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e
Desenvolvimento Pessoal
I
A
Arte da Excelência
Há cerca de 30 anos, Richard Bandler estudava matemática e psicologia na Universidade de Santa Cruz
na Califórnia. Nos finais de semana trabalhava gravando workshops e ficou muito impressionado com a
habilidade de comunicação e com os resultados de dois terapeutas com quem teve contacto, Fritz Perls
e Virgínia Satir. Ele ficou interessado em aprender o que eles faziam e pediu a ajuda do seu professor de
linguística, John Grinder.
Estudando os vídeos, eles começaram a descodificar os padrões de linguagem e de comportamento
daqueles dois excelentes terapeutas e escreveram o livro A Estrutura da Magia, mostrando que algo que
parecia magia tinha uma estrutura. Assim foi criado o primeiro modelo da PNL, o meta modelo de
linguagem.
Em seguida, eles passaram algum tempo estudando com Milton Erickson, médico e psicólogo e um dos
maiores hipno-terapeutas da história. E escreveram outro livro: Os Padrões de Linguagem Hipnótica de
Milton Erickson. Erickson escreveu o prefácio do livro e comentou que ao trabalhar com hipnose não
tinha consciência clara de como o fazia e dos padrões de linguagem que usava e que foram descritos por
Bandler e Grinder.
Juntamente com as esposas e amigos, eles formaram um grupo de estudo para aplicar os modelos
aprendidos e logo, mesmo sem serem terapeutas, começaram a obter os mesmos resultados daqueles
que eles modelaram. Quando resolveram dar um nome para o que estavam a fazer, escolheram
Programação Neurolinguística.
Então a PNL começou como um processo de modelagem. Se alguém faz muito bem uma coisa, com a
PNL podemos levantar o processo, a estratégia, fazer igual e obter os mesmos resultados.
A PNL logo se expandiu para além do campo da comunicação e da terapia e começou ser utilizada no
campo de aprendizagem, saúde, criatividade, liderança, gestão, vendas, consultoria e formação de
empresas. Dos EUA expandiu-se praticamente para o mundo todo.
Hoje, o principal líder em termos de aplicações e criação de novos modelos na PNL é Robert Dilts, que
começou a fazer parte daquele grupo inicial quando tinha 20 anos e estudava Relações Internacionais na
Universidade de Santa Cruz. A aplicação da PNL na Saúde, na empresa e na espiritualidade foi
desenvolvida principalmente por ele.
A aprendizagem é um processo constante que pode ser definido como mudanças adaptativas no
comportamento, decorrentes das experiências da vida. Geralmente isto envolve um processo no qual a
pessoa altera o seu comportamento para modificar os resultados que está a gerar no seu ambiente e
estabelece experiências pessoais de referência e mapas cognitivos. Os comportamentos produzem
resultados que variam de acordo com o estado do sistema e de quanto apoio ou interferência vem de
outros.
Cada um de nós possui um “mapa” ou modelo do mundo e um conjunto de pressuposições a partir das
quais nos comunicamos. Essas pressuposições pessoais são comunicadas pelo nosso comportamento na
sala de aula. O tom de voz, os gestos, as frases que usamos, a expressão facial, o contacto visual etc. são
comunicações de pressuposições subjacentes e formam um “conjunto” que determina como somos
Os nossos estados, sentimentos e emoções são criados por uma tríade: a nossa fisiologia (corpo), o que
nós falamos, o foco do nosso pensamento e as nossas crenças ou convicções. O estado em que estamos
determina o nosso comportamento.
Então, cada um de nós é responsável pelo seu estado. Se estamos alegres ou tristes, desanimados ou
entusiasmados, isso não caiu de pára-quedas, somos nós que estamos a criar isso através da tríade que
é a fonte do estado.
A mudança ocorre através da alteração de um ou mais elementos da tríade. Esse conhecimento pode
nos tirar do papel de vítima e tornar-nos mais proactivos e mais no controlo da nossa própria vida.
Sistemas representacionais
A linguagem que usamos dá pistas para a nossa maneira de pensar. Em PNL palavras sensoriais são
conhecidas como predicados. Usar palavras do sistema representacional principal do aluno é uma
maneira eficiente de construir rapport, apresentando a informação do jeito que ele normalmente usa
para se expressar, sem fazer esforço para uma tradução interna mais próxima da sua própria maneira de
pensar. Experienciamos o mundo, colhemos e juntamos informações usando os nossos cinco sentidos:
Quando pensamos, representamos a informação para nós mesmos, internamente. A PNL denomina os
nossos sentidos de Sistemas Representacionais. Usamos os nossos Sistemas Representacionais o tempo
todo, mas tendemos a usar alguns mais do que outros. Por exemplo, muitas pessoas usam o sistema
auditivo para conversar consigo mesmas, essa é uma maneira de pensar.
Postura
Padrão respiratório
Tom de voz
Movimentos oculares
A maneira de detectar qual é o Sistema Representacional que uma pessoa usa conscientemente é
escutar a sua linguagem, as frases que gera e perceber os predicados que adopta. Na linguagem, os
predicados são verbos, advérbios e adjectivos que, na maioria dos casos, pressupõem um Sistema
Representacional. O mais usado por cada indivíduo chama-se "Sistema Representacional Primário".
A seguir, uma lista de alguns exemplos de predicados e o Sistema Representacional ao qual pertencem.
Visual – ver
Olhar, imagem, foco, imaginação, cena, branco, visualizar, perspectiva, brilho, reflectir, clarificar, prever,
ilusão, ilustrar, notar, panorama, revelar, ver, mostrar, visão, observar, nebuloso, escuro.
Frases visuais
Eu vejo o que você quer dizer Isso dá cor à sua visão da vida
Eu estou a olhar atentamente para a ideia Parece-me
Temos o mesmo ponto de vista Sem sombra de dúvida
Eu tenho uma noção vaga O futuro parece brilhante
Mostre-me o seu ponto de vista A solução explodiu ante seus olhos
Você vai olhar para trás e rir Com os olhos da mente
Isso vai lançar uma luz sobre o assunto Isto é um colírio para os meus olhos
Auditivo – ouvir
Dizer, sotaque, ritmo, ruidoso, tom, ressoar, som, monótono, surdo, tocar, reclamar, pronúncia, audível,
claro, discutir, proclamar, comentar, ouvir, tom, gritar, sem fala, oral, contar, silêncio, dissonante,
harmonioso, agudo, quieto, mudo.
Frases cinestésicas
Eu entrarei em contacto consigo Arranhar a superfície
Eu posso pegar nessa ideia Eu não consegui colocar o meu dedo nisso
Segura um segundo Quebrando aos pedaços
Eu sinto isso nos meus ossos Controle-se
Um homem de coração quente Fundação firme
Um cliente frio Argumento acalorado
Ser insensível Não seguindo a discussão
Neutro ou Inespecífico
Decidir, pensar, relembrar, saber, meditar, reconhecer, assistir, entender, avaliar, processo, decidir, aprender,
motivar, mudar, consciente, considerar.
Olfactivo – cheiro
Perfumado, mofado, fragrância, enfumaçado, fétido.
Gustativo – gosto
Azedo, sabor, gosto, amargo, salgado, suculento, doce.
Estilos de aprendizagem
Cada pessoa tem a sua própria maneira para aprender. Quando o professor percebe o estilo de
aprendizagem do aluno, ele pode apresentar a matéria de uma maneira que torne a aprendizagem mais
fácil.
O conhecimento do estilo representacional preferencial de uma pessoa permite-nos apresentar a
informação no canal (visual, auditivo, cinestésico) que a pessoa usa mais e, assim, ela absorverá a
informação com mais facilidade.
Múltiplas inteligências
Desenvolvendo aptidões
No canal visual
Junte-se a um parceiro
1. Pessoa A e pessoa B ficam em pé, olhando um para o outro. B decora a posição do corpo de A,
olhando e guardando-a, movimentando os olhos para cima e para a esquerda, (pessoa destra),
ou para cima e para a direita (pessoa canhota).
2. B fecha os olhos. A muda a posição de alguma parte do corpo (mão, perna, dedo, inclinação da
cabeça etc.) enquanto B mantém os olhos fechados.
3. B abre os olhos, olha para cima e para a esquerda e compara o que vê agora com a imagem
lembrada. B adivinha que parte do corpo A movimentou.
4. Se B não acertar, fecha de novo os olhos. A não diz que parte mudou, apenas volta à posição
original e pede para B abrir os olhos e adivinhar de novo.
5. Troquem os papéis.
No canal auditivo
Em grupos de quatro 1. Formem um semicírculo em volta de A. Os Exploradores B, C
e D fazem um som ou ruído (estalar os dedos, bater palmas
etc.), enquanto A escuta de olhos fechados. Imediatamente
após fazer o som, a pessoa diz o seu nome para que A possa
identificar o som correspondente a cada pessoa.
2. Agora, B, C e D reproduzem os sons em qualquer sequência.
A precisa de identificar que pessoa fez o som, acertando em
três rodadas.
3. Se A errar, B, C e D repetem o som e o nome até que A possa
identificar correctamente a correspondência.
4. Troquem os papéis.
Contexto: “Imagine uma situação futura em que você quer aprender alguma coisa. O que fará?
Pense numa vez em que você foi capaz de aprender facilmente e completamente”.
Teste para começar (motivação): “Como sabe que é hora de começar a aprender?" "Como escolhe
alguma coisa que sabe que vale a pena?"
Aprendizagem colaborativa
Estratégias eficazes podem ser transferidas de pessoa para pessoa. Por exemplo, dois professores, dois
músicos ou dois escritores que tenham estratégias distintas para realizar o mesmo tipo de tarefa, no
mesmo contexto, podem aprender uns com os outros.
Explicitar e compartilhar metas, evidências e operações podem ajudar a ampliar e enriquecer as áreas
da sua actuação, aptidões e habilidades.
Junte-se a um parceiro e escolha uma tarefa ou situação que tenham em comum. Cada um vai
preencher a tabela abaixo e os dois farão uma comparação das semelhanças e das diferenças das acções
de cada um. Imagine como seria acrescentar novas operações, evidências, metas ou respostas às
dificuldades da sua estratégia. Como poderia mudar ou enriquecer sua maneira de abordar a situação?
Contexto: _____________________________
PESSOA # 1 PESSOA # 2
Quais são as suas metas?
Níveis neurológicos
1. Começando com Ambiente, entre em cada nível respondendo às perguntas acima em relação a
uma situação particular de aprendizagem ou objectivo, ou para a aprendizagem em geral.
2. Ancore a sua experiência no espaço Espiritual/Missão. Agarre essas sensações, imagens e sons e
entre de volta no espaço Identidade. Crie uma metáfora ou imagem para a sua identidade como
um aprendiz de sucesso.
3. Agora vá para o espaço Crenças. Inspire e perceba como este estado e imagem aumentam e
enriquecem as suas crenças e valores. Existe alguma mudança nas suas crenças?
4. Traga o seu senso de espírito, identidade e crenças para o espaço Capacidades. Note como essas
experiências fortalecem e guiam as suas habilidades e estratégias. O que é possível agora?
5. Vá para o espaço Comportamento, traga a sua visão, identidade, crenças e capacidades e note
que comportamentos serão diferentes agora e o que você estará a fazer para ser ainda mais
bem-sucedido?
6. Traga todos os níveis de aprendizagem para o espaço Ambiente e sinta como ele está
transformado e enriquecido. Que mudanças está a fazer no seu ambiente?
Agora, saia para o seu mundo e manifeste este enriquecido estado de ser, através das
suas acções, com determinação e uma maior sensação de força, segurança,
curiosidade e divertimento!
Meta esperta
Específica: Você precisa especificar exactamente o que quer no tempo presente, numa linguagem que
use imagens, sons e sensações, para activar padrões neurológicos que gerem novos resultados. A sua
meta precisa ser iniciada por você e depender de si.
O que você quer? Em que contextos? Onde? Quando? Com quem?
O que, especificamente, você vai ver? Sentir? Ouvir? Estar a fazer?
Sistémica: Você deve considerar o efeito que a realização da sua meta terá num nível sistémico, isto é,
como vai combinar com as suas outras metas, como vai afectar outras áreas de sua vida, a sua família, o
seu ambiente de trabalho etc.
Como a realização da meta vai afectar a sua vida? O que você vai ganhar? Perder? Ela é
congruente com os seus valores?
Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal
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Positiva: A sua meta precisa ser elaborada em termos positivos. Uma meta negativa, do tipo
"Eu não quero comer demais", cria um ensaio mental desse comportamento. Também se inclui nesta
categoria: "Eu quero parar de...," "Eu quero viver sem...”
A minha meta gera imagens daquilo que eu quero ao invés daquilo que não quero?
Evidência: Você precisa de ter uma evidência de que conseguiu a sua meta e precisa ter "feedback"
durante o processo para se autocorrigir.
Como vou saber que estou a conseguir aproximar-me da minha meta? Que evidência vou usar?
Recursos: Você precisa identificar que recursos já tem e que recursos precisa para levá-lo do estado
actual para o estado desejado.
Que capacidades e recursos eu já tenho para me ajudar a conseguir a minha meta? Que outros
mais eu preciso?
Tamanho: A sua meta precisa ser trabalhada com um enfoque de tamanho adequado. A meta grande
demais precisa ser dividida em áreas a serem trabalhadas separadamente.
O que me impede de alcançar o objectivo?
Que efeito positivo a realização desta meta vai gerar na minha vida?
Alternativas: A sua meta precisa ter opções no plano de acção. Uma opção é limitada; duas cria um
dilema e, três, permite a escolha.
Qual é o seu plano de acção? Como vai lidar com as dificuldades ou os desafios?
1. Qual é o seu objectivo? O que quer você? Em que prazo? (Definir o objectivo em termos
positivos, iniciado por você mesmo, específico, com contexto (onde, quando e com quem) e
tamanho adequados).
2. Como vai você saber que está a conseguir o objectivo e como vai saber que já conseguiu? (Quais
são as evidências em todos os sistemas sensoriais, isto é, uma representação do objectivo
usando imagens, sons e sensações: o que vai ver, ouvir e sentir).
3. O que o impede de alcançar o seu objectivo? O que já tentou no passado para conseguir o seu
objectivo?
4. Como o objectivo irá afectar a sua vida? O que poderá ganhar ou perder? Quem mais vai ser
afectado? Como poderia o objectivo interferir com outras partes da sua vida? O objectivo é
congruente com os seus valores?
5. Que capacidades e recursos tem para o ajudar a conseguir o seu objectivo? De que outros mais
necessita?
6. O que, especificamente, você vai fazer para realizar esta meta? Qual é seu plano de acção?
(Especificar um conjunto de operações).
Criando rapport
Você pode criar rapport com uma pessoa, comunicando da mesma forma:
Use as palavras que ela usa. Use o seu jargão, os seus termos preferidos, mesmo que você pense
que ela está a usar uma palavra errada. É o que significa para ela que interessa.
Use a mesma tonalidade, velocidade e volume de voz. Fale da mesma forma.
Adopte a mesma fisiologia. Use a mesma postura e gestos.
Fazer backtracking também ajuda a estabelecer rapport. Backtracking é a repetição dos pontos-chave
usando as palavras da pessoa com quem está interagindo, acompanhando-a com o mesmo tom de voz e
linguagem corporal. É importante repetir as palavras-chave que assinalam os valores da outra pessoa. O
tom de voz ou os gestos vão enfatizá-los.
Além de criar e demonstrar rapport, mostrando que você está a ouvir com atenção, o backtracking
ajuda a reduzir mal entendidos e permite-lhe clarificar os valores da pessoa.
As pessoas criam rapport ou vínculo com outros ao encontrar experiências compartilhadas. Quando
encontra alguém pela primeira vez, você faz perguntas para descobrir algo em comum: Talvez vocês
tenham frequentado a mesma escola, torçam pela mesma equipa, visitaram o mesmo lugar, gostam da
mesma comida, música ou outra coisa. Logo que encontram algo em comum, o relacionamento começa
a formar-se. Então é provável que vocês comecem a adoptar a mesma postura. Isto acontece
inconscientemente. Você faz isso permanentemente, mas pode não ter tido consciência desse facto até
agora.
Você pode notar, num restaurante, por exemplo, que sempre que as pessoas estão envolvidas numa
conversa ou numa actividade compartilhada elas tendem a se equiparar ou espelhar-se uma à outra.
Quando uma pessoa muda a sua fisiologia, a outra logo a acompanha.
Quando se está em rapport com alguém ele estará prestando atenção a você, aberto a ouvir o que você
tem a dizer e isso facilita acordos. Então, o rapport pode facilitar a maneira de conseguir os resultados
que você quer.
Preste atenção à postura da pessoa, aos gestos, aos movimentos e então equipare ou espelhe:
A posição da cabeça, ombros, braços, mãos, pernas.
Como ela está: sentada, em pé ou andando. Qual é o seu modo de andar?
Como ela está sentada: pernas cruzadas ou descruzadas?
Posição das mãos e braços: abertos ou fechados? Quanto se move, se está parada ou em
movimento.
Expressão facial: está animada, sorrindo ou com o rosto sério?
Algum gesto em particular?
Use os gestos da pessoa somente quando você estiver a falar, e não quando ela estiver a falar,
pois isso irá atrair atenção e ela vai ficar a imaginar o que você está fazer. E isso quebrará o
rapport.
Como ela está a respirar? Profunda, superficialmente?
Respirar em sincronia com alguém ocorre naturalmente. Obter rapport ao equiparar a respiração
é fácil. Se faz assim:
Se alguém está a falar com você, ele está a expirar. Então, enquanto ele está falando você expira.
Quando ele pára para inspirar, você inspira também.
Observe na sua visão periférica qualquer parte do tórax que está subindo e descendo para
perceber a inspiração e a expiração.
Quebrando o rapport:
Você não quer manter rapport o tempo inteiro; existem momentos que quer quebrá-lo. Por exemplo,
quando você quer terminar uma conversa, uma sessão, quando quer continuar o seu trabalho ou,
simplesmente, sair quando alguém está a ocupar muito do seu tempo. Para fazer isso, comece a
desequiparar a outra pessoa no grau que for necessário: falando mais alto ou mais rápido, levantando-
se etc.
Feedback
Feedback significa, conscientemente, dar informações a alguém sobre como ele se está a sair numa
dada actividade. Você, frequentemente, dará feedback às pessoas quando está a ensinar. Por isso, é
importante saber como fazê-lo eficazmente.
Como dar feedback de tal maneira que funcione:
1. Dê feedback logo nos primeiros 5 minutos após a ocorrência da acção ou comportamento
específico.
2. Diga à pessoa o que ela fez bem. O feedback é, apenas, das coisas que o aluno fez bem: “Você
fez isso bem, aquilo bem...” Seja específico a respeito dos comportamentos que funcionaram.
Diga o que ele pode fazer ainda melhor na próxima vez ou o que pode fazer de maneira diferente
que melhoraria ainda mais. É muito importante não fazer referência ao que não funcionou.
Quando der feedback, focalize somente no positivo: o que ele poderia fazer para obter um
resultado ainda melhor.
Isso não é apenas o poder de pensar positivamente e que tudo é maravilhoso. Lembre-se: “Não
pense numa árvore azul”. Se você disser para alguém “você fez X, e isso não funcionou”, ele
3. Faça um comentário geral positivo. Na aula, se você realmente disser ao aluno que ele fez algo
bem, ele fará mais daquilo. Se você disser, “Você fez isso bem e ficou realmente bom”, ele o fará
de novo.
Ao dar feedback
Se você quer que o aluno melhore, considere o seguinte: Ele vai ouvir mais sobre o que você diz e estará
mais aberto a aceitar melhor a comunicação se você estiver em rapport com ele. Estar em rapport
significa que ele estará a sentir-se seguro e confortável com você. Ao dar um feedback positivo, o seu
aluno terá mais hipóteses de aceitar e de mudar o que está a pensar sobre si mesmo e o que é capaz de
fazer.
Se você está acostumado a receber feedback como: “Você fez isso errado” ou “Você não fez um bom
trabalho”, isto é totalmente o oposto. Pode parecer estranho ou mesmo inocente no começo, mas
funciona. Se você estiver habituado a dar feedback de outra maneira, sugerimos que não julgue essa
nova maneira, apenas ponha-a em prática e observe a diferença nos resultados que obtém.
O propósito e a intenção do feedback é possibilitar e permitir que o aluno aprenda e cresça como
pessoa. Se você supõe que o aluno é, realmente, fraco em algo, pense em como pode dar-lhe um
feedback positivo. Encontre algo que ele fez bem, ainda que tenha que inventar, e descubra aspectos
passíveis de melhoramento. Ao focalizar nas coisas positivas, você vai perceber que ele, de fato, começa
a melhorar. Ao trabalhar com alguém ou com um grupo, tenha a crença de que ele pode conseguir o
resultado que quer se estiver disposto a fazer tudo o que é preciso para conseguir. Se você estiver a
pensar “Esse aluno não vai ser capaz de fazer isso”, essa crença pode estar a impedi-lo de o fazer.
Finalmente, é importante que o rapport seja dado de maneira específica e em termos sensoriais, o que
você viu, ouviu e sentiu.
Posições perceptuais
O ponto de vista que uma pessoa assume no exame de uma situação particular pode mudar
completamente o seu significado e impacto. Isto também irá determinar a profundidade em que ela é
capaz de aceder a um estado em particular. Na PNL existem quatro posições básicas de percepção de
onde tarefas e relacionamentos podem ser avaliados:
Primeira Posição
Associado no seu próprio ponto de vista, crenças e suposições, vendo o mundo externo através
dos próprios olhos - posição “Eu”.
Metaposição
A metaposição é utilizada quando se quer uma descrição do ponto de vista de um observador. Ela pode
ser empregada no início de um exercício, como uma "base" neutra para escolher experiências a serem
revividas, ou durante um exercício para avaliar informações de uma perspectiva mais "segura", caso
fique difícil permanecer num determinado estado. Ela é usada ainda para comparar diferenças e
semelhanças entre estados. Outro uso é para dar "feedback" de como percebeu a experiência.
Associado
Vivenciar uma experiência, percebendo como é estar dentro dela, vendo através dos seus olhos,
ouvindo e sentindo "na pele" tudo o que faz parte da experiência.
Desassociado
Observar uma experiência sua, vendo-se e ouvindo-se de fora, como se fosse um filme.
O cérebro humano está continuamente a criar imagens mentais. Esta é uma das maneiras fundamentais
pela qual nos orientamos no mundo que nos cerca. A estruturação mental de imagens permite ao
cérebro criar relações entre os objectos no espaço físico que os nossos sentidos podem detectar.
Baseado nessas imagens, escolhemos como interagir com o mundo. Outra maneira de descrever esse
processo seria:
Imagens são a fonte primária da escolha do nosso comportamento.
Existem duas maneiras-chave pelas quais a mente recebe os dados dos sentidos com os quais criamos
essas imagens. Uma é pelo que vemos e, a outra, é a da linguagem que ouvimos. Essa é conhecida
A linguagem dirige os nossos pensamentos para direcções específicas e, de alguma maneira, ela ajuda-
nos a criar a nossa realidade, potencializando ou limitando as nossas possibilidades. A habilidade de usar
a linguagem com precisão é essencial para nos comunicarmos melhor.
A seguir estão algumas palavras e expressões que devemos observar quando falamos, porque podem
dificultar a nossa comunicação.
1. Cuidado com a palavra NÃO, a frase que contém "não”, para ser compreendida, traz à mente o
que está junto com ela. O “não” existe apenas na linguagem e não na experiência. Por exemplo,
pense em “não”... (não vem nada à mente). Agora vou-lhe pedir “não pense na cor vermelha”,
eu pedi para você não pensar no vermelho e você pensou. Procure falar no positivo, o que você
quer e não o que você não quer.
2. Cuidado com a palavra MAS que nega tudo o que vem antes. Por exemplo: “O Pedro é um rapaz
inteligente, esforçado, mas...” Substitua MAS por E quando indicado.
3. Cuidado com a palavra TENTAR que pressupõe a possibilidade de falha. Por exemplo: “vou tentar
encontrar com você amanhã às 8 horas”. Tenho hipóteses de não ir, pois, vou “tentar”. Evite
“tentar”, FAÇA.
4. Cuidado com as palavras DEVO, TENHO QUE ou PRECISO, que pressupõem que algo externo
controla a sua vida. Em vez delas use QUERO, DECIDO, VOU.
Gestão Emocional e Desenvolvimento Pessoal
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5. Cuidado com NÃO POSSO ou NÃO CONSIGO que dão a ideia de incapacidade pessoal. Use NÃO
QUERO, DECIDO NÃO, ou NÃO PODIA, NÃO CONSEGUIA, que pressupõe que vai poder ou
conseguir.
6. Fale dos problemas ou descrições negativas de si mesmo, utilizando o tempo do verbo no
passado ou diga ainda. Isto libera o presente. Por exemplo: “eu tinha dificuldade de fazer isso”
“não consigo ainda.” O ainda pressupõe que vai conseguir.
7. Fale das mudanças desejadas para o futuro utilizando o tempo do verbo no presente. Por
Exemplo, em vez de dizer “vou conseguir”, diga “estou a conseguir”.
8. Substitua SE por QUANDO. Por exemplo: em vez de falar “se eu conseguir ganhar dinheiro eu
vou viajar”, fale “quando eu conseguir ganhar dinheiro eu vou viajar”. “Quando” pressupõe que
você está decidido.
9. Substitua ESPERO por SEI. Por exemplo, em vez de dizer, “eu espero aprender isso”, diga: "eu sei
que eu vou aprender isso”. “ESPERAR” suscita dúvidas e enfraquece a linguagem.
10. Substitua o CONDICIONAL pelo PRESENTE. Por exemplo, em vez de dizer “eu gostaria de
agradecer a vossa presença”, diga “eu agradeço a vossa presença. O verbo no presente fica mais
concreto e mais forte.
Quando estamos a tentar ensinar e influenciar uma pessoa, o que mais a atrapalha é estar a pensar
(processando a informação) de modo diferente dela. Modificando nosso próprio estilo de pensamento,
podemos aumentar a nossa habilidade de criar relacionamentos de confiança e influência.
Muito tem sido escrito sobre os vários estilos de pensamento que usamos, que são também conhecidos
como “metaprogramas”. Eles funcionam como filtros de percepção da realidade para criar o nosso
próprio mapa do mundo. Há sempre um grande volume de informações que poderíamos perceber a
cada momento, os metaprogramas funcionam como padrões que usamos para determinar que
informações perceber.
Podemos notar os metaprogramas das pessoas através da sua linguagem e do seu comportamento. Os
metaprogramas são importantes nas áreas de ensino, aprendizagem, motivação, comunicação e tomada
de decisão. Os bons comunicadores moldam a sua linguagem para combinar com o modelo de mundo
da outra pessoa. Quando usamos uma linguagem que esteja de acordo com os metaprogramas do
outro, isto facilita o entendimento e a aprendizagem.
Estilos-chave de pensamento
Categoria de estilos de
Dimensões
pensamento
Abordagem em relação às metas Em direcção à meta Afastando-se do problema
Gosta de pensar sobre a meta e Gosta de pensar sobre o
em como chegar lá problema e como evitá-lo
Tamanho do enfoque Grande segmento Pequeno segmento
Pensa em termos da visão geral O seu pensamento tende a ser
orientado para detalhes
Em pé, olhando para a folha com as letras, os braços à frente do corpo com as palmas juntas. Fale o
nome da letra em voz alta e, ao mesmo tempo, represente-a com os braços.
NOTA: Volte sempre à posição inicial. Entre uma letra e outra, bata uma palma e fale o nome da
próxima letra, representando-a com os braços. Aumente a velocidade gradualmente.
Práticas, Conselhos
e
Reflexões
Uma das técnicas mais espectaculares e eficazes que empregam técnicas de programação neurolinguística é a
observação da retina ocular. Ou seja aquela pequena bolinha que está no centro do olho humano. Há reacções no
ser humano que não são dominadas nem controladas ao nível consciente. Ou seja reacções que nas mais diversas
circunstâncias não podemos evitar que aconteçam pois são resultado de reflexos inconscientes do nosso sistema
nervoso e como tal nem sequer nos apercebemos delas.
Uma dessas reacções é o movimento da retina ocular. Estudiosos da programação neurolinguística chegaram à
conclusão que estes movimentos inconscientes podem revelar muito sobre as pessoas, inclusivamente sobre o
padrão da personalidade, gostos pessoais e até comportamentos de consumo.
Conforme já foi abordado anteriormente no programa, as pessoas podem ser classificadas, ao nível sensorial
como:
Visuais: predominância do elemento visão na percepção e captação dos estímulos sensoriais.
Auditivas: predominância do elemento auditivo.
Cinestésicas: predominância do elemento físico, contacto e estimulação.
Obviamente que ninguém é totalmente uma destas categorias. A grande maioria tem em maior ou menor escala
as três classificações. Podem é ser predominantemente uma ou outra delas.
Não será difícil imaginar a quantidade de possibilidades que esta técnica abre no estudo do comportamento.
Técnicos da área de psicologia usam-na nas suas terapias conseguindo assim respostas sensoriais que contrariam
muitas vezes as respostas verbais dadas pelos pacientes. Técnicos de marketing e de vendas também a usam para
convencer os seus clientes a adquirir os seus produtos, conseguindo “adivinhar” os seus gostos e preferências.
Qualquer pessoa pode praticar esta técnica, na sua vida social e profissional, ou simplesmente para se divertir
surpreendendo os seus familiares e amigos com os seus “diagnósticos”.
Linguagem corporal
O sujeito evitará qualquer contacto visual. Uma pessoa que esteja a mentir fará tudo para evitar
olhar nos seus olhos.
A expressão física será limitada, com poucos movimentos dos braços e mãos. Os movimentos
presentes parecerão presos, e mecânicos. As mãos, braços e pernas estão contraídas, o indivíduo
ocupará pouco espaço.
As suas mãos podem ir até à sua cara ou garganta, especialmente à boca. O contacto com o seu
corpo é limitado a estas áreas. É também improvável tocar no seu queixo com um gesto de mão
aberto. Pode também tocar no nariz, ou coçar atrás da orelha.
Se o suspeito estiver a tentar parecer calmo e relaxado, ele gesticulará bastante.
Interacções interpessoal
Quando somos acusados injustamente, apenas uma pessoa culpada começa na defensiva.
Alguém que é inocente ficará revoltado.
O sujeito poderá colocar um pequeno objecto (um copo de água por exemplo) entre ele e quem
o está a questionar, com o sentido de colocar ali uma barreira que revela intenção de esconder
algo.
Autoconfiança:
Tenha o controlo dos seus hábitos, atitudes e comportamentos: Para ter autoconfiança, pratique
hobbies, passatempos, desporto. Melhore a cada dia a sua capacidade e aptidão em tudo o que
realizar.
Auto-estima:
Ela é conseguida pelos projectos realizados, sucessos obtidos e pela pessoa maravilhosa em que
você se torna: Para isso crie uma missão, um projecto, faça pequenas, ou grandes realizações
pessoais, adopte uma ética de vida, uma filosofia de vida e torne-se indispensável para as
pessoas ao seu redor.
Comunicabilidade:
Capacidade que você tem de expressar os seus sentimentos e captar as mensagens dos outros:
Quando falar, procure dizer algo interessante, com conteúdo. Mantenha-se sempre bem
informada e lembre-se: comunicação tem duas vias. Fale e ouça o que os outros têm a dizer
também!
Sinergia
Capacidade de trabalhar com os outros em equipa, de liderar e ser liderado. Saber compreender
e superar diferenças em prol dos objectivos: Essa é a arte da parceria, de estar com as pessoas,
de tocá-las, de senti-las, de tentar colocar-se no lugar delas para compreendê-las melhor.
Ver sempre o lado bom das coisas, tirando proveito dos momentos e acontecimentos: Enfrente
os seus problemas com coragem, reconhecendo falhas e dificuldades e estando sempre disposto
a agir e aprender. Nunca perdendo o bom humor e o espírito desportivo. Pessoas com essas
características estão sempre rodeadas de muita gente!
Edward de Bono, na década de oitenta, criou a metodologia dos “Seis Chapéus Pensantes”. O objectivo
foi criar um modo de pensar, incorporando o pensamento lateral e outras formas de pensar. Com essa
metodologia incentivou o pensamento em paralelo, o pensamento em todo o espectro de análise e a
separação entre o ego e a performance. Os seis chapéus metafóricos são:
Chapéu Branco
Utilizado para a informação conhecida ou de que se necessita, cobre também, factos,
figuras e diferenças constatadas. Quando usa este chapéu, o participante lida com a
informação, examina a informação, verifica se há a necessidade de mais conteúdo, etc.
Chapéu Vermelho
Utilizado para intuições, “feelings” e emoções. Este chapéu permite ao indivíduo
“pensante”, expor uma intuição, sem ter com que se preocupar em justificá-la, permitindo,
assim, a sua introdução na discussão. Geralmente a intuição e/ou emoção é fidedigna sem
embasamento lógico.
O Chapéu Preto
É o chapéu do julgamento e da precaução. Utilizado para colocar o porquê de uma
sugestão anterior, não se “encaixar” nos factos. Também tem por objectivo evidenciar
uma falha, uma ameaça, um problema ou uma inconsistência. O chapéu preto deve
sempre ser lógico, no entanto, não deve ser considerado como lógica negativa e sim
como a voz da racionalidade.
O Chapéu Amarelo
Tem sempre lógica positiva. Ele explicita porque algo vai funcionar e vai trazer benefícios.
Utilizado para perscrutar o futuro, antever os resultados de alguma acção proposta.
Também pode ser utilizado para encontrar os resultados positivos de algo já feito.
O Chapéu Verde
Quando o participante “coloca este chapéu”, ele assume o papel de criativo, de gerar
alternativas, de criar novas propostas e de provocar mudanças. Geralmente é utilizado
para iniciar: acções de crescimento, acções inovadoras, e ideias férteis.
O Chapéu Azul
Quem o utiliza tem uma visão geral do controle do processo. Ele atua com uma visão
sistémica e vê o todo. Pode sugerir a utilização de algum outro chapéu para cobrir uma
área que, na visão global, pode estar com falhas.
Tomar decisões é um dos componentes mais importantes da nossa vida quotidiana, seja no trabalho, na
nossa vida familiar ou social. A principal dificuldade em escolher reside no facto de que quando
pensamos lidamos simultaneamente com emoções, factos, lógica, criatividade. Muitas vezes, perdemo-
nos quando damos demasiada atenção à opinião dos outros. Isso dificulta a tomada de decisões e
compromete as nossas escolhas. Também podemos paralisar-nos se deixarmos que o medo de escolher
nos domine. Essa mistura do pensamento que por muitas vezes torna as nossas decisões difíceis de
serem tomadas. O que a Teoria dos Seis Chapéus vem sugerir é, precisamente, a separação entre os
vários tipos de pensamento, de forma a conseguir-se obter maior clareza e lucidez. Ela propõe, para a
hora de tomar uma decisão, uma análise do contexto na perspectiva de pensamento de cada um dos
chapéus. Cada chapéu representa um conjunto de pensamentos que devemos aprender para usar como
filtros decisórios.
O mais comum é a utilização dos chapéus em reuniões, conversas e discussões envolvendo várias
pessoas. Deve ser determinado um tempo específico para o uso de cada chapéu. Como
desenvolvimento da prática, o tempo de uso de cada chapéu é reduzido, aumentando assim a
performance e os resultados. Não existe uma sequência pré-determinada para a utilização dos chapéus,
mas pode-se definir uma para um uso sistemático. Um dos segredos do sucesso da metodologia é saber
abstrair os pensamentos do outro chapéu quando se está a utilizar um específico. Outra vantagem é que
quando definida a utilização de um chapéu, todo o grupo deve focar os seus pensamentos para o tipo de
chapéu determinado. Se vier um pensamento de outro chapéu, este deve ser descartado e toda a
concentração deve ser direccionada ao chapéu em uso. Não deve nem ser feita uma anotação desse
pensamento tido. Isto requer disciplina no pensamento e no controle do tempo.
Todas as relações interpessoais implicam uma dinâmica que envolve duas pessoas distintas e únicas,
pelo que é natural que ocorram situações em que não se está de acordo, em que se têm opiniões e
pontos de vista diferentes… Estes “desentendimentos” podem levar a conflitos que, quando resolvidos,
podem gerar um progresso significativo na relação entre as pessoas, levando ao seu fortalecimento. Por
outro lado, estes conflitos, quando mal resolvidos podem fazer com que ambas as pessoas se sintam
incompreendidas, zangadas, contrariadas ou magoadas, podendo levar à estagnação das relações, ao
seu deterioramento ou até à ruptura.
Os conflitos podem surgir através de uma incompatibilidade entre vários tipos de conteúdos e das
opiniões diferentes que temos sobre eles:
Incompatibilidade de pontos de vista sobre o mesmo facto ou seja, diferenças em relação àquilo
que pensamos
Exemplo:
Conhecer a família do meu parceiro é um sinal de que ele gosta de mim.
Ou
Conhecer os pais do outro é um sinal de que o nosso namoro está a acabar.
Exemplo:
Numa relação costumo conhecer os pais do meu parceiro o mais depressa possível
Ou
Numa relação só conheço os pais do meu parceiro após dois anos de namoro.
Exemplo:
Quero que o primeiro encontro com os pais do meu parceiro seja muito duradouro e intenso.
Ou
Quero que o primeiro encontro com os pais do meu parceiro acabe o mais depressa possível.
Exemplo:
A família é um dos aspectos mais importantes na minha vida.
Ou
A família está em segundo plano.
Exemplo:
Gosto muito dos meus pais.
Ou
Não gosto dos meus pais.
Muitas das vezes não é aconselhável resolver um conflito imediatamente quando ocorre, mas sim
permitir um pequeno intervalo, para que as emoções fortes que aparecem na altura da sua ocorrência
não façam com que sejam ditas coisas das quais mais tarde nos vamos arrepender. Para além disso, este
intervalo também lhe dá um tempo de preparação - pensar bem no que se quer e como se quer dizer as
coisas.
É também importante escolher uma altura em que haja tempo para se falar calmamente – por exemplo,
não escolher um espaço de 5 ou 10 minutos antes de entrar para o trabalho. Em privado - deve-se
escolher um local em que se possa falar a sós, sem ser interrompido.
De forma organizada - é importante dar a voz a cada um dos envolvidos, consecutiva e alternadamente
e resolver o conflito em conjunto.
1ª Etapa: Preparação
Identificar o problema - tentar perceber claramente o que nos incomoda e como isso nos faz
sentir.
Descrever o problema de forma compreensível com frases simples e concretas.
Preparar os pontos essenciais que vão ser expostos ao outro. Pode ser pedida a colaboração de
amigos ou outras pessoas, não para confirmar um ponto de vista, mas sim para dar uma opinião
honesta. Também poderá ser útil, no caso da exposição de assuntos mais delicados ou difíceis de
partilhar, treinar previamente o discurso com outra pessoa.
Pensar em resultados razoáveis e aceitáveis - quais são os objectivos satisfatórios que é possível
atingir?
2ª Etapa: Exposição
Assegurar que podem ser expostas todas as ideias sem se ser interrompido.
Atenção à forma como é exposto o que se pretende dizer:
Utilizar frases na primeira pessoa “Eu sinto que…”; “Eu penso que…”.
Limitar-se a dizer as coisas importantes/essenciais. Limitar-se aos pontos fundamentais
explicando a importância que eles têm sem culpar ou apenas reagir ao outro.
Evitar generalizações. Expressões como “Sempre” e “Nunca”.
Por vezes pode ser mal compreendido e isso pode perpetuar ou agravar o conflito que está a tentar
resolver, daí a importância de confirmar com o seu parceiro que ambos estão a falar da “mesma coisa” e
no “mesmo idioma”.
Peça ao outro para lhe devolver o que ouviu – por exemplo: “O que achaste daquilo que acabei
de dizer?”.
Conjuntamente cheguem a um acordo sobre o que disse.
Como o conflito envolve duas pessoas é também importante que se oiça a outra pessoa.
Não interrompa a outra pessoa, deixe-a expor o seu ponto de vista.
Foque a sua atenção naquilo que o outro está a dizer naquele momento e não pense logo nas
eventuais respostas que lhe pode dar.
Tal como é importante que seja efectivamente compreendido, também deve ter a certeza que
compreendeu o que ouviu. Por vezes pode acontecer que o conflito tenha resultado de uma
interpretação errada que fez do que o outro disse.
Devolva ao outro o que ouviu - para isso pode utilizar frases como “Eu penso que o que disseste
foi que…”, “Do que disseste percebi que…”.
Em conjunto tentem chegar a um acordo sobre o que o outro disse.
Assegure-se que ambos estão de acordo relativamente ao que é o problema a ser resolvido.
Identifique diferenças relativamente aos resultados que espera.
8ª Etapa: Negociação
O objectivo da resolução do conflito não é “ganhar”, mas sim chegar a uma solução que seja satisfatória
para ambos.
Após ter ouvido as soluções propostas pelo parceiro, tentem chegar a uma solução com a qual
ambos “possam viver”, ou seja, que agrade a ambos.
Por vezes, se estiver preparado para se adaptar às necessidades do outro, concordando com um
compromisso, o outro também estará mais disponível para fazer o mesmo consigo.
Não negue as soluções do outro, poderão ser muito valiosas.
E se não conseguirem encontrar uma solução?
Podem concordar ou discordar. Existem situações ou assuntos que simplesmente não podem ser
resolvidos ou mudados
Podem combinar uma próxima altura para tentarem novamente resolver o conflito - por vezes as
condições não são as ideais: cansaço de um dos envolvidos, local da discussão…
9ª Etapa: avaliação.
Pensando numa perspectiva evolutiva, para sobreviver temos de nos adaptar às mudanças do meio. Esta
adaptação só é possível através da nossa própria mudança, que é estimulada pelos conflitos e
problemas que vão surgindo. Como tal, numa relação, o objectivo não é o de evitar completamente
todo o tipo de conflitos, uma vez que um conflito não tem que ser necessariamente uma coisa negativa.
Muito pelo contrário, a ocorrência de conflitos é normal em qualquer tipo de relação e, se geridos de
forma eficaz, podem ter resultados positivos para os envolvidos e para a sua relação.
Fortalecer a relação - aumenta a confiança que temos em que podemos resolver eficazmente os
nossos desentendimentos e que poderemos resolver conflitos futuros.
Libertar a relação de mal-entendidos e ressentimentos.
Perceber quais são os problemas que são importantes para resolver - conflitos motivam-nos para
resolver os problemas.
Conhecer a outra pessoa - o que é importante para ela, quais são os seus valores.
Conhecer-se a si próprio - normalmente discute-se mais sobre temas e aspectos que são
importantes para nós e que têm valor, também discutimos mais com pessoas que são
verdadeiramente importantes para nós.
Libertar emoções - que, se ficassem por expressar, poderiam prejudicar a relação.
A motivação vem do pensamento. Cada acção que temos é precedida por um pensamento que
inspira essa acção. Mas, quando “deixamos de pensar”, perdemos a motivação para agir.
Eventualmente caímos no pessimismo e isto leva-nos a pensar ainda menos. E assim
sucessivamente. Uma espiral descendente de negatividade e passividade, que se alimenta de si
própria como uma sanguessuga. A maior parte do nosso tempo é preenchido com
comportamentos automáticos. Diariamente fazemos as mesmas coisas, da mesma forma, com o
mesmo ritmo, criticando os outros e a nós próprios com as mesmas frases, como se tivéssemos
decorado o guião de um filme e desempenhássemos esse papel, dia após dia.
Os nossos hábitos
Grande parte das nossas rotinas criaram-se na nossa vida por nos serem úteis, por nos servirem
e nos facilitarem as tarefas que fazemos. Sentimo-nos confortáveis a fazer aquilo que sempre
fizemos, aquilo que nos é fácil, que fazemos sem ter que prestar atenção. Podemos chamar a
este processo, os nossos hábitos instituídos.
Mas, se alguns desses hábitos passam a não ser adequados, prejudicam-nos, incapacitam-nos e
impedem de sentirmo-nos bem, de sermos apreciados pelos outros, de sermos aceites em
sociedade, e de atingir os nossos sonhos e objectivos
Os nossos hábitos podem passar a ser a nossa maior dor de cabeça. Habituámo-nos a eles por
um processo de repetição até chegarmos ao ponto de julgarmos que nós somos mesmo assim,
que isso faz parte da nossa personalidade. Mas, nada poderia estar mais errado. Só julga ser
assim porque fechou a janela das possibilidades, das alternativas, da consciência, de pensar
acerca das coisas, das suas coisas, daquilo que quer e que não quer. Se continuarmos a
percorrer os trilhos da vida num estado “adormecido”, muito provavelmente iremos atingir um
ponto de cristalização do nosso pensamento, perdemos a flexibilidade de pensamento e
criamos uma inclinação mental desadequada.
Exemplo:
Digamos que uma pessoa com uma inclinação mental para o pessimismo levantou-se num
sábado de manhã e colocou na sua ideia que tinha de arrumar e limpar a garagem. Dirige-se à
garagem, abre a porta e fica chocado por ver a quantidade de lixo e desarrumação. “Esquece
isso” Diz o pessimista no maior dos lamentos. “Ninguém conseguiria limpar esta garagem num
só dia!” Perante esta situação e num estado mental de incapacidade, fecha a porta da garagem
e volta para outra divisão da casa para fazer outra coisa qualquer.
Os pessimistas têm um pensamento de “tudo ou nada”. Têm um pensamento catastrófico e
absolutista. Ou fazem as coisas de forma perfeita ou não fazem. Vejamos como é que o
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optimista enfrentaria o mesmo problema. Vamos assumir que até dizia a mesma coisa:
“Esquece isso”. Ninguém conseguiria limpar esta garagem num só dia!” No entanto, uma grande
diferença entre o pessimista e o optimista saltaria à vista. Ao invés de voltar para casa, o
optimista continuaria a pensar. “Pronto, não consigo limpar toda a garagem, mas ainda assim, o
que é que eu posso fazer?” Ele pensa durante um pouco, e tem a ideia de dividir a garagem em
4 secções e limpar apenas uma nesse dia. “De certeza que consigo limpar uma secção, e se
limpar uma parte por semana, certamente até ao final do mês consigo limpar toda a garagem”.
Ao fim de um mês os cenários serão diferentes: O pessimista terá a garagem numa desgraça e o
optimista uma garagem limpa.
O sabotador interno
O pessimista tem uma inclinação mental para pensar de forma desanimada ou que não
consegue fazer nada, que as coisas não valem a pena, desiste de pensar positivo muito
rapidamente. Na grande maioria das vezes, o pessimista é um desistente crónico, foca-se nos
piores cenários e não acredita que as coisas possam vir a dar certo. A estes aspectos negativos
do programa mental do pessimista podemos chamar de sabotador interno. É um sistema auto
perpetuador de ligações entre as células cerebrais, uma presença neurológica que parece ser
tão intrínseca a nós, que normalmente não temos consciência da sua influência. O sabotador
interno é uma consequência da forma como você pensa acerca das coisas. Pode ser muito difícil
desaprender aquilo que aprendeu e julga ser parte de você, mas é possível.
Sabemos que um músculo se desenvolve através do esforço repetido. Se você deixar de o usar,
se parar de o exercitar, as ligações entre as células musculares irão enfraquecer. Assim,
acontecerá com os vários aspectos da sua inclinação mental, do seu sabotador interno. Assim
que você o identificar, e inibir essas ideias e comportamentos, as ligações entre as células
cerebrais irão diminuir, perdendo a sua força, enfraquecendo a sua inclinação mental
pessimista.
Especialização neuronal
Por exemplo, se uma criança é criticada pelos seus pais, a estratégia de lidar com a situação
pode ser agir “erradamente” dado que esta é a única forma da situação lhe fazer sentido. Ela irá
desenvolver comportamentos “errados” para dar razão aos seus pais. Uma criança que é
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ignorada pode achar que só terá atenção quando está doente, assim, a doença, queixas
somáticas ou pequenos acidentes tornar-se-ão num mecanismo de enfrentamento
inconsciente. A criança “aprendeu” a ser um falhado, aceitar a crítica e a ter relacionamentos
sem apoio. Estas estratégias, até podem ter funcionado na infância para diminuir a fúria da mãe,
mas certamente serão disfuncionais na idade adulta. A dura realidade, é que estas estratégias
tornaram-se a sua “especialização” desenvolvida para lidar com um conjunto particular de
circunstâncias.
“Eu rejeito as pessoas que são boas para mim ou que me tentam ajudar.”
Este é apenas um exemplo como o nosso sabotador interno se desenvolve. Estas especializações
infelizmente não se ficam apenas pela infância, podem sedimentar-se em qualquer altura da
nossa vida. Tal como esta criança, também nós nascemos com a capacidade para aprender um
conjunto quase ilimitado de respostas comportamentais. Importa referir, que a especialização
neuronal formada pelas nossas reacções a situações sobre as quais não temos controlo, limita-
nos severamente as nossas opções.
Para testemunhar uma das mais profundas ilustrações da efectividade prática do optimismo na
história da América, você tem de relembrar-se do filme, Apollo 13, ou então visioná-lo. Para
além do trabalho de trazerem os astronautas do outro lado da lua ter sido assustador e
esmagador, o desafio foi realizado em pequenas tarefas de cada vez. As pessoas que estavam no
controlo da missão em Houston e que salvaram os astronautas, conseguiram esse feito
extraordinário porque mesmo perante a “impossibilidade” dos problemas tecnológicos, eles
continuaram a pensar positivo. Eles nunca desistiram. Procuraram por soluções parciais, e
Dica: Sempre que você se sinta pessimista ou oprimido, relembre-se para continuar a pensar
positivo. Continue a pensar, continue a pensar positivo.
De acordo com a abordagem da psicologia positiva, pensar positivo não se resume de forma
alguma apenas a afirmações positivas ou de capacidade. Estas podem formar a base da intenção
daquilo que se quer e pretende que aconteça. Mas, provavelmente a estratégia que mais conta,
é a estruturação de um encadeamento de acções que suportadas pelas afirmações irão
expressar as forças, valores, objectivos e crenças adaptativas da pessoa ou grupo de pessoas. As
pessoas que pensam de forma optimista, capacitadora e positiva, escolhem fazer um uso
diferente da imaginação humana. A imaginação que cada um de nós possui deveria ser usada,
não para fugir à realidade, mas para a criar.
Não hesite em pensar, não hesite em pensar positivo. Não se deixe levar pelos caminhos
vincados (inadequados) da sua mente. Desperte, acorde, fuja à rotina da sua inclinação mental
para a desistência. Resista à sua paragem de pensamento para a solução, insista na busca de
possibilidades e caminhos alternativos, persista na reestruturação do seu pensamento positivo.
Aumentar a consciência que se tem do próprio corpo é uma aptidão que se pode desenvolver,
recorrendo a programas específicos de treino, naturalmente orientados por pessoas especializadas, tais
como, cardiofitness, técnicas de respiração, relaxamento imagético etc. Isto permite uma consciência
aumentada do corpo, aumento de energia, clareza mental, aumento das aptidões físicas e equilíbrio
emocional.
Todos nós temos aquilo que se chama memória física, ou seja toda a actividade física é registada nessa
memória acabando por se tornar num comportamento ou hábito. O mesmo se passa com todo e
qualquer comportamento repetido ao longo do tempo. As boas e as más posturas, os comportamentos
adequados e os inadequados são registados quer na memória muscular quer no cérebro. Boas posturas
conduzem a melhores posturas, e más posturas conduzem a piores posturas. O mesmo se verifica para
qualquer comportamento.
Um exemplo negativo disso é quando o stress se acumula no nosso corpo como tensão muscular. Se a
tensão não é activamente libertada, ela é armazenada nos músculos. O músculo não tem escolha a não
ser incorporar a tensão em posições estáticas. Por outras palavras, quanto mais tensão é acumulada,
menos flexíveis nos tornamos. E isto é igualmente verdadeiro em termos cognitivos e emocionais.
É surpreendente verificar que tão poucas pessoas consigam relaxar da forma correcta. Relaxar é mais do
que livrar-se da tensão de um dia de trabalho, e é mais do que libertar o stress acumulado. É algo
positivo e agradável. É uma sensação na qual se experimenta paz de espírito. Para relaxar de verdade, é
necessário tonar-se sensível às próprias necessidades fundamentais de paz, autoconhecimento e
reflexão – e estar disposto a reconhecer tais necessidades, ao invés de ignorá-las ou subestimá-las. As
pressões constantes da vida quotidiana causam grandes prejuízos ao bem-estar físico e mental de
milhões de pessoas todos os anos.
Inúmeras investigações médicas sobre as origens de doenças comuns, como a hipertensão arterial,
doenças cardíacas, úlceras, e enxaquecas, demonstram a relação entre o stress e o desenvolvimento
destes problemas. O stress é causa frequente de problemas emocionais e de comportamento, levando
O que nos impede de relaxar verdadeiramente, está sempre connosco, e é a nossa mente. Os nossos
pensamentos, quando se tornam repetitivos, obsessivos e extremos, ocupam toda a atenção do
cérebro. E como essa preocupação se torna a sua prioridade, ele coloca todo o organismo em estado de
alerta. A mente irá trabalhar permanentemente para resolver o problema, o que só vai complicar.
A mente desenvolveu um sistema de alarme, uma espécie de detector de ameaças, que responde
antecipadamente a tudo o que nos coloca em perigo. Mas se é verdade que todos nós temos esse
alarme, quando ele “apita” de forma exagerada leva-nos na grande maioria das vezes a esquecermo-nos
do nosso corpo, das boas sensações que este nos transmite, e as quais deveremos estimular e usufruir,
no sentido de criar caminhos no cérebro para o bem-estar e satisfação.
Erradamente muitas pessoas quando tentam relaxar, fazem-no mantendo a mesma atitude e
preocupação com o tempo, a obtenção de resultados e pressa que demonstram nos seus padrões de
actividade do dia-a-dia.
O segredo para se conseguir bons resultados nas tentativas de relaxamento é simples: descubra as
actividades que lhe dão prazer e, quando você as praticar, empenhe a sua energia em obter total bem-
estar físico e mental. A melhor forma de o fazer é aproveitar as suas aptidões, gostos e inclinações
pessoais. A sua distracção e obtenção de prazer pode resultar da produção artística, do
desenvolvimento de habilidades musicais, do aprimoramento da educação pela leitura, do exercício
físico, ou o que quer que seja. Mas lembre-se que relaxar é o seu principal objectivo.
1. Defina quais as actividades em que você acha que poderia relaxar, e escolha actividades de que
você realmente goste.
2. Não tenha medo de se aventurar em algo novo e diferente. Estará a dar oportunidade a si
mesmo de descobrir novas formas de se relacionar com o seu corpo e assim usufruir das fontes
de prazer que ele lhe pode proporcionar.
3. Verifique a existência de actividades de lazer onde vive e provavelmente que pouco frequenta
(cinemas, praias, clubes, actividades culturais, parques, etc…)
4. Um amigo que o acompanhe nas horas de lazer costuma ajudar na descontracção e no
compromisso de persistir nas actividades de relaxamento.
5. Por exemplo: tente perceber quais as principais barreiras na sua vida que o possam impedir de
fazer aquilo de que gosta e necessita.
6. Procure praticar exercícios leves como caminhar, andar de bicicleta, dançar, nadar, praticar
jardinagem, etc.
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7. Por exemplo: sinta o peso do seu corpo ao caminhar, sinta a respiração, sinta a sensação do ar a
entrar e a sair dos seus pulmões, o cabelo ao vento, os músculos que usa, a sensação do
vestuário…entre muitas outras coisas.
8. Para aqueles com uma condição física mais desenvolvida, o exercício mais intenso pode ser mais
eficiente. Actividades como correr, jogar ténis, levantar, pesos, basquetebol, vólei, etc… podem
produzir um agradável efeito relaxante, após um treino puxado.
9. Por exemplo: podem usar ainda o relaxamento como função recuperadora e restauradora da
fadiga.
10. Caso tenha interesse, procure praticar algumas técnicas de relaxamento mental para criar a
sensação de paz e tranquilidade de corpo e mente.
11. Outras técnicas de relaxamento mental incluem a leitura de um bom livro ou deixar-se envolver
na tranquilidade de uma música suave, ou concentrar-se na contemplação.
12. Actividades criativas como pintura, desenho, cerâmica, carpintaria, tricô e mesmo arte culinária,
por prazer, podem-lhe dar também um sentido de realização, paralelamente ao tranquilizante
relaxamento de se concentrar em algo que você deseja fazer.
13. Você também pode aliviar o cansaço do dia-a-dia do trabalho com um banho bem demorado,
logo que chegar a casa. Este pode ser considerado um exercício excelente de estimulação dos
sentidos. Aprecie a água a cair no seu corpo, o som que faz, a temperatura que sente, o impacto
das gotas do chuveiro, o estado de relaxamento que consegue atingir, sinta isso e contemple o
prazer que está a presenciar, foque-se nas sensações e perceba o nível de bem-estar que sente.
Após descobrir a sua técnica favorita de relaxamento, planeie dedicar-lhe alguma atenção diária. A
maior parte das pessoas aceita a responsabilidade de prazos e deveres que lhe são impostos por outros,
mas é igualmente importante dar atenção à necessidade de períodos de descontracção solicitados pelo
corpo e pela mente.
Donas de casa “incansáveis” ou profissionais “sempre ocupados” devem dar a si mesmos oportunidades
de relaxamento, se quiserem conservar o seu equilíbrio mental em períodos stressantes ou de agendas
preenchidas. O hábito de lembrar que se tem um corpo que necessita de atenção é de extrema
importância para quem pretende investir na sua saúde e bem-estar.
Ser feliz é algo muito mais fácil de realizar, do que parece, desde que consigamos acertar com as setas
no alvo certo e que tenhamos as prioridades bem definidas. Podemos aprender a ser feliz. Se já nos
sentimos pessoas felizes, certamente encontraremos formas de tornar esse humor consistente e
duradouro e assim promover o nosso bem-estar. Se estamos a atravessar um momento menos bom e
gostaríamos de voltar a sentir felicidade, só temos que nos concentrar na prática de algumas regras
básicas que nos ajudem a ultrapassar essa realidade.
O estado de felicidade pode ocorrer em muitas situações e perante muitas circunstâncias. Pode ocorrer
porque ganhámos a lotaria ou porque estamos a assistir à nossa série de televisão favorita.
Independentemente de tudo, o único factor em comum é o sentimento de alegria. O caminho para a
infelicidade começa quando se permite que alguns obstáculos se coloquem no caminho da alegria e
consequentemente nos trazem a infelicidade. Importa no entanto perceber que quando as pessoas
dizem que são felizes nas suas vidas, habitualmente não querem dizer que estão sempre alegres ou que
experienciam prazer o tempo todo. O que elas querem dizer, é que após reflectirem sobre o balanço de
prazeres e infortúnios, sentem que a longo prazo o saldo é bastante positivo.
A principal razão para as pessoas não serem felizes é porque simplesmente não se deixam ser felizes.
Seja por duvidarem de si próprios, focando-se naquilo que os outros fazem, por adiar objectivos, fazer
as coisas por fazer, não planear, viver no quase, ou tantas outras coisas que apenas servem para tornar
o caminho mais árduo e mais longo acerca dos assuntos e acabam por ser apenas e só a estrada directa
para a infelicidade. Perdemos a noção das nossas necessidades básicas e realizações pessoais e
enveredamos por um caminho errado.
Aceitar os contratempos
Um outro problema que se torna um obstáculo à felicidade é o facto de estarmos tão presos à nossa
rotina quotidiana que perdemos a noção da realidade e das limitações da nossa condição humana.
Perdemos muito tempo com preocupações acerca de coisas normais do dia-a-dia que fazem parte da
vida. A não-aceitação de algumas coisas que fazem parte da vida de todos nós, como a perda de algo,
erros, fracassos e também as exigências sociais e pessoais, como expectativas elevadas, perfeccionismo
desmedido, comparação social, levam-nos a pensar nessas coisas vezes sem conta. Acreditamos que
temos de analisar uma e outra vez, até que nos torne a vida num inferno.
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Uma forma de ultrapassar este tipo de problemas é perceber que nem tudo tem de ser uma
situação ideal ou da forma como nós queremos.
Este é um passo importante para se sentir mais feliz com a vida que tem. Se conseguirmos aprender a
aceitar determinados factos acerca de nós próprios e da vida, tal como aceitamos o facto de o céu ser
azul e a erva verde, o panorama será muito melhor. Não devemos ficar submissos perante as
contrariedades da vida mas, que existem coisas as quais não controlamos e que inevitavelmente
acabarão por acontecer, nem sempre como queremos ou gostaríamos que acontecesse. No entanto,
mesmo perante uma catástrofe, podemos decidir o que fazer depois das coisas terem acalmado. Ou
podemos ficar eternamente a lamentar-nos, mas isso não ajuda nada a melhorar a nossa situação!
Alguns dos obstáculos que enfrentamos, que criamos ou que se colocam na nossa vida serão mais fáceis
de ultrapassar se os aceitarmos. Aceitar-se a si próprio, é perceber que é possível reestruturar-se,
procurar ajuda, redefinir crenças e trabalhar na autoconfiança e força interior. Todos nós, na grande
maioria das vezes possuímos forças que desconhecemos. Tente perceber quais são as suas, procure
ajudar-se a si mesmo. Tente não colocar-se numa posição de vítima eterna, de profeta das desgraças e
dos infortúnios. Aceite, aceite-se, reaja, recomponha-se, aja, acredite, avance, a alegria está a caminho.
Perseguir a felicidade…
Sim, existem muitas pessoas que são felizes, é possível ser-se feliz. Mesmo para quem está a passar por
dificuldades na vida, por muito que seja difícil acreditar, é possível melhorar o seu estado, é possível
recuperar o seu estado de desesperança e tristeza. Muitas são as pessoas que partilham desse estado
de felicidade e também todas elas apresentam algumas características em comum. Não há
coincidências, existem sim é algumas regras que se expressam nas suas atitudes.
Naturalmente toda a gente já praticou algumas destas regras, e também já observou esse
comportamento em outras pessoas, mas na verdade a maioria ainda não juntou o dois mais dois. É
provável que se considere esses comportamentos como demasiado simples, ou até mesmo que essas
pessoas sejam demasiado simples. Mas, quando se observa os pais a brincarem com os seus filhos, ou as
pessoas que gostam daquilo que fazem e que não correm atrás de uma promoção ou de mais dinheiro,
o que se retêm é que estas pessoas estão acima de tudo focadas no presente.
Claro que estas pessoas também pensam no futuro e certamente também o planeiam, e também
tiveram um passado, e pensam nele, mas não vivem necessariamente por uma coisa que ainda não
aconteceu, nem ficam paralisadas por algo que não conseguiram ou que correu mal. Não sacrificam a
O acto de pensar deu-nos vantagem sobre todas as outras espécies, e é um processo indispensável à
gestão da nossa vida e consequentemente da felicidade. Num cenário de desvantagem e problemático,
pensar é algo que se aprende no sentido de encontrar soluções e evitar danos ou decepções. Nestas
circunstâncias o pensamento é algo valioso e construtivo. Desde que se desligue o “complicador”.
Aquele bichinho escondido num canto do cérebro, que quer resolver os problemas todos de uma vez e
que pensa, repensa, avalia, projecta todo o tipo de cenários, de forma tão obsessiva que acaba por inibir
qualquer alegria e satisfação. Ficar demasiado preocupado que as coisas corram mal ou se tornem
piores congela o pensamento. O resultado é ficar refém de uma situação de incapacidade para fazer seja
o que for, paralisado pelo medo de que alguma coisa má possa acontecer.
Pensar nos cenários positivos é uma boa táctica para evitar este bloqueio. Quando se imagina uma
solução raramente se pensa que o melhor cenário possível possa acontecer. Porém a única forma de
combater o pensamento catastrófico, é insistir no pensamento positivo. Com treino, dedicação e muita
repetição de pensamentos orientados para a solução, pensar positivamente, insistir no pensamento
positivo é meio caminho andado para a descoberta da solução.
Uma das maiores causas para que as pessoas se sintam infelizes é o facto de se sentirem impotentes
para fazer que as coisas aconteçam como desejam. Ou seja, quando se torna óbvio para essas pessoas
que não controlam a sua vida. A explicação pode parecer muito simples, mas não é. A perda de
controlo, quando existe um grau de percepção reduzido sobre as próprias acções e os acontecimentos
da vida, dá uma grande sensação de impotência, e no limite, torna as pessoas incapazes de levar a vida
para a frente. Para combater o sentimento de impotência e de falta de esperança:
Ainda que no início algumas das coisas possam não dar certo, não se deve desesperar. Reformular,
insistir, fazer um esforço para mudar as coisas, persistir, certamente haverá uma forma de melhorar a
situação. Não devemos interiorizar a ideia de que é demasiado fácil, mas pode eventualmente não ser
tão difícil como parece.