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HOMEOSTASE
- A possibilidade que você tem de ter o cérebro e o corpo em equilíbrio.
- Temperatura, irrigação sanguínea, pH, oxigenação, nutrientes, etc.
CRONOLOGIA
- Há cerca de 7 mil anos, as pessoas já perfuravam os crânios uns dos outros
com o objetivo de curar;
- Há quase 5 mil anos, os médicos do Egito antigo já eram cientes de muitos
dos sintomas de lesões encefálicas;
- 4000 a.c.: Sumérios escrevem sobre a euforia provocada pela sementa de
papoula;
Sabe o que é papoula?
É uma flor. E dessa flor se retira uma droga, conhecida como ópio. Refinando-
a (tirando um pouco de sua concentração) se consegue um dos mais potentes
anestésicos: opiáceos. Esses opiáceos são usados cotidianamente em eventos
cirúrgicos. Aliás, é daí também que se tira a heroína. Ou seja, se quiser chamar
alguém de drogado, é só chamá-lo de papoula.
- Phineas Gage: foi um operário americano que, num acidente com explosivos,
teve seu cérebro perfurado por uma barra de metal, sobrevivendo apesar da
gravidade do acidente;
- 1849: O físico alemão Hermann Von Helmeholtz mede a velocidade da
condução nervosa e subsequentemente desenvolve a ideia de que a
percepção depende de “inferências inconscientes”;
TECIDO NERVOSO
Possui dois tipos de células: Neurônios e células da Glia.
Neurônio
- Unidade formadora do sistema nervoso;
- Unidade básica de funcionamento do cérebro;
- Conduzem sinais elétricos;
- Função básica de receber, processar e enviar informações;
- Operam em conjuntos: circuitos ou redes neurais
- Célula (membrana, citoplasma e núcleo) formadora do sistema nervoso;
- Não encostam uns nos outros; são separados por fendas (sinapses);
Células da Glia
• Tem como funções a sustentação; nutrição; revestimento ou isolamento;
defesa; produção da mielina;
• Constituem aproximadamente metade do volume do SNC;
Tipos:
Astrócitos
• Tem forma de estrela. São maiores e mais numerosos da glia;
• Constituem aproximadamente metade das células do cérebro humano;
• Tem como funções o suporte aos neurônios;
• Isolam os neurônios de substâncias prejudiciais;
• O próprio metabolismo; as células quando ela está respirando e fazendo a
síntese, pode liberar uma série de substâncias tóxicas no organismo. Os
astrócitos retiram essas substâncias. Auxiliam na limpeza.
Oligodendrócitos
• Poucos prolongamentos;
• Produção de Mielina no SNC;
• Cada célula envolve vários axônios.
• Consegue fazer com que haja mais bainha de mielina pra esses neurônios. Os
feixes aumentam de gordura; que melhora o isolamento; que melhora a
passagem de informação; tornando essa passagem mais rápida.
Micróglia
• Células pequenas;
• Fagócitos do Sistema Nervoso;
• Repara inflamação (secretam citocinas).
• São células específicas para a defesa do SN e importante para a sua ativação.
Células Ependimárias
• Possuem cílios e microvilosidades (dobras da membrana citoplasmática);
• Protege e nutre o encéfalo e medula espinhal.
Células de Schwann
• Células que se aproximam do axônio e envolvem esse axônio e sintetizam;
• Forma a bainha de mielina em torno dos axônios. Uma única célula é capaz de
envolver até 20 axônios não mielinizados. Dá um isolamento ao neurônio, pois
permite que não haja dispersão da informação/impulso nervoso;
• Os oligodendrócitos mielinizam diversos axônios, enquanto cada célula de
schwann mieliniza 1 axônio;
• Fibras mielínicas (tem bastante bainha de mielina);
• Fibras amielínicas (axônios com pouca bainha de mielina).
ESTRUTURA DO NEURÔNIO
• Células altamente excitáveis que se comunicam entre si ou com outras células
efetuadoras (células musculares ou secretoras), usando basicamente uma
linguagem elétrica;
• A maioria possui 3 regiões responsáveis por funções especializadas: corpo
celular, dendritos e axônio:
Dendritos
- São curtos e ramificam-se profusamente, a maneira de galhos de árvore, em
ângulos agudos, originando dendritos de menor diâmetro. Assim, aumentam a
área de superfície do corpo celular;
- Especializados em receber estímulos. Levam o impulso nervoso até o corpo
celular;
- Sua área é aumentada ainda mais por pequenas projeções em suas
membranas denominadas espinhas dendríticas;
- Na maioria das vezes, responsáveis pela comunicação entre os neurônios
através das sinapses.
Axônio
- Prolongamento longo e fino que se origina do corpo celular ou de um dendrito
principal;
- Apresenta comprimentos variáveis;
- Sua porção terminal sofre várias ramificações formando centenas a milhares
de terminais axônicos ou botões terminais (no interior dos quais são
armazenados os neurotransmissores químicos);
- Especializado em gerar e conduzir o impulso nervoso ao longo do neurônio.
Bainha de Mielina
- Lipídeos e proteínas;
- Serve para aumentar a velocidade de condução do potencial de ação;
- Conjunto de dobras múltiplas formadas nos axônios de maior diâmetro, em
torno destas;
- São sintetizadas por células de schwann;.
- Possui aparência esbranquiçada porque é rica em uma substância gordurosa.
Nodos de Ranvier
- Espaçamentos isentos de mielina formados ao longo do axônio;
- Faz com que o impulso nervoso dê saltos energéticos para ganhar velocidade,
fazendo a informação chegar mais rápido.
Terminais do axônio
- Local onde ocorre a liberação do neurotransmissor, realizando a comunicação
entre neurônios.
Neurônio de Associação
- Faz a união entre os dois tipos anteriores;
- O corpo celular deste está sempre dentro do SNC.
TRANSMISSÃO DA INFORMAÇÃO
Sinapse
- Representam o elemento central funcional do sistema nervoso;
- São pontos de união entre as células nervosas e entre estas e as células
efetoras (músculo ou glândula);
- Transferência de informações de um neurônio para o outro (região de encontro
entre um neurônio pré-sináptico com um neurônio pós-sináptico;
- Podem ser inibidoras e excitadoras;
1) O neurônio recebe um sinal, químico ou elétrico;
2) Esse sinal inicia mudanças na membrana plasmática do neurônio pós-
sináptico, fazendo a corrente elétrica fluir pelo neurônio;
3) O sinal elétrico é conduzido até o axônio;
4) Liberação de neurotransmissores na sinapse, levando a informação a outros
neurônios.
O axônio leva os impulsos para fora do corpo celular, as extremidades de cada axônio
chegam até bem próximo dos dendritos do próximo neurônio, mas não chega a tocá-
lo, por causa de um intervalo entre eles: sinapse. A mesma impede que os neurônios
tenham uma ligação física, mas permite que mediadores químicos passem de um
neurônio para outro.
O impulso que vem através do axônio da célula pré-sináptica chega em sua
extremidade e provoca na fenda a liberação de neurotransmissores depositados em
bolsas chamadas de vesículas sinápticas. Este elemento químico se liga
quimicamente a receptores específicos no neurônio pós-sináptico, dando
continuidade à propagação do sinal.
POTENCIAL DE REPOUSO
• É o potencial da membrana antes que ocorra a excitação da célula nervosa;
• É o potencial gerado pela bomba de Na+ e K+ que joga 3 na+ para fora e 2 K+
para dentro contra os seus gradientes de concentração;
• Os canais de sódio estão fechados;
• Quando a membrana é despolarizada, mudanças conformacionais abrem os
canais de sódio;
• Alguns íons são capazes de atravessar a membrana através dos canais
iônicos. A membrana neuronal é mais permeável ao potássio do que ao sódio
ou cloro. Os transportadores ativos quebram uma ligação química da molécula
de ATP e liberam sódio para o meio extracelular e potássio para dentro da
célula. Este mecanismo gera gradientes de concentração iônica, provocando
diferenças nas cargas elétricas através da membrana. No estado de repouso
ocorre uma concentração maior de sódio fora da membrana e de potássio
dentro;
• Por causa do gradiente de concentração, alguns íons de potássio são
empurrados para fora da célula, e assim, um gradiente elétrico começa a se
desenvolver, já que os íons de potássio levam uma carga positiva para fora da
célula, deixando o meio externo mais positivo que o meio interno do neurônio.
O equilíbrio eletroquímico é alcançado quando o gradiente de concentração
que leva o potássio para fora é equivalente ao gradiente elétrico que atua para
mantê-lo dentro da célula.
CONDUÇÃO ELÉTRICA
• Os neurotransmissores são condutores de volume e também são capazes de
gerar uma variedade de correntes elétricas;
• Se dá através de processos ativos e passivos;
TRANSMISSÃO SINÁPTICA
Transmissão Química
1. Um potencial de ação chega aos terminais axionais, nas sinapses;
2. Abertura dos canais de 𝐶𝑎 + + ;
3. Liberação dos neurotransmissores para a fenda sináptica;
4. O transmissor alcança membrana pós-sináptica e liga-se com moléculas
receptoras;
5. Essa interação leva à despolarização da célula pós-sináptica, desencadeando
um potencial de ação.
- A interação do neurotransmissor com o receptor pode levar à despolarização
(excitação) ou hiperpolarização (inibição) da célula pós-sináptica.
Transmissor Elétrico
- Não existe fenda sináptica separando os neurônios, as membranas ficam em
contato e o citoplasma dos dois neurônios estão em continuidade, através das
junções comunicantes (canais transmembrana especializados);
- Esta transmissão é útil quando a informação deve ser conduzida rapidamente.
NEUROTRANSMISSORES
Substâncias encontradas em vesículas próximas as sinapses, de natureza química
variada, que ao serem liberadas pela fibra pré-sináptica na fenda sináptica estimulam
ou inibem a fibra pós-sináptica;
Classe I – acetilcolina
Classe II – Noradrenalina (neurônios pós-ganglionares), adrenalina (medula da
adrenal e cérebro), dopamina e serotonina
Classe III - Aminoácidos - GABA, Glicina, Glutamato
Classe IV - Peptídeos hipotalâmicos, hipofisários, de ação intestinal e cerebral e
outros
Encéfalo
- Parte do SNC contida no interior da caixa craniana.
- Consiste em cérebro (prosencéfalo), mesencéfalo e rombencéfalo (ponte e
bulbo);
Medula Espinhal
- Parte que continua a partir do encéfalo no interior do canal da coluna vertebral.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
Contém um grande número de prolongamentos chamados fibras nervosas,
agrupadas em filetes alongados chamados nervos.
Nervos
- Agrupamentos de feixes de axônios e dendritos;
- Podem ser cranianos ou espinhais. Fazem a conexão entre o SNC e os órgãos.
Gânglios
- Aglomerados de corpos de neurônios fora do SNC.
Terminações Nervosas
- Pequenas projeções que permitem que o neurônio se comunique com outras
células ou perceba o ambiente ao seu redor.
Cérebro
Diencéfalo
- Situa-se na linha mediana, entre os dois hemisférios.
- Tálamo: elo de conexão da grande maioria das modalidades sensoriais com o
córtex;
- Hipotálamo: controla funções necessárias para a manutenção da homeostase.
Seus hormônios coordenam a maior parte do sistema endócrino.
Telencéfalo
- Córtex cerebral;
- Constituído pelos 2 hemisférios cerebrais;
- Núcleos da base: papel significativo no controle do movimento.
Cerebelo
- Pequeno cérebro;
- Localiza-se por trás do tronco cerebral;
- Responsável pela manutenção do equilíbrio, pelo controle do tônus muscular,
dos movimentos involuntários, e aprendizagem motora.
Tronco Encefálico
- É a substância nervosa que vai do cérebro à medula. Dividido em três partes:
Mesencéfalo
- Participa do controle modulatório do estado de alerta, respiração, sistema
cardiorrespiratório e atividade muscular reflexa.
Ponte
- Atua em funções auditivas, movimento dos olhos e vestibulares (de equilíbrio).
Bulbo
- Recebe informações de vários órgãos do corpo, controlando as funções
autônomas, chamadas de vida vegetativa, como: batimentos cardíacos,
respiração, pressão do sangue, reflexos de salivação, tosse, espirro e o ato de
engolir.
CÉREBRO
• Órgão mestre de processamento de informações e tomada de decisões;
• Recebe as mensagens dos receptores, integra estas informações com
experiências passadas e planeja a ação;
• Coordenação de funções vitais e necessidades físicas.
Hemisférios
Hemisfério Direito
- Processamento visuoespacial;
- Predominantemente não linguístico;
- Orientação espacial;
- Imagem corporal;
- Relações visuoespaciais;
- Mediação da expressão emocional.
Hemisfério Esquerdo
- Processamento verbal-analítica;
- Expressão, análise e compreensão da linguagem;
- Percepção de material linguístico;
- Raciocínio abstrato e analítico;
- Distinção de sons.
DIVISÃO EM LOBOS
Frontal
- Planejamento e movimento;
- Área motora da fala (broca);
- Funções executivas (córtex pré-frontal): constituem um conjunto de processos
cognitivos que, de forma integrada, permitem ao indivíduo direcionar
comportamentos a metas, avaliar eficiência e a adequação desses
comportamentos, abandonar estratégias ineficazes em prol de outras mais
eficientes e, desse modo, resolver problemas imediatos, do médio e de longo
prazo.
Parietal
- Sensações (tato);
- Atenção e percepção de estímulos;
- Área de compreensão da fala.
Temporal
- Aprendizagem;
- Memória (hipocampo e amígdala);
- Audição.
Occiptal
- Visão.
MENINGES
• Dura-Máter: durabilidade, é a mais espessa de todas; está associada as veias
que drenam sangue venoso;
• Aracnoide-Máter: frouxamente aderida e contém o espaço subaracnóideo
(onde circula o LCE) com Pia-Máter;
• Pia-Máter: é a mais fina; adere a superfície do tecido nervoso (cérebro e
medula) e está associada as artérias que irrigam o SNC – mais próximo ao
cérebro.
Funções:
Proteção física - contra impactos por amortecimento e ainda amenizam o peso da
estrutura;
Proteção química - composição do LCE é diferente do sangue, remove impurezas
para o sangue;
Envia nutrientes do sangue para o encéfalo e medula espinhal;
Presença de proteínas e células sanguíneas são sugestivas de infecção.
Barreira hematoencefálica
- Vasos sanguíneos.
ESTRUTURAS
Sistema Nervoso Central
• Conjunto de Corpos celulares = núcleos;
• Conjunto de Feixes axônicos = Tratos.