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Copyright© Patrícia Di Donato Pollone

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SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

P833r

Poll, Pat
Reprô : 6 semanas para se reprogramar : seis passos para
reiniciar seu computador interno e dar um salto em sua vida /
Pat Poll. - 1. ed. - São Paulo : Scortecci, 2021.

ISBN 978-65-5529-440-8

1. Motivação (Psicologia). 2. Autorrealização (Psicologia).


3. Técnicas de autoajuda. I. Título.

20-68020 CDD: 158.1


CDU: 159.923.2

Meri Gleice Rodrigues de Souza - Bibliotecária - CRB-7/6439


Rua Deputado Lacerda Franco, 98

São Paulo - SP - CEP 05418-000

Telefone: (11) 3032-1179

www.scortecci.com.br

Livraria Asabeça

Telefone: (11) 3032-8848

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À minha mãe Walderez Di Donato e ao Prof. Hélio Couto por me
ensinarem o amor.
Sumário
Prefácio
Introdução
Antes de começarmos...
Dicas importantes!
1º semana - Não reclamar
Transmissão de pensamentos
Ponto de equilíbrio
Chega de reclamar!
Analise seu comportamento
Faça diferente
Ninguém é perfeito
Seja grato por aquilo que tem
Pronto para soltar
Mudando a frequência
2º semana - Desligue a TV e ligue o som!
Reconexão com o passado
Montando sua playlist
Recordando sua infância
De volta à adolescência
3º semana - Escreva sua própria história
Curando a criança interior
Tenha um diário
4º semana - Como e onde estarei daqui a cinco anos?
Planejar é preciso!
Superando os traumas
Criando seu futuro
5º semana - Ho'oponopono
Mudança de energia
Perdoar é preciso
6º semana - Liberando os traumas do passado
Peça ajuda ao Universo!
Continue sempre a se transformar...
Sobre a obra
Sobre a autora
Prefácio
Quando a Patrícia Pollone, nossa amada Pat, me pediu para escrever o
prefácio do seu primeiro livro, confesso, me senti feliz e extremamente
honrada.
Conheço a Reprô desde seu início e sempre achei incrível como a Pat
explanava temas essenciais de forma leve, carinhosa, construtiva e divertida.
Os vídeos e áudios da Reprô sempre ajudaram muitas pessoas a reconhecer
as questões da vida sob um novo olhar, estimulado por ela com base em suas
próprias experiências, mostrando a todos o quanto é importante e possível
ressignificar e transformar.
Mas ao ver o conteúdo desse livro, a profundidade de temas trazidos com
tanta qualidade e ao mesmo tempo clareza e simplicidade, confesso que senti
que escrever aqui seria uma grande responsabilidade.
Reprô não é apenas para ser lido. Ele precisa ser vivenciado.
É um livro para experienciar. Um manual para a transformação.
Algumas palavras definem minha compreensão e meu sentimento sobre
esse trabalho: Generosidade, Doação, Amor, Acolhimento, Conhecimento,
Experiência, Oportunidade, Transformação, Empatia, Compaixão, Leveza,
Alegria.
Valores que a Pat escancara em todo o seu trabalho, pois são parte da sua
essência.
É incrível observar o quanto nossas experiências se assemelham. Há
sempre algo de nós reconhecido nas vivências do outro.
Uma mistura de todos nós, o que nos faz UM.
Isso ela já entendeu há muito tempo.
E como ser amoroso e iluminado que é, aproveita as oportunidades que a
vida lhe oferece para compartilhar.
Não são apenas as suas experiências aqui compartilhadas. São
conhecimentos agregados às experiências e enriquecidos por ferramentas que
contribuirão muito para a realização de mudanças essenciais.
Por isso, reconheço nesse livro um ato de muita generosidade e doação.
Em cada capítulo, a Pat nos instiga e impulsiona a ir além.
Com propostas simples, porém desafiadoras, ela nos chama e nos acolhe
com amor, empatia e compaixão e nos faz sentir que não estamos sós.
Ela nos ajuda a compreender que o autoconhecimento permite mudar
atitudes da vida cotidiana, que nos leva a conquistar melhores resultados.
Afinal, já temos tudo que é preciso para nos transformar. Só precisamos nos
conhecer melhor e nos amar mais.
Reprô nos oferece ensinamentos muito valiosos transmitidos de forma leve
e alegre, assim como ela.
É um belíssimo trabalho. Um tesouro que mistura conhecimento,
experiência, delicadeza, leveza, carinho, alegria.
Experimente esse livro sem pressa.
E reprograme-se a cada capítulo.
Vai mudar sua vida.
Com muito amor,
Valéria Campos
Introdução
Mudar a si mesmo, reprogramar-se ou participar da Reprô (como
carinhosamente apelidei esse processo) não é uma tarefa fácil. Afinal, mais do
que se conhecer, a proposta é se transformar. Muitos, no entanto, consideram
transformar-se algo praticamente impossível de ser alcançado; ou conquistado
somente por pessoas iluminadas, como Gandhi ou Dalai Lama. Mas, com base
em minha própria experiência, posso lhe garantir: promover uma grande
mudança em si mesmo é possível! O primeiro passo é deixar a zona de
conforto de lado e parar de dar ouvido às limitações da mente.
E para que a verdadeira mudança ocorra não é necessário fazer as malas e
realizar um retiro na Índia. Muito menos se inscrever em mil cursos sobre
autoconhecimento, ler todos os livros sobre o assunto e participar
assiduamente de grupos nas redes sociais. Para mudar basta simplesmente
querer. E quando digo querer significa querer de verdade! Aquele sentimento
sincero que surge no coração e se expande de dentro para fora. Sem dúvida,
querer é essencial. E é para aqueles que realmente querem que dedico este
livro.
Como sei isso? Aprendendo com meus erros e acertos. Minha jornada em
direção à mudança começou muito cedo. Desde criança questionava os
motivos de vir e estar neste mundo, qual era o objetivo da vida e porque tudo
era tão contraditório e injusto. Algo me dizia que havia uma explicação sensata
para tantas contradições e injustiças. Cresci procurando a resposta em religiões
e filosofias e a encontrei na ciência.
Assim como você, passei por muitas situações difíceis, enfrentei altos e
baixos, sendo a depressão o meu maior desafio. A doença, com certeza,
contribuiu para que tudo se tornasse ainda mais incompreensível. Até,
felizmente, encontrar as respostas que precisava na Mecânica Quântica e na
espiritualidade. Isso fez com que as portas da minha consciência se abrissem
de uma forma que jamais imaginei.
Um dos saltos mais significativos da minha vida veio por meio do meu
trabalho. Atuar em marketing me levou até o Professor Hélio Couto, a quem já
admirava antes de conhecer e hoje agradeço por me transmitir tanta veracidade
e conhecimento. Há mais de 10 anos divulgo seu trabalho, fato que, direta e
indiretamente, faz toda a diferença no meu processo evolutivo.
Diante de tantas descobertas pessoais, percebi que o momento de
transmitir minhas experiências tinha chegado. Decidi, a princípio, criar um site
para as pessoas que, assim como nós, são cercadas de dúvidas e buscam por
respostas. Cada vez mais compreendo que auxiliar quem aceita nossa ajuda,
com amor e sem julgamento, é capaz de gerar cura em nós mesmos.
O resultado desta troca ganhou o nome de 6 semanas para se reprogramar, um
processo atualmente conhecido como Reprô. A iniciativa surgiu após publicar
um post sobre o desafio de permanecer uma semana sem reclamar. Vários
insights vieram na sequência. Vivenciei cada um deles antes de compartilhar
essas informações com você. Todas essas ferramentas me ajudaram a mudar
minha consciência, ou melhor, minha vida.
A experiência foi tão positiva que, pouco tempo depois, lancei a Reprô em
vídeos, hoje disponíveis na plataforma Vivências e Cursos Iniciáticos1. O
sucesso é tanto que ela tem ganhado desdobramentos, além da contribuição de
pessoas especiais, que decidiram passar pelo mesmo processo. Todas de valor
inestimável.
Mesmo evoluindo de forma rápida no formato áudio/vídeo, senti que as
seis semanas iniciais da Reprô também deveriam ser colocadas no papel. O
resultado desta nova etapa está aí, em suas mãos!
Antes que você embarque nesta jornada, quero que saiba que nada do que
está aqui foi feito com base em “ouvi dizer e estou repassando”. Tratam-se de
experiências que adquiri depois de uma boa dose de leitura e de muita prática e
dedicação. Todos os temas contam com respaldo de dados de pesquisas e
análises, com o intuito de comprovar a importância de melhorá-los em nós
mesmos.
Você vai encontrar, em cada capítulo, os resultados de estudos, os impactos
destas experiências em minha vida, além de ser orientado a praticar e a refletir
sobre cada assunto antes de incorporar de vez as mudanças necessárias em sua
vida. Espaços estão disponíveis para que você possa relatar suas experiências e
perceber o quanto você está evoluindo durante esse processo.
Convido você a melhorar seus pensamentos e sentimentos e a conquistar
mais qualidade de vida em posse de seu novo “hardware”. Vamos reprogramar
seu computador interno! Deletar arquivos, editar documentos e inserir novos
programas.
Somente você pode se reprogramar!
Como diz o mestre Yoda: “Não tente, faça! Tentativa não há”.
Amor e gratidão
Pat Poll

“Eu quero desaprender para aprender de novo. Raspar as ntas com que
me pintaram. Desencaixotar emoções, recuperar sen do.” (Rubem Alves)

1
Disponível em <https://vivenciascursosiniciaticos.com.br/cursos/repro/>.
Antes de começarmos...
Antes de dar início a esse processo, creio que seja importante saber que
perdão, gratidão e outros temas abordados neste livro em nada têm a ver com
religião. Todos são o caminho para a autoconsciência, para que possamos
evoluir como seres humanos. Por isso, não importa qual seja sua crença
religiosa. Estamos aqui em busca do mesmo objetivo: nos tornarmos pessoas
melhores, convivendo em um ambiente de amor, paz e prosperidade.
Caso tenha interesse em conhecer melhor como os preceitos da Mecânica
Quântica podem ser aplicados no dia a dia e contribuir ainda mais em seu
processo de transformação, sugiro que sempre busque fontes confiáveis, a
exemplo do Prof. Hélio Couto.
Além dos aspectos puramente científicos, que não serão abordados aqui, é
interessante saber que a Mecânica Quântica tem conquistado notoriedade nos
últimos anos simplesmente por nos provar que tudo no universo está
correlacionado. Tudo é energia. Sendo assim, independentemente do nome
(Deus, Criador, Fonte, Todo), o Universo, com base nesse conceito, nada mais
é do que um fluxo linear e contínuo de energia.
Considerando que tudo aquilo que existe na Terra é parte desta energia que
compõe o Universo, cada um de nós, seres humanos, é uma extensão do Todo.
Se Deus é o Criador, é possível concluir que, a partir da nossa capacidade de
pensar, somos os únicos animais com potencial para cocriar.
O experimento da dupla fenda, o mais conhecido da Física Quântica,
ultrapassou o mundo da ciência ao mostrar que um elétron pode se comportar
como onda ou partícula, dependendo da forma como o observador enxerga.
Ao transportar essa constatação científica para a realidade, notamos que
materializar ou não algo em nossas vidas depende da forma como observamos
e nos comportamos diante de determinada situação. Cada um de nós
desempenha o papel de observador neste mundo. É por isso que nossa forma
de pensar é tão valiosa. Observe sempre seus pensamentos.
Diante da certeza de que qualquer pensamento (bom ou ruim) é capaz de
gerar resultados, você se torna mais consciente sobre sua responsabilidade
consigo mesmo e com os demais. Sócrates já dizia: “Conhece-te a si mesmo”.
Quanto mais você se conhece, mais se torna o criador de sua vida. E não há
nada mais libertador do que isso. Seu amor próprio aumenta, seus medos e
suas crenças começam a ser superados. Você se torna o protagonista da sua
história!
Dicas importantes!
1. Se esta é a primeira ou 10ª vez que você participa da Reprô não importa!
Você será sempre muito bem-vindo aqui e na plataforma de vídeos. A cada
retorno, você perceberá algo novo. Isso mostra o quanto o passado difere do
presente, o quanto você mudou desde então.

2. Seu processo de crescimento é meu processo de crescimento. Lembre-


se: o Universo é um fluxo contínuo de energia. Eu sou você. Você sou eu. Um
somos nós. Por isso, agradeço toda vez que você se dedica à sua expansão. Sua
vitória é a minha vitória. Lembre-se que estamos juntos nesta caminhada,
sempre!

3. Não existe limite para quem quer expandir sua consciência. A Reprô não
acaba quando você termina este livro. Ela é apenas um passo da sua extensa
jornada evolutiva.

4. Não se compare a ninguém. Cada um tem seu tempo e sua forma de


assimilar os temas semanais. A proposta é trabalhar cada um durante uma
semana. Mas, nada impede que você estenda o prazo de um ou de outro por
mais alguns dias. Aproveite essa oportunidade para confiar em si mesmo e
seguir sua intuição.

5. Não diga “eu já sei” para as situações apresentadas. Isso é jogo do ego
para atrapalhar todo o processo. Se você realmente já sabe, que bom! Mas, se
alguma destas questões estão ressurgindo na sua vida, isso significa que é
preciso trabalhar nelas um pouco mais.

6. Cuidado com a autossabotagem. Não deixe que a preguiça ou as


desculpas do dia a dia (“estou cansado”, “peguei trânsito”, “amanhã eu leio”)
sejam maiores do que sua motivação de mudança. Para se transformar de
verdade é preciso empenho e dedicação. Aproveite para abandonar de vez
esses velhos hábitos.

7. Também tenha cuidado com as crenças limitantes. Caso sentimentos


como “não sou capaz”, “isso não é para mim”, “eu não consigo” surjam,
sugiro que você dê uma pausa na leitura e avalie porque está pensando desta
forma. Isso pode ter relação com alguma crença que você carrega. Descubra o
que te atrapalha e livre-se disso de uma vez por todas!

8. Não tenha medo da mudança. O medo é um desafio que precisa ser


superado. Caso, contrário, ele te mantém parado, naquele lugar mais conhecido
como zona de conforto. Enfrente seus medos e promova sua própria
mudança!

9. Coloque amor em tudo que faz. Cada tema aqui proposto foi pensado
para promover sua mudança. Mas sem amor nada disso acontece. Não de
verdade. Por isso, pratique os exercícios sugeridos com amor. Aproveite esse
momento para desenvolver e aumentar seu amor próprio. Ame-se! Apenas o
amor é capaz de mudar a sua vida.

10. Fique atento aos seus sentimentos. Se você sentir raiva, vontade de
chorar ou algo que não considere bom em determinado momento da leitura,
pare e avalie o que está acontecendo. Não se julgue. Aqui não existe certo ou
errado, bonito ou feio. É normal que esses sentimentos surjam durante o
processo. Eles são parte importante da sua jornada de mudança.
Simplesmente, sinta!

“Peçam, e será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta será aberta.


Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e àquele que bate, a
porta será aberta.” (Mateus 7:7-8)
“Interromper nossos háb os destru vos e despertar nosso coração é um
trabalho para a vida inteira.” (Monja Pema Chodron)

Uma das coisas mais fáceis de se praticar no dia a dia é reclamar. Pare e
observe... O ser humano reclama de tudo! Do trânsito, da fila no banco, do
chefe, do salário, da política, da economia, do vizinho, da sogra, do calor, da
chuva, da comida, etc. Ufa!!!!
Essa lista enorme, ou melhor, infinita, prova que reclamar não é apenas
fácil. É um verdadeiro vício. E como todo vício, reclamar, como você verá a
seguir, é extremamente prejudicial para o seu processo de autotransformação.
A boa notícia é que é possível sim abandonar esse hábito, desde que você
esteja totalmente consciente do mal que ele é capaz de causar na sua vida e na
vida do próximo.
Antes de explicar os motivos que tornam a reclamação um entrave na
nossa evolução pessoal, peço que relacione no espaço abaixo os cinco
principais motivos que fazem você reclamar de forma espontânea, sem pensar
muito a respeito:

“Reclamar é ferir-se.” (Emmanuel)


Com calma, releia cada tópico de sua lista e reflita sobre a seguinte questão:
Por que reclamo disto com tanta frequência? Talvez você se surpreenda com a
quantidade de “porque sim” surgindo em sua mente. Isso comprova que,
muitas vezes, reclamamos apenas por reclamar, sem nenhuma razão, sem nos
darmos conta. Reconhecer que você reclama, porém, é o primeiro e mais
importante passo da sua jornada rumo à verdadeira mudança de consciência.
Sei que você deve estar se perguntando: “mas por que reclamar é tão ruim
assim?”. Essa é uma pergunta realmente interessante. Primeiramente, se fosse
bom não nos incomodaríamos tanto em ouvir uma pessoa reclamando 24
horas, sete dias por semana, ao nosso lado. Você já conviveu ou convive com
alguém assim? Lembre-se de como você se sentiu. Tenho certeza de que sua
experiência não foi nada boa.
Imagine-se agora repetindo sem parar ao seu vizinho, colega de trabalho
ou melhor amigo as cinco reclamações apontadas em sua lista. Coloque-se no
lugar do outro e tente pensar em como ele se sentiria. Só assim é possível
perceber que “reclamar à toa” não é nem um pouco agradável.
Sabemos que reclamar é uma manifestação quase automática para lidar
com o estresse e a competitividade diária. Bufar, lamentar ou mesmo revirar os
olhos são reações comuns diante das adversidades. Pesquisas também revelam
que, durante uma simples conversa, soltamos pelo menos uma reclamação por
minuto. Inocentemente acreditamos que reclamar é apenas uma forma de
liberar o estresse. A realidade, porém, não é bem essa.
Reclamar é tão prejudicial para nosso processo evolutivo e nossas relações
pessoais que existem estudos e especialistas dedicados a decifrar seus impactos
na mente e na saúde humana. Pode parecer incrível, mas sim... a reclamação é
tema de estudos! Isso já comprova o quanto reclamar é um hábito
extremamente tóxico praticado em nosso dia a dia.
Talvez os motivos que melhor expliquem como a reclamação pode afetar
nossa saúde mental e, consequentemente, física sejam os mencionados pelo
autor e filósofo Steven Parton. Segundo ele, reclamar piora o desempenho do
cérebro, compromete, e muito, o equilíbrio mental, podendo, inclusive, resultar
em morte. Exagero? Ao que tudo indica não... Por isso, acho interessante
relatar os principais problemas causados pela reclamação citados por Parton.
Transmissão de pensamentos
O primeiro, na realidade, nos remete às aulas de ciência na escola. Para
quem não se lembra (não há o menor problema!), nosso cérebro se comunica
por meio de sinapses, que são responsáveis pela transmissão de impulsos
nervosos entre neurônios. O espaço vazio entre dois neurônios é conhecido
como fenda sináptica. E o que isso tem a ver com reclamar? Na realidade,
tudo! Sempre que pensamos, uma sinapse usa essa fenda para disparar um
impulso para outra sinapse. Essa ponte compartilha as informações mais
importantes do nosso pensamento.
Ligando e religando esse circuito de forma contínua, o cérebro faz com
que determinado pensamento se repita várias e várias vezes. Sendo assim, se
seu pensamento for bom, você já sabe o resultado. Agora, imagine o estrago
provocado por aquele pensamento negativo que não para de martelar na sua
cabeça. O pior é que pensamento negativo gera mais pensamentos negativos,
fazendo com que você se torne pessimista, muitas vezes sem perceber.
Quando as sinapses se tornam mais próximas, a transmissão do
pensamento que prevalece, seja ele bom ou ruim, ganha velocidade.
Pensamentos negativos geram uma perspectiva pessimista da vida. Por isso,
não importa o que aconteça. Se você reclama das segundas-feiras
repetidamente, mesmo que você ganhe uma promoção ou conheça o amor da
sua vida nesse dia, não será bom o suficiente. Afinal, trata-se de uma segunda-
feira!
Parton explica que, no momento em que o pensamento se forma, vence
aquele em que a distância entre neurônios é menor. Isso faz com que aquele
pensamento ruim, gerado pela reclamação, ganhe a batalha. Com isso, você se
torna mais e mais distante dos momentos felizes, aqueles que realmente valem
à pena. Reclamar, portanto, é a maior sabotagem que você pode praticar contra
si mesmo!
E os argumentos não param por aí... ainda faltam motivos que são
realmente necessários destacar. Outro problema causado pela reclamação é
chamado de “você é com quem você sai”. Isso significa que não são apenas
nossos pensamentos negativos que nos conectam à negatividade. Estar
cercado por pessoas que reclamam o tempo todo faz com que a energia
negativa se expanda ainda mais! Lembra-se daquela frase “semelhante atrai
semelhante”? Esse é um dos melhores exemplos! Mais um motivo para ficar
atento aos seus pensamentos.
Autor do best-seller Emotional Intelligence 2.0, o Dr. Travis Bradberry
reafirma essa constatação, ao mencionar que:
“Reclamações repetidas religam seu cérebro, fazendo com que a
reclamação futura seja mais provável. Com o tempo, você acha mais
fácil ser negativo do que positivo, independentemente do que está
acontecendo ao seu redor. Reclamar se torna um comportamento
padrão, mudando a forma como as pessoas o percebem”.
O mais interessante é a explicação científica desse fenômeno nem um
pouco benéfico. Sempre que vemos alguém manifestando uma emoção
(negativa, nesse caso), nosso cérebro nos estimula a sentir o mesmo que aquela
pessoa, com objetivo de compreender o que ela está sentindo. Sinapses
começam a ser disparadas para que possamos compartilhar a emoção que
observamos. Isso, na realidade, é a base da empatia, que é superpositiva. Mas,
se torna uma armadilha quando, por exemplo, uma queixa é feita. Estar
cercado de pessoas felizes que religam nosso cérebro ao amor, portanto, ajuda
a nos livrar deste ciclo vicioso.
Abandonar o hábito de reclamar também é essencial para a manutenção da
nossa saúde física. Quando o cérebro dispara sinapses de raiva, por exemplo,
enfraquece o sistema imunológico e eleva a pressão sanguínea. Isso aumenta o
risco de doenças cardíacas, obesidade, diabetes e várias outras. O responsável
por esse prejuízo ao nosso corpo é o cortisol, mais conhecido como hormônio
do estresse. Quando a pessoa tem um pensamento negativo, ela libera altos
níveis de cortisol que comprometem o aprendizado, a memória, reduzem a
função imunológica, contribuem para o aumento de peso... e assim por diante!
Ponto de equilíbrio
Dados de uma pesquisa da Universidade de Stanford, realizada em 2016,
revelaram que a reclamação contribui para o aumento do estresse, podendo
provocar uma redução do hipocampo, área do cérebro fundamental para a
solução de problemas e do pensamento inteligente. Segundo os pesquisadores,
reclamar durante 30 minutos ou mais pode comprometer fisicamente nosso
cérebro. Lembrando que o hipocampo é uma das áreas mais afetadas pelo
Alzheimer.
Por isso, nunca se esqueça que você é um campo que concentra energia. A
cada reclamação, mais energia negativa se acumula... é lixo em cima de lixo! E
basta enfrentar uma simples contrariedade para que todo o lixo acumulado se
espalhe, afetando não apenas você, mas também as pessoas e o ambiente à sua
volta. Reclamar da chuva, do chefe, do salário durante o dia todo, levar uma
fechada no trânsito e xingar o motorista que cometeu a infração é uma forma
simples de explicar como uma energia negativa acumulada pode se espalhar.
Percebe agora o quanto reclamar é nocivo?
Outro exemplo, nesse sentido, são as mídias sociais. Quantas pessoas você
conhece que usam o Facebook e/ou o Instagram para reclamar? Pense nas
situações em que você também usou essas redes para agir da mesma forma.
Um estudo publicado no Behavior Research Methods concluiu que as
manifestações de protesto nas mídias sociais podem nos afetar muito mais do
que imaginamos. Os pesquisadores descobriram que conversas positivas
ressoam por apenas alguns segundos, enquanto as negativas persistem por
muitos minutos.
Reclamar, portanto, nos tira de nosso ponto de equilíbrio, nos torna
intolerantes, irritados, mal-humorados. Não conseguimos ver o lado bom da
vida, pois simplesmente deixamos de enxergá-lo. É como estar sempre diante
de um vidro embaçado. Por mais que você queira, fica difícil enxergar o que
está do outro lado enquanto ele permanece sujo. Está na hora de desembaçar
esse vidro.
Antes de começarmos, é interessante contar a história do americano Will
Bowen, ministro de uma pequena igreja da região centro-oeste dos Estados
Unidos. Em 2006, durante uma de suas palestras sobre prosperidade, ele
percebeu que seus seguidores desejavam ser mais prósperos. Neste caso, mais
próspero = a conquistar mais recursos materiais. Além disso, ele observou que
todos reclamavam daquilo que já tinham conquistado. Ao sugerir a essas
pessoas que tentassem quebrar o hábito de reclamar, Bowen acabou criando
um fenômeno mundial, mais conhecido como Complain Free World. O desafio é
permanecer 21 dias seguidos sem reclamar. Para isso, as pessoas recebem uma
pulseirinha de borracha roxa, que deve ser trocada de pulso a cada reclamação
feita.
Nossa jornada aqui é mais curta e não exige o uso de nenhum recurso
adicional. Se você estiver de fato comprometido consigo mesmo, garanto que
o resultado será transformador. Sei que deixar de reclamar não é algo que
acontece do dia para a noite. Por isso, peço que encare os próximos dias com
dedicação. E lembre-se: você não está sozinho nesse processo. Essa primeira
semana é apenas o primeiro passo do seu novo caminho!
Chega de reclamar!
Como disse logo no começo deste livro: seu sucesso é meu sucesso. Por
isso, nas próximas páginas, você encontrará espaços para anotações diárias e
algumas considerações sobre como foi sua experiência de permanecer uma
semana sem reclamar. Relate nesta página tudo aquilo que experienciou. Fale
abertamente sobre seus reais sentimentos. Confidencie todas as dificuldades
que encontrou e as descobertas que fez no meio do caminho. Ao final, vou te
contar o que podemos aprender com esse processo, a partir da minha
percepção e experiência. Você pode concordar ou discordar, não importa! O
que vale é ter uma nova percepção e abandonar um velho hábito. Pronto para
se reprogramar?
Quero, primeiramente, deixar claro que quando proponho que você
permaneça uma semana sem reclamar, trata-se de ficar uma semana sem
reclamar mesmo. Não vale suspirar um “ai, meu Deus”, nem bufar ou revirar
os olhos. O que importa agora é entender porque você reclama e o que é que
te motiva a reclamar. Sei que todos nós temos problemas, na maioria das vezes
extremamente sérios, que servem para justificar a nossa reclamação. Mas, tenha
em mente que para reprogramar seu cérebro e conquistar qualidade de vida é
preciso manter o foco nos acontecimentos positivos.
Com o passar dos dias, você perceberá que não existem motivos para
reclamar, mas sim milhares para agradecer. E essa percepção muda mesmo sua
forma de pensar e agir. Aos poucos, tudo começa a melhorar! Antes de
começar para valer, quero propor um aquecimento. Sabe as reclamações que
você listou no começo deste capítulo? Peço que as reescreva novamente
abaixo. Mas, desta vez, ao final de cada uma, escreva: “mas, felizmente...”. Para
te ajudar, seguem abaixo alguns exemplos:

• Minha família só me traz problemas, mas felizmente... sei que estou


cercado por pessoas que me amam de verdade.
• Esse carro só quebra, mas felizmente... tenho um meio de transporte que
comprei honestamente, com meu dinheiro.
• Detesto trabalhar, mas felizmente... tenho uma renda mensal que me
permite comprar tudo aquilo que preciso.
Perceba com isso que nossas reclamações, muitas vezes, são exageradas.
Nossas famílias não nos trazem somente problemas, nossos carros não
quebram toda hora e não, não detestamos trabalhar. Caso você não consiga
notar algo bom sobre aquilo que te faz reclamar, talvez já tenha passado a hora
de mudar essa situação. Caso contrário, está tudo certo! Só basta você se abrir
e começar a enxergar “o problema” com outros olhos. Agora é sua vez! Faça
sua lista de “mas, felizmente...” e analise seu resultado...

Depois deste aquecimento, te pergunto: você está pronto para encarar este
desafio? Então, vamos em frente! Amanhã será o seu primeiro dia sem
reclamar. Peço que anote no espaço a seguir suas percepções, reações, enfim...
como você sentiu? Seja honesto consigo mesmo. Isso é muito importante.

“O segredo da saúde mental e corporal está em não se lamentar pelo


passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas
viver sabia e seriamente o presente.” (Buda)
E aí? Como foi passar um dia inteirinho sem reclamar? Você conseguiu?
Caso tenha conseguido, saiba que estou muito, muito feliz mesmo com a sua, a
nossa, conquista. Caso tenha derrapado em alguns momentos, não tem o
menor problema! Você ainda tem mais seis dias pela frente... Agora, se não
deu mesmo, não se julgue! Considere-se vitorioso por, pelo menos ter tentado.
Nesse caso, sugiro que você volte a fazer o exercício do “mas, felizmente...”,
desta vez com suas reclamações de hoje. Treine um pouquinho mais e anime-
se! Afinal, todos os dias temos a chance de ser cada vez melhores.
Analise seu comportamento
Independentemente de você ter reclamado ou não, é importante refletir
sobre seu relato do primeiro dia sem reclamar. Quais fichas caíram? Como foi
passar por essa experiência? Bom, ruim, desafiador, gratificante? Se você
reclamou, por que reclamou? Você percebeu logo? Como se sentiu? Se não
reclamou, como você sente agora? Notou algo de diferente em você, nas
pessoas?
Caso a experiência não tenha sido positiva, não se sinta frustrado. Sei que
só o fato de ter tentando já fez com que algo mudasse em você!
Antes de dormir, sugiro que analise um pouco mais seu comportamento e,
principalmente, seus sentimentos... Agradeça ao Universo pela experiência de
hoje e planeje como irá acordar. Isso mesmo, faça planos! Pensar que sempre
existe mais uma chance de fazer tudo melhor é supermotivador. Sinta gratidão
por essa oportunidade. O segundo dia continua sendo desafiador, eu sei... Mas,
não se intimide de forma alguma com isso. Desafios existem para serem
superados... e eu tenho certeza que você consegue! Continuo torcendo por
você. Peço que nos próximos dias você anote sempre suas experiências antes
de dar continuidade à leitura!

“As pessoas reclamam mu o, mas se acovardam na hora de tomar


providências. Querem que tudo mude, mas elas mesmas se recusam a mudar.”
(Paulo Coelho)
Se você está aqui é sinal de que está aos poucos superando seu hábito de
reclamar. Estou muito feliz, de verdade, com isso. E agora, como você está se
sentindo? Mesmo que tenha reclamado um pouquinho, espero que o dia tenha
sido melhor. Você conseguiu identificar mais alguma diferença no seu
comportamento? E nos seus sentimentos?
Faça diferente
Para que você saiba o quanto te entendo, vou contar sobre a minha
experiência com o não reclamar. Quando iniciei meu processo, confesso que
não foi fácil. Lembro-me que foi durante a Copa do Mundo. Enquanto o
Brasil jogava e todos estavam na maior empolgação, resolvi ficar no meu
canto, escrevendo e publicando algumas postagens. Por pouco, bem pouco,
não reclamei das pessoas que gritavam e soltavam fogos na rua. Rapidamente,
me veio à mente o seguinte pensamento: “eles estão apenas se divertindo”. E a
vontade de reclamar passou.
Como os pensamentos não param de martelar na nossa cabeça, logo na
sequência comecei a pensar no fato de ser casada e de ter de dividir o espaço
com outra pessoa. Trata-se de uma experiência realmente desafiadora! Vira e
mexe saímos em busca de um motivo bobo para implicar com o outro e
estragar nosso dia. E comigo não é diferente. Então lembrei que meu marido
sempre deixava a pia da cozinha bagunçada, cheia de louça. Há algum tempo
tinha resolvido deixar esse assunto de lado, esperando que ele tomasse a
iniciativa e arrumasse tudo, mas como não aconteceu, isso voltou a me
incomodar.
Porém, ao invés de arrumar encrenca, decidi que, desta vez, faria diferente.
Conversei com ele numa boa e disse que seria muito mais feliz se ele me
ajudasse nos pequenos afazeres domésticos e que, principalmente, não
deixasse a toalha molhada em cima da cama!! Minha reação o pegou de
surpresa e me senti confiante.
Antes, quando eu reclamava, sabia que seria chamada de implicante, que
começaríamos a discutir sobre bobagens, aquelas coisas que não levam a nada.
O fato de dizer que ficaria feliz se ele fizesse determinada coisa, fez com que
algo nele mudasse. Sei o quanto é chato a gente ter de arrumar a bagunça do
outro. Mas, na maioria das vezes, precisamos apenas falar para a pessoa, com
calma, sobre tudo aquilo que nos incomoda. Afinal, o que incomoda você? Já
parou para pensar? Você alguma vez conversou com calma com o outro sobre
aquilo que o incomoda? Com foi essa experiência? O que é possível melhorar
com base nessa descoberta?
Preste atenção nisso! E reflita novamente sobre seu dia antes de dormir,
planejando um terceiro dia ainda melhor. Estou com você!

Não sei se você percebeu, mas chegar ao final do terceiro dia sem reclamar
também significa chegar à metade desta primeira semana de Reprô. E então?
Está gostando? Caso hoje você tenha feito uma reclamaçãozinha, como a
encarou desta vez? Com bom ou mau humor? Minha intenção é que, além de
mudar, você também se divirta com esse desafio!
Ninguém é perfeito
Para que você se sinta ainda mais motivado ou desafiado, vou dar
continuidade à história sobre a louça na pia da cozinha. A conversa com meu
marido a princípio foi boa, achei que conseguiria dar sequência ao meu
processo de não reclamar de forma tranquila e já estava, internamente,
comemorando o fato de algumas coisas começarem a mudar. Até me deparar
mais uma vez com a louça na pia!!
Acho que você percebeu que eu tentei, tentei mesmo, mas, nossa, não
consegui me conter... Eu reclamei!! Foi muito mais forte do que eu... Eu me
arrependi, de verdade, mas não fiquei me culpando.
Resolvi te contar isso, porque sei como se sente. Tenha certeza de que não
está só! Nada nem ninguém é 100% perfeito. Somos humanos, mas podemos
melhorar, sempre! Só não vale me usar como desculpa para reclamar amanhã.
Continue firme em seu propósito!
Logicamente, depois de reclamar, fui analisar o que aconteceu. E o mais
interessante desta experiência frustrada foi me conscientizar de que não
adianta criar expectativa sobre o outro. Vou falar mais sobre isso quando
chegarmos ao final deste capítulo. No final das contas, fiquei
superenvergonhada, pois tinha decidido embarcar nesta jornada para melhorar
ainda mais. Mas, assim como você, me agarrei na oportunidade de fazer meu
dia seguinte melhor! Por isso, te pergunto: quais são suas expectativas em
relação ao outro? Sugiro que pense sobre isso também. Pronto para seu quarto
dia?
Quarto dia, chegando ao final. Espero que minha história sobre ter
reclamado não tenha te motivado a fazer o mesmo! Tenho certeza que não,
pois no final essa história foi muito engraçada. Hoje, quando lembro a forma
como me comportei, me divirto. Isso prova o quanto mudei desde então e
como sei o quanto você já mudou até agora. E só estamos no começo!
Seja grato por aquilo que tem
Depois de ter reclamado naquele dia, achei melhor refletir sobre meu
comportamento. Lembro que meditei bastante. Tanto que percebi que, naquela
época, essa reclamação estava relacionada com o fato de eu querer ter uma
vida melhor, mesmo sendo muito, muito grata por tudo o que eu tinha. Isso
me fez concluir que a maioria de nós, muitas vezes, quer ter aquilo que não
tem. E você, como se sente em relação a isso? E sobre suas reclamações? Você
teve algum insight? Continue refletindo a respeito. E não se esqueça: amanhã
tem mais! Preparado para mais um dia?
Confesso que estou supercuriosa para saber o que você achou de seu
quinto dia. Cinco dias sem reclamar! Espero que você esteja tão entusiasmado,
tão orgulhoso de si a ponto de passar essa ideia adiante. Lembra-se daquilo
que Steven Parton disse sobre emoções positivas? Que elas contagiam quem
está à sua volta? Espero que seus amigos, parentes e colegas no trabalho já
tenham notado alguma diferença no seu comportamento. Como você se sente
agora?
Dias após o meu episódio de reclamação, seguido pela meditação intensa e
pelo insight sobre os motivos que me levaram a reclamar, pude perceber o
quanto amo minha vida e minhas escolhas. Consegui sentir, de verdade, o
quanto, naquele momento (e até hoje), era feliz e grata por ter uma saúde
perfeita, um trabalho que amo, amigos fiéis, uma família linda e unida, um
amor-amigo, animais queridos e amados, e uma série de outras coisas.
Compreendi que minhas escolhas me fizeram cocriar tudo o que me traz amor
e alegria. E assim as coisas permanecem.
Esse processo nunca para. Mas, quando você nota que está no caminho
certo, os problemas deixam de ser vistos como problemas e passam a ser
considerados desafios. Superar um desafio é sempre muito bom! Desafios
aprimoram nossa autoconfiança e nosso amor-próprio. Acho que você já
percebeu isso.
Por isso, acho interessante você se preparar para esta reta final da primeira
semana relendo tudo o que escreveu até agora. Sinta as principais mudanças.
Sei que agora você conquistou mais confiança para encarar mais um dia sem
reclamar. Está ficando cada vez mais fácil, não é mesmo?

“Pare de reclamar da vida e faça algo para mudar, mova-se, saia do canto,
ficar parado é para os acos, os fortes vão à luta.” (Bob Marley)

Chegamos ao sexto dia da primeira semana da Reprô! E acredito que, assim


como eu, você está começando a observar melhor suas reações diante dos
desafios. Superar um hábito antigo, praticado pela maioria das pessoas, é sim
um grande desafio. Mas identificar como reagimos diante de um problema é
uma conquista e tanto! Muitas vezes, reclamamos por simplesmente acharmos
que temos razão, nos esquecendo que a visão e a opinião do outro pode ser
bem diferente da nossa. A partir do momento em que entendemos isso,
deixamos de enfrentar as dificuldades com base no medo, na vitimização ou na
raiva. Passamos, portanto, a nos libertar de uma das maiores armadilhas do
ego.
Pronto para soltar
Não pense que acho isso fácil. Eu sei que não é. Mas, sei que em
comparação a quem você era no primeiro dia sem reclamar muita coisa já
mudou. Mesmo reclamando um pouquinho, sei que sua percepção agora é
outra tanto sobre você quanto sobre as pessoas que te cercam. Lembrando
apenas que está jornada é somente sua. Não cabe a nenhum de nós tentar
mudar o outro. Caso alguém reclame de algo com você, não a julgue, não a
critique e, principalmente, não se imponha. Vamos sempre nos deparar com
pessoas que pensam de forma diferente. E não há nada de mal nisso. Pelo
contrário! A gente entende que não existe perfeição, o que, cá para nós, seria
muito chato. É preciso compreender que você teve o tempo certo para dar
seus primeiros passos e com o outro o mesmo acontece. Essa, aliás, é uma
ótima oportunidade para desenvolver a nossa compaixão.
Quando passamos a viver no fluxo, quando estamos unificados, finalmente
estamos prontos para soltar, deixar tudo na mão do Todo, pois Ele sempre
oferece a melhor solução. A vontade de ajudar o outro com base em nossas
mudanças positivas, muitas vezes, nos gera frustração, simplesmente porque
aquela pessoa ainda não está preparada para encarar o mesmo. Podemos sim
falar sobre nossas experiências, sem invadir a vida alheia. Melhor do que tentar
convencer o outro a mudar é dedicar esse tempo para cuidar e conhecer
melhor a nós mesmos. Isso sim, vale a pena!
Caso encontre pessoas que não estão em sintonia com você, simplesmente
deixa-as ir! Não há nenhum problema nisso também. Esse processo de
mudança faz com que muitas pessoas que considerávamos, equivocadamente,
eternas em nossa vida se vão. Quando isso acontecer, não se culpe, não se
julgue e não faça isso com outro. Está tudo certo! Abra espaço para que novas
pessoas, alinhadas com seu novo eu, comecem a participar da sua vida, torne-
as personagens da sua nova história!

Bom, acho que nem preciso falar que esse é o último dia da 1ª semana da
Reprô e o quanto estou realmente feliz pela sua conquista. Lembrando que,
como disse lá no comecinho deste livro, essa jornada não termina por aqui. É
preciso trabalhar em você, sempre! Ficar uma semana sem reclamar é o
mesmo que ficar um mês de dieta. Depois de permanecer um bom tempo
evitando um alimento ou outro, não é vantagem nenhuma sair comendo tudo
o que aparece pela frente. O mesmo se aplica nesse caso. Precisamos manter o
equilíbrio, sempre!! Por isso, é importante aprender a lidar e respeitar nossos
altos e baixos... eles dizem muito a nosso respeito!
Durante esse processo, eu disse que sei o quanto é difícil ficar uma semana
sem reclamar. Afinal, passei pelo mesmo. O mais difícil, na realidade, é que
acabamos de fato enxergando tudo aquilo que pensamos, sentimos e falamos.
A partir desta percepção, pude concluir que existem pessoas que passam uma
vida inteira sem se dar ao menos a chance de se conhecer.
Você percebe isso quando faz perguntas básicas a outras pessoas, como
“onde você pretende estar daqui a 10 anos?”, e elas simplesmente não sabem o
que responder. São pessoas hipnotizadas pelos seus próprios problemas e
desejos, que se esquecem de viver o presente. E, com isso, passam-se semanas,
meses, anos, décadas. Confesso que já fui assim, nunca estava satisfeita, sempre
queria mais. Mas, felizmente, assim como você, me dei a oportunidade de
perceber o quanto tudo isso é bobagem.
Mudando a frequência
Quando comecei a agradecer por tudo aquilo que tinha e parei de reclamar
sobre o que me faltava, minha frequência mudou. Consegui enxergar os
motivos que me faziam reclamar e qual das minhas sombras me conduzia para
um estado menos elevado de vibração. Entendi que era preciso gostar da
minha vida do jeitinho que ela era naquele momento, pois eu a tinha criado.
Caso contrário, deveria parar e pensar muito bem antes de começar a criar uma
nova vida.
Parar e pensar na vida que você gostaria de ter, por sinal, é um exercício
muito interessante. Pense nisso por um instante. Agora te faço a seguinte
pergunta: será que você realmente gostaria de ter a mesma vida de um
determinado cantor, ator, ou mesmo a de um amigo próximo, por exemplo?
Será que é isso que você realmente quer?
Pergunto isso por experiência própria. Sempre gostei de viajar e meu
sonho era morar no exterior. E, de fato, consegui! Achei que tudo seria
maravilhoso, que conheceria vários lugares e viajaria sem parar. Quando
cheguei ao meu destino, depois de percorrer muitos outros, cheguei à
conclusão que não gostava tanto daquilo. Não era meu estilo de vida. Na
realidade, sou uma pessoa caseira, prefiro ficar mais quieta, na minha. Não
adianta querer ser algo que não sou. E não há nada de errado nisso.
Por isso é tão importante dedicarmos um tempo, um bom tempo eu diria,
para nos conhecermos. Muitas vezes, nos enganamos, achando que algo será
extremamente positivo. Porém, chega uma hora em que percebemos que
aquilo que a gente tem é exatamente o que precisamos. Tudo é uma questão de
escolha, de boas escolhas. Basta apenas ter a certeza daquilo que a gente quer.
Sugiro que medite muito sobre isso, pois não vale reclamar depois! A melhor
viagem que você pode fazer é para dentro de si mesmo! Nem sempre o que é
bom para os outros é bom para você! Essa conhecida frase nos faz refletir
sobre isso.
Tenha certeza daquilo que você quer antes de tomar novas decisões.
Quantas vezes a gente escolhe, escolhe e não se dá a chance de pensar direito
antes de fazer a escolha certa? Será que isso que você quer agora é mesmo
aquilo que você quer? Vejo muitas pessoas indo atrás daquilo que os outros
falam, se esquecendo que a resposta está dentro delas mesmas. Lembre-se que
tudo o que acontece em nosso meio externo é apenas uma ilusão. A verdade
sempre está dentro de nós. Pense com carinho sobre quem você realmente é e
sobre aquilo que você quer antes de dar o próximo passo em sua vida. Nosso
próximo passo agora é dar continuidade à Reprô, iniciando mais uma semana
de reflexão e autodescoberta!

“Reclamar é um sinal de aqueza: ace e as circunstâncias ou faça algo para


mudá-las.” (Sri Sri Ravi Shankar)
Ouçam a Reprô Online na plataforma Vivências e Cursos Iniciáticos! Lá na plataforma, você
pode conhecer as demais Reprôs e ouvir quando e onde quiser!
Acesse o site: www.vivenciascursosiniciaticos.com.br
“Ninguém, em seu le o de morte, desejaria ter passado mais tempo na ente
da televisão.” (Brendon Burchard)

Você já parou por alguns instantes para avaliar a qualidade dos programas
que passam diariamente na TV? Hoje muito se fala a respeito deste assunto.
Mas, mesmo em meio a tanta polêmica, os índices de audiência não refletem
nenhuma mudança nesse sentido. Caso você seja fã de televisão, a proposta
aqui não é julgá-lo, mas sim fazer você pensar sobre o quanto o conteúdo do
seu programa preferido ou o tempo em que permanece em frente à TV tem
contribuído para sua vida.
Para que você saiba exatamente onde quero chegar, antes de darmos início
a essa semana, peço para que você ligue sua TV, por pelo menos meia hora, e
assista a qualquer programa que esteja passando, de preferência sozinho. Preste
atenção a cada cena exibida e também ao seu conteúdo. Observe como se
sente assim que o programa acaba. Caso prefira, coloque no papel tudo aquilo
que sentiu, de que forma a informação recebida te beneficiou, ou não, e se ela
foi capaz de te transformar.
Não ache, com isso, que considero tudo o que passa na TV ruim ou
prejudicial. Porém, é importante ter uma visão real sobre as informações que
são transmitidas e como elas podem impactar na sua vida e em seu processo
de autoconsciência. Muitas vezes, aquilo que assistimos pode, aparentemente,
parecer uma grande bobagem. Nosso subconsciente, no entanto, não entende
da mesma forma. Os noticiários são um grande exemplo disso. A violência,
cada vez mais explícita, alimenta nossos medos e traumas. Por isso, é tão
importante filtrar aquilo que nos propomos a assistir.
Permanecer muito tempo em frente à TV foi, e continua sendo, tema de
várias pesquisas, aumentando mais e mais a lista dos diversos fatores que
justificam o quanto esse hábito pode ser prejudicial. Além do risco mais
elevado de obesidade, quem passa horas assistindo a um e outro programa tem
maior tendência ao isolamento e à manifestação de comportamentos
antissociais. Dados de uma pesquisa publicada no Journal of the American
Heart Association, por exemplo, revelam que quem assiste três horas ou mais
de TV por dia tem um risco duas vezes maior de morte nos oito anos
posteriores, em comparação com pessoas que assistem, no máximo, a uma
hora diariamente. Um bom motivo para mudar esse hábito, não é mesmo?

“A música expressa o que não pode ser colocado em palavras e o que não
pode permanecer em silêncio.” (Victor Hugo)

A princípio, desligar a TV pode parecer irrelevante para esse processo.


Mas, como tudo aqui tem um propósito, posso garantir que, assim como ficar
uma semana sem reclamar que aliás, continua valendo, trocar o tempo que
você dedica àquele programa diário por outras formas de entretenimento e
conhecimento é altamente benéfico para sua evolução pessoal. Acredito que
você esteja questionando sobre quais são os motivos de trocar a TV pela
música, como foi proposto logo na abertura deste capítulo. Certamente, eles
não faltam.
Ao contrário da TV, há milênios a música é reconhecida por sua
capacidade de promover bem-estar físico e mental. Pitágoras, por exemplo,
afirmava que a música harmônica tinha o poder de acalmar as pessoas e de
curar as doenças do corpo e da alma. Ele acreditava que a natureza matemática
da música influenciava a mente e o corpo. Platão, por sua vez, declarava que a
formação musical era um instrumento extremamente potente, pois o ritmo e a
harmonia encontravam o caminho para o interior da alma. Aristóteles, por
outro lado, dizia que a música desencadeava efeitos catárticos, sendo a catarse,
nesse caso, uma liberação inofensiva de emoções. Atualmente, a relação entre
música e emoção é definida por sensações de calafrio e arrepios por aqueles
que ouvem sua melodia preferida.
Capaz de tocar a nossa alma, a música, portanto, é essencial para nossa
vida! Por isso, o desafio desta semana é trocar os momentos em frente à TV
por um repertório de nossas músicas favoritas da infância e adolescência. Peço
que aproveite essa oportunidade ao máximo. Resista também se possível, a
sites de filmes, séries e vídeos. Muitas vezes, acessamos esses sites e assistimos
a filmes, documentários ou vídeos rápidos que, ao invés de nos informar ou
entreter, nos geram mais medos e angústias. A ideia é que essa semana seja
bem leve. Um encontro de você com você mesmo.
Lembrando que o desafio de não reclamar permanece. Continue se
observando, note como se sente nos momentos em que reclama e compare
àqueles em que agradece. Esse é o princípio da autoconsciência. Não reclamar
é um novo hábito que você incorporou em sua vida. Tenha certeza e muito
orgulho disso! Caso você se sinta tentado a voltar a reclamar como antes, saiba
que sempre estará mais propenso a reclamar. Quando você começa a
agradecer, no entanto, passa a ter mais razões para manifestar gratidão.
Frequência atrai frequência, seja ela boa ou ruim. Simples assim!
Reconexão com o passado
Vamos, então, nos reconectar com as fases de infância e adolescência por
meio da música e, com isso, recordar os bons sentimentos do passado.
Durante a infância, somos puros. Com o passar do tempo, as expectativas dos
outros, muitas vezes, sem querer, acabam se tornando nosso projeto de vida.
Só que nem sempre é isso o que realmente desejamos. Esse projeto pode ser
resultado da expectativa de um de nossos pais ou mesmo da idealização de
sermos iguais àquele vizinho que admirávamos, por exemplo.
Por isso, é tão importante saber quem realmente somos. Uma das formas
de descobrir isso é nos redescobrindo. Voltar no tempo é um ótimo recurso.
Um cheiro, um toque ou mesmo uma música nos dão acesso a várias
lembranças. As músicas que ouvimos na infância e na adolescência são um
meio eficaz para ter acesso a esse passado. Peço que, assim como a semana do
não reclamar, você anote todos os sentimentos, emoções e recordações que
essas músicas te trazem.
Em meio à busca das suas músicas desta época é normal que apareçam
algumas que você não goste. Sugiro que as ouça mesmo assim e anote da
mesma forma. Seja sincero consigo e responda: “Por que não estou gostando
de ouvir essa música?”. Talvez a princípio, você não saiba os reais motivos,
mas nada impede que no meio deste processo identifique o que as torna tão
desagradáveis.
“A música é o vínculo que une a vida do espír o à vida dos sen dos. A
melodia é a vida sensível da poesia.” (Beethoven)

Como é possível perceber, essa semana exigirá muita dedicação e reflexão,


principalmente para que você possa analisar tudo o que está acontecendo de
diferente neste período. Dedique, pelos menos, 20 minutos do seu dia para
meditar sobre isso. Você perceberá o quanto essa rotina é importante para
conhecer seu mundo interior e o quanto ele é maravilhoso. A partir de agora,
você viverá muito nele. Quanto mais se abrir para esse mundo, melhores serão
os resultados! Mantenha o foco nas suas músicas de infância e adolescência.
Aos poucos, vamos expandir as opções.
Para te ajudar a compreender um pouco melhor a importância deste
processo, durante minha infância, por exemplo, eu ouvia MPB. Além de ter
um pai músico, minha mãe e meus tios ouviam muito essas músicas naquela
época. Tive uma infância ótima, ao som de Maria Bethânia, Gal Costa, Elis
Regina. Quando comecei a praticar esse exercício – que, por sinal, ninguém me
ensinou, simplesmente achei que beneficiaria a minha cura pessoal, confesso
que me emocionava muito ao ouvir Maria Bethânia e Elis Regina. Suas músicas
me remetiam à separação dos meus pais.
Hoje, ao contrário, me sinto extremamente bem ao ouvi-las. Reviver essa
memória comprova que tanto eu como minha mãe fomos capazes de superar
uma fase difícil de nossas vidas. São esses momentos que nos fazem ter a
certeza que nossa percepção inicial, relacionada a qualquer problema, pode
mudar. E como você passa a se comportar de forma diferente diante de
determinado fato, sem encará-lo mais com o mesmo medo do passado. Isso
comprova nossa capacidade de superar os obstáculos, de se transformar!
É tão bom ser capaz de pensar, de analisar uma mesma circunstância de
diferentes formas. Simplesmente transformar um pensamento, uma ideia, ou
mesmo um sentimento ruim em algo bom. Isso nos torna mais conscientes
sobre tudo o que acontece ao redor. Sei que ouvir sua música preferida trará
muitas lembranças. Não desista de ouvir inclusive as que não te agradam,
mesmo que isso, a princípio, seja complicado. Como sugeri anteriormente,
procure identificar porque determinada música te deixa triste ou muito feliz.

“A música é celeste, de natureza divina e de tal beleza que encanta a alma


e a eleva acima da sua condição.” (Aristóteles)

Eu encontrei meu propósito de vida depois de ouvir minhas músicas de


infância e adolescência. A partir delas consegui enxergar minha verdadeira
missão. Não posso garantir que o mesmo acontecerá com você, mas essa
experiência, certamente, irá te ajudar muito em sua nova jornada.
Especialmente, quando você ouvir as músicas que trazem boas recordações.
Sua frequência se eleva, seu dia se torna mais positivo.
Como a TV será deixada de lado, você terá tempo de sobra para fazer
outras coisas enquanto ouve suas músicas de infância e adolescência.
Aproveite esses momentos para arrumar aquele armário bagunçado, jogar
coisas que não precisa mais, doar objetos que não têm mais a mesma
importância, mas que podem fazer outras pessoas felizes (a organização
contribui muito para esse processo!) ou mesmo cuidar de você! Olhe-se no
espelho com orgulho e confiança, dance, cante, faça aquele prato que morre de
vontade de comer e que está adiando há um tempão, caminhe ao ar livre
ouvindo suas músicas e aproveite para admirar as árvores e o céu.
Não se esqueça, logicamente, de reservar um tempo para relatar suas
emoções e recordações. Escrever, nesse caso, também servirá como
aquecimento para a semana seguinte da Reprô. Pronto para começar?
Montando sua playlist
Antes de darmos início a essa semana, sugiro que escreva abaixo o nome
de cinco músicas que marcaram sua infância e cinco músicas que tornaram sua
adolescência inesquecível. Peço que não pense muito a respeito. Basta apenas
listá-las abaixo. Caso não lembre exatamente o nome da música, da banda, do
cantor ou cantora, não há o menor problema. Refira-se a elas da forma como
vêm à sua mente. Você pode pesquisar com calma depois. Vamos, com isso,
montar a playlist que o levará de volta a um passado cheio de boas
recordações.

“A música é a linguagem dos espír os.” (Khalil Gibran)


Recordando sua infância
A proposta desta semana é um pouco diferente da anterior. Não vamos
reservar um espaço diário para relatar os sentimentos e as experiências. Você
pode dedicar, por exemplo, três dias para escutar suas músicas de infância e os
outros quatro para as músicas da adolescência. Caso prefira, pode misturá-las.
Peço para que siga seu coração. A proposta agora é ter acesso a bons
sentimentos e elevar sua frequência, sem que exista uma ordem exata para isso.
Não sei exatamente quais músicas da sua infância você incluiu na sua
playlist. Mas sei que assim que você começou a pensar melhor sobre o assunto,
uma infinidade delas pipocou na sua mente. Também não importa qual seja
sua idade atual. Tenho certeza que, ao pensar na sua infância, a trilha sonora de
alguns desenhos animados tocou seu coração. Músicas que envolvem nossos
personagens infantis podem, muitas vezes, provocar diferentes tipos de
sensações.
A pureza de nossos sentimentos nessa fase faz com que sorrisos, lágrimas
e até mesmo medos se manifestem quando determinado personagem,
acompanhado de sua trilha musical, surge na tela. Se você pertence a gerações
mais antigas, tente se lembrar da abertura de desenhos como Popeye, Pica-Pau
ou Pantera Cor de Rosa. Praticamente impossível não esboçar nenhum bom
sentimento diante dessa lembrança, não é mesmo? Isso também vale para as
gerações mais atuais e as memoráveis trilhas de Frozen, Toy Story, entre várias
outras. Quais são as sensações que essas músicas te trazem?
Minha infância foi marcada por músicas interpretadas por apresentadores
mirins, como a Turma do Balão Mágico, de séries como o Sítio do Pica-Pau
Amarelo, e de programas especiais como Plunct Plact Zum e Arca de Noé,
que contavam com a participação de grandes nomes da MPB. Nossa, que
recordação incrível! Talvez você não faça ideia do que estou falando, mas
pertença à turma que curtia Xuxa ou agora curte Anitta. Independentemente
da época, as músicas da nossa infância são únicas. Creio que nesses poucos
parágrafos você já tenha percebido isso!
Além das cinco músicas listadas, você pode (e deve) adicionar quantas mais
vierem à cabeça na sua playlist. Dedique um tempo para ouvir cada uma e
transfira para o papel tudo aquilo que seu coração mandar. Esse exercício é
libertador! Por meio dele, conseguimos relembrar bons momentos com nossos
pais, familiares, amigos de infância e professores! Aliás, quem não se lembra
das músicas que aprendeu na escola?
Segundo Osho, a música mais antiga do universo é o som de nossa própria
existência. Músicas de infância são um meio eficaz de mantermos contato com
nossa criança interior. Sim, aquela criança que fomos um dia, pura e inocente,
que cantava, pulava e dançava ao som de sua música preferida, sem dar a
menor importância para letra, ritmo ou voz. Aquela criança que um dia ficou
para trás devido aos problemas do dia a dia, mas que permanece sempre viva
dentro de nós. Aproveite essa oportunidade e traga sua essência de volta! Essa
conexão faz com que você se lembre de quem realmente é.
Talvez você nunca tenha parado para avaliar a importância que a música
tem na sua vida como agora. Afinal, ela é parte do nosso dia a dia desde que
nascemos. Mas, ao que tudo indica, sem a música nossa existência neste
mundo não seria tão boa. Nem o homem seria tão evoluído. Tema de vários
estudos, a relevância da música para o desenvolvimento humano ganhou
repercussão após a publicação, em 1993, de um artigo sobre o chamado efeito
Mozart. Após ouvirem a sonata para piano K 448 de Mozart, as pessoas
avaliadas demonstraram melhores habilidades de raciocínio, segundo os
pesquisadores.
Desde então, a ciência tem contestado ou apoiado a conclusão destes
estudiosos em diferentes pesquisas. Independentemente de opiniões contrárias
ou não, um fato é certo: a música é capaz de impactar nossas vidas, incluindo
nossa saúde física e emocional. Pesquisas favoráveis à descoberta do efeito
Mozart têm demonstrado que estímulos musicais ativam as vias fisiológicas
que modulam as respostas do nosso corpo. Muitas alegam que ouvir nossa
música preferida beneficia a função cardíaca e neurológica.
Atualmente, a neurociência também tem se interessado pelos impactos da
música no cérebro humano. Autor do livro The Upward Spiral, Alex Korb,
pesquisador com pós-doutorado em neurociência na Universidade da
Califórnia, nos aconselha ao ouvir as músicas da época mais feliz de nossas
vidas com o objetivo de tornar nosso cérebro (e, consequentemente, nossa
realidade!) mais feliz.
De acordo com ele, a música é capaz de ativar memórias de lugares e
situações vividas por nós. Caso tenhamos sido muito felizes na infância e
adolescência, basta ouvirmos a música que mais gostávamos naquele período
para que sejamos imediatamente transportados para esse “lugar feliz”. E isso
afeta diretamente nosso humor. “A música tem a habilidade de nos lembrar de
ambientes em que ouvimos essa canção. Isso é feito por uma estrutura límbica
chamada hipocampo, que é muito importante para o contexto da memória
dependente”, explica Korb. Ao ouvirmos determinada música, portanto, nos
sentimos conectados aos momentos em que fomos felizes. Essa memória se
torna mais presente em nossas vidas.
Confesso que nunca tinha ouvido falar de Alex Korb quando me propus a
desligar a TV e ouvir minhas músicas de infância e adolescência. Mas sei o
quanto sua constatação, que respalda tudo o que proponho aqui, é verdadeira.
Ao que tudo indica, ouvir nossas músicas preferidas parece algo simples e
muito divertido. Mas sei que para algumas pessoas isso não é tão fácil quanto
parece.
Devemos nos lembrar que nem todas as pessoas têm boas recordações da
infância. Se for esse seu caso, sugiro que tente superar esse desafio de acordo
com seu ritmo. Manifeste amor por você mesmo e permita que os momentos
felizes (sei que eles existem!) desta época de sua vida sejam, nem que por
apenas um instante, mais relevantes. Aos poucos, você conseguirá alcançar seu
objetivo.
Conforme disse anteriormente, essa semana não terá espaços dedicados
para relatos diários, já que você pode ouvir suas músicas da infância e
adolescência aleatoriamente. Porém, reforço que é superimportante que você
reserve um tempo para escrever sobre suas impressões e emoções. Para te
incentivar um pouco mais, peço que reflita sobre as perguntas abaixo e depois
coloque tudo o que sente no papel.

1) No total, quantas músicas de sua infância você selecionou?

2) Entre elas, você consegue selecionar as cinco preferidas? (Podem ser as


cinco já mencionadas ou não.)

3) A qual época da sua infância essas cinco músicas remetem?

4) Você consegue se lembrar dos momentos em que ouviu essas músicas e


com quem estava?

5) Faça um breve relato de como foram esses momentos.

6) Quais sentimentos e lembranças essas músicas te trazem?


7) Como você se sentiu depois de ouvi-las?

A proposta principal desta semana é motivá-lo a ter bons pensamentos e


sentimentos, tornando-o mais autoconsciente. Isso permite que você faça
melhores escolhas na sua vida, capacitando-o a cocriar tudo aquilo que
realmente deseja. Por isso, é tão necessário ter acesso a essas memórias. São
elas que nos fazem lembrar de muitas situações que se perderam no meio do
caminho.
Nem sempre nossas lembranças são boas e, nesse caso, precisamos encará-
las com compaixão e respeito a nós mesmos, a nossa história. Devemos
sempre valorizar nossa luz e respeitar nossas sombras. Elas fazem parte da
nossa existência, são parte daquilo que somos. Encarar nossas sombras
permite que a gente se ame e aceite de jeito que é. Também nos permite
controlá-las de forma mais consciente.
De volta à adolescência
Assim como as músicas de infância, as músicas da adolescência nos
remetem a uma época memorável. A transição da infância para a fase adulta é
realmente transformadora! Ingenuamente, achamos que somos experientes e
sabemos tudo. Somos injustiçados, incompreendidos, ao mesmo tempo em
que somos os únicos capazes de mudar o mundo. Você já percebeu o quanto
as músicas desta época refletem esse comportamento?
Lembro que aos 18 anos não entendia o que os adultos faziam, a forma
como se comportavam diante das adversidades. Ao meu ver tudo aquilo era
muito, mas muito errado. Foi com base nesta visão de mundo que me tornei
uma pessoa diferente, até para a família ou pelo menos achava que tinha me
tornado. As letras de Raul Seixas eram as que melhor me representavam.
Sempre presente na minha vida – eu tocava violão, meu pai tocava órgão e
violão e minha mãe e tios sempre gostaram –, a música era o recurso que eu
mais usava para expressar meus sentimentos. Além de Raul Seixas, minha
playlist era formada por Legião Urbana, Cazuza, Barão Vermelho, Pink Floyd,
Michael Jackson e, logicamente, Elis Regina! E esses são apenas alguns
exemplos.
Quando mencionei sobre o quanto as músicas da infância e adolescência
me permitiram enxergar meu verdadeiro propósito de vida, acredite é verdade.
Sempre soube qual era meu propósito, mas a realidade fez com que o
reprimisse. Por se tratar de uma das expressões artísticas mais democrática e
acessível que existe, a música nos permite manter contato com nossa essência.
Isso me fez perceber que, assim como a vida, a arte flui continuamente.
Quando pensamos que tudo já foi criado, nos deparamos com uma nova
forma de arte, completamente diferente de tudo que já existe. Esse movimento
tem total conexão com nossa capacidade de nos descobrir e redescobrir o
tempo todo. A autoconsciência, assim como a arte, é contínua. Por isso,
devemos estar sempre antenados com o universo artístico, principalmente com
a música.
O fato de nos descobrir e redescobrir o tempo todo vai muito de encontro
aos vários níveis de compreensão da realidade, mencionados pelo Prof. Hélio
Couto. Conforme expandimos, passamos a enxergar tudo de forma diferente.
Para compreender melhor esse processo, basta avaliar minha relação com as
músicas de Raul Seixas. Quando tinha 16 anos, ouvia suas músicas para
justificar minha rebeldia. Hoje, minha percepção é completamente diferente.
Com o tempo, notei que Raul Seixas tinha um enorme conhecimento
sobre questões relacionadas à autoconsciência, a todos os temas que
atualmente tanto nos interessam. Meu amigo Pedro é um exemplo disso. Quem
desconhece seu verdadeiro sentido pode achar que nesta música ele não está
dizendo nada com nada. Mas, hoje sabemos o verdadeiro valor desta
mensagem.
Diferentemente das músicas de infância, as músicas da adolescência
permanecem conosco. São uma parte fundamental da nossa trajetória.
Podemos perceber isso a partir do nosso gosto musical. Mesmo que algo novo
apareça, dificilmente vamos ignorar a música que remete ao nosso primeiro
beijo, à viagem com nossos amigos de colégio ou àquela festa de família.
Termos consciência do quanto essas experiências são mágicas, únicas, nos
fazem valorizar ainda mais quem somos e tudo aquilo que temos.
Espero que ao ouvir as músicas de adolescência suas lembranças sejam tão
boas quanto as da infância. Minha experiência com esse processo pode ajudá-
lo a refletir melhor sobre o seu. No final, as realidades em muito se
assemelham. Acredito que você tenha se identificado com algumas coisas que
foram relatadas aqui. Agora é sua vez de novamente colocar os sentimentos no
papel. Abaixo estão outras perguntinhas para te auxiliar. Seja bem sincero
consigo mesmo, ok!

“Sem a música, a vida seria um erro.” (Nietzsche)

1) Entre as músicas que constam na sua playlist de adolescência, quais delas


traduzem melhor o seu comportamento na época?

2) Qual estilo você curtia mais? Por quê?

2) Quais lembranças essas músicas te trazem? Quais sentimentos elas


provocam?

4) Fazendo uma análise das letras dessas músicas, hoje você percebe alguma
mudança na sua forma de interpretá-las e nos seus sentimentos antes e
agora. Quais foram essas mudanças?

5) Você ainda gosta dessas músicas? Transmite esse gosto musical para
filhos, sobrinhos, conhecidos? Como você se sente ao fazer isso?

6) Alguma coisa mudou no seu gosto musical desde então? Por quê?

Segunda semana da Reprô chegando ao fim! Foram duas semanas bastante


intensas, de altos e baixos. Mas, ainda tem mais pela frente. Talvez você já
tenha percebido que esse processo é apenas o início de uma extensa jornada.
A Reprô é apenas o começo do seu caminho rumo à evolução. De agora em
diante, preste sempre muito atenção a tudo que você sente e pensa.
O fato de parar de reclamar melhora (muito mesmo!) sua frequência. Ouvir
suas músicas preferidas faz com que sua energia se eleve ainda mais. Por isso,
use e abuse de sua playlist para se manter na frequência da alegria, na energia
do amor! A meta até aqui é fazer com que nos momentos em que sua energia
oscila, você se recupere e volte a vibrar no amor. Para conseguir isso, acredite,
não há nada melhor do que escutar uma boa música.
Peço que continue escutando suas músicas até o final da Reprô. Isso vai te
ajudar nas próximas etapas.

Ouçam a Reprô Online na plataforma Vivências e Cursos Iniciáticos! Lá na plataforma, você


pode conhecer as demais Reprôs e ouvir quando e onde quiser!
Acesse o site: www.vivenciascursosiniciaticos.com.br
“Eu acho que o escr or verdadeiro é aquele que escreve sobre o que ele
viveu.” (Jorge Amado)

Além de trazer à tona sentimentos que, muitas vezes, preferimos deixar


escondidos debaixo do tapete, a Reprô nos desafia a colocá-los no papel. Sei
que muitas pessoas travam diante de uma folha em branco. Porém, o objetivo
aqui não é avaliar a forma como escrevemos, mas sim estarmos cientes do
quanto evoluímos até agora. Deixar que as palavras corram soltas faz com que
ao lê-las consigamos respeitar cada detalhe de nossa história. Se não
tivéssemos enfrentado e superado os obstáculos que surgiram no passado,
certamente jamais teríamos chegado até aqui!
Digo isso para te motivar, pois agora a escrita será intensa! Por causa disso,
muitos participantes da plataforma de vídeo da Reprô desistiram do processo.
Sei que esse não é o seu caso. Afinal, estamos escrevendo desde a primeira
semana! Mas acho importante mencionar o fato para que você não caia na
armadilha do “não consigo”. Lembre-se que esse é o seu ego querendo te
sabotar.
A terceira semana da Reprô promete emoção intensa. Pelo título, já deu para
perceber que você agora irá contar a história da sua vida. Como a ideia é deixar
o ego de lado, vamos a partir de agora passar a escrever tudo na terceira
pessoa. O personagem principal desta história continua sendo você, mas a
partir de sua visão sobre si mesmo. Mais do que se conhecer a fundo, escrever
na terceira pessoa te motivará a fazer uma autoanálise e a manifestar mais
compaixão e empatia por quem você se tornou.
Escrever a própria história exige que recordemos nossa infância – use sua
playlist como apoio –, fazendo uma ligação entre o passado e o presente.
Narrar essa trajetória possibilita conhecer melhor nosso mundo interno,
enxergando o quanto daquilo que carregamos dentro de nós se reflete no
mundo externo. Nosso comportamento diante de oportunidades e problemas
revela quem somos internamente. Por isso é tão importante dedicarmos um
tempo para nos conhecer melhor. Isso permite descobrir – ou redescobrir –
nossa verdadeira personalidade, aquilo que gostamos, não gostamos ou
acabamos gostando para agradar os outros.
Quando conhecemos nosso verdadeiro eu, percebemos que nem sempre
estamos certos, nem sempre nossas atitudes beneficiam a todos, mas que
podemos mudar sempre que desejarmos. Somos capazes de melhorar o tempo
todo! Precisamos apenas dedicar um tempo para nos compreender. Espero
que, com isso, você entenda porque considero a terceira semana da Reprô
fundamental para sua mudança.

“O melhor de tudo é o que penso e sinto, pelo menos posso escrever; senão,
me asfixiaria completamente.” (Anne Frank)

Mesmo que o processo seja doloroso – lembrando que nem todos tivemos
uma infância/adolescência feliz –, respeite sua dor e reconheça que ela
também contribuiu para que você se tornasse quem é. Encare-a, não a deixe de
lado nesse momento! Essa é oportunidade para você se livrar definitivamente
de suas dores e de impedir que, futuramente, elas se manifestem sob a forma
de doenças.

“A pena é a língua da alma.” (Miguel de Cervantes)

Pesquisas sobre os benefícios de escrever nossa história de vida existem, a


exemplo de um estudo recente, publicado em 2018, que constatou que a
chamada terapia da escrita era tão eficaz quanto a terapia convencional no
tratamento de adultos com transtorno de estresse pós-traumático. Os
pesquisadores consideraram que escrever sobre nossas experiências faz com
que a gente processe sentimentos que evitamos pensar ou compartilhar.
Escrever sobre um trauma também é considerado uma terapia eficiente,
segundo dados de uma pesquisa mais antiga, realizada em 1997. Neste estudo,
pessoas foram convidadas a passar três dias escrevendo sobre um evento
traumático. Passado algum tempo, elas relataram sofrer menos doenças e
sintomas de depressão.
Essas informações dão a certeza do quanto esse processo pode contribuir
para sua autoconsciência. Relatos de estudos menores apontam para outras
vantagens deste método, incluindo autoaceitação, redução da ansiedade,
energia elevada, visão mais positiva da vida e maior conexão com as pessoas.
Escrever sobre nossas histórias, portanto, faz com que a gente se veja de uma
forma como nunca nos vimos antes.
Para te ajudar a iniciar esse processo, vou listar abaixo umas dicas valiosas,
que me auxiliaram bastante quando decidi escrever sobre mim e que podem te
ajudar a fazer o mesmo:
• Escreva todos os dias no mesmo horário. Isso faz com que a gente crie
uma rotina e não abandone o processo no meio. Qualquer hora é hora. Pode
ser durante o café da manhã ou antes de dormir. Só não esteja cansado demais,
senão você pode perder o pique;
• Determine um tempo para escrever. Nos dois primeiros dias dedique 10
a 15 minutos. Depois aumente para 20 minutos ou mais;
• Não se preocupe com ortografia e gramática. Lembre-se que neste
momento apenas você irá ler o que escreveu. Se quiser mostrar para alguém ou
mesmo publicar suas memórias, você pode se dedicar melhor a isso depois.
Querer escrever de forma impecável agora só limita a colocar seus sentimentos
no papel;
• Use um gravador. Se você não sabe por onde começar, pode usá-lo no
primeiro dia para colocar as lembranças em ordem. Transcreva-as e depois
continue escrevendo. Não vale usar esse recurso todos os dias, nem mesmo
deixar de colocar tudo o que recordou no papel, combinado!?
• Temos o hábito de escrever no computador, não é mesmo? Mas
encontrei os dados de uma pesquisa que consideram escrever à mão mil vezes
melhor para o cérebro. Eles indicam que a caligrafia é capaz de ativar partes do
cérebro responsáveis pela memória de curto e longo prazo. O processo mais
lento também melhora a atenção e o processamento de informações, já que
você precisa se concentrar na formação de letras e palavras. Então aproveite
esse momento para turbinar seu cérebro também!
Puxar da memória nossas lembranças de infância e adolescência nem
sempre é tão fácil quanto parece. É normal esquecer uma coisa ou outra.
Nesse caso, você pode pedir ajuda para um de seus pais ou mesmo um parente
próximo. Uma vez fiz isso com minha avó e deu bastante certo. Consegui
lembrar de uma tia que me achava muito quieta. Tanto a ponto de pensar que
eu era muda!! Isso só porque minha mãe me colocava sentada no sofá e me
pedia para ficar quietinha. E eu ficava. Recordar essa situação me fez rir muito.
Espero que você se divirta ao lembrar de alguns episódios que ficaram
esquecidos.
Se você não tiver ninguém por perto para conversar, outra dica interessante
é montar uma linha do tempo. Lembre-se dos lugares que você morou ou as
escolas que frequentou, por exemplo, e escreva sobre suas experiências. Pegar
uma foto antiga ou ouvir a música da sua playlist da infância e da adolescência
e escrever sobre tudo aquilo que elas te remetem é outro ótimo recurso. Para
te ajudar ainda mais, sugiro que organize suas memórias, dividindo os fatos
mais importantes de acordo com ano ou a década em que aconteceram. O
espaço a seguir é um exemplo que pode auxiliá-lo a listar cinco acontecimentos
de sua vida quando você tinha entre cinco e dez anos de idade.

“Nenhum escr or pode criar do nada. Mesmo quando ele não sabe, está
usando experiê\ncias vividas, lidas ou ouvidas, e até mesmo pressen das por
uma espécie de sexto sen do.” (Érico Veríssimo)
Monte várias listas como essa! Elas, com certeza, irão te ajudar a relembrar
momentos marcantes e a dar o pontapé inicial desta terceira semana. Você
pode listar os acontecimentos da forma que quiser, até com desenhos se achar
melhor. Mas, não se esqueça que ao contar cada um deles em detalhes é
necessário escrever na terceira pessoa. Usando meu caso como exemplo:
“Patrícia era uma criança distraída, que gostava de brincar sozinha. Ela tinha
amigos imaginários e não era muito comunicativa...”.
Escrever na terceira pessoa possibilita que a gente se conheça melhor.
Afinal, estamos aqui com o propósito de evoluir, apenas isso. E para continuar
evoluindo, devemos, vira e mexe (acredito sempre), nos autoanalisar, avaliar o
que podemos melhorar, mudar e transformar em nós mesmos. Isso deve ser
visto de forma natural, assim como escovar os dentes.
As oportunidades e os obstáculos estão presentes em nossas vidas, o
tempo todo. Encarar cada um desses momentos com naturalidade e alegria é
um desafio necessário. Existem milhares de crenças que nos impedem de ver a
vida desta forma, por isso as reflexões que você fará essa semana são tão
importantes. Aproveite para se tornar o seu próprio observador. Isso também
faz com que você observe melhor a qualidade de seus pensamentos e
sentimentos!
Assim como as músicas da infância e adolescência, sei que a maioria tem
histórias tristes para relembrar. Na realidade, quem não as tem? E, neste caso,
não existe comparação. Cada um tem sua dor, uns a sentem mais, outros
menos. Não devemos julgar a nossa e muito menos a dor do outro. Mas, como
disse anteriormente, devemos respirar fundo e encarar nossas dores. Cada vez
que manifestamos um sentimento ruim diante de qualquer coisa que
desejamos, sabemos qual será o resultado. Sei que você tem coragem para
deixar suas dores pessoais para trás. Dê a você mesmo a chance de superá-las.
No item 3 das dicas para escrever melhor sobre si mesmo, pedi para que
você não se preocupasse com as regras gramaticais e que, se caso quisesse
compartilhar com alguém suas memórias, que se dedicasse a isso depois. Além
da preocupação ortográfica, escrever com a intenção de compartilhar sua
história com um amigo ou familiar logo de cara pode te travar na hora de
escrever. O medo de ser julgado atrapalha, impedindo que você seja sincero
consigo mesmo. Caso mais tarde você perceba que sua vida realmente rende
um livro, que bom, siga em frente! Mas peço que agora passe por essa
experiência sozinho.
A partir do momento em que você se conhece melhor, em que ganha mais
autoconfiança, é possível sim compartilhar suas memórias. Essa iniciativa aliás
é bem interessante, pois nos permite avaliar se a forma como nos vemos é a
mesma forma com que os outros nos veem. Nem sempre as pessoas com
quem você se relaciona têm a mesma percepção que você tem a seu respeito.
Normalmente, amigos e familiares têm uma visão muito mais positiva e
realista de nós. Quando terminar a Reprô, avalie se você está pronto para essa
troca – sei que estará! – e como ela vai te beneficiar.
Creio que eu não tenha contado que quando decidi montar a Reprô e
escolher os exercícios que iriam compor essas seis semanas, recebi o auxílio e a
orientação do Prof. Hélio Couto, a quem carinhosamente chamo de Mestrão.
Durante nossas reuniões, perguntava a ele o que achava sobre determinado
tema e relatava alguns resultados que eu tinha obtido com cada um deles. Sem
perceber, estava compartilhando a minha visão a respeito de mim mesma com
outra pessoa de minha total confiança.
Curando a criança interior
Esses exercícios, na realidade, não surgiram por acaso, nem mesmo depois
destas reuniões. Eles são resultado de práticas que resolvi vivenciar depois de
estudar sobre Programação Neurolinguística (PNL). Caso você já tenha
ouvido falar, mas ainda não sabe direito o significado, a PNL é uma técnica
que permite reprogramar nossa estrutura interna, com a finalidade de atingir
nossos objetivos. Meu interesse pelo assunto surgiu quando tinha 15 anos de
idade. Mesmo novinha, compreendi que esse era o primeiro passo de uma
extensa jornada. Foi a PNL, sem dúvida, um dos caminhos que me levaram à
Mecânica Quântica.
Compreender ainda mais como o cérebro funcionava, na prática, me
motivou a fazer esse laboratório interno. Já perdi as contas de quantas vezes
escrevi sobre minha história antes de chegar até aqui. Nesse caso,
particularmente, eu queria curar a minha criança interior. Escrever na terceira
pessoa foi a forma que achei para conseguir isso. Lembro que a primeira vez
que pratiquei esse exercício, encontrei uma criança solitária, injustiçada e triste.
Hoje, quando olho para essa mesma criança, vejo uma menina forte, com
coragem para enfrentar seus medos, que não gosta de permanecer na zona de
conforto e está sempre interessada em aprender coisas novas.
Perceba o quanto minha criança interior mudou desde então. Ela está
praticamente curada! Para curar realmente a nossa criança interior precisamos
perdoar não apenas a nós mesmos por termos abandonado nossa essência
para nos adaptar às expectativas da sociedade, mas também nossos pais, avós e
ancestrais. O exercício do perdão, necessário para que possamos evoluir de
fato, pode ser praticado de várias formas. Escrever nossa própria história é
uma delas.

“Escrevo para não falar sozinho!” (Cazuza)

Talvez a princípio o perdão seja difícil para algumas pessoas. Afinal,


perdoar não é somente dizer “eu perdoo” da boca pra fora. É falar com o
coração. Perdoar é se libertar e libertar o outro de uma carga de sentimentos
negativos. Quando permanecemos presos a uma determinada situação,
culpando os outros por aquilo ter acontecido, perdoar se torna praticamente
impossível. Mas quando nos damos a oportunidade de praticar o perdão
sincero, realmente nos libertamos de tudo isso.
Perdoar nossos pais, avós e ancestrais não apenas nos liberta, como
também beneficia nossas gerações futuras. Devemos compreender que nossos
familiares nos amam da forma que aprenderam a amar. Muitas famílias têm
padrões, crenças e limitações enraizados, que perduram e se repetem, há
séculos. Praticar o verdadeiro perdão, com amor e sinceridade, é capaz de
colocar um ponto-final em um ciclo aparentemente sem fim. Logicamente,
isso não acontece do dia para a noite. Nem mesmo se encerra com a prática
deste exercício durante uma semana. Não existe passe de mágica. Perdoar,
assim como amar, exige esforço e dedicação. E nem todos estão dispostos a
isso, mas sei o quanto você está!
Tenha um diário
Quando me propus a fazer esse exercício pela primeira vez, decidi que o
faria até o final da minha vida neste planeta. Cada vez que o refaço, descubro
coisas novas a meu respeito e sobre meu mundo interno, pois sei que o mundo
externo é apenas um reflexo de tudo aquilo que carrego dentro de mim.
Diversão para mim hoje é acessar meu conhecimento interno. Quando nos
damos conta da grandiosidade que somos por dentro, nos viciamos em nos
conhecer. Confesso que, às vezes, o mundo externo me parece sem graça, já
que o interno é tão rico.
Isso me faz pensar no monte de coisas sobre nós que ainda temos de
descobrir. Penso também nas milhares de pessoas que vivem apenas o externo
e nunca se deram a oportunidade de olhar para dentro. Pessoas que nunca se
questionaram sobre quem são, o que realmente gostam ou o que pensam a
respeito de si mesmas. Esse exercício não nos permite cair na armadilha de
viver somente no mundo externo. Na realidade, ele é um passaporte para
reencontrarmos nossa verdadeira essência.
Além de não reclamar e ouvir suas músicas de infância e adolescência, você
pode tornar o ato de escrever sua própria história uma rotina. Lembre-se de
sempre reservar um espaço na sua agenda para isso. Você também pode
escrever um diário. Esse é um recurso que vai ajudá-lo a refletir melhor sobre
seu comportamento diante das situações do dia a dia. Uma forma de perceber
o quanto tem evoluído e o que ainda é necessário melhorar.
Mesmo que refaça esse exercício daqui a três meses ou um ano, você
notará o quanto está diferente do que era. Quem se dedica a evoluir é capaz de
promover mudanças, de criar movimento em sua vida, diferentemente de
quem permanece eternamente agarrado a crenças e limitações. Além de se
manterem sempre no mesmo lugar, pessoas que se mantêm fiéis a padrões
repetitivos, às crenças da infância que geram medos e preconceitos, dificultam
a expansão do Universo. Se esse livro chegou até você, seu propósito também
é contribuir com essa expansão.
Somente nossa mudança interna nos torna capazes de mudar o mundo.
Infelizmente, ou felizmente para poucos, vivemos em um sistema que alimenta
nossos medos e, com isso, nos impede de confiar em nossa própria capacidade
de ser e de amar de forma incondicional. Quando esse condicionamento deixa
de fazer sentido, muitas pessoas manifestam drama e revolta, o que também
não leva a nada. A única saída, nesse caso, é se divertir.
Você pode estar se perguntando: mas como é possível se divertir diante de
tantos problemas acontecendo no mundo? A gente se diverte quando faz
aquilo que realmente ama e estamos cercados de pessoas que fazem a
diferença, por exemplo. Cada um se diverte à sua maneira, não é mesmo!? Mas,
não reserve a diversão para momentos especiais. Busque torná-la parte do seu
dia a dia. Sinta-se alegre pelo simples fato de existir. Não espere ficar rico, ser
magro ou ser o mais inteligente para ser alegre. Sinta-se feliz por ser quem é,
por tudo aquilo que você tem hoje. A gratidão é uma forma de nos
mantermos alegres o tempo todo.
A alegria nos afasta da negatividade. Ela nos torna mais leves, mais
criativos. A criatividade nos aproxima do nosso lado artístico, da nossa
capacidade de encontrar soluções para qualquer problema. Quando
permitimos que a arte faça parte do nosso dia a dia, a vida começa a fluir.
Perceba que arte é um dom presente em cada um de nós. Cada um de nós é
sempre muito bom em alguma coisa. Isso é arte! Quando estamos alegres,
nosso lado artístico se manifesta com intensidade. Somente a arte é capaz de
quebrar as nossas resistências.
Mesmo que seja difícil no começo, peço que encare o desafio de escrever a
história de sua vida de forma alegre. Divirta-se com esse processo e note
como cada linha flui com tranquilidade. Escrever sua própria história sem
resistências, com pureza, certamente, te deixará mais próximo de seu eu
interior. Use as próximas páginas para expor suas experiências e seus
aprendizados durante essa semana. Valorize cada momento de sua história e,
caso seja necessário, faça as pazes consigo mesmo!

“Eu não escrevo em português. Escrevo eu mesmo.” (Fernando Pessoa)


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“O futuro não é um lugar onde estamos indo, mas um lugar que estamos
criando. O caminho para ele não é encontrado, mas construído e o ato de
fazê-lo muda tanto o realizador quando o des no.” (Antoine de Saint-
Exupéry)

Depois de contar sua própria história, desde a infância, a proposta desta


quarta semana da Reprô é fazê-lo embarcar em uma viagem ao futuro. Se antes
tudo o que foi escrito estava apoiado em fatos e experiências, muitas vezes
difíceis, o desafio agora é soltar a imaginação e pensar como e onde você quer
estar daqui cinco anos. Mais conhecido como Causação Descendente, esse
processo é explicado pelo Prof. Hélio Couto da seguinte forma:
“Quando planejamos do futuro para o presente, alteramos o presente.
Quando estipulamos que dentro de 30 anos estaremos de uma
determinada forma, que faremos isso ou aquilo, e visualizamos isso,
colocamos em ação forças que mudarão o presente, para que possamos
chegar naquele futuro antevisto. O tempo que volta para trás. Todos
sabem que na Mecânica Quântica não existe passado, presente ou
futuro. É tudo apenas um continuum temporal. Portanto, está dentro
das leis da física que o futuro afeta o presente, bastando definir qual é o
futuro que queremos. Fazer um Planejamento de Causação
Descendente é fundamental na vida”.
Quem de nós nunca sonhou em ser feliz, não é mesmo? Mas, para você, o
que é felicidade neste exato momento? Para muitos felicidade pode significar
comprar uma casa, ingressar em algum curso, fazer uma viagem ao redor do
mundo, participar de um trabalho voluntário ou mesmo dedicar um tempo
para conhecer melhor a si mesmo. Por mais absurdos que pareçam, todos
nossos sonhos devem ser respeitados.

“O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente.” (Mahatma Gandhi)


O único problema é quando sonhamos demais, mas não concretizamos
absolutamente nada. Você se lembra de todas suas promessas feitas na virada
do ano ou daquela dieta que sempre vai começar na segunda-feira? Perceba
que, sem planejamento, nossos planos dificilmente se concretizam. Por isso,
criar nosso próprio futuro é tão importante.
Assim como o planejamento comum, a Causação Descendente nos
incentiva a colocar no papel a forma como nos vemos daqui a cinco ou dez
anos, a termos a sensação de conquistar tudo aquilo que desejamos e a
aprimorar nossa capacidade de soltar. Mais do que traçar um plano para o
futuro, esse processo nos revela quem somos, onde queremos chegar e,
principalmente, nos ensina a confiar no Universo.
O diálogo entre Alice e o Gato, no livro Alice no País das Maravilhas, é para
mim o que melhor representa a importância da Causação Descendente:

“Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para ir embora
daqui?”
“Depende bastante de para onde quer ir”, respondeu o Gato.
“Não me importa muito para onde”, disse Alice.
“Então não importa que caminho tome”, disse o Gato.

Você já parou para pensar para onde que ir? Caso sim, acredito que a Reprô
irá te ajudar a colocar seu plano em ação. Sugiro que durante essa semana você
reveja cada ponto e, se sentir necessidade, faça os ajustes necessários. Caso
não, essa é a oportunidade de começar a desenhar seu futuro.
Antes de começarmos, é interessante mencionar que a capacidade do
cérebro de planejar o futuro também é tema de vários estudos. Atualmente, o
interesse sobre o assunto é grande, mas confesso que dados de artigos
publicados na década de 1980 me chamaram a atenção.

“Cada sonho que você deixa pra trás, é um pedaço do seu futuro que deixa
de exis r.” (Steve Jobs)
Intitulado “Memory of the future”: an essay on the temporal organization of conscious
awareness (algo como “Memória do futuro”: um ensaio sobre a organização temporal da
consciência), o texto do pesquisador David Ingvar destaca que regiões do córtex
pré-frontal do cérebro são responsáveis pelo planejamento, pela previsão e
programação de nossas ações mais complexas, entre elas as “memórias do
futuro”. O neurocientista Endel Tulving, por sua vez, defende que a memória
episódica – conhecida como um sistema de memória que armazena
lembranças de experiências pessoais – permite que os indivíduos se envolvam
em “viagens mentais no tempo”, tanto no passado quanto no futuro, sendo
essa capacidade exclusivamente humana.
Especialistas sobre o tema afirmam que uma vida planejada nos oferece
orientação, controle, paz, paixão, capacitação e liberdade. Complemento essa
lista dizendo que a Causação Descendente é o mapa que nos leva em direção
ao nosso verdadeiro propósito de vida. Esse mapa está disponível dentro de
cada um nós. Essa semana, certamente, irá te ajudar a descobri-lo!
Vamos dar início ao processo fazendo aquele aquecimento já conhecido.
Nesse caso, acho importante escrever algumas linhas sobre como está sua vida
neste exato momento. Peço que use o espaço abaixo para fazer um pequeno
resumo sobre sua vida pessoal, profissional, financeira,
emocional/relacionamentos, espiritual e também sobre sua saúde:

“Conta-me o teu passado e saberei o teu futuro.” (Confúcio)


Acredito que, ao colocar essas informações no papel, você tenha
identificado quais áreas de sua vida exigem um pouco mais de atenção. Talvez
aquela área que não está muito boa neste momento, a partir desta percepção,
nem seja prioritária no seu planejamento para os próximos cinco anos. Mas,
saiba que para chegar lá, é importante manter os diferentes aspectos de sua
vida em equilíbrio. Por isso, vou pedir que no espaço a seguir você dê uma
nota de 0 a 10 para cada uma destas áreas:
Com base nessas notas, vou pedir para que reflita sobre os aspectos
relacionados a cada área que precisam e podem ser melhorados. Coloque no
espaço abaixo quais atitudes você acha que precisa tomar para obter os
resultados esperados:
Estando bem ciente de como e onde você está neste exato momento fica
mais fácil saber quais ações devem ser tomadas para alcançar seus objetivos
nos próximos cinco anos. Não importa se você precisa melhorar apenas uma
área ou mesmo todas! O que vale aqui é ter consciência de quem somos hoje e
termos muito amor por nós mesmos. Para aprimorar as áreas que exigem mais
atenção, sugiro que você se estipule pequenas metas. O simples fato de
participar da Reprô significa que você já está no caminho certo. Tenha certeza
disso!
Planejar é preciso!
Sempre achei importante saber como eu seria daqui a cinco, dez ou até
mesmo 30 anos. Independentemente da idade, temos sempre que planejar
como e onde queremos estar no futuro. Desde a adolescência tenho feito esse
exercício, não com o propósito de conquistar recursos materiais, isso é apenas
uma consequência de quem somos, mas sim de me tornar uma pessoa melhor
por meio das minhas conquistas.
Atualmente, tenho minha própria agência de publicidade e marketing
digital. Isso era algo que sonhava há muito tempo, mesmo sabendo que
poderia acontecer ou não, pois, assim como orienta a Causação Descendente,
sabia que podia desejar, mas que para conseguir, deveria soltar. Não vou dizer
que tudo aconteceu do dia para noite. Quem vive a Mecânica Quântica sabe
que mais do que alcançar nossos desejos devemos estar prontos para recebê-
los.
Para ter uma agência apoiada na economia compassiva e na negociação
realizada – preceitos ensinados pelo Prof. Hélio Couto – e conseguir trabalhar
com minhas maiores paixões, a arte e a comunicação, confesso que tive de
trabalhar duro comigo mesma. Felizmente, contei com a orientação do próprio
Prof. Hélio para dar esse passo, já que inúmeras vezes perguntava a ele se já
estava preparada até alcançar um sim!
Hoje entendo que muitos nãos foram necessários para chegar até aqui. Só
assim pude perceber que as decisões que devemos tomar quando temos uma
empresa não podem envolver o ego, algo que vejo acontecer a todo momento.
Sei também que quando nossa intenção é válida, tudo começa a fluir. Para que
nosso desejo se manifeste, porém, é importante estar consciente, pois desafios
irão surgir o tempo todo e não podemos nos sabotar.
Toda vez que damos início a um novo plano, que pretendemos fazer algo
diferente, precisamos estar prontos para enfrentar os desafios. Você só não
terá problemas caso decida se isolar em sua própria caverna. Mas como isso é
quase impossível em nossa sociedade, aconselho que esteja preparado e,
principalmente, atento, pois o ego, muitas vezes disfarçado de medos e
inseguranças, atrapalha muito qualquer movimento de mudança.
Além da agência, a Reprô também foi algo planejado. Não de uma forma
tão estruturada, mas da vontade de transmitir o que aprendi e conquistei com
esse processo. Esses exercícios têm me auxiliado tanto que, em certo
momento, tive a sensação de que deveria passá-los para o maior número de
pessoas. Não com a pretensão de ensinar, pois apenas coloquei os
conhecimentos que adquiri em prática, mas com o propósito de fazer com que
muitas pessoas se sintam realizadas, alegres e equilibradas. E, com isso,
encontrem a paz, o amor e a clareza que procuram.
Superando os traumas
Sei que a Causação Descendente é um processo bem mais tranquilo
quando comparado ao anterior. Meu objetivo, no entanto, é deixá-lo ciente de
que quando você muda seu passado, seu futuro também muda. Por isso, pedi
que você listasse as atitudes que precisam ser tomadas agora para equilibrar os
diferentes aspectos de sua vida. Esses são os passos iniciais e necessários para
você se tornar desde já a pessoa que deseja ser nos próximos cinco anos.
Um ponto interessante deste processo é que quando você encara um
trauma do passado e muda sua percepção sobre ele – caso precise de apoio
para superar um trauma, sugiro que procure auxílio de um profissional –, seu
presente automaticamente muda. Ao sair do comando, mesmo que de forma
inconsciente, esse trauma deixa de ser sentido pelo seu eu do agora. O mesmo
movimento ocorre em relação ao futuro.
Quando você começa a planejar o seu futuro, passa a alterar o seu presente,
pois no seu presente você já está trabalhando para criar o seu futuro. Parece
confuso, né!? Leia novamente, com calma, e perceba o quanto isso faz sentido.
Como pratico a Causação Descendente desde sempre, posso afirmar que
minha vida é uma constante. Agora estou criando, daqui a pouco estou criando
novamente e... tudo acontece! No começo eu apenas agradecia as conquistas, o
que é superimportante, mas depois de pesquisar sobre o assunto, descobri que
na realidade sou uma sonhadora, ou seja, eu nunca paro de sonhar e de,
principalmente, criar e transportar esses sonhos para minha realidade.
Meu segredo, nesse caso, é sempre estar envolvida em novos projetos. São
eles que me permitem sonhar. Note que existem pessoas que vivem ligadas no
piloto automático. Tente falar com elas sobre um novo projeto. Simplesmente
nada acontece. Novos projetos precisam de pessoas sonhadoras, motivadas e
alegres. E isso independe do quanto elas irão faturar no final do mês. O
motivo maior é o de proporcionar o bem de todos. E existem inúmeras
formas de fazer isso.
Para promover o bem não é necessário se tornar um terapeuta quântico ou
profissional da saúde, mas sim fazer algo que o deixe feliz e, ao mesmo tempo,
contribua com o bem-estar do próximo e do planeta. Você pode, por exemplo,
apoiar pessoas que investem no desenvolvimento de plásticos biodegradáveis,
compartilhando informações sobre o tema e conscientizando os demais sobre
sua importância. Um ato simples, que, além de promover uma mudança
coletiva de comportamento, faz com que você ganhe mais conhecimento
sobre o assunto. Também é possível criar algo que tenha a ver com sua
profissão, que te permita ganhar dinheiro e ainda assim gerar mudanças
positivas. Para isso, basta usar sua criatividade!
Para incentivá-lo a fazer isso, vou pedir para que escreva abaixo algo que
realmente gosta e que poderia, por meio de sua iniciativa, ajudar a melhorar a
vida das pessoas. Você pode, por exemplo, gostar de dirigir e, com isso, levar
aquele seu vizinho que tanto precisa para fazer compras a cada 15 dias no
supermercado, por exemplo. Imagine o quanto você poderia fazê-lo feliz com
um simples gesto ao mesmo tempo em que está fazendo o que gosta! São
pequenas ações que geram grandes mudanças! Use sua imaginação!
Criando seu futuro
Cada vez que colocamos um projeto em ação, estamos criando e recriando
nosso futuro. Passamos a ter um objetivo, que começa a ganhar forma e
dimensão. Em cinco anos, você perceberá o quanto aquele projeto
embrionário cresceu e, com ele, você também. Dependendo da meta, é
possível que você não tenha retorno financeiro, especialmente quando se trata
de defender uma causa. Mas tenha certeza que isso de alguma forma o torna
próspero. Ter o propósito de ajudar já significa que você é próspero.
Por isso, quando começar a escrever sobre quem você será e onde estará
nos próximos anos, inclua também projetos sociais que você gostaria de
participar. Caso não queira, não há problema! Intencione alguma situação que
gostaria de ver resolvida. Isso contribui bastante. Eu, por exemplo, espero que
nos próximos cinco anos o uso aleatório do plástico seja proibido e que as
pessoas tenham de fato consciência sobre quão perigoso ele é. Tenho visto
resultados interessantes relacionados a essa minha intenção. Um deles é a
proibição do uso de plásticos descartáveis no comércio de São Paulo a partir
de 2021.
Estou te dando essas dicas para que você compreenda a importância da
Causação Descendente e sua responsabilidade neste processo. Você pode se
ver daqui cinco anos com muito dinheiro, comprando sua casa própria, o carro
dos seus sonhos ou mesmo fazendo aquela viagem. Mas, depois de encarar as
três primeiras semanas da Reprô e de chegar até aqui com o objetivo de se
transformar, acredito que desejar coisas somente para si seja muito pouco para
você. Pense como você pode por meio de seus atos e pensamentos também
contribuir para o futuro do planeta. Como se trata de uma experiência única,
somente sua, peço que nos próximos sete dias se dedique a se conhecer ainda
mais e coloque no papel tudo aquilo que você realmente sonha e acredita.
Para ter consciência do quanto você tem mudado, muitas vezes sem ter a
menor ideia, pois temos a tendência de achar que somos sempre iguais, peço
que dê uma olhadinha em seus posts antigos publicados no Facebook ou em
qualquer outra rede social. Outro dia resolvi fazer isso e, felizmente, consegui
notar que hoje meu ego está mais quietinho... Logicamente, ele permanece
comigo, mas já não domina as situações como antes. Agora sei que posso
acioná-lo sempre que preciso, sem permitir que ele tome as decisões. Espero
que nos próximos cinco anos, meu ego esteja ainda mais sob controle.
Se você, assim como eu há alguns anos, ainda vive um dia atrás do outro,
sem saber ao certo aonde quer chegar, saiba que a partir de agora tudo começa
a mudar. Mantenha-se consciente durante esse processo e use o espaço a
seguir para fazer as melhores escolhas para você e também para os demais.
Lembre-se que o mais importante na Causação Descendente é pedir, soltar
e, principalmente, confiar no Universo! Por isso, escreva tudo aquilo que
deseja... depois ao escrever durante essa semana tudo aquilo que deseja para si
e para o mundo simplesmente solte... não é para ficar lendo toda hora... não se
esqueça que a confiança faz toda a diferença neste processo! Solte e confie!

“O futuro do homem está ocu o no seu saber.” (Francis Bacon)


“Não podemos prever o futuro, mas podemos criá-lo.” (Peter Drucker)
Ouçam a Reprô Online na plataforma Vivências e Cursos Iniciáticos! Lá na plataforma, você
pode conhecer as demais Reprôs e ouvir quando e onde quiser!
Acesse o site: www.vivenciascursosiniciaticos.com.br
“O ho’oponopono é na realidade mu o simples. Para os an gos havaianos,
todos os problemas começam como pensamentos. No entanto, ter um
pensamento não é o problema. Então qual é o problema? O problema é que
todos os nossos pensamentos estão impregnados de memórias dolorosas —
memórias de pessoas, lugares ou coisas.” (Dr. Hew Len))

Nos últimos anos, as palavras “gratidão” e “perdão” conquistaram o


mundo. Vira e mexe livros, workshops e estudos sobre o tema são lançados,
destacando a importância de manifestarmos esses sentimentos em nosso dia a
dia. Uma iniciativa, no mínimo, curiosa. Afinal, se o ser humano é capaz de
perdoar e agradecer, o que ainda é necessário aprender!?
Na realidade, a coisa não é tão simples assim. Para a cultura ocidental, a
gratidão e o perdão sempre tiveram uma conotação diferente daquela que é
hoje divulgada. Quem nunca ouviu as frases: “só Deus perdoa”; “quem sou eu
para perdoar” ou “errar é humano, perdoar é divino”? O perdão sempre teve
uma relação bem próxima com a religião, sendo, muitas vezes, considerado
“uma virtude de poucos”, enquanto ser grato simplesmente significava “ser
educado”. De uns tempos para cá, no entanto, a ciência tem se dedicado a
desvendar os benefícios promovidos por esses sentimentos em nossas vidas.
Desde então, muita coisa tem mudado.
Em 2003, Watkins e colaboradores2 conseguiram identificar quatro
características das pessoas gratas: elas não sentem que a vida as priva de
alguma forma; apreciam o auxílio dos outros; tendem a apreciar os prazeres
simples da vida; e reconhecem a importância de experimentar e expressar
gratidão.
Wood e colaboradores3, em 2010, estabeleceram uma relação entre gratidão
e bem-estar sob diferentes aspectos. Na saúde, por exemplo, eles concluíram
que expressar gratidão reduz quadros de depressão, transtorno de ansiedade
generalizada, fobia, dependência de cigarro e álcool, abuso ou dependência de
drogas e o risco de bulimia nervosa. Relacionada a um estado de alta
satisfação, a gratidão, segundo esses pesquisadores, nos permite evoluir, pois
estimula a cooperar com pessoas fora de nosso ambiente familiar.

“Perdoa agora, hoje e amanhã, incondicionalmente. Recorda que todas as


criaturas trazem consigo as imperfeições e aquezas que lhe são peculiares,
tanto quanto, ainda desajustados, trazemos também as nossas.” (Chico Xavier)

Em suas citações, Osho sempre reforça a importância do sentimento de


gratidão, sendo essa, para mim, sua melhor frase:
“Uma vez entendido o sentimento da gratidão, e permitido que ele se
aprofunde em você, começará a se sentir grato por tudo. E, quanto
mais grato você ficar, haverá menos queixas e menos resmungos. Uma
vez desaparecidas as queixas, a infelicidade desaparecerá. Esse é um
dos segredos mais importantes a serem aprendidos”.
O perdão, por sua vez, é o melhor antídoto contra a vingança. Como disse
antes, o perdão sempre teve uma conotação religiosa, até ser aplicado no
tratamento de traumas e agora relacionado ao bem-estar. Pesquisas sobre a
sensação de bem-estar provocada pelo perdão, aliás, indicam que ele reduz os
sentimentos negativos e sintomas depressivos; restaura o pensamento positivo
e os relacionamentos; reduz a ansiedade; fortalece a espiritualidade, eleva a
autoestima, oferece mais esperança, capacidade de gerenciar conflitos, lidar
com o estresse e encontrar alívio.
Não perdoar, por outro lado, faz com que a gente acumule raiva e
hostilidade, prejudicando não apenas nossa saúde mental, mas física também.
Perdoar nos leva a manifestar bons sentimentos, como empatia e compaixão.
Perdão e gratidão não são, portanto, “uma virtude de poucos”. Mas,
também não devem ser banalizados, declarados da boca para fora. Assim
como o amor incondicional, esses sentimentos são parte de nossa mudança
interna.
Se agradecer e perdoar fossem tão simples, você, por exemplo, não
precisaria ter passados pelas quatro primeiras semanas da Reprô. Foi necessário
permanecer uma semana sem reclamar, recordar sua infância e adolescência,
trazer à tona seu passado e criar seu futuro para chegar até aqui.
Depois de passar por tudo isso, sei que você agora vê o perdão e a gratidão
da forma que realmente são. Para incorporar esses sentimentos de uma vez em
sua vida, vamos usar durante essa semana uma técnica que mudou a minha: o
Ho’oponopono. Talvez você já a conheça e pratique ou talvez nunca tenha
ouvido falar. Não importa! Nos próximos dias, o Ho’oponopono será aplicado
para curar mágoas antigas, aquelas que surgiram, principalmente, na terceira
semana da Reprô.

“O perdão é um catalisador que cria a ambiência necessária para uma nova


par da, para um reinício.” (Martin Luther King)

Mudança de energia
Simples, mas muito eficaz, o Ho’oponopono é um dos melhores métodos
de autoconsciência que tive a oportunidade de conhecer (e olha que conheço
muitos!). A mudança de energia que ele gera é incrível! Antes de começarmos,
acho interessante destacar algumas frases publicadas no livro que conta a
origem da técnica – Limite Zero4 – que, aliás, super-recomendo a leitura:

• “O Ho’oponopono é um processo de arrependimento, perdão e


transmutação desenvolvido por Kahuna Lapa’au Morrnah Nalamaku Simeona,
reconhecida kahuna lapa’au (curadora) no Havaí”;
• “O Ho’oponopono é um processo que permite desfazer as energias
tóxicas existentes dentro de nós, para possibilitar o impacto de pensamentos,
palavras, realizações e ações Divinos”;
• “Ho’oponopono significa ‘reparar’ ou ‘corrigir um erro’. Segundo os
antigos havaianos, o erro nasce de pensamentos contaminados por memórias
dolorosas do passado. O Ho’oponopono oferece uma maneira de liberar a
energia desses pensamentos dolorosos, ou erros, que podem causar o
desequilíbrio e doença”;
• “O Ho’oponopono não encara os problemas como uma provação e sim
como oportunidades. Os problemas são apenas memórias do passado que se
repetem e aparecem para nos conceder mais uma chance de enxergar com os
olhos do amor e agir a partir da inspiração”;
• “Existem simplesmente quatro declarações que dizemos repetidamente,
sem parar, dirigindo-as ao Divino: ‘Eu te amo’; ‘Sinto muito’; ‘Por favor, me
perdoa’; ‘Obrigado’”.

E foram essas quatro frases que aprendi, há mais de 10 anos, em curso


sobre o método, que mudaram minha vida. Confesso que me interessei ainda
mais pelo assunto quando li Limite Zero. Depois de conhecer a origem do
Ho’oponopono, consegui compreender sua real dimensão. O trabalho
desenvolvido pelo Dr. Ihaleakala Hew Len, autor do livro juntamente com Joe
Vitale, resultou em um novo salto na minha consciência.

“Sou mu o grato às adversidades que apareceram na minha vida, pois elas


me ensinaram a tolerância, a simpa a, o autocontrole, a perseverança e
outras qualidades que, sem essas adversidades, eu jamais conheceria.”
(Napoleon Hill)

Podendo ser usado em qualquer situação, o Ho’oponopono é uma


ferramenta (milagrosa!) que limpa nosso campo interno e muda nossa
percepção externa. Por isso, a proposta essa semana é usar as quatro frases: Eu
te amo. Sinto muito. Por favor, me perdoa. Obrigado para limpar as mágoas deixadas
por aquelas pessoas que você citou na carta escrita na terceira pessoa. Segundo
o Dr. Hew Len Hew “a limpeza ajuda a reduzir a hipoteca sobre a sua alma”.
Existem infinitas maneiras de se praticar o Ho’oponopono. Não existe dia,
hora ou local exatos. Muito menos é necessário pronunciar as frases em voz
alta. Você pode repeti-las, mentalmente, no ônibus, no carro, na fila do
supermercado. Na internet, inclusive, você encontra as frases na seguinte
ordem: Sinto muito. Me perdoa. Eu te amo. Sou grato. Achei melhor manter a
ordem que está publicada no livro, mas você pode praticar aquela com que
mais se identifica.
Repetir as frases 108 vezes, usando um japamala (aquele cordão de contas
usado para contar mantras) como apoio, é outra forma de praticar o
Ho’oponopono. Você também pode fazer isso se quiser. O importante apenas
é dedicar essa semana para limpar as mágoas que ainda estão aí.
Geralmente, faço Ho’oponopono antes de dormir, até pegar no sono.
Antes de repetir cada série de frases, costumo sempre dizer o nome da pessoa
que quero perdoar ou que sinto que naquele momento precisa da minha ajuda.
Essa é uma outra forma de aplicar o método e que acho bem eficaz. Pratique
dessa forma e perceba o resultado! Diga: Fulano (nome da pessoa). Eu te amo. Sinto
muito. Por favor, me perdoa. Obrigado.

“Use a gra dão como um manto. E esta irá alimentar cada canto da sua
vida.” (Rumi)

Não se esqueça de perdoar primeiro as pessoas que você mencionou na


sua carta. Elas merecem seu perdão, pois são verdadeiros professores em sua
história de vida. Sempre que alguém cruza nosso caminho merece nossa
gratidão. Caso tenha nos causado sofrimento, cedo ou tarde elas devem ser
perdoadas. Tenha certeza de que sem a presença dessas pessoas você jamais
teria chegado até aqui. Nosso maior propósito é evoluir e, para isso,
precisamos não apenas enfrentar esses desafios, mas entender a importância de
cada um. Sei que você compreende isso.
Comecei a fazer o Ho’oponopono com o objetivo de perdoar pessoas que
me magoaram. Talvez, esse seja o principal motivo para praticá-lo. Isso me fez
tão bem que decidi estender para minha família. Depois comecei a usá-lo em
mim. Se pararmos para pensar, a primeira pessoa que devemos perdoar e
agradecer somos nós mesmos.
Posso te garantir: fazer o Ho’oponopono para você mesmo é libertador!
Ele nos dá a oportunidade de limparmos tudo aquilo que criamos para nós
mesmos, a partir de nossos pensamentos e sentimentos. Quantas coisas
erradas foram criadas por nos preocuparmos somente com o mundo externo.
Cientes disso, nos perdoamos.
Perdoando o outro, conseguimos perdoar a nós mesmos. Essa é a essência
do Ho’oponopono. Suas frases, de fato, fazem tudo acontecer. Cada vez que
você diz: Eu te amo. Sinto muito. Por favor, me perdoa. Obrigado, isso reverbera, pois
cada palavra nos permite manifestar esses sentimentos.
Sei que quando a Reprô acabar, você não será mais a mesma pessoa do
início. Por isso, é tão importante praticar o perdão e a gratidão com as pessoas
que você mencionou na sua carta. Pense naquelas pessoas que passam uma
vida inteira odiando algo ou alguém, que simplesmente se negam a perdoar.
Elas vivem tanto em torno dessa mágoa, que nem se dão conta de quanta
coisa boa a vida tem para oferecer. Agora, pense como será a sua vida quando
você perdoar aquela pessoa que jamais imaginou que conseguiria.

“Quando seu coração está pleno de gra dão, qualquer porta aparentemente
fechada pode ser uma abertura para uma bênção maior.” (Osho)

Perdoar é preciso
Somente o amor é capaz de exterminar qualquer tipo de mágoa, ódio ou
raiva. Tive a oportunidade de presenciar a relação de duas pessoas que não se
gostavam de verdade. A partir do momento em que uma delas decidiu emanar
amor, tudo mudou. Saiba que o fato de perdoar não nos obriga a conviver 24
horas com o outro. Devemos perdoar para conseguir simplesmente viver em
harmonia.
Uma das maiores conclusões que cheguei depois de ler Limite Zero é que
tenho 100% de responsabilidade sobre tudo aquilo que acontece comigo. Pode
parecer muito estranho no começo, mas se uma pessoa chega ao nosso lado e
reclama, por exemplo, que está com dor de cabeça, o Dr. Len diz que
precisamos primeiro curar o que há de errado em nós que, nesse caso,
provocou a dor de cabeça no outro, pois somente assim a pessoa pode curar o
que há de errado nela. Isso tem tudo a ver com o fato de sermos um fluxo de
energia (um somos nós) e com o impacto provocado pelos nossos
pensamentos (bons e ruins) no coletivo.
Precisamos ter consciência que nossa sombra individual (medos, traumas,
preconceitos), somada à sombra dos outros, resulta em uma sombra coletiva.
Somente nos curando internamente, portanto, podemos promover a cura
externa. Note o quanto cada um de nós é importante para o Universo e o que
nossos pensamentos e sentimentos podem gerar!
Outra parte interessante do livro (prometo que não darei mais nenhum
spoiler!), é quando Joe Vitale leva o Dr. Len a um local em que ele dará uma
palestra. Chegando lá, ele pede para ficar sozinho um instante. Quando Vitale
volta, o Dr. Len diz que Sheila, nome que deu à sala, está em sofrimento e que
precisa purificá-la. Sei que, assim como Joe Vitale, você achou tudo isso uma
loucura! Mas, pensando melhor a atitude do Dr. Len tem sentido.
Pare um minuto e pense em quantos espaços que você frequenta podem
estar em sofrimento neste exato momento. Muitas vezes, discutimos em casa,
no trabalho, dentro do carro. Isso muda a frequência de qualquer ambiente.
Lembre-se daqueles lugares em que você chega e de cara sente um clima
pesado. Dá uma vontade imensa de ir embora na mesma hora, não dá?
Peço durante essa semana que você também pratique o Ho’oponopono
para aqueles lugares que você normalmente fica e que precisam melhorar a
vibração. Sinta as mudanças! Tudo é energia. Você pode transformar qualquer
ambiente. Por isso, aproveite para fazer o Ho’oponopono para nossa Terra.
Vamos reunir nossas melhores intenções para elevar a frequência do planeta!
Como você pode perceber, praticar o Ho’oponopono não exige que você
coloque seus sentimentos no papel. Mas, vou reservar o espaço abaixo para
reflexão. Escreva 10 motivos para agradecer e 10 situações que você acha que
precisa perdoar em sua vida. Leia sua lista de agradecimentos durante essa
semana da Reprô, acrescente quantos itens quiser.
Sua lista do perdão não precisa ser trabalhada nos próximos dias, caso não
queira. A intenção agora é que você tenha consciência sobre outras pessoas e
acontecimentos que, futuramente, merecerão o seu perdão. Faça isso de
acordo com seu tempo. Use o Ho’oponopono para promover sua cura!
2
Watkins P et al. Gratitude and happiness: Development of a measure of gratitude, and relationships
with subjective well-being. Social Behavior and Personality And International Journal, 2003; 31(5):431-451.
3
Wood AM et al. Gratitude and well-being: A review and theoretical integration. Clinical Psychology Review,
2010; 30, 890-905.
4
Vitale, J; Hew Len, I. Limite Zero: O sistema havaiano secreto para prosperidade, saúde, paz, e mais
ainda. 1ª ed. Ed. Rocco, 2009.
Ouçam a Reprô Online na plataforma Vivências e Cursos Iniciáticos! Lá na plataforma, você
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“Tudo aquilo que não en entamos em vida acaba se tornando o nosso
des no.” (Carl Jung)

Foram cinco semanas intensas antes de chegarmos até aqui. Mas, o fato de
ser a última não significa que a sexta semana da Reprô será mais leve. Por
motivos pessoais, considero essa a mais desafiadora. O que vale agora é estar
pronto para superar aquele velho trauma de uma vez por todas.
A proposta dessa semana é voltar no tempo, encarar seus traumas, reviver
cada sentimento e dessensibilizar. Nossa, falando assim parece tão simples! Sei
que nem sempre nos sentimos confortáveis para relembrar situações que nos
causaram algum tipo de dor. Quem dirá sentir tudo novamente!
Assim como os anteriores, esse exercício não está aqui por acaso. Ele
funciona de verdade. Você irá se libertar da raiva, mágoa e tristeza para que sua
vida ganhe outro significado. Se por um lado, encarar traumas do passado
pode ser complicado, por outro você terá a oportunidade de sentir o quanto
está evoluindo mentalmente, emocionalmente e espiritualmente.
Sei que minha postura, logo no início, não foi muito motivadora. Mas, isso
é porque, assim como você, encarei cada desafio e busquei superar as
dificuldades. Para mim, nenhum exercício da Reprô foi fácil. Principalmente
esse. Precisei enfrentar minhas próprias resistências para deixar meus traumas
para trás. E consegui. Espero que você também tenha coragem para reviver
esses momentos. Fique tranquilo sobre sua decisão.
Vamos começar essa semana fazendo uma pergunta. Para você, o que é
trauma? Especialistas definem trauma como “experiências que, geralmente,
correspondem a uma ameaça à vida ou à segurança”. Qualquer situação que
faz com que uma pessoa se sinta sobrecarregada e isolada também pode
resultar em trauma. Vários motivos podem nos traumatizar: acidente,
violência, bullying, morte e até o fim de um relacionamento.
Em suas postagens, o Prof. Arthur Mendes, da Escola de Psicanálise
Estrutural Arthur Mendes (EPE), publicou algo bem interessante: “os traumas
ocorrem em nossas vidas diariamente”.
Se pararmos para refletir, quantos pequenos traumas enfrentamos todos os
dias? Aquele chefe que nos desmoraliza na frente dos outros, aquela pessoa
que fala algo que não gostamos, mas somos obrigados a fingir que não
ouvimos... Enfim, são inúmeras situações que só podem ser superadas por
quem está muito bem consigo mesmo!
Antes de superar os traumas do passado, você pode analisar os pequenos
traumas que enfrenta no seu dia a dia. Perceba como reage a eles. Use o espaço
abaixo para fazer uma lista daquelas coisas que te incomodam de verdade:

“Contra traumas e ustrações que a vida nos impõe, o melhor remédio é uma
alma controlada por um grande sonho.” (Augusto Cury)

Se você listou um, 10 ou 20 não faz diferença! Pegue as cinco atitudes dos
outros ou situações do dia a dia que mais te incomodam e escreva-as abaixo.
Pense o que você pode fazer ou como deve se comportar para reverter cada
uma delas:

“Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo e ninguém suspe ar dos
traumas, das quedas, dos medos, dos choros.” (Caio Fernando Abreu)

Espero que, com isso, você agora esteja mais consciente sobre os impactos
de um trauma não resolvido em nossas vidas. Muitas vezes, esses pequenos
traumas diários podem de alguma forma ter relação com um trauma maior.
Pense nisso! Pois, por mais que a gente evite, não adianta. Uma hora ou outra,
a vida nos coloca diante dessas situações para que possamos resolvê-las de
uma vez por todas. Resistir só gera ansiedade, depressão, estresse...
Voltando à sua lista de pequenos traumas diários, peço que agora você se
faça a seguinte pergunta: como me sinto diante dessas situações? Trabalhar
nossos traumas permite enxergar coisas a nosso respeito que jamais nos
demos conta antes. Durante esse processo é normal sentir culpa, vergonha,
medo, aqueles sentimentos que buscamos evitar. Esteja pronto para aceitá-los
e aceitar quem você realmente é!
Faça isso com seus pequenos traumas diários primeiro. Sei que “por que
não disse (ou fiz) isso naquela hora???” vai surgir na sua mente. Aproveite esse
momento para se perdoar ou perdoar aquela pessoa que causou esse pequeno
trauma em sua vida!

“Quanto mais elevado é o espír o mais ele so e.” (Arthur Schopenhauer)

Superar os traumas do passado é uma das etapas mais


importantes do nosso processo de aprendizado. Temos sempre algo
para aprender sobre nós. E isso não termina nunca. Afinal, nosso
único propósito na vida é evoluir. Evoluir agora é uma tarefa
urgente, não apenas para nos transformar, mas para transformarmos
o mundo!
Pare e pense na quantidade de pessoas que hoje sofrem de ansiedade e
depressão. Perceba o quanto a realidade atual exige que nos comportemos
como máquinas. Não somos máquinas, somos natureza! E estamos adoecendo
por causa disso. Não fomos feitos para cumprir horários malucos. Devemos
simplesmente seguir o fluxo natural da vida, deixar fluir.
Muitas pessoas, porém, acabam seguindo aquela velha rotina: acordar,
trabalhar e dormir, para no dia seguinte acordar, trabalhar e dormir, esperando
chegar o sábado e o domingo para descansar e o salário cair na conta no final
do mês para pagar as contas. Nosso propósito aqui é ter consciência suficiente
para escapar desta armadilha. Jamais podemos nos acomodar e acreditar que a
vida é apenas isso.
Reflita sobre seu dia a dia e perceba o quanto você é capaz de se reinventar
o tempo todo. Cada um de nós escolhe a vida que leva e é responsável por ela.
Não adianta colocar a culpa em nossos pais, avós, relacionamentos ou filhos.
Nós criamos nossa realidade a partir daquilo que temos dentro de nós. Se você
acredita que será uma pessoa realizada, você será. Se você quer ter um
relacionamento maravilhoso, mas acha que não merece, certamente, sua
próxima relação mostrará de alguma forma que você não é merecedor.
Por isso é tão importante a gente se conhecer e se gostar. O amor-próprio
é a peça-chave deste processo. Lembrando que as mudanças sempre começam
dentro de nós. Se você não se conhece, não sabe quem é, nem o que pensa
sobre si mesmo, sobre os outros e sobre o mundo, você permanece estagnado.
Tem muita gente que fala que se conhece, mas quando questionamos sobre
quem é ou acha que é, não sabe por onde começar para dar essa simples
resposta.

“Deixe suas esperanças, e não seus ferimentos, moldarem seu futuro.” (Robert
Schuller)

Peça ajuda ao Universo!


Quando você encara seus traumas, começa a se conhecer melhor. Seu
mundo interno se purifica e, consequentemente, seu mundo externo também.
Você muda, as pessoas ao seu redor mudam. A frequência se eleva. Muita
gente não quer se conhecer, porque dá trabalho. Mas, o que é pior? Acessar
seus traumas e medos ou viver frustrado, alienado e se sentindo vítima das
circunstâncias? Mudar dá trabalho sim, você sabe. Mas, a recompensa vale
muito a pena!
Sempre que sentir alguma dificuldade, peça ajuda ao Universo. Ele sempre
dá um jeito de nos apoiar. Se a intenção for sincera, a resposta virá com
certeza. Basta colocar amor em tudo aquilo que você faz. Isso serve, inclusive,
para esse exercício. Antes de retornar ao passado, para aquele momento
traumático, peça auxílio.
Durante o processo, identifique os sentimentos e dessensibilize. Troque a
raiva pela compreensão. O medo pelo amor. Não existe uma fórmula mágica
para superar esse desafio. O segredo é se voltar para o mundo interno e
entender tudo aquilo que acontece dentro de você.
Entenda, com isso, que ninguém pode solucionar nossos problemas a não
ser nós mesmos. Esse é o caso dos traumas. Você pode até contar com auxílio
terapêutico, mas não pode deixar que o terapeuta resolva o problema por você.
Se existe algo que não podemos fugir são das críticas, dos obstáculos, dos
problemas. Nosso desafio é mudar o modo como reagimos a eles.
Para isso, nada melhor do que enfrentar nossos monstros internos. Sei que
nem sempre queremos lembrar dessas situações, no mínimo, incômodas. Mas,
superar nossos medos é necessário. Também é possível que aquele trauma que
você sentiu anos atrás não tenha hoje o mesmo impacto de ontem. Arrisque,
note como se sente – assim como fez nos pequenos traumas diários – e se
purifique.
Medite, se sentir que pode te ajudar. A meditação nos oferece mais
autoconfiança. Pratique o Ho’oponopono, pois o exercício de libertação dos
traumas, como disse anteriormente, não deixa de ser um exercício de perdão.
Perdoe a você, a pessoa que te causou sofrimento, a situação traumática. Faça
isso aos poucos, uns minutinhos antes de levantar, se puder à tarde e antes de
dormir. Identifique o problema e perdoe.
Sei que você já se acostumou a escrever. Use o espaço abaixo para
desabafar sobre como se sente ou sobre qualquer outra coisa que vier à sua
mente. Depois de, finalmente, se livrar de seus traumas do passado, sugiro que
use seu diário para também escrever sobre os aborrecimentos diários. Não
deixe nada de ruim acumular. Depois releia, libere esses sentimentos e deixe a
vida fluir.
Lembre-se sempre de agradecer as coisas boas que acontecem. Valorize
mais esses momentos. Coloque o passado no passado e aceite o fluxo natural
da vida. Sua mudança faz toda a diferença para o mundo. Nunca se esqueça
disso!
“Existem certos so imentos que só podem ser esquecidos quando podemos
utuar por cima de nossas dores.” (Paulo Coelho)
Continue sempre a se transformar...
Para você que está aqui comigo, neste exato momento, dedico toda minha
gratidão! Espero que esse processo tenha ajudado a mudar sua consciência da
mesma forma que mudou a minha. Cada etapa da Reprô foi desenvolvida com
muito carinho. Como disse ao longo do processo: nada do que foi proposto
foi fácil. Sei que você se deparou com muitos medos, muitas culpas e mágoas,
mas que hoje também sabe o quanto é capaz de perdoar, agradecer e amar
incondicionalmente.
Seis semanas não são suficientes para mudar tudo o que precisa ser
transformado. Esses passos, porém, fizeram você ter a certeza de que um dia
nunca é igual ao outro. Mudamos o tempo todo. A Reprô nos abre as portas
para nosso mundo interior. Depois de conhecê-lo, uma coisa é certa: é
impossível voltar atrás. Dê as boas-vindas ao seu novo “eu” e não deixe nunca
de investir no seu caminho do despertar.
Despertar é compreender que o mundo externo é um reflexo do mundo
interno. Despertar é se tornar autoconsciente, mais atento a tudo aquilo que
você pensa, sente e (por que não!?) rejeita. A autoconsciência nos ajuda a
ajeitar esse turbilhão de sentimentos em nosso interior, fazendo com que o
exterior seja mais equilibrado e harmônico.
Esse é apenas um breve resumo, pois falar sobre o mundo interno
demanda tempo. Durante essas seis semanas você notou isso. Por isso, espero
que daqui em diante você continue motivado a se conhecer. Promova mais e
mais mudanças em sua vida. Imagine como seria permanecer um ano se
desafiando?
Repita, se possível, esse processo daqui a seis meses. Se a mudança foi
intensa, daqui um tempo a tendência é mudar ainda mais. A Reprô é um grande
laboratório do autoconhecimento. Por isso, nunca acaba. E, sem ela, eu jamais
teria escrito este livro. A meta agora é aprimorar meus conhecimentos e
compartilhar minhas novas experiências com você, sempre.
Somente juntos somos capazes de transformar a nossa realidade e a
realidade do mundo em que vivemos!
Até a próxima!!!
Sobre a obra
Sempre curiosa e questionadora, Pat via-se constantemente em conflito
existencial.
Entre altos e baixos da sua vida, desde os 15 anos de idade já sentia certa
tristeza em sua interação com o mundo. Aos 26 anos teve o quadro de
depressão diagnosticado e a partir daí começou um lindo porém nada fácil
processo de transformação.
Ao longo de sua jornada compreendeu que precisava reprogramar seus
velhos padrões e partir para ação.
Aprofundou-se nos estudos e na espiritualidade, dedicou-se ao trabalho,
expandiu a consciência e promoveu em si as mudanças de que tanto precisava.
Reprô é como a Pat, com seu jeito alegre e carinhoso, se refere à
reprogramação.
Neste livro ela compartilha conhecimentos e ferramentas utilizados por ela
e que foram essenciais na sua experiência.
De forma didática nos instiga a promover mudanças nos padrões mentais,
interromper ciclos de repetição e criar uma nova realidade.
Como ela diz: “Podemos reiniciar nosso computador interno e dar um
salto”.
Um livro que nos ensina que é possível mudar colocando em prática o
conhecimento de forma leve e prazerosa.
Vivemos de acordo com padrões que vão se formando e nem percebemos
o quanto estamos condicionados a pensar, sentir e agir sempre da mesma
forma diante das situações.
Reprô traz conhecimento e ferramentas para serem usados no dia a dia e
nos mostra através de atitudes simples porém desafiadoras como romper com
esses padrões e reprogramar.
São seis semanas que ensinam a sair da zona de conforto, reconhecer as
maiores riquezas da vida, ressignificar memórias, quebrar velhas crenças e
contar a própria história com orgulho e gratidão.
Planejar o futuro.
Perdoar e libertar-se de traumas do passado.
Seis semanas para incorporar novos hábitos e expandir a consciência.
Em Reprô, Pat compartilha suas experiências e nos mostra que é possível
mudar, desde que haja desejo verdadeiro, e nos ensina caminhos para a ação.
Sobre a autora

Pat Poll (Patrícia Di Pollone) nasceu em São Paulo, onde viveu a infância e
parte da adolescência.
Aos 8 anos vivenciou a síndrome do pânico de sua mãe.
Desde 15 anos identificava a tristeza como um sentimento frequente.
Aos 24 anos mudou-se para Austrália, onde viveu durante um ano e meio.
Nesse período os sentimentos se intensificaram e quando retornou ao Brasil
obteve o diagnóstico de depressão.
Mais tarde mudou-se para Ilhabela (SP), onde ficou por seis anos. Lá
iniciou seu processo de despertar, aprofundando-se em estudos sobre
Mecânica Quântica e Espiritualidade.
Estudiosa, curiosa, questionadora por natureza, transformou seus desafios
em oportunidades.
Pat é comunicadora, CEO da agência de Marketing Digital P@t Estúdio e
hipnoterapeuta.
Tem a arte no sangue e a natureza na alma.
Devido ao seu amor verdadeiro pelo meio ambiente, é ativista de causas
ambientais.

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