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A inteligência se conceitua como a capacidade de lidar com a complexidade.

Então diz respeito


a nossa capacidade de perceber, de raciocinar, usar a lógica, a compreensão, memorização e
todo o processo de aprendizagem e auto-conhecimento, resolução de conflitos e etc.

Para se avaliar e medir o grau de habilidade intelectual de uma pessoa é utilizado o teste de QI
(quociente de inteligência), desenvolvido por Albert Binet na década de 1920. Dentro da
psicologia, é aqui que entra a psicometria, que são os testes realizados para medir uma
inteligência.

Estes testes possuem como base a capacidade “lógico-matemática” sendo utilizado até hoje no
mundo todo, principalmente por grandes empresas, para selecionar as pessoas para os lugares
certos.

Porém, hoje, têm-se também a necessidade de desenvolver a Inteligência Emocional,


principalmente para o mercado de trabalho, provando que profissionais com inteligência
emocional desenvolvida apresentam melhores resultados no trabalho.

Há diversas classificações de QI:

 Superdotados: acima de 121


 Acima da média: de 110 a 120
 Inteligência normal: 90 a 109
 Embotamentos: 80 a 89
 Limítrofe: de 70 a 79
 Raciocínio lento: 50 a 69
 Raciocínio muito baixo: de 20 a 49

Após Binet, o estudioso Howard Gardner contribuiu no estudo da inteligência, desenvolvendo


um projeto que originou a Teoria das Inteligentes Múltiplas. Ele coloca em sua teoria que
todas as pessoas são inteligentes, que não existem pessosa que não o sejam, e ele dividiu os
tipos de inteligência em “aptidões”, habilidades em que o indivíduo tem mais facilidade, e uso
de inteligência específica. É possível que você tenha alguma em grau elevado, maior facilidade,
e outras em grau mais baixo, com mais dificuldade. São nove tipos:

 Inteligência musical
 Inteligência linguística e verbal (linguagem falada, escrita e corporal)
 Inteligência lógico-matemática (raciocínio lógico, capacidade de resolver problemas)
 Inteligência espacial (perceber o mundo a sua volta, o espaço físico)
 Inteligência cinestésico-corporal (movimentos do corpo)
 Inteligência interpessoal (capacidade de interpretar e entender as pessoas, seus
gestos, sua fala, ter empatia – primeira base da inteligência emocional)
 Inteligência intrapessoal (capacidade de compreender e controlar nossas emoções –
segunda base da inteligência emocional)
 Inteligência naturalista (capacidade de observar, entender e catalogar eventos e
elementos da natureza)
 Inteligência existencialista (pessoas com afetividade emocional muito alta em relação
aos outros, respeito e compaixão)
A ideia de inteligência emocional surgiu unindo duas dessas inteligências múltiplas, através dos
estudos de Salovey e Mayer, os primeiros estudiosos da Inteligência Emocional, suas bases e
conceitos. Porém foi através de Daniel Goleman que difundiu a Inteligência Emocional no
mundo.

Aula 2: Bases da Inteligência Emocional


Pessoas que conhecem suas próprias emoções tem uma maior percepção sobre seus
sentimentos, sabe nomea-los e percebem quando o sentimento se manifesta. É o
autoconhecimento de suas emoções, que possibilita identificar as emoções para saber como
lidar com elas.

Lidar com as emoções no momento em que elas surgem. É o saber o que fazer com o
sentimento depois de identificado. Controlar a emoção ou o sentimento. É uma habilidade que
precisa ser desenvolvida. Elaborar estratégias para se recuperar com facilidade diante das
perturbações da vida: perdas, conflitos, frustrações. Pessoas que sabem lidar com suas
emoções se recuperam de forma muito mais rápida, e tem maior chance de sucesso em sua
vida profissional.

Capacidade de auto-motivação. Capacidade de se motivar em direção a um foco, direcionando


as emoções para esse fim, deixando de lado o que atrapalha ou usando as emoções como
impulso para o resultado desejado.
Para reconhecer as emoções dos outros primeiro eu preciso aprender a reconhecer minhas
próprias emoções, e também a capacidade de empatia. A empatia pode ser desenvolvida no
decorrer da vida e das experiências vividas. Fazer o exercício de se enxergar no lugar do outro,
e como ele receberá as emoções que o cercam.

Habilidade de gerir sentimentos das outras pessoas. Está ligada ao tópico anterior, e diz
respeito a lidar com os sentimentos e emoções do outro de forma inteligente, fazendo-o
perceber a si mesmo e usando da persuasão para modificar seu sentimento e posicionamento.
Ligada a nosso equilíbrio emocional e conhecimento de nossas próprias emoções para poder
entender e ajudar os outros com as emoções deles.
1. Autoconsciência: capacidade de conhecer nossas próprias emoções, sentimentos e
comportamentos. Através dela que sabemos o que nós estamos sentindo.
2. Autogerenciamento: capacidade de nos gerenciar, de não nos deixar ser dominados
pelas nossas emoções, controlar os impulsos e emoções para que elas possam
trabalhar em prol dos meus objetivos.
3. Consciência social: consciência de que precisamos estar inseridos em determinado
grupo, da necessidade de se relacionar e interagir com outras pessoas. Necessidade de
socializar. Trabalhar em equipe.
4. Gerenciamento de relações: gerenciar as relações, conhecendo suas próprias emoções
e as emoções das outras pessoas para aprender a lidar com o outro para ajuda-las com
suas próprias emoções.
1. Autoconsciência:
1.1. Autoconsciência emocional: consciência das nossas emoções para saber como
lidar com elas e quais estratégias podemos usar para melhor controle do que
sentimos. Quando percebemos nossas emoções aprendemos a lidar melhor com os
outros e com nós mesmos, facilitando o processo de relacionamento interpessoal.

2. Autogerenciamento:
2.1. Autocontrole emocional: capacidade de lidar com as minhas emoções colocando-
as em prol das minhas necessidades. Gerenciar suas emoções para que elas não me
afetem e me prejudiquem.
2.2. Adaptabilidade: capacidade de se adaptar a mudanças, reestruturações e
necessidades, aprendendo a lidar com o novo e a sair da zona de conforto sem
frustrações e emoções negativas. Usar as emoções em prol das mudanças necessárias.
2.3. Orientação para atingir objetivos: automotivação, ações que satisfazem estes
motivos e objetivos. Usar as emoções para atingir os objetivos propostos, evitando que
elas atrapalhem ao invés de ajudar.
2.4. Visão positiva: enxergar possibilidades, soluções, visão otimista. Ver o lado bom e
aberturas que podem ser feitas para encontrar soluções para sair de dificuldades e
vencer desafios, acreditando e tendo esperanças de que as coisas vão dar certo e
serão resolvidas. Buscar estratégias e acreditar no resultado.

3. Consciência social:
3.1. Empatia: desenvolver empatia com base nas nossas experiências de vida e
interação com outras pessoas. Conhecer melhor as outras pessoas, como elas se
comportam e aprender a identificar as emoções das outras pessoas para saber como
lidar com elas.
3.2. Consciência organizacional: ter a visão do todo, saber trabalhar em equipe.
Valorizar as demais pessoas, sua equipe e o trabalho em grupo.
4. Gerenciamento de relações
4.1. Influência: influenciar a outra pessoa na busca daquilo que eu quero, persuadir as
emoções da pessoa para que ela possa entender e se adequar as necessidades, para
aceitar e compreender visões diferentes.
4.2. Coach e mentoria: posição de acessor, de consultor que vai auxiliar na busca do
seu desenvolvimento profissional para atingir suas metas.
4.3. Gerenciamento de conflitos: capacidade de lidar com as emoções e necessidades
dos outros para buscar a satisfação dessas necessidades
4.4. Trabalho em equipe: consciência e percepção da equipe, se estão motivados,
tristes, esperançosos e tentar modificar as emoções negativas, sabendo lidar com as
emoções desta equipe proporcionando harmonia e bons sentimentos.
4.5. Liderança inspiradora: saber lidar com as emoções das outras pessoas, saber
conquistar, passar confiança e trocar as emoções negativas e inseguranças por
emoções positivas, motivando mais as pessoas para que tenham maior desempenho e
resultado.

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