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MBA em Gestão Empresarial

Disciplina: Logística e Operações: Bens e Serviços


Professora: Jurema Nery Ribeiro
Trabalho: Trabalho Final

Valor: 30 pontos Data entrega: 03/11/22 Pontos obtidos:___________________

Nome completo: Assinatura:

1) Wilson Barbosa Santos


ORIENTAÇÕES: TRABALHO INDIVIDUAL
1) A atividade deve ser realizada neste exercício;
2) As respostas devem se limitar ao espaço reservado para cada questão;
3) Não será aceita extrapolação dos espaços estabelecidos para resposta.
4) Entregar no Canvas até dia 03/11/22. Depois dessa data não será mais recebido
QUESTÕES PARA DISCUSSÃO
ESTUDO DE CASO Polo automotivo Jeep marca pioneirismo logístico

A localização do novo Polo Automotivo Jeep em Goiana, Zona da Mata


Norte de Pernambuco, é, por si só, um desafio logístico, tanto para a
chegada dos materiais e componentes que serão utilizados na
fabricação dos veículos, quanto para o escoamento e distribuição da
produção. Para a operação de entrada, a solução inovadora adotada
pela Fiat Chrysler Automobiles (FCA) é o conceito de cross-docking, que
centralizará a recepção dos componentes dos fornecedores nacionais.
Já para a operação de escoamento da produção, o modelo da FCA é o
próprio gerenciamento do pátio de veículos da fábrica, que trará maior
segurança para a operação.
Mais moderna e eficiente planta da FCA, a fábrica Jeep de Pernambuco foi concebida para atender aos mais avançados
processos globais de fabricação automotiva, ao aplicar mais de 15 mil das melhores práticas, aprimoradas dentro do
sistema Word Class Manufacturing (WCM). Os focos estão, principalmente, na excelência na produção e na otimização do
fluxo logístico.
Flexível para a produção de diversos modelos simultaneamente, terá capacidade para entregar ao mercado 250 mil
veículos por ano, que atenderão ao mercado da América Latina. Ao todo, a planta soma uma área construída de 260 mil
m², composta por cinco edifícios principais: prensas, funilaria, pintura, montagem e centro de comunicação (local por
onde passam todos os veículos depois de cada fase de fabricação).
As peças nacionais para fabricar o Jeep Renegade são fornecidas por empresas de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Paraná,
Rio Grande do Sul e Sergipe, além do Estado de Pernambuco. Serão importados componentes da Europa, do Nafta
(Estados Unidos, Canadá e México) e, em menor quantidade, da Ásia.
Para receber todas as peças dos fornecedores nacionais, que estão localizados fora da região Nordeste, a FCA implantou o
inovador sistema de cross-docking. São galpões estratégicos (cross-docks), que recebem as mercadorias em Minas Gerais
e São Paulo, distantes 2,1 mil e 2,8 mil km de Goiana, respectivamente. Com o sistema, as peças são enviadas conforme a
necessidade da produção.
“Esse modelo ajuda a reduzir o estoque de peças, diminui as movimentações e, consequentemente, o risco de danos nos
materiais. É um modelo mais eficiente do que o tradicional”, explica o gerente de Logística de Distribuição da FCA para a
América Latina, Mauricélio Faria.
Os componentes saem dos cross-docks diariamente e seguem para o Centro de Distribuição de Carga (CDC), um galpão
com 54 mil m², construído ao lado da fábrica Jeep. O CDC é responsável pelo armazenamento, sequenciamento e entrega
dos materiais para as linhas de produção. O seu gerenciamento segue o conceito do First In, First Out, no qual os primeiros
componentes que chegam são os primeiros a irem para a linha de produção.
Os Jeeps Renegades fabricados em Goiana atenderão, inicialmente, ao mercado interno do País. Para chegarem com
eficiência ao Sul, sudeste e Centro-Oeste, que correspondem a cerca de 80% do total, os veículos seguirão para o polo de
Betim, Minas Gerais. O escoamento da produção do Polo Automotivo Jeep será feito diariamente, seguindo o mesmo
ritmo da produção e do faturamento. A expectativa é que saiam entre 100 e 120 carretas do polo, quando atingir a
capacidade total de produção de 250 mil carros ao ano.
“Cada carreta possui capacidade para dez carros. No total, teremos cerca de 1.000 carros saindo da fábrica diariamente.
Todo o transporte será feito via rodovias. Nós teremos a atenção especial com essa operação, porque precisamos evitar
possíveis danos. Precisaremos ter mais cuidado na hora de fazer o carregamento e proteger mais o carro”, explica Faria.
Para garantir, ainda mais, a qualidade na saída dos carros, a própria FCA será a responsável pela operação do pátio de
veículos da nova fábrica, que tem capacidade para 5,9 mil veículos, uma ação inédita no País. “Nas montadoras, de modo
geral, quem faz isso é um operador logístico. No Brasil, somos os primeiros a fazer, queremos trabalhar com ainda mais
carinho. Com isso, conseguiremos garantir que, no momento do carregamento, o carro esteja 100% sob nosso controle”,
detalha o gerente. No pátio, o monitoramento dos veículos será feito por meio de um sistema de gestão de estoque e de
parqueamento, cerca de 120 pessoas trabalharão naquele local.
Economia marca a distribuição dos veículos
Os novos Jeeps Renegades percorrerão, em média, 2,4 mil km até seu ponto de venda, em um trajeto que durará cerca de
oito dias. Para efeito de comparação, um veículo que deixa a linha de montagem da Fiat Automóveis, em Betim, percorre,
em média, entre 800 e 1,1 mil km de distância, em um percurso realizado em, aproximadamente, quatro dias, até seu
ponto de venda. Esse tempo de entrega se torna possível, pois as mesmas carretas originadas da planta da Fiat, em Betim,
levarão veículos destinados às regiões Nordeste e parte da Norte, e voltam carregadas com carros Jeep. “Isso nos obriga a
sincronizar o planejamento dos embarques para o Sul, Sudeste e Centro-Oeste, no mesmo ritmo da movimentação das
carretas vindas com produtos de Betim”, acrescenta Faria.
Esse sistema logístico integrado é eficiente e econômico, pois as carretas farão a viagem de ida e volta com carga
completa. Com isso, serão poupadas 23 mil viagens por ano, o que representa uma economia de 104 milhões de km e de
42 milhões de litros de diesel, que resultam na redução de emissão de 101 mil toneladas de dióxido de carbono, além de
menor desgaste das estradas e menos consumo de pneus.
Quem fará a distribuição do transporte dos veículos?
Quando saírem do local, os carros passarão a ser responsabilidade da Sada Transportes, empresa que atua há 37 anos na
distribuição dos carros da FCA no Brasil e que, também, fará a operação logística dos carros que forem produzidos no Polo
Automotivo Jeep. Três unidades de operação da Sada Transportes estão em fase avançada de construção, em
Pernambuco. Em Goiana, a unidade fica próxima à fábrica da Jeep, em uma área de 134,6 mil m². A segunda estará dentro
da fábrica Jeep e será o centro de carga e descarga. A terceira será localizada em Ipojuca, cidade do litoral Sul de
Pernambuco e que abrigará a área retro portuária da empresa, com 132 mil m². Toda essa estrutura foi planejada para
proporcionar um melhor suporte aos motoristas, evitando desordenamento e impactos sociais nas estradas, de acordo
com a Lei do Motorista nº 12.619.
Na distribuição de carros novos para as regiões Nordeste e Norte, serão utilizados motoristas predominantemente
baseados em Pernambuco, principalmente, de Goiana e Recife. “A oferta local de serviços será considerada e aproveitada
dentro da estratégia de otimização dos recursos, para uma logística sustentável”, acrescenta Faria.
Porto de Suape, estratégico para a FCA
O Porto de Suape, em Pernambuco, é um dos elementos estratégicos da FCA, tanto para futuras importações de peças,
componentes e veículos, quanto para a exportação dos carros produzidos no Polo Automotivo Jeep. “O Porto de Suape foi
um dos motivos que trouxe a fábrica da Jeep para cá, porque ele pode se tornar, talvez, o principal porto de entrada para
veículos no futuro”, afirma Faria.
Para atender à demanda, um novo pátio público de veículos foi construído no Complexo Industrial Portuário Governador
Eraldo Gueiros, pela própria administração. As obras civis da nova área, que possui 10 hectares, foram finalizadas em
2014. Por ser um pátio público, o espaço também pode ser utilizado por outras montadoras. O governo é o responsável
pela fixação dos volumes movimentados e dos preços. Nos próximos 12 meses, a capacidade estática dos pátios do Porto
de Suape chegará a 10 mil veículos por mês. Com a média de dois giros mensais, esse montante pode chegar,
mensalmente, a 20 mil carros.
O Porto de Suape é visto pela FCA como a porta de saída para os veículos do Polo Automotivo Jeep, que, futuramente,
deverá atender aos países vizinhos. “Utilizaremos muito à medida que começarmos a exportar esses carros para toda a
América do Sul e parte da América Latina. É uma estratégia para quando o Brasil tiver um projeto de incentivo à
cabotagem, mais simples e com menos exigências para os navios operarem. Isso seria a grande solução para os Estados
que estão no extremo do País, como o Paraná e o Rio Grande do Sul”, argumenta o gerente.

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO


1. Aponte e explique dois principais pontos de atenção/gargalos na estratégia de distribuição da Fiat e identifique
alternativas viáveis para resolução. (6 pontos)
Pontos de atenção/gargalos Alternativas para resolução
Utilizou do cross-docks para otimizar e centralizar o estoque de
Desafio logístico do recebimento das peças e peças e matérias necessário para produção.
materiais

Garantir a qualidade em todos os processos desde a fabricação


até a distribuição.
Escoamento e distribuição da produção. Logística assertiva, concentra em uma única viagem maior
número de veículos a serem distribuídos reduzindo o número
de viagens.

2. Discorra sobre as três decisões do triângulo logístico, no contexto do comércio nacional e ou comércio exterior
do Brasil, que poderiam ser adotadas ou que estão sendo, para o escoamento eficiente da produção da FIAT. (6
pontos)
Decisões Caracterização das estratégias relacionadas as decisões
CDC
Utilizar de peças nacionais e estocá-las de acordo com a demanda da produção, seguindo o
conceito de First In, First Out.

Visa a qualidade e segurança no carregamento e no transporte dos veículos e seus motoristas,


Transporte Otimização de recursos para uma logística sustentável e eficaz.

Realizar uma viagem com quantidades de veículos visando otimizar tempo e custos .

Distribuição

3. Escolha três ferramentas logísticas estudadas e apresente como estas ferramentas podem auxiliar a Logística
Internacional da FIAT ser mais efetiva e sincronizada (6 pontos) .Ver slide postado sobre ferramentas logísticas.
Ferramenta Mecanismo de atuação Justifique sua escolha informando os principais
escolhida benefícios
Just in Time Controle de produção Produz conforme a demanda sem desperdício no
tempo e momento certo.

Milk Run Logístico Giro de estoque


Otimiza viagens
Contribui com meio ambiente

S& OP Garantia e efetividade dos processos Acompanhar planejamento de vendas(forescast)


Desenvolver o trabalho em equipe com objetivo de
integrações entre as áreas.

4. Discorra sobre 3 principais desafios da indústria 4.0 no contexto brasileiro em comparação com outro país:
Alemanha, Japão, Israel, China ou Estados Unidos (6 pontos) Indique o País escolhido: __ EUA
Desafios Caracterização dos desafios
1-Infraestrutura
Baixo número de ferrovias, estradas com baixa qualidade, portos com morosidade para
descarregamento e carregamento

Apesar do Brasil ser um grande exportado, identificamos que precisamos investir na


importação de tecnologia.
2-Importação
comparado a
exportação

3-Baixo Baixos investimentos na educação e tecnologia, tendo uma escarces de mão de obra
Investimento do qualificada, visto que exige um alto nível de conhecimento para suas usabilidades sejam
governo em integradas de forma eficiente
educação e
tecnologia
5. Ricardo é responsável pela área de planejamento e controle de produção de uma fábrica de cadernos com
carga horária de 24 horas por dia 5 dias por semana e terá como tarefa realizar o planejamento de capacidade.
(6 pontos)
Qte de cadernos produzidas em cada 15 segundos: 100 cadernos
Seguem as descrições das paradas:
1 Parada por detecção de problemas de qualidade 4
2 Tempos de trocas de turnos 5 Utilização = Volume de produção real
3 Espera por falta de material 8 Capacidade de projeto
4 Problemas mecânicos no equipamento 7
5 Greve de funcionarios prevista 3
6 Problemas eletricos no equipamento 9 Eficiência = Volume de produção real
7 Falta de funcionários 10 Capacidade efetiva
8 Linha sem programação 6
9 Manutenção Preventiva 5

I. Indicar :
A) - Capacidade do
A1) Em horas: A2) Em peças:
projeto por semana
B) - Capacidade B1) Em horas: B2) Em peças:
efetiva por semana
C)- Volume real C1) Em horas: C2) Em peças:
por semana
D1)- Utilização
por semana
D2) - Eficiência
por semana

II. Qual será o volume máximo de peças que poderão ser produzidas considerando que será realizado um intenso
trabalho a fim de reduzir em 50% as paradas não planejadas, baseado na?
A) - Capacidade do projeto em peças

B) - Capacidade efetiva em peças


C) - Capacidade real em peças
D) - utilização por semana
E) - eficiência por semana

III. Indique o que pode ser realizado pelo gestor de produção Ricardo para que a empresa aumente a sua eficiência
por semana para no mínimo 70%? Exemplifique como chegou neste número apresentando os cálculos

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