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Como Desenvolver sua Inteligência Emocional

Com Gemma Leigh Roberts

Detalhes do curso
A inteligência emocional pode ajudar você a construir relacionamentos eficazes no trabalho. A coach executiva
e psicóloga organizacional Gemma Roberts explica o que é inteligência emocional e sua importância. Ela
ajudará você a se tornar mais autoconsciente, para que consiga identificar os gatilhos emocionais que podem
comprometer seu desempenho. Ela também auxiliará você a conciliar suas intenções e o impacto que deseja
causar, para que você possa construir relacionamentos sólidos e colaborativos.

Conteúdos

 Introdução
 1. Compreender a Inteligência Emocional
 2. Ser Auto-Consciente
 3. Gerenciando-se a si mesmo
 4. Consciência Social
 5. Gestão de Relacionamentos
 Conclusão

 Introdução

Boas-vindas
O tempo todo ouvimos dirigentes de organizações dizerem que contratam e promovem com base na
inteligência emocional, não no QI ou em determinadas competências, e existe uma boa razão para isso.
Pesquisas mostram que a inteligência emocional é o principal fator que diferencia os profissionais de alto
desempenho dos demais. Então, se você quiser otimizar seu desempenho e ter sucesso na carreira, a
inteligência emocional é uma das principais competências a desenvolver. Olá, sou Gemma Leigh Roberts. Sou
psicóloga organizacional credenciada, tenho experiência em psicologia da liderança e do coaching e também
atuo como coach de carreira.

Neste curso, vamos abordar os quatro principais fatores da inteligência emocional, e vou ajudar você a colocar
em prática o que aprendeu para melhorar seu desempenho pessoal no trabalho e na vida pessoal. Você vai
aprender como o desenvolvimento da inteligência emocional pode ajudar a alcançar metas ambiciosas de
desempenho pessoal, como trabalhar para conseguir uma promoção ou formar uma equipe de sucesso.

Também vou ensinar como o desenvolvimento da inteligência emocional influencia a forma como interagimos
com os outros, ajudando você a construir relacionamentos fortes e colaborativos e a enfrentar situações sociais
complexas e desafiadoras. Se estiver pronto para desenvolver sua inteligência emocional, vamos começar.
 1. Compreender a Inteligência Emocional

O que é inteligência emocional?


Compreender e desenvolver a inteligência emocional é essencial para quem quer avançar na carreira.

Além de colher as recompensas pessoalmente melhorando seu desempenho, você ainda vai promover
relacionamentos fortes com os outros, ajudando a realizar mais coletivamente.

A compreensão da inteligência emocional envolve três aspectos importantes que você precisa saber.

Primeiro: o que pretendemos dizer com inteligência emocional e como defini-la.

Segundo: como a inteligência emocional se relaciona com as outras partes da nossa estrutura psicológica.

E, por último, por que é importante desenvolver a inteligência emocional.

Vamos começar pelo início. O que pretendemos dizer exatamente com inteligência emocional?

Bem, quando falamos de inteligência emocional, estamos nos concentrando em duas áreas: compreender e
expressar nossas emoções e agir com empatia quando nos comunicamos com os outros.

O segundo aspecto que devemos considerar é que a inteligência emocional faz parte da nossa constituição
psicológica, junto com a personalidade e o QI, que mede a inteligência geral.

Esses três elementos nos tornam quem somos e determinam como interagimos com os outros.

Todos nós usamos cada um desses três elementos em diferentes graus, e pesquisas mostram que a
personalidade e o QI não predizem a inteligência emocional. Aliás, os três elementos funcionam de forma
independente, interagindo para nos ajudar a resolver problemas e tomar decisões.

Seja qual for o tipo da sua personalidade ou seu QI, você tem capacidade para chegar ao alto da escala de
inteligência emocional. Isso é muito interessante porque, em termos gerais, a personalidade e o QI são fixos.
Eles não se alteram muito ao longo da vida adulta. Mas não é o caso da inteligência emocional.

Todos podem desenvolver e melhorar a inteligência emocional, ou seja, podemos assumir o controle de como
vivenciamos e expressamos nossas emoções e podemos controlar nosso grau de empatia com os outros. Basta
aprender e praticar as competências.

O terceiro ponto que vou abordar é a importância de se concentrar no desenvolvimento da inteligência


emocional. É uma área da psique que podemos controlar. É possível aprimorar e aumentar a inteligência
emocional, o que influencia diretamente nosso desempenho, conquistas pessoais e os relacionamentos que
construímos.

A inteligência emocional também é chamada de QE, quociente emocional. Para explicar por que usamos a
terminologia QE, pense no QI, que mede a inteligência geral. Em termos simples, QE é a versão emocional da
inteligência geral. Enquanto o QI mede a capacidade de raciocínio de uma pessoa e como ela usa informações
e lógica para responder às perguntas, a avaliação da inteligência emocional é totalmente diferente.

A avaliação da inteligência emocional se concentra em quatro critérios.

Primeiro: estar ciente das emoções.

Segundo: expressar emoções.

Terceiro: controlar as emoções.

E por último: lidar com os relacionamentos de forma eficaz.


Existem quatro áreas de inteligência emocional: autoconsciência, autogestão, consciência social e
desenvolvimento de relacionamentos.

Observe que as duas primeiras partes são voltadas para dentro, para nós mesmos: primeiro entender as
próprias emoções e, então, aprender a controlá-las.

As outras duas partes são voltadas para fora: ter consciência das situações sociais e, então, gerenciar e
desenvolver relacionamentos.

Reflita sobre sua inteligência emocional. Como você usou a inteligência emocional em uma situação no
trabalho? Existem áreas em que você poderia melhorar? Vamos nos aprofundar nisso mais tarde, mas, por
enquanto, comece a analisar como você pensa e reage às situações, além das mudanças que gostaria de ver.

O papel das emoções e do QE


As emoções são complexas. Quando falamos de emoções, quase sempre estamos nos referindo a sensações
ou reações estimuladas pelas circunstâncias, por nosso humor ou pelo relacionamento com os outros.

Pense nas emoções como sentimentos que vivenciamos. As emoções podem refletir prazer ou
descontentamento, podendo ser intensas ou suaves.

Caso já tenha sentido muita raiva ou alegria, isso é um estado psicológico causado por suas emoções.

Existe muita variação entre as pessoas. Em uma situação idêntica, talvez sua reação seja totalmente diferente
da minha. Também existe a possibilidade de variação em nós mesmos.

Você já teve alguma reação exagerada em uma situação que, em outro dia, talvez te causasse apenas uma leve
irritação?

Entender e administrar as emoções é fundamental para melhorar nosso desempenho e interagir bem com os
outros. Isso porque boa parte de como percebemos e interagimos com o mundo ao redor pode derivar das
nossas emoções, e se não administramos esse processo de maneira consciente, nossas emoções assumem o
comando. Às vezes, isso funciona a nosso favor, mas nem sempre, e pode ser vantajoso controlar esse
processo.

Existe uma reação em cadeia entre nossas emoções, que é o que sentimos em relação a um evento, e nosso
comportamento subsequente, que é como reagimos a esse evento.

Nossas emoções podem causar uma reação psicológica, que envolve a forma como processamos informações
e julgamos a situação. As emoções também podem levar a uma resposta fisiológica, causando uma reação
física, como tremer ou suar. Podemos até ter os dois tipos de reação ao mesmo tempo.

Até agora, esse processo é interno, ou seja, acontece na nossa cabeça, no nosso corpo. Isso, então, gera uma
reação comportamental, que é como interagimos com os outros com base na forma como processamos a
situação.

Vamos ver um exemplo. Bruno não se sente à vontade ao falar em público, principalmente no trabalho,
quando fica diante de seus colegas e gerente. Bruno está em uma grande reunião de equipe, e seu gerente
pede que apresente suas descobertas em um relatório no qual vem trabalhando. Então, como Bruno vivencia a
situação internamente? Ele está incomodado e tem pavor de situações assim. O medo toma conta, e ele sente
que foi colocado no centro das atenções. As mãos começam a suar e o coração dispara. Então, o medo gera
uma resposta — uma sensação de raiva — e sintomas físicos, como mãos suadas e o coração disparado. Ele
reage entrando na defensiva e não aproveita a oportunidade de apresentar as descobertas de seu relatório à
equipe.
A situação, em si, não é positiva nem negativa. O que importa é como Bruno se sente diante da situação.

As emoções estão na essência de quem nós somos e trazem mais plenitude à vida. Porém, elas nem sempre
nos ajudam da melhor forma. Por isso, é importante entender nossas emoções e como elas influenciam nossos
relacionamentos.

Se Bruno enxergasse essa situação como uma oportunidade perdida de mostrar seus conhecimentos para o
gerente e a equipe, o melhor seria controlar sua reação emocional.

Nosso nível de inteligência emocional determina como reagimos às situações, enfrentamos desafios e
construímos relacionamentos. Compreender o papel que as emoções desempenham na maneira como
processamos as informações e reagimos aos eventos nos permite adaptar nosso comportamento para alcançar
os resultados desejados. Além disso, vamos construir relacionamentos mais fortes com a equipe e os colegas,
com base em como escolhemos nos comportar, não em como reagimos automaticamente.

Entender e administrar as emoções nos dá controle sobre como processamos as informações e nos
comportamos. Então, você acha que administra bem suas emoções no trabalho? Você se sente no controle de
como reage a situações difíceis, ou é algo que gostaria de melhorar?

Como raciocinar de forma rápida


Imagine o seguinte: você está em uma reunião e presencia uma discussão acalorada entre dois colegas, Jade e
David.

O clima esquenta em questão de segundos.

Uma pequena divergência de opinião logo se transforma em uma discussão séria quando David se ofende
quando Jade pede que ele aceite mais trabalho.

Você já esteve no meio de uma conversa e, quando percebeu, ela se transformou em uma discussão acalorada,
e você nem sabe ao certo onde tudo deu errado? As reações emocionais são rápidas. É necessária muita
prática consciente para percebermos nosso processo de reação emocional.

O primeiro passo é estar ciente de como funciona o processo de reação emocional. Depois de dominar isso, o
próximo passo é interromper a reação, para que possamos controlar como reagir aos eventos.

Para mudar algo, primeiro precisamos estar cientes de como o sistema funciona.

Então, podemos fazer ajustes e mudar a abordagem para alcançar um resultado melhor.

No livro Rápido e Devagar, Daniel Kahneman descreve duas formas de pensar comuns nos seres humanos. A
primeira é muito rápida, bastante emocional e intuitiva. A segunda é lenta, deliberada e lógica.

O raciocínio rápido pode ser extremamente útil no dia a dia, nos ajudando a tomar decisões ágeis e realizar
tarefas com facilidade.

Às vezes, no entanto, esse tipo de raciocínio nos coloca em uma rotina de pensamento, nos levando a usar
vieses e pressupostos para tomar decisões quando, na verdade, pode haver uma forma melhor de processar as
informações.

Existem momentos em que precisamos interromper esse processo de raciocínio automático e pensar mais
devagar, para reformular nossa avaliação, reinterpretar situações e mudar nossa reação, tudo isso para
aproveitar ao máximo uma situação.

Pense na discussão entre David e Jade. David acha que Jade não entende que ele está trabalhando no limite e
que ela está sendo precipitada ao pedir mais tarefas sem pensar na carga de trabalho dele. Jade, por outro
lado, acha que David sempre tenta prejudicá-la e, em vez de ajudar a encontrar soluções, ele se recusa a
mudar o jeito de fazer as coisas, mesmo que haja uma forma de alcançar melhores resultados.

Agora, imagine que David e Jade tivessem as ferramentas psicológicas para desacelerar suas reações
emocionais, em vez de supor que a outra pessoa estava tentando dificultar sua vida profissional de propósito.
Ambos poderiam ter visto a situação como uma oportunidade de encontrar uma solução colaborativa que
funcionasse para os dois.

Para controlar nossas emoções e desenvolver a inteligência emocional, precisamos de duas coisas.

Primeiro, aceitação. Segundo, a capacidade de desacelerar nossas reações.

Aceitação é importante. Não podemos mudar o passado, mas podemos aprender com as experiências para
mudar nosso futuro.

Se quiser mudar a forma como você reage emocionalmente ou construir relacionamentos mais fortes, comece
aceitando o comportamento passado e usando-o para definir como deseja se comportar e reagir no futuro.

É uma curva de aprendizado. No calor do momento, pode ser muito difícil desacelerar os pensamentos e as
emoções, e isso requer muita prática. Precisamos interromper racionalmente nossos pensamentos no estágio
em que sentimos as emoções, o que exige uma prática consciente. Lembre-se: você tem total controle sobre
suas reações emocionais.

Se você aprender a parar por um instante e avaliar a situação com objetividade, é bem mais provável que
consiga um resultado positivo na situação.

Parte do nosso raciocínio sempre será rápido como um raio, mas isso é bom para nós. Quem é que gostaria de
gastar horas decidindo qual aplicativo de táxi usar ou discutindo os prós e contras de cada produto que
escolhe no supermercado?

O raciocínio automático impede que fiquemos sobrecarregados com todas as pequenas decisões que
precisamos tomar.

O segredo é interromper nosso raciocínio e reações emocionais quando não estão sendo úteis.

E você, passou por alguma situação recente em que teria sido útil desacelerar seu raciocínio e reações?

 2. Ser Auto-Consciente

Uma visão do QE pessoal


Você já esteve em uma situação em que o comportamento de alguém fez você reagir de forma intensa?

Talvez você tenha levado uma fechada no trânsito, tenha ficado com raiva e acabado buzinando além da
conta. Ou talvez você tenha entrado em uma fila e, enquanto esperava pacientemente, alguém tenha entrado
na sua frente, te tirando do sério.

Acho que todos nós lembramos de inúmeras situações em que o comportamento de alguém nos fez reagir
com raiva, mas a verdade é que nem sempre é o comportamento da outra pessoa que nos faz reagir, embora
com certeza pensemos assim no calor do momento.

Muitas vezes achamos que o comportamento é uma reação diante de um evento ou algo que acontece
conosco. Temos a tendência a pensar no nosso comportamento e no comportamento dos outros como uma
reação, muitas vezes a um evento que está fora do nosso controle. Porém, está faltando uma etapa nesse
processo. A verdadeira reação em cadeia seria assim: ocorre um evento, vivenciamos os pensamentos,
sentimentos e emoções relacionados ao evento e, então, nos comportamos de uma determinada maneira que
reflita nossos pensamentos e emoções.

O segredo é entender que não são os eventos em si que nos fazem agir: é como pensamos e nos sentimos em
relação a esses eventos que nos faz reagir.

Reconhecer nossas emoções é o primeiro passo para desenvolver a inteligência emocional.

Nossas emoções influenciam a forma como pensamos e reagimos no mundo. Se não tivermos a capacidade de
reconhecer nossas emoções, não teremos controle sobre a forma como interagimos com os outros e como
vemos o mundo ao redor. É uma grande oportunidade desperdiçada.

Para nos aprofundarmos e obter uma visão geral da nossa inteligência emocional, é útil refletir sobre situações
difíceis que vivemos no passado e analisar o papel que desempenhamos em uma situação e os resultados.
Aliás, é útil refletir sobre diversas situações difíceis que enfrentamos, mas uma de cada vez.

A melhor maneira de fazer isso é usar a ferramenta para reflexão pessoal que pode ser baixada nos arquivos
de exercícios ou apenas usá-la como guia.

Reserve um tempo para refletir sobre três experiências difíceis que você teve nos últimos seis meses e
responda às perguntas detalhadas no guia.

Talvez você tenha um exemplo pessoal ao sentir raiva de alguém que te fechou no trânsito ou furou a fila na
sua frente. Talvez no trabalho você tenha reagido de forma intensa em alguma situação.

Pense bastante nos eventos e em como se sentiu. Tente identificar suas emoções e reações e como acha que
gostaria de reagir no futuro.

O motivo pelo qual peço a você que pense em três experiências, e não em uma só, é fornecer uma perspectiva
ampla, em vez de se concentrar em um único evento que pode não ser representativo.

A reflexão é fundamental para compreender as emoções e desenvolver a inteligência emocional.

Uma ótima dica é praticar essa reflexão com frequência depois de enfrentar uma situação difícil, pois é esse
momento de reflexão que vai ajudar você a desenvolver sua inteligência emocional no futuro.

Gatilhos e sequestros emocionais


Imagine a cena: você está no trabalho, prestes a entrar em uma reunião importante. Um contrato que você
precisa que seja assinado com urgência some da sua mesa. O prejuízo pode ser enorme. Você precisa desse
documento para garantir um acordo importante. Imediatamente, você sente a raiva aumentar e o batimento
cardíaco acelerar, e você precisa reclamar.

Você coloca a culpa na chefe. Ela está sempre pedindo prazos inviáveis. Então você culpa o pessoal da limpeza,
que deve ter jogado fora o contrato. Seu estresse e falta de paciência, junto com o desprezo pela chefe, atuam
como um gatilho, disparando uma reação desfavorável. Então, você entra furioso na reunião e diz que o prazo,
como sempre, está muito apertado, você não tem apoio para trabalhar com eficácia e o pessoal da limpeza
deve ser responsabilizado.

Você passou por um sequestro cognitivo. Sua forma de pensar e processar as informações causou uma reação
irracional. O gatilho te irritou, a emoção assumiu o controle, e sua reação comportamental foi sequestrada,
gerando uma situação que não é a ideal.

Nossos pensamentos e emoções têm muito poder. Eles podem ditar como vivenciamos o mundo ao redor e
como nos sentimos em cada situação. Esse processo de pensamento influencia a maneira como nos
comportamos, como interagimos com os outros, as escolhas e decisões que tomamos e nosso desempenho
no trabalho.

Esse processo cognitivo nem sempre funciona tão bem quanto desejamos para que aproveitemos ao máximo
uma situação.

Se imaginarmos todos os estímulos à nossa volta a qualquer instante, vemos que nosso cérebro precisa
processar informações com rapidez. Neste momento, você provavelmente está me ouvindo, talvez me
assistindo na tela ou lendo a legenda do vídeo.

Também pode haver outras coisas acontecendo ao seu redor — notificações de e-mail, barulho de colegas ou
telefones tocando. Também é provável que você esteja pensando em mil coisas. Você pode estar se
perguntando do que estou falando, pode estar pensando no almoço ou em algo que precisa fazer em casa.

A questão é que seu cérebro processa todas essas informações ao mesmo tempo. Pode não parecer muito,
porque fazemos isso inconscientemente, mas seu cérebro está funcionando. Por isso, contamos com atalhos
cognitivos que nos ajudam a nos concentrar nas informações importantes e tomar decisões rápidas. Isso evita
que fiquemos sobrecarregados e consideremos até a mais simples das decisões um verdadeiro tormento.

Mas, às vezes, nosso processamento automático de informações erra ou fica preguiçoso.

Atuando como coach, quando analisamos os comportamentos, muitas vezes descobrimos que os mesmos
gatilhos sequestram nosso raciocínio e nos fazem perder o rumo diversas vezes. Nossos gatilhos são
acontecimentos que nos fazem sentir e pensar de uma forma que não é útil, que não nos leva a alcançar o
melhor resultado em uma situação.

Podemos perder o controle, nos fechar, nos rebelar ou ficar estressados. Seja qual for o seu caso, é provável
que sua reação não gere o melhor resultado. Então, pense nos desafios que você enfrentou nos últimos seis
meses.

Das emoções que você sentiu ou pensamentos que você teve, algum voltou a ocorrer várias vezes? Existem
gatilhos que desencadeiam reações emocionais em você?

Busque padrões recorrentes, analisando as evidências passadas como um detetive.

Agora, pense mais um pouco e veja se existem emoções que sequestram o modo como você reage às
situações.

Como encontrar o estado fluxo


Você já se sentiu tão envolvido com uma atividade que nem viu o tempo passar? Talvez por estar muito
entretido ao praticar um esporte, ou por estar totalmente focado em uma determinada tarefa, como criar
novos produtos ou processos ou escrever artigos. Talvez existam partes do seu trabalho nas quais você se
concentre tanto que nem veja o tempo passar.

Quando falamos de inteligência emocional, muitas vezes nos concentramos naquilo que precisamos
desenvolver para melhorar a forma como administramos as emoções e interagimos com os outros. Porém,
existem muitos aspectos positivos ligados ao desenvolvimento da inteligência emocional. Um deles é
encontrar o que chamamos de estado de fluxo.

O que significa fluxo, exatamente? É a união de alto desempenho e prazer. É quando participamos de uma
atividade que exige concentração e as distrações simplesmente desaparecem, ficando em segundo plano.
Atividades que trazem essa sensação de fluxo nos fazem ir além, sendo tão prazerosas que o tempo para.
O trabalho no estado de fluxo é gratificante e sem esforço. Trabalhar no estado de fluxo nos ajuda a atingir o
desempenho máximo e a nos esforçarmos para conquistas maiores.

A vantagem de trabalhar no estado de fluxo é que muitas vezes não parece que estamos trabalhando. Isso
porque as atividades são interessantes para nós. É provável que você seja bom nas atividades de fluxo, então
faz sentido se concentrar nelas e aproveitar isso.

Trabalhar no estado de fluxo é uma experiência emocionalmente positiva. Trabalhar assim também reduz
alguns dos gatilhos que sequestram nosso desempenho, aumentando as chances de alcançarmos nosso
potencial e conseguirmos o resultado mais favorável, mesmo em situações difíceis.

Entender o que nos faz entrar no estado de fluxo nos ajuda a reagir bem aos desafios. Imagine que você esteja
trabalhando no limite, mas de uma maneira positiva, ajudando a se desenvolver no cargo e a melhorar no que
faz. Compare isso com a sensação de que os desafios que você enfrenta são enormes. Você não gosta das
tarefas que fazem parte da sua função, e o que precisa alcançar está muito além de uma meta levemente
desafiadora.

Pense em duas pessoas que desempenham a mesma função. Uma pessoa considera que as atividades diárias
trazem uma sensação de fluxo, são desafiadoras, mas agradáveis, enquanto outra pessoa pode achar as
mesmas atividades insuportáveis, estressantes e desmotivantes.

Por isso, é importante deixar bem claro o que significa fluxo para você, como indivíduo, e organizar isso em
sua vida profissional, ajudando você a enfrentar os desafios com confiança. Quando nos sentimos confiantes
após trabalhar em um estado de fluxo, isso nos ajuda a ver os desafios de forma positiva, ao passo que, se
estivermos estressados, por exemplo, e ainda tivermos que lidar com um desafio, é pouco provável que nossa
reação nos ajude a enfrentar a situação com eficácia e eficiência.

Encontrar nosso estado de fluxo e trabalhar nele nos ajuda a desenvolver a inteligência emocional e a
reformular a maneira como pensamos e reagimos aos desafios, aproveitando ao máximo a situação.

Então, pense na sua vida pessoal ou profissional. Quais atividades lhe trazem uma sensação de fluxo? Você
consegue acrescentar mais disso à sua vida profissional?

 3. Gerenciando-se a si mesmo

Pensamentos transformadores
Você já sentiu aquela dor do arrependimento ou, ao olhar para trás, achou que poderia ter lidado melhor com
uma situação? Uma vez ou outra, a maioria das pessoas acaba reagindo no calor do momento. No entanto, o
que a maioria não sabe é que podemos seguir um processo simples para dominar nossos pensamentos,
sentimentos e emoções, e isso nos ajuda a nos comportarmos de modo a aproveitar ao máximo cada situação
difícil que enfrentamos.

Basta usar o modelo ABCDE, inspirado no coaching cognitivo-comportamental. Trata-se de uma ferramenta
que nos ajuda a assumir o controle e lidar com situações possivelmente desafiadoras com confiança e eficácia,
enquanto construímos relacionamentos fortes.

Tudo isso é essencial no desenvolvimento da inteligência emocional.

Vamos conhecer o modelo com um exemplo de como aplicá-lo na vida real.

Imagine a seguinte situação. Bia trabalha como contadora e anda tendo dificuldades com seu colega Daniel
em relação a atrasos. Bia e Daniel estão trabalhando em um projeto. Bia é a gerente do projeto e pede
informações a Daniel toda semana, para verificar o andamento. Daniel sempre se atrasa no envio das
informações, e esta semana ele se atrasou de novo.

Isso é o que chamamos de evento ativador, neste caso o atraso de Daniel ao enviar as informações solicitadas.

Ao considerar o evento ativador, tente descrever a situação da forma mais objetiva possível.

Como você descreveria a situação se fosse um repórter escrevendo sobre o ocorrido, sem conhecimento
prévio ou o histórico dos fatos?

A ideia é tentar observar o evento como um espectador objetivo. Bia acredita que Daniel atrasa as informações
toda semana de propósito, por achar que o trabalho dela não tem importância. Isso deixa Bia com raiva, e ela
não consegue parar de pensar Bia fica irritada e decide se confrontar com Daniel sobre seu comportamento
inaceitável.

Crenças e pensamentos sobre uma situação geram uma reação emocional. Neste caso, Bia está com raiva e
acha que Daniel não a respeita. Essas crenças têm uma consequência. Bia se confronta com Daniel de uma
maneira agressiva. Ela está impulsionada pela raiva e pelo que acredita ser um comportamento injusto de
Daniel.

Nesse confronto, a abordagem de Bia causa uma discussão com Daniel, e o relacionamento deles fica ainda
mais conturbado.

Uma consequência clara de como Bia está pensando e se sentindo em relação à situação é uma reação
negativa, um confronto furioso. Ao olhar para trás, Bia reflete sobre como poderia ter lidado melhor com a
situação. Seu relacionamento com Daniel deixa a desejar, e ela ainda precisa trabalhar com ele. Então, ela quer
encontrar uma forma de viabilizar o relacionamento. Bia pensa em como poderia mudar seus pensamentos e
crenças sobre as ações de Daniel para que, da próxima vez que os mesmos eventos ocorrerem, ela conteste
seus pensamentos iniciais. Ela começa a pensar como uma espectadora objetiva. Talvez Daniel não perceba a
importância das informações que precisa fornecer. Ou talvez não esteja ciente de seu impacto sobre Bia. Talvez
ele não esteja agindo assim com Bia de propósito — pode ser que apenas não esteja avaliando o impacto de
suas ações.

Isso é um pensamento transformador. Significa substituir crenças e sentimentos sobre o evento por algo que
será mais útil e nos ajude a alcançar melhores resultados.

Neste caso, em vez de supor que Daniel esteja sabotando-a de propósito, Bia decide enxergar a situação de
outra perspectiva.

Ao dar um passo atrás e contestar seus pensamentos e crenças, Bia fica menos irritada com a situação. Ela
ainda está irritada e não vê a situação como ideal, mas não está mais contrariada. Ela está menos estressada,
menos nervosa com os outros e pensa com clareza, ou seja, consegue se concentrar em buscar soluções, em
vez de ficar remoendo o que aconteceu.

Quando Bia contesta seus pensamentos, existe uma consequência ou efeito positivo claro: ela se sente menos
nervosa, mais no controle, e seu relacionamento com Daniel está mais colaborativo. Bia se sente melhor e
capaz de lidar com os desafios de forma eficaz.

Pense em como você pode usar o modelo ABCDE. Use a ferramenta de pensamentos transformadores nos
arquivos de exercícios para refletir sobre como você enfrentou desafios e como poderia mudar a forma de
pensar e se sentir em relação a uma situação para alcançar melhores resultados, quer sejam relacionamentos
melhores ou assumir o controle de como você reage aos desafios para alcançar resultados melhores para si
mesmo e para os outros.

O segredo é repetir esse processo até ficar à vontade com ele. O segredo é repetir esse processo até ficar à
vontade com ele.
Controle do tempo de reação
Quando foi a última vez que você reagiu de imediato a uma situação, perdendo o controle e se comportando
de uma maneira pouco eficiente para resolver a questão?

Eu diria que todos nós já passamos por isso. Com alguns de nós, pode ser algo que acontece o tempo todo. A
questão é que o tempo entre sentir uma emoção e reagir pode ser muito curto.

Isso pode atrapalhar como reagimos nessas situações. Pode ser bem difícil imaginar como romper a cadeia
entre pensar, sentir e reagir, mas isso é possível com a prática.

Às vezes, a forma como pensamos e enxergamos as situações não é objetiva. Pode ser difícil ser realmente
objetivo ao pensar em um evento no qual estamos envolvidos, porque automaticamente temos interesse na
situação e nos resultados.

Nossos pensamentos, sentimentos e emoções serão ativados de forma instantânea e subconsciente. De um


modo geral, quando a situação nos envolve, temos uma visão subjetiva, mas podemos nos tornar mais
objetivos.

Agir de forma impulsiva significa que estamos sendo levados pelas emoções, o que nem sempre é útil. Tudo
depende da situação. É claro que ter entusiasmo incentiva os outros a se interessarem pelo que estamos
dizendo, e fica mais fácil envolver as pessoas com quem falamos. Nesse caso, com certeza somos levados por
emoções positivas, mas o resultado nem sempre será tão favorável se formos motivados por medo ou raiva.

Quais táticas podemos usar para desacelerar o tempo de reação e escolher como agir? Ao sentir que estamos
reagindo de forma emocional e que podemos ser mais objetivos, o primeiro passo é parar para pensar.

Uma das táticas mais eficazes que podemos usar é saber identificar quando isso está ocorrendo. Segundo
passo: quando começar a sentir emoções como raiva ou medo, tente dar a si mesmo um espaço para respirar.

A menos que seja crucial reagir de imediato, como em emergências, afaste-se da situação por 60 segundos e
respire fundo. Pode ser um hábito difícil de treinar, mas a respiração lenta e profunda diminui a frequência
cardíaca caso ela suba. Também pode ajudar em outros sintomas fisiológicos, como suor e rubor.

O terceiro passo é permitir tempo para se recuperar. Você precisa conseguir um tempo, nem que sejam
apenas 60 segundos.

Agora deixe seu corpo se recuperar. Não tome nenhuma decisão e não fique meditando sobre a situação.
Apenas se concentre em melhorar o equilíbrio emocional e fisiológico.

Quarto passo: conteste seus pensamentos. Existe alguma maneira de pensar na situação capaz de trazer um
resultado melhor para você? Embora talvez você sinta um desejo ardente de enfrentar o problema em um
estado de emoção intensa, avalie se é a melhor opção em longo prazo. Isso vai ajudar você a alcançar os
resultados que deseja?

Por último, o quinto passo: escolha como vai reagir. Talvez você conclua que seus pensamentos originais
seriam a melhor decisão, ou talvez escolha outra abordagem. Seja como for, agora você avaliou a melhor
opção e pode reagir conforme necessário.

Esse processo é trabalhoso e nem sempre é possível. Pode ser difícil, se você estiver estressado ou cansado.
Mas quando você começar a sentir as emoções ganhando intensidade e os sintomas fisiológicos aparecendo,
se conseguir um tempo para se acalmar e lentamente decidir como interpretar as informações e, então,
escolher como reagir, é bem mais provável que você consiga um resultado positivo para todos.
O que você poderia fazer para desacelerar seu tempo de reação ao sentir emoções negativas surgindo? Pode
ser um simples exercício de respiração ou dar uma caminhada de alguns minutos. De certa forma, quanto mais
simples, melhor, já que essas estratégias são mais fáceis de usar no calor do momento.

Mudança de perspectiva
Imagine o seguinte: você vê um homem correndo pela rua e, de repente, ele empurra um transeunte chocado.
O homem tem aparência suspeita e está segurando uma bolsa junto ao corpo. Você reconstitui o que acabou
de ver — o suspeito correndo, o transeunte empurrado, a bolsa roubada — e fica pensando no que fazer.

Porém, talvez você não tenha visto a cena inteira. E se, de um ângulo diferente, ficasse claro que o homem
correndo em direção ao estranho estava, na verdade, empurrando-o para que ele não fosse atropelado por um
veículo?

Você costuma ver as coisas de outros pontos de vista?

Quando estamos muito envolvidos com algo, pode ser difícil mudar a perspectiva, mas isso é vantajoso,
porque ampliamos o horizonte e podemos descobrir algo novo. Também nos permite prever como alguém
pode enxergar uma situação e isso, por sua vez, nos ajuda a entender a melhor forma de agir nessas
circunstâncias, o que é a base para construir relacionamentos bem-sucedidos e colaborativos.

Para mudar a perspectiva e ver os acontecimentos de diferentes pontos de vista, precisamos transformar isso
em hábito e integrar esse processo à forma como vemos as situações antes de decidir como nos comportar.

Existem técnicas simples que podemos usar para ampliar nossa perspectiva.

A primeira técnica é buscar diferentes pontos de vista. É muito fácil ver uma perspectiva alternativa como um
incômodo, algo a mais em que devemos pensar quando já avaliamos uma situação. Porém, tente ver essas
ideias divergentes como um bônus.

Considerar diferentes pontos de vista e formas de resolver problemas nos ajuda a encontrar maneiras
inovadoras de enfrentar desafios.

Não precisamos necessariamente mudar de opinião, mas vamos identificar pontos de vista alternativos que
vão nos ajudar ao comunicar nossas ideias.

O importante aqui é buscar, de forma ativa, outros pontos de vista.

A segunda técnica é fazer mais perguntas. Ouça o que os outros têm a dizer, pergunte como eles veem o
mundo ao redor. Além de ampliar nossa perspectiva, construímos um relacionamento com a outra pessoa, o
que é mais um resultado positivo.

Terceiro: passe um tempo com pessoas diferentes. É muito cômodo entrar na rotina de falar com as mesmas
pessoas ou o mesmo tipo de pessoa, mas construir relacionamentos com gente fora do nosso grupo habitual
nos dá uma visão totalmente diferente sobre outras perspectivas.

Quarto: leia mais e diversifique a leitura. Para ampliar nossa perspectiva, precisamos estar sempre aprendendo
e expandindo o horizonte. Para quem gosta desse processo, é uma técnica fácil de implementar. Porém,
mesmo que você não goste muito de ler, experimente uma simples rotina de leitura a caminho do trabalho, ou
20 minutos antes de dormir, ou no intervalo do almoço.

A capacidade de ampliar a perspectiva pessoal é uma competência comum das pessoas de alto desempenho.
Como vai a sua perspectiva? Está bem desenvolvida?
Pense em uma ocasião em que você enxergou uma dificuldade de todos os ângulos antes de reagir. Qual foi o
resultado, e o que você aprendeu? Muitas vezes, avaliar uma situação com calma e considerar todos os pontos
de vista nos permite reagir com mais eficácia e eficiência, alcançando um resultado mais favorável.

Quando aprendemos a ampliar nossa perspectiva, muitas possibilidades se abrem, seja desenvolvendo um
novo produto ou processo, com base em opiniões nas quais não havíamos pensado, ou talvez redirecionando
um projeto com mais eficácia.

A receptividade a novas ideias e maneiras de pensar e a flexibilidade na forma de alcançar resultados estão
entre os principais indicadores de inteligência emocional, e essas competências estão em alta nas organizações
de hoje.

 4. Consciência Social

O uso dos sentidos


Você já teve a intuição de estar em uma situação perigosa? Ou já entrou em algum lugar diferente e logo se
sentiu à vontade, como se estivesse em casa? Por que isso acontece? É provável que o seu subconsciente
esteja processando informações coletadas através dos seus sentidos para construir uma imagem intuitiva. Sem
saber, você está usando sua consciência social. Como a consciência social se enquadra no modelo da
inteligência emocional? Bem, vamos voltar um pouco.

A autoconsciência envolve entender nossas próprias emoções e personalidade, o que é essencial para
aprimorar a inteligência emocional. Mas também é importante desenvolver a consciência social, que é a
capacidade de entender os outros e reagir às suas necessidades. Envolve ter consciência do que está
acontecendo ao redor e compreender os sentimentos das outras pessoas.

É importante desenvolver nossa consciência social, pois é com ela que pegamos o que aprendemos sobre
como processar as emoções e aplicamos isso ao mundo ao redor, visando criar relacionamentos colaborativos
e bem-sucedidos. É um processo lógico e gradual.

O primeiro passo é pensar na própria autoconsciência, com um foco interno, o que significa olhar para dentro
e avaliar o que está acontecendo na nossa cabeça.

Quando começamos a dominar o desenvolvimento dessa área, o segundo passo é desenvolver a consciência
social, mudando o foco da reflexão interna para uma observação externa, pensando na forma como
interagimos com os outros.

Para desenvolver a consciência social, existem técnicas simples que podemos adotar e competências que
podemos aperfeiçoar.

Primeiro começamos com os nossos sentidos, em particular, usando-os para aprender mais sobre o mundo e
as pessoas ao nosso redor. Parece uma sugestão muito simples, talvez até óbvia, mas é impressionante como
prestamos pouca atenção aos nossos sentidos e ao que eles nos dizem sobre as conjunturas sociais,
especialmente quando estamos sob pressão, ocupados ou estressados.

Pense em como você usa os sentidos nas situações. Você percebe detalhes sobre os acontecimentos à
sua volta e de outras pessoas? É claro que alguns de nós, por natureza, são mais detalhistas, mas isso não faz
muita diferença aqui. Usamos nossos sentidos automaticamente o dia inteiro, todos os dias.

A verdadeira questão é: prestamos atenção a quanto dessas informações? Para começar, é útil usar os
sentidos para perceber o que está acontecendo ao redor. O que você está vendo, sentindo e ouvindo? Nessa
fase, estamos coletando informações, aprendendo a prestar atenção aos detalhes do ambiente, seja
observando expressões faciais e a linguagem corporal ou ouvindo tons de voz específicos nas pessoas.
Depois de ganhar experiência nisso, podemos começar a juntar as informações para ter uma ideia do
que as pessoas estão pensando e da dinâmica entre elas.

Muitas vezes, quando dizemos que alguém é intuitivo, esse é o processo que estamos descrevendo.
Boa parte dessa técnica envolve prestar atenção. Muitas vezes, as informações estão diante dos olhos, mas
estamos processando uma série de necessidades, prioridades, emoções, pensamentos e sentimentos.

Pode ser necessário um pouco de prática para sair de nós mesmos e nossos pensamentos e mergulhar
no ambiente ao redor.

Como você usa seus sentidos nas situações sociais? Você é bom em perceber sinais sutis e o que está
acontecendo ao redor? As pessoas descreveriam você como alguém intuitivo? Dedique um tempo para avaliar
sua consciência social e pense em como aprimorá-la.

Como agir com empatia


Você consegue se colocar no lugar de outra pessoa e entender o que ela está pensando ou sentindo?

A capacidade de ter empatia pelos outros é um dos principais indicadores de inteligência emocional. A
empatia permite uma compreensão completa da outra pessoa e ajuda a construir relacionamentos melhores e
mais fortes. É uma competência que podemos aprender a desenvolver. Em última análise, empatia é a
capacidade de sentir as emoções das outras pessoas e imaginar o que elas podem estar pensando ou
sentindo.

Quando agimos com empatia, imaginamos como uma pessoa se sente em uma determinada situação.
Basicamente, nos colocamos no lugar dela e analisamos a situação da perspectiva dela. Não é preciso se
identificar 100% com a outra pessoa. Não precisamos ter exatamente a mesma experiência para imaginar
como deve ser uma situação para ela. Basta recordarmos o que sabemos sobre a pessoa e as circunstâncias e
imaginar como ela deve estar se sentindo, reagindo, se comportando e pensando sobre a situação. É claro que
não devemos supor que sabemos exatamente como é a situação da pessoa, já que isso pode até ser
contraproducente. Isso pode afastar a pessoa, se as nossas suposições estiverem erradas.

É importante lembrar que, ao agir com empatia, não estamos procurando a resposta certa, pois
somente a pessoa sabe exatamente o que está pensando e sentindo.

Ao desenvolver a empatia, o primeiro passo é fazer perguntas à outra pessoa, para descobrir o que ela
está passando e como se sente em relação à situação e ao impacto que isso causa nela. Se você não tiver a
oportunidade de fazer perguntas, tente imaginar como alguém poderia pensar e se sentir. Mas lembre-se: essa
é a sua perspectiva. A verdade é que somente a outra pessoa sabe como se sente.

Portanto, os dois primeiros passos são aprender mais, fazendo perguntas e ouvindo, e imaginar como a
outra pessoa está se sentindo, mas sem supor que você saiba exatamente como ela pensa, se sente ou
interpreta o mundo ao redor.

Outra dica ao demonstrar empatia é não concordar com tudo o que a pessoa diz, sempre encontrando
exemplos quando enfrentamos exatamente os mesmos desafios ou situações.

Embora seja um comportamento sincero e bem-intencionado, pois queremos que a pessoa saiba que
entendemos o que ela está passando, na verdade pode ser irritante para ela se ficarmos dando exemplos que
giram em torno de nós.

O segredo aqui é o equilíbrio. Faça perguntas, descubra mais, pergunte como a pessoa se sente, como
ela interpreta a situação e por que ela pensa e se sente assim.
Você também pode oferecer apoio e compreensão usando frases como “imagino que isso faça você se
sentir…” ou “suponho que essa situação faça você pensar…”. Observe que não fiz afirmações categóricas, como
“isso faz você se sentir assim”. A razão disso é que queremos mostrar à outra pessoa que entendemos como
ela se sente, mas sem que ela pense que sabemos exatamente como é a situação dela.

Portanto, use uma linguagem exploratória e palavras como “poderia”, “possivelmente” e “talvez”. Não
se atenha muito à linguagem exata. Basta se lembrar de dois princípios. Primeiro: faça perguntas para
descobrir mais. Segundo: ofereça apoio e compreensão sem supor que você tenha as respostas ou o
conhecimento de que a outra pessoa precisa.

Em geral, a vantagem da empatia é que obtemos uma visão melhor de como alguém está pensando e
se sentindo, o que nos permite construir relacionamentos melhores. O que a maioria das pessoas quer é ser
compreendida e estabelecer vínculos, seja na vida pessoal ou profissional.

Escuta e comunicação
Comunicação significa transmitir nossa mensagem para os outros, certo? Bom, na verdade não é só
isso.

Se você se concentrar apenas em desenvolver as competências comunicativas, faltará algo. Muitas


vezes, quando pensamos na comunicação, avaliamos como apresentar nosso argumento com eficácia e como
os outros vão interpretar o que estamos dizendo. Porém, a comunicação é uma via de mão dupla, que envolve
fornecer e receber informações das pessoas.

Vamos analisar como comunicamos uma mensagem. Podemos fazer isso falando ou escrevendo, mas,
na verdade, a maior parte do que comunicamos depende da nossa linguagem corporal e de como dizemos,
não do que dizemos.

Você já conversou com alguém que disse que estava tudo bem, mas, pelo tom de voz ou pela
linguagem corporal, você sabia que não era verdade? Nossa forma de comunicação pela voz e pelo corpo diz
muito mais sobre a mensagem que queremos transmitir do que as palavras exatas que usamos.

Então, pense nisso. A maior parte do que comunicamos provavelmente é inconsciente. Se não
prestarmos atenção na nossa linguagem corporal, tom de voz ou tom de escrita, a mensagem pode não ser
transmitida como gostaríamos. E aqui está a principal questão: a comunicação inconsciente é influenciada
pelos pensamentos, sentimentos, emoções e humor.

Essa é uma das razões pelas quais é tão importante olhar para dentro antes de analisar como
interagimos com os outros ao desenvolver a inteligência emocional.

O mais importante na comunicação eficaz é saber ouvir. Sim, nós temos um ponto de vista, uma
mensagem que queremos transmitir, mas para construir relacionamentos sólidos e eficazes, também
precisamos ouvir as mensagens da outra pessoa, e isso inclui as palavras, tom de voz e linguagem corporal.

É fácil cair na armadilha de nos concentrarmos nas nossas questões, principalmente quando a situação
é arriscada ou estamos sob pressão, mas isso é uma oportunidade perdida. Se ouvirmos e interpretarmos a
mensagem da outra pessoa, é muito mais provável que encontremos um bom meio termo para os dois,
criando um relacionamento colaborativo e respeitoso.

Também temos mais chances de encontrar soluções ao enfrentar desafios e podemos até descobrir
outra maneira de ver a situação, na qual não tínhamos pensado — uma perspectiva nova e útil que podemos
usar novamente.

A comunicação deve ser um processo de informação que flui igualmente nos dois sentidos.
Lembre-se: existe uma diferença entre permanecer em silêncio e realmente ouvir o que a pessoa diz.

Reflita sobre o seu estilo de comunicação. Você ouve as pessoas com atenção e realmente escuta o que
elas dizem? Existem momentos em que você escuta mais? Se esse for o caso, quando e por quê? E o que você
pode fazer para se tornar um melhor ouvinte?

Se não tiver certeza de como se comunica, a melhor forma de entender isso é pedir o feedback de
outras pessoas. Peça a opinião de colegas ou amigos para saber se você é um bom ouvinte e sabe transmitir
suas mensagens.

 5. Gestão de Relacionamentos

Aproveitamento dos pontos fortes


Como algumas pessoas conseguem gerenciar relacionamentos com facilidade, enquanto outras não
sabem nem por onde começar? No caso das pessoas que gerenciam bem os relacionamentos, é provável que
elas tenham desenvolvido essa habilidade com o tempo.

Se a gestão de relacionamentos não for nosso ponto forte, devemos desistir? De jeito nenhum.

Com atenção e prática, podemos transformar a construção de relacionamentos eficazes em um ponto


forte.

Quando se trata de gestão de relacionamentos, cada um tem seus pontos fortes. Cada um tem seu
próprio estilo e forma de comunicação. Podemos aproveitar isso e usar esses pontos fortes a nosso favor, a fim
de cultivar relacionamentos colaborativos e eficazes.

Um dos fatores mais importantes para aumentar a inteligência emocional é entender a impressão que
causamos nos outros.

Depois de compreender nossas reações, gatilhos e sequestradores emocionais e como interagimos


com os outros, podemos praticar para usar os pontos fortes a nosso favor, construindo relacionamentos
sólidos.

Mas o que significa aproveitar nossos pontos fortes? Todos nos comunicamos, interagimos e
construímos relacionamentos à nossa maneira. Temos nosso próprio estilo, e aprimorar esse estilo fará com
que os outros se sintam à vontade, pois perceberão que somos autênticos e sinceros. Isso não significa que
não haja momentos em que precisemos adaptar nosso estilo de comunicação. Vale a pena ser flexível na
forma como nos relacionamos com os outros em diferentes circunstâncias, e isso remete a ter consciência
social.

De modo geral, quanto mais conseguirmos usar nosso estilo único, mais as pessoas sentirão a criação
de um vínculo sincero conosco, o que nos ajuda a ganhar a confiança delas, e isso é fundamental na gestão de
relacionamentos.

Aproveitar os pontos fortes envolve saber reconhecê-los e aprimorá-los, além de desenvolver áreas da
inteligência emocional ao mesmo tempo. É um equilíbrio essencial, e cuidar desse equilíbrio exige atenção e
disciplina.

Quando se trata de gestão de relacionamentos, quais são seus pontos fortes? Algumas competências
comuns de gestão de relacionamentos são: comunicação clara e eficaz da mensagem, capacidade de
realmente ouvir o que os outros dizem, fazer com que as pessoas se sintam compreendidas e à vontade,
rápido entendimento das dinâmicas de grupos e talento para criar vínculos sinceros e autênticos.
Reflita sobre quais são seus pontos fortes quando se trata de gerenciar relacionamentos. A vantagem
de aproveitar nossos pontos fortes é que já temos esses talentos naturais, então usá-los não exige muito
esforço. Pelo contrário: será uma experiência positiva.

Caso precise de sugestões para refletir, responda às seguintes perguntas: Como você acredita que é
visto pelos outros? Quanto à interação com os outros, quais são suas principais competências? Você consegue
captar o que está acontecendo em uma sala e entender o que alguém está sentindo? O que você poderia
desenvolver nessa área?

Depois de ter uma ideia de quais são seus pontos fortes nos relacionamentos, pratique colocando-os
em ação em diferentes situações sociais. Teste o que funciona bem ou não para você. Experimentar e
aperfeiçoar suas competências é a melhor maneira de aproveitar seus pontos fortes especiais até que fique à
vontade para exibi-los e usá-los.

Como solicitar feedback


Você já se perguntou o que os outros pensam de você e como te veem? Já pensei nisso milhares de
vezes. Para ser sincera, fico muito intrigada para saber como os outros me veem.

Por exemplo: ao atuar como coach, sempre espero causar a impressão de ser positiva e prestativa,
mesmo quando desafio meus clientes. Porém, muitas vezes preciso conferir com a pessoa se estou mesmo
agindo assim. Em alguns momentos, precisei adaptar minha abordagem com base na percepção dos outros
sobre o que eu dizia e minhas intenções.

A única forma de realmente entender a percepção dos outros a seu respeito é perguntando a eles, e sei
como isso é difícil.

Às vezes, é mais confortável viver em uma bolha e não pedir feedback. Podemos ter receio de como os
outros nos veem, o que, por sua vez, pode se manifestar nas nossas reações emocionais.

Porém, ter flexibilidade emocional significa ser capaz de ouvir feedback e valorizar os pontos de vista
sem ser autocrítico ou defensivo em excesso.

Coletar feedback sobre nós mesmos é uma das técnicas mais úteis para o crescimento pessoal, e o bom
é que isso não exige preparação ou competências especiais. Basta pedir a opinião dos outros. Às vezes,
recebemos um feedback valiosíssimo que pode nos incentivar, ou pode ser precioso porque nos mostra algo
que não havíamos percebido.

Só é possível crescer e melhorar na interação com os outros sabendo qual é a perspectiva deles, então
não se esconda.

Uma técnica simples que podemos usar para nos ajudar a entender como os outros nos veem é o
processo analisar-refinar-repetir.

O primeiro passo é analisar como gerenciamos os relacionamentos atuais, e a melhor maneira de fazer
isso é pedir feedback. Escolha alguns colegas ou amigos e peça a opinião deles sobre como você mantém e
constrói relacionamentos.

Caso precise de sugestões, pense em fazer perguntas como: “Que impressão você acha que eu causo
nas pessoas? Como você me descreveria quando estou trabalhando em equipe? Quando se trata de interagir
com as pessoas, existe algo específico que eu faça bem? Existe alguma área que eu possa trabalhar para
melhorar na construção e manutenção de relacionamentos?”

Embora às vezes o feedback seja difícil de ouvir ou nos cause surpresa, sempre é útil ter outra
perspectiva, mesmo que não concordemos totalmente. O feedback que recebemos não é um fato, é uma
opinião, e quanto mais opiniões conseguirmos coletar, mais equilibrada será a perspectiva da impressão que
causamos. Tente não se prender à opinião de uma só pessoa. Tente obter uma série de opiniões, para obter
uma perspectiva ampla da impressão que você causa nas pessoas.

O próximo passo em um processo de desenvolvimento contínuo é refinar a abordagem aos poucos.


Com o tempo, esses pequenos ajustes que fizermos vão se somar e trazer grandes resultados. Algo que hoje
parece ser uma pequena adequação na abordagem, ao longo do tempo, pode ter um impacto enorme no
desenvolvimento da inteligência emocional. Por fim, repita o processo.

Estamos todos em uma jornada de constante evolução, então podemos sempre repetir o processo de
desenvolvimento contínuo e melhorar na construção de relacionamentos e na comunicação eficaz. Repetir
esse processo simples é essencial para desenvolver a inteligência emocional.

Quando deixamos as emoções de fora e não vemos o feedback como emocional, isso nos permite
transformá-lo em um processo.

Primeiro: avalie como os outros veem você.

Segundo: refine e faça ajustes para garantir que você seja visto como uma pessoa produtiva e
empática.

Terceiro: repita o processo várias vezes.

Essa abordagem de três passos também nos ajuda a criar um ciclo de desenvolvimento contínuo em
que estamos sempre melhorando nosso relacionamento com os outros.

Como você vai criar um processo de melhoria contínua na sua vida profissional? Você já usa o conceito
avaliar-refinar-repetir? Como você pode usar essa ferramenta simples para te ajudar na sua jornada de
inteligência emocional?

Como conciliar a intenção e o impacto


A impressão que desejamos causar nos outros nem sempre é a que realmente causamos. Você já
passou por uma situação em que percebeu que suas intenções foram interpretadas de forma totalmente
equivocada? Podemos nos sentir constrangidos, culpados ou até envergonhados. Eu já passei por isso e, na
maioria das vezes, foi porque estava tão preocupada em dizer a coisa certa que esqueci de relaxar e me
concentrar em criar um bom vínculo com a pessoa.

Muitas vezes nos concentramos no que dizemos e na mensagem exata que queremos transmitir, mas o
impacto que causamos está mais ligado à percepção das pessoas sobre nós e nossa mensagem do que aos
fatos que queremos que elas assimilem.

O desenvolvimento de competências de comunicação eficazes e relacionamentos sólidos depende de


causar impacto, não de planejar como transmitir uma mensagem exata. É importante ser adaptável e flexível
na forma de se comunicar.

Por isso, é essencial não se concentrar na mensagem exata, mas na intenção, naquilo que queremos
que a pessoa se lembre após a interação.

Pense em um gerente responsável por uma grande equipe de consultores de vendas. Haverá
mensagens importantes que todos precisam saber: fatos, números, metas, informações de marketing. Algumas
dessas informações precisam ser documentadas por questões jurídicas e de clareza, mas a maior parte dessas
mensagens é apresentada e reforçada de maneira informal.
Um consultor de vendas talvez reaja bem a um briefing individual. Outro pode preferir uma troca de e-
mails ou uma conversa informal. A melhor dica é não se concentrar exatamente no que dizer antes de cada
interação, mas sim nas principais mensagens. Isso torna cada interação mais centrada, e você terá flexibilidade
suficiente para mudar seu estilo de comunicação, se comunicando.

Mesmo que a execução não seja perfeita, se as pessoas entenderem suas intenções, é bem mais
provável que elas escutem e se envolvam, e você terá mais chances de ganhar a confiança delas, o que é
fundamental na gestão de relacionamentos.

Concentrar-se na intenção traz uma série de vantagens. Pode aumentar nossa confiança, pois
entendemos que não importa exatamente como apresentamos a mensagem. As pessoas vão se identificar com
a intenção por trás dela. Isso nos permite flexibilidade na abordagem, aliviando a pressão associada à
necessidade de apresentar a mensagem com perfeição. Também demonstramos mais naturalidade e
sinceridade, o que é uma grande vantagem para criar vínculos com as pessoas. O importante é pensar na
perspectiva da outra pessoa, em como ela nos vê. Lembre-se: a comunicação eficaz diz respeito à mensagem
recebida pela outra pessoa, não à mensagem que desejamos transmitir. Reflita: “Do que espero que a outra
pessoa se lembre após essa interação?” Depois de deixar isso claro, adapte seu tom de voz e as linguagens
verbal e corporal para transmitir essa mensagem. Como você pode aplicar isso à sua vida profissional? Onde
estão as oportunidades de se concentrar na intenção e nas principais mensagens, e não na forma exata de se
comunicar? Estude como integrar essa técnica à sua interação profissional com as pessoas. profissional com as
pessoas.

Próximos passos
Como vimos, desenvolver a inteligência emocional é fundamental para chegar ao auge do desempenho e ter
sucesso profissional. Agora você conhece os quatro quadrantes da inteligência emocional. Você entende
melhor o que significa inteligência emocional e aprendeu maneiras práticas de desenvolvê-la a fim de
melhorar seu desempenho e relacionamento com os outros. Como se trata de desenvolver novas
competências, é preciso fazer um esforço consciente para aprimorar a inteligência emocional. Portanto, o
próximo passo depende de você. Agora que concluiu o curso, defina três áreas em que você poderia trabalhar
para aumentar sua inteligência emocional e trace um plano detalhando como pretende conseguir isso. É muito
fácil aprender sobre uma nova competência e depois não fazer nada com essas informações, voltando à rotina
normal. Se quiser melhorar suas competências, você precisa assumir o compromisso de mudar. Lembre-se:
você pode assistir aos vídeos novamente se precisar de uma reciclagem ou se quiser analisar algum conceito
mais a fundo. Caso tenha interesse em explorar recursos adicionais sobre inteligência emocional, deixei
sugestões de livros nos arquivos de exercícios. Quando você começar a desenvolver a inteligência emocional,
verá um impacto positivo não apenas na vida profissional, mas certamente na vida pessoal também. Mantenha
o foco nas competências que gostaria de desenvolver e seja perseverante. As recompensas valem a pena.

Fonte: https://br.linkedin.com/learning/como-desenvolver-sua-inteligencia-emocional?
trk=course_title&upsellOrderOrigin=default_guest_learning

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