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NEUROANATOMOFISIOLOGIA

Boa sorte kkk

HOMEOSTASE
- A possibilidade que você tem de ter o cérebro e o corpo em equilíbrio.
- Temperatura, irrigação sanguínea, pH, oxigenação, nutrientes, etc.

Célula é a unidade de formação do nosso corpo.

SISTEMA NERVOSO: SISTEMA INTEGRADOR


• Integração de diferentes sistemas fisiológicos.
Ex.: Reação de Defesa ou Reação de “Luta ou Fuga”
Imagine que você queira chegar no shopping Paralela e, para isso, tem a opção de
atravessar aquela passarela. Mas, por motivos de “você não tem mais o que fazer da
vida”, tu queira atravessar pela pista. Ao fazer isso, você não vai simplesmente ficar
no meio da pista pra ficar olhando o carro e dizer: ih, o carro está chegando, senão
você vai virar patê de presunto, pois estudos afirmam que o carro vai passar por cima
de você. Então você não vai fazer isso porque sabe que pode te lesionar, e isso é
uma aprendizagem.

• Integração do indivíduo ao meio ambiente


Ex.: Permite a seleção do comportamento mais adequado para fazer face aos
desafios ambientais.
Pra chegar na faculdade cê tem que pegar transporte público, cheio de gente suada
e fedida, passar por pessoas pra chegar até a porta do buzu ou do metrô todo
espremido como uma sardinha (ser pobre não é fácil), andar por um caminho e etc.
Tudo isso aí são desafios, principalmente às 7 horas da manhã no acesso norte
(socorro), que você tem que atravessar até chegar no seu objetivo. E sabe qual o seu
prêmio no final? Nada, porque você é pobre (o que importa são seus ganhos
intelectuais S2).
• Modifica-se em função do meio em que o indivíduo está inserido. SN
apresenta plasticidade.
Enfim, em função desses desafios ambientais, isso faz com que o cérebro vá
ganhando volume de informações e, consequentemente, ele se adequa a essa
condição na qual você precisa aprender para poder se adaptar conforme os desafios
do dia a dia ATÉ VOCÊ MORRER.

Essa aprendizagem é contínua.

CRONOLOGIA
- Há cerca de 7 mil anos, as pessoas já perfuravam os crânios uns dos outros
com o objetivo de curar;
- Há quase 5 mil anos, os médicos do Egito antigo já eram cientes de muitos
dos sintomas de lesões encefálicas;
- 4000 a.c.: Sumérios escrevem sobre a euforia provocada pela sementa de
papoula;
Sabe o que é papoula?
É uma flor. E dessa flor se retira uma droga, conhecida como ópio. Refinando-
a (tirando um pouco de sua concentração) se consegue um dos mais potentes
anestésicos: opiáceos. Esses opiáceos são usados cotidianamente em eventos
cirúrgicos. Aliás, é daí também que se tira a heroína. Ou seja, se quiser chamar
alguém de drogado, é só chamá-lo de papoula.

- 2500 a.c.: A trepanação era um procedimento cirúrgico comum em diversas


culturas. Usado para tratar transtornos cerebrais, como epilepsia ou por razões
rituais e espirituais;
- 438 a.c.: O filósofo grego Platão dá aulas em Athenas; ele acredita que o
cérebro é o centro dos processos mentais;
- 170 a.c.: O médico romano Galena lança a teoria de que o temperamento e o
caráter humanos são decorrentes dos quatro “humores” (líquidos mantidos nos
ventrículos do cérebro). A ideia persistiu por mais de 1000 anos. As descrições
de anatomia de Galeno, usadas por gerações de médicos, tiveram como base
principal em macacos e porcos.
Os humores é quando se tem comportamentos, como o colérico (pessoa com
raiva), o fleumático (pessoa mais introspectiva), etc. Enfim, se tinha 4 padrões, e isso
é usado hoje para programação neurolinguística - conhecer as pessoas, pra você
poder falar e lidar. Hoje as pessoas vendem isso como a pílula dourada, só que isso
já era falado há muitos anos.
E não, meu pequeno gafanhoto, você não sofre de bipolaridade por uma hora
estar calmo e na outra com raiva. Você só está bancando o adolescente mesmo.

- Phineas Gage: foi um operário americano que, num acidente com explosivos,
teve seu cérebro perfurado por uma barra de metal, sobrevivendo apesar da
gravidade do acidente;
- 1849: O físico alemão Hermann Von Helmeholtz mede a velocidade da
condução nervosa e subsequentemente desenvolve a ideia de que a
percepção depende de “inferências inconscientes”;

E o que são essas inferências inconscientes?


Negão, preste atenção no seguinte, dizemos que eu fale algo pra você que te
deixe irritado comigo. Se eu medir exatamente a condução nervosa do seu cérebro,
a mesma vai estar muito elevada, pois os estados de temperamento (como raiva,
alegria, etc) estão ligados à sua percepção sobre o mundo.
Então, por exemplo, se eu mandar você lembrar de sua família, tu vai lembrar
de seus, tios, pai, filhos, etc, e isso vai te dar tranquilidade e paz. Mas se eu pedir pra
pensar em guerras, doenças, fome, morte, etc, tudo isso muda totalmente a química
do seu cérebro.
Eu mesmo sinto uma mistura de angústia + raiva + preguiça + indignação
quando lembro que tenho que pegar aquele metrô cheio do acesso norte pra ir à
faculdade. E meu cérebro entra em êxtase quando consigo vencer aqueles brucutus
e consigo sentar em algum assento. Vou nem falar da estação Lapa às 17h30 da
tarde.
Enfim, é possível modificar e mostrar isso hoje em dia, através de scanners,
como esse comportamento cerebral muda.
- 1850: Franz Joseph Gall funda a frenologia que atribui diferentes traços de
personalidade a áreas específicas do crânio; séc XIX; neurologista;
personalogia anatômica;
Enfim, no nosso crânio há regiões as quais eram específicas para determinado tipo
de informação. São pontos especiais onde eu posso acumular informações. Isso é o
que estudaram como a personalidade.
Agora se faça a seguinte pergunta: “Será que eu teria maior capacidade de acumular
informações se eu tivesse um cabeção?”.

- 1862-1874: Broca e Wernick descobrem as duas áreas principais da linguagem


no cérebro;
- Paul Broca: descreveu o caso de um paciente que tinha lesão na região da
parede posterior do lobo frontal. Embora esse paciente não apresentasse
qualquer problema motor em sua língua, boca ou cordas vocais, ele era
incapaz de falar gramaticalmente em frases completas, ou de expressar seu
pensamento por escrito (afasia motora). Dado isso, concluiu que a função da
linguagem estaria localizada nesta região específica. A importância desse
trabalho é tanta que, atualmente, ele é considerado o marco inicial da
neuropsicologia; área da broca;
- Carl Vernicke:1874, publicou o seu primeiro trabalho sobre afasia “distúrbios
de linguagem após lesão cerebral”. Em 1876 descreveu casos de lesões da
parte posterior do lobo temporal: seus pacientes tinham capacidade de falar,
mas não eram capazes de compreender o que falavam (afasia sensorial).
Então concluiu que o programa motor, responsável pela execução da fala,
estaria na área apontada por Broca, enquanto o programa sensorial estaria na
área descrita por ele;
- 1909: Korbinian Broadman descreve as 52 áreas distintas com base na
estrutura neural. Essas áreas são utilizadas até hoje;
- 1914: Fisiologista britânico Henry Hallet Dale isola a acetilcolina, o primeiro
neurotransmissor descoberto.
São os neurotransmissores que dão os comportamentos, respostas, estímulos, etc.
Acetilcolina é uma das moléculas que estão associadas com eventos de estímulos e
inibições de órgãos, sistemas, comportamentos, etc.
- 1924: os primeiros eletroencefalogramas (ECG) são desenvolvidos por Hans
Berger;
Com isso foi permitido medir as ondas elétricas do cérebro (impulso nervoso).

- 1970 – 80: Desenvolve-se a tecnologia de escaneamento do cérebro. Durante


essa década surgem o PET SCAN, SPECT, IRM e MEG.

Em diante, turma da prof. Roberta.

TECIDO NERVOSO
Possui dois tipos de células: Neurônios e células da Glia.

Neurônio
- Unidade formadora do sistema nervoso;
- Unidade básica de funcionamento do cérebro;
- Conduzem sinais elétricos;
- Função básica de receber, processar e enviar informações;
- Operam em conjuntos: circuitos ou redes neurais
- Célula (membrana, citoplasma e núcleo) formadora do sistema nervoso;
- Não encostam uns nos outros; são separados por fendas (sinapses);

Células da Glia
• Tem como funções a sustentação; nutrição; revestimento ou isolamento;
defesa; produção da mielina;
• Constituem aproximadamente metade do volume do SNC;

Tipos:

Astrócitos
• Tem forma de estrela. São maiores e mais numerosos da glia;
• Constituem aproximadamente metade das células do cérebro humano;
• Tem como funções o suporte aos neurônios;
• Isolam os neurônios de substâncias prejudiciais;
• O próprio metabolismo; as células quando ela está respirando e fazendo a
síntese, pode liberar uma série de substâncias tóxicas no organismo. Os
astrócitos retiram essas substâncias. Auxiliam na limpeza.

Oligodendrócitos
• Poucos prolongamentos;
• Produção de Mielina no SNC;
• Cada célula envolve vários axônios.
• Consegue fazer com que haja mais bainha de mielina pra esses neurônios. Os
feixes aumentam de gordura; que melhora o isolamento; que melhora a
passagem de informação; tornando essa passagem mais rápida.

Micróglia
• Células pequenas;
• Fagócitos do Sistema Nervoso;
• Repara inflamação (secretam citocinas).
• São células específicas para a defesa do SN e importante para a sua ativação.

Células Ependimárias
• Possuem cílios e microvilosidades (dobras da membrana citoplasmática);
• Protege e nutre o encéfalo e medula espinhal.

Células de Schwann
• Células que se aproximam do axônio e envolvem esse axônio e sintetizam;
• Forma a bainha de mielina em torno dos axônios. Uma única célula é capaz de
envolver até 20 axônios não mielinizados. Dá um isolamento ao neurônio, pois
permite que não haja dispersão da informação/impulso nervoso;
• Os oligodendrócitos mielinizam diversos axônios, enquanto cada célula de
schwann mieliniza 1 axônio;
• Fibras mielínicas (tem bastante bainha de mielina);
• Fibras amielínicas (axônios com pouca bainha de mielina).
ESTRUTURA DO NEURÔNIO
• Células altamente excitáveis que se comunicam entre si ou com outras células
efetuadoras (células musculares ou secretoras), usando basicamente uma
linguagem elétrica;
• A maioria possui 3 regiões responsáveis por funções especializadas: corpo
celular, dendritos e axônio:

Corpo celular ou soma


- É o centro metabólico do neurônio, responsável pela síntese de todas as
proteínas neuronais;
- Forma e tamanho extremamente variáveis;
- Junto com os dendritos, é o local de recepção de estímulos através de contatos
sinápticos;

Dendritos
- São curtos e ramificam-se profusamente, a maneira de galhos de árvore, em
ângulos agudos, originando dendritos de menor diâmetro. Assim, aumentam a
área de superfície do corpo celular;
- Especializados em receber estímulos. Levam o impulso nervoso até o corpo
celular;
- Sua área é aumentada ainda mais por pequenas projeções em suas
membranas denominadas espinhas dendríticas;
- Na maioria das vezes, responsáveis pela comunicação entre os neurônios
através das sinapses.

Axônio
- Prolongamento longo e fino que se origina do corpo celular ou de um dendrito
principal;
- Apresenta comprimentos variáveis;
- Sua porção terminal sofre várias ramificações formando centenas a milhares
de terminais axônicos ou botões terminais (no interior dos quais são
armazenados os neurotransmissores químicos);
- Especializado em gerar e conduzir o impulso nervoso ao longo do neurônio.
Bainha de Mielina
- Lipídeos e proteínas;
- Serve para aumentar a velocidade de condução do potencial de ação;
- Conjunto de dobras múltiplas formadas nos axônios de maior diâmetro, em
torno destas;
- São sintetizadas por células de schwann;.
- Possui aparência esbranquiçada porque é rica em uma substância gordurosa.

Nodos de Ranvier
- Espaçamentos isentos de mielina formados ao longo do axônio;
- Faz com que o impulso nervoso dê saltos energéticos para ganhar velocidade,
fazendo a informação chegar mais rápido.

Terminais do axônio
- Local onde ocorre a liberação do neurotransmissor, realizando a comunicação
entre neurônios.

NEURÔNIOS QUANTO A POSIÇÃO


Neurônio Aferente – quando leva uma informação em direção a um ponto e devolve
uma informação.
- Conduz o impulso nervoso do receptor para o SNC. Responsável por levar
informações da superfície do corpo para o interior;
- Relaciona o meio interno com o meio externo.

Neurônio Eferente – quando a informação é devolvida em ação.


- Conduz o impulso nervoso do SNC ao efetuador (músculo ou glândula);

Neurônio de Associação
- Faz a união entre os dois tipos anteriores;
- O corpo celular deste está sempre dentro do SNC.

QUANTO À ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DE SEUS PROLONGAMENTOS


• Neurônios unipolares: possuem um corpo celular e um axônio;
• Neurônios bipolares: possuem um dendrito (dendritos em vermelho), um
corpo celular e um axônio;
• Neurônios pseudounipolares: 1 corpo celular e somente um prolongamento,
que se comporta como dendrito em uma de suas porções e como axônio na
outra porção;
• Neurônios multipolares: 1 corpo celular, vários dendritos e um axônio;
constituem a maioria dos neurônios do tecido nervoso e são o tipo
predominante no sistema nervoso central.

MEMBRANA PLASMÁTICA DO NEURÔNIO


- Semipermeável;
- Composição iônica é, em grande medida, diferente no interior do neurônio em
relação ao exterior;
- Canais iônicos: poros específicos para a passagem de íons;
- Há canais específicos para os íons: 𝑁𝑎+,  𝐾+,  𝐶𝑎 + + 𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐶𝑙 − .

TRANSMISSÃO DA INFORMAÇÃO
Sinapse
- Representam o elemento central funcional do sistema nervoso;
- São pontos de união entre as células nervosas e entre estas e as células
efetoras (músculo ou glândula);
- Transferência de informações de um neurônio para o outro (região de encontro
entre um neurônio pré-sináptico com um neurônio pós-sináptico;
- Podem ser inibidoras e excitadoras;
1) O neurônio recebe um sinal, químico ou elétrico;
2) Esse sinal inicia mudanças na membrana plasmática do neurônio pós-
sináptico, fazendo a corrente elétrica fluir pelo neurônio;
3) O sinal elétrico é conduzido até o axônio;
4) Liberação de neurotransmissores na sinapse, levando a informação a outros
neurônios.

O axônio leva os impulsos para fora do corpo celular, as extremidades de cada axônio
chegam até bem próximo dos dendritos do próximo neurônio, mas não chega a tocá-
lo, por causa de um intervalo entre eles: sinapse. A mesma impede que os neurônios
tenham uma ligação física, mas permite que mediadores químicos passem de um
neurônio para outro.
O impulso que vem através do axônio da célula pré-sináptica chega em sua
extremidade e provoca na fenda a liberação de neurotransmissores depositados em
bolsas chamadas de vesículas sinápticas. Este elemento químico se liga
quimicamente a receptores específicos no neurônio pós-sináptico, dando
continuidade à propagação do sinal.

POTENCIAL DE REPOUSO
• É o potencial da membrana antes que ocorra a excitação da célula nervosa;
• É o potencial gerado pela bomba de Na+ e K+ que joga 3 na+ para fora e 2 K+
para dentro contra os seus gradientes de concentração;
• Os canais de sódio estão fechados;
• Quando a membrana é despolarizada, mudanças conformacionais abrem os
canais de sódio;
• Alguns íons são capazes de atravessar a membrana através dos canais
iônicos. A membrana neuronal é mais permeável ao potássio do que ao sódio
ou cloro. Os transportadores ativos quebram uma ligação química da molécula
de ATP e liberam sódio para o meio extracelular e potássio para dentro da
célula. Este mecanismo gera gradientes de concentração iônica, provocando
diferenças nas cargas elétricas através da membrana. No estado de repouso
ocorre uma concentração maior de sódio fora da membrana e de potássio
dentro;
• Por causa do gradiente de concentração, alguns íons de potássio são
empurrados para fora da célula, e assim, um gradiente elétrico começa a se
desenvolver, já que os íons de potássio levam uma carga positiva para fora da
célula, deixando o meio externo mais positivo que o meio interno do neurônio.
O equilíbrio eletroquímico é alcançado quando o gradiente de concentração
que leva o potássio para fora é equivalente ao gradiente elétrico que atua para
mantê-lo dentro da célula.
CONDUÇÃO ELÉTRICA
• Os neurotransmissores são condutores de volume e também são capazes de
gerar uma variedade de correntes elétricas;
• Se dá através de processos ativos e passivos;

1) Ativação das sinapses gerando potenciais sinápticos (ativos);


2) A corrente é conduzida passivamente ao longo do neurônio pós-sináptico;
3) Se as correntes forem suficientemente fortes, disparam potenciais de ação
(ativos);
4) Estas correntes podem despolarizar alguns trechos, gerando novos potenciais
de ação até a liberação dos neurotransmissores terminais axionais.

Condução passiva (eletrotônica ou decremental)


- Ocorre em função da estimulação sensorial ou da atividade sináptica;
- O objetivo da condução elétrica é permitir que os axônios conduzam a
informação nos terminais axionais, para liberar o neurotransmissor;
- As correntes elétricas vão diminuindo à medida que se distanciam do axônio
onde a corrente foi injetada;
- Quanto maior a corrente, mais longe ela será conduzida;
- Quanto maior a resistividade da membrana, maior a corrente que passa;
- Quanto maior o diâmetro do axônio, maior o fluxo da corrente;
- São iniciados por correntes eletrotônicas passivas que alteram o potencial de
membrana local;

Condução ativa (potencial de ação)


- Para provocar o potencial de ação, as despolarizações devem ser
suficientemente intensas, alcançando um determinado limiar;
- O potencial de ação funciona na base de tudo ou nada - não depende de
variações na amplitude da corrente;
- Período refratário: ocorre uma hiperpolarização da membrana após a
despolarização e repolarização do potencial de ação. Neste período fica mais
difícil gerar um potencial de ação;
- Papel da mielina: aumenta a resistência da membrana, facilitando a condução
da corrente.
• Canais de sódio e potássio abrem e fecham – trocam de posição - e isso gira
corrente elétrica pelas simples passagens desses íons. Ex.: Pilha.

TRANSMISSÃO SINÁPTICA
Transmissão Química
1. Um potencial de ação chega aos terminais axionais, nas sinapses;
2. Abertura dos canais de 𝐶𝑎 + + ;
3. Liberação dos neurotransmissores para a fenda sináptica;
4. O transmissor alcança membrana pós-sináptica e liga-se com moléculas
receptoras;
5. Essa interação leva à despolarização da célula pós-sináptica, desencadeando
um potencial de ação.
- A interação do neurotransmissor com o receptor pode levar à despolarização
(excitação) ou hiperpolarização (inibição) da célula pós-sináptica.

Transmissor Elétrico
- Não existe fenda sináptica separando os neurônios, as membranas ficam em
contato e o citoplasma dos dois neurônios estão em continuidade, através das
junções comunicantes (canais transmembrana especializados);
- Esta transmissão é útil quando a informação deve ser conduzida rapidamente.

NEUROTRANSMISSORES
Substâncias encontradas em vesículas próximas as sinapses, de natureza química
variada, que ao serem liberadas pela fibra pré-sináptica na fenda sináptica estimulam
ou inibem a fibra pós-sináptica;

Classe I – acetilcolina
Classe II – Noradrenalina (neurônios pós-ganglionares), adrenalina (medula da
adrenal e cérebro), dopamina e serotonina
Classe III - Aminoácidos - GABA, Glicina, Glutamato
Classe IV - Peptídeos hipotalâmicos, hipofisários, de ação intestinal e cerebral e
outros

Sinapses quanto a localização


- Centrais – localizadas no cérebro e medula espinhal;
- Periféricas - Gânglios e placas motoras

Quanto as estruturas envolvidas


- Axo-Somática;
- Axo-Dendrítica;
- Axo-Axônica;
- Dendro-Dendríticas;
- Axo-Somáticas-Dendríticas.

DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO

SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)


Todas as estruturas neurais dentro do crânio e da coluna vertebral.

• Encéfalo (crânio) - cérebro (Telencéfalo e Diencéfalo), cerebelo, tronco


encefálico (mesencéfalo, ponte, bulbo).
• Medula espinhal (canal vertebral).

Encéfalo
- Parte do SNC contida no interior da caixa craniana.
- Consiste em cérebro (prosencéfalo), mesencéfalo e rombencéfalo (ponte e
bulbo);

Medula Espinhal
- Parte que continua a partir do encéfalo no interior do canal da coluna vertebral.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
Contém um grande número de prolongamentos chamados fibras nervosas,
agrupadas em filetes alongados chamados nervos.

• Nervos (Espinhais (medula) e cranianos (encéfalo)).


• Gânglios
• Terminações nervosas (sensitivos, motores e viscerais).

Nervos
- Agrupamentos de feixes de axônios e dendritos;
- Podem ser cranianos ou espinhais. Fazem a conexão entre o SNC e os órgãos.

Gânglios
- Aglomerados de corpos de neurônios fora do SNC.

Terminações Nervosas
- Pequenas projeções que permitem que o neurônio se comunique com outras
células ou perceba o ambiente ao seu redor.

Cérebro
Diencéfalo
- Situa-se na linha mediana, entre os dois hemisférios.
- Tálamo: elo de conexão da grande maioria das modalidades sensoriais com o
córtex;
- Hipotálamo: controla funções necessárias para a manutenção da homeostase.
Seus hormônios coordenam a maior parte do sistema endócrino.

Telencéfalo
- Córtex cerebral;
- Constituído pelos 2 hemisférios cerebrais;
- Núcleos da base: papel significativo no controle do movimento.

Cerebelo
- Pequeno cérebro;
- Localiza-se por trás do tronco cerebral;
- Responsável pela manutenção do equilíbrio, pelo controle do tônus muscular,
dos movimentos involuntários, e aprendizagem motora.

Tronco Encefálico
- É a substância nervosa que vai do cérebro à medula. Dividido em três partes:

Mesencéfalo
- Participa do controle modulatório do estado de alerta, respiração, sistema
cardiorrespiratório e atividade muscular reflexa.

Ponte
- Atua em funções auditivas, movimento dos olhos e vestibulares (de equilíbrio).

Bulbo
- Recebe informações de vários órgãos do corpo, controlando as funções
autônomas, chamadas de vida vegetativa, como: batimentos cardíacos,
respiração, pressão do sangue, reflexos de salivação, tosse, espirro e o ato de
engolir.

CÉREBRO
• Órgão mestre de processamento de informações e tomada de decisões;
• Recebe as mensagens dos receptores, integra estas informações com
experiências passadas e planeja a ação;
• Coordenação de funções vitais e necessidades físicas.

Hemisférios
Hemisfério Direito
- Processamento visuoespacial;
- Predominantemente não linguístico;
- Orientação espacial;
- Imagem corporal;
- Relações visuoespaciais;
- Mediação da expressão emocional.

Hemisfério Esquerdo
- Processamento verbal-analítica;
- Expressão, análise e compreensão da linguagem;
- Percepção de material linguístico;
- Raciocínio abstrato e analítico;
- Distinção de sons.

A dominância cerebral está relacionada ao uso preferencial de uma das mãos


(lateralidade). A maior parte dos indivíduos destros têm dominância do hemisfério
esquerdo.

Quando se trata de controlar músculos, cada hemisfério é responsável por um dos


lados do corpo, sendo que as linhas de comando se cruzam entre si.
- O lado esquerdo do corpo é ligado ao direito do cérebro;
- As sensações no lado direito do corpo acabam no hemisfério esquerdo.

DIVISÃO EM LOBOS
Frontal
- Planejamento e movimento;
- Área motora da fala (broca);
- Funções executivas (córtex pré-frontal): constituem um conjunto de processos
cognitivos que, de forma integrada, permitem ao indivíduo direcionar
comportamentos a metas, avaliar eficiência e a adequação desses
comportamentos, abandonar estratégias ineficazes em prol de outras mais
eficientes e, desse modo, resolver problemas imediatos, do médio e de longo
prazo.

Parietal
- Sensações (tato);
- Atenção e percepção de estímulos;
- Área de compreensão da fala.

Temporal
- Aprendizagem;
- Memória (hipocampo e amígdala);
- Audição.

Occiptal
- Visão.

MENINGES
• Dura-Máter: durabilidade, é a mais espessa de todas; está associada as veias
que drenam sangue venoso;
• Aracnoide-Máter: frouxamente aderida e contém o espaço subaracnóideo
(onde circula o LCE) com Pia-Máter;
• Pia-Máter: é a mais fina; adere a superfície do tecido nervoso (cérebro e
medula) e está associada as artérias que irrigam o SNC – mais próximo ao
cérebro.

- Garantem uma proteção estrutural em relação ao próprio encéfalo,


especialmente ao cérebro;
- São colocadas em camadas.

Proteção para encéfalo e medula


- 3 camadas de membrana formadas por tecido conectivo (meninges);
- Crânio e coluna vertebral;
- Líquido cérebro-espinhal (LCE) ou líquido cefalorraquidiano (LCR) - envia
nutrientes do sangue para o encéfalo e medula espinhal – Remove impurezas
para o sangue.
LCE OU LCR
- Solução salina produzida nos ventrículos por estruturas chamadas “plexos
coróides”, que circunda todo o SNC;
- Regiões chamadas de vilosidades ou granulações da aracnoide-máter que
devolve o LCE aos seios venosos.

Funções:
Proteção física - contra impactos por amortecimento e ainda amenizam o peso da
estrutura;
Proteção química - composição do LCE é diferente do sangue, remove impurezas
para o sangue;
Envia nutrientes do sangue para o encéfalo e medula espinhal;
Presença de proteínas e células sanguíneas são sugestivas de infecção.

Barreira hematoencefálica
- Vasos sanguíneos.

ESTRUTURAS
Sistema Nervoso Central
• Conjunto de Corpos celulares = núcleos;
• Conjunto de Feixes axônicos = Tratos.

Sistema Nervoso Periférico


• Conjunto de Corpos Celulares = gânglios;
• Conjunto de Feixes Axônicos = nervos.

Substância Cinzenta: formada de corpos celulares, dendritos e axônios de neurônios


amielínicos.
Substância Branca: composta principalmente de axônios mielinizados, com poucos
corpos celulares, a cor branca é devido a bainha de mielina.

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