Você está na página 1de 81

CTCMV

Metrologia

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 1


CTCMV

O que a Hyundai deseja de você!

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 2


CTCMV

Publicação elaborada pelo Centro de Treinamento da Caoa Montadora de Veículos


Hyundai, exclusivamente para treinamento à rede de revendedores.

Nome:____________________________________________________________________

Concessionária: _______________________________Função: ______________________

Cidade: _________________________________Estado: ___________________________

Instrutor: _____________________________Local do Treinamento__________________

Data: ____/____/_______

Esse treinamento faz parte da grade de treinamento HSTEP 1

Objetivo do treinamento

A finalidade desta apostila é de facilitar a compreensão do Sistema de Controle de


Medidas bem como as operações fundamentais de cálculos, e manuseio dos instrumentos
de medições.

A metodologia utilizada neste curso é direcionada para o dia a dia no trabalho em nossas
concessionárias para mecânicos e eletricistas.

Centro de Treinamento Caoa Montadora de veículos – Hyundai


Rua Antonio da Chagas, n°1196/1206 – Chácara Santo Antonio – Santo Amaro - SP.

Telefone:
11 5187- 0038

E-mail
evandro@hyundai-motor.com.br
sergio@hyundai-motor.com.br
evangelista.vieira@caomamontadora.com.br
treinamento@caoa.com.br
treinamento1@caoa.com.br

home page
http://www.hyundai-motor.com.br

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 3


CTCMV

Um pouco da História da Hyundai

O Sr. Presidente CHUNG JU-YUNG (1915 – 2001), foi o fundador do grupo Hyundai
juntamente com seus irmãos.

O Sr. Chung Ju-Yung nasceu na região montanhosa no norte da Coréia do Sul, era filho de
camponeses que cultivavam arroz para manter a família. A família do Sr. Chung chegava a
passar necessidades em função da pobreza.

Com 18 anos de idade, o Sr. Chung partiu para Seoul em busca de uma vida melhor para
poder ajudar sua família, que era muita grande. Chegou a trabalhar como ajudante em
construção de estrada de ferro, nas docas, contabilidade, entre outras atividades.

A primeira experiência do Sr. Chung como proprietário de um negócio foi em 1938 quando
abriu um empório que comercializava arroz e condimentos.
Mas com a 2° guerra mundial teve que desistir do negócio e sair da capital.

Com a libertação da Coréia do Sul na 2º guerra mundial, o Sr. Chung iniciou um negócio
de conserto de caminhões para as Forças Armadas dos EUA. Começa então a
impressionante História da Hyundai.

O Grupo Hyundai é um dos maiores conglomerados do mundo.

• Em 1945 foi fundada a Hyundai Centro de Serviço para automóveis:

• Uma empresa que fazia a manutenção dos veículos das forças armadas dos EUA

• Em 1947 foi fundada a Hyundai Engenharia & Construção Ltda.:

• Empresa que foi responsável da reconstrução da Coréia do sul no pós-guerra.

• Em 1967 foi fundada a Hyundai Motor Company:

• A empresa que mais cresce na indústria automobilística no mundo presente em 193


países.
Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 4
CTCMV

No final dos anos 90 estava 15ª posição entre as os maiores fabricantes de veículos no
mundo. Em 2004 passou para a 9ª posição. Em 2005 para 7ª. Em 2006 se posiciona como
a 6ª entre as maiores do mundo e a 3ª no quesito qualidade.

Em 1973 foi fundada a Hyundai Indústria Pesada, sendo a maior fabricante de navios do
mundo.

• Em 1983 foi fundada a Hyundai Indústria Eletrônica.


• Em 1988 foi fundada a Hyundai Petroquímica.
• Em 1998 a Hyundai incorpora a KIA Motors.

“Hyundai” significa “modernidade” na língua Coreana. É pronunciado frequentemente


incorretamente como “Hun-day” nos Estados Unidos e como “high-oon-die” no Reino
Unido e no “Hee-yun-day” em Austrália.

É frequentemente pronunciado como “Hyun-dai”, com o “dai” pronunciado foneticamente,


em vez do “dê” na pronuncia Coreana é “Handê”, esta é a pronuncia oficializada pela
companhia.

O logo da Hyundai, um “ inclinado, estilizado”, simboliza a união de dois povos (a


companhia e o cliente) dando as mãos.

Logomarca

Logo Hyundai Slogan da Marca

Em 2005 a HMC introduziu uma nova direção corporativa para gerenciamento da marca, e
um slogan global para melhorar a percepção da companhia, aumentar o valor da marca e
competitividade da global da marca.

“Refined and Confident” Refinado e Confiável, e “ ” Faça Seu


Caminho, foram selecionados pela direção corporativa da companhia como
gerenciamento da marca e slogan respectivamente.

O novo slogan assegura a satisfação do cliente em todas as faces da vida.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 5


CTCMV

Hyundai no Brasil

Iniciou suas operações em 1992 com a abertura do mercado, junto ao Grupo Garavello.
De 1995 a 1997, foi representada pelo Grupo Regino.
Até o final de suas operações o mercado contava com cerca de 8.000 veículos.

O grupo Caoa iniciou as operações Hyundai em 99, e comercializou 13.000 unidades até
2004.

Hoje, a média mensal de vendas atinge 3000 veículos.


Em 2003 iniciou a construção da fábrica em Anápolis GO, inaugurada no dia 20 / 04 /
2007.

A fábrica tem capacidade de produzir 130.000 veículos por ano, para atender a América
Latina e Caribe. Inicialmente serão 5 modelos de veículos.
O terreno tem 1.500.000 m² e 80000 m² de área construída.

Fábricas da Hyundai

BRASIL

TAIWAN

Anápolis - GO

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 6


CTCMV

Fábricas próprias da Hyundai

Ulsan Plant - Coréia


Capacidade de produção: 1.620.000
Veículos produzidos:
Planta 1: Accent, Getz
Planta 2: Santa Fé, Centennial, Tucson, Veracruz
Planta 4: Santa Fe, Matrix
Planta 3: Elantra, Coupe e i30
Planta 5: Tucson

Asan Plant - Coréia


Capacidade de Produção: 300.000
Veículos produzidos: Sonata e Azera

Jeonju Plant - Coréia


Capacidade de Produção: 125.000
Veículos produzidos: Caminhões médios, grandes e extra pesados, tratores e veículos
especiais

Hyundai Motor Manufacturing Alabama (HMMA)


Alabama – E.U.A.
Capacidade de produção: 300.000
Veículos produzidos: 2005:Sonata - 2006:Santa Fé

Hyundai Motor Índia (HMI)


Índia
Capacidade de Produção: 300.000
Veículos produzidos: Atos prime (Santro), Getz, Accent, Sonata

Beijing Hyundai Motor Company (BHMC)


China
Capacidade de produção: 150.000
Veículos produzidos: Sonata, Elantra, Tucson, Accent

Hyundai Assan Otomotive


Turquia
Capacidade de produção: 60.000
Veículos produzidos: Accent, H-1 Van, Matrix

Taganrog Automobile Plant (TagAZ)


Rússia
Veículos produzidos: Accent, Sonata, H-1 Truck, Santa Fé SM

Oriental-Hyundai Sdn Bhd


Malásia
Veículos produzidos: Accent, Elantra, Sonata

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 7


CTCMV

Fábrica na Elosváquia inauguração 2° semestre 2008


Capacidade de produção: 300.000 Unidades

Projeto de uma fábrica na Alemanha

Joint Venture

Inokom Comporation Sdn Hbd


Malásia
Veículos de produzidos: Atos, Matrix, H-1 Truck, Getz

Sudan Master Technology (SMT)


Sudão
Veículos produzidos: Accent

Prima Engineering Industries S.A.E


Egito
Veículos produzidos: Accent

Hyundai Indonésia Motor


Indonésia
Veículos produzidos: Atos, Accent, Trajet

Auhui Jianghuai Automotive Co., Ltd


China
Veículos produzidos: Terracan, Santa Fé SM

Huatai Automobile Co., Ltd


China
Veículos produzidos: Terracan
Reyan Vehicle Mnufacturing Co. (RVMCO)
Iran
Veículos produzidos: Accent, Elantra XD

Vietnam Motors Industry Corporation


Vietinã
Veículos produzidos: H-1 Truck

Dewan Farooque Motors Ltd


Pakistão
Veículos produzidos: Atos, H-1 Truk

Sanyang Industry Co., Ltd


Taiwan
Veículos produzidos: Getz, Matriz, Tucson, H-1 Truck

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 8


CTCMV

Chin Chun motors


Taiwan
Veículo Produzido: HR

MMC Automotriz S.A.


Venezuela
Veículos produzidos: Getz Elantra XD

Brazile Industry Co., Ltd


Capacidade de produção (projeto): 150.000 - Anápolis GO
Veículo produzido:HR
Próximo veículo: Tucson

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 9


CTCMV

Modelos de veículos

HR (HR)

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 10


CTCMV

Centros de pesquisas e desenvolvimento

Concept cars

HCD-9

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 11


CTCMV

Introdução

Qualidade e uma marca forte. Estas são as duas prioridades da Hyundai Motor Company
para se preparar para o futuro. Não satisfeita em seguir e aprender, a Hyundai busca,
agora, liderar a indústria automobilística e moldar a evolução dos veículos motorizados.

Com seu objetivo divulgado publicamente de tornar-se um dos cinco maiores fabricantes
de carros do mundo até 2010, a marca Hyundai fará uso de um reposicionamento
cauteloso. A administração percebe que para atingir este objetivo será necessária grande
determinação, mas, acima de tudo, maior confiança do público em relação à marca
Hyundai.

A Hyundai Motor Company vem trabalhando ativamente pela proteção ambiental,


desenvolvendo motores mais eficientes nas emissões de gases poluentes, utilizando
inclusive componentes muito sofisticados e extremamente precisos.

Assim, todos os veículos Hyundai atendem com uma excelente margem as mais severas
normas antipoluição internacionais atualmente vigentes, como também as normas
nacionais do Conama (Resolução Nº 18/86 Proconve) – Programa de controle de poluição
do ar para veículos automotores.

O que a Hyundai deseja de você!

Deseja que seja um técnico profissional, e não um amador. Ao ser comparado com
amadores ou técnicos de outras companhias, você como um profissional Hyundai difere
em pelo menos dois aspectos:

• Coloque em sua prática a filosofia “o cliente em primeiro lugar”.


• Melhore os padrões profissionais e responsabilidades.

Você deve compreender o papel do técnico Hyundai. Seu trabalho é oferecer um serviço
de pós-venda que irá manter o veículo em perfeitas condições. Você deve orgulhar-se de
seu trabalho. Você deve fazer o melhor em cada trabalho.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 12


CTCMV

Os dez princípios do melhor técnico Hyundai

1) Aparência profissional:
• Utilize uniforme sempre limpo;
• Utilize equipamentos de segurança, quando necessário.

2) Manuseio e tratamento cuidadoso do veículo:


• Utilize sempre capas de proteção;
• Jamais fume dentro do veículo;
• Não utilize o sistema de som do veículo.

3) Limpeza e arrumação:
• Mantenha a oficina limpa e asseada;
• Mantenha as ferramentas limpas e em ordem;
• Trabalhe com o veículo estacionado apropriadamente no box de serviço.

4) Segurança do trabalho:
• Utilize ferramentas e equipamentos, corretamente;
• Realize seu trabalho com segurança e responsabilidade.

5) Planejamento & preparação:


• Certifique-se de que entendeu a Ordem de Serviços;
• Seja especialmente cuidadoso nos casos de retorno;
• Planeje o seu trabalho (procedimentos de serviço).

6) Trabalho rápido e eficiente:


• Utilize corretamente ferramentas e equipamentos;
• Trabalhe de acordo com os procedimentos indicados nos Manuais de Serviço;
• Utilize somente peças originais Hyundai;
• Mantenha atualizadas as informações técnicas (Boletins Técnicos de Serviço).

7) Conclusão do trabalho na data prometida:


• Verifique se você poderá cumprir o prazo prometido.

8) Execute o trabalho:
• Trabalhe de acordo com os padrões da Hyundai;
• Forneça ao líder ou consultor técnico informações adicionais que não foram registradas
na OS;
• Notifique ao líder ou consultor técnico sobre irregularidades que você percebeu
enquanto realizava o serviço.

9) Guarde as peças velhas:


• Recolha as peças velhas e guarde-as num saco plástico e coloque-as em um local pré-
determinado.

10) Inspecione o trabalho ao terminá-lo:


• Certifique de que todos os serviços requisitados foram feitos;
• Verifique se o veículo encontra-se nas mesmas condições originais de funcionamento.
Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 13
CTCMV

Perfil do Técnico Hyundai

Para satisfazer os clientes de hoje, uma Concessionária Hyundai moderna deve possuir
não só um grande estoque de peças originais, mas também funcionários com grande
habilidade técnica, capazes de seguir com rapidez e eficácia as diretrizes recomendadas
pela montadora. Na falta disso, pouco a pouco, o mecânico e o eletricista vão perdendo,
ou não adquirem mais, as qualidades profissionais e a iniciativa pessoal para solucionar
problemas ou reparos em quaisquer modelos dos nossos veículos.

Contudo, há um setor que ainda tem sido o apanágio do mecânico: o diagnóstico das
anomalias. Com efeito, além dos defeitos catalogados pela montadora que
representamos, surgem freqüentemente perturbações de funcionamento cuja causa quase
sempre é a forma de utilização do veículo.

O diagnóstico deve não somente localizar a falha, mas também determinar sua origem
(real causa) para evitar que se repita.

Os “Centros de Diagnósticos” que obrigatoriamente devem crescer em nossas


concessionárias, favorecem uma localização rápida da peça defeituosa, sem, contudo
relevar a causa da anomalia. É, pois, função do profissional complementar o diagnóstico
com uma análise inteligente da situação, o que leva muitas vezes a fazer algumas
observações complementares que escapam geralmente aos instrumentos de medição mais
aperfeiçoados.

Técnico Hyundai

Com as evoluções do setor automotivo, os mecânicos tiveram que se adaptar às


novidades e tecnologias das grandes marcas, o que fez surgir um novo conceito de
profissional e de oficina mecânica, para atender um cliente que também evoluiu.

Já faz parte de um passado bem distante o tempo em que o mecânico era um indivíduo
grosseiro, de roupas e mãos sujas, trabalhando em uma oficina desorganizada, sem
limpeza, proteção, qualidade ou garantia do serviço que executa.

A Hyundai Motor Company vem evoluindo com a incorporação de tecnologia cada vez
mais avançada. Faz-se mais do que necessário que o profissional de mecânica automotiva,
embarque nesse caminho, afinal, os nossos clientes também já são mais os mesmos de
anos atrás.

O mecânico passou a ser conhecido como profissional da reparação, ou reparador


(TÉCNICO HYUNDAI), e atende em nossas Concessionárias clientes muito mais exigentes
do que no passado, sendo que boa parte é formada por mulheres.

O TÉCNICO HYUNDAI deve estar sempre bem vestido, com uniforme em ordem e mãos
limpas, além disso, fazer uso dos equipamentos de segurança.
A oficina da Concessionária deve ser organizada e tão limpa quanto uma sala de cirurgia,
e até o lixo é limpo e reciclado, tudo em nome do meio ambiente. Computadores e
Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 14
CTCMV

equipamentos de alta tecnologia são essenciais para a sobrevivência do negócio, mas


acima de tudo, o TÉCNICO HYUNDAI deve saber como funcionam e como operá-los com
eficiência, o que é ainda mais importante.

O TÉCNICO HYUNDAI deve buscar informações na Internet através do site de serviços da


Hyundai (CCC) e nos manuais técnicos diariamente, e ainda freqüentar os cursos de
especialização rotineiramente para que possa manter-se atualizado com as inovações
tecnológicas da marca.

O bom atendimento, a recepção na oficina e a captação de novos clientes também se


tornaram de extrema importância para o TÉCNICO HYUNDAI, que tem como objetivo
principal a satisfação do seu cliente. A fidelização ficou bem mais difícil e os
estabelecimentos de qualidade sabem disso e oferecem produtos e serviços extras, como
leva e traz, lavagem do carro, ou seja, agregando benefícios ao cliente.

Qualquer falha pode comprometer a volta do cliente na oficina, além de prejudicar na hora
da propaganda boca-a-boca, um recurso que ainda não caiu de moda. Nossos clientes
querem ter um mecânico de confiança, um amigo em quem confiar para reparar o seu
veículo e um bom Consultor Técnico, que pode até ajudar na compra de outro. Mas
conquistar essa confiança e mantê-la não é das tarefas mais fáceis, principalmente, num
mercado tão competitivo com tantos profissionais de qualidade, no qual a reparação pode
contar nos dias de hoje.

O TÉCNICO HYUNDAI preza pela qualidade dos serviços que oferece, e o Consultor
Técnico se torna conselheiro do cliente quando o assunto é carro, reparos e manutenções.
E para alcançar um padrão de excelência em qualidade não existe outra maneira senão
investir em equipamentos, tecnologias e treinamentos dos funcionários da concessionária.
Essa é a fórmula utilizada nas oficinas de Concessionárias das grandes marcas há tempos,
que seguem os moldes exigidos pelas montadoras, modelos que acabaram se estendendo
para um grande grupo de oficinas independentes que querem obter sucesso nos negócios.

Os automóveis da Hyundai estão tornando-se cada vez mais dependentes da tecnologia


eletroeletrônica para controlar os seus sistemas:
 Motor.
 Transmissão.
 Carroceria,
 Dispositivos de segurança, entre outros.

Por esse motivo, é muito importante que os TÉCNICOS HYUNDAI tenham uma
compreensão da eletricidade e eletrônica, na teoria e na aplicação prática.

A Hyundai Motor Company, o Centro de Treinamento - Hyundai CAOA Montadora de


Veículos e o Departamento Técnico estão cientes da dificuldade diária dos técnicos no
desafio ao diagnosticar problemas mecânicos, elétricos e/ou eletrônicos.

Compreendemos também, o conhecimento especializado requerido para isolar, pesquisar


defeitos e reparar eficazmente os problemas que podem ocorrer em um veículo de
maneira geral.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 15


CTCMV

O diagnóstico de falhas deve ser consistente e rápido, para que o desperdício de tempo e
a substituição equivocada e desnecessária de peças sejam evitados. Existem itens nos
sistemas eletro-eletrônicos cujas anomalias apresentam sintomas característicos e
definidos, o que torna fácil o seu diagnóstico. Por outro lado, muitas vezes a identificação
da origem das falhas não é feita de maneira direta, mas sim pelo método da eliminação.

Nossa diretriz de trabalho

Estamos certos de que:


A Satisfação do Cliente virá com o “Fix it Right the First Time” que significa
(executar o serviço correto na primeira vez). Esse é o nosso objetivo com relação ao
Pós Venda, o qual pode ser aperfeiçoado através de treinamento e técnicos qualificados.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 16


CTCMV

Estratégia de Serviço Hyundai

A satisfação do cliente é o nosso objetivo.

Vivemos uma grande concorrência entre a indústria automobilística, e para sobreviver em


torno dessa adversa e rigorosa concorrência, é fundamental que todas as partes
integrantes da Hyundai (tanto fabricante como distribuidor e Concessionários), trabalhem
de uma forma conjunta e em comum acordo.

A satisfação dos clientes juntamente com a qualidade dos serviços de Pós Venda, são
considerados pela Hyundai itens mais importantes, até mesmo do que a própria qualidade
do produto.

A segurança na estratégia de serviço Hyundai está baseada em três pontos


principais.

Resolver
corretamente na
primeira vez Aumento da
Fidelização do
Melhora dos cliente e
Operação de serviço serviços aumento nas
orientada ao cliente prestados ao vendas de
cliente serviço e
veículos
Qualidade do
produto

Após a compra de um automóvel Hyundai, o serviço de Pós Venda o acompanhará


durante todo o ciclo de vida. Isto só se cumprirá quando se atingirem todas as
expectativas do cliente.

COMPRA

UTILIDADE UTILIDADE
DO VEÍCULO EXPECTATIVA DO VEÍCULO

SERVIÇO

Seguindo essa estratégia de serviço a Hyundai irá alcançar o objetivo de ser um dos 5
maiores fabricantes de automóveis do mundo

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 17


CTCMV

Sumário

Página

05 Introdução.
06 Histórico do sistema de medidas.
11 Conceitos básicos sobre medições.
13 Sistema de unidades de medidas.
14 Principais Unidades do Sistema Internacional.
16 Principais prefixos das unidades (SI).
18 Operações fundamentais.
20 Medidas de perímetro.
21 Medidas de área.
21 Medidas de volume.
22 Cilindrada.
23 Paquímetro.
34 Micrômetro.
43 Relógio comparador.
47 Relógio apalpador.
49 Comparador de diâmetro interno (súbito).
51 Calibres de verificação de folgas.
52 Torque.
53 Torquímetro.
58 Boletim informativo n° 52.
67 Conceito de pressão.
71 manômetro de pressão.
72 Tabelas de conversão de medidas.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 18


CTCMV

Metrologia

A Metrologia é a ciência da medição.

Esta ciência tem importância muito significativa na nossa vida apesar de não percebemos.
Quando vamos ao supermercado tudo que compramos possui valores associados a
unidades como litros, quilogramas, entre outras unidades assim como as bombas de
gasolina em postos de gasolina, taxímetros, etc.

O que seria do nosso dia-a-dia se não houvesse controle metrológico sobre os produtos
vendidos em lojas, supermercados e até mesmo produtos exportados e importados.

Como um médico poderia dar inicio a um tratamento se ele simplesmente não sabe qual o
valor da pressão arterial de um paciente?.

O fato da metrologia ser fundamental em nosso dia-a-dia é que leva as empresas de


forma geral a controlar seus instrumentos de medição.

Um breve histórico do sistema de medidas

Como fazia o homem, cerca de 4.000 anos atrás, para medir comprimentos?
As unidades de medição primitivas estavam baseadas em partes do corpo humano, que
eram referências universais, pois ficava fácil chegar-se a uma medida que podia ser
verificada por qualquer pessoa.

Foi assim que surgiram medidas padrões como, pé, palmo, mão, polegada, jarda, passo e
a braça.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 19


CTCMV

O Antigo Testamento da Bíblia é um dos registros mais antigos da história da humanidade.


E lá, em Gênesis, lê-se que o Criador mandou Noé construir uma arca com dimensões
muito específicas, medidas em côvados.

O côvado era uma medida-padrão da região onde morava Noé, e é equivalente a três
palmos, aproximadamente, 66cm.

Em geral, essas unidades eram baseadas nas medidas do corpo do rei, sendo que tais
padrões deveriam ser respeitados por todas as pessoas que, naquele reino, fizessem as
medições.

Há cerca de 4.000 anos, os egípcios usavam, como padrão de medida de comprimento, o


cúbito: distância do cotovelo à ponta do dedo médio.

Cúbito é o nome de um dos ossos do antebraço

Como as pessoas têm tamanhos diferentes, o cúbito variava de uma pessoa para outra,
ocasionando as maiores confusões nos resultados nas medidas. Para serem úteis, era
necessário que os padrões fossem iguais para todos.

Diante desse problema, os egípcios resolveram criar um padrão único. Em lugar do próprio
corpo, eles passaram a usar, em suas medições, barras de pedra com o mesmo
comprimento. Foi assim que surgiu o cúbito-padrão.

Com o tempo, as barras passaram a ser construídas de madeira, para facilitar o


transporte. Como a madeira logo se desgastava, foram gravados comprimentos
equivalentes a um cúbito-padrão nas paredes dos principais templos.

Desse modo, cada um podia conferir periodicamente sua barra ou mesmo fazer outras,
quando necessário.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 20


CTCMV

Nos séculos XV e XVI, os padrões mais usados na Inglaterra para medir comprimentos
eram a polegada, o pé, a jarda e a milha.

Na França, no século XVII, ocorreu um avanço importante na questão de medidas. A


toesa, que era então utilizada como unidade de medida linear, foi padronizada em uma
barra de ferro com dois pinos nas extremidades e, em seguida, chumbada na parede
externa do Grand Chatelet, nas proximidades de Paris.

Dessa forma, assim como o cúbito-padrão, cada interessado poderia conferir seus próprios
instrumentos. Uma toesa é equivalente a seis pés, aproximadamente, 182,9cm.

Entretanto, esse padrão também foi se desgastando com o tempo e teve que ser refeito.
Surgiu, então, um movimento no sentido de estabelecer uma unidade natural, isto é, que
pudesse ser encontrada na natureza e, assim, ser facilmente copiada, constituindo um
padrão de medida.

Havia também outra exigência para essa unidade: ela deveria ter seus submúltiplos
estabelecidos segundo o sistema decimal.

O sistema decimal já havia sido inventado na Índia, quatro séculos antes de Cristo.

Finalmente, um sistema com essas características foi apresentado por Talleyrand, na


França, num projeto que se transformou em lei naquele país, sendo aprovada em 8 de
maio de 1790.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 21


CTCMV

Estabelecia-se, então, que a nova unidade deveria ser igual à décima milionésima parte de
um quarto do meridiano terrestre.

Essa nova unidade passou a ser chamada metro (do termo grego metron que significa
medir).

Os astrônomos franceses Delambre e Mechain foram incumbidos de medir o meridiano.


Utilizando a toesa como unidade, mediram a distância entre Dunkerque (França) e
Montjuich (Espanha).

Feitos os cálculos, chegou-se a uma distância que foi materializada numa barra de platina
de secção retangular de 4,05 x 25 mm. O comprimento dessa barra era equivalente ao
comprimento da unidade padrão metro, que assim foi definido:
O metro é a décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre.

Foi esse metro transformado em barra de platina que passou a ser denominado metro
dos arquivos.

Com o desenvolvimento da ciência, verificou-se que uma medição mais precisa do


meridiano fatalmente daria um metro um pouco diferente.

Assim, a primeira definição foi substituída por uma segunda:


O metro é a distância entre os dois extremos da barra de platina depositada nos arquivos
da França e apoiada nos pontos de mínima flexão na temperatura de 0°C (zero grau
Celsius).

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 22


CTCMV

No século XIX, vários países já haviam adotado o sistema métrico. No Brasil, o sistema
métrico foi implantado pela Lei Imperial nº 1157, de 26 de junho de 1862.

Estabeleceu-se, então, um prazo de dez anos para que padrões antigos fossem
inteiramente substituídos.

Com exigências tecnológicas maiores, decorrentes do avanço científico, notou-se que o


metro dos arquivos apresentava certos inconvenientes. Por exemplo, o paralelismo das
faces não era assim tão perfeito. O material, relativamente mole, poderia se desgastar, e
a barra também não era suficientemente rígida.

Para aperfeiçoar o sistema, fez-se um outro padrão, que recebeu:


 seção transversal em X, para ter maior estabilidade;
 uma adição de 10% de irídio, para tornar seu material mais durável;
 dois traços em seu plano neutro, de forma a tornar a medida mais perfeita.

Assim, em 1889, surgiu a terceira definição:


O metro é a distância entre os eixos de dois traços principais marcados na superfície
neutra do padrão internacional depositado no B.I.P.M. (Bureau Internacional des Poids et
Mésures), na temperatura de zero grau Celsius e sob uma pressão atmosférica de 760
mmHg e apoiado sobre seus pontos de mínima flexão.

Atualmente, a temperatura de referência para calibração é de 20ºC. É nessa temperatura


que o metro, utilizado em laboratório de metrologia, tem o mesmo comprimento do
padrão que se encontra na França, na temperatura de zero grau Celsius.

Ocorreram, ainda, outras modificações.

Hoje, o padrão do metro em vigor no Brasil é recomendado pelo INMETRO, baseado na


velocidade da luz, de acordo com decisão da 17ª Conferência Geral dos Pesos e Medidas
de 1983.

O INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), em


sua resolução 3/84, assim definiu o metro:
O metro é o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo, durante o intervalo de
1
tempo de segundos.
299.792.45 8

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 23


CTCMV

É importante observar que todas essas definições somente estabeleceram com maior
exatidão o valor da mesma unidade: o metro

Padrões do metro no Brasil

Em 1826, foram feitas 32 barras-padrão na França.

Em 1889, determinou-se que a barra nº 6 seria o metro dos Arquivos e a de nº 26 foi


destinada ao Brasil.

Este metro-padrão encontra-se no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas - Av. Prof.


Almeida Prado 532 Cid. Universitária. 05508-901 São Paulo/SP - F +55 11 3767-4126).

Conceitos Básicos sobre Medição

A ciência que trata das medições é a metrologia. A metrologia abrange todos os aspectos
teóricos e práticos relativos às medições, em quaisquer campos da ciência ou da
tecnologia.

Medir, entretanto, é uma atividade mais corriqueira do que parece. Ao olhar no relógio,
por exemplo, você está vendo no mostrador o resultado de uma medição de tempo. Ao
tomar um táxi, comprar um quilograma de carne no açougue ou abastecer o carro no
posto de gasolina, você presencia medições. Mas o que é uma medição?

Medição:
Existe uma imensa variedade de coisas diferentes que podem ser medidas sob vários
aspectos. Imagine uma lata, dessas que são usadas para refrigerante. Você pode medir a
sua altura, pode medir quanto ela "pesa" e pode medir quanto líquido ela pode comportar.
Cada um desses aspectos (comprimento, massa, volume) implica numa grandeza física
diferente.

Medir:
Medir é comparar uma grandeza com uma outra, de mesma natureza, tomada como
padrão. Medição é, portanto, o conjunto de operações que tem por objetivo determinar o
valor de uma grandeza.

Grandeza:
Já deu pra perceber que o conceito de grandeza é fundamental para se efetuar qualquer
medição. Grandeza pode ser definida, resumidamente, como sendo o atributo físico de um
corpo que pode ser qualitativamente distinguido e quantitativamente determinado.

Aqui vamos precisar de mais exemplos: a altura de uma lata de refrigerante é um dos
atributos desse corpo, definido pela grandeza comprimento, que é qualitativamente
distinto de outros atributos (diferente de massa, por exemplo) e quantitativamente
determinável (pode ser expresso por um número).

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 24


CTCMV

Unidade de Medição

Para determinar o valor numérico de uma grandeza, é necessário que se disponha de uma
outra grandeza de mesma natureza, definida e adotada por convenção, para fazer a
comparação com a primeira.

Para saber a altura daquela lata, por exemplo, é preciso adotar um comprimento definido
para ser usado como unidade. O comprimento definido como unidade de medida pelo
Sistema Internacional de Unidades - SI, é o Metro, seus múltiplos e submúltiplos.

Padrão:
Seria bem complicado medir a altura de uma lata usando apenas a definição do Metro.
Para isso existem os Padrões Metrológicos. Um padrão metrológico é, em resumo, um
instrumento de medir ou uma medida materializada destinado a reproduzir uma unidade
de medir para servir como referência.

O padrão (de qualquer grandeza) reconhecido como tendo a mais alta qualidade
metrológica e cujo valor é aceito sem referência a outro padrão, é chamado de Padrão
Primário. Um padrão cujo valor é estabelecido pela comparação direta com o padrão
primário é chamado Padrão Secundário, e assim sucessivamente, criando uma cadeia de
padrões onde um padrão de maior qualidade metrológica é usado como referência para o
de menor qualidade metrológica.

Pode-se, por exemplo, a partir de um Padrão de Trabalho, percorrer toda a cadeia de


rastreabilidade desse padrão, chegando ao Padrão Primário.

Resultado da Medição
Após medir uma grandeza, devemos enunciar o resultado da medição. Parece coisa
simples, mas não é. Em primeiro lugar, ao realizar uma medição, é impossível determinar
um valor verdadeiro para a grandeza medida.

Recomendações gerais

A característica fundamental de uma grandeza é sua capacidade de ser medida. Para


medir uma grandeza, usamos a unidade. Para calcular o comprimento de uma mesa
(grandeza), por exemplo, utilizamos o metro (unidade de medida).

As grandezas fundamentais do SI são comprimento, massa, tempo, intensidade de


corrente elétrica, temperatura termodinâmica, intensidade luminosa e quantidade de
matéria. As demais são grandezas derivadas.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 25


CTCMV

Sistema de Unidades de Medidas

Conheça as grandezas e unidades de medida adotadas no Brasil e no mundo .


Por muito tempo, o mundo usou medidas imprecisas, como aquelas baseadas no corpo
humano: palmo, pé, polegada, braça, côvado. Isso acabou gerando muitos problemas,
principalmente no comércio, devido à falta de um padrão para determinar quantidades de
produtos.

Para resolver o problema, o Governo Republicano Francês, em 1789, pediu à Academia de


Ciências da França que criasse um sistema de medidas baseado numa "constante natural".
Assim foi criado o Sistema Métrico Decimal. Este sistema adotou, inicialmente, três
unidades básicas de medida: o metro, o litro e o quilograma.

O sistema métrico decimal acabou sendo substituído pelo Sistema Internacional de


Unidades (SI), mais complexo e sofisticado.

No Brasil, o SI foi adotado em 1962 e ratificado pela Resolução nº 12 de 1998 do


Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro),
tornando-se de uso obrigatório em todo o Território Nacional.

Logo abaixo, você conhecerá as grandezas e suas unidades de medida. À direita da


tabela, verá o símbolo da unidade e suas equilavências.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 26


CTCMV

Principais Unidades SI

Grandeza Nome Plural Símbolo


comprimento metro metros m
área metro quadrado metros quadrados m²
volume metro cúbico metros cúbicos m³
ângulo plano radiano radianos rad
tempo segundo segundos s
freqüência hertz hertz Hz
velocidade metro por segundo metros por segundo m/s
aceleração metro por segundo metros por segundo m/s²
massa por segundo
quilograma por segundo
quilogramas kg
massa específica quilograma por quilogramas por kg/m³
vazão metro cúbico
metro cúbico metro cúbicos
metros cúbico m³/s
quantidade de matéria por segundo
mol por mols
segundo mol
força newton newtons N
pressão pascal pascals Pa
trabalho, energia joule joules J
quantidade de calor
potência, fluxo de watt watts W
energia
corrente elétrica ampère ampères A
carga elétrica coulomb coulombs C
tensão elétrica volt volts V
resistência elétrica ohm ohms
condutância siemens siemens S
capacitância farad farads F
temperatura Celsius grau Celsius graus Celsius ºC
temp. termodinâmica kelvin kelvins K
intensidade luminosa candela candelas cd
fluxo luminoso lúmen lúmens lm
iluminamento lux lux lx

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 27


CTCMV

Algumas Unidades em uso com o SI, sem restrição de prazo

Grandeza Nome Plural Símbolo Equivalência


volume litro litros l ou L 0,001 m³
ângulo plano grau graus º p/180 rad
ângulo plano minuto minutos ´ p/10 800 rad
ângulo plano segundo segundos ´´ p/648 000 rad
massa tonelada toneladas t 1 000 kg
tempo minuto minutos min 60 s
tempo hora horas h 3 600 s
rotação rotações
velocidade
por por rpm p/30 rad/s
angular
minuto minuto

Algumas Unidades fora do SI, admitidas temporariamente

Grandeza Nome Plural Símbolo Equivalência


pressão atmosfera atmosferas atm 101 325 Pa
pressão bar bars bar Pa
milímetro milímetros 133,322 Pa
pressão mmHg
de mercúrio de mercúrio aprox.
quantidade
caloria calorias cal 4,186 8 J
de calor
área hectare hectares ha m²
quilograma- quilogramas-
força kgf 9,806 65 N
força força
milha milhas
comprimento 1 852 m
marítima marítimas
velocidade nó nós (1852/3600)m/s

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 28


CTCMV

Principais Prefixos das Unidades SI

Múltiplos e submúltiplos do metro


Descrição Símbolo Fator pelo qual a unidade é múltipla
Exametro Em 1018= 1 000 000 000 000 000 000 m
Peptametro Pm 1015= 1 000 000 000 000 000 m
Terametro Tm 1012= 1 000 000 000 000 m
Gigametro Gm 109= 1 000 000 000 m
Megametro Mm 106= 1 000 000 m
Quilômetro km 103= 1 000 m
Hectômetro hm 102= 100 m
Decâmetro dam 101= 10 m
Metro m 1=1m
Decímetro dm 10-1= 0,1 m
Centímetro cm 10-2= 0,01 m
Milímetro mm 10-3= 0,001 m
Micrometro µm 10-6= 0,000 001 m
Nanômetro nm 10-9= 0,000 000 001 m
Picômetro pm 10-12= 0,000 000 000 001 m
Fentômetro fm 10-15= 0,000 000 000 000 001 m
Attômetro am 10-18= 0,000 000 000 000 000 001 m

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 29


CTCMV

Regras

 Os nomes das unidades são escritos sempre em letra minúscula (quilograma,


newton, metro cúbico);

 Símbolo não é abreviatura, por isso não é seguido de ponto (é errado escrever
"seg.", o símbolo correto é "s");

 Além disso, o símbolo é invariável: não é seguido de "s" (não existe "kgs" ou
"hs");

 O grama pertence ao gênero masculino, então faça a concordância


corretamente: dois quilogramas, oitocentos e um gramas etc.
A metrologia no seu dia a dia na oficina

Durante as medições que você irá realizar, serão encontrados valores de medidas em
milímetro.

1 1 1 , 1 1 1

Décino de Centésimo Milésimo de


Centena Dezena Unidade vírgula
milímetro de milímetro milímetro

Exemplos de leitura de medidas lineares.

135,2 mm lê-se Cento e trinta e cinco milímetros e dois décimos de milímetro.


36,38 mm lê-se Trinta e seis milímetros e trinta e oito centésimos de milímetro.
0,21 mm lê-se Vinte e um centésimos de milímetro.
5,011 mm lê-se Cinco milímetros e onze milésimos de milímetro.
89,504 mm lê-se Oitenta e nove milímetros e quinhentos e quatro milésimos de milímetro.

1 milímetro 1 mm
1 décimo de milímetro 0,1 mm
1 centésimo de milímetro 0,01 mm
1 milésimo de milímetro 0,001 mm

Para efetuarmos as transformações de unidades de medida basta seguir e tabela abaixo.

X 10 X 10 X 10 X 10 X 10 X 10

km hm dam m dm cm mm

÷ 10 ÷ 10 ÷ 10 ÷ 10 ÷ 10 ÷ 10

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 30


CTCMV

Operações fundamentais

Adição

É a operação que permite a soma de dois ou mais números.


Os números de que se compõe a soma chama-se PARCELAS e o resultado chama-se
SOMA ou TOTAL.

256
+698 parcelas
954 resultado

Exercícios

37,42 106,03 1105,935 0,92 79890,98


+ 8,56 + 2239,99 + 33,9__ +559,5264 _+569___

Subtração

É a operação que permite encontrar a diferença entre dois números.


Ao contrário da adição, em que podemos somar várias parcelas, na subtração só
utilizamos dois números. O maior fica colocado em cima e se chama MINUENDO. O menor
é colocado em baixo e se chama SBTRAENDO e o resultado chama-se RESTO ou
DIFERENÇA.

(7) (14) (10)


1 8 5 0 minuendo
- 7 9 8 subtraendo
1 0 5 2 resto ou diferença

Exercícios

569,36 10236,00 5,935 2220,920 79890,98


- 368,56 - 289,99 - 3,909 - 559,520 _- 569___

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 31


CTCMV

Multiplicação

É a operação da soma de um número, quando feita repetidas vezes.Deve-se colocar


“embora não seja obrigatório” o número maior em cima e chama-se MULTIPLICANDO e o
número menor em baixo e chama-se MULTIPLICADOR e o resultado chama-se PRODUTO
TOTAL.

18 multiplicando
x 11 multiplicador
18 produto parcial
+ 18__ produto parcial
198 produto total

Exercícios

24,02 15,57 35,935 698,79 95,98


x 3,12 x 11,01 x 22,02 x 97,00 x 2,01

Divisão

É uma operação inversa à multiplicação.

Quociente 55 l 3 divisor
25 18 quociente
resto 1

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 32


CTCMV

Quando se for efetuar a operação de divisão em números decimais “que apresentam


vírgula”, faz-se a seguinte transformação:

6,2 l 0,20 5,24 l 0,4

1° iguala-se as casas depois da vírgula do dividendo e do


divisor, ver exemplo abaixo.

6,20 l 0,20 5,24 l 0,40

2° retira-se a vírgula, ver exemplo abaixo.

620 l 20 524 l 40

3° faz-se a divisão, ver exemplo abaixo.


620 l 20 524 l 40
020 31 124 13,1
0 40
0
4° quando quisermos obter uma precisão maior, acrescentamos
quantos zeros forem necessários.

Exercícios

4353,2 l 20 28 l 200 481 l 40 840 l 40 12002 l 20

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 33


CTCMV

Unidades de medidas

Medidas de perímetro

É a medida do contorno de uma forma geométrica. O cálculo é feito da seguinte forma:

Referências:
P - perímetro diâmetro
d – diâmetro em mm seu símbolo (Ø)
π - 3,1416

P = d. π

Calcule o perímetro de um Ø de 100 mm =______________

Medidas de área

É a medida tomada de um corpo qualquer, nas quais são consideradas duas dimensões,
ou seja, comprimento e largura resultando no cálculo da área.
O cálculo é feito da seguinte forma:

Referências:
r² - raio ao quadrado em mm
π - 3,1416 diâmetro

A = r². π

Calcule a área de um Ø de 100 mm =______________

Medidas de volume

Volume é o espaço físico ocupado por figura geométrica, no qual são consideradas três
dimensões: o comprimento, a largura e a altura.
O cálculo é feito da seguinte forma:

Referências:
R² - raio ao quadrado em cm
h – altura em cm
d – diâmetro em mm seu símbolo (Ø) h V = π . r² . h
π - 3,1416
d

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 34


CTCMV

Calcule o volume de um cilindro com um Ø de 100 mm e altura (h) de 100 mm=_______

Cilindrada total

Volume coberto pelos êmbolos de um motor ao deslocarem-se no interior dos cilindros


desde o ponto mais alto (Ponto Maximo Superior) até ao ponto mais baixo (Ponto Máximo
Inferior) do seu curso. A cilindrada mede-se normalmente em centímetros cúbicos ou em
litros.

O cálculo é feito da seguinte forma:

π . r² . h . n

Referências:

π - 3,1416
r² - raio ao quadrado em mm
h – altura
n – números de cilindros

Instrumentos de medição

Antes de fazer qualquer medição, precisamos saber qual a grandeza que pretendemos
medir e o grau de exatidão que pretendemos obter como resultado dessa medição, para
então podermos escolher o instrumento de medir adequado. Além disso, é necessário que
o instrumento ou medida materializada em questão tenha sido calibrado.

O instrumento ideal para cada caso de medição deve ter uma leitura ou resolução de
acordo com a medida a ser verificada a sua tolerância. Assim, recomenda-se que o
instrumento possua no mínimo igual à décima parte do campo de tolerância da peça, ou
no pior dos casos, igual a quinta parte:

0,50mm / 10 = 0,05mm
0,50mm / 5 = 0,10mm

Se considerarmos uma peça com tolerância de ± 0,25mm significa que temos um campo
de tolerância de 0,50mm. Podemos concluir que um instrumento com resolução de
0,05mm seria ideal. Porém, outro instrumento com 0,10mm de tolerância poderia ser
utilizado

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 35


CTCMV

Paquímetro

O paquímetro é um instrumento de medição que utiliza o principio do nônio ou vernier,


nomes originados de seu inventor Petrus Nonius (1492-1577) e Pierre Vernier (1580-
1637), quem levou o paquímetro a sua forma atual.

O paquímetro é um instrumento usado para medir as dimensões lineares internas, externas, de


profundidade e de ressaltos de uma peça.
O principio de funcionamento do paquímetro consiste em uma escala auxiliar que desliza
sobre uma escala principal permitindo assim a realização de leituras exatas das frações
dos valores da escala principal.

Largamente usado na indústria mecânica devido a sua grande versatilidade.

Será apresentado a seguir conceitos, tipos, uso e conservação desse instrumento.

1. orelha fixa 8. encosto fixo


2. orelha móvel 9. encosto móvel
3. nônio ou vernier (polegada) 10. bico móvel
4. parafuso de trava 11. nônio ou vernier (milímetro)
5. cursor 12. impulsor
6. escala fixa de polegadas 13. escala fixa de milímetros
7. bico fixo 14. haste de profundidade

O cursor ajusta-se à régua e permite sua livre movimentação, com um mínimo de folga.
Ele é dotado de uma escala auxiliar, chamada nônio ou vernier. Essa escala permite a
leitura de frações da menor divisão da escala fixa.

O paquímetro é usado quando a quantidade de peças que se quer medir é pequena. Os


instrumentos mais utilizados apresentam uma resolução de:

0,1mm, 0,05mm e 0,02 mm.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 36


CTCMV

As superfícies do paquímetro são planas e polidas, e o instrumento geralmente é feito de


aço inoxidável. Suas graduações são calibradas a 20ºC.

Paquímetro universal
É utilizado em medições internas, externas, de profundidade e de ressaltos. Trata-se do
tipo mais usado.

Princípio do nônio

O nônio possui uma divisão a mais que a unidade usada na escala fixa.

No sistema métrico, existem paquímetros em que o nônio possui dez divisões equivalentes
a nove milímetros (9mm).

Há, portanto, uma diferença de 0,1 mm entre o primeiro traço da escala fixa e o primeiro
traço da escala móvel.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 37


CTCMV

Essa diferença é de 0,2 mm entre o


segundo traço de cada escala; de 0,3
mm entre o terceiros traços e assim por
diante.

Cálculo de resolução

A diferença entre a escala fixa e a escala móvel de um paquímetro podem ser calculadas
pela sua resolução.

A resolução é a menor medida que o instrumento oferece. Ela é calculada utilizando-se a


seguinte fórmula:

Resolução = UEF = unidade da escala fixa (1mm)


NDN = número de divisões do nônio (10, 20 ou 50)
Exemplo
Nônio com 10 divisões

1 mm
Resolução = ~ = 0,1mm
10 divisoes

Leitura do paquímetro no sistema métrico

1. Faça a leitura da unidade na escala fixa paquímetro, a leitura feita antes do zero do
nônio corresponde à leitura em milímetro.

2. Em seguida, você deve contar os traços do nônio até o ponto em que um deles
coincidir com um traço da escala fixa.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 38


CTCMV

3. Depois, você soma o número que leu na escala fixa ao número que leu no nônio.

Para você entender o processo de leitura no paquímetro, são apresentados, a seguir, três
exemplos de leitura.

A. Escala em milímetro e nônio com 10 divisões

UEF 1 mm
Resolução: = = 0,1mm
NDN 10 div.

Leitura Leitura
1,0mm → escala fixa 103,0mm → escala fixa
0,3mm → nônio (traço coincidente: 3º) 0,5mm → nônio (traço coincidente: 5º)
1,3mm → total (leitura final) 103,5mm → total (leitura final)

Faça a leitura e escreva a medida nas linhas pontilhadas.

Leitura =...................................mm Leitura =...................................mm

Leitura =...................................mm

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 39


CTCMV

B. Escala em milímetro e nônio com 20 divisões

1 mm
Resolução = = 0,05mm
20

Leitura
73,00mm → escala fixa
0,65mm → nônio
73,65mm → total

Faça a leitura e escreva a medida nas linhas pontilhadas.

Leitura =...................................mm Leitura =.................................mm

Leitura =...................................mm Leitura =.................................mm

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 40


CTCMV

C. Escala em milímetro e nônio com 50 divisões

1 mm
Resolução = = 0,02mm
50

Leitura
68,00mm → escala fixa
0,32mm → nônio
68,32mm → total

Verificando o entendimento

Leitura =...................................mm Leitura =.................................mm

Leitura =...................................mm Leitura =.................................mm

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 41


CTCMV

Cuidados e conservação

Como todo instrumento há alguns cuidados que deverão ser tomados na realização das
medições, cuidados estes que poderão aprovar ou não o objeto sob medição.
Os principais cuidados são:
 Posicionamento do instrumento com relação objeto sob medição.
 Poeira nas pernas de medição.
 Força excessiva durante a medição.

Conservação

 Manejar o paquímetro sempre com todo cuidado, evitando choques.


 Não deixar o paquímetro em contato com outras ferramentas, o que pode lhe
causar danos.
 Evitar arranhaduras ou entalhes, pois isso prejudica a graduação.
 Ao realizar a medição, não pressionar o cursor além do necessário.
 Limpar e guardar o paquímetro em local apropriado, após sua utilização.

Erros de leitura

Além da falta de habilidade do operador, outros fatores podem provocar erros de leitura
no paquímetro, como, por exemplo, a paralaxe e a pressão de medição.

Paralaxe

Dependendo do ângulo de visão do operador, pode ocorrer o erro por paralaxe, pois
devido a esse ângulo, aparentemente há coincidência entre um traço da escala fixa com
outro da móvel.

O cursor onde é gravado o nônio, por razões técnicas de construção, normalmente tem
uma espessura mínima (a), e é posicionado sobre a escala principal. Assim, os traços do
nônio (TN) são mais elevados que os traços da escala fixa (TM).

Colocando o instrumento em posição não perpendicular à vista e estando sobrepostos os


traços TN e TM, cada um dos olhos projeta o traço TN em posição oposta, o que ocasiona
um erro de leitura.

Para não cometer o erro de paralaxe, é aconselhável que se faça a leitura situando o
paquímetro em uma posição perpendicular aos olhos.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 42


CTCMV

Pressão de medição

Já o erro de pressão de medição origina-se no jogo do cursor, controlado por uma


mola. Pode ocorrer uma inclinação do cursor em relação à régua, o que altera a medida.

Para se deslocar com facilidade sobre a régua, o cursor deve estar bem regulado: nem
muito preso, nem muito solto. O operador deve, portanto, regular a mola, adaptando o
instrumento à sua mão. Caso exista uma folga anormal, os parafusos de regulagem da
mola devem ser ajustados, girando-os até encostar no fundo e, em seguida, retornando
1/8 de volta aproximadamente. Após esse ajuste, o movimento do cursor deve ser suave,
porém sem folga.

Formas de contato
As recomendações seguintes referem-se à utilização do paquímetro para determinar
medidas:
 externas;
 internas;
 de profundidade;
 de ressaltos.

Nas medidas externas, a peça a ser medida deve ser colocada o mais profundamente
possível entre os bicos de medição para evitar qualquer desgaste na ponta dos bicos.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 43


CTCMV

Para maior segurança nas medições, as superfícies de medição dos bicos e da peça devem
estar bem apoiadas.

Nas medidas internas, as orelhas precisam ser colocadas o mais profundamente


possível. O paquímetro deve estar sempre paralelo à peça que está sendo medida.

Para maior segurança nas medições de diâmetros internos, as superfícies de medição das
orelhas devem coincidir com a linha de centro do furo.
Toma-se, então, a máxima leitura para diâmetros internos e a mínima leitura para faces
planas internas.

No caso de medidas de profundidade, apóia-se o paquímetro corretamente sobre a


peça, evitando que ele fique inclinado.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 44


CTCMV

Nas medidas de ressaltos, coloca-se a parte do paquímetro apropriada para ressaltos


perpendicularmente à superfície de referência da peça.

Não se deve usar a haste de profundidade para esse tipo de medição, porque ela não
permite um apoio firme.

Técnica de utilização do paquímetro


Para ser usado corretamente, o paquímetro precisa :
 ter seus encostos limpos;
 que a peça a ser medida esteja posicionada corretamente entre os encostos.

É importante abrir o paquímetro com uma distância maior que a dimensão do objeto a ser
medido.

O centro do encosto fixo deve ser encostado em uma das extremidades da peça.

Convém que o paquímetro seja fechado suavemente até que o encosto móvel toque a
outra extremidade.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 45


CTCMV

Feita a leitura da medida, o paquímetro deve ser aberto e a peça retirada, sem que os
encostos a toquem.

Em resumo destacamos os seguintes erros de leitura :

⇒ Erro devido ao estado das superfícies de medição.


⇒ Erro de paralelismo da pernas de medição.
⇒ Erro de leitura (Paralaxe).
⇒ Erro do ajuste de zero.
⇒ Força de medição excessiva.
⇒ Erro de posicionamento do instrumento com relação ao objeto sob medição o qual
foi comentado anteriormente.

Utilização do paquímetro no dia a dia na oficina, alguns exemplos.

Verificação da espessura do disco Verificando o desgaste do disco

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 46


CTCMV

Micrômetro

O micrômetro é um instrumento que permite medição com grande exatidão, e que


possui uma variedade de modelos cujas principais características serão apresentadas a
seguir.

Origem e função do micrômetro

Jean Louis Palmer apresentou, pela primeira vez, um micrômetro para requerer sua
patente. O instrumento permitia a leitura de centésimos de milímetro, de maneira simples.

Com o decorrer do tempo, o micrômetro foi aperfeiçoado e possibilitou medições mais


rigorosas e exatas do que o paquímetro.
De modo geral, o instrumento é conhecido como micrômetro. Na França, entretanto, em
homenagem ao seu inventor, o micrômetro é denominado Palmer.

Micrômetro de Palmer (1848)

Princípio de funcionamento

O princípio de funcionamento do micrômetro assemelha-se ao do sistema parafuso e


porca.
Assim, há uma porca fixa e um parafuso móvel que, se der uma volta completa, provocará
um descolamento igual ao seu passo.

Desse modo, dividindo-se a “cabeça” do parafuso, pode-se avaliar frações menores que
uma volta e, com isso, medir comprimentos menores do que o passo do parafuso.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 47


CTCMV

Nomenclatura

A figura seguinte mostra os componentes de um micrômetro.

Principais componentes de um micrômetro

O arco é constituído de aço especial ou fundido, tratado termicamente para eliminar as


tensões internas.

O isolante térmico, fixado ao arco, evita sua dilatação porque isola a transmissão de
calor das mãos para o instrumento.

O fuso micrométrico é construído de aço especial temperado e retificado para garantir


exatidão do passo da rosca.

As faces de medição tocam a peça a ser medida e, para isso, apresentam-se


rigorosamente planos e paralelos. Em alguns instrumentos, os contatos são de metal duro,
de alta resistência ao desgaste.

A porca de ajuste permite o ajuste da folga do fuso micrométrico, quando isso é


necessário.

O tambor é onde se localiza a escala centesimal. Ele gira ligado ao fuso micrométrico.
Portanto, a cada volta, seu deslocamento é igual ao passo do fuso micrométrico.

A catraca ou fricção assegura uma pressão de medição constante.

A trava permite imobilizar o fuso numa medida predeterminada.

Tipos e usos

Os micrômetros caracterizam-se pela

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 48


CTCMV

Capacidade:
A capacidade de medição dos micrômetros normalmente é de 25mm, variando o tamanho
do arco de 25 em 25mm. Podendo chegar a 2000mm.

Resolução:
A resolução nos micrômetros pode ser de 0,01mm ou 0,001mm. No micrômetro de 0 a
25mm, quando as faces dos contatos estão juntas, a borda do tambor coincide com o
traço zero (0) da bainha. A linha longitudinal gravada na bainha, coincide com o zero (0)
da escala do tambor.

Resolução do micrômetro

Micrômetro com resolução de 0,01 mm


Vejamos como se faz o cálculo de leitura em um micrômetro. A cada volta do tambor, o
fuso micrométrico avança uma distância chamada passo.

A resolução de uma medida tomada em um micrômetro corresponde ao menor


deslocamento do seu fuso. Para obter a medida, divide-se o passo pelo número de
divisões do tambor.

passo da rosca do fuso micrométrico


Resolução = ~ do tambor
número de divisoes

Se o passo da rosca é de 0,5mm e o tambor tem 50 divisões,

0,5 mm
A resolução será: = 0,01mm
50

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 49


CTCMV

Assim, girando o tambor, cada divisão provocará um deslocamento de 0,01mm no fuso.

Leitura no micrômetro com resolução de 0,01mm

Escala das unidades

Escala fixa da bainha


Escala dos centésimos
Escala dos meios

1o passo - leitura dos milímetros inteiros (unidade) na escala fixa da bainha.


2o passo - leitura dos meios milímetros, também na escala da bainha.
3o passo - leitura dos centésimos de milímetro na escala do tambor.

Exemplos

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 50


CTCMV

Exemplos

Faça a leitura e escreva a medida na linha

Leitura =...................................mm Leitura =.................................mm

Leitura =...................................mm Leitura =.................................mm

Leitura =...................................mm Leitura =.................................mm

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 51


CTCMV

Conservação

Limpar o micrômetro, secando-o com um pano limpo e macio (flanela).


Untar o micrômetro com vaselina líquida, utilizando um pincel.

Guardar o micrômetro em armário ou estojo apropriado, para não deixá-lo exposto à


sujeira e à umidade.
Evitar contatos e quedas que possam riscar ou danificar o micrômetro e sua escala.

Calibração (regulagem da bainha)


Antes de iniciar a medição de uma peça, devemos calibrar o instrumento de acordo com a
sua capacidade.

Para os micrômetros cuja capacidade é de 0 a 25 mm, ou de 0 a 1", precisamos tomar os


seguintes cuidados:

limpe cuidadosamente as partes móveis eliminando poeiras e sujeiras, com pano macio e
limpo.

Antes do uso, limpe as faces de medição use somente uma folha de papel macio;
encoste suavemente as faces de medição usando apenas a catraca em seguida, verifique
a coincidência das linhas de referência da bainha com o zero do tambor se estas não
coincidirem, faça o ajuste movimentando a bainha com a chave de micrômetro, que
normalmente acompanha o instrumento.

Para calibrar micrômetros de maior capacidade, ou seja, de 25 a 50 mm, de 50 a 75 mm


etc deve-se ter o mesmo cuidado e utilizar os mesmos procedimentos para os
micrômetros citados anteriormente, porém, com a utilização de barra-padrão para
calibração.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 52


CTCMV

Os cuidados durante a medição são mostrados abaixo

Sempre fazer a leitura de forma que os valores sejam do mesmo tamanho.

Utilização de micrômetro no dia a dia na oficina, alguns exemplos

Verificação da espessura do disco. Verificando o diâmetro da árvore de


manivelas.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 53


CTCMV

Tipos de erros de medições

Ao fazer medições, as leituras que se obtém nunca são idênticas devido à vários fatores,
como a falta de treinamento ou experiência do operador, o próprio mensurando,
condições ambientais, entre outros fatores. Veremos abaixo alguns dos erros que podem
influenciar no resultado da medição.

Erro aleatório

Erros aleatórios são causados por mudanças não determinadas.


Estas mudanças podem-se apresentar nas dimensões, instrumentos, ambientes e
operadores. Estes são erros de medição que sob as mesmas condições não tem sempre o
mesmo valor.

Os erros aleatórios não se determinam unitariamente, eles fazem o resultado das


medições e são uns dos componentes da incerteza da medição. Eles podem ser
globalmente estimados por valores apropriados, sendo mais segura a estimativa quanto
mais vezes se efetuam a mesma medida.

Erros sistemático

Erros sistemáticos são aqueles que tem sempre o mesmo valor e são quase sempre
identificáveis.

Os erros sistemáticos são causados em primeiro lugar pela imperfeição dos instrumentos
de medição, dos métodos, etc. Em segundo lugar, pelas influências do ambiente e do
operador.

O resultado da medição é incorreto quando não se tem em conta os erros sistemáticos.


Os erros sistemáticos podem ser determinados e devem ser eliminados por meio de corr

Erros do instrumento de medição

Causas dos erros atribuídos aos instrumentos podem ser atribuídos a defeitos de
fabricação (sendo que é impossível construir instrumentos perfeitos). Estes podem ser
deformações, falta de linearidade, imperfeições mecânicas, falta de paralelismo, etc.

Erros do operador

Muitas das causas do erro aleatório se devem ao operador, por exemplo:


⇒ Cansaço
⇒ Descuido.
⇒ Falta de treinamento.
⇒ Fatores emocionais, entre outros.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 54


CTCMV

Erro do instrumento não calibrado

Instrumentos não calibrados o cuja calibração esta vencida, assim como instrumentos
suspeitos de algum tipo de anormalidade em seu funcionamento não devem ser utilizados
para realização das medições.

Erro devido a força exercida no instrumento

A força exercida ao efetuar a medição pode provocar deformações na peça sob medição,
no instrumento de calibração ou em ambos. Por tanto é um fator importante que deve ser
levado em consideração ao se efetuar a medição.

Erro do posicionamento do instrumento com relação ao objeto sob medição

Este erro provocado pelo posicionamento incorreto do instrumento, peça ou ambos.


Provocando erros de leitura da peça.

Erro de paralaxe

Este erro ocorre devido a posição incorreta do operador com relação a escala graduada do
instrumento de medição o qual não esta lendo o "ponto" em posição perpendicular a
escala. Somente existirá o erro de paralaxe quando usado instrumentos analógicos.

Erro devido a condições ambientais

Um laboratório deverá ter temperatura e umidade relativa do ar controladas de acordo as


necessidades do laboratório.
A temperatura é em menor ou maior grau o fator que mais possui influência nas medições
devido a dilatação dos materiais, sendo que em alguns casos ocorre erros significativos.

Recomendações especiais

Os instrumentos de medidas requerem um cuidado especial.

Limpe-as muito bem antes e depois do uso, a fim de evitar que qualquer tipo de sujidade
fique depositada em suas superfícies, ou internamente.

Instrumentos que necessitam de aferição, devem ser aferidos antes do uso.

Não force os instrumentos, ao colocá-los e ou retirá-los da peça que está sendo medida.
Use sempre uma pressão de medição apropriada e constante.

Evite derrubar os instrumento.

Mantenha ou guarde os instrumentos em seus respectivos estojos.

Mantenha os instrumentos guardados em lugar seco e protegido de influência direta do


calor ou sol.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 55


CTCMV

Relógio comparador

O relógio comparador é um instrumento de medição por comparação, dotado de uma


escala e um ponteiro ligado por mecanismos diversos a uma ponta de contato.
É um instrumento de controle dos mais sofisticados e de grande versatilidade.

Medir a grandeza de uma peça por comparação é determinar a diferença da grandeza


existente entre ela e um padrão de dimensão predeterminado. Daí originou-se o termo
medição indireta.
Dimensão da peça = Dimensão do padrão ± diferença

Também se pode tomar como padrão uma peça original, de dimensões conhecidas, que é
utilizada como referência.

O comparador centesimal é um instrumento comum de medição por comparação. As


diferenças percebidas nele pela ponta de contato são amplificadas mecanicamente e irão
movimentar o ponteiro rotativo diante da escala.

Quando a ponta de contato sofre uma pressão e o ponteiro gira em sentido horário, a
diferença é positiva. Isso significa que a peça apresenta maior dimensão que a
estabelecida. Se o ponteiro girar em sentido anti-horário, a diferença será negativa, ou
seja, a peça apresenta menor dimensão que a estabelecida.

Existem vários modelos de relógios comparadores. Os mais utilizados possuem resolução


de 0,01 mm. O curso do relógio também varia de acordo com o modelo, porém os mais
comuns são de 1 mm, 10 mm.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 56


CTCMV

Principio de funcionamento

Mecanismos de amplificação
Os sistemas usados nos mecanismos de amplificação são por engrenagem, por alavanca e
mista.

Amplificação por engrenagem


Os instrumentos mais comuns para medição por comparação possuem sistema de
amplificação por engrenagens. As diferenças de grandeza que acionam o ponto de contato
são amplificadas mecanicamente.

A ponta de contato move o fuso que possui uma cremalheira, que aciona um trem de
engrenagens que, por sua vez, aciona um ponteiro indicador no mostrador.

Nos comparadores mais utilizados, uma volta completa do ponteiro corresponde a um


deslocamento de 1mm da ponta de contato. Como o mostrador contém 100 divisões, cada
divisão equivale a 0,01mm.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 57


CTCMV

Nomenclatura do relógio comparador

Alguns relógios trazem limitadores de tolerância. Esses limitadores são móveis, podendo
ser ajustados nos valores máximo e mínimo permitidos para a peça que será medida.

Existem ainda os acessórios especiais que se adaptam aos relógios comparadores. Sua
finalidade é possibilitar controle em série de peças, medições especiais de superfícies
verticais, de profundidade, de espessuras etc.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 58


CTCMV

Condições de uso

Antes de medir uma peça, devemos nos certificar de que o relógio se encontra em boas
condições de uso.

A verificação de possíveis erros é feita da seguinte maneira: com o auxílio de um suporte


de relógio, tomam-se as diversas medidas nos blocos-padões. Em seguida, deve-se
observar se as medidas obtidas no relógio correspondem às dos blocos. São encontrados
também calibradores específicos para relógios comparadores.

A posição inicial do ponteiro pequeno mostra a carga inicial ou de medição.


Deve ser registrado se a variação é negativa ou positiva.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 59


CTCMV

Leitura de relógio comparador (milímetro)

a) b)

Leitura =....................mm Leitura=....................mm

c) d)

Leitura =....................mm Leitura =....................mm

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 60


CTCMV

Relógio com ponta de contato de alavanca (apalpador)

É um dos relógios mais versáteis que se usa na mecânica. Seu corpo monobloco possui
três guias que facilitam a fixação em diversas posições.

Existem dois tipos de relógios apalpadores. Um deles possui reversão automática do


movimento da ponta de medição; outro tem alavanca inversora, a qual seleciona a direção
do movimento de medição ascendente ou descendente.

O mostrador é giratório com resolução de 0.01mm, 0.002mm.

Relógio apalpador

Por sua enorme versatilidade, pode ser usado para grande variedade de aplicações, tanto
na produção como na inspeção final.

Exemplos
 Excentricidade de peças.
 Alinhamento e centragem de peças nas máquinas.
 Paralelismos entre faces.
 Medições internas.
 Medições de detalhes de difícil acesso.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 61


CTCMV

Exemplos de aplicação

Conservação

Evitar choques, arranhões e sujeira.


Guardá-lo em estojo apropriado.
Montá-lo rigidamente em seu suporte.
Descer suavemente a ponta de contato sobre a peça.
Verificar se o relógio é antimagnético antes de colocá-lo em contato com a mesa
magnética.

Os principais fatores que induzem ao erro durante a medição com relógios comparadores
e/ou apalpadores são:
⇒ Posicionamento do instrumento com relação a peça sob medição.
⇒ Erro devido ao desgaste das engrenagens.
⇒ Erro devido a deformação da mola.
⇒ Erro de paralaxe.
⇒ Erro devido a diferença de temperatura entre o instrumento e a peça que esta
sendo medida.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 62


CTCMV

Comparador de diâmetro interno (súbito)

Os relógios comparadores também podem ser utilizados para furos. Uma das vantagens
de seu emprego é a constatação, rápida e em qualquer ponto, da dimensão do diâmetro
ou de defeitos, como conicidade, ovalização etc.

Consiste basicamente num mecanismo que transforma o deslocamento radial de uma


ponta de contato em movimento axial transmitido a um relógio comparador, no qual pode-
se obter a leitura da dimensão. O instrumento deve ser previamente calibrado em relação
a uma medida-padrão de referência.

Esse dispositivo é conhecido como medidor interno com relógio comparador ou súbito.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 63


CTCMV

Utilização de relogio comparador no dia a dia na oficina, alguns exemplos.

Verificação do empeno do cubo. Verificação do empeno do disco.

Verificação do diâmetro interno do


Verificação do diâmetro interno do
mancal.
cilindro.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 64


CTCMV

Calibre de verificação de folga (verificador de folgas)

O bom desempenho de vários componentes, depende de regulagens simples, porém


precisas, como: válvulas, velas, etc.

Os calibradores de folgas são os instrumentos usados para essas regulagens.

São instrumentos confeccionados geralmente de aço temperado de alta qualidade, cujo


manuseio deve ser cuidadoso, sem esforço para não danificá-los.

Calibradores de raios

Duas retas entre si formam um ângulo diferente de 180° são chamados discordantes e
podem ser unidas por um arco (parte de uma circunferência).
A mediada do centro circunferência até a sua extremidade recebe o nome de raio e neste
caso particular raio de concordância.

A execução do raio de concordância é um recurso utilizado na construção de componentes


mecânicos para aumentar sua resistência.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 65


CTCMV

Torque

Quando se fala em apertar um parafuso ou porca, logo nos vem a idéia de prendê-los ou
apertá-los com bastante força.

De modo geral apertamos com maior força E com menor força os parafusos
os parafusos grandes. pequenos.

Mas será que estas duas pessoas vão apertar os parafusos com a mesma força?

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 66


CTCMV

Torque é a força de torção aplicada em um determinado fixador.

Torque

A força de torção faz o fixador girar em torno do seu próprio eixo (eixo de rotação)
gerando uma força de união entre as duas partes fixadas.

Torque é o resultado da força aplicada no fixador multiplicado pelo comprimento da


alavanca.

Torque é igual à força vezes a distância

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 67


CTCMV

De uma forma bem simplificada, torque é a resultante de uma força aplicada em um


determinado braço de alavanca. Sua fórmula é:
(T = F X L) sendo, T = torque, F = força e L = comprimento da alavanca.

Isto significa que quanto maior o comprimento E quanto menor o comprimento da


da alavanca menor será a força aplicada. alavanca maior será a força a ser
aplicada para um mesmo torque.

Exemplo prático:

Qual o torque que um borracheiro aplica numa porca de uma roda de um caminhão extra-
pesado, sendo que o mesmo irá utilizar o peso do seu corpo em cima de uma alavanca. O
peso do borracheiro é de 80 Kg e a sua alavanca é de 2M?

T=FXD
T = 80Kg X 2M
T= 160mkgf ou 1600Nm

Obs: O torque recomendado é de 40 a 60mkgf ou de 400 a 600Nm, nos automóveis é de


10 a 12mkgf ou de 100 a 120Nm.

Cuidado com o borracheiro porque o mesmo acha que o parafuso não pode se soltar e por
isso utiliza de métodos alternativos como os citados acima.

Por que as montadoras colocam uma chave de roda no carro ao invés de um torquímetro?

Porque o comprimento da chave de roda já esta calculado para o torque que se quer
atingir, por isso é importante que não se aumente este comprimento.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 68


CTCMV

Aplica-se o torque, em parafusos e prisioneiros que fixam peças, componentes, conjuntos,


etc.

A aplicação de torque no parafuso produz uma tensão linear (esticamento) e


conseqüentemente, um alongamento do mesmo (deformação elástica).

A elasticidade do material do parafuso faz com que esse pretenda voltar a sua forma
original fixado, assim, o conjunto.

Vários fatores são levados em consideração na fabricação de um parafuso. São eles:


1. matéria prima (latão, alumínio, aço carbono, aço ligado, aço inoxidável, etc.);
2. tratamento térmico aplicado no parafuso. Exemplo: têmpera, revenimento;
3. tipo e passo da rosca;
4. acabamento superficial;
5. coeficiente de atrito.

Por que devemos controlar o torque a ser aplicado num parafuso?

O torque quando excessivo pode:

1 – espanar os fios de rosca do parafuso;


2 – quebrar o parafuso;
3 – empenar um conjunto fixado por parafusos, impedindo seu funcionamento normal;
4 – esmagar juntas ou gaxetas, provocando assim vazamento de gases e líquidos;
5 – trincar o parafuso, fazendo-o falhar mais tarde, pondo em risco vidas humanas e
patrimônio.

O torque quando insuficiente pode:

1 – fazer cair o parafuso devido a vibrações da máquina ou do equipamento;


2 – alterar a vedação (junta), o que provoca o vazamento de gases e líquidos entre
componentes de máquinas, etc;
3 – comprometer o desempenho da máquina ou equipamento em função da falta de
alinhamento e suporte dos seus componentes entre si;
4 – causar acidentes e danos ao patrimônio.

Somente através de uma ferramenta denominada “torquímetro” é que conseguiremos


aplicar o torque especificado. A escolha correta da ferramenta para aperto significa
segurança, rapidez, facilidade e qualidade para seu trabalho.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 69


CTCMV

Tipos de torquímetro

Torquímetro tipo relógio com ponteiro de Torquímetro tipo estalo, com quadrado
arraste. reversível.

Torquímetro tipo vareta. Torquímetro tipo estalo, intercambiável.

O torque pode ser medido pelo sistema inglês ou pelo sistema métrico, vamos conhecer
essas unidades de medição de torque.

O comprimento da alavanca ou distância entre o centro do parafuso até o ponto onde está
sendo aplicada a força pode ser medido em metros (m) sistema métrico ou em pés (ft)
sistema inglês.

Unidade de comprimento

A força aplicada pode ser medida em Newton (N) ou Quilograma (k) sistema métrico, ou
em libras (lb) sistema inglês.
No Brasil o torque é medido pelo sistema métrico, newton metro (Nm).

Sistema métrico => torque (Nm) = força (N) x distância (m) ou quilograma força x 1
metro (mkgf).

Cuidados com os torquímetro

Torquímetro é um instrumento de aplicação e verificação de torque e deve ser tratado


com o mesmo cuidado que dispensamos aos paquímetros e micrômetros, em relação à
não derrubar o equipamento, guardá-lo em local adequado, longe de umidade ou junto
com as demais ferramentas.

Se o equipamento for derrubado, deve-se avaliar se não ocorreu nenhuma avaria grave
externa ou se nenhuma peça interna se soltou.

A limpeza do torquímetro deve ser apenas externa. Não se deve colocar óleos ou graxas
nos orifícios do torquímetro, pois isso pode modificar o torque aplicado. A limpeza interna

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 70


CTCMV

é feita quando o torquímetro é enviado para calibração na fábrica ou em uma empresa


qualificada a fazer este serviço

É recomendado efetuar a calibração do torquímetro a cada 5.000 ciclos de trabalho.

Os torquímetros também devem sofrer calibração nos seguintes casos:


 A cada seis meses;
 Após quedas ou choques violentos;
 Após sobrecarga;
 Após reparos;
 Quando ocorrer dúvida no resultado encontrado.

O torque quando excessivo pode:


1 – espanar os fios de rosca do parafuso;
2 – quebrar o parafuso;
3 – empenar um conjunto fixado por parafusos, impedindo seu funcionamento normal;
4 – esmagar juntas ou gaxetas, provocando assim vazamento de gases e líquidos;
5 – trincar o parafuso, fazendo-o falhar mais tarde, pondo em risco vidas humanas e
patrimônio.

O torque quando insuficiente pode:


1 – fazer cair o parafuso devido a vibrações da máquina ou do equipamento;
2 – alterar a vedação (junta), o que provoca o vazamento de gases e líquidos entre
componentes de máquinas, etc;
3 – comprometer o desempenho da máquina ou equipamento em função da falta de
alinhamento e suporte dos seus componentes entre si;
4 – causar acidentes e danos ao patrimônio.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 71


CTCMV

Tabela de equivalência

Unidade Unidade de Torque Procurada


Conhecida N.m lbf.pé lbf.pol kgf.m kgf.cm
N.m 1 0,7376 8,851 0,10197 10,197
lbf.pé 1,3558 1 12 0,13825 13,825
lbf.pol 0,11298 0,0833 1 0,01152 1,152
kgf.m 9,807 7,233 86,796 1 100
kgf.cm 0,09807 0,0723 0,868 0,01 1

Tabela de conversão de medidas de torque


Multiplicar Por Para obter
kgf.m 7,23 lb.pé
lb.pé 0,1383 kgf.m
kgf.m 100 kgf.cm
kgf.cm 0,01 kgf.m
kgf.m 86,77 lb.pol
lb.pol 0,0115 kgf.m
kgf.m 9,806 N.m
N.m 0,102 kgf.m
N.m 10,2 kgf.cm
kgf.cm 0,098 N.m
lb.pol 1,15 kgf.cm
kgf.cm 0,87 lb.pol
lb.pé 1,36 N.m
N.m 0,735 lb.pé
lb.pé 12 lb.pol
lb.pol 0,0833 lb.pé
N.m 8,85 lb.pol
lb.pol 0,113 N.m
lb.pol 11,3 N.cm
N.cm 0,0885 lb.pol
lb.pé 13,83 kgf.cm
kgf.cm 0,0723 lb.pé

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 72


CTCMV

Medidas angulares

Circunferência é uma linha curva, plana e fechada, cujos pontos possuem a mesma
distância a um ponto comum interno chamado centro. Essa curva foi dividida em 360
partes iguais, e cada uma dessas partes foi chamada de "grau". O grau foi dividido em 60
minutos e o minuto em 60 segundos.

1 circunferência = 360° (graus).


1 grau = 60' (minutos).
1 minuto = 60" (segundos).

O sinal (°) indica graus, o sinal (' ) indica minutos, o sinal (") indica segundos.
Esse tipo de divisão é denominado: SISTEMA SEXAGESIMAL.

Instrumentos para medição de ângulos

Muitos projetos de motores de veículos adotam o procedimento de torque, mais giro..


Para essa tarefa o medidor de ângulos é a ferramenta ideal, pois possibilita aplicar os
apertos críticos aos parafusos com toda a segurança e precisão. Sua utilização pode ser
em conjunto com o torquímetro ou com outro acessório.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 73


CTCMV

Este boletim tem o objetivo de oferecer as informações necessárias para a manutenção


sobre os métodos de apertos, especificações de torque e diretrizes de segunda utilização
dos parafusos do motor (Parafusos do cabeçote, Bielas e Mancais). Segue também nota
de como apertar corretamente os parafusos.

Métodos de apertos dos parafusos do motor

Método de torque convencional.


Neste método o aperto dos parafusos se faz com um torquímetro calibrado com o torque
especificado.

Método de torque em ângulo e margem elástica .


Neste método o aperto dos parafusos se faz com um torquímetro e um transferidor de
ângulo de torque de acordo com o valor de torque especificado (um valor de torque inicial
baixo e uma valor angular adicional) dentro da margem elástica. A margem elástica é
aquela em que o parafuso solto retorna ao tamanho original.

Método de torque em ângulo e margem plástica.


Este método é o mesmo que o anterior, no entanto, os parafusos uma vez apertados
acima do ponto de elasticidade não poderão retornar ao tamanho original, uma vez que
extraídos.

[NOTA] Os parafusos apertados pelo método de torque em ângulo e margem plástica não
poderão ser reutilizados, portanto deverão ser substituídos por parafusos novos.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 74


CTCMV

Conceito de pressão

Sabemos que o ar atmosférico exerce uma pressão sobre tudo que existe na superfície da
Terra. Queremos saber como medir essa pressão. Quem primeiro fez essa medida foi um
discípulo de Galileu chamado Evangelista Torricelli, em 1643.

Evangelista Torricelli tomou um tubo longo de vidro, fechado em uma dos lados,
encheu-o até a borda com mercúrio. Depois tampou o lado aberto e invertendo o tubo,
mergulhou esse lado em uma bacia com mercúrio.

Soltando a ponta aberta notou que a coluna de mercúrio descia até um certo nível, mas
estacionava quando alcançava uma altura de cerca de 76 centímetros (veja a figura
abaixo).

Torricelli logo percebeu que acima do mercúrio havia o execrável vácuo. E por que o
mercúrio parou de descer quando a altura da coluna era de 76 cm? Porque seu peso foi
equilibrado pela força que a pressão do ar exerce sobre a superfície do mercúrio na bacia.

A pressão atmosférica multiplicada pela área da seção do tubo é uma força que empurra o
mercúrio da coluna para cima. Essa força é representada pela seta para cima, na base da
coluna. No equilíbrio, essa força é exatamente igual ao peso da coluna (representada pela
seta para baixo).

Isso acontece quando a coluna tem 76 cm de altura, se o líquido for o mercúrio. Se o


líquido fosse a água a coluna deveria ter mais de 10 metros de altura para haver
equilíbrio, pois a água é cerca de 14 vezes mais leve que o mercúrio.

Com essa experiência Torricelli mostrou que é possível obter um vácuo e mantê-lo pelo
tempo que se quiser. Ele notou também que a altura da coluna de mercúrio não era
sempre constante mas variava um pouco, durante o dia e a noite. Concluiu daí,
corretamente, que essas variações mostravam que a pressão atmosférica podia variar e
suas flutuações eram medidas pela variação na altura da coluna de mercúrio.

Portanto, Torricelli não apenas demonstrou a existência da pressão do ar, mas inventou o
aparelho capaz de medí-la: o barômetro.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 75


CTCMV

Torricelli já tinha notado que a pressão atmosférica varia.

Medindo a altura da coluna de mercúrio em seu barômetro, ele descobriu que a pressão
dá indicações sobre o clima. Quando a pressão baixa bastante é sinal que vai chover, por
exemplo.

A pressão média em um determinado local varia durante o ano (Veja na figura a baixo).
Como a pressão atmosférica varia, em média, durante um ano, na cidade de Porto Alegre.

Além disso, a pressão atmosférica também varia com a altitude do lugar. O gráfico abaixo
dá o valor (médio) da pressão em várias altitudes. Em Fortaleza, ao nível do mar, a
pressão é 1 atmosfera, isto é, 1 kgf/cm2 ou 76 cmHg.

Em São Paulo, a 820 metros de altitude, ela cai um pouco. Em La Paz, capital da Bolívia, a
3600 metros de altitude, ela já cai para 2/3 de uma atmosfera. Aí o ar fica rarefeito, a
quantidade de oxigênio é menor que aqui por baixo. Não admira que nossa seleção de
futebol tenha tanta ojeriza a jogar em La Paz.

No Everest, ponto mais alto do planeta, a mais de 8000 metros, a pressão é menor que
1/3 de uma atmosfera. Nessa altitude, só com máscara de oxigênio. Os animais que vivem
nas altas montanhas têm coração e pulmão maiores que o normal dos outros bichos. A
vicunha, por exemplo, que vive nos Andes, tem 3 vezes mais glóbulos vermelhos por
milímetro cúbico de sangue que um homem da planície

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 76


CTCMV

Definição de pressão

Pressão:
A grandeza que nos informa o quanto uma força está concentrada sobre uma superfície é
a pressão. A pressão é definida como a razão entre a força que atua perpendicularmente
sobre a superfície e a área dessa superfície.

É a força exercida sobre uma determinada área ou um determinado corpo.


A pressão sobre um corpo pode ser diretamente da atmosfera ou através de um fluido ou
de um gás.

Pressão é o quociente entre a intensidade da força “F” e a superfície de contato em que a


força se atribui.

Pressão atmosférica:
É o resultado do peso da coluna de ar sobre um determinado ponto, ao nível do mar isso
representa 1,033 kgf/cm² ou 14,23 PSI.

Pressão / Força

A força é distribuída homogeneamente em toda a área ou superfície de contato. Podemos


concluir que quanto menor a superfície maior a pressão e quanto maior a superfície menor
a pressão.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 77


CTCMV

Como calcular a pressão

Qual será a força exercida no extremo da haste em cujo cilindro encontra-se uma pressão
de 7 quilos (7 kgf/cm²) e com um diâmetro de 32 centímetros (cm).

Área = π x r² ⇒ 3,1416 x 7,5 x 7,5 = 176,71 cm².


F
Força = 7 x 176,71 = 1237 kgf.
P.A

Exercício

Qual será a força onde uma pressão exercida de 30 kgf/cm² encontra-se dentro de um
cilindro de diâmetro de 90 mm?

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 78


CTCMV

Medição da pressão

O instrumento que serve para medir pressão é o manômetro.


Aplica-se o manômetro diretamente a câmara ou tubulação, tomando-se o cuidado para
que a sua capacidade seja superior à pressão que se deseja medir.

Utilização de manômatro no dia a dia na oficina, alguns exemplos.

Inspecionar pressão de linha Inspecionar pressão do Inspecionar pressão de


de combutível sistema de arrefcimento compressão

Para medir pressão de compressão

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 79


CTCMV

Tabela de conversão de medidas

TABELA DE CONVERSÃO DE MEDIDAS DE PRESSÃO


Multiplicar Por Para obter
atm 1,033 Kgf/cm²
Kgf/cm² 0,968 atm
atm 1,013 bar
bar 0,987 atm
atm 14,70 lb/pol²
lb/pol² 0,068 atm
Kgf/cm² 14,22 lb/pol²
lb/pol² 0,703 Kgf/cm²
bar 1,019 Kgf/cm²
Kgf/cm² 0,981 bar
bar 14,5 lb/pol²
lb/pol² 0,069 bar
Kgf/cm² 98,10 kPa
kPa 0,0102 Kgf/cm²
lb/pol² 6,896 kPa
kPa 0,145 lb/pol²
atm 100,32 kPa
kPa 0,09904 atm
polHg 2,54 cmHg
cmHg 0,3937 polHg
kPa 7,518 mmHg
mmHg 0,133 kPa
cmHg 1,33 kPa
kPa 0,752 cmHg
polHg 13,3 polH20
polH20 0,0752 polHg
Kgf/cm² 760 mmHg
mmHg 0,00132 Kgf/cm²
mbar 10 mmH20
mmH20 0,1 mbar
mmHg 1,33 mbar
mbar 0,752 mmHg

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 80


CTCMV

Multiplicar Por Para obter


Milímetros 0,03937 Polegadas
Polegadas 24,4 Milímetros
Centímetros 03937 Polegadas
Polegadas 2,44 Centímetros
Metros 3,2808 Pés
Pés 0,3048 Metros
Quilômetros 0,62137 Milhas
Milhas 1,60934 Quilômetros
Centímetros quadrados “cm²” 0,155 Polegadas quadradas “pol²”
Polegadas quadradas “pol²” 6,4516 Centímetros quadrados “cm²”
Metros quadrados “m²” 10,7638 Pés quadrados
Centímetros cúbicos “cm³” 0,06102 Polegadas cúbicas “pol³”
Polegadas cúbicas “pol³” 16,3853 Centímetros cúbicos “cm³”
Litros 61,023 Polegadas cúbicas “pol³”
Polegadas cúbicas “pol³” 0,01639 Litros

Conversão de unidade de potência

Multiplicar Por Para obter


HP 0,746 kW
kW 1,34 HP
CV 0,9863 HP
HP 1,013 CV
CV 0,7353 kW
kW 1,36 CV
CV 1 PS
PS 1 CV
HP 1,013 PS
PS 0,9863 HP
kW 1,36 PS
PS 0,7353 kW

Potência - é o trabalho realizado sob uma unidade de tempo

kW – Quilo watt.
HP – Horse power.
CV - Cavalo vapor.
PS – Pferdstark.

Centro de Treinamento CAOA Montadora de Veículos 81

Você também pode gostar