabelece um limite muito claro entre o
poder do psicoterapeuta na escolha das metas: cabe a ele abrir um leque de
opções para o indivíduo, auxiliando-o a produzir várias possibilidades de ação,
analisando as conseqüências positivas e negativas de cada uma e, então, aceitar a
decisão do paciente.
Por fim, Rangé sistematiza pontos de discussão para uma conduta ética
que apresento, resumidamente, abaixo:

1. No que se refere à atitude: Contrário ao que os críticos mencionam, o


terapeuta deve manter uma atitude cordial quanto ao paciente (porém não de
amigo pessoal), tendo em vista que ele é um ser humano semelhante a ele e que
qualquer superioridade técnica do terapeuta é algo muito específico que não
necessariamente transcende a relação terapêutica. O paciente pode ter inúmeras
áreas em que ele seja superior ao terapeuta. O terapeuta deve também ter uma
noção clara do seu sistema de valores e saber que, mesmo involuntariamente,
existe uma convergência dos valores do paciente para aqueles do terapeuta.
Portanto, ele deve manter uma atitude de grande respeito e tomar extremo
cuidado com a adequação, para o cliente, dos valores que ele está transmitindo.

2. Quanto ao terapeuta: Conhecimento teórico e prático de alto nível na área é


indispensável. O terapeuta recém-formado com as dúvidas normais do estágio
inicial da carreira, não deve hesitar em procurar uma supervisão que lhe dê
segurança no que está realizando. No que toca a aspectos pessoais, o terapeuta
deve estar emocionalmente bem para fazer um trabalho adequado. Ele precisa
pelo menos entender as contingências que o mantêm e ser capaz de identificar
suas áreas de dificuldades pessoais. É recomendado que ele faça terapia a fim de
entender como o processo terapêutico é vivenciado. Quando o terapeuta sentir
que seus problemas pessoais poderiam atrapalhar o tratamento de um paciente
ele deve encaminhá-lo. Do mesmo modo que ele também deve encaminhar o
paciente que tenha objetivos terapêuticos que contrariem os seus próprios

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valores a ponto de interferir na terapia.

3. Quanto ao estabelecimento de metas: As metas terapêuticas devem refletir


os valores e escolha do paciente. Cautela deve ser tomada para que os interesses
de outras pessoas envolvidas não sobrepujem os do paciente. É muito comum
que parentes (pais e cônjuges principalmente) tentem influenciar o terapeuta
quanto ao plano terapêutico. A não ser em casos de crianças, psicóticos,
excepcionais ou de outros pacientes considerados incapazes de se
autodeterminarem, o plano terapêutico deve sempre resultar de um esforço
comum da díade terapeuta-paciente, em que este tem primazia. Logicamente
compete ao terapeuta avaliar as metas desejadas pelo paciente e verificar se elas
são alcançáveis. Se o terapeuta não concordar, eticamente, com o planejado, ele
deve comunicar tal fato ao cliente. Caso não seja possível mudar as metas
inadequadas para outras mais compatíveis, o terapeuta deve encaminhar o caso
e dar ao paciente o direito de encontrar outro profissional que o possa auxiliar.
No caso de crianças, os pais ou responsáveis têm que ser incluídos, porém
cuidado deve ser tomado para que as metas terapêuticas não violem os direitos
da criança e beneficiem os adultos somente.

4. Quanto a técnicas e procedimentos escolhidos: Na escolha da técnica deve-


se considerar: (1) a eficácia da mesma. (2) se ela se baseia em princípios teóricos
estabelecidos, (3) a relação vantagens-desvantagens, (4) as implicações a longo
prazo, (5) a possibilidade de a mesma ser incorporada na rotina da pessoa, (6) a
coerência com as normas culturais e (7) a aceitação do paciente e do seu meio
ao uso da técnica.

5. Quanto ao resultado da terapia e à generalização: Todo caso clínico necessita


ser documentado e sistematicamente avaliado. Os resultados devem ser
analisados com base nos dados coletados no início do tratamento, durante o
registro de linha de base. Ao fim da terapia, essencial se torna rever a pasta do
cliente, discutir com ele as metas alcançadas e programar a generalização dos
efeitos para o dia-a-dia. Não basta que o terapeuta verifique só o progresso que
foi alcançado ao término da terapia pois a generalização não ocorre
automaticamente na maioria do casos. Ela deve ser programada ao mesmo
tempo que o terapeuta planeja a sua saída da vida do paciente.

Fonte: Rangé, 1998.

Bioética

A Bioética é uma ética aplicada, chamada também de “ética prática”,


que visa “dar conta” dos conflitos e controvérsias morais implicados pelas
práticas no âmbito das Ciências da Vida e da Saúde do ponto de vista de algum
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sistema de valores (chamado também de “ética”) (Schramm e Braz, 2012). É


uma área que envolve várias disciplinas e que atua sobre questões onde não
existe um consenso.
Essa visão articulada atua, na área da saúde, em questões como: aborto,
fertilização in vitro, eutanásia, clonagem, transgênicos, etc. Além disso, atua na
responsabilização moral dos pesquisadores e dos profissionais dessa área. A
intenção é de estabelecer padrões universais, estabelecidos após a discussão
criteriosa dos assuntos abordados, para uma sociedade mais justa e promotora
do bem estar social. A ciência não é vista como um ente isolado ou acima da
humanidade. Ao contrário, a ciência e a atuação profissional devem ser
norteados sempre por um bem maior.
Assim, não por coincidência, as diretrizes filosóficas dessa área
começaram a consolidar-se após a tragédia do holocausto da Segunda Guerra
Mundial, quando o mundo ocidental, chocado com as práticas abusivas de
médicos nazistas em nome da ciência, cria um código para limitar os estudos
relacionados. O progresso técnico deve ser controlado para acompanhar
a consciência da humanidade sobre os efeitos que eles podem ter no mundo e
na sociedade para que as novas descobertas e suas aplicações não fiquem sujeitas
a todo tipo de interesse.
Devo destacar que o nosso Sistema de Saúde (SUS) possui como
princípios fundamentais: Universalidade de cobertura, Igualdade de acesso e
Integralidade da assistência. Esses princípios permitem estabelecer as bases de
uma gestão socialmente aceitável e pautada pela bioética. Vai que sai isso no
MPU...
A seguir, apresento algumas definições do que vem a ser bioética
(Schramm e Braz, 2012):

“A bioética é o conjunto de conceitos, argumentos e normas que


valorizam e justificam eticamente os atos humanos que podem ter
efeitos irreversíveis sobre os fenômenos vitais” (Kottow, M., H., 1995.
Introducción a la Bioética. Chile: Editorial Universitaria, 1995: p.
53)

"Eu proponho o termo Bioética como forma de enfatizar os dois


componentes mais importantes para se atingir uma nova sabedoria,
que é tão desesperadamente necessária: conhecimento biológico e valores
humanos.” (Van Rensselaer Potter, Bioethics. Bridge to the future.
1971)

“Bioética é o estudo sistemático das dimensões morais - incluindo visão


moral, decisões, conduta e políticas - das ciências da vida e atenção à
saúde, utilizando uma variedade de metodologias éticas em um cenário
interdisciplinar”.(Reich WT. Encyclopedia of Bioethics. 2nd ed. New
York; MacMillan, 1995: XXI).

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Destaco, por fim, a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos


Humanos, do qual o Brasil é signatário. Essa declaração, de 2005, é um
instrumento normativo internacional, adotado pela UNESCO, que trata das
questões éticas suscitadas pela medicina, ciências da vida e tecnologias
associadas na sua aplicação aos seres humanos. Vamos ver, nessa declaração, os
artigos que nos interessam:

Artigo 1º Âmbito
1. A presente Declaração trata das questões de ética suscitadas pela
medicina, pelas ciências da vida e pelas tecnologias que lhes estão
associadas, aplicadas aos seres humanos, tendo em conta as suas
dimensões social, jurídica e ambiental.
2. A presente Declaração é dirigida aos Estados. Permite também, na
medida apropriada e pertinente, orientar as decisões ou práticas de
indivíduos, grupos, comunidades, instituições e empresas, públicas e
privadas.
Artigo 2º Objetivos
A presente Declaração tem os seguintes objetivos:
(a) proporcionar um enquadramento universal de princípios e
procedimentos que orientem os Estados na formulação da sua
legislação, das suas políticas ou de outros instrumentos em matéria de
bioética;
(b) orientar as ações de indivíduos, grupos, comunidades, instituições e
empresas, públicas e privadas;
(c) contribuir para o respeito pela dignidade humana e proteger os
direitos humanos, garantindo o respeito pela vida dos seres humanos e
as liberdades fundamentais, de modo compatível com o direito
internacional relativo aos direitos humanos;
(d) reconhecer a importância da liberdade de investigação científica e
dos benefícios decorrentes dos progressos da ciência e da tecnologia,
salientando ao mesmo tempo a necessidade de que essa investigação e
os consequentes progressos se insiram no quadro dos princípios éticos
enunciados na presente Declaração e respeitem a dignidade humana, os
direitos humanos e as liberdades fundamentais;
(e) fomentar um diálogo multidisciplinar e pluralista sobre as questões
da bioética entre todas as partes interessadas e no seio da sociedade em
geral;
(f) promover um acesso equitativo aos progressos da medicina, da
ciência e da tecnologia, bem como a mais ampla circulação possível e
uma partilha rápida dos conhecimentos relativos a tais progressos e o
acesso partilhado aos benefícios deles decorrentes, prestando uma
atenção particular às necessidades dos países em desenvolvimento;
(g) salvaguardar e defender os interesses das gerações presentes e
futuras;

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(h) sublinhar a importância da biodiversidade e da sua preservação


enquanto preocupação comum à humanidade.

Artigo 3º Dignidade humana e direitos humanos


1. A dignidade humana, os direitos humanos e as liberdades
fundamentais devem ser plenamente respeitados.
2. Os interesses e o bem-estar do indivíduo devem prevalecer sobre o
interesse exclusivo da ciência ou da sociedade.
Artigo 4º Efeitos benéficos e efeitos nocivos Na aplicação e no avanço
dos conhecimentos científicos, da prática médica e das tecnologias que
lhes estão associadas, devem ser maximizados os efeitos benéficos
directos e indiretos para os doentes, os participantes em investigações e
os outros indivíduos envolvidos, e deve ser minimizado qualquer efeito
nocivo susceptível de afetar esses indivíduos.

Artigo 14º Responsabilidade social e saúde


1. A promoção da saúde e do desenvolvimento social em benefício dos
respectivos povos é um objetivo fundamental dos governos que envolve
todos os sectores da sociedade.
2. Atendendo a que gozar da melhor saúde que se possa alcançar
constitui um dos direitos fundamentais de qualquer ser humano, sem
distinção de raça, religião, opções políticas e condição económica ou
social, o progresso da ciência e da tecnologia deve fomentar:
(a) o acesso a cuidados de saúde de qualidade e aos medicamentos
essenciais, nomeadamente no interesse da saúde das mulheres e das
crianças, porque a saúde é essencial à própria vida e deve ser
considerada um bem social e humano;
(b) o acesso a alimentação e água adequadas;
(c) a melhoria das condições de vida e do meio ambiente;
(d) a eliminação da marginalização e da exclusão, seja qual for o motivo
em que se baseiam;
(e) a redução da pobreza e do analfabetismo

Artigo 18º Tomada de decisões e tratamento das questões de bioética


1. O profissionalismo, a honestidade, a integridade e a transparência na
tomada de decisões, em particular a declaração de todo e qualquer
conflito de interesses e uma adequada partilha dos conhecimentos,
devem ser encorajados. Tudo deve ser feito para utilizar os melhores
conhecimentos científicos e as melhores metodologias disponíveis para
o tratamento e o exame periódico das questões de bioética.
2. Deve ser levado a cabo um diálogo regular entre as pessoas e os
profissionais envolvidos e também no seio da sociedade em geral.
3. Devem promover-se oportunidades de um debate público pluralista e
esclarecido, que permita a expressão de todas as opiniões pertinentes.
Artigo 19º Comités de ética

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Devem ser criados, encorajados e adequadamente apoiados comités de


ética independentes, multidisciplinares e pluralistas, com vista a:
(a) avaliar os problemas éticos, jurídicos, científicos e sociais relevantes
no que se refere aos projetos de investigação envolvendo seres
humanos;
(b) dar pareceres sobre os problemas éticos que se levantam em
contextos clínicos;
(c) avaliar os progressos científicos e tecnológicos, formular
recomendações e contribuir para a elaboração de princípios normativos
sobre as questões do âmbito da presente Declaração;
(d) promover o debate, a educação e bem assim a sensibilização e a
mobilização do público em matéria de bioética.
Fonte: http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001461/146180por.pdf

Princípios da Bioética
Os princípios são tipos de ação corretas ou obrigatórias que devem
servir para orientar a conduta humana. Esses princípios foram propostos
primeiro no Relatório Belmont (1978) para orientar as pesquisas com seres
humanos e, em 1979, Beauchamps e Childress, em sua obra Principles of
biomedical ethics, estenderam a utilização deles para a prática médica, ou seja,
para todos aqueles
que se ocupam da saúde das pessoas.
A seguir listo os princípios fundamentais da bioética:

I. Princípio da Beneficência/não maleficência


Esse princípio busca duas coisas ao mesmo tempo: o benefício
e o não malefício do paciente e da sociedade. Essa é a principal razão
do exercício das profissões que envolvem a saúde das pessoas.
Beneficência significa “fazer o bem”, e não maleficência significa “evitar
o mal”.
Na prática profissional do psicólogo, significa que o
profissional deve sempre reconhecer a dignidade da pessoa humana e
considerá-lo em sua totalidade para um melhor tratamento. Deve fazer
o melhor para o seu paciente, para restabelecer sua saúde, para prevenir
um agravo, ou para promover sua saúde.

II. Princípio da Autonomia


Esse princípio representa a capacidade de autodeterminação de
uma pessoa, ou seja, o quanto ela pode gerenciar sua própria vontade,
livre da influência de outras pessoas.

III. Princípio da Justiça

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Este princípio se refere à igualdade de tratamento e à justa


distribuição das verbas do Estado para a saúde, a pesquisa etc. É
preciso respeitar com imparcialidade o direito de cada um
A justiça está associada a um (sub)princípio, o da equidade,
que representa dar a cada pessoa o que lhe é devido segundo suas
necessidades, ou seja, incorpora-se a ideia de que as pessoas são
diferentes e que, portanto, também são diferentes as suas necessidades.

Código de Ética: Resolução CFP Nº 010/05


Vamos ao Código de Ética dos Psicólogos. Recomendo várias leituras
atenciosas e muito marcador de texto. Esse tópico está presente em quase 100%
dos concursos de psicologia. Sublinharei os pontos principais do texto e
colocarei minhas anotações em vermelho.

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO (Resolução


CFP n° 10/2005)
Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca
atender demandas sociais, norteado por elevados padrões técnicos e pela
existência de normas éticas que garantam a adequada relação de cada
profissional com seus pares e com a sociedade como um todo.
Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados
quanto às práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela
sociedade, procura fomentar a auto-reflexão exigida de cada indivíduo acerca da
sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e
suas conseqüências no exercício profissional. A missão primordial de um código
de ética profissional não é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim,
a de assegurar, dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticas
desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social
daquela categoria.
O código de ética prevê todas as situações em que deverá ser
aplicado? Não. Por isso constitui-se como princípios que
fundamentarão a conduta profissional.
Códigos de Ética expressam sempre uma concepção de homem e de
sociedade que determina a direção das relações entre os indivíduos. Traduzem-
se em princípios e normas que devem se pautar pelo respeito ao sujeito humano
e seus direitos fundamentais. Por constituir a expressão de valores universais,
tais como os constantes na Declaração Universal dos Direitos Humanos; sócio-
culturais, que refletem a realidade do país; e de valores que estruturam uma
profissão, um código de ética não pode ser visto como um conjunto fixo de
normas e imutável no tempo. As sociedades mudam, as profissões
transformam-se e isso exige, também, uma reflexão contínua sobre o próprio
código de ética que nos orienta.
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Dois pontos importantes: todo código de ética é


determinado historicamente e o nosso foi influenciado pela
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A formulação deste Código de Ética, o terceiro da profissão de
psicólogo no Brasil, responde ao contexto organizativo dos psicólogos, ao
momento do país e ao estágio de desenvolvimento da Psicologia enquanto
campo científico e profissional. Este Código de Ética dos Psicólogos é reflexo
da necessidade, sentida pela categoria e suas entidades representativas, de
atender à evolução do contexto institucional-legal do país, marcadamente a
partir da promulgação da denominada Constituição Cidadã, em 1988, e das
legislações dela decorrentes.
Consoante com a conjuntura democrática vigente, o presente Código
foi construído a partir de múltiplos espaços de discussão sobre a ética da
profissão, suas responsabilidades e compromissos com a promoção da
cidadania. O processo ocorreu ao longo de três anos, em todo o país, com a
participação direta dos psicólogos e aberto à sociedade.
Ô drama do CFP, essa é dispensável.
Este Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se
mais de um instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem
seguidas pelo psicólogo. Para tanto, na sua construção buscou-se:
Eis a lista dos pressupostos que nortearam a construção do
nosso código de ética que todo candidato deve saber.
a. Valorizar os princípios fundamentais como grandes eixos que devem
orientar a relação do psicólogo com a sociedade, a profissão, as entidades
profissionais e a ciência, pois esses eixos atravessam todas as práticas e estas
demandam uma contínua reflexão sobre o contexto social e institucional.
b. Abrir espaço para a discussão, pelo psicólogo, dos limites e
interseções relativos aos direitos individuais e coletivos, questão crucial para as
relações que estabelece com a sociedade, os colegas de profissão e os usuários ou
beneficiários dos seus serviços.
c. Contemplar a diversidade que configura o exercício da profissão e a
crescente inserção do psicólogo em contextos institucionais e em equipes
multiprofissionais.
d. Estimular reflexões que considerem a profissão como um todo e não
em suas práticas particulares, uma vez que os principais dilemas éticos não se
restringem a práticas específicas e surgem em quaisquer contextos de atuação.
Ao aprovar e divulgar o Código de Ética Profissional do Psicólogo, a
expectativa é de que ele seja um instrumento capaz de delinear para a sociedade
as responsabilidades e deveres do psicólogo, oferecer diretrizes para a sua
formação e balizar os julgamentos das suas ações, contribuindo para o
fortalecimento e ampliação do significado social da profissão.
Vou destacar as utopias os objetivos:
a) delinear para a sociedade as responsabilidades e
deveres do psicólogo
b) oferecer diretrizes para a sua formação

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c) balizar os julgamentos das suas ações


d) contribuir para o fortalecimento e ampliação do
significado social da profissão

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade,
da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores
que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das
pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas
de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Atente para a expressão “contribuirá para a eliminação”.
III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e
historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.
IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo
aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da
Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.
V. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da
população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços
e aos padrões éticos da profissão.
VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com
dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.
Aqui não tem escolha, em situações que o psicólogo presencie a
degradação da psicologia, deve agir obrigatoriamente.
VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e
os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-
se de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código.
Uma dica: decore o VII. Cai na literalidade na maioria das
bancas em que trabalhei,

DAS RESPONSABILIDADES DO PSICÓLOGO


Agora começa a parte boa!
Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:
a) Conhecer, divulgar, cumprir e fazer cumprir este Código;
b) Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para
as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente;
c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho
dignas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios,
conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência
psicológica, na ética e na legislação profissional;
A legislação profissional inclui não só a elaborada para os
profissionais de psicologia como a existente para o contexto de
trabalho do psicólogo (Exemplo, Código de Ética do Poder
Executivo para psicólogos servidores do poder executivo).

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d) Prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou


de emergência, sem visar benefício pessoal;
O que isso realmente significa na prática? Significa que o
psicólogo deve se apresentar para o trabalho em situações de
calamidade pública ou de emergência, mesmo que seja sem
remuneração. Esse preceito está de acordo com o humanismo
da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
e) Estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos
do usuário ou beneficiário de serviços de Psicologia;
Nada de preços ou condições exorbitantes.
f) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos,
informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo
profissional;
Esse “a quem de direito” é o usuário do serviço e/ou seu
responsável.
g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de
serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a
tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário;
h) Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a
partir da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que
solicitado, os documentos pertinentes ao bom termo do trabalho;
i) Zelar para que a comercialização, aquisição, doação, empréstimo,
guarda e forma de divulgação do material privativo do psicólogo sejam
feitas conforme os princípios deste Código;
j) Ter, para com o trabalho dos psicólogos e de outros profissionais,
respeito, consideração e solidariedade, e, quando solicitado, colaborar
com estes, salvo impedimento por motivo relevante;
k) Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos
justificáveis, não puderem ser continuados pelo profissional que os
assumiu inicialmente, fornecendo ao seu substituto as informações
necessárias à continuidade do trabalho;
l) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal
ou irregular da profissão, transgressões a princípios e diretrizes deste
Código ou da legislação profissional.

Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:


O Artigo 1° e o 2° devem ser relidos até a exaustão. Apesar de
parecerem longos, são de “bom senso” da prática profissional e
fáceis de serem identificados em qualquer prova.
a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão;
b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas,
religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito,
quando do exercício de suas funções profissionais;

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c) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas


psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de
violência;
d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou
favoreçam o exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer
outra atividade profissional;
e) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou
contravenções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços
profissionais;
f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de
atendimento psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não
estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão;
g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico científica;
h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas
psicológicas, adulterar seus resultados ou fazer declarações falsas;
i) Induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços;
j) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha
vínculo com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos
objetivos do serviço prestado;
k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus
vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a
qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da
avaliação;
l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando
benefício próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com
a qual mantenha qualquer tipo de vínculo profissional;
m) Prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo
que possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de
informações privilegiadas;
n) Prolongar, desnecessariamente, a prestação de serviços profissionais;
o) Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens
outras de qualquer espécie, além dos honorários contratados, assim como
intermediar transações financeiras;
p) Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de
serviços;
q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar
resultados de serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a
expor pessoas, grupos ou organizações.
Mas Alyson, não podemos realizar diagnóstico? Isso é culpa do
tal do Ato Médico? Não. Veja bem, não podemos realizar
diagnóstico que exponha pessoas, grupos ou organizações.

Art. 3º – O psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma


organização, considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as

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práticas nela vigentes e sua compatibilidade com os princípios e regras deste


Código.
Parágrafo único: Existindo incompatibilidade, cabe ao psicólogo recusar-se a
prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente.

Art. 4º – Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo:


a) Levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados e as
condições do usuário ou beneficiário;
b) Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o
comunicará ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser
realizado;
c) Assegurará a qualidade dos serviços oferecidos independentemente do
valor acordado.

Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações, garantirá


que:
a) As atividades de emergência não sejam interrompidas;
b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou beneficiários
dos serviços atingidos pela mesma.

Art. 6º – O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos:


a) Encaminhará a profissionais ou entidades habilitados e qualificados
demandas que extrapolem seu campo de atuação;
b) Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o
serviço prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações,
assinalando a responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.

Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que


estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes situações:
Olho no lance! Essas 4 condições são vitais para o seu
concurso!
a) A pedido do profissional responsável pelo serviço;
Não é a pedido do paciente se o serviço ainda estiver em curso.
b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço,
quando dará imediata ciência ao profissional;
Ocorre a intervenção, mas o psicólogo que intervir deve dar
imediata ciência ao profissional anterior de sua atuação. Sendo
assim, ele não pede autorização, mas comunica a atuação.
c) Quando informado expressamente, por qualquer uma das partes, da
interrupção voluntária e definitiva do serviço;
Quando informado pelo paciente ou por psicólogo anterior que
o vínculo de atendimento não existe mais.
d) Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer
parte da metodologia adotada.

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Art. 8º – Para realizar atendimento não eventual de criança, adolescente ou


interdito, o psicólogo deverá obter autorização de ao menos um de seus
responsáveis, observadas as determinações da legislação vigente:
Ao menos um dos responsáveis deverá autorizar o atendimento
de criança, adolescente ou interdito. Isso não significa que seja
necessariamente um dos pais. Pode ser a avó ou, como expresso
no parágrafo seguinte, o Juiz da Infância e Adolescência, por
exemplo.
§1° – No caso de não se apresentar um responsável legal, o atendimento deverá
ser efetuado e comunicado às autoridades competentes;
§2° – O psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos que se fizerem
necessários para garantir a proteção integral do atendido.

Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger,


por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou
organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.

Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências


decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais
deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá
decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.
Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o
psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias.

Art. 11 – Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar


informações, considerando o previsto neste Código.
E comunicará apenas o necessário.

Art. 12 – Nos documentos que embasam as atividades em equipe


multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias para
o cumprimento dos objetivos do trabalho.
Novamente, comunicará apenas o necessário.

Art. 13 – No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser


comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para se promoverem
medidas em seu benefício.
Novamente, comunicará apenas o necessário.

Art. 14 – A utilização de quaisquer meios de registro e observação da prática


psicológica obedecerá às normas deste Código e a legislação profissional
vigente, devendo o usuário ou beneficiário, desde o início, ser informado.

Art. 15 – Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer


motivos, ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais.

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§ 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar


todo o material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para posterior
utilização pelo psicólogo substituto.
§ 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo
responsável informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a
destinação dos arquivos confidenciais.

Art. 16 – O psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas


para a produção de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias:
a) Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela
divulgação dos resultados, com o objetivo de proteger as pessoas, grupos,
organizações e comunidades envolvidas;
b) Garantirá o caráter voluntário da participação dos envolvidos,
mediante consentimento livre e esclarecido, salvo nas situações previstas
em legislação específica e respeitando os princípios deste Código;
[desconheço legislação que preveja essas exceções].
c) Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organizações, salvo
interesse manifesto destes;
d) Garantirá o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos resultados
das pesquisas ou estudos, após seu encerramento, sempre que assim o
desejarem.

Art. 17 – Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar,


orientar e exigir dos estudantes a observância dos princípios e normas contidas
neste Código.

Art. 18 – O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a


leigos instrumentos e técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o
exercício ilegal da profissão.

Art. 19 – O psicólogo, ao participar de atividade em veículos de comunicação,


zelará para que as informações prestadas disseminem o conhecimento a respeito
das atribuições, da base científica e do papel social da profissão.

Art. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer


meios, individual ou coletivamente:
a) Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro;
b) Fará referência apenas a títulos ou qualificações profissionais que
possua;
c) Divulgará somente qualificações, atividades e recursos relativos a
técnicas e práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela
profissão;
d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;
e) Não fará previsão taxativa de resultados;
f) Não fará auto-promoção em detrimento de outros profissionais;

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g) Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras


categorias profissionais;
h) Não fará divulgação sensacionalista das atividades profissionais.

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 21 – As transgressões dos preceitos deste Código constituem infração


disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades, na forma dos dispositivos
legais ou regimentais:
a) Advertência;
b) Multa;
c) Censura pública;
d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad
referendum do Conselho Federal de Psicologia;
e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho
Federal de Psicologia.

Art. 22 – As dúvidas na observância deste Código e os casos omissos serão


resolvidos pelos Conselhos Regionais de Psicologia, ad referendum do
Conselho Federal de Psicologia.

Art. 23 – Competirá ao Conselho Federal de Psicologia firmar jurisprudência


quanto aos casos omissos e fazê-la incorporar a este Código.

Art. 24 – O presente Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de


Psicologia, por iniciativa própria ou da categoria, ouvidos os Conselhos
Regionais de Psicologia.

Leu todo o nosso código de ética? Leia de novo. O que tenho para te
falar não é animador: decore o código de ética. Você precisa saber das
definições aqui utilizadas. O código é pequeno, mesmo assim, devo fazer
algumas considerações esquematizadas para você não mais esquecer.
Pontos Principais

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Deveres Fundamentais
•  Atuar naquilo que é capacitado, com qualidade e seguindo princípios
fundamentais;
•  Atuar em situações de calamidade pública
•  Fornecer informações (transmitindo somente o que for necessário para a
tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário);
•  Encaminhar quando necessário
•  Representar contra exercício ilegal ou irregular da profissão,
transgressões a princípios e diretrizes deste Código ou da legislação
profissional.
Vedações
•  Praticar atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade ou opressão;
•  Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de
orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício
de suas funções profissionais; Induzir qualquer pessoa ou organização a
recorrer a seus serviços;
•  Ser cúmplice do exercício ilegal da profissão e de psicólogos com práticas
não reconhecidas;
•  Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico científica ou
interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas
psicológicas;
•  Estabelecer vínculos que prejudiquem a qualidade do trabalho (seja no
atendimento ou na avaliação) ou visar benefício próprio.

“Visar benefício próprio”. Quando a questão vier referindo-se ao nosso


código, observe se a situação apresentada sustenta algum caso que vise benefício
próprio (prolongamento das sessões, empréstimos pessoais, estipular o preço
após o início dos trabalhos, porcentagem recebida por encaminhamento, etc.).
Caso isso ocorra, ficará fácil identificar o erro inferido.
Para garantir que o psicólogo vá seguir os preceitos éticos explicitados,
a garantia que o próprio Código Oferece é a capacidade que nós temos de
recusar-nos a prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão
competente.
Além disso, podemos intervir no trabalho de outros profissionais nas
seguintes situações:
a) A pedido do outro profissional responsável pelo serviço;
b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário;
c) Quando o trabalho do outro profissional estiver encerrado;
d) Quando for a metodologia adotada.
Outro ponto importante é que, no atendimento de crianças,
adolescentes ou interditos, ao menos um dos responsáveis deverá autorizar o
atendimento. De que forma ocorre essa autorização? Bom, a legislação vigente
não fala nada específico sobre isso, e, como você deve saber, a autorização
verbal acaba sendo suficiente.

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O psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo apenas na situação em


que busque o menor prejuízo. E, mesmo assim, deverá apenas prestar as
informações estritamente necessárias (isso vale para a quase totalidade dos
processos de comunicação oficiais do psicólogo).
O que fazer com os arquivos confidenciais? Essa é fácil, atente para os
dois casos: em caso de demissão ou exoneração do psicólogo, seu material deve
ser passado para quem o vier a substituir ou deve lacrar o material para posterior
utilização; em caso de extinção do serviço de psicologia, o psicólogo informará a
extinção ao Conselho Regional de Psicologia, que ficará responsável pela
destinação do material.
Na hora de fazer propaganda, o psicólogo deve informar seu nome
completo, número de registro e CRP. Além disso:
a) Poderá divulgar qualificação profissional e qualificações,
atividades e recursos relativos a técnicas e práticas que estejam
reconhecidas ou regulamentadas pela profissão;
b) Não poderá divulgar o preço, divulgar expectativa de resultados
(de forma taxativa), se promover em detrimento de outros
profissionais e nem fará sensacionalismo sobre sua atividade
profissional.
E, por fim, a lista das penalidades aplicadas:
a) Advertência;
b) Multa;
c) Censura pública;
d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad
referendum do Conselho Federal de Psicologia;
e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho
Federal de Psicologia.
Observe que o código de ética não estipula os casos em que as
penalidades são aplicáveis. Isso ocorre por meio de outras legislações, julgados,
posicionamentos e pelo julgamento através de comissão de ética para cada caso
apresentado.

Laudos, pareceres e relatórios psicológicos, estudo de caso,


informação e avaliação psicológica.

Essa matéria é básica para qualquer concurso de psicologia. Vamos


adentrar em algumas definições gerais para depois adentrarmos na Resolução
que despenca em concursos.

Informe Psicológico

O informe psicológico é a comunicação documentada do serviço do


psicólogo sobre algo avaliado. Nesse sentido, decorrente da forma como o
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termo é utilizado em língua portuguesa, podemos dizer que os informes são o


laudo e o relatório psicológico.

Estudo de Caso

Um dos principais autores que versa sobre estudos de caso é YIN


(1989). Esse autor define que "o estudo de caso é uma inquirição empírica que
investiga um fenômeno contemporâneo dentro de um contexto da vida real,
quando a fronteira entre o fenômeno e o contexto não é claramente evidente e
onde múltiplas fontes de evidência são utilizadas". Esta definição, apresentada
como uma "definição mais técnica", nos ajuda, segundo ele, a compreender e
distinguir o método do estudo de caso de outras estratégias de pesquisa como o
método histórico e a entrevista em profundidade, o método experimental e
o survey.
Fundamentalmente, podemos entender o método de estudo de caso
como um tipo de análise qualitativa (apesar de não descartar vieses
quantitativos). Pode ser feito com um sujeito ou com vários, e em algumas
abordagens psicológicas apresenta maior representatividade que em outras. Na
análise experimental do comportamento, por exemplo, admite-se que com o
controle metodológico e a produção de resultados no estudo de caso, a hipótese
pode ser generalizável para outros casos (mesmo quando o experimento
comportamental foi feito apenas com um sujeito).
Ainda segundo YIN (1989), o estudo de caso possui quatro funções:
1. Explicar ligações causais nas intervenções na vida real que são
muito complexas para serem abordadas pelos 'surveys' ou pelas estratégias
experimentais;
2. Descrever o contexto da vida real no qual a intervenção ocorreu;
3. Fazer uma avaliação, ainda que de forma descritiva, da
intervenção realizada; e
4. Explorar aquelas situações onde as intervenções avaliadas não
possuam resultados claros e específicos.
Para evitar que alguns problemas se desenvolvam no decorrer do
levantamento do estudo de caso, recomenda-se:
1. Desenvolver um plano de pesquisa que considere estes perigos ou
críticas. Por exemplo, com relação ao sentimento de certeza, pode-se usar um
padrão de amostra apropriado pois, " sabendo que sua amostra é boa, ele tem
uma base racional para fazer estimativas sobre o universo do qual ela é retirada"
2. Ao se fazer generalizações, da mesma maneira que nas
generalizações a partir de experimentos, fazê-las em relação às proposições
teóricas e não para populações ou universos
3. Planejar a utilização, tanto quanto possível, da "...técnica do
código qualitativo para traços e fatores individuais que são passíveis de tais
classificações. Se usar categorias como 'egoísta' ou 'ajustado' ... desenvolverá um
conjunto de instruções para decidir se um determinado caso está dentro da
categoria e estas instruções devem ser escritas de maneira que outros cientistas
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possam repeti-las". Estes autores recomendam que, por segurança, as


classificações feitas sejam analisadas por um conjunto de colaboradores que
atuarão como "juízes da fidedignidade mesmo das classificações mais simples".
4. Evitar narrações longas e relatórios extensos uma vez que
relatórios deste tipo desencorajam a leitura e a análise do estudo do caso.
5. Proceder seleção e treinamento criteriosos dos investigadores e
assistentes para assegurar o domínio das habilidades necessárias à realização de
Estudo de Caso.
E como devemos comunicar um estudo de caso? Como falta
regulamentação para isso, podemos entender que qualquer forma é possível,
desde que não contrarie nem o nosso Código de Ética e nem contrarie a
Resolução que estudaremos a seguir.

A Resolução CFP nº 007/2003

Para estudarmos o restante dos documentos psicológicos, opto por


colocar a resolução CFP n° 007/2003 na íntegra aqui. Ela costuma cair de duas
formas: perguntas literais sobre o que está escrito e como padrão para questões
dissertativas. Por isso, muita atenção nessa hora. Acompanhe comigo os pontos
principais – observe que todos os grifos no texto são meus e que a resolução está
sintetizada para o que nos importa: laudos, pareceres e relatórios psicológicos –
e faça suas próprias anotações.

RESOLUÇÃO CFP N.º 007/2003 - Institui o Manual de Elaboração de


Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliação
psicológica e revoga a Resolução CFP º 17/2002.
[...]
CONSIDERANDO a frequência com que representações éticas são
desencadeadas a partir de queixas que colocam em questão a qualidade dos
documentos escritos, decorrentes de avaliação psicológica, produzidos pelos
psicólogos;
CONSIDERANDO as propostas encaminhadas no I FORUM
NACIONAL DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA, ocorrido em dezembro
de 2000;
CONSIDERANDO a deliberação da Assembléia das Políticas
Administrativas e Financeiras, em reunião realizada em 14 de dezembro de
2002, para tratar da revisão do Manual de Elaboração de Documentos
produzidos pelos psicólogos, decorrentes de avaliações psicológicas;
CONSIDERANDO a decisão deste Plenário em sessão realizada no
dia 14 de junho de 2003,
RESOLVE:
Art. 1º - Instituir o Manual de Elaboração de Documentos Escritos,
produzidos por psicólogos, decorrentes de avaliações psicológicas.

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Art. 2º - O Manual de Elaboração de Documentos Escritos, referido no


artigo anterior, dispõe sobre os seguintes itens:
I. Princípios norteadores;
II. Modalidades de documentos;
III. Conceito / finalidade / estrutura;
IV. Validade dos documentos;
V. Guarda dos documentos.

Art. 3º - Toda e qualquer comunicação por escrito decorrente de


avaliação psicológica deverá seguir as diretrizes descritas neste manual.
Parágrafo único – A não observância da presente norma constitui falta
ético-disciplinar, passível de capitulação nos dispositivos referentes ao exercício
profissional do Código de Ética Profissional do Psicólogo, sem prejuízo de
outros que possam ser argüidos.

MANUAL DE ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS


DECORRENTES DE AVALIAÇÕES PSICOLÓGICAS
Considerações Iniciais
A avaliação psicológica é entendida como o processo técnico-científico
de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos
fenômenos psicológicos, que são resultantes da relação do indivíduo com a
sociedade, utilizando-se, para tanto, de estratégias psicológicas – métodos,
técnicas e instrumentos. Os resultados das avaliações devem considerar e
analisar os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos no psiquismo, com
a finalidade de servirem como instrumentos para atuar não somente sobre o
indivíduo, mas na modificação desses condicionantes que operam desde a
formulação da demanda até a conclusão do processo de avaliação psicológica.
O presente Manual tem como objetivos orientar o profissional
psicólogo na confecção de documentos decorrentes das avaliações psicológicas e
fornecer os subsídios éticos e técnicos necessários para a elaboração qualificada
da comunicação escrita.
As modalidades de documentos aqui apresentadas foram sugeridas
durante o I FÓRUM NACIONAL DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA, ocorrido em
dezembro de 2000.
Este Manual compreende os seguintes itens:
I. Princípios norteadores da elaboração documental;
II. Modalidades de documentos;
III. Conceito / finalidade / estrutura;
IV. Validade dos documentos;
V. Guarda dos documentos.

I - PRINCÍPIOS NORTEADORES NA ELABORAÇÃO DE


DOCUMENTOS

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O psicólogo, na elaboração de seus documentos, deverá adotar como


princípios norteadores as técnicas da linguagem escrita e os princípios éticos,
técnicos e científicos da profissão.

1 – PRINCÍPIOS TÉCNICOS DA LINGUAGEM ESCRITA


O documento deve, na linguagem escrita, apresentar uma redação bem
estruturada e definida, expressando o que se quer comunicar. Deve ter uma
ordenação que possibilite a compreensão por quem o lê, o que é fornecido pela
estrutura, composição de parágrafos ou frases, além da correção gramatical.
O emprego de frases e termos deve ser compatível com as expressões
próprias da linguagem profissional, garantindo a precisão da comunicação,
evitando a diversidade de significações da linguagem popular, considerando a
quem o documento será destinado.
A comunicação deve ainda apresentar como qualidades: a clareza, a
concisão e a harmonia. A clareza se traduz, na estrutura frasal, pela seqüência
ou ordenamento adequado dos conteúdos, pela explicitação da natureza e
função de cada parte na construção do todo. A concisão se verifica no emprego
da linguagem adequada, da palavra exata e necessária. Essa “economia verbal”
requer do psicólogo a atenção para o equilíbrio que evite uma redação lacônica
ou o exagero de uma redação prolixa. Finalmente, a harmonia se traduz na
correlação adequada das frases, no aspecto sonoro e na ausência de cacofonias.

2 – PRINCÍPIOS ÉTICOS E TÉCNICOS


2.1 Princípios Éticos
Na elaboração de DOCUMENTO, o psicólogo baseará suas
informações na observância dos princípios e dispositivos do Código de Ética
Profissional do Psicólogo. Enfatizamos aqui os cuidados em relação aos deveres
do psicólogo nas suas relações com a pessoa atendida, ao sigilo profissional, às
relações com a justiça e ao alcance das informações - identificando riscos e
compromissos em relação à utilização das informações presentes nos
documentos em sua dimensão de relações de poder.
Torna-se imperativo a recusa, sob toda e qualquer condição, do uso dos
instrumentos, técnicas psicológicas e da experiência profissional da Psicologia na
sustentação de modelos institucionais e ideológicos de perpetuação da
segregação aos diferentes modos de subjetivação. Sempre que o trabalho exigir,
sugere-se uma intervenção sobre a própria demanda e a construção de um
projeto de trabalho que aponte para a reformulação dos condicionantes que
provoquem o sofrimento psíquico, a violação dos direitos humanos e a
manutenção das estruturas de poder que sustentam condições de dominação e
segregação.
Deve-se realizar uma prestação de serviço responsável pela execução de
um trabalho de qualidade cujos princípios éticos sustentam o compromisso
social da Psicologia. Dessa forma, a demanda, tal como é formulada, deve ser
compreendida como efeito de uma situação de grande complexidade.

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2.2 Princípios Técnicos


O processo de avaliação psicológica deve considerar que os objetos
deste procedimento (as questões de ordem psicológica) têm determinações
históricas, sociais, econômicas e políticas, sendo as mesmas elementos
constitutivos no processo de subjetivação. O DOCUMENTO, portanto, deve
considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do seu objeto
de estudo.
Os psicólogos, ao produzirem documentos escritos, devem se basear
exclusivamente nos instrumentais técnicos (entrevistas, testes, observações,
dinâmicas de grupo, escuta, intervenções verbais) que se configuram como
métodos e técnicas psicológicas para a coleta de dados, estudos e interpretações
de informações a respeito da pessoa ou grupo atendidos, bem como sobre
outros materiais e grupo atendidos e sobre outros materiais e documentos
produzidos anteriormente e pertinentes à matéria em questão. Esses
instrumentais técnicos devem obedecer às condições mínimas requeridas de
qualidade e de uso, devendo ser adequados ao que se propõem a investigar.
A linguagem nos documentos deve ser precisa, clara, inteligível e
concisa, ou seja, deve-se restringir pontualmente às informações que se fizerem
necessárias, recusando qualquer tipo de consideração que não tenha relação com
a finalidade do documento específico.
Deve-se rubricar as laudas, desde a primeira até a penúltima,
considerando que a última estará assinada, em toda e qualquer modalidade de
documento.

II - MODALIDADES DE DOCUMENTOS
1. Declaração *
2. Atestado psicológico
3. Relatório/laudo psicológico [observe que nessa resolução, essas
modalidades são compreendidas como sinônimas, assim, as atribuições de uma são as
da outra]
4. Parecer psicológico *
*A Declaração e o Parecer psicológico não são documentos decorrentes
da avaliação Psicológica, embora muitas vezes apareçam desta forma. Por isso
consideramos importante constarem deste manual afim [quem disse que não
encontramos erros de português em documentos oficiais?] de que sejam
diferenciados.
Caso afirmem que o Parecer é um produto da avaliação psicológica, o que
você irá responder? Sugiro dizer que não, o parecer não é o instrumento próprio de
comunicação da avaliação psicológica. Parecer não é o documento oficial para emitir os
resultados e as indicações de uma avaliação psicológica.

III - CONCEITO / FINALIDADE / ESTRUTURA

1 – DECLARAÇÃO
1.1. Conceito e finalidade da declaração

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É um documento que visa a informar a ocorrência de fatos ou situações


objetivas relacionados ao atendimento psicológico, com a finalidade de declarar:
a) Comparecimentos do atendido e/ou do seu acompanhante,
quando necessário;
b) Acompanhamento psicológico do atendido;
c) Informações sobre as condições do atendimento (tempo de
acompanhamento, dias ou horários).
Neste documento não deve ser feito o registro de sintomas, situações ou
estados psicológicos.

1.2. Estrutura da declaração


a) Ser emitida em papel timbrado ou apresentar na subscrição do documento o
carimbo, em que conste nome e sobrenome do psicólogo, acrescido de sua
inscrição profissional (“Nome do psicólogo / N˚ da inscrição”).
b) A declaração deve expor:
- Registro do nome e sobrenome do solicitante;
- Finalidade do documento (por exemplo, para fins de
comprovação);
- Registro de informações solicitadas em relação ao atendimento
(por exemplo: se faz acompanhamento psicológico, em quais dias,
qual horário);
- Registro do local e data da expedição da declaração;
- Registro do nome completo do psicólogo, sua inscrição no CRP
e/ou carimbo com as mesmas informações.
Assinatura do psicólogo acima de sua identificação ou do carimbo.

2 – ATESTADO PSICOLÓGICO
2.1. Conceito e finalidade do atestado
É um documento expedido pelo psicólogo que certifica uma
determinada situação ou estado psicológico, tendo como finalidade afirmar
sobre as condições psicológicas de quem, por requerimento, o solicita, com fins
de:
a) Justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante;
b) Justificar estar apto ou não para atividades específicas, após
realização de um processo de avaliação psicológica, dentro do
rigor técnico e ético que subscreve esta Resolução;
c) Solicitar afastamento e/ou dispensa do solicitante, subsidiado
na afirmação atestada do fato, em acordo com o disposto na
Resolução CFP n˚ 015/96.
2.2. Estrutura do atestado
A formulação do atestado deve restringir-se à informação solicitada pelo
requerente, contendo expressamente o fato constatado. Embora seja um
documento simples, deve cumprir algumas formalidades:
a) Ser emitido em papel timbrado ou apresentar na subscrição do
documento o carimbo, em que conste o nome e sobrenome do psicólogo,

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acrescido de sua inscrição profissional (“Nome do psicólogo / N˚ da inscrição”).


b) O atestado deve expor:
- Registro do nome e sobrenome do cliente;
- Finalidade do documento;
- Registro da informação do sintoma, situação ou condições psicológicas
que justifiquem o atendimento, afastamento ou falta – podendo ser
registrado sob o indicativo do código da Classificação Internacional de
Doenças em vigor;
- Registro do local e data da expedição do atestado;
- Registro do nome completo do psicólogo, sua inscrição no CRP e/ou
carimbo com as mesmas informações;
- Assinatura do psicólogo acima de sua identificação ou do carimbo.
Os registros deverão estar transcritos de forma corrida, ou seja, separados
apenas pela pontuação, sem parágrafos, evitando, com isso, riscos de
adulterações. No caso em que seja necessária a utilização de parágrafos, o
psicólogo deverá preencher esses espaços com traços.
O atestado emitido com a finalidade expressa no item 2.1, alínea b,
deverá guardar relatório correspondente ao processo de avaliação psicológica
realizado, nos arquivos profissionais do psicólogo, pelo prazo estipulado nesta
resolução, item V.

3 – RELATÓRIO PSICOLÓGICO
3.1. Conceito e finalidade do relatório ou laudo psicológico
O relatório ou laudo psicológico é uma apresentação descritiva acerca de
situações e/ou condições psicológicas e suas determinações históricas, sociais,
políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica. Como
todo DOCUMENTO, deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, à
luz de um instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos,
observação, exame psíquico, intervenção verbal), consubstanciado em referencial
técnico-filosófico e científico adotado pelo psicólogo.
A finalidade do relatório psicológico será a de apresentar os
procedimentos e conclusões gerados pelo processo da avaliação psicológica,
relatando sobre o encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o
prognóstico e evolução do caso, orientação e sugestão de projeto terapêutico,
bem como, caso necessário, solicitação de acompanhamento psicológico,
limitando-se a fornecer somente as informações necessárias relacionadas à
demanda, solicitação ou petição.

3.2. Estrutura
O relatório psicológico é uma peça de natureza e valor científicos,
devendo conter narrativa detalhada e didática, com clareza, precisão e
harmonia, tornando-se acessível e compreensível ao destinatário. Os termos
técnicos devem, portanto, estar acompanhados das explicações e/ou

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conceituação retiradas dos fundamentos teórico-filosóficos que os sustentam.


[assim, podemos usar termos técnicos, desde que clarificados]
O relatório psicológico deve conter, no mínimo, 5 (cinco) itens:
identificação, descrição da demanda, procedimento, análise e conclusão.
1. Identificação
2. Descrição da demanda
3. Procedimento
4. Análise
5. Conclusão

3.2.1. Identificação
É a parte superior do primeiro tópico do documento com a finalidade
de identificar:
O autor/relator – quem elabora;
O interessado – quem solicita;
O assunto/finalidade – qual a razão/finalidade.
No identificador AUTOR/RELATOR, deverá ser colocado o(s)
nome(s) do(s) psicólogo(s) que realizará(ão) a avaliação, com a(s) respectiva(s)
inscrição(ões) no Conselho Regional.
No identificador INTERESSADO, o psicólogo indicará o nome do
autor do pedido (se a solicitação foi da Justiça, se foi de empresas, entidades ou
do cliente).
No identificador ASSUNTO, o psicólogo indicará a razão, o motivo
do pedido (se para acompanhamento psicológico, prorrogação de prazo para
acompanhamento ou outras razões pertinentes a uma avaliação psicológica).

3.2.2. Descrição da demanda


Esta parte é destinada à narração das informações referentes à
problemática apresentada e dos motivos, razões e expectativas que produziram
o pedido do documento. Nesta parte, deve-se apresentar a análise que se faz da
demanda de forma a justificar o procedimento adotado.

3.2.3. Procedimento
A descrição do procedimento apresentará os recursos e instrumentos
técnicos utilizados para coletar as informações (número de encontros, pessoas
ouvidas etc.) à luz do referencial teórico-filosófico que os embasa. O
procedimento adotado deve ser pertinente para avaliar a complexidade do que
está sendo demandado.

3.2.4. Análise
É a parte do documento na qual o psicólogo faz uma exposição
descritiva de forma metódica, objetiva e fiel dos dados colhidos e das situações
vividas relacionados à demanda em sua complexidade. Como apresentado nos
princípios técnicos, “O processo de avaliação psicológica deve considerar que os
objetos deste procedimento (as questões de ordem psicológica) têm

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determinações históricas, sociais, econômicas e políticas, sendo as mesmas


elementos constitutivos no processo de subjetivação. O DOCUMENTO,
portanto, deve considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada
do seu objeto de estudo”.
Nessa exposição, deve-se respeitar a fundamentação teórica que
sustenta o instrumental técnico utilizado, bem como princípios éticos e as
questões relativas ao sigilo das informações. Somente deve ser relatado o que
for necessário para o esclarecimento do encaminhamento, como disposto no
Código de Ética Profissional do Psicólogo.
O psicólogo, ainda nesta parte, não deve fazer afirmações sem
sustentação em fatos e/ou teorias, devendo ter linguagem precisa, especialmente
quando se referir a dados de natureza subjetiva, expressando-se de maneira clara
e exata.

3.2.4. Conclusão
Na conclusão do documento, o psicólogo vai expor o resultado e/ou
considerações a respeito de sua investigação a partir das referências que
subsidiaram o trabalho. As considerações geradas pelo processo de avaliação
psicológica devem transmitir ao solicitante a análise da demanda em sua
complexidade e do processo de avaliação psicológica como um todo.
Vale ressaltar a importância de sugestões e projetos de trabalho que
contemplem a complexidade das variáveis envolvidas durante todo o processo.
Após a narração conclusiva, o documento é encerrado, com indicação
do local, data de emissão, assinatura do psicólogo e o seu número de inscrição
no CRP.

4 – PARECER
4.1. Conceito e finalidade do parecer
Parecer é um documento fundamentado e resumido sobre uma questão
focal do campo psicológico cujo resultado pode ser indicativo ou conclusivo.
O parecer tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora, no
campo do conhecimento psicológico, através de uma avaliação especializada, de
uma “questão-problema”, visando a dirimir dúvidas que estão interferindo na
decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de quem
responde competência no assunto.

4.2. Estrutura
O psicólogo parecerista deve fazer a análise do problema apresentado,
destacando os aspectos relevantes e opinar a respeito, considerando os quesitos
apontados e com fundamento em referencial teórico-científico.
Havendo quesitos, o psicólogo deve respondê-los de forma sintética e
convincente, não deixando nenhum quesito sem resposta. Quando não houver
dados para a resposta ou quando o psicólogo não puder ser categórico, deve-se
utilizar a expressão “sem elementos de convicção”. Se o quesito estiver mal

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formulado, pode-se afirmar “prejudicado”, “sem elementos” ou “aguarda


evolução”.

O parecer é composto de 4 (quatro) itens:


1. Identificação
2. Exposição de motivos
3. Análise
4. Conclusão

4.2.1. Identificação
Consiste em identificar o nome do parecerista e sua titulação, o nome
do autor da solicitação e sua titulação.

4.2.2. Exposição de Motivos


Destina-se à transcrição do objetivo da consulta e dos quesitos ou à
apresentação das dúvidas levantadas pelo solicitante. Deve-se apresentar a
questão em tese, não sendo necessária, portanto, a descrição detalhada dos
procedimentos, como os dados colhidos ou o nome dos envolvidos.

4.2.3. Análise
A discussão do PARECER PSICOLÓGICO se constitui na análise
minuciosa da questão explanada e argumentada com base nos fundamentos
necessários existentes, seja na ética, na técnica ou no corpo conceitual da ciência
psicológica. Nesta parte, deve respeitar as normas de referências de trabalhos
científicos para suas citações e informações.

4.2.4. Conclusão
Na parte final, o psicólogo apresentará seu posicionamento,
respondendo à questão levantada. Em seguida, informa o local e data em que foi
elaborado e assina o documento.

V – VALIDADE DOS CONTEÚDOS DOS DOCUMENTOS


O prazo de validade do conteúdo dos documentos escritos, decorrentes
das avaliações psicológicas, deverá considerar a legislação vigente nos casos já
definidos. Não havendo definição legal, o psicólogo, onde for possível, indicará
o prazo de validade do conteúdo emitido no documento em função das
características avaliadas, das informações obtidas e dos objetivos da avaliação.
Ao definir o prazo, o psicólogo deve dispor dos fundamentos para a
indicação, devendo apresentá-los sempre que solicitado. [caso a banca indique
que o prazo de validade do conteúdo dos documentos seja de 5 anos, ou qualquer prazo
específico, assinale ERRADO. A presente resolução não descreve prazo fixo de
validade dos documentos]

VI - GUARDA DOS DOCUMENTOS E CONDIÇÕES DE GUARDA

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Os documentos escritos decorrentes de avaliação psicológica, bem


como todo o material que os fundamentou, deverão ser guardados pelo prazo
mínimo de 5 anos, observando-se a responsabilidade por eles tanto do
psicólogo quanto da instituição em que ocorreu a avaliação psicológica. [não
confunda a guarda de documentos com a validade de documentos]1

Esse prazo poderá ser ampliado nos casos previstos em lei, por
determinação judicial, ou ainda em casos específicos em que seja necessária a
manutenção da guarda por maior tempo.
Em caso de extinção de serviço psicológico, o destino dos documentos
deverá seguir as orientações definidas no Código de Ética do Psicólogo.

Documentos psicológicos e avaliação psicológica

A avaliação psicológica é a base para laudos/relatórios e atestados


psicológicos. Se sua prova falar que o parecer ou que a declaração decorrem de
avaliação psicológica, marque errado! Veja o que a Resolução CFP n°7 de 2003
fala sobre isso:
II - MODALIDADES DE DOCUMENTOS
1. Declaração *
2. Atestado psicológico
3. Relatório / laudo psicológico
4. Parecer psicológico *
* A Declaração e o Parecer psicológico não são documentos decorrentes
da avaliação Psicológica, embora muitas vezes apareçam desta forma. Por isso
consideramos importante constarem deste manual afim de que sejam
diferenciados.
Mas Alyson, o aludido trecho fala apenas que a Declaração e o Parecer
não decorrem de Avaliação Psicológica. De onde você deduziu que o
Psicodiagnóstico não pode ser a base do Parecer e da Declaração? Simples, a
declaração é um documento que serve para declarar:
a) Comparecimentos do atendido e/ou do seu acompanhante, quando
necessário;
b) Acompanhamento psicológico do atendido;
c) Informações sobre as condições do atendimento (tempo de
acompanhamento, dias ou horários).
Para que psicodiagnóstico ai? Não tem sentido. E nem para parecer,
que tem função de apresentar resposta esclarecedora, no campo do

1
Temos exceção a essa regra? Tecnicamente não, o prazo de guarda será sempre de 5 anos. O que temos é uma
complementação apresentada pela Resolução CFP n˚ 18 de 2008, que trata da avaliação psicológica para porte de
arma. Art. 3˚ – O material técnico utilizado bem como o(s) resultado(s) obtidos deverão ficar sob a guarda do
psicólogo, pelo período mínimo de 5 (cinco) anos, em condições éticas adequadas, conforme determina o item VI
do Manual de Elaboração de Documentos - Resolução CFP 007/2003. Parágrafo único – Para fins de pesquisa,
reteste, respaldo técnico, entre outros, o material poderá ser guardado por tempo indeterminado.

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conhecimento psicológico, através de uma avaliação especializada, de uma


“questão problema”, visando a dirimir dúvidas que estão interferindo na
decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de quem
responde competência no assunto. Ou seja, não é um documento decorrente de
avaliação de caso, mas um documento consultivo/opinativo.
Considerando a referida Resolução, e que o relatório/laudo decorre da
avaliação psicológica, podemos dizer que esse processo deve ser subsidiado em
dados colhidos e analisados, à luz de:
a) um instrumental técnico
i. entrevistas;
ii. dinâmicas;
iii. testes psicológicos;
iv. observação;
v. exame psíquico;
vi. intervenção verbal.
b) referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo psicólogo
Para que fique mais claro, veja a natureza desses documentos: de
acordo com a Resolução CFP n°7 de 2003:

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• É um documento que visa a informar a ocorrência de


fatos ou situações objetivas relacionados ao
atendimento psicológico, com a finalidade de declarar:
• a) Comparecimentos do atendido e/ou do seu
DECLARAÇÃO acompanhante, quando necessário;
• b) Acompanhamento psicológico do atendido;
• c) Informações sobre as condições do atendimento
(tempo de acompanhamento, dias ou horários).

• É um documento expedido pelo psicólogo que certifica


uma determinada situação ou estado psicológico, tendo
como finalidade afirmar sobre as condições psicológicas de
quem, por requerimento, o solicita, com fins de:
• a) Justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante;
ATESTADO • b) Justificar estar apto ou não para atividades específicas,
PSICOLÓGICO após realização de um processo de avaliação psicológica,
dentro do rigor técnico e ético que subscreve esta
Resolução;
• c) Solicitar afastamento e/ou dispensa do solicitante,
subsidiado na afirmação atestada do fato, em acordo com
o disposto na Resolução CFP nº 015/96.

• O relatório ou laudo psicológico é uma apresentação descritiva


acerca de situações e/ou condições psicológicas e suas
determinações históricas, sociais, políticas e culturais,
pesquisadas no processo de avaliação psicológica. Como todo
DOCUMENTO, deve ser subsidiado em dados colhidos e
analisados, à luz de um instrumental técnico (entrevistas,
dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico,
RELATÓRIO intervenção verbal), consubstanciado em referencial técnico-
filosófico e científico adotado pelo psicólogo.
PSICOLÓGICO • A finalidade do relatório psicológico será a de apresentar os
procedimentos e conclusões gerados pelo processo da avaliação
psicológica, relatando sobre o encaminhamento, as intervenções,
o diagnóstico, o prognóstico e evolução do caso, orientação e
sugestão de projeto terapêutico, bem como, caso necessário,
solicitação de acompanhamento psicológico, limitando-se a
fornecer somente as informações necessárias relacionadas à
demanda, solicitação ou petição.

• Parecer é um documento fundamentado e resumido


sobre uma questão focal do campo psicológico cujo
resultado pode ser indicativo ou conclusivo.
• O parecer tem como finalidade apresentar resposta
esclarecedora, no campo do conhecimento
PARECER
psicológico, através de uma avaliação especializada,
de uma “questão problema”, visando a dirimir
dúvidas que estão interferindo na decisão, sendo,
portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de
quem responde competência no assunto.

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Essa resolução pode ser encontrada aqui: http://site.cfp.org.br/wp-


content/uploads/2003/06/resolucao2003_7.pdf

Questões
1. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017
Assinale a opção que apresenta princípio fundamental do Código de Ética
Profissional do Psicólogo.
A promoção da saúde e da qualidade de vida das pessoas, porém sem impactar a
coletividade
B prática profissional digna e fundamentada nos preceitos religiosos e
espirituais seguidos pelo paciente
C neutralidade profissional, ainda que com negligenciamento da realidade
social, econômica e cultural do paciente
D atuação responsável, com aprimoramento contínuo do profissional
E prevenção da prática de automedicação por meio da restrição de acesso ao
conhecimento da ciência psicológica por público leigo

2. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015


Assinale a opção em que se apresenta uma penalidade para infrações
disciplinares decorrentes de transgressões dos preceitos do Código de Ética
Profissional do Psicólogo.
A censura individual
B suspensão do exercício profissional por até sessenta dias
C repreensão aplicada por escrito
D advertência
E demissão

3. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015


Com base nas disposições do Código de Ética Profissional do Psicólogo,
assinale a opção correta.
A O código de ética vigente reflete a necessidade sentida pela categoria de
atender aos interesses sociais da população.
B Um dos princípios fundamentais da categoria preconiza que o psicólogo deve
desconsiderar as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos
dessas relações sobre as suas atividades profissionais.
C É vedado ao psicólogo emprestar a leigos instrumentos ou técnicas
psicológicas que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão.
D O psicólogo poderá emitir documentos sem fundamentação e qualidade
técnico-científica quando estes puderem interferir positivamente nos objetos do
serviço prestado.
E É vedado ao psicólogo promover publicamente seus serviços, por quaisquer
meios, de modo individual ou coletivo.

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4. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015


Ainda a propósito do disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo,
assinale a opção correta.
A No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, devem ser
comunicadas ao responsável todas as informações colhidas para que sejam
promovidas medidas em benefício daqueles.
B O referido código poderá ser alterado pelos conselhos regionais de psicologia,
por iniciativa própria ou da categoria, desde que ouvido o CFP.
C As dúvidas na observância desse código e os casos omissos serão resolvidos
pelo CFP, ouvindo-se os conselhos regionais de psicologia.
D O psicólogo que interromper seu trabalho por extinção do serviço de
Psicologia deverá destruir completamente seus arquivos confidenciais.
E Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar e
orientar os estudantes acerca dos princípios e das normas contidas nesse código,
assim como exigir deles a observância desses princípios.

5. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


Com relação à ética profissional do psicólogo, julgue os itens que se seguem.
O psicólogo organizacional deverá respeitar o sigilo profissional, podendo
decidir pela quebra desse sigilo em situações de conflito com os princípios
fundamentais do seu código de ética profissional, baseando sua decisão na busca
do menor prejuízo, exceto nos casos previstos em lei.

6. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


A transgressão dos preceitos contidos no código de ética profissional do
psicólogo, considerada infração disciplinar, inclui as seguintes penalidades:
advertência verbal, advertência por escrito, censura ética, suspensão do exercício
profissional por até vinte dias e cassação do exercício profissional.

7. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


Considerando o código de ética que rege a profissão e a atuação do psicólogo,
julgue os itens subsecutivos.
Em se tratando de paciente que esteja envolvido em casos de perícia judicial,
o profissional/psicólogo poderá atuar como perito, mesmo que tenha atendido,
individual e clinicamente, em momento anterior, o referido paciente.

8. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


Na prestação de serviços psicológicos, é vedado ao psicólogo fornecer, a
qualquer pessoa, informações a respeito dos objetivos de suas intervenções.

9. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


No que tange aos resultados das intervenções psicológicas realizadas, o
profissional deverá informar, a quem de direito, apenas aqueles que são
necessários para a tomada de decisões, preservando o usuário e(ou) o beneficiário.

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10. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


Em caso de greves ou paralisações da categoria profissional, o psicólogo
dispõe do direito de interromper todas as atividades concernentes à prestação
de serviços psicológicos.

11. FCC – TRT-MG – Psicologia - 2015


Dentre os paradigmas bioéticos encontra-se o paradigma da ética dos
princípios, que recebeu o nome de "trindade bioética", sendo que,
posteriormente, foi ampliado para quatro princípios. O "Fazer o bem" ao
paciente é o critério mais antigo da ética médica e foi denominado de princípio
(A) do Bem cuidar.
(B) do Bem querer.
(C) da Benfeitoria.
(D) da Beneficiência.
(E) da Benignidade.

12. FCC - TRT 12° Região – Psicologia – 2013


Acerca do Código de Ética Profissional do Psicólogo, é INCORRETO
afirmar que o psicólogo
(A) contribuirá para promover a universalização do acesso da população às
informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões
éticos da profissão.
(B) zelará para que o exercício profissional seja efetuado com austeridade,
mesmo quando levado a tolerar e aceitar situações em que a Psicologia esteja
sendo aviltada.
(C) atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento
profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo
científico de conhecimento e de prática.
(D) trabalhará visando a promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e
das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
(E) atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a
realidade política, econômica, social e cultural.

13. FCC - TRT 18ª Região – Psicologia - 2013


Segundo o Código de Ética Profissional do Psicólogo, é vedado ao
psicólogo prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo
que possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de
informações
(A) divulgadas.
(B) negociadas.
(C) limitadas.
(D) polêmicas.
(E) privilegiadas.

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14. FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário - Psicologia


O art. 4° do Código de Ética Profissional do Psicólogo informa que, ao fixar
a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo: levará em conta a justa
retribuição aos serviços prestados e as condições do usuário ou beneficiário;
estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o comunicará
ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser realizado e
assegurará a qualidade dos serviços oferecidos
a) respeitando os valores aplicados pelo mercado de saúde.
b) por meio do valor acordado.
c) respeitando as tabelas de valores indicadas pelo Conselho Regional de
Psicologia do qual faz parte.
d) respeitando a média dos valores estabelecidos pelas tabelas de valores
indicadas pelo Conselho Regional de Psicologia do qual faz parte.
e) independentemente do valor acordado.

15. FCC - 2007 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Psicologia


No caso do psicólogo ser intimado pela justiça como profissional, ele
deve considerar o que prevê o Código de Ética profissional em seu artigo 10°.
Com relação ao sigilo, o psicólogo
a) deve consultar seu cliente se deve ou não obedecer à intimação judicial, sob
pena de ser advertido pelo CRP.
b) não tem liberdade para decidir pela quebra do sigilo, pois sua decisão é
sempre visando a inocentar seu cliente.
c) deve obedecer a intimação, mas manter-se calado em audiência e
obrigatoriamente estar acompanhado por um advogado do Estado.
d) não possui necessidade de obedecer a intimações judiciais enquanto
profissional, pois, se o fizer, poderá ter seu CRP cassado.
e) poderá decidir pela quebra do sigilo, baseando sua decisão na busca do menor
prejuízo.

16. FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Psicologia
Como psicólogo contratado pelo Tribunal Regional do Trabalho você
precisa avaliar se um servidor, após ter alta do Hospital em que estava
internado, poderá retornar ou não às suas atividades profissionais de imediato.
Como parte do que precisa levantar para proceder a esta avaliação, o
psicólogo/você necessita conversar com outros profissionais da saúde,
envolvidos no tratamento deste servidor. Para atuar de acordo com o Código de
Ética Profissional do Psicólogo (Art. 6°, inciso b), no relacionamento com
profissionais não psicólogos, deve-se compartilhar
a) todas as informações fornecidas pelo paciente e sua família, desde que
garantidos critérios de confidencialidade à família do paciente, por todos os
membros da equipe multidisciplinar.

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b) todas as informações colhidas com os demais profissionais, já que se


encontram envolvidos no processo de cura do servidor e compõem uma equipe
multidisciplinar no Setor de trabalho hospitalar.
c) somente informações relativas às condições de saúde atual, permitidas pelo
paciente e relativas ao momento do adoecimento, procedimento usual, nestes
casos.
d) somente informações relativas às condições de saúde atual, permitidas pela
família do paciente e relativas às experiências anteriores ao episódio da
hospitalização.
e) somente informações relevantes para qualificar o serviço prestado,
resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a
responsabilidade, de quem receber, de preservar o sigilo.

17. FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Psicologia
Um psicólogo está envolvido em um trabalho multiprofissional em que a
intervenção faz parte da metodologia adotada. Segundo o Código de Ética
Profissional do Psicólogo (Art. 7°, inciso d), ele poderá intervir
a) em casos que não se trate de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário
do serviço.
b) sem pedido do profissional responsável pelo serviço.
c) na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo efetuados por outro
profissional.
d) quando não for informado da interrupção voluntária e definitiva do serviço,
por parte do paciente.
e) quando não for informado de interrupção temporária do serviço, por
qualquer uma das partes.

18. FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário -


Psicologia
Para atuar de acordo com o Código de Ética Profissional do Psicólogo
(Princípios Fundamentais - item I), o psicólogo baseará o seu trabalho no
respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da
integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam
a) o Estatuto do Idoso e do Cidadão.
b) o Código Civil Brasileiro.
c) o Código Penal Brasileiro Revisado.
d) o Código de Ética Universal das categorias especializadas.
e) a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

19. FCC - 2009 - TJ-AP - Analista Judiciário - Psicologia


De acordo com o Art. 5º do Código de Ética Profissional do Psicólogo,
o psicólogo, quando participar de greves ou paralizações, garantirá que
a) as atividades de emergência não sejam interrompidas.

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b) não haja comunicação da paralização aos usuários ou beneficiários dos


serviços atingidos pela mesma.
c) haja qualidade dos serviços oferecidos independentemente dos valores
acordados.
d) o novo tipo de contrato seja estipulado de acordo com as características da
atividade e deve preocupar- se em comunicar as mudanças ao usuário ou
beneficiário antes do início do trabalho a ser realizado.
e) a justa retribuição aos serviços prestados e as condições do usuário ou
beneficiário seja levada em conta, de modo que se considere as necessidades de
ambas as partes no novo acordo.

20. FCC - 2009 - TJ-AP - Analista Judiciário - Psicologia


O Art. 2º do Código de Ética Profissional do Psicólogo estabelece que
ao psicólogo é vedado
a) prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou de
emergência, sem visar benefício pessoal.
b) ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou
contravenções penais praticadas por psicólogos na prestação de serviços
profissionais.
c) informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de
serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada
de decisões que afetem o usuário ou beneficiário.
d) orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a partir
da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que solicitado, os
documentos pertinentes ao bom termo do trabalho.
e) zelar para que a comercialização, aquisição, doação, empréstimo, guarda e
forma de divulgação do material privativo do psicólogo sejam feitas conforme
os princípios deste Código.

21. FCC - 2009 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário -


Psicologia
De acordo com o Artigo 8º do Código de Ética Profissional do
Psicólogo, para realizar atendimento não eventual de criança, adolescente ou
interdito, o psicólogo deverá, observadas as determinações da legislação vigente,
obter autorização de
a) ao menos um de seus responsáveis.
b) todos os seus responsáveis.
c) algum familiar, que tenha vínculo consanguíneo com o menor.
d) uma instituição de ensino frequentada pelo menor.
e) algum cuidador amigo do menor, pelo menos.

22. FCC - 2009 - TJ-PI - Analista Judiciário - Psicologia


O Art. 18º do Código de Ética Profissional do Psicólogo indica que o
psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a leigos
instrumentos e técnicas psicológicas que

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a) bloqueiem o conhecimento sobre o manejo de tais instrumentos.


b) dificultem o acesso a informações confidenciais sobre o paciente.
c) permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão.
d) não facilitem a aplicação destes instrumentos para fins promocionais.
e) não facilitem a aplicação destes instrumentos para fins comerciais.

23. FCC - 2009 - TJ-PI - Analista Judiciário - Psicologia


O Art. 9º do Código de Ética Profissional do Psicólogo indica que é
dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da
confiabilidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações,
a) somente quando nomeado para peritagem por pedido judicial.
b) a que tenha acesso no exercício profissional.
c) desde que o psicólogo tenha prestado serviços oficialmente por contrato de
trabalho devidamente assinado.
d) somente nos casos em que utilize instrumentos de avaliação psicológica.
e) que, de alguma maneira, auxiliaram no desenvolvimento das comunidades
carentes.

24. FCC - 2007 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário – Psicologia


O profissional que utilizar testes psicológicos que não constam na
relação de testes aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia estará
a) valorizando a atuação estritamente clínica.
b) exercendo o livre arbítrio, previsto na categoria.
c) cometendo uma falta ética.
d) cometendo erro administrativo.
e) propondo novos métodos de intervenção.

25. FCC - 2010 - DPE-SP - Agente de Defensoria – Psicólogo


De acordo com o Art. 2º, item q, do Código de Ética Profissional do
Psicólogo, ao psicólogo é vedado realizar diagnósticos, divulgar procedimentos
ou apresentar resul- tados de serviços psicológicos, de forma a expor pessoas,
grupos ou organizações,
a) durante a avaliação psicológica.
b) aos familiares do paciente.
c) à instituição educacional do paciente.
d) antes da finalização da avaliação psicológica.
e) em meios de comunicação.

26. FCC - 2008 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário –


Psicologia
O Art. 19º do Código de Ética do Psicólogo relata que o psicólogo, ao
participar de atividade em veículos de comunicação,
a) articulará positivamente para obter vantagens que agreguem valor a todos os
profissionais que atuam como psicólogos em sua região.

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b) estimulará a comunidade a buscar os serviços públicos de atendimento


psicológico, visando, desta forma, desmistificar a fantasia de que psicólogos
atuam somente com pacientes de alta periculosidade.
c) deverá manter uma postura de suprir as necessidades imediatas da sociedade,
diminuindo sofrimentos e reforçando a importância da qualidade de vida.
d) zelará para que as informações prestadas disseminem conhecimento a
respeito das atribuições, da base científica e do papel social da profissão.
e) deverá solicitar autorização prévia do Conselho Regional de Psicologia,
visando manter seus direitos garantidos, caso sofra eventual denúncia por ter
emitido pareceres inadequados.

27. FCC - 2008 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário –


Psicologia
O Art. 6º do Código de Ética do Psicólogo indica que, no
relacionamento com profissionais não psicólogos, o psicólogo encaminhará a
profissionais ou entidades habilitados e qualificados demandas que extrapolem
seu campo de atuação e:
a) compartilhará todas as informações para qualificar o serviço prestado, com a
intenção de oferecer conheci- mento e interagir de forma franca e aberta com
os demais profissionais envolvidos na demanda indicada.
b) compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço
prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a
responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.
c) não deverá compartilhar informações, reservando, assim, o sigilo que é
exigido para sua profissão.
d) mediará, sempre que necessário, a orientação dos demais profissionais não
psicólogos visando, desta forma, garantir a integridade do sigilo das
informações.
e) responsabilizar-se-á por compilar todas as informações e garantir que estas
sejam tratadas com o devido sigilo, posto que a orientação do Conselho Federal
de Psicologia é a de se preservar a integridade dos seres humanos.

28. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


Uma jovem de vinte e três anos de idade, filha primogênita, em
acompanhamento psicológico desde os nove anos de idade, em virtude de
passividade exacerbada nos relacionamentos interpessoais, mostrou-se, no início
do tratamento, ansiosa e com dependência significativa de sua mãe. Ao longo
do seu desenvolvimento, apresentou outras queixas, tais como alteração
repentina de humor, agressividade, insegurança e angústia. As manifestações
clínicas mais recentes relatadas pela jovem foram dificuldade na tomada de
decisões e na iniciação de projetos pessoais, sentimentos de desamparo ao estar
sozinha e preocupação exacerbada com a possibilidade de deixar de receber
cuidado e apoio das pessoas que considera em seu rol de amizade.

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Considerando o caso clínico apresentado, julgue os itens a seguir, à luz


do disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo e das abordagens
teóricas da psicologia.
Nesse caso, para iniciar o tratamento, quando a jovem era ainda criança, o
psicólogo necessitou de autorização de ambos os responsáveis — pai e mãe —,
dada a previsão desta determinação no Código de Ética Profissional do
Psicólogo.

29. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


Considere que um funcionário tenha procurado o psicólogo do setor de
qualidade de vida no trabalho, órgão hierarquicamente superior à área de gestão
de pessoas da empresa onde trabalha, e que tenha denunciado ser vítima de
assédio moral do responsável pela área de gestão de pessoas. Considere, ainda,
que o referido funcionário tenha alegado que, no último ano, havia sofrido
ações prolongadas e repetidas de humilhação, ofensas, xingamentos e
constrangimentos, inclusive na presença da equipe de trabalho.
Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsequentes,
acerca da qualidade de vida no trabalho e da ética profissional do psicólogo
organizacional.
O psicólogo que atendeu o funcionário deve considerar as relações de poder
existentes no ambiente organizacional e se posicionar de forma crítica,
conforme os princípios do código de ética profissional, mesmo que estes sejam
contrários aos interesses da empresa.

30. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


Considere que um funcionário tenha procurado o psicólogo do setor de
qualidade de vida no trabalho, órgão hierarquicamente superior à área de gestão
de pessoas da empresa onde trabalha, e que tenha denunciado ser vítima de
assédio moral do responsável pela área de gestão de pessoas. Considere, ainda,
que o referido funcionário tenha alegado que, no último ano, havia sofrido
ações prolongadas e repetidas de humilhação, ofensas, xingamentos e
constrangimentos, inclusive na presença da equipe de trabalho.
Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsequentes,
acerca da qualidade de vida no trabalho e da ética profissional do psicólogo
organizacional.
Caso o psicólogo seja demitido ou transferido do seu posto de trabalho, ele
deverá repassar todo o material ao psicólogo substituto, porém, não havendo
outro profissional habilitado para substituí-lo, deverá encaminhar todos os
arquivos lacrados à direção da empresa.

31. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


O documento em que o psicólogo descreve a ocorrência de fatos ou situações
objetivas relacionadas ao atendimento psicológico, com intuito de prestar
informações sobre as condições do atendimento, denomina-se
A laudo psicológico.

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B parecer psicológico.
C relatório psicológico.
D atestado psicológico.
E declaração.

32. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


Uma criança de sete anos de idade, filha de um casal em processo de divórcio
litigioso, foi encaminhada para avaliação psicológica por determinação judicial.
O caso envolvia a suspeita de violência sexual pelo genitor e a possibilidade de
reversão do modelo de guarda, que, a princípio, era compartilhada.
Assinale a opção que apresenta o documento a ser elaborado ao final do
processo avaliativo dessa criança pelo psicólogo responsável pela avaliação.
A comunicado psicológico
B declaração
C atestado psicológico
D parecer psicológico
E relatório psicológico

33. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


Considerando que o psicólogo, na elaboração de seus documentos, deverá
adotar como princípios norteadores as técnicas da linguagem escrita e os
princípios éticos, técnicos e científicos da profissão, julgue os itens a seguir,
acerca dos documentos utilizados pelo psicólogo.
São modalidades de documentos utilizadas pelos psicólogos: declaração,
atestado psicológico, relatório psicológico/laudo psicológico e parecer
psicológico.
( ) Certo ( ) Errado

34. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


Considerando que o psicólogo, na elaboração de seus documentos, deverá
adotar como princípios norteadores as técnicas da linguagem escrita e os
princípios éticos, técnicos e científicos da profissão, julgue os itens a seguir,
acerca dos documentos utilizados pelo psicólogo.
O relatório ou laudo psicológico baseia-se em uma interpretação inferencial
acerca de situações e(ou) condições psicológicas e suas determinações históricas,
sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica.
( ) Certo ( ) Errado

35. CESPE - STM - Analista Judiciário – 2011


Julgue os itens subsequentes com base no Código de Ética Profissional
dos Psicólogos e na resolução CFP 007/2003.
Veda-se ao psicólogo a emissão de documentos sem fundamentação e
qualidade técnico-científica.
( ) Certo ( ) Errado

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36. CESPE - STM - Analista Judiciário – 2011


Os documentos escritos decorrentes de avaliação psicológica, bem
como todo material que os fundamentou, devem ser guardados pelo prazo
mínimo de seis meses.
( ) Certo ( ) Errado

37. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


Relatórios e laudos psicológicos são formas de comunicar os
resultados de uma avaliação psicológica a outros profissionais da área de saúde.
( ) Certo ( ) Errado

38. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


O relatório ou laudo psicológico baseia-se em uma interpretação
inferencial acerca de situações e(ou) condições psicológicas e suas
determinações históricas, sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo
de avaliação psicológica.
( ) Certo ( ) Errado

39. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


São modalidades de documentos utilizadas pelos psicólogos: declaração,
atestado psicológico, relatório psicológico/laudo psicológico e parecer
psicológico.
( ) Certo ( ) Errado

40. CESPE – SESA – ES - 2013


São princípios norteadores que deverão ser observados pelo psicólogo na
elaboração de documentos os princípios
A) subjetivos e técnicos da linguagem escrita.
B) sociais e históricos.
C) técnicos da linguagem escrita e oral.
D) éticos e técnicos.
E) teóricos e éticos.

41. CESPE – UNIPAMPA - 2013


Na elaboração do laudo pericial, o psicólogo jurídico — nomeado perito,
previamente, pelo juiz do caso — deverá ser breve e sucinto ao apresentar as
informações e achados, com a finalidade de diminuir o risco de acesso por
outras pessoas às informações por ele prestadas.
( ) Certo ( ) Errado

42. CESPE – CNJ – 2013


Em matéria penal, ao redigir suas conclusões, o psicólogo deve elaborar um
relatório sucinto, evitando detalhar os resultados obtidos, mas explicitando
instrumentos utilizados.
( ) Certo ( ) Errado

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43. CESPE – CNJ – 2013


Em matéria civil, o perito do juízo deve apresentar suas observações na forma
de parecer, enquanto psicólogos, por exemplo, devem elaborar suas conclusões
finais na forma de laudo médico-pericial.
( ) Certo ( ) Errado

44. FCC – Metrô – Psicólogo – 2012


A Resolução CFP no 007/2003 institui o Manual de Elaboração de
Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo. Dentre as modalidades de
documentos escritos apresentadas, está o laudo psicológico, também
denominado
(A) parecer psicológico.
(B) relatório psicológico.
(C) declaração psicológica.
(D) atestado psicológico.
(E) perícia psicológica.

45. FCC – ALRN – Psicólogo – 2013


Segundo o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzido pelo
psicólogo, decorrentes de avaliação psicológica (Resolução CFP n˚ 007/2003), o
relatório psicológico deve
(A) fornecer todas as informações colhidas na avaliação psicodiagnóstica.
(B) limitar-se a fornecer somente as informações necessárias relacionadas à
demanda, solicitação ou petição.
(C) sempre documentar todos os achados da avaliação anexando protocolos de
testes e relatórios que narrem o conteúdo de todas as entrevistas realizadas por
todos os profissionais envolvidos.
(D) apenas descrever o procedimento utilizado, mas resguardar em sigilo a
análise, contendo apenas o parecer final do psicólogo.
(E) apenas expor a decisão final do psicólogo com seu parecer técnico, sem que
seja necessário constar descrições da demanda e dos procedimentos, uma vez
que esta linguagem é dirigida somente aos colegas psicólogos.

46. FCC – ALRN – Psicólogo – 2013


O psicólogo forense, ao emitir um parecer em um documento escrito, após
analisar o problema apresentado, deve destacar os aspectos relevantes,
considerando os quesitos apresentados e
(A) decidir sobre a questão.
(B) opinar a respeito.
(C) julgar a medida plausível.
(D) determinar os caminhos subsequentes.
(E) aprovar a medida jurídica a ser seguida.

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47. FCC - Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região – Psicólogo – 2013


No Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo
(Resolução CFP no 007/2003) consta que o relatório ou laudo psicológico deve
conter, no mínimo, os seguintes itens: 1. Identificação; 2. Descrição
(A) da execução; 3. Evolução; 4. Avaliação; 5. Considerações Finais.
(B) da avaliação; 3. Método; 4. Aspectos conclusivos; 5. Indicação Terapêutica.
(C) da demanda; 3. Procedimento; 4. Análise; 5. Conclusão.
(D) das entrevistas; 3. Processos avaliativos; 4. Discussão; 5. Análise.
(E) de aspectos metodológicos; 3. Tarefas de avaliação; 4. Interpretação; 5.
Parecer.

48. FCC – DPE/RS – Psicólogo – 2013


Na Resolução CFP nº 007/2003 que instituiu o Manual de Elaboração de
Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliação
psicológica (atestado psicológico, declaração, relatório/laudo psicológico,
parecer psicológico), enfatiza-se os cuidados em relação aos deveres do
psicólogo nas suas relações com a pessoa atendida, ao sigilo profissional, às
relações com a justiça e ao alcance das informações, e que o psicólogo baseará
suas informações na observância dos princípios e dispositivos do
(A) Código Forense do Ministério do Trabalho.
(B) Código Civil Brasileiro.
(C) ECA − Estatuto da Criança e do Adolescente.
(D) Manual de Atuação do Psicólogo na Justiça.
(E) Código de Ética Profissional do Psicólogo.

49. FCC - Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região – Psicólogo – 2014


Um psicólogo do TRT da 2ª Região foi solicitado a elaborar um documento
fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicológico, cujo
resultado pode ser indicativo ou conclusivo. Era necessário apresentar resposta
esclarecedora, no campo do conhecimento psicológico, por meio de uma
avaliação especializada, de uma “questão-problema”, visando a dirimir dúvidas
que estivessem interferindo na decisão. Tratava-se, portanto, de uma resposta a
uma consulta na área de sua competência. Destacando os aspectos relevantes e
opinando a respeito, e considerando os quesitos apontados, o psicólogo, com
fundamento em referencial teórico e científico, e respeitando os critérios
existentes no Manual de Elaboração de Documentos Escritos (Resolução CFP
no 0007/2003, elaborou um documento composto por 4 (quatro) itens − 1.
Identificação; 2. Exposição de motivos; 3. Análise; 4. Conclusão −,
denominado
(A) Relatório psicológico.
(B) Atestado psicológico.
(C) Laudo psicológico.
(D) Parecer psicológico.
(E) Declaração psicológica.

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50. FCC – TJ/AP – Psicologia – 2014


Quando necessário for, a um psicólogo, elaborar um parecer psicológico, deverá
respeitar a Resolução no 007/2003, que
(A) indica quais laudos elaborados pelo profissional psicólogo precisam seguir
normas éticas e técnicas regulamentadas pelo CFP e quais não necessitam.
(B) propõe a preservação da liberdade do profissional psicólogo de escolher o
formato a ser dado ao documento escrito, desde que mantenha a assinatura e
carimbo, ao final.
(C) orienta o profissional psicólogo na confecção de documentos decorrentes
das avaliações psicológicas e fornece os subsídios éticos e técnicos necessários
para a elaboração qualificada da comunicação escrita.
(D) ensina sobre técnicas de escrita documental, para uso em situações em que
o profissional psicólogo necessite comunicar resultados de sua avaliação
psicológica.
(E) menciona procedimentos considerados éticos ou não na situação de perícia
psicológica em Saúde Mental, realizada pelo profissional psicólogo, como
também o formato a ser dado ao texto documental, para despacho junto ao juiz
encarregado do processo.

51. FCC - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário – Psicologia – 2007


Segundo a Resolução de no 007/2003, do CFP – Conselho Federal de
Psicologia, que institui o Manual de Elaboração de Documentos decorrentes de
Avaliações Psicológicas, todo documento emitido por psicólogos deve ser
subsidiado em dados colhidos e analisados à luz de um instrumental técnico. O
documento que faz uma apresentação descritiva acerca de situações e/ou
condições psicológicas e suas determinações históricas, sociais, políticas e
culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica é denominado de
a) jurisprudência.
b) informe.
c) atestado.
d) laudo.
e) sentença.

52. FCC - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário – Psicologia – 2007


Os documentos escritos decorrentes de avaliação psicológica, bem como
todo o material que a fundamentou, deverão ser guardados por um prazo
mínimo, observando-se a responsabilidade por eles, tanto do psicólogo quanto
da instituição em que ocorreu a avaliação psicológica. Esse prazo mínimo
referido é de
a) 1 ano.
b) 2 anos.
c) 3 anos.
d) 5 anos.
e) 10 anos.

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53. FCC - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário – Psicologia –


2001
Consta na Resolução CFP no 007/2003, que ao redigir um parecer, o
psicólogo deve responder aos quesitos, quando houver, de forma sintética e
convincente, não deixando nenhum quesito sem resposta, sendo que quando
não houver dados para a resposta ou quando o psicólogo não puder ser
categórico, deve-se utilizar a expressão
a) “não coube na avaliação”.
b) “resposta desconhecida”.
c) “sem conhecimento prévio”.
d) “sem elementos de convicção”.
e) “resposta insustentada”.

54. FCC - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário – Psicologia -


2011
Um psicólogo redigiu um relatório psicológico, considerando o que diz o
Manual de Elaboração de Documentos Escritos (Resolução CFP no
007/2003), em que consta que o relatório deve conter 5 itens. O nome do item
que não consta do modelo apresentado neste Manual é
a) identificação.
b) descrição da demanda.
c) procedimento.
d) encaminhamento.
e) conclusão.

Questões Comentadas e Gabaritadas


1. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017
Assinale a opção que apresenta princípio fundamental do Código de Ética
Profissional do Psicólogo.
A promoção da saúde e da qualidade de vida das pessoas, porém sem impactar a
coletividade
B prática profissional digna e fundamentada nos preceitos religiosos e
espirituais seguidos pelo paciente
C neutralidade profissional, ainda que com negligenciamento da realidade
social, econômica e cultural do paciente
D atuação responsável, com aprimoramento contínuo do profissional
E prevenção da prática de automedicação por meio da restrição de acesso ao
conhecimento da ciência psicológica por público leigo
Gabarito: D
Comentários: Tem que ser princípio fundamental! Somente a letra D atende
ao pedido.

2. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015


Assinale a opção em que se apresenta uma penalidade para infrações

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disciplinares decorrentes de transgressões dos preceitos do Código de Ética


Profissional do Psicólogo.
A censura individual
B suspensão do exercício profissional por até sessenta dias
C repreensão aplicada por escrito
D advertência
E demissão
Gabarito: D
Comentários: A única penalidade real presente no nosso código de ética é a da
letra D.

3. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015


Com base nas disposições do Código de Ética Profissional do Psicólogo,
assinale a opção correta.
A O código de ética vigente reflete a necessidade sentida pela categoria de
atender aos interesses sociais da população.
B Um dos princípios fundamentais da categoria preconiza que o psicólogo deve
desconsiderar as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos
dessas relações sobre as suas atividades profissionais.
C É vedado ao psicólogo emprestar a leigos instrumentos ou técnicas
psicológicas que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão.
D O psicólogo poderá emitir documentos sem fundamentação e qualidade
técnico-científica quando estes puderem interferir positivamente nos objetos do
serviço prestado.
E É vedado ao psicólogo promover publicamente seus serviços, por quaisquer
meios, de modo individual ou coletivo.
Gabarito: C
Comentários: O CEP atende às necessidades da categoria. O psicólogo deve
considerar as relações de poder nos contextos em que atua. Não pode emitir
documentos sem fundamentação. Pode promover publicamente os seus
serviços, desde que respeite as normas do Código de Ética.

4. CESPE – TRE-RS – Psicólogo – 2015


Ainda a propósito do disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo,
assinale a opção correta.
A No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, devem ser
comunicadas ao responsável todas as informações colhidas para que sejam
promovidas medidas em benefício daqueles.
B O referido código poderá ser alterado pelos conselhos regionais de psicologia,
por iniciativa própria ou da categoria, desde que ouvido o CFP.
C As dúvidas na observância desse código e os casos omissos serão resolvidos
pelo CFP, ouvindo-se os conselhos regionais de psicologia.
D O psicólogo que interromper seu trabalho por extinção do serviço de
Psicologia deverá destruir completamente seus arquivos confidenciais.
E Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar e

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orientar os estudantes acerca dos princípios e das normas contidas nesse código,
assim como exigir deles a observância desses princípios.
Gabarito: E
Comentários: Sempre comunicará apenas o necessário. O CEP é alterado pelo
CFP, ouvidos os CRPs. As dúvidas são resolvidas pelo CRP. Em caso de
interrupção, deve guardar os documentos ou encaminhar ao CRP, caso o
serviço seja descontinuado.

5. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


Com relação à ética profissional do psicólogo, julgue os itens que se seguem.
O psicólogo organizacional deverá respeitar o sigilo profissional, podendo
decidir pela quebra desse sigilo em situações de conflito com os princípios
fundamentais do seu código de ética profissional, baseando sua decisão na busca
do menor prejuízo, exceto nos casos previstos em lei.
Gabarito: C
Comentários: JUSTIFICATIVA – O Código de Ética Profissional do
Psicólogo estabelece: “Art. 9° – É dever do psicólogo respeitar o sigilo
profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das
pessoas, grupos ou organizações a que se tenha acesso no exercício profissional.
Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências
decorrentes do disposto no Art. 9° e as afirmações dos princípios fundamentais
deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir
pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.”

6. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


A transgressão dos preceitos contidos no código de ética profissional do
psicólogo, considerada infração disciplinar, inclui as seguintes penalidades:
advertência verbal, advertência por escrito, censura ética, suspensão do exercício
profissional por até vinte dias e cassação do exercício profissional.
Gabarito: E
Comentários: JUSTIFICATIVA – O Código de Ética Profissional do
Psicólogo estabelece: “Art. 21 – As transgressões dos preceitos deste Código
constituem infração disciplinar com a aplicação das seguintes penalidades, na
forma dos dispositivos legais ou regimentais:
a) Advertência; b) Multa; c) Censura pública; d) Suspensão do exercício
profissional, por até 30 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Federal de
Psicologia; e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho
Federal de Psicologia”.

7. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


Considerando o código de ética que rege a profissão e a atuação do psicólogo,
julgue os itens subsecutivos.
Em se tratando de paciente que esteja envolvido em casos de perícia judicial,
o profissional/psicólogo poderá atuar como perito, mesmo que tenha atendido,
individual e clinicamente, em momento anterior, o referido paciente.

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Gabarito: E
Comentários: JUSTIFICATIVA – O profissional psicólogo que atua enquanto
perito em casos judiciais deve zelar pela neutralidade, evitando situações que
possam comprometer a fidelidade de dados e de informações colhidas ao longo
do processo.

8. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


Na prestação de serviços psicológicos, é vedado ao psicólogo fornecer, a
qualquer pessoa, informações a respeito dos objetivos de suas intervenções.
Gabarito: E
Comentários: JUSTIFICATIVA – O fornecimento de informações, a quem de
direito, sobre o caso ou os objetivos das intervenções constitui um dever
fundamental do profissional, quando da prestação de serviços psicológicos.

9. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


No que tange aos resultados das intervenções psicológicas realizadas, o
profissional deverá informar, a quem de direito, apenas aqueles que são
necessários para a tomada de decisões, preservando o usuário e(ou) o beneficiário.
Gabarito: C
Comentários: JUSTIFICATIVA – Cabe ao psicólogo a comunicação dos
resultados, a quem de direito, apenas daquelas informações necessárias a tomada
de decisões, preservando-se o usuário e/ou beneficiário.

10. CESPE – DPF – Psicologia – 2014


Em caso de greves ou paralisações da categoria profissional, o psicólogo
dispõe do direito de interromper todas as atividades concernentes à prestação
de serviços psicológicos.
Gabarito: E
Comentários: JUSTIFICATIVA – Em caso de greve ou paralisações, o
profissional poderá interromper todas as atividades concernentes à prestação de
serviços psicológicos, exceto as atividades de emergência.

11. FCC – TRT-MG – Psicologia - 2015


Dentre os paradigmas bioéticos encontra-se o paradigma da ética dos
princípios, que recebeu o nome de "trindade bioética", sendo que,
posteriormente, foi ampliado para quatro princípios. O "Fazer o bem" ao
paciente é o critério mais antigo da ética médica e foi denominado de princípio
(A) do Bem cuidar.
(B) do Bem querer.
(C) da Benfeitoria.
(D) da Beneficiência.
(E) da Benignidade.
Gabarito: D
Comentários: Princípios da bioética

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Autonomia - indivíduos capacitados de deliberarem sobre suas escolhas


pessoais, devam ser tratados com respeito pela sua capacidade de decisão
Não-Maleficência - a ação do médico sempre deve causar o menor
prejuízo ou agravos à saúde do paciente (ação que não faz o mal).
Beneficência - obrigação ética de maximizar o benefício e minimizar o
prejuízo (ação que faz o bem).
Justiça - todas devem ser tratados com igual consideração,
independentemente de sua situação socioeconômica (igualdade).
Eqüidade - obrigação ética de tratar cada indivíduo conforme o que é
moralmente correto e adequado, de dar a cada um o que lhe é devido
(tratar desigualmente os desiguais). Os recursos devem ser
equilibradamente distribuídos, com o objetivo de alcançar, com melhor
eficácia, o maior número de pessoas assistidas.

12. FCC - TRT 12° Região – Psicologia – 2013


Acerca do Código de Ética Profissional do Psicólogo, é INCORRETO
afirmar que o psicólogo
(A) contribuirá para promover a universalização do acesso da população às
informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões
éticos da profissão.
(B) zelará para que o exercício profissional seja efetuado com austeridade,
mesmo quando levado a tolerar e aceitar situações em que a Psicologia esteja
sendo aviltada.
(C) atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento
profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo
científico de conhecimento e de prática.
(D) trabalhará visando a promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e
das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
(E) atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a
realidade política, econômica, social e cultural.
Gabarito: B
Comentários: Vejamos cada uma.
(A) contribuirá para promover a universalização do acesso da população
às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e
aos padrões éticos da profissão.
Princípios Universais
V. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do
acesso da população às informações, ao conhecimento da ciência
psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da profissão.
(B) zelará para que o exercício profissional seja efetuado com
austeridade, mesmo quando levado a tolerar e aceitar situações em que a
Psicologia esteja sendo aviltada.
Princípios Universais

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VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja


efetuado com dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia
esteja sendo aviltada.
(C) atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento
profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como
campo científico de conhecimento e de prática.
Princípios Fundamentais
IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do
contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o
desenvolvimento da Psicologia como campo científico de
conhecimento e de prática.
(D) trabalhará visando a promover a saúde e a qualidade de vida das
pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer
formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão.
Princípios Fundamentais
II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade
de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a
eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.
(E) atuará com responsabilidade social, analisando crítica e
historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.
Princípios Fundamentais
III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando
crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e
cultural.

13. FCC - TRT 18ª Região – Psicologia - 2013


Segundo o Código de Ética Profissional do Psicólogo, é vedado ao
psicólogo prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo
que possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de
informações
(A) divulgadas.
(B) negociadas.
(C) limitadas.
(D) polêmicas.
(E) privilegiadas.
Gabarito: E
Comentários: Segundo o artigo 2º, ao psicólogo é vedado:
m) Prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo
que possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de
informações privilegiadas;

14. FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário - Psicologia

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O art. 4° do Código de Ética Profissional do Psicólogo informa que, ao fixar


a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo: levará em conta a justa
retribuição aos serviços prestados e as condições do usuário ou beneficiário;
estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o comunicará
ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser realizado e
assegurará a qualidade dos serviços oferecidos
a) respeitando os valores aplicados pelo mercado de saúde.
b) por meio do valor acordado.
c) respeitando as tabelas de valores indicadas pelo Conselho Regional de
Psicologia do qual faz parte.
d) respeitando a média dos valores estabelecidos pelas tabelas de valores
indicadas pelo Conselho Regional de Psicologia do qual faz parte.
e) independentemente do valor acordado.
Gabarito: E
Comentários: Segundo nosso código de ética:
Art. 4°. Ao fixar a remuneração pelo seu trabalho, o psicólogo:
a) Levará em conta a justa retribuição aos serviços prestados e as
condições do usuário ou beneficiário;
b) Estipulará o valor de acordo com as características da atividade e o
comunicará ao usuário ou beneficiário antes do início do trabalho a ser
realizado;
c) Assegurará a qualidade dos serviços oferecidos independentemente do
valor acordado.

15. FCC - 2007 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Psicologia


No caso do psicólogo ser intimado pela justiça como profissional, ele
deve considerar o que prevê o Código de Ética profissional em seu artigo 10°.
Com relação ao sigilo, o psicólogo
a) deve consultar seu cliente se deve ou não obedecer à intimação judicial, sob
pena de ser advertido pelo CRP.
b) não tem liberdade para decidir pela quebra do sigilo, pois sua decisão é
sempre visando a inocentar seu cliente.
c) deve obedecer a intimação, mas manter-se calado em audiência e
obrigatoriamente estar acompanhado por um advogado do Estado.
d) não possui necessidade de obedecer a intimações judiciais enquanto
profissional, pois, se o fizer, poderá ter seu CRP cassado.
e) poderá decidir pela quebra do sigilo, baseando sua decisão na busca do menor
prejuízo.
Gabarito: E
Comentários: Segundo nosso código de Ética:
Art. 10. Nas situações em que se configure conflito entre as exigências
decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios
fundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o

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psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na


busca do menor prejuízo.

16. FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Psicologia
Como psicólogo contratado pelo Tribunal Regional do Trabalho você
precisa avaliar se um servidor, após ter alta do Hospital em que estava
internado, poderá retornar ou não às suas atividades profissionais de imediato.
Como parte do que precisa levantar para proceder a esta avaliação, o
psicólogo/você necessita conversar com outros profissionais da saúde,
envolvidos no tratamento deste servidor. Para atuar de acordo com o Código de
Ética Profissional do Psicólogo (Art. 6°, inciso b), no relacionamento com
profissionais não psicólogos, deve-se compartilhar
a) todas as informações fornecidas pelo paciente e sua família, desde que
garantidos critérios de confidencialidade à família do paciente, por todos os
membros da equipe multidisciplinar.
b) todas as informações colhidas com os demais profissionais, já que se
encontram envolvidos no processo de cura do servidor e compõem uma equipe
multidisciplinar no Setor de trabalho hospitalar.
c) somente informações relativas às condições de saúde atual, permitidas pelo
paciente e relativas ao momento do adoecimento, procedimento usual, nestes
casos.
d) somente informações relativas às condições de saúde atual, permitidas pela
família do paciente e relativas às experiências anteriores ao episódio da
hospitalização.
e) somente informações relevantes para qualificar o serviço prestado,
resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a
responsabilidade, de quem receber, de preservar o sigilo.
Gabarito: E
Comentários: Segundo nosso código de ética:
Art. 6º. O psicólogo, no relacionamento com profissionais não
psicólogos:
a) Encaminhará a profissionais ou entidades habilitados e qualificados
demandas que extrapolem seu campo de atuação;
b) Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o
serviço prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações,
assinalando a responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.

17. FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário -


Psicologia
Um psicólogo está envolvido em um trabalho multiprofissional em que a
intervenção faz parte da metodologia adotada. Segundo o Código de Ética
Profissional do Psicólogo (Art. 7°, inciso d), ele poderá intervir
a) em casos que não se trate de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário
do serviço.

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b) sem pedido do profissional responsável pelo serviço.


c) na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo efetuados por outro
profissional.
d) quando não for informado da interrupção voluntária e definitiva do serviço,
por parte do paciente.
e) quando não for informado de interrupção temporária do serviço, por
qualquer uma das partes.
Gabarito: C
Comentários: Vejamos a literalidade pedida:
Art. 7º. O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos
que estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes
situações:
a) A pedido do profissional responsável pelo serviço;
b) Em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou usuário do serviço,
quando dará imediata ciência ao profissional;
c) Quando informado expressamente, por qualquer uma das partes, da
interrupção voluntária e definitiva do serviço;
d) Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a intervenção fizer
parte da metodologia adotada.

18. FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário -


Psicologia
Para atuar de acordo com o Código de Ética Profissional do Psicólogo
(Princípios Fundamentais - item I), o psicólogo baseará o seu trabalho no
respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da
integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam
a) o Estatuto do Idoso e do Cidadão.
b) o Código Civil Brasileiro.
c) o Código Penal Brasileiro Revisado.
d) o Código de Ética Universal das categorias especializadas.
e) a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Gabarito: E
Comentários: No início do código de ética, encontramos o seguinte:
I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da
liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser
humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal
dos Direitos Humanos.

19. FCC - 2009 - TJ-AP - Analista Judiciário - Psicologia


De acordo com o Art. 5º do Código de Ética Profissional do Psicólogo,
o psicólogo, quando participar de greves ou paralizações, garantirá que
a) as atividades de emergência não sejam interrompidas.
b) não haja comunicação da paralização aos usuários ou beneficiários dos
serviços atingidos pela mesma.

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c) haja qualidade dos serviços oferecidos independentemente dos valores


acordados.
d) o novo tipo de contrato seja estipulado de acordo com as características da
atividade e deve preocupar- se em comunicar as mudanças ao usuário ou
beneficiário antes do início do trabalho a ser realizado.
e) a justa retribuição aos serviços prestados e as condições do usuário ou
beneficiário seja levada em conta, de modo que se considere as necessidades de
ambas as partes no novo acordo.
Gabarito: A
Comentários: Segundo nosso código de ética:
Art. 5º – O psicólogo, quando participar de greves ou paralisações,
garantirá que:
a) As atividades de emergência não sejam interrompidas;
b) Haja prévia comunicação da paralisação aos usuários ou
beneficiários dos serviços atingidos pela mesma.

20. FCC - 2009 - TJ-AP - Analista Judiciário - Psicologia


O Art. 2º do Código de Ética Profissional do Psicólogo estabelece que
ao psicólogo é vedado
a) prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou de
emergência, sem visar benefício pessoal.
b) ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou
contravenções penais praticadas por psicólogos na prestação de serviços
profissionais.
c) informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de
serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada
de decisões que afetem o usuário ou beneficiário.
d) orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a partir
da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que solicitado, os
documentos pertinentes ao bom termo do trabalho.
e) zelar para que a comercialização, aquisição, doação, empréstimo, guarda e
forma de divulgação do material privativo do psicólogo sejam feitas conforme
os princípios deste Código.
Gabarito: B
Comentários: Segundo o artigo 2º, é vedado ao psicólogo
e) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou
contravenções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços
profissionais;

21. FCC - 2009 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário -


Psicologia
De acordo com o Artigo 8º do Código de Ética Profissional do
Psicólogo, para realizar atendimento não eventual de criança, adolescente ou
interdito, o psicólogo deverá, observadas as determinações da legislação vigente,
obter autorização de

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a) ao menos um de seus responsáveis.


b) todos os seus responsáveis.
c) algum familiar, que tenha vínculo consanguíneo com o menor.
d) uma instituição de ensino frequentada pelo menor.
e) algum cuidador amigo do menor, pelo menos.
Gabarito: A
Comentários: Segundo nosso código de ética, em seu artigo 8°: para realizar
atendimento não eventual de criança, adolescente ou interdito, o psicólogo
deverá obter autorização de ao menos um de seus responsáveis, observadas as
determinações da legislação vigente [...]
Ainda é importante destacar, no mesmo artigo, que:
§1° – No caso de não se apresentar um responsável legal, o atendimento
deverá ser efetuado e comunicado às autoridades competentes;

22. FCC - 2009 - TJ-PI - Analista Judiciário - Psicologia


O Art. 18º do Código de Ética Profissional do Psicólogo indica que o
psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a leigos
instrumentos e técnicas psicológicas que
a) bloqueiem o conhecimento sobre o manejo de tais instrumentos.
b) dificultem o acesso a informações confidenciais sobre o paciente.
c) permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão.
d) não facilitem a aplicação destes instrumentos para fins promocionais.
e) não facilitem a aplicação destes instrumentos para fins comerciais.
Gabarito: C
Comentários: Segundo nosso código de ética, em seu artigo 18, “O psicólogo
não divulgará, ensinará, cederá, empresará ou venderá a leigos instrumentos e
técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão”.

23. FCC - 2009 - TJ-PI - Analista Judiciário - Psicologia


O Art. 9º do Código de Ética Profissional do Psicólogo indica que é
dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da
confiabilidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações,
a) somente quando nomeado para peritagem por pedido judicial.
b) a que tenha acesso no exercício profissional.
c) desde que o psicólogo tenha prestado serviços oficialmente por contrato de
trabalho devidamente assinado.
d) somente nos casos em que utilize instrumentos de avaliação psicológica.
e) que, de alguma maneira, auxiliaram no desenvolvimento das comunidades
carentes.
Gabarito: B
Comentários: Segundo o nosso código de ética, em seu artigo 9°, “É dever do
psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da
confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que
tenha acesso no exercício profissional”.

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24. FCC - 2007 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário – Psicologia


O profissional que utilizar testes psicológicos que não constam na
relação de testes aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia estará
a) valorizando a atuação estritamente clínica.
b) exercendo o livre arbítrio, previsto na categoria.
c) cometendo uma falta ética.
d) cometendo erro administrativo.
e) propondo novos métodos de intervenção.
Gabarito: C
Comentários: Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:
c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e
apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e
técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência psicológica, na ética e na
legislação profissional;

25. FCC - 2010 - DPE-SP - Agente de Defensoria – Psicólogo


De acordo com o Art. 2º, item q, do Código de Ética Profissional do
Psicólogo, ao psicólogo é vedado realizar diagnósticos, divulgar procedimentos
ou apresentar resul- tados de serviços psicológicos, de forma a expor pessoas,
grupos ou organizações,
a) durante a avaliação psicológica.
b) aos familiares do paciente.
c) à instituição educacional do paciente.
d) antes da finalização da avaliação psicológica.
e) em meios de comunicação.
Gabarito: E
Comentários:
Artº2: q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar
resultados de serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor
pessoas, grupos ou organizações.

26. FCC - 2008 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário –


Psicologia
O Art. 19º do Código de Ética do Psicólogo relata que o psicólogo, ao
participar de atividade em veículos de comunicação,
a) articulará positivamente para obter vantagens que agreguem valor a todos os
profissionais que atuam como psicólogos em sua região.
b) estimulará a comunidade a buscar os serviços públicos de atendimento
psicológico, visando, desta forma, desmistificar a fantasia de que psicólogos
atuam somente com pacientes de alta periculosidade.
c) deverá manter uma postura de suprir as necessidades imediatas da sociedade,
diminuindo sofrimentos e reforçando a importância da qualidade de vida.

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d) zelará para que as informações prestadas disseminem conhecimento a


respeito das atribuições, da base científica e do papel social da profissão.
e) deverá solicitar autorização prévia do Conselho Regional de Psicologia,
visando manter seus direitos garantidos, caso sofra eventual denúncia por ter
emitido pareceres inadequados.
Gabarito: D
Comentários: Litaralidade do art. 19 do código de ética profissional do
psicólogo, portanto, vejam que as questões trazem o conteúdo expresso na lei,
então é necessário estar atento ao conteúdo.

27. FCC - 2008 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário –


Psicologia
O Art. 6º do Código de Ética do Psicólogo indica que, no
relacionamento com profissionais não psicólogos, o psicólogo encaminhará a
profissionais ou entidades habilitados e qualificados demandas que extrapolem
seu campo de atuação e:
a) compartilhará todas as informações para qualificar o serviço prestado, com a
intenção de oferecer conheci- mento e interagir de forma franca e aberta com
os demais profissionais envolvidos na demanda indicada.
b) compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço
prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a
responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.
c) não deverá compartilhar informações, reservando, assim, o sigilo que é
exigido para sua profissão.
d) mediará, sempre que necessário, a orientação dos demais profissionais não
psicólogos visando, desta forma, garantir a integridade do sigilo das
informações.
e) responsabilizar-se-á por compilar todas as informações e garantir que estas
sejam tratadas com o devido sigilo, posto que a orientação do Conselho Federal
de Psicologia é a de se preservar a integridade dos seres humanos.
Gabarito: B
Comentários:
Art. 6º - O psicólogo, no relacionamento com profissionais não psicólogos:
a. Encaminhará a profissionais ou entidades habilitados e qualificados
demandas que extrapolem seu campo de atuação;
b. Compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço
prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a
responsabilidade, de quem as receber, de preservar o sigilo.

28. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


Uma jovem de vinte e três anos de idade, filha primogênita, em
acompanhamento psicológico desde os nove anos de idade, em virtude de
passividade exacerbada nos relacionamentos interpessoais, mostrou-se, no início
do tratamento, ansiosa e com dependência significativa de sua mãe. Ao longo
do seu desenvolvimento, apresentou outras queixas, tais como alteração

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repentina de humor, agressividade, insegurança e angústia. As manifestações


clínicas mais recentes relatadas pela jovem foram dificuldade na tomada de
decisões e na iniciação de projetos pessoais, sentimentos de desamparo ao estar
sozinha e preocupação exacerbada com a possibilidade de deixar de receber
cuidado e apoio das pessoas que considera em seu rol de amizade.
Considerando o caso clínico apresentado, julgue os itens a seguir, à luz
do disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo e das abordagens
teóricas da psicologia.
53 Nesse caso, para iniciar o tratamento, quando a jovem era ainda criança, o
psicólogo necessitou de autorização de ambos os responsáveis — pai e mãe —,
dada a previsão desta determinação no Código de Ética Profissional do
Psicólogo.
Gabarito: E
Comentários: Necessita de autorização de um dos pais apenas.

29. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


Considere que um funcionário tenha procurado o psicólogo do setor de
qualidade de vida no trabalho, órgão hierarquicamente superior à área de gestão
de pessoas da empresa onde trabalha, e que tenha denunciado ser vítima de
assédio moral do responsável pela área de gestão de pessoas. Considere, ainda,
que o referido funcionário tenha alegado que, no último ano, havia sofrido
ações prolongadas e repetidas de humilhação, ofensas, xingamentos e
constrangimentos, inclusive na presença da equipe de trabalho.
Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsequentes,
acerca da qualidade de vida no trabalho e da ética profissional do psicólogo
organizacional.
O psicólogo que atendeu o funcionário deve considerar as relações de poder
existentes no ambiente organizacional e se posicionar de forma crítica,
conforme os princípios do código de ética profissional, mesmo que estes sejam
contrários aos interesses da empresa.
Gabarito: C
Comentários: Eu avisei que esse inciso cai na literalidade! Veja o que diz o
CEP:
VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que
atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais,
posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais
princípios deste Código.

30. CESPE – TJ-SE – Psicólogo – 2014


Considere que um funcionário tenha procurado o psicólogo do setor de
qualidade de vida no trabalho, órgão hierarquicamente superior à área de gestão
de pessoas da empresa onde trabalha, e que tenha denunciado ser vítima de
assédio moral do responsável pela área de gestão de pessoas. Considere, ainda,
que o referido funcionário tenha alegado que, no último ano, havia sofrido

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ações prolongadas e repetidas de humilhação, ofensas, xingamentos e


constrangimentos, inclusive na presença da equipe de trabalho.
Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsequentes,
acerca da qualidade de vida no trabalho e da ética profissional do psicólogo
organizacional.
Caso o psicólogo seja demitido ou transferido do seu posto de trabalho, ele
deverá repassar todo o material ao psicólogo substituto, porém, não havendo
outro profissional habilitado para substituí-lo, deverá encaminhar todos os
arquivos lacrados à direção da empresa.
Gabarito: E
Comentários: Os arquivos devem ser encaminhados ao CRP.

31. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


O documento em que o psicólogo descreve a ocorrência de fatos ou situações
objetivas relacionadas ao atendimento psicológico, com intuito de prestar
informações sobre as condições do atendimento, denomina-se
A laudo psicológico.
B parecer psicológico.
C relatório psicológico.
D atestado psicológico.
E declaração.
Gabarito: E
Comentários: Para descrever a ocorrência de fatos ou situações objetivas
relacionadas ao atendimento psicológico, com intuito de prestar informações
sobre as condições do atendimento temos a declaração apenas. Ah Alyson, nem
precisa de avaliação Psicológica? Nem precisa. =] Avaliação Psicológica à
Atestado e Lado/Relatório

32. CESPE – TRE-BA – Psicólogo – 2017


Uma criança de sete anos de idade, filha de um casal em processo de divórcio
litigioso, foi encaminhada para avaliação psicológica por determinação judicial.
O caso envolvia a suspeita de violência sexual pelo genitor e a possibilidade de
reversão do modelo de guarda, que, a princípio, era compartilhada.
Assinale a opção que apresenta o documento a ser elaborado ao final do
processo avaliativo dessa criança pelo psicólogo responsável pela avaliação.
A comunicado psicológico
B declaração
C atestado psicológico
D parecer psicológico
E relatório psicológico
Gabarito: E
Comentários: Terminou a avaliação? Faz um laudo/relatório uai.

33. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011

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Considerando que o psicólogo, na elaboração de seus documentos, deverá


adotar como princípios norteadores as técnicas da linguagem escrita e os
princípios éticos, técnicos e científicos da profissão, julgue os itens a seguir,
acerca dos documentos utilizados pelo psicólogo.
São modalidades de documentos utilizadas pelos psicólogos: declaração,
atestado psicológico, relatório psicológico/laudo psicológico e parecer
psicológico.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Correto. Vide Resolução 007/2003.

34. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


Considerando que o psicólogo, na elaboração de seus documentos, deverá
adotar como princípios norteadores as técnicas da linguagem escrita e os
princípios éticos, técnicos e científicos da profissão, julgue os itens a seguir,
acerca dos documentos utilizados pelo psicólogo.
O relatório ou laudo psicológico baseia-se em uma interpretação inferencial
acerca de situações e(ou) condições psicológicas e suas determinações históricas,
sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: De acordo com a Resolução 007/2003, o relatório ou o laudo
psicológico devem ser descritivos. Assertiva errada.

35. CESPE - STM - Analista Judiciário – 2011


Julgue os itens subsequentes com base no Código de Ética Profissional
dos Psicólogos e na resolução CFP 007/2003.
Veda-se ao psicólogo a emissão de documentos sem fundamentação e
qualidade técnico-científica.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Ainda bem, não é verdade?
Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:
...
g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico científica;

36. CESPE - STM - Analista Judiciário – 2011


Os documentos escritos decorrentes de avaliação psicológica, bem
como todo material que os fundamentou, devem ser guardados pelo prazo
mínimo de seis meses.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E

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Comentários: Essa resposta não está no Código de Ética, mas na resolução


citada CFP 07/2003. Fique atento para não confundir o prazo de guarda do
material com o prazo de validade dos documentos:
VI - GUARDA DOS DOCUMENTOS E CONDIÇÕES DE
GUARDA
Os documentos escritos decorrentes de avaliação psicológica, bem
como todo o material que os fundamentou, deverão ser guardados pelo
prazo mínimo de 5 anos, observando-se a responsabilidade por eles tanto
do psicólogo quanto da instituição em que ocorreu a avaliação
psicológica.
V – VALIDADE DOS CONTEÚDOS DOS DOCUMENTOS
O prazo de validade do conteúdo dos documentos escritos, decorrentes
das avaliações psicológicas, deverá considerar a legislação vigente nos
casos já definidos. Não havendo definição legal, o psicólogo, onde for
possível, indicará o prazo de validade do conteúdo emitido no
documento em função das características avaliadas, das informações
obtidas e dos objetivos da avaliação.
Ao definir o prazo, o psicólogo deve dispor dos fundamentos para a
indicação, devendo apresentá-los sempre que solicitado.

37. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


Relatórios e laudos psicológicos são formas de comunicar os
resultados de uma avaliação psicológica a outros profissionais da área de saúde.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Assertiva correta. Observe o que diz a RESOLUÇÃO CFP N.º
007/2003
O relatório ou laudo psicológico é uma apresentação descritiva acerca de
situações e/ou condições psicológicas e suas determinações históricas, sociais,
políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica. Como
todo DOCUMENTO, deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, à
luz de um instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos,
observação, exame psíquico, intervenção verbal), consubstanciado em
referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo psicólogo.
A finalidade do relatório psicológico será a de apresentar os procedimentos
e conclusões gerados pelo processo da avaliação psicológica, relatando sobre o
encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o prognóstico e evolução do
caso, orientação e sugestão de projeto terapêutico, bem como, caso necessário,
solicitação de acompanhamento psicológico, limitando-se a fornecer somente as
informações necessárias relacionadas à demanda, solicitação ou petição.

38. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


O relatório ou laudo psicológico baseia-se em uma interpretação
inferencial acerca de situações e(ou) condições psicológicas e suas

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determinações históricas, sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo


de avaliação psicológica.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: De acordo com a Resolução 007/2003, o relatório ou o laudo
psicológico devem ser descritivos. Assertiva errada.

39. CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle Externo – 2011


São modalidades de documentos utilizadas pelos psicólogos: declaração,
atestado psicológico, relatório psicológico/laudo psicológico e parecer
psicológico.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: C
Comentários: Correto. Vide Resolução 007/2003.

40. CESPE – SESA – ES - 2013


São princípios norteadores que deverão ser observados pelo psicólogo na
elaboração de documentos os princípios
A) subjetivos e técnicos da linguagem escrita.
B) sociais e históricos.
C) técnicos da linguagem escrita e oral.
D) éticos e técnicos.
E) teóricos e éticos.
Gabarito: D
Comentários: Segundo nossa resolução CFP n˚ 7/2003, o psicólogo, na
elaboração de seus documentos, deverá adotar como princípios norteadores as
técnicas da linguagem escrita e os princípios éticos, técnicos e científicos da
profissão.

41. CESPE – UNIPAMPA - 2013


Na elaboração do laudo pericial, o psicólogo jurídico — nomeado perito,
previamente, pelo juiz do caso — deverá ser breve e sucinto ao apresentar as
informações e achados, com a finalidade de diminuir o risco de acesso por
outras pessoas às informações por ele prestadas.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: A finalidade de ser breve e sucinto não é a de resguardar a
segurança do documento, mas de dar objetividade a sua comunicação.

42. CESPE – CNJ – 2013


Em matéria penal, ao redigir suas conclusões, o psicólogo deve elaborar um
relatório sucinto, evitando detalhar os resultados obtidos, mas explicitando
instrumentos utilizados.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E

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PSICOLOGIA – MPU - 2018
Professor Alyson Barros

Comentários: Em matéria penal, como resultado da avaliação psicológica, o


psicólogo deve elaborar um documento psicológico do mesmo modo, pelo
menos para fins de concursos, como é recomendado pela Resolução CFP n˚ 7
de 2003. Nesse tipo de documento o psicólogo apresenta, necessariamente,
cinco elementos para a caracterização do documento: identificação, descrição da
demanda, procedimento, análise e conclusão. É na parte da análise que
identificamos os resultados obtidos.
Destaco que Brandmiller (1996) identifica a possibilidade de exposição
de conclusões a partir da elaboração de um parecer. Segundo o autor, os
resultados da perícia são apresentados por meio de um parecer sucinto, apenas
com respostas aos quesitos formulados, ou via laudo técnico com exposição
detalhada dos elementos investigados, sua análise e fundamentação das
conclusões, além de resposta aos quesitos formulados. Como regra, para fins de
concurso, adotaremos a posição de que para questões elaborados pelo juiz,
elaboramos parecer, para avaliação psicológica, elaboramos laudo/relatório.
Por fim, a lei 4.112 de 27 de agosto de 1962, que dispõe sobre a
profissão de psicólogo, afirma que no exercício profissional, entre outras
atribuições, cabe ao psicólogo: "Realizar perícias e emitir pareceres sobre a
matéria de psicologia" (Art. 4º, n° 6). Por sua vez, o nosso Código de Ética
Profissional estabelece, em seus artigos de 18 a 22, os limites que norteiam a
relação do psicólogo com a Justiça. Portanto, esta é uma área de atuação
legítima do psicólogo. Cabe a ele desenvolver o estudo da personalidade dos
litigantes e demais envolvidos nos litígios judiciais. Caso as ilações periciais
sejam baseadas em psicodiagnósticos, cabe-lhe também concluir o laudo2.

43. CESPE – CNJ – 2013


Em matéria civil, o perito do juízo deve apresentar suas observações na forma
de parecer, enquanto psicólogos, por exemplo, devem elaborar suas conclusões
finais na forma de laudo médico-pericial.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: E
Comentários: Psicólogos não fazem laudos médicos, mas laudos psicológicos
periciais.

44. FCC – Metrô – Psicólogo – 2012


A Resolução CFP no 007/2003 institui o Manual de Elaboração de
Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo. Dentre as modalidades de
documentos escritos apresentadas, está o laudo psicológico, também
denominado
(A) parecer psicológico.
(B) relatório psicológico.

2 ORTIZ, Maria Cecilia Meirelles. A perícia psicológica. Psicol. cienc. prof. [online]. 1986, vol.6, n.1
[cited 2013-12-09], pp. 26-30 . Available from:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98931986000100009&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1414-9893. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-
98931986000100009.
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(C) declaração psicológica.


(D) atestado psicológico.
(E) perícia psicológica.
Gabarito: B
Comentários: Segundo a Resolução CFP no 007/2003, o laudo psicológico e o
relatório são sinônimos para um mesmo documento. Na resolução anterior
havia diferenciação, porém, de forma acertada o Conselho Federal de
Psicologia uniu os dois conceitos.

45. FCC – ALRN – Psicólogo – 2013


Segundo o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzido pelo
psicólogo, decorrentes de avaliação psicológica (Resolução CFP n˚ 007/2003), o
relatório psicológico deve
(A) fornecer todas as informações colhidas na avaliação psicodiagnóstica.
(B) limitar-se a fornecer somente as informações necessárias relacionadas à
demanda, solicitação ou petição.
(C) sempre documentar todos os achados da avaliação anexando protocolos de
testes e relatórios que narrem o conteúdo de todas as entrevistas realizadas por
todos os profissionais envolvidos.
(D) apenas descrever o procedimento utilizado, mas resguardar em sigilo a
análise, contendo apenas o parecer final do psicólogo.
(E) apenas expor a decisão final do psicólogo com seu parecer técnico, sem que
seja necessário constar descrições da demanda e dos procedimentos, uma vez
que esta linguagem é dirigida somente aos colegas psicólogos.
Gabarito: B
Comentários: Segundo a Resolução CFP n˚ 007/2003, o relatório ou laudo
psicológico é uma apresentação descritiva acerca de situações e/ou condições
psicológicas e suas determinações históricas, sociais, políticas e culturais,
pesquisadas no processo de avaliação psicológica. Como todo
DOCUMENTO, deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, à luz de
um instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos, observação,
exame psíquico, intervenção verbal), consubstanciado em referencial técnico-
filosófico e científico adotado pelo psicólogo.
A finalidade do relatório psicológico será a de apresentar os
procedimentos e conclusões gerados pelo processo da avaliação psicológica,
relatando sobre o encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o
prognóstico e evolução do caso, orientação e sugestão de projeto terapêutico,
bem como, caso necessário, solicitação de acompanhamento psicológico,
limitando-se a fornecer somente as informações necessárias relacionadas à
demanda, solicitação ou petição.

46. FCC – ALRN – Psicólogo – 2013


O psicólogo forense, ao emitir um parecer em um documento escrito, após
analisar o problema apresentado, deve destacar os aspectos relevantes,
considerando os quesitos apresentados e
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(A) decidir sobre a questão.


(B) opinar a respeito.
(C) julgar a medida plausível.
(D) determinar os caminhos subsequentes.
(E) aprovar a medida jurídica a ser seguida.
Gabarito: B
Comentários: Segundo a Resolução CFP n˚ 007/2003, o psicólogo que elabora
o parecer deve fazer a análise do problema apresentado, destacando os aspectos
relevantes e opinar a respeito, considerando os quesitos apontados e com
fundamento em referencial teórico-científico. Havendo quesitos, o psicólogo
deve respondê-los de forma sintética e convincente, não deixando nenhum
quesito sem resposta.

47. FCC - Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região – Psicólogo – 2013


No Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo
(Resolução CFP no 007/2003) consta que o relatório ou laudo psicológico deve
conter, no mínimo, os seguintes itens: 1. Identificação; 2. Descrição
(A) da execução; 3. Evolução; 4. Avaliação; 5. Considerações Finais.
(B) da avaliação; 3. Método; 4. Aspectos conclusivos; 5. Indicação Terapêutica.
(C) da demanda; 3. Procedimento; 4. Análise; 5. Conclusão.
(D) das entrevistas; 3. Processos avaliativos; 4. Discussão; 5. Análise.
(E) de aspectos metodológicos; 3. Tarefas de avaliação; 4. Interpretação; 5.
Parecer.
Gabarito: C
Comentários: No item 3.2 da resolução CFP n˚ 7 de 2003 temos o seguinte:
O relatório psicológico deve conter, no mínimo, 5 (cinco) itens:
identificação, descrição da demanda, procedimento, análise e conclusão.
1. Identificação
2. Descrição da demanda
3. Procedimento
4. Análise
5. Conclusão

48. FCC – DPE/RS – Psicólogo – 2013


Na Resolução CFP nº 007/2003 que instituiu o Manual de Elaboração de
Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliação
psicológica (atestado psicológico, declaração, relatório/laudo psicológico,
parecer psicológico), enfatiza-se os cuidados em relação aos deveres do
psicólogo nas suas relações com a pessoa atendida, ao sigilo profissional, às
relações com a justiça e ao alcance das informações, e que o psicólogo baseará
suas informações na observância dos princípios e dispositivos do
(A) Código Forense do Ministério do Trabalho.
(B) Código Civil Brasileiro.
(C) ECA − Estatuto da Criança e do Adolescente.
(D) Manual de Atuação do Psicólogo na Justiça.

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(E) Código de Ética Profissional do Psicólogo.


Gabarito: E
Comentários: Segundo a Resolução CFP n˚ 7/2003:
2 – PRINCÍPIOS ÉTICOS E TÉCNICOS
2.1 Princípios Éticos
Na elaboração de DOCUMENTO, o psicólogo baseará suas
informações na observância dos princípios e dispositivos do Código
de Ética Profissional do Psicólogo.

49. FCC - Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região – Psicólogo – 2014


Um psicólogo do TRT da 2ª Região foi solicitado a elaborar um documento
fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicológico, cujo
resultado pode ser indicativo ou conclusivo. Era necessário apresentar resposta
esclarecedora, no campo do conhecimento psicológico, por meio de uma
avaliação especializada, de uma “questão-problema”, visando a dirimir dúvidas
que estivessem interferindo na decisão. Tratava-se, portanto, de uma resposta a
uma consulta na área de sua competência. Destacando os aspectos relevantes e
opinando a respeito, e considerando os quesitos apontados, o psicólogo, com
fundamento em referencial teórico e científico, e respeitando os critérios
existentes no Manual de Elaboração de Documentos Escritos (Resolução CFP
no 0007/2003, elaborou um documento composto por 4 (quatro) itens − 1.
Identificação; 2. Exposição de motivos; 3. Análise; 4. Conclusão −,
denominado
(A) Relatório psicológico.
(B) Atestado psicológico.
(C) Laudo psicológico.
(D) Parecer psicológico.
(E) Declaração psicológica.
Gabarito: D
Comentários: Segundo a Resolução CFP nº 7 de 2003:
4 – PARECER
4.1. Conceito e finalidade do parecer
Parecer é um documento fundamentado e resumido sobre uma questão
focal do campo psicológico cujo resultado pode ser indicativo ou
conclusivo.
O parecer tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora, no
campo do conhecimento psicológico, através de uma avaliação
especializada, de uma “questão-problema”, visando a dirimir dúvidas que
estão interferindo na decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma
consulta, que exige de quem responde competência no assunto.
4.2. Estrutura
O psicólogo parecerista deve fazer a análise do problema apresentado,
destacando os aspectos relevantes e opinar a respeito, considerando os
quesitos apontados e com fundamento em referencial teórico-científico.

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Havendo quesitos, o psicólogo deve respondê-los de forma sintética e


convincente, não deixando nenhum quesito sem resposta. Quando não
houver dados para a resposta ou quando o psicólogo não puder ser
categórico, deve-se utilizar a expressão “sem elementos de convicção”. Se
o quesito estiver mal formulado, pode-se afirmar “prejudicado”, “sem
elementos” ou “aguarda evolução”.
O parecer é composto de 4 (quatro) itens:
5. Identificação
6. Exposição de motivos
7. Análise
8. Conclusão

50. FCC – TJ/AP – Psicologia – 2014


Quando necessário for, a um psicólogo, elaborar um parecer psicológico, deverá
respeitar a Resolução no 007/2003, que
(A) indica quais laudos elaborados pelo profissional psicólogo precisam seguir
normas éticas e técnicas regulamentadas pelo CFP e quais não necessitam.
(B) propõe a preservação da liberdade do profissional psicólogo de escolher o
formato a ser dado ao documento escrito, desde que mantenha a assinatura e
carimbo, ao final.
(C) orienta o profissional psicólogo na confecção de documentos decorrentes
das avaliações psicológicas e fornece os subsídios éticos e técnicos necessários
para a elaboração qualificada da comunicação escrita.
(D) ensina sobre técnicas de escrita documental, para uso em situações em que
o profissional psicólogo necessite comunicar resultados de sua avaliação
psicológica.
(E) menciona procedimentos considerados éticos ou não na situação de perícia
psicológica em Saúde Mental, realizada pelo profissional psicólogo, como
também o formato a ser dado ao texto documental, para despacho junto ao juiz
encarregado do processo.
Gabarito: C
Comentários: Segundo a Resolução CFP nº 007/2003:
O presente Manual tem como objetivos orientar o profissional psicólogo
na confecção de documentos decorrentes das avaliações psicológicas e fornecer
os subsídios éticos e técnicos necessários para a elaboração qualificada da
comunicação escrita.

51. FCC - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário – Psicologia – 2007


Segundo a Resolução de no 007/2003, do CFP – Conselho Federal de
Psicologia, que institui o Manual de Elaboração de Documentos decorrentes de
Avaliações Psicológicas, todo documento emitido por psicólogos deve ser
subsidiado em dados colhidos e analisados à luz de um instrumental técnico. O
documento que faz uma apresentação descritiva acerca de situações e/ou
condições psicológicas e suas determinações históricas, sociais, políticas e
culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica é denominado de

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a) jurisprudência.
b) informe.
c) atestado.
d) laudo.
e) sentença.
Gabarito: D
Comentários: Essa é a definição do Laudo/Relatório.

52. FCC - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário – Psicologia – 2007


Os documentos escritos decorrentes de avaliação psicológica, bem como
todo o material que a fundamentou, deverão ser guardados por um prazo
mínimo, observando-se a responsabilidade por eles, tanto do psicólogo quanto
da instituição em que ocorreu a avaliação psicológica. Esse prazo mínimo
referido é de
a) 1 ano.
b) 2 anos.
c) 3 anos.
d) 5 anos.
e) 10 anos.
Gabarito: D
Comentários: Segundo a Resolução n˚ 07/2003:
VI - GUARDA DOS DOCUMENTOS E CONDIÇÕES DE
GUARDA
Os documentos escritos decorrentes de avaliação psicológica, bem como
todo o material que os fundamentou, deverão ser guardados pelo prazo mínimo
de 5 anos, observando-se a responsabilidade por eles tanto do psicólogo quanto
da instituição em que ocorreu a avaliação psicológica.
Esse prazo poderá ser ampliado nos casos previstos em lei, por determinação
judicial, ou ainda em casos específicos em que seja necessária a manutenção da
guarda por maior tempo.
Em caso de extinção de serviço psicológico, o destino dos documentos
deverá seguir as orientações definidas no Código de Ética do Psicólogo.

53. FCC - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário – Psicologia –


2001
Consta na Resolução CFP no 007/2003, que ao redigir um parecer, o
psicólogo deve responder aos quesitos, quando houver, de forma sintética e
convincente, não deixando nenhum quesito sem resposta, sendo que quando
não houver dados para a resposta ou quando o psicólogo não puder ser
categórico, deve-se utilizar a expressão
a) “não coube na avaliação”.
b) “resposta desconhecida”.
c) “sem conhecimento prévio”.
d) “sem elementos de convicção”.
e) “resposta insustentada”.

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Gabarito: D
Comentários: Quando não houver dados para a resposta ou quando o psicólogo
não puder ser categórico, deve-se utilizar a expressão "sem elementos de
convicção". Se o quesito estiver mal formulado, pode-se afirmar "prejudicado",
"sem elementos" ou "aguarda evolução".

54. FCC - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário – Psicologia -


2011
Um psicólogo redigiu um relatório psicológico, considerando o que diz o
Manual de Elaboração de Documentos Escritos (Resolução CFP no
007/2003), em que consta que o relatório deve conter 5 itens. O nome do item
que não consta do modelo apresentado neste Manual é
a) identificação.
b) descrição da demanda.
c) procedimento.
d) encaminhamento.
e) conclusão.
Gabarito: D
Comentários: Segundo a Resolução n˚ 07/2003, o relatório psicológico é uma
peça de natureza e valor científicos, devendo conter narrativa detalhada e
didática, com clareza, precisão e harmonia, tornando-se acessível e
compreensível ao destinatário. Os termos técnicos devem, portanto, estar
acompanhados das explicações e/ou conceituação retiradas dos fundamentos
teórico-filosóficos que os sustentam.
O relatório psicológico deve conter, no mínimo, 5 (cinco) itens:
identificação, descrição da demanda, procedimento, análise e conclusão.
1. Identificação
2. Descrição da demanda
3. Procedimento
4. Análise
5. Conclusão

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