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INDICE

1.Introdução...........................................................................................................................2
2.1 Delimitação de Problemática..........................................................................................2
2.2 Objectivo Geral...............................................................................................................3
2.3. Objectivo Especifico:.....................................................................................................3
2.3.JustificaçãoouRelevânciadoEstudo.................................................................................3
3. REVISAO DA LITERATURA.........................................................................................3
3. 1. Visões da Matemática...................................................................................................3
3. Metodologias de Investigação...........................................................................................4
3.1. Os participantes............................................................................................................4
4.2. A utilização de materiais didácticos no ensino da matemática do 1º ciclo do Ensino
Básico.................................................................................................................................7
4.3. Discussão dos Resultados...............................................................................................9
5. Cronograma de Pesquisa...................................................................................................9
6. Considerações Finais.......................................................................................................10
7. Referenciais Bibliográficas............................................................................................11

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1.Introdução

Segundo Martins (2002: 172), materiais didáctico e um instrumento pedagógico que serve
como base, apoio e orientação ao aluno . Portanto |e considerado material didáctico todo
material que tem por objectivo de apoiar a actividade pedagógica, de modo que o seu
conteúdo esteja relacionado a transmissão do conhecimento de forma sistematizada e de
acordo com o planeamento. Contudo, com os materiais didáctico facilita ao professor a
despertar o interesse no conteúdo.

2.1 Delimitação de Problemática

Este estudo foi desenvolvido numa sala da 2ª classe, na turma C, do 1º ciclo do Ensino
Básico do Centro Escolar do Agrupamento ZIP n.º 05 de Namiope- Murrupula, onde
simultaneamente realizei a minha Prática de Ensino Supervisionada. Com esta
investigação pretendi sobretudo clarificar aspetos relacionados com a utilização dos
materiais didácticos e o seu efeito na aprendizagem da matemática. Neste sentido, é meu
intuito compreender de que modos as crianças utilizaram os materiais didácticos, e qual
o efeito da utilização dos mesmos na resolução dos problemas/tarefas propostos. Para
tal, pretende-se dar resposta às seguintes questões:
1) Como é que as crianças aderem à utilização dos materiais propostos?
2) Quais os efeitos da utilização do material na resolução da tarefa
proposta?

3) Que dificuldades sentiram durante o seu manuseamento?

2.2 Objectivo Geral


 Analizar o uso de materiais didácticas no processo de Ensino e Aprendizagem dos
alunos do 1º ciclo;

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2.3. Objectivo Especifico:
 Mencionar Identificar os efeitos da utilização dos materiais didácticos no processo de
ensino e aprendizagem dos alunos do 1º ciclo;
 o Contributo da utilização dos materiais didácticos no processo de Ensino e
Aprendizagens dos alunos de 1ºciclo

2.3.JustificaçãoouRelevânciadoEstudo

O uso dos materiais Didácticos nas suas aulas de Matemática não é uma ideia recente
(Smolle, 1996) e sua presença nas aulas tem sido constantemente incentivo porque é
difícil imaginar o ensino e aprendizagem de Matemática sem qualquer material
didáctico(Geller,2004: 163).

O currículo Nacional do Ensino Básico considera a utilização de materiais didácticos


como um recurso indispensáveis para o aluno tanto o professor na transmissão do
conteúdo e também aconselha no uso frequente dos tais materiais para facilitar a
aprendizagem.

3. REVISAO DA LITERATURA

3. 1. Visões da Matemática
Tudo o que os professores realizam na sala de aula resulta o que pensam sobre a
Matemática e como a sentem. Portanto, algumas das concepções e das crenças dos
professores sobre o ensino e a aprendizagem da Matemática decorrem da visão que
detém a cerca de Matemática. Essas concepções e crenças têm ter influencias no modo
como os professores ensinam a Matemática. SERRAZINZA ( 1993).

Para o Thomas (1984), em suas investigações verificou que existem razões fortes para que
as concepções dos professores e visões acerca de Matemática, e do seu ensino joguem
um papel importante afectado a sua eficácia como principais mediadores entre o
conteúdo e os alunos, (p105).Portanto, a mesma autor defende que os padrões de
comportamento característicos dos professores são na verdade uma função das suas
visões, crenças e preferências acerca da disciplina, qualquer tentativa para a melhor o

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ensino da Matemática deve começar pela compreensão dos professores e como elas
estão relacionadas com as suas praticas. (p106).

3. Metodologias de Investigação

Para esta investigação foi elaborado um Estudo de Caso, numa abordagem qualitativa. Para
Denzin e Linciln (2000), citados por Cesar (2005:2), uma abordagem qualitativa é frequentemente
associada a estudos nos quais se localiza o observador no mundo, sendo por isso dado um
enfoque naturalístico e interpretativo da realidade. Segundo Yin (2005), cit. por Duarte
(2008:116), o estudo de caso “leva a fazer observação directa e a coligir dados em ambientes
naturais”. O mesmo autor (Yin, 2005) define três passos fundamentais inerentes ao processo do
estudo de caso. O primeiro prende-se com o facto de ser necessário delimitar a problemática, ou
seja, definir a “unidade de análise” que se pretende estudar. Em seguida, deve-se evidenciar se é
um “estudo singular” ou um “estudo múltiplo”, sendo que o presente estudo é um “estudo
singular de caso”.

3.1. Os participantes

No estudo são os alunos da turma C da 2ª classe do 1º ciclo do Ensino Básico do Centro


Escolar do Agrupamento de ZIP n.º 5 de Namiope, Murrupula, onde foi realizada a
minha Prática de Ensino Supervisionada. A utilização de materiais didácticos no ensino
da matemática do 1º ciclo do Ensino Básico .

3.2 Técnicas e instrumentos de pesquisa para recolha de dados

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Tendo como objectivo obter informações sobre a turma foi feito um inquérito por
entrevista ao professor titular do ciclo. Onde foi efectuado alguma entrevistas semi-
diretiva, uma vez que eu como o entrevistador, conhecia todos os temas sobre os quais
tinha de obter reacções por parte do inquirido, tendo sido deixadas ao seu critério a
ordem e a forma e apenas fixada uma orientação para o início da entrevista (Ghiglione &
Matalon, 2001). Durante este estudo desenvolveram-se cinco tarefas distintas inerentes
aos blocos Números e Operações, Geometria e Medida e Organização e Tratamento de
Dados, sempre com recurso a materiais didácticos estruturados ou não estruturados.

Durante o processo de resolução das tarefas propostas foram colocadas algumas questões
que me permitiram averiguar o tipo de estratégias utilizadas e a influência que os
materiais tiveram. Com o intuito de recolher os dados necessários a este estudo foram
fundamentais os registos escritos feitos pelo investigador com base na observação
directa de aulas, juntamente com os registos escritos feitos acerca de reflexões com a
professora cooperante e com os alunos. Todos estes registos foram inseridos num diário
de campo. Para além destes instrumentos, foram também necessários os artefactos
(trabalhos das crianças e tarefas propostas pela investigador), as gravações de vídeos das
aulas.

3.3. Tratamento de dados


Os dados recolhidos aquando da resolução das tarefas foram tratados de modo
interpretativo, com o intuito de tentar obter a resposta às questões orientadoras e aos
objectivos deste estudo. Conduto, material didáctico também faz parte do plano
pedagógico da escola, pois ele servem de referência para o processo de ensino e
aprendizagem, guiando o processo do aluno e o trabalho do professor

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4. Descrição do Processo e Análise de Dados

4.1 Tarefas integradoras Tal como referido no ponto 2.1, o plano era para perceber de que
modo as crianças utilizaram os materiais didácticos ao resolver as tarefas propostas,
procurando dar resposta às seguintes questões:
1) Como é que as crianças aderem à utilização dos materiais propostos?
2) Quais os efeitos da utilização do material na resolução da tarefa proposta?
3) Que dificuldades sentiram durante o seu manuseamento?

Para tal, foram planificadas várias tarefas que envolviam a efetiva manipulação de
materiais didáticos estruturados e não estruturados. Os alunos já tinham trabalhado com
todos os materiais estruturados selecionados, mas nunca tiveram oportunidade de os
explorar livremente. De todas as vezes que foram utilizados na sala de aula, foram
explorados “à vez”, ou seja, só quando a criança se dirigia ao quadro, é que tinha
oportunidade de os manipular. Esta situação deve-se sobretudo à insuficiência em
número de material disponível.

4.2.Tarefa com Material Multibásico – “ Adição sem transporte até 50”

A primeira tarefa desenvolvida denominava-se “adição sem transporte”, durou 45 minutos


e teve como recurso o material multibásico. Enquadrava-se no bloco dos Números e
Operações, nomeadamente nos conteúdos de números naturais (Adição). Os objectivos
gerais foram compreender o sistema de numeração natural, ser capaz de comunicar em
contextos matemáticos, raciocinar matematicamente e “comunicar oralmente e por
escrito recorrendo à linguagem matemática”. Por sua vez, os objectivos específicos
foram “ler e representar números”. Onde foi compreender o sistema de numeração
natural, saber contar de 1 a 50 para facilitar os a execução das contas da adição.

1 4.2. A utilização de materiais didácticos no ensino da matemática do 1º ciclo do Ensino


Básico

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Para Piaget (1896-1980), defende que as experiencias activas , ‘tipo mãos á obras’ ,
associada a uma reflexão consciente visam uma melhoria na aprendizagem porque o
aluno que manipula vários tipos de materiais tem imagem mentais mais claras e pode
construir pensamentos abstrados mais sólidos do que aquele que é sujeito a experiencias
com poucos materiais. Portanto, a aula teve início com a explicação da tarefa,
preparando as crianças para o que iam aprender: a Adição sem transporte. Onde
presentou-se o “material multibásico”, formaram-se seis grupos de quatro elementos e,
em seguida, foi dado o material necessário a cada um. Cedeu-se algum tempo para que
todos o pudessem manipular livremente e automaticamente as crianças começaram a
fazer “a contagem de forma progressiva e regressiva de 1 até 50”, usando os materiais
locais como por exemplo: pedrinhas e pauzinhos. Foi então feita a apresentação formal
do material, pedindo inicialmente que as crianças fizesse uma contagem progressiva e
regressiva de 1 até. Depois de apresentarem os pauzinhos e as pedrinhas. Em seguida,
foi-lhes pedido que resolvessem a operação 12+¿ 3 recorrendo ao material. Após terem
compreendido o objetivo da tarefa e de perceberem como tinham de proceder, todas as
crianças mostraram facilidade em resolver a operação proposta, sendo que todos
calcularam o resultado e representaram no caderno o material utilizado. Onde a maioria
dos grupos tinham acertados as contas.

Com esta transcrição do que foi dito em sala de aula, posso concluir que este aluno, tal
como muitos outros, compreendeu bem o que se pretendia, ou seja, fazer três conjuntos
iguais ao conjunto inicial. De um modo geral todos adoptaram a mesma estratégia,
representando o número a adicionar com as respectivas materiais (pedrinhas e
pauzinhos), e fazendo a contagem dos números naturais. Em seguida, somavam as
unidades, as dezenas e as centenas, calculando o resultado da operação. No final desta
resolução, os alunos representaram o algoritmo nos seus cadernos de matemática. Por
fim, foi feita a sistematização do processo no quadro de giz, representando o algoritmo
da adição “desenhos” do material utilizado. No exercício seguinte era pedido que
resolvessem outra operação, sendo que a mesma não envolvia já o transporte de dezenas:
36+¿ 3. Todos os grupos resolveram os exercícios usando os materiais orientado pelo
professor. Dando resposta às questões orientadoras deste estudo, posso referir que

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quanto à adesão das crianças em relação à utilização do material proposto, logo no início
da tarefa foi notório que as crianças se mostraram muito interessadas ao mexer no
material. Apesar de a professor ter afirmado que já tinham trabalhado muito com ele,
esta exploração livre nunca tinha sido feita. Do mesmo modo, todos compreenderam
logo os valores das pedrinhas e pauzinhos na adição e as relações quantitativas entre
elas. Posso então afirmar que os alunos aderiram muito bem à presença e utilização do
material multibásico, e que o mesmo teve um efeito muito importante na aprendizagem
matemática dos alunos. No que diz respeito aos efeitos da utilização do material na
resolução da tarefa proposta, tendo em conta que uma das dificuldades mais sentidas foi
a incompreensão do sistema decimal, e que esta foi superada com a manipulação do
material e com a necessidade de efectuar as trocas precisas para chegar aos resultados
pedidos, penso que foi uma mais-valia para as crianças terem sido levadas a manipulá-
lo. Foi importantes terem sido confrontadas com a necessidade de fazerem uma
multiplicação sem recorrer somente ao lápis e papel, pois assim foram levadas a
compreender o verdadeiro sentido da Adição.

2 4.3. Discussão dos Resultados

Através da análise de alguns dos diálogos mantidos ao longo da realização das tarefas, foi
possível atingir o principal objectivo definido para este estudo, ou seja, identificar os
efeitos da utilização dos materiais didácticos no processo de ensino e aprendizagem dos
alunos do 1º ciclo. Neste sentido, começo por me focar na tarefa “Adição sem
transporte”, onde foi utilizado Material locais. Durante a realização da tarefa, foi
evidente que com a efectiva visualização das relações numéricas entre as pedrinhas que
dispunham, os alunos foram levados a interiorizar o processo inerente ao sistema de
números naturais. No decorrer da aula, algumas crianças tiveram dificuldades em
compreender o sistema de contagem dos números naturais, uma vez que houve ainda
muitas que não subia contar correctamente mas com ajuda dos matérias tiveram muita
facilidade ao adicionar os números naturais.

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5. Cronograma de Pesquisa
Meses
Actividades 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Levantamento de literatura
Recolha de instrumentos de
preparação para coleta de Dados
Levantamento de Dados
Analise dos dados
Discusões dos resultados
Elaboração da conclusão
Ajuste Finais
Criação da apresentação
Defesa de TCC

5.1. Orçamento

Despesas Quantidade Valor (R$)

Bloco de Nota 1 30Mts

Caneta 2 20Mts

Água 1 50Mts

Viagem ------------- 400Mts

TOTAL 5 500MTS

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6. Considerações Finais
Após as investigações, entende-se que materiais didácticos utilizado na aula da
Matemática pode ser um meio inovador na sala de aula, visto auxilia o professor na
exposição de ideias, estabelecendo intenções no ensino da pratica lectiva e auxilia o
aluno no estudo na actividade matemático. Contudo, além do papel do material
didáctico, também é importante saber introduzir na sala de aula e o tipo de actividade
matemáticas que se propõe a desenvolver, GELLERT (2004).

Também compreende-se que, ao ensinar Matemática, o professor deve promover e criar


situações onde a criança possa falar e interagir de formas diferentes durante a aula,
nomeadamente quando as crianças pensam, respondem, discutem, elaboram, escrevem,
lêem, e escutam os assuntos matemáticos, obtêm benefícios duplos: comunicam pra
aprender matemática e aprender a comunicar, Huang (2001)

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7. Referenciais Bibliográficas

AFONSO, N, (2005) Investigação Naturalista em Educação. Um guião pratico e critico.


Porto. Edições ASA.

APM, IIE. (1998). Matemática 2001. Diagnostico e recomendações para Ensino e


Aprendizagem da matemática. Lisboa

CALLEJO, ML e LEBRON, M.T. (1998) Material didáctico. Madrid Instituto de


Estudioso

RIBEIRO, A. (1995) Concepções de professores do 1ºciclo: a Matemática, o seu ensino os


materiais didácticos.Lisboa.

SERRAZINA, M,L (1993) Concepções dos professores do 1º ciclo relativamente a


Matemática e praticas de sala de aula. Em Revista quadrante vol. 2Nº1. Lisboa.

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