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Ética em Análise do

Comportamento Aplicada - ABA

Prof@ Msc. Giedra Marinho


Ementa

 História da Ética na Análise do comportamento.


 Condutas de responsabilidade do analista
comportamental.
 Responsabilidades do analista : ética do analista do
comportamento com os seus colegas, a profissão de
analista do comportamento e a conduta como
supervisores;
 Análise do comportamento e o programa de mudança
comportamental;
 A importância das declarações públicas;
 Responsabilidade do analista do comportamento com o
BACB.
Objetivos:

 Geral:
 Fomentar a postura ética dos analistas do comportamento
preconizando qualidades pertinentes a prática profissional diante
de temas específicos.

 Específicos:
 1. Abordar a história da ética em análise do comportamento
contextualizando para as demandas de aplicação na atualidade;
 2. Descrever as condutas de responsabilidade do Analista do
Comportamento
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

  História da Ética na Análise do Comportamento;


  O que é o Código de Ética e a conduta profissional para Analistas
do Comportamento?;
  Habilidades para a conduta ética e responsável do Analista do
Comportamento;
  Ética e profissionalismo;
  Ética para Analista do Comportamento atuando em saúde
mental;
  Atuando de modo ético e efetivo no sistema educacional;
  Prática com cenários: violação ética e resolução de problemas
História da Ética na Análise do comportamento.
Análise comportamental/Experimental

SK

WATSON
SKINNER

PAVLOV
VIDEOS

 https://youtu.be/kIZBQgMCEyk?si=n8ic2Lma1aAVOLf-
 O pequeno albert

 https://youtu.be/wqQNq0Cn9L4?si=AmyNLjG9wUrwImzE
 Caixa de skinner

 https://youtu.be/KwTE9YXauPs?si=EgaZoFcp-NDHmZU9
 Pavlov
Código de ética em pesquisas nos EUA...
 Os primeiros comitês de ética em pesquisa surgiram nos Estados Unidos, no
final dos anos 1960. Em 1964, a Associação Médica Mundial apresentou a
Declaração de Helsinque, primeiro documento a propor que os protocolos de
estudos com seres humanos fossem avaliados por comitês independentes,
especializados no tema em questão e em ética em pesquisa, mas apenas na
década de 1980 esses comitês tornaram-se exigência também em países
europeus.

 Como um dos documentos mais importantes para a pesquisa clínica mundial,


a Declaração de Helsinque vem passando por adequações desde sua criação,
incorporando aspectos relacionados a novas técnicas, tecnologias e
inovações. A última atualização do documento está ainda em andamento,
constituindo-se em sua sexta revisão.
Código de ética em pesquisas...

 No Brasil, as discussões e resoluções voltadas aos


cuidados éticos nas pesquisas ganharam corpo nos
anos 1990, após a criação da Comissão Nacional
de Ética em Pesquisa (Conep), por meio da
Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde
(CNS), órgão de controle social vinculado ao
Ministério da Saúde.
Pesquisas com animais...

 A legislação brasileira determina que toda instituição de ensino ou pesquisa


que utiliza animais tem que estar cadastrada no Conselho Nacional de
Controle de Experimentação Animal (Concea), criado pela Lei 11.794/2008,
conhecida como Lei Arouca. A norma também exige que os experimentos
sejam submetidos às Comissões de Ética em Uso de Animais (CEUAs).
Psicologia X Ratos ...
Condutas de responsabilidade do analista
comportamental.

 A prática do analista do comportamento se difere de outras práticas


psicológicas. O foco é na descrição funcional do comportamento.

 Outras práticas focam em descrições estruturais/subjetivas/emocionais do


comportamento.

 Sobre comportamentos infantis disruptivos, disfuncionais, agressivos, auto-


hetero lesivos, cabe ao analista do comportamento a formulação de predições
confiáveis baseadas nas descrições objetivas dessas relações.
 Não cabem inferências, suposições, julgamentos, achismos.
Analisar adequadamente a presença e comportamentos de adultos como
reforçadores de comportamentos.
Avaliação comportamental
Código de Disciplina Profissional e Ética para Analistas do
Comportamento do Behavior Analyst Certification Board (BACB).

 O Behavior Analyst Certification Board é uma corporação sem fins lucrativos


sediada nos Estados Unidos e criada em 1998 para atender às necessidades de
credenciamento profissional identificadas por analistas de comportamento e
consumidores de seus serviços.

O código consolida as Normas Profissionais de Ética e as Diretrizes de Conduta
Responsável para Analistas do Comportamento em 10 diferentes seções,
estando vigente desde 1º de janeiro de 2016. Todos os candidatos certificados
e registrados pelo BACB são obrigados a aderir a suas normas.
Os 10 segmentos consistem nos seguintes:
1 - Conduta Responsável do Analista do Comportamento
2 - Responsabilidades do Analista do Comportamento junto aos clientes
3 - Avaliando o Comportamento
4 - Analista do Comportamento e o Programa de Modificação do
Comportamento
5 - Analistas do Comportamento Enquanto Supervisores
6 - Responsabilidade Ética dos Analistas do Comportamento para com o
campo da Análise do Comportamento
7 - Responsabilidade Ética dos Analistas do Comportamento para com os
colegas
8 - Declarações Públicas
9 - Analistas do Comportamento e Pesquisa
10 - Responsabilidade dos Analistas do Comportamento para com o BACB
 O segundo tópico trata das Responsabilidades do Analista do
Comportamento junto a clientes e enfatiza a importância da
confidencialidade. Profissionais Analistas do Comportamento não
podem compartilhar qualquer informação identificável sobre clientes
atuais e supervisionandos em contexto que não seja o de propósito
científico e com profissionais adequados.

Em “Avaliando o Comportamento”, terceira divisão do código,


destaca-se a responsabilidade do profissional em recomendar consulta
médica quando houver qualquer possibilidade de que os
comportamentos referidos sejam influenciados por variáveis
biológicas. Este tópico também traz detalhes acerca da autorização
da Avaliação Analítico-Comportamental, que deve ser concedida
pelos clientes, e explicada de forma esmiuçada a respeito dos
procedimentos utilizados e dos resultados obtidos.
 Na 4a seção, que diz respeito ao Programa de Modificação do
Comportamento, o código sinaliza que o profissional deve envolver o cliente
no planejamento de tais programas e receber sua autorização para pô-los em
prática.

A respeito das declarações públicas, na 8ª divisão do documento, o BACB


salienta que Analistas do Comportamento não fazem declarações públicas
falsas, enganosas, exageradas ou fraudulentas.
 Outra responsabilidade crucial refere-se à familiarização com este código,
detalhado na décima seção. Diferentes profissionais aplicam a terapia ABA,
sendo em sua grande maioria, da área da saúde e educação, e
majoritariamente psicólogos.
 O código de ética aqui analisado, exige que o profissional tenha curso e
certificação para prestar serviços ABA. No Brasil, entretanto, não existe uma
regulamentação a respeito de quem pode atuar como profissional ABA.
 É da responsabilidade do profissional ABA possuir conhecimento dos códigos
de ética vigentes de sua profissão e do serviço ABA, devendo tomar as
medidas sempre em favor do cliente, da ciência e da sociedade; podendo,
quando necessário, contestar tais distinções éticas, uma vez que são as
perguntas que movem o mundo da ciência.

 site do BACB em: https://www.bacb.com/ethics/ethics-code/ .


Ética para Analista do Comportamento
atuando em saúde mental;
 Examina-se, diagnostica-se e medica-se!!!! E ponto final. Extinguir o sintoma
inicialmente para agir sobre a doença no a posteriori, eis a meta, e aqui
estritamente pelo olhar da medicina cuidar parece ser diferente de tratar.
 Mas, cuidar, por vezes seria sinônimo de tratar frente apenas a escutas
médicas ?
 Também pode ser frente ao fazer trabalhar, ao produzir uma autonomia pela
via da terapia ocupacional. Seria também tratar, os cuidados específicos da
enfermagem ou as contextualizações político-culturais de convívio, elencadas
pelo serviço social. Cuidar também envolve práticas correlacionadas a
diversas outras áreas como fisioterapia, fonoaudiologia, pedagogia,psico e
neuropedagogia, psicomotricidade, e analistas comportamentais,etc.
Atuando de modo ético e efetivo no
sistema educacional.
 A Análise do Comportamento tem importante conhecimento produzido na área
de aspectos incisivos na formação de professores e agentes que atuam na
educação. O artigo “Subsídios da Análise do Comportamento para a formação
de professores”, de Maria de Lourdes Bara Zanotto, ao retomar vinte
publicações de Skinner sobre questões educacionais, apresenta concepções de
educação, ensino e professor.
 A análise apresentada explicita a necessidade de ensinar o professor a
ensinar, de forma comprometida com o sucesso do aluno e com o
planejamento de comportamentos que sejam importantes para o futuro,
quando ele estiver fora da escola.
 Se o estudante adquirir comportamentos que o tornem independentes de um
outro indivíduo, o aluno-cidadão pode ter garantida sua autonomia.
 A preocupação com aspectos incisivos para a aquisição de repertórios
comportamentais básicos para a inserção do aluno na comunidade foi objeto
dos artigos :
 “Além da resposta correta: controle de estímulos e o raciocínio do aluno”, de
Júlio César de Rose;
 “Análise do Comportamento e Psicologia da Educação Matemática: algumas
aproximações e Fundamentos do comportamento”-
 Psic. Rev. São Paulo, 14(2): 305-318, novembro 2005
 “Processos comportamentais envolvidos na aprendizagem de leitura e da escrita”,
de Miriam Marinotti;
 “Efeitos do treino de leitura na escrita em crianças”.
 “Análise comportamental da aprendizagem da leitura e escrita e a construção de
um currículo suplementar”.
 “a preocupação com a descrição de repertórios básicos e fundamentos de
repertórios complexos e com a aquisição de comportamentos conceituais numéricos
como os envolvidos na matemática e na alfabetização”;

 Esses artigos demonstram a preocupação da análise do comportamento com


processos de aprendizagem, destacando, por exemplo, como professores e alunos
podem estar sob controle de diferentes estímulos até em relação a um mesmo
material didático;
BIBLIOGRAFIA
 Abib, J. (2001). Teoria moral de Skinner e desenvolvimento humano. 107-117.

 Abib, J. (2002). Ética de Skinner e meta-ética. In: H. J. Guilhardi; M. Madi; P. Queiroz & M. Scoz
(Orgs.). . (pp. 125-139). Santo André: ESETec.

 BANACO, R. A. O trabalho de laboratório na formação em Análise Experimental do Comportamento.


Material didático do Laboratório de Psicologia Experimental da Faculdade de Psicologia da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo. São Paulo: PUC-SP, 1990.

 Banaco, R. A. (2001). Religião e psicoterapia. (1), 55-64. Barnes-Holmes, D. (2000). Behavioral


pragmatism: No place for reality and truth. , 191-202.

 Bos, E. & Krop, H. (1987). Nijmegen: Ingenium. Buridan, J. (1969). (Trabalho original publicado no
século XIV). Frankfurt: Minerva. Buridan, J. (1987). (Tradução P. King. Trabalhos originais publicados
no século XIV). Dordrecht: Reidl. Buridan, J. (1988). (Tradução H. Krop. Trabalho original publicado
no século XIV).
 Baarn: Ambo. Carrascoso-Lopéz, F. J. (2001). Algunas implicaciones derivadas
y peculiaridades de la terapia de aceptación y compromiso. , 327-360.
Courtnay, W. J. (1999). Cambridge: Univerity Press.

 Day, W. F. (1977). Ethical philosophy and the thought of B. F. Skinner. In: J. E.


Krapfl & E. A. Vargas (Orgs.). (p. 37-46). Kalamazoo: Behaviordelia.

 Dittrich, A. (2004). A ética como elemento explicativo do comportamento no


Behaviorismo Radical. In: M. Z. S. Brandão; F. C. S. Conte; F. S. Brandão; Y. K.
Ingberman; V. L. M. Silva & S. M. Oliani (Orgs.). (pp. 21-26). Santo André:
ESETec.
Muito obrigada
pela atenção!

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