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ÉTICA EM AVALIAÇÃO

PSICOLÓGICA
Avaliação em Psicológica
3º período em Psicologia

Prof. Me. Pedro Junior Rodrigues Coutinho


RESOLUÇÃO Nº 9, DE 25 DE ABRIL DE 2018

Estabelece diretrizes para a realização de Avaliação


Psicológica no exercício profissional da psicóloga e do
psicólogo, regulamenta o Sistema de Avaliação de Testes
Psicológicos - SATEPSI e revoga as Resoluções nº 002
/2003, nº 006/2004 e nº 005/2012 e Notas Técnicas nº 01
/2017 e 02/2017.
Introdução sobre o tema

• A ética se faz presente na discussão do fazer do


psicólogo, afinal, a sua atuação está diretamente ligada à
saúde mental e, portanto, ao bem estar do ser humano.
O Código de Ética Profissional do Psicólogo, indica em seu I Princípio Fundamental, que a prática
deste profissional deve estar embasada na Declaração Universal dos Direitos Humanos visando à
“promoção da liberdade, da igualdade e da integridade do ser humano” (CFP, 2005. p.7).
Vivenciamos hoje um momento propício para uma reflexão do tema e
consequente articulação com vista à efetiva prática ética.
Ética e Avaliação Psicológica

• São diversas as possibilidades de atuação do psicólogo e


de forma ampla.

• Diversidade e Avaliação Psicológica.

• Diversos contextos da Psicologia e a Avaliação


Psicológica

• Dentro de toda essa diversidade, é difícil pensar em qualquer atividade


desempenhada por ele que não envolva Avaliação Psicológica (AP). Seja na
clínica, na empresa, na escola, na comunidade....
• O psicólogo promove a leitura de uma determinada
situação empregando o conhecimento científico, está
avaliando afim de propor uma intervenção que vise o bem
comum, a melhoria/superação daquele contexto.

• É inevitável que esta prática tenha um impacto direto na


vida do ser humano e assim, na sociedade, pois é
justamente esta sua contribuição social.

•O ato de avaliar é para melhor compreender


características do sujeito e assim contribuir em seu
desenvolvimento, seja em sua carreira, em sua vida
particular, e, em ambas as situações, está implícito o
impacto social.
Portanto, seria ingenuidade admitir que quando
se submete um sujeito a um processo de
avaliação, está comprometida a ética no
sentido de “enquadrar/limitar o sujeito”, ou até
mesmo “discriminar”.
• A compreensão da conduta humana no contexto de um
mundo em transformação é marcada pelo estreitamento
das relações de mercado e pelo impacto da Revolução
Tecnológica e da Era da Informação.

• Na exiguidade de conduta, é natural que cada


organização construa suas próprias voltadas para ao
seus interesses.

• Ética e moral são fenômenos sociológico amplamente


conhecidos.
Ética no trabalho

• No que tange a ética no trabalho, esta tem importância


fundamental na coletividade, e seu enfoque de vanguarda
consiste na abordagem dos aspectos intervenientes nos
processos de trabalho, de forma a possibilitar que o
exercício da profissão ocorra dentro de parâmetros que
considerem o interesse maior da sociedade.

• Conhecer as diversas dimensões da ética no trabalho


significa aportar para a terminologia holística das relações
humanas.
A abordagem da Ética Profissional
• A ética é indispensável ao profissional, pois, na ação
humana, o "fazer" e o "agir" estão integrados.

• O "fazer" diz respeito à competência, à eficiência e


eficácia que todo profissional deve possuir para
desempenhar bem a sua profissão.

• O "agir" refere-se à conduta deste profissional, ao


conjunto de atitudes que deve este, assumir na execução
de sua profissão.
Código de ética profissional

• Atualmente, a maioria das profissões tem o seu próprio


código de ética profissional, que é um conjunto de
normas de cumprimento obrigatório, derivadas da ética,
comumente incorporados à lei pública.

• Neste contexto, os princípios éticos passam a ter força de


lei.
• Por exemplo, Aristóteles se propõe o problema teórico de
definir o que é o bom. Sua tarefa é investigar o conteúdo do
bom, e não determinar o que cada indivíduo deve fazer em
cada caso concreto para que o seu ato possa ser considerado
bom.

• Esta investigação teórica tem consequências práticas porque


ao se definir o que é o bom, traça-se um caminho geral por
meio do qual os homens podem orientar sua conduta nas
diversas situações particulares.

(Ex. Código de Ética do Psicólogo)

(SÁNCHEZ-VÁZQUEZ, 2011, p. 18)


‘’Toda arte e todo saber, assim como tudo que fazemos e
escolhemos, parece visar algum bem.
Por isso, foi dito, com razão, que o bem é aquilo a que todas as
coisas tendem,
Mas há uma diferença entre os fins:
alguns são atividades,
ao passo que outros são produtos à parte das atividades que os
produzem.”

(Aristóteles, Ética a Nicômaco, 1094a 1-5.)


• Decidir e agir numa situação concreta é um problema prático-
moral; mas investigar o modo pelo qual a responsabilidade
moral se relaciona com a liberdade e com o determinismo ao
qual nossos atos estão sujeitos é um problema teórico, cujo
estudo é da competência da ética.

(SÁNCHEZ-VÁZQUEZ, 2011, p. 18)


O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL
DO PSICÓLOGO
ÚLTIMA VERSÃO EM VIGOR DESDE 27 DE AGOSTO DE 2005
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO
PSICÓLOGO

• ACESSAR
http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-d
e-etica-psicologia.pdf

• LER NA ÍNTEGRA!!!
O que são métodos e técnicas psicológicas?

 Resolução de elaboração de documentos psicológicos

 Define e regulamenta o uso, a elaboração e a


comercialização de testes psicológicos

 Uso exclusivo de psicólogos, com registro no CRP

 Testes aprovados pelo CFP (critérios científicos)


Quais as funções do psicólogo?

 Lei no 4.119/62 - Cria a profissão de Psicólogo

 Art. 4° - São funções do psicólogo:


1) Utilizar métodos e técnicas psicológicas com o objetivo
de:
a) diagnóstico psicológico;
b) Orientação e seleção profissional;
c) Orientação psicopedagógica;
d) Solução de problemas de ajustamento.

Entre outras...
Código de Ética

 Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:


• f) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços
psicológicos, informações concernentes ao trabalho a
ser realizado e ao seu objetivo profissional;
• g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes
da prestação de serviços psicológicos, transmitindo
somente o que for necessário para a tomada de
decisões que afetem o usuário ou beneficiário;
Código de Ética

 Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:


g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade
técnico-científica;
h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e
técnicas psicológicas, adulterar seus resultados ou fazer
declarações falsas;
 Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo
profissional a fim de proteger, por meio da
confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou
organizações, a que tenha acesso no exercício
profissional.
Código de Ética

Art. 12 – Nos para o cumprimento dos objetivos do trabalho.
documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissional,
o psicólogo registrará apenas as informações necessárias
• Art. 15 – Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por
quaisquer motivos, ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos
confidenciais.
• § 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá
repassar todo o material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou
lacrá-lo para posterior utilização pelo psicólogo substituto.
• § 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo
responsável informará ao Conselho Regional de Psicologia, que
providenciará a destinação dos arquivos confidenciais.
Ou seja...

 A primeira função do Psicólogo é fazer AVALIAÇÃO


PSICOLÓGICA utilizando métodos e técnicas
psicológicas
 Das listadas, apenas os TESTES PSICOLÓGICOS são
de uso exclusivo dos psicólogos
 Em um bom processo de avaliação devem ser utilizados
vários instrumentos e técnicas
 A avaliação deve servir para responder perguntas
específicas sobre o funcionamento psicológico de uma
pessoas
Considerações sobre a ÉTICA EM AVALIAÇÃO
PSICOLÓGICA

• Verifica-se que a prática da AP é delicada, pois envolve


difíceis decisões considerando os seres humanos com
igualdade, sem discriminação e ao mesmo tempo, diferentes
psicologicamente.

• Implica planejamento prévio considerando demanda e fins, e


ainda levar em consideração a complexidade de cada técnica
bem como seus limites.

• Portanto os profissionais da área sempre estiveram alinhados


às práticas com olhar ético, embasados nos direitos
humanos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALCHIERI, J.C. Avaliação Psicológica: Casa do Psicólogo, 5° Edição.

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO. Conselho


Federal de Psicologia, Brasília, agosto de 2005.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Cartilha Avaliação Psicológica –


2013. (1 ed). Brasília. (2013). Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-
content/uploads/2013/12/Avaliac%CC%A7aopsicologicaCartilha1.pdf

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Avaliação psicológica:


diretrizes na regulamentação da profissão / Conselho Federal de
Psicologia. - Brasília: CFP, 2010.
Obrigado!

Pedror.coutinho@Hotmail.com

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