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Importância emoções
→ Nível intrapessoal e interpessoal – é necessário conhecer e saber gerir emoções em nós próprios e
nos outros.
→ Capazes de afetar os processos psicológicos básicos a tanto a nível positivo como negativo.
Insucesso escolar, profissional e social não só se deve a competências cognitivas como também:
- Perceções de competências desajustadas
- Baixo controlo das emoções
- Dificuldade em lidar com a frustração
→ Gestão das emoções afeta: memória, atenção, raciocínio, perceção
Cultura
} comportamento adaptativo ou inteligente
Gestão de conhecimento social
Cultura – devemos saber como nos adaptar às diferenças para sermos capaz de adptar o
comportamento → comportamento inteligente
Inteligência emocional
“Alguns indivíduos têm uma maior capacidade para processarem de forma mais sofisticada a
informação acerca das emoções e dos estímulos relevantes para as emoções, bem como para utilizarem
essa informação para orientarem o seu pensamento e o seu comportamento.”
Inteligência emocional: regulação emocional
Reconhecer emoções
Autoconhecimento
} para saber quando estamos a experienciar emoções
Inteligência social: saber gerir as emoções do outro/ajudar o outro na gestão (ex.: saber comunicar,
trabalhar em grupo). É ainda ser capaz de antever possíveis emoções - quando o outro vai estar
bem/mal consoante a situação.
Todas as emoções que experienciamos e, consequentemente, expressamos têm impacto nos
outros, na sua gestão e experiência emocional.
Notas
• Para alguns autores EI não dirá respeito a mais do que um conjunto de traços de personalidade.
• Definição não é pacífica – crítica.
• Termo utilizado em relação a muitas ideias que podem não se relacionar com EI.
IE Modelos
1. Modelo das habilidades cognitivas
2. Modelos mistos ou de traços
EI como uma série de operações necessárias - conjunto de habilidades que se intercorrelacionam - para
produzir e desenvolver as emoções através dos processos de resolução de problemas.
Agimos de acordo com o que estamos a pensar no momento.
Nota: autores defendem que é errado afirmar que EI são os traços de personalidade.
Capacidade para perceber, reconhecer, expressar, diferenciar, avaliar e, consequentemente, regular
emoções de modo a apoiar o pensamento - acerca das suas emoções e das dos outros.
Perceção emocional
|
Uso da e. para facilitar o pensamento
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Comp. emocional
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Reg. emocional
Perceção emocional
Registar, atender e decifrar mensagens emocionais – em si próprio, nos outros e em objetos - que
podem ser expressas através de expressões faciais, tom de voz, objetos de arte e outros artefactos
culturais. Permite distinguir entre emoções genuínas e emoções falsas.
4 “níveis” de desenvolvimento
1. As emoções determinam a ordem do pensamento dirigindo a atenção para a informação importante
(resolução de problemas).
2. As emoções vividas podem auxiliar a tomar decisões e a criar memórias de emoções.
3. O estado emocional provoca alterações na perspetiva individual desde o otimismo ao pessimismo,
encorajando considerações de múltiplos pontos de vista (ex.: “como posso ver esta situação de maneira
mais positiva?”).
4. Os estados emocionais encorajam abordagens específicas dos problemas (somos sempre enviesados
pelo que estamos predispostos a sentir).
Compreensão de emoções
Capacidade de compreender emoções complexas (ex.: experimentar duas emoções ao mesmo tempo)
e a capacidade para reconhecer a transição de uma emoção para a outra.
4 “níveis” de desenvolvimento
1. Capacidade de nomear as emoções e reconhecer relações entre as palavras e as próprias emoções
(ex.: saber o que é o medo e o que ele pressupõe).
2. Capacidade para interpretar o significado que as emoções transmitem – associar emoções a situações
(ex.: tristeza associada a uma perda).
3. Capacidade de compreender sentimentos complexos ou a sua combinação (ex.: sentimentos de amor
e ódio ou medo e surpresa).
4. Capacidade de reconhecer prováveis transições entre emoções (ex.: transição de zanga para
satisfação ou vergonha).
4 “níveis” de desenvolvimento
1. Capacidade de permanecer aberto aos sentimentos (agradáveis ou não).
2. Capacidade de comprometer-se refletidamente ou desligar-se de uma emoção dependendo da sua
utilidade.
3. Capacidade de monitorizar as emoções em relação a si próprio e aos outros (ex.: reconhecer quão
claras elas são).
4. Capacidade de gerir emoções em si próprio e nos outros, moderando as emoções negativas e
aumentando as positivas, sem reprimir ou exagerar a sua expressão.
Compreensão de emoções
5) Que emoções se podem juntar para que haja um sentimento mais forte.
6) De que forma é que as emoções progridem e se alteram entre si.
5 grandes habilidades:
1. Intrapessoais
2. Interpessoais
3. Adaptação
4. Gestão de stress
5. Humor geral
Habilidades intrapessoais
→ Capacidade de estar atento e compreender-se a si próprio e às suas emoções.
• Autoconsciência emocional (compreender emoções).
• Autoconceito (perceber e compreender-se a si próprio).
• Auto atualização (esforçar-se por atingir os seus objetivos).
• Independência (ser independente emocionalmente dos outros).
• Assertividade (expressar emoções tal como são experienciadas).
Habilidades interpessoais
→ Capacidade para estar atento, compreender e avaliar os sentimentos do outro.
→ Manter e estabelecer relações satisfatórias e responsáveis com os outros.
• Relações interpessoais (estabelecer relações com os outros).
• Responsabilidade social (identificar-se com um grupo social e integrar-se).
• Empatia (compreender como é que os outros se sentem).
Habilidades de adaptação
→ Capacidade para aferir as emoções através de informações externas objetivas para flexibilizar os
modos de proceder.
• Resolução de problemas (resolver de forma eficaz problemas sociais).
• Noção da realidade (validar os próprios sentimentos e a perceção de realidade).
• Flexibilidade (adaptar-se, emocionalmente, a novas realidades).
Aptidões que incluem: autocontrolo, zelo (dedicação, interesse), persistência e a capacidade para o
indivíduo se motivar a si próprio.
→ “Caráter” - foco sobre características próprias de cada indivíduo, que fazem parte da sua
personalidade.
1. Autoconsciência
Autoconsciência emocional Reconhecer as próprias emoções e efeitos.
Autoavaliação (situações e emoções) Conhecer as próprias forças e limitações.
Autoconfiança Confiança na capacidade e valor próprio.
2. Autorregulação
Autodomínio Gerir emoções e impulsos negativos.
Inspirar confiança Conservar padrões de honestidade e integridade.
Ser consciencioso Assumir responsabilidade pelo desempenho
pessoal.
Adaptabilidade Flexibilidade em lidar com a mudança.
Inovação Sentir-se à vontade e aberto a novas ideias,
abordagens e informação.
3. Motivação
Vontade de triunfar Lutar por se aperfeiçoar ou atingir um padrão de
excelência.
Empenho Alinhar com os objetivos do grupo ou organização.
Iniciativa Estar preparado para aproveitar oportunidades.
Otimismo Persistência na prossecução de objetivos, apesar
dos obstáculos e reveses.
4. Empatia
Compreender os outros Ter a perceção dos sentimentos e das perspetivas
dos outros e manifestar interesse ativo nas
preocupações.
Desenvolver os outros Ter a perceção das necessidades de
desenvolvimento dos outros e fortalecer as suas
capacidades.
Orientação para o serviço Antecipar, reconhecer e ir ao encontro das
necessidades dos clientes.
Potenciar a diversidade Cultivar oportunidades com diferentes tipos de
pessoas.
Consciência política Ler as correntes emocionais e as relações de poder
de um grupo.
5. Competências sociais
Influência Exercer táticas eficazes de persuasão.
Comunicação Ouvir com abertura e enviar mensagens
convincentes.
Gestão de conflitos Negociar e resolver desacordos.
Liderança Inspirar e guiar grupos e pessoas.
Catalisador de mudança Iniciar e gerir mudança.
Criar laços Fortalecer relações.
Colaboração e cooperação Trabalhar com outros para objetivos comuns.
Capacidades de equipa Criar sinergias de grupo na prossecução de
objetivos coletivos.
Críticas
Conceptual: definição demasiado abrangente de EI (autor não constrói a sua própria definição).
Metodológica: conceito de EI não é objetivo – itens não avaliam exatamente o que querem avaliar
(falhas metodológicas).
Ética: generalização de resultados que podem não ser coerentes ou consistentes em várias culturas –
falta de consideração pelas diferenças individuais.
Ansiedade: quando não consideramos que possuímos os recursos necessários para realizar determinada
tarefa/lidar com dada situação. Medo demasiado elevado tendo em conta a situação.
Objetivos do programa
→ Promover o desenvolvimento da inteligência emocional em crianças, de modo a reduzir a sua
ansiedade e a facilitar o seu ajustamento psicológico.
• Objetivo não se trata de eliminar o medo e outras emoções mas sim desenvolver o seu
conhecimento (medo também é essencial para a sobrevivência).
1. Desenvolver o conhecimento acerca das emoções (crianças não conhecem suficientemente bem as
emoções).
2. Promover a capacidade de reconhecer emoções em si e nos outros.
3. Explorar formas de lidar com as diferentes emoções.
4. Destacar formas adequadas de lidar com as emoções.
5. Impulsionar o papel ativo da criança para a sua regulação emocional.
6. Treinar competências emocionais e sociais no contexto específico da ansiedade patológica.
Implicações práticas da EI
Inteligência social
1920: Thorndike
Capacidade para perceber e lidar adequadamente com outras pessoas e para levar a cabo interações
sociais adaptativas.
1933: Vernon
Capacidade para:
Relacionar com as pessoas em geral - técnica social ou à-vontade em sociedade.
Conhecer assuntos sociais, suscetibilidade a estímulos de outros membros de um grupo.
Conhecer e perceber diferentes estados de humor ou traços de personalidade de outros.
1967: Guilford
IS → Domínio comportamental.
De forma global:
Capacidade dos indivíduos para compreender os outros e entendê-los em função das suas interações e
contextos.
É um conjunto de conhecimentos que as pessoas possuem acerca do mundo social que as rodeia.
Em ligação com o modelo de Guilford, O’Sullivan, Guilford e deMille (1965) procuraram operacionalizar o
conceito de inteligência social.
Aptidões metacognitivas - capacidade de pensar sobre as situações (o que sentimos, pensamos, etc).
Aptidões utilizadas na aprendizagem - todos os recursos/estratégias que utilizamos para aprender.
Pensamento
Conhecimento (que adquiridos sobre essa mesma situação)
Motivação - responder de forma adequada nesse momento.
Experiência
Sentido de Hierarquia: aptidões metacognitivas como a faceta mais importante sendo que todas as
outras necessitam delas quando utilizam estratégias respetivas.
Goleman (2006)
Implicações práticas da IS
Kosmitzki & John (1993) com base em investigações anteriores de Orlik (1978):
Elaboração de uma lista de características que compõem o conceito implícito de inteligência social,
pedindo a sujeitos para classificarem cada uma das características relativamente à ideia de que integram
ou não o seu conceito pessoal de inteligência social.
Inteligência emocional-social
→ Capacidade de adaptação tanto a nível emocional como social a todo e qualquer desafio.
1. Atenção
2. Memória
3. Emoções
4. Tomada de decisão
1. Atenção
Atenção e memória: memória de trabalho → Inteligência fluída (50% da variação na IF deve-se à MT) –
múltiplas tarefas nomeadamente dia-a-dia).
Atenção: permite ter um foco, selecionar informação para resolver determinado problema.
✔ Quanto maior o foco, maior quantidade de informação retida.
✔ Distanciam-nos de distratores internos e externos.
✔ Testes de avaliação da IF exigem uma atenção dirigida à tarefa → intensifica a relação entre MT
e IF.
Testes de avaliação de IF
Ex.: completar sequência, observação de imagens com um detalhe diferente, etc.
IF (tipo inteligência mais utilizada): ajudar a dar resposta, processamento informação, ativação sistema
atencional (coordenar info que já tínhamos com a que estávamos a receber);
Inteligência cristalizada - aceder a conhecimentos anteriores;
Utilização de estratégias próprias - indica que o sistema atencional foca-se no que consideramos
relevante.
2. Memória
MT relaciona-se com:
✔ Fator g (resolução problemas dia-a-dia)
✔ Inteligência fluída (resolução qualquer problema apresentado)
✔ Inteligência espacial (receber e depois processar info para dar resposta comportamental e dar
uma resposta que seja adequada)
Componentes de armazenamento
mesmo
Componentes de processamento
funcionamento
+
cerebral
Memória de Trabalho
MT → 2 domínios que lhe são hierarquicamente inferiores (mesma estrutura vista em domínios
diferentes)
Verbal Espacial
IC associa-se com:
Armazenamento verbal – a maior parte da info que retemos é em formato verbal (ex.: é mais fácil de
retermos a letra de uma música do que retermos dada informação espacial).
Processamento verbal (a maior parte das vezes que a recebemos é em contexto de aprendizagem –
processamento).
Testes de avaliação MT
Ex.: jogo da memória
IF (inteligência mais utilizada): reter info (fixar conjunto de imagens e onde elas se encontram);
IC: memorizar tipo de info (ex.: animais, desenhos);
MT (tipo de memória mais utilizada): permitiu armazenar temporariamente a informação;
MLP: atribuir significado à info com que lidamos (ex.: já possuímos info sobre os animais do jogo).
3. Emoções
Quanto maior idade dos indivíduos maior o reportório emocional (experiência emocional, tanto no
próprio como por observação de outros, mais ampla): melhores os scores na avaliação da IF e maior o
seu conhecimento acerca das emoções.
→ Melhores resultados na avaliação da IF = melhor entendimento acerca das emoções.
Inteligência Fluída
• Não se associa com o reconhecimento externo das emoções (função da IC) mas sim com um
maior conhecimento acerca das componentes mentais das mesmas.
• Auxilia na representação mental de cada emoção em si e nos outros.
• Permite identificar o motivo de determinadas emoções
• Permite diferenciar a emoção experienciada da emoção expressa (reconhecer falsidade através
da expressão das emoções).
• Relaciona-se com a habilidade para identificar padrões e relações, bem como inferir e
implementar regras – ajuda a interpretar situações emocionais que envolvem diferentes
componentes (identificar emoções em fotografias, Efs, expressar emoções, etc)
4. Tomada de decisão
Tomada de decisão requer estratégias: temos de tomar uma decisão sobre a forma como vamos
resolver dado problema (ex.: decorar números).
→ Escolha através de conhecimentos prévios, organização do espaço, desejo de chegar a um bom
resultado, …
→ Função da IF – definir uma estratégia.
→ Função da IC – decidir segundo conhecimentos que já temos.
Influências na inteligência
1. Genética
2. Hereditariedade
3. Influências contextuais
1. Genética
Influência direta
Maior aproximação a nível genético (QI) entre dois indivíduos próximos geneticamente (ex.: irmãos) do
que entre dois estranhos.
Diferenças individuais a nível genético → Velocidade de processamento no que toca a certas operações
mentais
➢ QI pré-determinado à nascença - indivíduo pode nascer com uma potencialidade alta de QI,
porém, devido ao estilo de vida, ficar com um QI baixo e vice-versa.
Nature | Nurture
Influência indireta
Falácia: genes determinam o “potencial” do indivíduo (existe um limite aos níveis de inteligência
imposto pelos genes).
Facto: não existe suporte empírico para esta ideia.
Falácia: 1 gene para 1 característica (genes operam com instruções unidirecionais, pelo que será possível
identificar o gene ou os genes que causam determinado resultado dos indivíduos nos testes de
inteligência).
Facto: em todos os sistemas complexos que temos, tal como a inteligência, não podemos admitir uma
só causa para algo: as diferenças individuais devem-se tanto a causas genéticas como a causas
contextuais.
Gémeos mesmo quando criados em famílias diferentes (ex.: famílias que acolheram apenas um dos
irmãos) apresentam semelhanças significativas em termos de competências intelectuais.
Quanto aos gémeos idênticos, as semelhanças são ainda maiores do que nos gémeos falsos.
Problema comum a todos os estudos com gémeos criados separadamente é que os gémeos podem não
ter sido criados sempre separados:
- Contexto barriga da mãe – desenvolvimento SN e desenvolvimento cognitivo, à partida, igual para
ambos.
- Contexto externo – época antes de serem acolhidos por exemplo em casas de acolhimento, em que
são partilhadas muitas experiências.
2. Hereditariedade
Experiência órfãos da Roménia: exemplo de tragédia real em que a carência de estímulos cognitivos
levou a consequências fatais
- Potencial genético pode ser comprometido devido ao estilo de vida.
- Importância do ambiente e suas características: família, vinculação, etc.
3. Influências contextuais
“Defender que a inteligência não pode ser promovida significa defender que a educação é impossível.”
Bereiter, 1996
Modificabilidade cognitiva: um indivíduo pode ir além das suas competências no momento – devemos
sair da nossa zona de conforto de maneira a expandir competências.
Binet
Desenvolvimento da Inteligência
1. Período Pré-Natal
2. Período Neo-Natal
3. Infância
4. Adolescência
5. Condições contextuais
6. Idade adulta
Período Pré-Natal
Características maternas
Período Neo-natal
Complicações no nascimento
Anoxia – período de tempo, durante o parto, devido a determinadas dificuldades, em que a criança está
privada de oxigénio (resulta com certos comprometimentos cognitivos).
Fator Rh - proteína que pode estar ou não presente no sangue: se a criança possui e a mãe não, quando
esta recebe do filho, o seu corpo vai começar a criar anti-corpos para rejeitar a substância. Assim, se
existir gravidez seguinte, esses anticorpos vão rejeitar o desenvolvimento do bebé (daí ser necessário
um tratamento).
Prematuridade (nascimento mais cedo do que o suposto).
Baixo Peso (falta de proteínas e nutrientes).
Infância
Desenvolvimento neural - desenvolvimento de diferentes estruturas cerebrais em complexidade
crescente; ativação sistemas neuronais. (células glia?)
Diferenciação celular (especialização das células) – começa durante o período pré-natal mas
desenvolve-se durante o período infantil.
Sinaptogénese (formação de sinapses).
Diferenciação cerebral (especialização das zonas do cérebro e do que cada uma armazena).
Lateralização cerebral (dominância de um dos hemisférios) - desenvolvida por volta dos 5 anos.
Plasticidade (adaptação cerebral a novas experiências/estímulos p. ex.: aprendizagem)
Adolescência
Reorganização de circuitos neuronais do córtex pré-frontal permite atividades cognitivas de alto nível
(ex.: planeamento estratégico).
Condições contextuais
Relacionamentos
Relação com os pais – permite-nos perceber o que necessitamos nomeadamente a nível emocional.
Relação com os irmãos – alarga competências intelectuais (faz-nos também sair da zona de conforto).
Relação com a família (nível alargado)
Relação com adultos
Relação com crianças – requer exigências no que toca à adaptação à realidade das crianças.
Outros níveis
Estimulação sensorial - não deve ser excessiva ou não adaptada pois a criança deve ter tempo de
processar a informação.
Acesso, adequabilidade, variedade a brinquedos/materiais – devem ser variados e adequados à idade
com fim a desafiar e estimular a criança para promover um desenvolvimento cognitivo rico.
Socialização – desenvolvimento da capacidade empática, de relações positivas, saber o que se pretende
de uma relação ou não.
Oportunidade de experimentar
Variedade de contextos
Idade adulta
Existe muita controvérsia em torno do modo como a inteligência se desenvolve durante a idade adulta
mas sabe-se que ela sofre um declínio (podendo ser pequeno ou grande), tal como outras tipologias de
competências.
Nota: não é linear a relação entre tempo e inteligência, podendo haver até um ganho do ponto de vista
intelectual.
São vários os processos cognitivos que diferem consoante a idade, com destaque para dois recursos de
processamento:
- Velocidade de resposta
- Capacidade da MT
Multidireccionalidade da inteligência
Int. Fluída – aptidões relacionadas são as que sofrem maior declínio; passam a exigir mais esforço (por
vezes iniciando uma curva decrescente aos 30 anos).
Int. Cristalizada - desenvolvimento ascendente até cerca dos 60 anos de idade, entrando nessa altura
em declínio, passando a estar comprometida.
Efeito Flynn
Objetivos
• Perceber se a inteligência se altera de forma uniforme na idade adulta, ou se as diferentes
habilidades têm percursos diferentes.
• Conhecer qual a idade em que se observa declínio cognitivo e determinar a magnitude desse
declínio.
• Investigar padrões geracionais de diferenças nas diferentes habilidades ao longo do curso de
vida.
• Conhecer a estabilidade das habilidades ao longo da idade adulta.
• Saber o que interfere nas diferenças relacionadas com a idade, ao longo da idade adulta.
• Saber de que forma a inteligência entra em declínio com o aumento da idade, e se isso pode ser
revertido por intervenções educacionais.
Resultados
Contextualização sócio histórica: muitas das mudanças relacionadas com a idade podem dever-se a
este fator, que influencia de forma diversa os indivíduos.
Inteligência quotidiana:
Expressão das aptidões mais básicas da inteligência fluída e cristalizada que permitem ter um
comportamento adaptativo num conjunto de situações do quotidiano.
Existe algum suporte empírico para afirmar que a inteligência quotidiana sofre uma evolução positiva
com o passar do tempo, sendo encontrados níveis mais elevados em idosos do que em adolescentes
(papel diferenciador da perspetiva das operações pós-formais, enfatizando a maior sofisticação do
raciocínio relativista, que envolve uma síntese entre a lógica e os lados irracional, emocional e pessoal).
Investigação em Inteligência
Tipos de estudo:
- Cariz mais qualitativo: Descritivo
- Cariz mais quantitativo: Correlacional, Experimental
Cuidados a ter
Conceptuais – conceitos que estamos a utilizar devem ser corretos e bem definidos.
Metodológicos – protocolo de investigação (métodos, regras, critérios) que utilizamos devem se
adaptar ao estudo.
Éticos – o protocolo de investigação não pode ser injusto, deve se reger pelas leis consoante o país.
(ex.: se queremos estudar dois irmãos gémeos não os podemos separar só para obter mais
informação).
Avaliação em Inteligência
Tipo de técnicas
a) Entrevista (técnica subjetiva)
b) Observação (técnica subjetiva)
c) Técnicas objetivas
a) Entrevista
Adapta-se a todos os contextos.
Pode ter diferentes níveis de estruturação, adaptando-se às circunstâncias de cada caso.
O papel do entrevistador é central.
As características do entrevistador podem condicionar a entrevista (e.g., empatia, estabelecimento da
relação).
Permite registar a informação verbal e a não-verbal.
É habitualmente a primeira técnica a ser aplicada, permitindo estabelecer as primeiras hipóteses que
irão orientar a avaliação.
Técnica de utilização longitudinal, podendo ser utilizada ao longo de todo o processo de avaliação e de
intervenção.
b) Observação
Adaptação a diversos contextos.
O observador pode evitar interagir com o sujeito, para não provocar reatividade e falta de
espontaneidade.
Permite estudar comportamentos que não seriam éticos provocar, ou não há oportunidade de observar
em contexto individual.
c) Técnicas objetivas
Focadas num fator geral de inteligência vs Focadas numa competência/habilidade específica
Nota: “6 anos e meio”/“6 anos”, “16 anos”/“+ de 16 anos” - avalia a mesma faixa etária, no entanto, de
uma forma mais simples/exigente: depende da pessoa em questão, se a mesma tem dificuldades
cognitivas ou se verificamos um Q.I. acima da média, decidimos qual se adapta melhor.
Princípios e vantagens:
✔ Avaliação verbal e não verbal – provas verbais e provas de realização.
✔ Apoiam-se em noções estatísticas - comparação do desempenho do indivíduo na sua faixa
etária.
✔ Diferentes idades.
✔ Avaliação cognitiva de administração individual.
✔ É uma escala de avaliação da inteligência compósita – avalia inúmeras competências.
✔ Adaptável a uma ampla variedade de contextos.
✔ Análise de pontos fortes e frágeis dos indivíduos.
✔ Obtenção de informação relevante para reforçar ou invalidar diagnósticos baseados noutras
provas.
✔ Auxilia na avaliação e diagnóstico de dificuldades de aprendizagem.
✔ Subtestes permitem comparar o mesmo indivíduo em habilidades distintas.
Desvantagens:
✗ O postulado relacionado com a constância do QI é discutível segundo alguns autores.
✗ Risco de confusão com a utilização dos termos QI para os resultados das escalas verbal, de
realização e global.
✗ O próprio autor reconhece que as suas escalas não “abrangem tudo da inteligência” e apelam a
fenómenos “não intelectuais”.
Ordem das provas: alternação entre PV e PR com fim a manter a criança motivada (faz-se todos exceto
as 2 opcionais).
Provas verbais
Informação Conhecimentos gerais acerca do mundo.
Provas de realização
(O) - opcional, * - quando aplico a WPPSI sou obrigada a fazer todas as provas exceto estas duas em
certos casos (ex.: criança demasiado cansada). Também pode servir como substituto de outra prova
anterior em determinados casos (ex.: existência de barulhos externos que distraíram a pessoa).
Provas verbais
Informação Conhecimentos gerais acerca do mundo.
Semelhanças Pensamento lógico abstrato com categorias verbais e classificação.
Aritmética Competências de raciocínio com conceitos numéricos básicos e resolução
de problemas.
Vocabulário Conhecimento lexical e desenvolvimento da linguagem.
Compreensão Verbalização de informação prática, avaliação/utilização de experiência
passada para resolver problemas.
Memória de dígitos (O) Memória auditiva a curto prazo para séries de números.
Provas de realização
Completamento de gravuras Memória visual a curto prazo e acuidade visual para elementos de
uma figura.
Código Velocidade psicomotora na realização de tarefas de papel e lápis.
Disposição de gravuras Sequenciação e antecipação de consequências de situações
sociais.
Cubos Raciocínio não verbal, visualização espacial, análise de um
desenho abstrato nas suas componentes.
Composição de objetos Flexibilidade, antecipação de relações parte – todo.
Pesquisa de símbolos (O) Avaliar a repetição de símbolos em diferentes séries de símbolos
Labirintos (O) Planeamento e previsão.
Provas verbais
Provas de realização